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Coletânea de monografias desenvolvidas como trabalhos finais para a disciplina AUH 5857 – História
Social do Design no Brasil, oferecida pelo programa de pós-graduação da Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo da Universidade de São Paulo, no segundo semestre de 2010.
ISBN 978-85-391-0394-2
1. Arte. 2. Teoria e Crítica das Artes. 3. Design. 4. Arquitetura. 5. História do Design. I. Título. II. Braga,
Marcos da Costa, Organizador. III. Moreira, Ricardo Santos, Organizador. IV. Nadur, Angela Vido. V. Franco,
Antonio. VI. D’Elboux, José Roberto. VII. Faco, Luciane Costa. VIII. Carli, Luis. IX. Magri, Paulo Henrique
Gomes. X. Cameira, Sandra Ribeiro. XI. Sniker, Tomas Guner. XII Temin, Wilma Ruth.
CDU 74
CDD 700.1
Capa
Ricardo Santos Moreira
Imagem da Capa
Esboço de Lívio Levi para Broche, acervo da família.
Conselho Editorial
Eduardo Peñuela Cañizal
Norval Baitello junior
Maria Odila Leite da Silva Dias
Celia Maria Marinho de Azevedo
Gustavo Bernardo Krause
Maria de Lourdes Sekeff (in memoriam)
Pedro Roberto Jacobi
Lucrécia D’Alessio Ferrara
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guinte, partiu para Ulm, na Alemanha, para estudar na prin-
cipal escola de design da Europa, a HfG – Hochschule fur
Gestaltung – Escola Superior da Forma de Ulm.
Antes de viajar para a Ulm, Wollner começara a criar
identidades de marcas, como o símbolo para a Filmoteca
do Museu de Arte de São Paulo – cuja síntese gráfica já
evidenciava a linguagem e os códigos visuais preconizados
pela arte construtiva e pelos preceitos da escola suíça.
Figura 8.1: Símbolos pro-
jetados por Alexandre
Wollner: Filmoteca do
MAM (1954) / Fabrican-
te de portas e divisórias
Form Sperrholztüren
com Franziska Schörghu-
Em sua estada na Alemanha, como aluno de Ulm, ber (1957) / Equipesca –
Wollner participou da elaboração de outros programas com Geraldo de Barros
(1957). Fonte: Alexandre
de identidade visual, incluindo o da empresa de aviação Wollner.
Lufthansa, assessorando Otl Aicher, um dos principais
professores da Escola. O programa de identidade corpo-
rativa da Lufthansa tornou-se um protótipo internacio-
nal para sistemas fechados de identidade, com todos os
detalhes e especificações dirigidas para a uniformidade
absoluta. (Meggs, 2009: 535).
Em 1958, após quatro anos de formação em design, Ale-
xandre Wollner voltou da Alemanha, e fundou, juntamen-
te com Geraldo de Barros, o primeiro escritório de design
industrial do País: o forminform3, instalado inicialmente 3. Apesar de ser um
dentro da Unilabor, pequena cooperativa e loja de móveis da nome próprio, formin-
qual Barros fazia parte. Além de Geraldo e Wollner, o for- form é escrito todo em
letras minúsculas, para
minform era composto por Ruben Martins e Walter Macedo. enfatizar o jogo verbal”.
Nesta mesma época, já se articulavam os contatos en- (STOLARSKI, André
tre a diretoria do MAM-RJ e alguns docentes da Escola de in: MELO, 2006: 224)
Ulm, para fundarem um curso de design no Brasil. Assim,
já no início da década de 1960, até o final da década de
1970, vários cursos superiores de desenho industrial fo-
ram fundados no Brasil. Influenciados principalmente
pelo pioneirismo da ESDI – Escola Superior de Desenho
Industrial – fundada em dezembro de 1962, todos os cur-
sos tiveram seu conteúdo programático inspirados pelo
funcionalismo alemão da Escola de Ulm, cujas premissas
se ancoravam no concretismo, funcionalidade, simplicida-
137
de formal e rigor técnico. O curso da ESDI pode ser consi-
derado um marco simbólico do ensino do design no Brasil
(Bomfim: 1978).
