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Calendário

Lista de Materiais 1º, 2º, 3º e 4º Bimestre


1. Introdução

Sabemos que para a educação estimular a formação da consciência, ela deve


possibilitar condições para o aluno refletir, perceber, compreender e analisar a natureza
histórica de seu contexto, e é nesse sentido que devemos pensar e planejar a disciplina de
artes visuais. A linguagem da arte na educação tem um papel fundamental no
desenvolvimento do aluno, envolvendo os aspectos cognitivos, sensíveis e culturais. Por
meio do contato com objetos e materiais artísticos é possível ampliar o conhecimento de
mundo do aluno, levando-os a conhecer as diversidades culturais, políticas, econômicas
e sociais dos momentos históricos, além de explorar as diversas possibilidades de se
expressar a arte.
Ao apropriarem-se da linguagem artística, os alunos por meio de sua capacidade de
reflexão, percepção, interpretação, sensibilização e imaginação, podem se tornar mais
conscientes de sua realidade, ao compreenderem e explorarem o mundo através de um
novo olhar e assim desenvolverem o pensamento crítico. Através da arte, os alunos são
estimulados a ser conscientes da necessidade de transformação social, uma vez que, ao
compreenderem melhor o que está posto pela sociedade que os cerca, conseguirão agir de
forma ativa, mostrando sua essência criativa, crítica, compreensiva e transformadora.
Além de estimular os sentidos do aluno através do conhecimento sobre as artes, da
interpretação de objetos artísticos e de reflexões, a aprendizagem artística também
estimula o educando a desenvolver sua capacidade criativa.
Ao libertar as potencialidades criadoras, conhecendo novos materiais e usando-os em
situações vivenciais, cada aluno adquire sua autonomia e o respeito com as criações dos
outros. Por meio da educação estética, colocaremos os alunos em contato com os sons,
imagens, movimentos, ferramentas e materiais, estimulando assim os seus sentidos, e
motivando a imaginação criadora, a expressão, a capacidade estética, as possibilidades de
improvisação e de transformação, indo para além da superficialidade, contribuindo para
o desenvolvimento cognitivo, crítico, estético e social.
O acesso aos conteúdos artísticos será estimulado de forma a contribuir e possibilitar
o surgimento de novos valores e significados no campo da arte e da cultura. As atividades
são planejadas para que o educando possa, através da ação, aprofundar o conhecimento e
a experimentação estética, pautando-se numa relação com o belo através da história. Para
que possa desenvolver seu posicionamento crítico e organizar seu pensamento,
percepções e sentimentos.
Com o ensino da arte possibilitamos a apreciação e experimentação, ao educando, das
diversas manifestações artísticas (artes visuais, teatro, dança e música), compreendendo-
as nos mais variados contextos sociais como formas de expressão do ser humano através
do tempo. Buscamos desenvolver a criatividade, a coordenação motora e o senso crítico,
propiciando o desenvolvimento de imagens criativas para o rompimento dos estereótipos.
Proporcionaremos através das atividades práticas um pensar e agir na transformação dos
objetos, cores, sons, gestos, a ressignificação dos próprios costumes, atitudes e valores,
fazendo com que realizem produções artísticas individuais e coletivas usando as
diferentes linguagens da arte. Refletiremos sobre o contexto onde estão inseridas as obras,
instrumentalizando a investigação da realidade e a constituição de identidades.
Esperamos que observem e reconheçam a leitura das diferentes linguagens de
comunicação visual, teatral, musical e da dança, edificando uma relação de autoconfiança
com a produção artística pessoal e conhecimento estético, sempre respeitando a própria
produção e a dos colegas. É através de pensamentos traduzidos em imagens, movimentos
e palavras, que a arte nos remete ao universo do saber. Portanto, ela é a ação consciente
do homem que se une à compreensão da realidade através do trabalho criativo, ou seja, a
arte é a união da subjetividade com a objetividade. E quando a ação é consciente a
consequência é a capacidade de transformar, permitindo que o subjetivo se integre a algo
objetivo, ao projetar, idealizar e objetivar a criação do novo.
2. Objetivos específicos

