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Gênero Épico

As principais epopeias da cultura ocidental são a Ilíada e a Odisseia de Homero, a Eneida, de Virgílio, Os Lusíadas, de
Luís de Camões…
No Brasil, entre os vários poemas produzidos destacam-se Caramuru, de Santa Rita Durão, e O Uraguai, de Basílio da
Gama.

São os dois maiores poemas épicos da história e mudaram completamente a literatura e a forma como
as histórias são contadas. As obras Ilíada e Odisseia são independentes, mas tratam
do mesmo contexto de guerra na Grécia Antiga.

A Ilíada passa-se durante o décimo ano da guerra de Troia e trata da ira de Aquiles. A ira é causada por
uma disputa entre Aquiles e Agamemnon, comandante dos exércitos gregos em Troia, e consumada
com a morte do herói troiano Heitor (ou Héctor), terminando com seu funeral.

A Odisseia narra a história de Ulisses, que depois de passar 10 anos na Guerra de Troia, leva mais 17 anos
para voltar para casa, passando por muitas aventuras no caminho. Este é, depois da Ilíada, o principal texto
que foi reunido sob o nome de Homero na cultura grega.

Leia os textos.
Poema tirado de uma notícia de jornal - Manuel Bandeira
“João Gostoso era carregador de feira-livre e
[morava no morro da Babilônia
[num barracão sem número.
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e
[morreu afogado.”

BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira: poesias reunidas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1980.

Feira do Produtor acontece neste sábado

Neste sábado (18), acontece mais uma edição da Feira do Produtor, na Gare. Agora com um horário um pouco
reduzido, até às 12h30min.

Conforme o secretário de Agricultura, Aldrin Keyser, a secretaria e a Emater se reuniram com os feirantes e decidiram de
forma unânime, que até o final do inverno, a Feira do Produtor adotará este novo horário. “Além disso, analisamos as cinco
edições da feira e percebemos que o movimento maior, é sempre dentro do horário entre 7h30min e 12h30min, então,
optamos por fazer essa alteração, que de forma alguma prejudicará a população que têm prestigiado a feira de forma
expressiva”, explica o secretário.

Disponível em: https://www.carazinho.rs.gov.br/portal/noticias/0/3/1113/feira-do-produtor-acontece-neste-sabado

1. No comparação entre os textos no poema de Manuel Bandeira, há uma ressignificação de elementos da função
referencial da linguagem pela
a) utilização da forma indireta, visando informar o leitor, aludindo à função referencial da linguagem.
b) narração em 3ª pessoa, neutra, parcial e subjetiva confrontando a linguagem poética (versos, ritmos poéticos e
musicalidade).
c) enumeração de ações, com foco nos eventos acontecidos à personagem do texto.
d) apresentação de elementos próprios da notícia, tais como quem, onde, quando e o quê.

2. Leia um trecho do poema “E agora, José?”, de Carlos Drummond de Andrade.


José

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José? [...]

O verso “E agora, José?” e a escolha da pontuação produzem um sentido de


a. uma incerteza.
b. uma opinião.
c. uma possibilidade.
d. uma certeza.
Leia.
“A Ilíada e a Odisseia são, certamente, fruto de uma longa tradição oral em que os poetas (chamados aedos)
declamavam os episódios da guerra de Troia e as aventuras de Odisseu. Esses relatos eram cantados acompanhados
por música, e passados de geração em geração, tendo sofrido muitas alterações e adaptações. Só mais tarde, cerca de
550 a.C., os poemas foram escritos pela primeira vez.”

Marcelo Rede. A Grécia antiga. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 16.