Ainda fomentada pela industrialização e urbanização
crescentes no Brasil, em 1963, foi criada a primeira asso-
ciação profissional de desenho industrial do País, a ABDI
– Associação Brasileira de Desenhistas Industriais – fun-
dada por pioneiros do design, cujos principais objetivos
eram divulgar e conscientizar os governantes e empresá-
rios brasileiros sobre a importância do campo profissional
4. “O estatuto da ABDI do design, impulsionando o reconhecimento e a regula-
definia a associação mentação da profissão4.
como sem fins econô- A atuação dos designers pioneiros, a fundação das es-
micos e de caráter cultu-
ral” (BRAGA, 2005: 1).
colas de design, e a fundação da ABDI – contribuíram para
a institucionalização do campo profissional do desenho in-
dustrial no Brasil.
Segundo o designer e historiador Marcos da Costa
Braga:
138
como uma das vanguardas modernas do século XX preco-
nizou a integração entre as técnicas artesanais e a produção
em escala industrial.
A ideia de que os projetos deveriam conter o máximo
de informação com o mínimo de elementos sintetizada na
expressão “menos é mais”, cunhada por Ludwig Mies van der
Rohe, resume esta filosofia, que se transpôs, naturalmente,
desde os códigos visuais adotados pela escola suíça da Basi-
leia para a metodologia defendida pela escola de Ulm, e, con-
sequentemente, para as soluções propostas nos projetos de
construção de identidades visuais. Segundo o designer An-
dré Stolarski, os projetos de identidade visual da companhia 6. O programa de iden-
de aviação Lufthansa6 e para a Braun possuem três caracte- tidade da companhia
alemã foi reformulado
rísticas que exemplificam bem essa nova postura que surgia: por Otl Aicher e Hans
Roericht incluindo a
em primeiro lugar, tentou-se extrair o máximo de eficiência participação de alunos
dos signos já existentes que foram redesenhados e rearticula- da escola de Ulm, den-
dos segundo o duríssimo campo de provas da eficácia percep- tre os quais Alexandre
tiva. [...] em segundo lugar, esses projetos tocavam num ponto Wollner (STOLARSKI
central: a diferença entre marca e identidade visual. Se marca in Melo, 2006: 221).
é um signo único, a identidade é criada por um conjunto de
fatores. [...] em terceiro lugar, havia uma questão moral. Evi-
dentemente, todo projeto tem sua hierarquia, e existem apli-
cações mais importantes do que outras... na Escola de Ulm,
pensava-se que o topo da hierarquia dos valores era ocupado
pelo valor de uso. (Stolarski in Melo, 2006:221-223).
139
Segundo Jorge (2009), durante a década de 1960, impor-
tantes projetos de identidade visual já haviam sido implan-
tados no Brasil, como os da “Sardinhas Coqueiro”, da Argos
Industrial e da Form, desde a segunda metade da década de
1950. Ela cita, ainda, que as empresas brasileiras buscaram
Figura 8.2. Marcas
controlar a emissão de suas mensagens visuais. E conclui
Westinghouse e IBM com uma citação do designer Chico Homem de Melo:
projetadas por Paul
Rand. As grandes corporações reconheceram a necessidade de
Fontes: http://www.paul- controlar a enorme quantidade de mensagens visuais que
rand.com/site/identity/ emitiam de maneira descoordenada. O objetivo era estabe-
e http://www-03.ibm. lecer parâmetros capazes de garantir a construção de uma
com/ibm/history/exhi- identidade pública compatível com suas características e in-
bits/logo/logo_6.html
teresses. (Melo, in Jorge 2009: 56).
acesso em 17/12/2011.
IBM e o logo IBM são
marcas da Internatio- O projeto de identidade visual da Sardinhas Coqueiro,
nal Business Machines desenvolvido por Alexandre Wollner no forminform em
Corporation, registra- 1958, permaneceu em uso e sem alterações por mais de
das em vários países do quarenta anos.
mundo.