Possibilitar ao aluno a leitura das linguagens da Arte presentes em vários


contextos históricos.
Reconhecer as manifestações artísticas como importantes no processo de
construção e solidificação da sociedade.
Analisar os fatos da vida em sociedade e compará-los com a fluidez do movimento
histórico.
Identificar-se dentro do processo artístico enquanto um agente transformador e
com poder de participação social.
Debater temas polêmicos acerca das manifestações artísticas.
Compreender os fatos concretos, históricos, sobre os quais se baseia Arte.
Enfatizar a importância de cada um assumir seu papel na sociedade.
Conhecer, refletir e analisar cada linguagem artística no seu contexto histórico e
sociocultural.
Expressar sabendo comunicar-se em arte, mantendo uma atitude de busca pessoal
ou coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a investigação, a
sensibilidade e a reflexão ao realizar e fruir produções artísticas.
Conhecer materiais, instrumentos e procedimentos variados em artes (Artes
Visuais, Dança, Música, Teatro), para utilizá-los nos trabalhos pessoais e
identificá-los culturalmente.
Construir uma relação de autoconfiança com a produção artística pessoal e os
conhecimentos estéticos, respeitando a própria produção e a dos colegas no
percurso da criação.
Identificar, relacionando as diferentes funções da arte, do trabalho e da produção
dos artistas, no decorrer da história da humanidade.
Compreender as relações entre a arte e a realidade, refletindo, investigando,
indagando, com interesse e curiosidade, exercitando a discussão, a sensibilidade,
argumentando e apreciando arte de modo sensível.
Reconhecer as culturas, indígenas e africana, como algumas das matrizes
legitimas da cultura brasileira.
Valorizar a própria identidade étnica, fortalecendo a autoestima.
1º Bimestre
Não é de hoje que ouvimos falar que nosso mundo está
morrendo, sendo destruído pouco a pouco pelo excesso de lixo que
é jogado diariamente nos rios, lagos, florestas, destruindo o solo,
matando o pouco que ainda nos resta. E pensando nisso, podemos
utilizar diversos suportes para nossos trabalhos artísticos.

O termo sustentabilidade tem sido muito utilizado, fazendo


referência às diversas formas de se manter a preservação ambiental,
com bases não-predatórias, aproveitando, através de recursos
próprios, os materiais já existentes, como os lixos que podem ser
reciclados.

Sustentabilidade significa “suprir as necessidades da geração


presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprir as
suas”. Dentro dessa linha de pensamento, pesquisadores
desenvolveram técnicas de reaproveitamento que valorizam as
produções, estimulando as atitudes ecologicamente corretas, desde
uma vizinhança até o âmbito mundial.
Nos atentando ao tema “sustentabilidade”, nos
aproximaremos da natureza ao nosso redor e faremos construções
usando nossos próprios pincéis e nossas próprias tintas para criar
composições fantásticas com folhas diferentes.

Vamos nessa?
O que é um suporte mesmo? É onde você faz seu trabalho,
pode ser uma tela, um caderno de desenho, uma simples folha
sulfite, uma camiseta ou o chão da quadra.
Os homens das cavernas pintavam nas cavernas, os grafiteiros
nos muros nas ruas, e nós? Faremos nosso trabalho na quadra. Isso
mesmo. Vamos tentar a pintura em uma posição diferente, em outra
textura, também teremos a oportunidade de expor um trabalho para
as outras turmas. É uma oportunidade de falar sobre as mais
variadas formas de exposição de artes, desde um teto todo decorado
como o da Capela Sistina até as paredes grafitadas da cidade.
O giz de quadro é perfeito para essa atividade, e o efeito é
ainda melhor molhando a ponta do giz antes de desenhar. Vamos
usar copinhos pequenos de café com água para ajudar na pintura:
colocando o giz ali por um ou dois minutos, ele absorve a água,
criando cores mais vibrantes e um toque mais macio.
Vamos lá?
O que é um mundo bidimensional?

As duas dimensões são comprimento e largura. Estas em


conjunto estabelecem uma superfície plana, sobre a qual podem ser
dispostas marcas visíveis planas que não tem profundidade, podem
ser figurativas ou abstratas. É uma criação humana. O desenho, a
pintura, a impressão, o tingimento ou mesmo a escrita são
atividades que levam diretamente a formação do mundo
bidimensional.

O mundo Tridimensional

Vivemos, de fato, em um mundo tridimensional. O que


vemos à nossa frente não é uma imagem plana, tendo somente
comprimento e largura, mas um espaço com profundidade física, a
terceira dimensão. Qualquer objeto pequeno, leve e próximo pode
ser pego e girado em nossas mãos. Cada movimento do objeto
mostra um formato diferente porque a relação o objeto e nossos
olhos foi modificada. È na mente humana que o mundo
tridimensional ganha o seu significado.