3. A partir do texto e de seus conhecimentos, pode-se afirmar que a Ilíada e a Odisseia são

a) relatos que, à época, alimentavam a profunda rivalidade e os ininterruptos conflitos, hoje bastante estudados, entre
gregos e troianos.
b) fonte importante para os historiadores, pois acumulam informações sobre diferentes épocas e sobre o funcionamento da
sociedade grega.
c) registros sobre uma guerra decisiva, cuja precisão e veracidade podem ser confirmadas pela farta documentação hoje
conhecida sobre Troia.
d) poemas interessantes, mas inúteis para os historiadores, pois suas informações não são verdadeiras e suas bases não são
científicas.

4. Leia o texto a seguir.

Motivo - Cecília Meireles


Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,


não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.

Motivo - Cecília Meireles


Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.


Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.

(Cecília Meireles MEIRELES, C. Antologia Poética. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2001.)

4.No poema MOTIVO de Cecília Meireles, não é possível reconhecer quem exatamente é o eu lírico. Não confunda
autor com eu lírico. De acordo com o poema, o eu lírico

a) canta sem se preocupar com a presença de estranhos ou com a qualidade de seu canto.
b) atravessa dia e noite sem dormir desfrutando das festas e conversas.
c) se sente mudo quando não consegue cantar e animar as festas.
d) se sente desapegado ao passado ou ao futuro, a vida é boa no presente.

05. Identifique os gêneros dos textos abaixo:


TEXTO 1
Quando saltaram em terra começou a Maria a sentir certos enojos: foram os dois morar juntos: e daí a um mês
manifestaram-se claramente os efeitos da pisadela e do beliscão; sete meses depois teve a Maria um filho, formidável
menino de quase três palmos de comprido, gordo e vermelho, cabeludo, esperneador e chorão; o qual, logo depois que
nasceu, mamou duas horas seguidas sem largar o peito. E este nascimento é certamente de tudo o que temos dito o que mais
nos interessa, porque o menino de quem falamos é o herói desta história.
(Memórias de um sargento de milícias – Manuel Antônio de Almeida)
TEXTO 2
Deitado eternamente em berço esplêndido
Ao som do mar e à luz do céu profundo Fulguras, ó Brasil, florão da América
Iluminado ao sol do novo mundo!
(Hino Nacional)

TEXTO 3
Da tribo pujante,
Que agora anda errante
Por fado inconstante,
Guerreiros, nasci:
Sou bravo, sou forte,
Sou filho do Norte;
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi.
(I-Juca Pirama - Gonçalves Dias)

TEXTO 4
CENA I
CHIQUINHA, MARICOTA e meninos.
CHIQUINHA – Meninos, não façam tanta bulha…
LULU, saindo do grupo – Mana, veja o judas como está bonito! Logo quando aparecer a Aleluia, havemos de puxá-lo para
a rua.
CHIQUINHA – Está bom; vão para dentro e logo venham.
LULU, para os meninos e moleques Vamos pra dentro; logo viremos, quando aparecer a Aleluia. (Vão todos para dentro
em confusão.)
CHIQUINHA, para Maricota – Maricota, ainda te não cansou essa janela? MARICOTA, voltando a cabeça – Não é de tua
conta.
(O Judas em Sábado de Aleluia – Martins Pena)

TEXTO 5

Amor é fogo que arde sem se ver,


é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
[...]
POEMA: Não há vagas - Ferreira Gullar
O preço do feijão O funcionário público senhores,
não cabe no poema. não cabe no poema está fechado:
O preço do arroz com seu salário de fome “não há vagas”
não cabe no poema. sua vida fechada Só cabe no poema
Não cabem em arquivos. o homem sem estômago
no poema o gás Como não cabe no poema a mulher de nuvens
a luz o telefone o operário a fruta sem preço
a sonegação que esmerila O poema, senhores,
do leite seu dia de aço não fede
da carne e carvão nem cheira.
do açúcar nas oficinas escuras
do pão — porque o poema,
Exemplos de metáforas
 A casa deles era paz…
 Ela é uma flor!
 A vida dela é um conto de fadas.
 Aquele rapaz é um gato.
 Seu coração é uma pedra!
 Cuidado, essa sua amiga é uma cobra!

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