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Boi-à-Serra

Em várias regiões do Brasil encontramos manifestações folclóricas que falam sobre


a vida e a morte de bois bravos e vaqueiros destemidos. Temos, no Maranhão, o
Boi-à-Serra; em Santa Catarina, o Boi-de-mamão, no Pará, a Dança do Boi, em
São Paulo e em Mato Grosso; o Boi-à-Serra; Luiz Câmara Cascudo, em seu
"Dicionário do Folclore Brasileiro", nos fala sobre a origem dessas danças no
Brasil: "Pelas regiões da pecuária, vive uma literatura oral louvando o boi, suas
façanhas, agilidade; força, decisão. Desde fins do século XVIII os touros valentes
tiveram poemas anônimos, realçando-lhes as aventuras bravias."
Houve tempo em que o Boi-à-Serra foi muito difundido em Mato Grosso,
principalmente nas localidades de Santo Antônio do Leverger, Varginha,
Carrapicho, Engenho Velho, Bom Sucesso e Maravilha, onde existiam grandes
canaviais e a atividade econômica predominante eram os engenhos de açúcar. A
dança do Boi-à-Serra hoje, consegue ainda manter suas características iniciais
apenas na localidade de Varginha, no município de Santo Antônio do Leverger. Lá
as pessoas ainda cantam uma toada que conta toda a trajetória de vida e morte de
um boi que é capturado por destemidos vaqueiros, enquanto dançam.
Em outras localidades, como em Cuiabá e Santo Antônio do Leverger,
encontramos a dança do Boi-à-Serra já muito modificada, ou inserida num outro
folguedo popular: O Siriri.
Época em que se realiza

O Boi-à-Serra é um folguedo do carnaval mato-grossense. Durante os festejos do


carnaval, as pessoas brincavam ou ainda brincam, em alguns lugares, o Siriri, o
Entrudo, o Boi-à-Serra e também o Cururu, que é uma manifestação quase sempre
ligada à religiosidade do povo. Porém, segundo alguns tiradores, o Boi-à-Serra
pode ser dançado em qualquer festa.

Boi-à-Serra (visitecuiaba.com.br)

Boi à Serra
Festa do Boi à Serra - Foto: Bancarios Mt

Em várias regiões do Brasil encontramos manifestações folclóricas que falam sobre


a vida e a morte de bois bravos e vaqueiros destemidos. Temos, no Maranhão, o
Boi-à-Serra; em Santa Catarina, o Boi-de-mamão, no Pará, a Dança do Boi, em São
Paulo e em Mato Grosso; o Boi-à-Serra; Luiz Câmara Cascudo, em seu 'Dicionário
do Folclore Brasileiro', nos fala sobre a origem dessas danças no Brasil: 'Pelas
regiões da pecuária, vive uma literatura oral louvando o boi, suas façanhas,
agilidade; força, decisão.

Desde fins do século XVIII os touros valentes tiveram poemas anônimos,


realçando-lhes as aventuras bravias.' Houve tempo em que o Boi-à-Serra foi muito
difundido em Mato Grosso, principalmente nas localidades de Santo Antônio do
Leverger, Varginha, Carrapicho, Engenho Velho, Bom Sucesso e Maravilha, onde
existiam grandes canaviais e a atividade econômica predominante eram os
engenhos de açúcar.

A dança do Boi-à-Serra hoje, consegue ainda manter suas características iniciais


apenas na localidade de Varginha, no município de Santo Antônio do Leverger. Lá
as pessoas ainda cantam uma toada que conta toda a trajetória de vida e morte de
um boi que é capturado por destemidos vaqueiros, enquanto dançam. Em outras
localidades, como em Cuiabá e Santo Antônio do Leverger, encontramos a dança do
Boi-à-Serra já muito modificada, ou inserida num outro folguedo popular: o Siriri.

Boi à Serra no Mato Grosso do Sul Região Centro Oeste Do Brasil (visiteobrasil.com.br)

Boi-à-serra será mais valorizado


culturalmente
A música e dança do boi-à-serra serão temas de uma oficina
realizada esta semana em Sinop, pela Unemat, para qualificar
20 estudantes
ADRIANA NASCIMENTO
Da Reportagem