As dimensões primárias são: comprimento, largura e


profundidade. E possuí também: cor, textura, ponto, linha, direção,
posição, contrastes...
Trabalha com escultura tridimensional AMILCAR DE CASTRO –
1920-2002 – BRASIL

Vamos agora produzir um material tridimensional, usando


farinha de trigo, óleo, sal e água. Ficou curioso? Então vamos lá.
A tecelagem é uma das formas de artesanato mais antigas,
milenar. Está identificada com as próprias necessidades do homem,
de agasalho, de proteção e de expressão.
Por necessidade, a tecelagem firmou-se no Brasil Colônia,
onde produzir tecidos para escravos e gente simples justificava o
empreendimento.
Minas Gerais foi a região brasileira que mais absorveu a arte
de tecer manualmente e desenvolveu características próprias,
porém conservou a tradição trazida pelos colonizadores
portugueses.
Houve tempo em que toda casa mineira tinha uma roda de fiar
e um tear tosco de madeira. Fazia-se o fio e do tear saiam colchas
e roupas para a família. Enquanto teciam, as mulheres iam
nomeando suas tramas de acordo com o desenho. Com as tramas
nascia o pensamento abstrato e é por isto que, até hoje, tecer
significa pensar. Suas técnicas consagradas pelo tempo não são
restritivas, mas sim, abrem infinitas possibilidades de resultados,
desafiando a criação.
Na atualidade, a tecelagem enriquece a produção cultural do
Brasil, desenvolvendo linguagem própria e atuando com grande
expressividade; a tecelagem transcende a mera artesania e se insere
conceitualmente na manifestação da arte popular contemporânea.
Para trabalharmos a tecelagem em nossas aulas precisaremos
dos seguintes materiais: lã colorida, pratinho de isopor (qualquer
tamanho), agulha de tricô, sua criatividade!
Veja como ficará interessante seus quadrinhos depois de prontos.

O ser humano sempre está procurando por novas técnicas de


pintura, desenho, e gosta de inovar procurando materiais
alternativos que possam trazer novos efeitos. Nos tempos das
cavernas os homens já utilizavam o efeito conhecido como
“negativo”, onde colocam suas mãos na parede da caverna e
pintava ao redor. Mas, com a ajuda de um pedaço de palha de aço
(Bombril) e um recorte de revista com a silhueta desejada, teremos
o mesmo efeito sombreado. Vamos tentar?
O que é gravura?
A gravura é uma linguagem visual que é obtida a partir da
impressão em um papel de uma imagem feita a partir de uma matriz
que pode ser de madeira, metal ou pedra. A gravura é dividida
basicamente em 3 tipos: a xilogravura, gravura originada da
madeira, na qual o artista entalha a madeira e depois faz a
impressão em uma folha de papel, temos também a gravura em
metal que é feito a partir de uma chapa de
metal e a litogravura, que é uma gravura
que vem da pedra, o artista desenha na
pedra com um giz de litogravura e depois
transfere a imagem para o papel através de
uma prensa.

