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Encontros

com Arte e
Cultura
Criação
Cr ã o
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Dimensões do
conhecimento
em Arte

s i a Re
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s
E Expressão o
Vocês fazem trabalhos de arte ou produzem arte?

Vocês colocam os seus nomes nos trabalhos ou assinam


suas obras?

Nos Encontros com Arte e Cultura, como se dá o seu uso e


apropriação dos conceitos e termologias próprios desta área
de conhecimento?
Processos de Criação
Processos de criação

Espelhos de si mesmo Norman Rockwell.


Reflexo dos outros Autorretrato triplo,1960.
Óleo sobre tela,
Cada um cria a partir de si
113cm x 88,3 cm.
Diante do mundo

Poéticas pessoais

Pensamentos materializados em arte


Na pintura de Norman Rockwell (1894-1978),
um espelho reflete sua imagem, uma referência
para fazer um retrato. Na Pintura em andamento,
estão cuidadosamente colocadas imagens de
autorretratos de outros artistas. Essas imagens
parecem estar ali como referência ou para nos
dizer que não criamos do nada. O ato de criar
também é o ato de olhar para outras criações.
Nutrição estética para seguir na autoria e
autonomia da criação.
Norman Rockwell foi um pintor e ilustrador estadunidense.
 (Nova Iorque, 3 de fevereiro de 1894 — Stockbridge, Massachusetts, 8 de novembro de 1978)

Era muito popular nos Estados Unidos, especialmente em razão das 322 capas da revista The Saturday Evening
Post que realizou durante mais de quatro décadas, e das ilustrações de cenas da vida americana nas pequenas
cidades. Pintou os retratos dos presidentes Eisenhower, John Kennedy, Lyndon Johnson e Richard Nixon, assim
como de outras importantes figuras mundiais.
 
No ato de criar deparamos com problemas a
resolver, ideias a defender, discursos a produzir.
Criar é pesquisar, é indagar.

Criação: um processo a ser disparado


Os estudos sobre o conceito de criatividade têm se ampliado nos últimos
anos e se aplicam aos mais diversos segmentos de atividades. A
criatividade não é privilégio do grande artista, que é visto como
gênio excepcional. Podemos ser criativos diante de atividades cotidianas:
na resolução de problemas, na criação de argumentos em uma conversa,
em um lance excepcional de algum jogo, na criação de um produto, artístico
ou não. É criador aquele que vê possibilidades de mudança, interferência,
de produzir e inventar.
A concepção de criação como algo mágico está cada vez mais superada.
Atualmente é mais aceita a ideia de habilidade mental ou competência
argumentativa diante da vida e das coisas. Essa habilidade de
pensamento se desenvolve desde que somos crianças, seguindo na vida
adulta pois é sempre possível aprender e criar.
Para Vygotsky (1991, p. 16), aprendemos a observar e a estabelecer
relações, criamos memória sobre as coisas, armazenamos dados a
partir de encontros com acontecimentos na vida que nutrem a
imaginação. Esse processo se dá nas experiências de cada um, no meio
sócio-histórico-cultural.
A atividade criadora se dá entre o existente e aquilo que está em
processo de surgir. Há procedimentos combinatórios e
associativos. É nessa combinação entre o já criado e o novo que
está a habilidade de resolver problemas e criar discursos.

A criação artística é a concepção de discursos possíveis em várias


linguagens poéticas. Na arte contemporânea, a criação de
discursos é importante. Materialidades, forma e conteúdo são
manipulados para a sustentação do discurso.
Materialidade

Forma

Conteúdo

Procedimento: Manipulação desses


elementos para a sustentação do discurso do
artista.
Série “Crianças de Açúcar” 1996, Vik Muniz 
Criar é um processo complexo que envolve percursos que caminham entre intuição e
raciocínio lógico, entre certezas e dúvidas. Não sendo linear, o processo se dá entre idas e
vindas, seleções, pesquisas, escolhas e interferências simples ou ousadas. Coragem para
colocar um pouco de vermelho na imensidão azul, como fez Calvim no quadrinho a seguir.

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