7. “Segundo Marcus
Pereira, repórter de O Ainda na década de 1960, Wollner desenvolveu impor-
Estado de São Paulo que
tantes sistemas de identidade visual para diversas indústrias
cobriu o concurso, o nú-
mero de participantes brasileiras como: Argos Industrial, Atlas, Metal Leve, Escriba,
parecia “conta de men- Moinhos Santista e a empresa fabricante de divisórias acústi-
tiroso”. Pereira declarou cas Eucatex. Wollner participou, ainda, em 1962, do concur-
ainda: Nunca imaginei so para desenvolver a identidade visual da Viação Aérea Rio
que houvesse, no rincão Grande do Sul, a Varig. Seu projeto e o de Aloísio Magalhães
pátrio, tanta gente capaz
de fazer marcas. Prova-
foram classificados, respectivamente, em primeiro e segundo
velmente muitos engra- lugares, dentre os 777 inscritos7 (Melo, 2006: 227).
çadinhos concorreram, Outro nome dentre os pioneiros que merece destaque
pois, como é sabido, os é o de Ruben Martins que, apesar de ter sido autodidata
engraçadinhos estão e ter falecido jovem, aos 39 anos, em 1968. Ele chegou a
em todas”. (Cf. Wollner, projetar ao menos cinquenta marcas durante a década de
2003:160 in STOLAR-
SKI in Melo: 249). 1960. Artista plástico, Ruben auxiliou Geraldo de Barros
140
no projeto de móveis da Unilabor e assumiu a liderança do
forminform após a saída de Wollner. Seus trabalhos revelavam
claramente a influência da arte concreta, pois, frequentemen-
te, ele participava de grupos de trabalho com diversos artistas
deste movimento. Seu processo criativo era mais lúdico e in-
formal do que o dos demais designers pioneiros. No entanto,
percebia-se uma maior liberdade no uso de cores e formas. Se-
gundo o designer André Stolarski:
141
9. A postura sistêmica e das principais características deste escritório foi, desde o
multidisciplinar do es- início, sua multidisciplinaridade. Os projetos da Caudu-
critório, por eles deno-
minada “Design Total”,
ro Martino, frequentemente, reuniam arquitetura, comu-
contemplava não ape- nicação visual e o desenho de produto, oferecendo a seus
nas a criação da identi- clientes uma solução completa e integrada9. Assim, através
dade visual, mas cuida- de uma atuação que envolvia diferentes áreas dentro da
va também das demais empresa cliente – identidade visual, sinalização e projeto
manifestações visuais arquitetônico –, os projetos por eles desenvolvidos eram
da empresa, como sina-
lização interna e externa
concebidos como grandes sistemas e o tempo entre o de-
e projeto de estandes, senvolvimento do projeto e sua implantação na maioria
para que todos estes das vezes acontecia em prazos de longa duração.
elementos estivessem Desde meados da década de 1960 ao final dos anos 1970,
em constante sintonia o escritório Cauduro Martino desenvolveu importantes sis-
com a identidade visu-
temas de identidade visual, dentre os quais destacam-se: os
al. O escritório chegou
a assessorar a diretoria Programas de Identidade Visual para o Zoológico de São
da Villares, em 1978, Paulo (1969-1974), o Grupo de Indústrias Villares, o Metrô
na montagem de um de São Paulo, o Banespa, a TV Cultura e a Eletrobrás.
departamento interno Em 1973, o escritório ganhou como parceiro Marco
de comunicação, ex- Antônio Amaral Rezende, que veio agregar uma compe-
clusivamente dedicado
a cuidar da identidade
tência mais gerencial, já que possuía formação em marke-
visual da corporação e a ting e não em arquitetura como os outros dois sócios. Este
gerenciar os parâmetros fato permitiu, aos poucos, que o escritório consolidasse de
descritos em suas nor- forma mais estratégica o seu posicionamento, voltado para
mas (LONGO JUNIOR, captação de grandes clientes de identidade corporativa e
2007: 42).
gestão de marcas – terminologia esta conhecida atualmen-
te como branding.
Aloísio Magalhães foi, sem dúvida, um dos mais impor-
tantes nomes da geração pioneira de designers brasileiros,
principalmente no campo da identidade visual. Natural do
Recife, e oriundo de uma família com longa tradição políti-
ca, desde cedo teve a oportunidade de transitar entre políti-
cos, autoridades e no meio cultural e intelectual do Recife,
o que lhe conferiu grande habilidade em negociar situações
adversas, sempre defendendo a cultura popular brasileira.