O que é Xilogravura?
Xilogravura significa gravura em
madeira. É uma antiga técnica, de origem
chinesa, em que o artesão utiliza um pedaço
de madeira para entalhar um desenho,
deixando em relevo a parte que pretende
fazer a reprodução. Em seguida, utiliza tinta para pintar a parte em
relevo do desenho. Na fase final, é utilizado um tipo de prensa para
exercer pressão e revelar a imagem no papel ou outro suporte. Um
detalhe importante é que o desenho sai ao contrário do que foi
talhado, o que exige um maior trabalho ao artesão.
A xilogravura é muito popular na região Nordeste do Brasil,
onde estão os mais populares xilogravadores (ou
xilógrafos) brasileiros. A xilogravura era frequentemente utilizada
para ilustração de textos de literatura de cordel. Alguns cordelistas
eram também xilogravadores, como por exemplo, o pernambucano
J. Borges (José Francisco Borges).
O corpo humano é dotado de
cinco sentidos (capacidades) que lhe
possibilita interagir com o mundo
exterior (pessoas, objetos, luzes,
fenômenos climáticos, cheiros, sabores,
etc). Através de determinados órgãos do
corpo humano, são enviadas ao cérebro
as sensações, utilizando uma rede de
neurônios que fazem parte do sistema nervoso.
Visão > É a capacidade de visualizar objetos e pessoas. O olho
capta a imagem e envia para o cérebro, para que este faça o
reconhecimento e interpretação.
Audição > É a capacidade de ouvir os sons (vozes, ruídos,
barulhos, músicas) provenientes do mundo exterior. O ouvido
capta as ondas sonoras e as envia para que o cérebro faça a
interpretação daquele som.
Paladar > Este sentido (capacidade) permite ao ser humano sentir
o gosto (sabor) dos alimentos e bebidas. Na superfície de nossas
línguas existem milhares de papilas gustativas. São elas que captam
o sabor dos alimentos e enviam as informações ao cérebro, através
de milhões de neurônios.
Tato > É o sentido que permite ao ser humano sentir o mundo
exterior através do contato com a pele. Abaixo da pele humana
existem neurônios sensoriais.
Olfato > Sentido relacionado à capacidade de sentir o cheiro das
coisas. O nariz humano possui a capacidade de captar os odores do
meio externo. Estes cheiros são enviados ao cérebro que efetua a
interpretação.
A Mandala é um objeto de decoração muito utilizado nos dias
de hoje. Essa forma surgiu em tempos antigos da humanidade. O
círculo da mandala significa eternidade e equilíbrio. A palavra
"mandala" vem do sânscrito e significa "círculo". As primeiras
mandalas da história surgiram no Tibete, no século VIII, e eram
usadas como instrumentos de meditação.
As Mandalas foram encontradas na cultura do Extremo
Oriente, como uma representação do sagrado. Esses círculos são
repletos de simbolismo e estão presentes em várias culturas, como
a cultura dos budistas, dos hindus e dos tibetanos.
Essa representação é bastante usada em rituais de orações,
meditação e cura. A mandala também é considerada um círculo
mágico ou um objeto de concentração de energia. Universalmente,
a mandala representa a totalidade, a integração e a harmonia. As
mandalas estão presentes no símbolo chinês do Yin e Yang, nos
yantras indianos, nos thankas tibetanos, nos vitrais das catedrais
católicas, e em várias outras representações.
Técnica que consiste na elaboração de traçados preparatórios
para a escrita, desprovidos de qualquer significação. Os índios e
culturas africanas, incas, mesopotâmicas, dentre tantas outras
usaram e ainda usam os grafismos para ornar diferentes utensílios
no sentido da própria estética, sem querer dar um sentido
obrigatório para tal feito. Abaixo temos alguns exemplos em
pedras:

