Tem por base uma notícia de grande impacto, em que se faz o relato pormenorizado e

aprofundado de um acontecimento actual.

Implica a deslocação do repórter ao local do sucedido, para anotar o que vê, ouve e
sente:
 Engloba a descrição do ambiente, integrando falas das personagens ligadas ao
assunto.
 Possui manifestações de subjectividade do emissor, derivadas da sua
interpretação dos factos, por isso surge sempre assinada.

Estrutura:
 Antetítulo (nem sempre);  Normalmente aparece destacado do corpo da
reportagem.
 Título;
 Subtítulo (nem sempre);  A sua finalidade é aliciar e predispor o interlocutor
para a continuação da recepção da informação.
 Lead;
 Centra-se, fundamentalmente, nas respostas às
 Assinatura;
questões “Como?” e “Porquê?”.
 Corpo da Reportagem;

Linguagem:
 Objectiva, mas com traços de subjectividade;
 Existência de adjectivação;
 Predomínio do discurso de terceira pessoa, embora também haja marcas da
primeira pessoa gramatical;
 Presença da narração e descrição;
 Registo de língua corrente (embora se notem preocupações estilísticas);
 Função informativa da linguagem (por vezes, também emotiva e/ou poética.

A imagem ocupa extrema importância neste género jornalístico como complemento

ilustrativo da informação.
 1. Leia atentamente a reportagem que se segue.
Dia dos Avós estreia-se com festa em todo o país
Finalmente o Estado reconhece o valor dos mais velhos na vida das famílias
Tito Couto*
Sábado passado, estreou-se o Dia dos
Avós a nível nacional. Porém, em Penafiel, foi
já a segunda vez que se comemorou o dia a
preceito, com danças de salão, muitos bolos e a
bênção de uma chuva miudinha que não
arrefeceu os ânimos. Na cidade que viu nascer a
mentora da iniciativa, Ana Elisa Couto,
juntaram-se várias dezenas de avós para
comemorar um dia especial. O cenário
escolhido foi o lago do jardim do Sameiro,
esvaziado para o efeito, que acolheu uma
animada festa organizada pela Acção Social da
Câmara Municipal.
Ainda a tarde dava os primeiros passos
quando se iniciou a celebração de uma missa na
Basílica do Sameiro dedicada aos avós. A
participação na eucaristia só conheceu paralelo,
uma hora depois, durante o bailarico. Apesar do
acesso ser complicado, várias dezenas de jovens
e menos jovens avós reuniram-se dentro do lago
e deram largas a uma alegria sem rival.
Comandados por Ana Elisa Couto, os
homenageados esqueceram, por momentos, as
mazelas nas articulações, as dores nas costas e
outros achaques e fizeram-se à pista.
Acompanhados por alunos de uma escola de
danças de salão, a avós pareceram, durante uma
tarde, nenúfares a deslizar em águas tépidas.
Nem a chuva, que foi caindo com a suavidade
dos passos de dança, ameaçou a festa.
Para alimentar os corpos, a equipa de
Acção Social da autarquia preparou um
concurso de doçaria, a que responderam em
força as avós presentes na festa. Cada uma
concorreu com a sobremesa com que costuma
adoçar a boca aos netos. Salames, semi-frios,
bolos, tortas e tartes fizeram salivar todos os que
não resistiram à tentação de lançar um olhar à
oferta. O júri não teve tarefa fácil para escolher
uma das iguarias, assim como a banda que
animou a festa, face à inesgotável energia dos
convivas.
Para a vereadora com o pelouro da
Acção Social, Fátima Carvalho, esta é uma das
festas que “mais prazer dá em participar, pelo
facto de ser contagiante esta alegria”.
Quanto à responsável social para a
Terceira Idade, a vereadora afirma que ainda
não há condições para atender a toda as
necessidades, pois o envelhecimento da
população vai exigindo um maior investimento,
que se está a desenvolver.
Alheia a estas questões, a avó dos avós
garantia que “não há festa mais linda do que
esta, isto é uma beleza”.
Entre meia fatia de salame de chocolate
e um tango, assim se desenharam os avós entre
a doçura e o calor terno e vigoroso.
Chá dançante em Sintra
A Câmara Municipal de Sintra também
não esqueceu os avós, tendo oferecido, na
semana passada, um chá dançante, na Quinta
dos Cedros, em Linhó. Cerca de mil avós e
netos participaram na festa que, de acordo com
o Presidente da Câmara, Fernando Seara,
pretendeu “proporcionar uma ponte entre o
passado e o futuro”. […]
Festa em todo o país
 No Porto, o Palácio de Cristal Nacional dos Avós. […] O Dia Nacional dos
encheu-se de avós e netos para a “Praça da Avós foi instituído, a 22 de Maio, em
Alegria”, da RTP. Durão Barroso esteve no “reconhecimento do papel fundamental dos
distrito da Guarda, especialmente marcado avós, quer ao nível mais restrito da família,
pelo envelhecimento das populações rurais e quer no plano mais alargado da sociedade em
terra natal da deputada Ana Manso, geral”.
responsável pela institucionalização do Dia

* Com Erica Nunes In Jornal de Notícias, 30/07/2003

1.1 Indique o acontecimento que motivou esta reportagem.

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1.2 Prove que houve a deslocação do repórter ao local do acontecimento.
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1.3 Caracterize o ambiente que envolve os intervenientes neste evento.
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1.4 Identifique, no texto, três manifestações de subjectividade do jornalista.
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1.5 Comprove que a função poética da linguagem está presente ao longo do texto.
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