Estudou na Faculdade de Direito e ainda exerceu a
carreira de pintor. Na década de 1950, frequentou um ate-
lier de arte em Paris e o curso de Museologia da Escola do
Louvre. Envolveu-se com teatro e, em 1954, fundou a ofi-
cina tipográfica experimental O Gráfico Amador, no Re-
cife. Participou de três edições da Bienal Internacional de
São Paulo e viajou aos Estados Unidos, onde trabalhou na
142
Figura 8.6. O sím-
bolo da Rede Tropi-
cal Hotel e, acima,
à direita, a imagem
que inspirou a sua
criação.
Fonte: arquivo Ruben
Martins de Fernanda
Martins.
143
Figura 8.8. Marca e
identidades visual da
CESP (1977).
Fonte: ABDI/MASP, Pa-
norama da Identidade
Visual, 1977.
144
The Falcon Press, lecionou na Philadelphia Museum College
of Art de 1959 a 1962, e ministrou palestras no Yale Institu-
te e no Pratt Institute. Integrou a delegação brasileira à Bie-
nal de Veneza em 1960. Em 1962, lecionou com Alexandre
Wollner no Curso de Tipografia do MAM – RJ, e a partir de
1963, na ESDI. (Fontoura, 2008)
Uma das principais características do design de Aloí-
sio Magalhães era a sua capacidade de síntese formal para
criar signos visuais de fácil memorização e alta pregnân-
cia. Ele utilizava recursos como espelhamento e estilização
das formas, gerando efeitos bimendionais ou tridimensio-
nais nas marcas que projetava. Apesar de seus projetos se
apoiarem nos métodos ligados às escolas suíça e alemã, ele
buscava, sempre que possível, embutir os valores culturais
brasileiros em sua obra.
Em 1966, seu escritório passou a chamar-se AMPVDI
– Aloísio Magalhães Programação Visual Desenho Indus-
trial – e, mais tarde, somente PVDI – nome até hoje adota-
do pelos sócios atuais.
O bom desempenho em importantes concursos de
identidade visual auxiliou o fácil trânsito de Aloísio jun-
to às altas esferas políticas e governos, e o PVDI foi um
dos escritórios que, desde o início, desenvolveu projetos de
identidade visual para empresas estatais brasileiras, como
Petrobras, Light, Comgás, Comlurb, dentre outras. Aloí-
sio também desenvolveu notáveis símbolos para outras
empresas como a CCPL, Coopersucar e, em 1964, venceu
o concurso para a criação do símbolo do IV Centenário
da fundação da cidade do Rio de Janeiro. Na época, este
símbolo tornou-se um dos sinais gráficos mais utilizados,
copiados e bem quistos da população, que o reproduzia es-
pontaneamente por toda a cidade.
Em 1970, o PVDI desenvolveu um dos seus projetos
mais importantes de identidade visual no Brasil até então,
sendo o primeiro implantado em âmbito nacional: o sistema
de identidade visual da Petrobras Distribuidora, que incluía
desde a marca até uniformes, bombas de abastecimento, fro-
ta de veículos e a arquitetura dos postos de serviço.
145
10. A exemplo do escri- Aloísio Magalhães atuou em seu escritório assessora-
tório de Evelyn Gru- do pelo arquiteto Rafael Rodrigues e pelo designer Joa-
mach, Ana Luísa Es-
corel e Heloísa Farias,
quim Redig, que foram seus colaboradores – e posterior-
no A3 Programação mente sócios – por muitos anos. O PVDI, assim como o
Visual. João de Souza forminform, tornou-se uma grande “escola de designers”,
Leite e Joaquim Redig tendo sido frequentado por muitos estudantes de design
seguiram com suas e designers egressos das faculdades de desenho industrial,
próprias estruturas in- que por lá passavam como colaboradores, estagiários, ou
dependentes.
simplesmente colegas de profissão em busca de intercâm-
bio e troca de ideias. Muitos desses colaboradores, após se
desligarem do PVDI, montaram suas próprias estruturas
formando novas gerações de importantes escritórios de
design brasileiros a partir da década de 1970. Outros op-
taram por seguir carreira como profissionais autônomos e
independentes10.