Agora é a sua vez. Pegue suas pedras e suas canetinhas e


mãos a obra. Crie seus próprios grafismos bem coloridos.
O Desenho de observação é aquele onde utilizamos um
modelo real para desenvolver a percepção visual - capacidade de
observação de forma, luz e volumes. Para conseguirmos um bom
desempenho no desenho é fundamental uma observação cuidadosa.
Começa assim a formação do verdadeiro desenhista: aprendendo a
observar!
Proporção é a relação dimensional entre as partes de uma
composição entre si e destas com relação ao todo. É muito
importante que estejamos atentos à proporção, ou seja, que as
formas desenhadas não estejam grandes demais ou pequenas
demais em relação ao modelo e em relação umas às outras. As
formas perdem os detalhes, assim como as cores perdem as suas
características específicas à medida que estão mais distantes de
nós.
Podemos ver a forma das folhas e dos galhos, por exemplo,
mesmo os mais delicados, de uma árvore situada a dois metros de
nós, mas não podemos distinguir estes detalhes da mesma forma se
a árvore estiver a cem metros de distância.
Existe um dicionário de sustentabilidade em inglês. Nele há a
expressão upcycle. Diferente de recycle (reciclagem), o termo
descreve o processo de converter um material industrial em algo de
igual ou maior valor, em uma segunda vida. É o que acontece
quando você pega um material ordinário como tampas e recipientes
feitos plástico ou metal, por exemplo, e transforma-os num
acessório ou uma roupa agregando um valor bastante superior ao
original (tanto financeiro, quanto simbólico).
Na moda em geral, que inclui roupas, bolsas, sapatos,
chapéus, dentre outros, estão também as bijuterias, masculinas e
femininas. Iremos agora experimental criar acessórios (pulseiras e
colares) usando elásticos, fitas coloridas e macarrões. Os
macarrões coloridos podem ser coloridos com o uso de canetinhas
ou tinta mesmo. Mãos à OBRA!
Os índios brasileiros utilizam da natureza e o que ela nos
oferece para pintar seus corpos, utensílios, dentre outros. Nesse
momento utilizaremos em nossos trabalhos materiais naturais para
observarmos tais misturas. Observe alguns elementos abaixo
utilizados nas pinturas de objetos e nos corpos dos próprios
indígenas: linhas, traços, formas de animais.
O folclore é um conjunto de manifestações da cultura
popular que existe nos mais variados povos, nas várias regiões
do mundo.
O principal folclorista – isto é, estudioso do folclore –
brasileiro (e um dos maiores do mundo), Luís da Câmara Cascudo
(1898-1986), definiu o folclore como: a cultura popular, tornada
normativa pela tradição. Com essa definição, Cascudo pretendia
destacar exatamente o que o folclore significa, em sua acepção
original, dada pelo antiquário inglês William John
Thoms: folk significa povo e lore, instrução, sabedoria. Assim
sendo, a cultura popular também carrega uma sabedoria, um
conjunto de conhecimentos específicos, que se organizam,
geralmente, em forma de mitos (narrativas) e rituais (festas,
cerimônias etc).
O folclore manifesta-se de muitas formas e em todas as
regiões do mundo, pois a cultura popular é bastante versátil e se
desenvolve com força em qualquer povo. Da mesma forma que a
cultura erudita, ou a chamada “alta cultura” (literatura, música
clássica, poesia, teatro etc.), a cultura popular é de suma
importância para a construção da identidade de um povo, ou de
uma civilização inteira.
O conjunto de lendas, de provérbios, de encenações e festas,
sempre concentra, em seu fundo, uma sabedoria de conteúdo
moral, tal como as fábulas e contos de fadas. Geralmente é essa
sabedoria que orienta as comunidades locais, que vivem
circunscritas em determinada tradição. A tradição folclórica do
Brasil, por exemplo, desenvolveu-se de variadas formas de acordo
com as regiões do país. Esse desenvolvimento se deu a partir da
mistura das tradições dos principais povos que se misturam em
terras brasileiras; notadamente, povos africanos, os nativos
indígenas e europeus.
As principais lendas e ritos do folclore brasileiro mais
famosos são: o do Saci-Pererê, da Iara, do Bumba meu boi,
do Lobisomem e da Mula sem cabeça. Muitas dessas lendas são
derivações de narrativas mitológicas dos povos europeus, como é
o exemplo da Iara, uma “sereia da Amazônia”, que remete às
sereias da mitologia grega, narradas por Homero, na Odisseia.

O folclore também se associa frequentemente às tradições


religiosas, acrescentando elementos novos aos rituais tradicionais.
Grandes festas populares, como, no caso brasileiro, o carnaval, e,
no caso irlandês, o dia de São Patrício, são exemplos disso. O
sincretismo religioso, isto é, as misturas de rituais e crenças
religiosas de várias tradições também compõem a cultura
brasileira. A prática de se “benzer” um doente, de se “fechar o
corpo” contra males, e outras variações disso, são expressão deste
sincretismo.
As tradições populares são conservadas por meio do folclore.
Através de uma festa, como a do Bumba meu boi, toda uma herança
imaterial – isto é, um estoque de valores e sabedoria tradicional é
passado de geração em geração. É de suma importância, portanto,
o estudo e o conhecimento das práticas do folclore, não apenas do
Brasil, mas de todos os povos, das variadas regiões do globo.
Curiosidade – A carapuça do saci
Um traço característico entre muitos sacis encontrados pelo Brasil é a
presença da carapuça vermelha. Essa carapuça é encantada, faz o saci ficar
invisível e confere-lhe "forças". A carapuça do saci é um símbolo popular
de liberdade. Quando posta na cabeça de um escravo, representava a sua
libertação. Para o saci, simboliza a liberdade para importunar as pessoas.

Brinquedos

Ioiô, bilboquê, peteca, três-marias, boneca de pano,


cavalinho de pau, pipa, bolinha de gude... Esses brinquedos
existem há tampo tempo que nem é mais possível dizer quem os
inventou, foram passando de geração em geração. Ou seja, são
considerados folclóricos. Eleja um deles para confeccionar com
seus alunos. O arte-educador Leonardo Polido desenvolveu um
ioiô usando tampinha de garrafa.