Se o Maranhão tem o bumba-meu-boi e Santa Catarina o boi-de-


mamão, a mesma estória valorizada como parte de seu folclore,
estava mais do que na hora de Mato Grosso dar valor ao seu boi-à-
serra, nome existente também em São Paulo. Para fazer isso, durante
toda esta semana acontece em Sinop a oficina Boi-à-Serra. A
iniciativa é inédita no Estado e irá qualificar vinte estudantes, da
Unemat daquela cidade. O objetivo é formar um grupo de dança. Nela,
três professores mostram como tocar instrumentos regionais e os
passos de dança, além de ensinar a origem do mito. O projeto recebe
o apoio da Secretaria de Estado de Cultura sob a coordenação de
Rute Varea, coordenadora de Cultura da Unemat – campus de Sinop e
do projeto Diversidade Cultural em Evidência. Conta ainda com a
professora de dança, Franciele de França, o palestrante José Rivaldo
Nogueira, e o instrutor musical Éder Rodrigues. A história de bois
bravios é comum em várias regiões do país. Nas antigas criações de
gado, os animais eram marcados a ferro quente conforme o símbolo
de seu dono e criados durante grandes períodos soltos, junto com
animais de outros fazendeiros. Cada ano os vaqueiros saíam para
recolher o gado. Mas, como alguns bois mais bravos escapavam,
dando trabalho dobrado aos vaqueiros, daí surgiu a lenda. Desde
então, a estória virou tradição em vários locais. Em Mato Grosso é
apresentada principalmente no carnaval, estando viva principalmente
no “Rio Abaixo”, Santo Antonio do Leverger, Varginha, Engenho Velho
e Bonsucesso. O boi – O principal personagem da estória, é feito
montando-se uma estrutura de madeira leve e flexível conhecida como
"melado de pomba"; depois, cobre-se essa estrutura com um cobertor,
formando o corpo do boi, de cor semelhante à cor do animal. A cabeça
do boi da brincadeira é a própria caveira do animal, seca, que é
pintada com uma tinta escura, recebendo ainda algo para representar
os olhos do boi, que pode ser dois botões, um de cada lado. Para dar
"vida" ao boi, uma pessoa vai dentro dessa estrutura, dançando ao
carregá-lo e avançando em direção à platéia, como se fosse "chifrar"
os presentes. Quem mais se diverte com as investidas do boi bravo
são as crianças. Além dele, nessa estória existem outros
personagens, não menos interessantes: a cabeça de apá, a mãe do
morro, o tuiuiú, a ema, o morcego, o cavalo sem cabeça; todos
variáveis nas apresentações de um ou outro grupo. A música que
embala o Boi-à-serra é o cururu, que cantam sobre o boi da
brincadeira. Programação da Oficina Dias 29 e 30/11 Aulas sobre os
instrumentos Dia 01/12 Palestra sobre a história do Boi-à-Serra Dia
02/12 Palestra, aulas de dança e apresentação

Segunda-feira, 28 de Novembro de 2005, 20h:36

Boi-à-serra será mais valorizado culturalmente | Diario de Cuiabá (diariodecuiaba.com.br)


Boi à Serra e o cerrado mato-
grossense ganham espaço no
museu de arte da UFMT
28 Jan 2014 - 18:22
Da Redação - Stéfanie Medeiros

Boi à Serra e o cerrado mato-grossense ganham espaço no museu de arte da UFMT :: Olhar
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Carnaval de Varginha (Mato Grosso)


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Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O distrito de Varginha, no município matogrossense de Santo Antônio de
Leverger, é célebre por ter preservado em seus festejos carnavalescos um rico
acervo de manifestações folclóricas, desaparecidas ou em rota de desaparição
noutros lugares[1]. A folia de momo varginense orbita em torno de pequenos
agrupamentos de foliões, que, espontaneamente, saem em cortejo ao som
do siriri e cururu, ritmos tradicionais outrora disseminados por toda região
pantaneira, mas que atualmente subsistem numas poucas localidades. Os
brincantes, conduzidos por uma foliã que porta um estandarte vermelho,
percorrem as ruas do distrito, se detendo à frente de cada casa para performar
as danças de roda típicas do siriri e cururu.[2]. Integra o acervo cultural dos
festejos, do mesmo modo, o folguedo do Boi-à-serra, caracterizado pelo desfile
público da efígie do boi carnavalesco, fazendo do distrito uma das poucas
localidades matogrossenses a preservar tal tradição [3].

A festa é um dos escassos exemplos remanescentes de festivais


carnavalescos no Brasil a preservar uma faceta religiosa, um vez que,
paralelamente aos cortejos profanos, são organizados arraiais em honra do
santo padroeiro da comunidade, ocasião em que há a distribuição gratuita de
alimentos entre os foliões.

Referências
1. ↑ G1.com. Moradores de distrito mantêm tradição de carnaval em Santo Antônio de
Leverger (MT). Disponível em
<http://g1.globo.com/mato-grosso/bom-dia-mt/videos/v/moradores-de-distrito-
mantem-tradicao-de-carnaval-em-santo-antonio-de-leverger-mt/3972274/>. Acesso
em 05 fev. 2020.
2. ↑ DINIZ, A. Almanaque do carnaval: História do carnaval, o que ouvir, o que ler,
onde curtir. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
3. ↑ SATURNINO, B. Boi-à-Serra segue para o Palácio Paiaguás. Disponível em:
<http://www.cultura.mt.gov.br/-/-boi-a-serra-segue-para-o-palacio-paiaguas>.
Acesso em: 05 fev. 2020.
Carnaval de Varginha (Mato Grosso) – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

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