Aloísio faleceu em 1982 e, em sua homenagem e por
sua contribuição histórica, no dia 05 de novembro, data
do seu nascimento, atualmente comemora-se simultanea-
mente no Brasil, o dia da cultura e o dia do designer.
A partir da década de 1970, os escritórios de design
brasileiros, em geral os localizados nas capitais do Rio de
Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Recife, consolidaram
sua atuação principalmente devido aos projetos de identi-
dade visual. Estes projetos estendiam-se por longos perío-
dos, desde as fases de concepção e desenvolvimento até a
sua implantação, o que garantia a continuidade no relacio-
namento do escritório com o cliente e permitia extensões
de projetos e complementações que possibilitavam a gera-
ção de novos projetos.
146
Figura 8.12. Identidade
visual da Petrobrás Dis-
tribuidora (1970).
147
tância da identidade visual como elemento fundamental
para a imagem corporativa da empresa e deixou claros os
diferentes papéis desempenhados pelas áreas de produção
e gestão empresarial nas quais a identidade visual deve se
apoiar – os departamentos financeiro, de marketing e de
recursos humanos. Ele afirmou que os programas de iden-
tidade visual devem ser desenvolvidos por profissionais
especializados, de forma ampla e abrangente, envolvendo
todos os itens da empresa: materiais institucionais, formu-
lários, equipamentos, edifícios embalagens, propaganda e
etc. E, reforçou, principalmente, que esta ação deve ter o
envolvimento, o apoio e o comprometimento de todos os
colaboradores da empresa contratante – da alta adminis-
tração aos gerentes, supervisores e demais funcionários.
Ele destacou, ainda, a importância de se investir em
nova identidade visual sempre que uma empresa precisar
revelar uma alteração significativa em sua imagem corpo-
rativa, como nos seguintes processos: fusão com outras
empresas, alteração da composição societária ou, ainda,
modificação no posicionamento e na maneira de ser da
empresa. Segundo ele, a maior atenção para os assuntos de
opinião pública, identidade visual e imagem corporativa,
refletiam as novas funções e responsabilidades corporativa
que caracterizavam a época.
148
a imagem corporativa é representada por todos os sentimen-
tos somados que foram criados por uma empresa, através
dos seus produtos, de suas atitudes, de suas negociações co-
merciais e de seu relacionamento com os indivíduos nas áre-
as em que opera, das aparências de suas instalações físicas,
ou até mesmo pela simples maneira como é atendido um
telefonema na empresa. (Ferreira, in ABDI/MASP, 1977).
149
Marco Antonio concluiu sua exposição, afirmando
que identidade visual é um trabalho interdisciplinar, que
exige um design total, e que a equipe do designer precisa
dominar as mais diversas áreas de atividades do projeto, da
gráfica à arquitetura.
Ao longo deste documento foram apresentadas ima-
gens dos projetos que fizeram parte da exposição do evento
Panorama da Identidade Visual. A seguir, complementa-
mos esta amostra apresentando novas imagens dos proje-
tos da exposição e, ao final, apresentamos a tabela com a
relação de expositores e os dados principais de todos os
projetos que participaram da exposição no evento.
150
A consolidação do campo do design de identidade
visual
151
Comunicação Visual havia se consolidado – o desenvol-
vimento de Programas de Identidade Visual ou de Identi-
dade Empresarial. Este fato ratificava um amadurecimento
do mercado que passou a compreender a necessidade de se
projetar e implantar um sistema integrado de identidade
visual para as empresas. Ele afirmou:
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Referências
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REZENDE, Marco Antonio Amaral. Identidade Visual:
conceitos e práticas. Revista Marketing Paulista. Ano XII
No 65, Março 1979.
STOLARSKI, André. Alexandre Wollner e a formação do
design moderno no Brasil. 1a reimpressão. São Paulo, Cosac
Naify, 2008.
STOLARSKI, André. In: MELO, Chico Homem de (org). O
Design Gráfico Brasileiro: Anos 60. São Paulo: Cosac Naify,
2006.
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