Que tal uma batalha de ioiôs? Está pronto? Então, vamos lá!
Além de brinquedos, existem artesanatos praianos que
também fazem parte do folclore brasileiro, que começou com
contação de histórias em areia, por exemplo e mais tarde se tornou
objetos de decoração. Com areia colorida, são construídas
paisagens, imagens, dentre outras de recipientes de vidro.
Vamos agora criar nossa areia colorida usando apenas sal e
giz de quadro e uma garrafinha transparente com rolha. Vamos lá?

Atualmente encontramos diferentes artistas que inovam a


cada dia com diferentes materiais que já conhecemos, mas que não
havíamos pensado em usar da forma que tais artistas têm usado.
Vamos fazer também?

Pintura com bolhas de sabão coloridas com anilina


Pintura com areia e cola.

Composições com palitos de picolé e cola e lápis de cor e canetinhas.

Objetos em espiral com palitos de picolé.


Quadrinho com fundos de caixa de ovos.

Quadrinho com fundos de caixa de ovos.


Mais algumas ideias para nossa
Feira do Empreendedorismo...!
O significado de Arte Naif, também denominada de Arte
Primitiva Moderna pode ser interpretado como um tipo de arte
simples, desenvolvida por artistas sem preparo e conhecimento das
técnicas acadêmicas. É considerada uma arte com elementos sem
conteúdo. O termo inglês Naif pode ser traduzido como ingênuo e
inocente, por isso a compreensão simplista. A falta de técnica não
retraiu o desenvolvimento desta arte, que recebeu grande destaque,
ao ser valorizada por apreciadores da estética e pessoas comuns.
O artista parte de suas experiências próprias e as expõe de
uma forma simples e espontânea. Esta estética não pode ser
enquadrada em tendências modernistas, sobretudo na arte popular,
pois foge a regra. Ao analisar a construção deste tipo de arte, é
possível verificar que o artista utiliza experiências pessoais,
oriundas de sua convivência com o meio e cultura geral, sendo
assim, há uma pequena esfera cultural embutida na Arte Naif.
Afirma-se que este tipo de arte possui liberdade estética e pode ser
resumida como uma arte livre de convenções. Críticos dizem que
em termos gerais, a Arte Naif é concebida por artistas que pintam
com a alma.
Cândido Portinari adorava pintar crianças brincando, e
dizia: "Sabem por que que eu pinto tanto menino em gangorra e
balanço? Para botá-los no ar, feito anjos." Pintando crianças
brincando em mangueiras frondosas ou participantes de "peladas"
de futebol e de festas de São João, todas elas trazem a lembrança
da vida rural.
A criança, agrupada em bandos, é apresentada com roupas
claras e rústicas, geralmente em movimento, com gestos largos ou
de posse de brinquedos manufaturados. Espantalhos, pipas, luas e
estrelas são elementos recorrentes que refletem o apego à cultura
rural e à paisagem do interior. Este universo infantil é povoado de
elementos lúdicos, como brinquedos, brincadeiras e jogos: "Nossos
brinquedos eram variados, conforme o mês, e também havia os
para o dia e os para a noite. Para o dia eram: gude, pião, arco, avião,
papagaio, bilboquê, ioiô, botão, balão, malha e futebol. Para a
noite: pique, barra-manteiga, pulando carniça, etc."

Outros artistas que também retrataram brincadeiras:


Fazendo uma releitura de uma obra de Cândido Portinari onde
ele retrata uma brincadeira. Usaremos pratinho de isopor, tinta
guache, pincel e massinha. Mãos à obra!

Arte rupestre é o nome da mais antiga representação artística da


história do homem. Os mais antigos indícios dessa arte são datados no
período Paleolítico Superior (40.000 a.C.); consistiam em pinturas e
desenhos gravados em paredes e tetos das cavernas. Isso demonstra que o
homem pré-histórico já sentia a necessidade de expressão através das artes,
algo inerente ao ser humano.
As representações feitas nas cavernas eram de grandes animais
selvagens, na tentativa de tentar reproduzir as caçadas da forma mais real
possível. O homem pré-histórico usava ossos de animais, cerâmicas e pedras
como pincéis, além de fabricar suas próprias tinturas através de folhas de
árvores, sangue de animais e excrementos humanos.
A argila é um dos materiais mais comuns de serem encontrados.
Alguns escultores compram a argila de fabricantes de cerâmica, pois é
muito raro encontrarmos locais onde haja a ocorrência natural de solo
argiloso suficientemente uniforme, plástica e com textura fina para
propósitos artísticos. Ela pode ser armazenada em sacos plásticos por
longos períodos, sendo que, por ser muito pesada quando úmida, é
aconselhável guardá-la em pequenos pedaços separadamente.
As ferramentas de modelagem foram desenhadas com o propósito
de serem como extensões das mãos e dos dedos. Os efeitos produzidos
por muitos dos materiais são muito semelhantes aos efeitos provocados
por diferentes partes das mãos: a ponta dos
dedos, a palma, ou as laterais das mãos por
exemplo. Há uma grande variedade de
tamanhos e formatos e a maioria delas é feita
de madeira. Mas as principais ferramentas
para a modelagem serão sempre as mãos e os
dedos e na hora de escolher as ferramentas
complementares, uma regra básica é que
quanto mais simples ela for, melhor.

A modelagem é um procedimento
complementar à escultura. Ao invés de remover pedaços de pedra ou
madeira de um bloco para se obter uma superfície esculpida, o
modelador trabalha a superfície da essência do material, do seu núcleo.
A natureza deste material permite um grau de flexibilidade na
concepção do objeto que muitas vezes não é possível na escultura. Mas,
tanto na modelagem, quanto na escultura, o artista tem que ter em mente
o produto final de sua obra antes de começar a executá-la.
Durante a queima da peça de argila, se não forem tomadas
algumas providências, poderão ocorrer algumas rachaduras. É
necessário, portanto, deixá-la oca e sem nenhuma bolha de ar. A
espessura das paredes da escultura pode variar de 6mm a 2,5cm ou
mais, dependendo do tamanho da peça. O escultor precisa saber que o
mais importante é a uniformidade da espessura das superfícies,
diminuindo o risco de rachaduras durante a secagem e a queima. No
caso da escultura oca ser grande, é necessário que se comece por baixo,
por partes, para que cada parte seque o suficientemente para aguentar a
parte de cima. Poderão surgir alguns problemas relacionados a sua
queima. Alguns escultores constroem fornos especialmente grandes
para a queima destas peças, mas o modo mais fácil é o de se fazer a
escultura em partes para queimá-las separadamente e depois uni-las
com o auxílio de adesivos, cimentos, etc. A desvantagem é que estas
juntas certamente ficarão visíveis.
Para fazer um simples vaso ou
uma garrafa por exemplo, e o
meio ficar oco para não rachar
na hora da queima, o ideal é
você fazer uma grande
“cobrinha” com a argila e
depois colocando ela uma
sobre a outra para depois
modelar o objeto desejando,
usando espátula, palitos de
picolé, água, palitos de dente e
outros materiais que você
possuir. Para manter a peça
úmida por mais tempo,
guarde-a dentro de um saco
plástico bem fechadinho.
Assim, você poderá terminar
seu trabalho mais tarde, mas
não deixe por muitos dias, porque a umidade dentro desse saquinho uma
hora vai secar.

Bom trabalho e boa sorte!


O ano passou voando e daqui a alguns dias estamos comemorando
o Natal! E como amamos novidades, temos algumas ideias natalinas
para alegrar nossa escola e a sua casa. E nada melhor do que reciclarmos
materiais que iriam para o lixo, com muita maestria que temos de sobra.
Já aprendemos inúmeras técnicas nesse ano que já está acabando e
temos certeza que vamos tirar de letra mais esse desafio. Vejamos
algumas ideias que podemos fazer.
Vamos ao trabalho?
Avaliação

Avaliação processual é o mesmo que avaliação formativa e


contínua. Ambas examinam a aprendizagem ao longo das
atividades realizadas em sala de aula o tempo todo: produções,
comentários, apresentações, criações e trabalhos em grupos. Isso
faz a diferença porque é o elo entre o ensino e a aprendizagem e
torna o docente corresponsável pelo processo.
Avaliar dessa forma permite acompanhar a construção do
conhecimento, identificar eventuais problemas e dificuldades e
corrigi-los antes de avançar. Isso ajuda a interpretar o que a turma
aprendeu ou não e, assim, intervir, mudando as estratégias.
Umas das coisas importantes a se fazer é registrar dados
importantes observados durante as aulas, diariamente, de forma
que não se perca informações preciosas sobre o desenvolvimento
dos alunos durante as aulas.

Agradecemos a parceria e que no próximo ano possamos descobrir mais


possibilidades e experienciar novos desafios estéticos!
Forte Abraço!

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