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Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu


ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO

SUGESTÕES DE ATIVIDADES
PARTE 1

ARTES VISUAIS

“ A arte constitui uma forma de linguagem

e comunicação. Essa comunicação se dá por

meio da arte de várias formas, as quais

consistem as poéticas da arte.”

COORDENADORA DE ARTE

CLEIRI TERESA FAQUINI

clerfacchini@hotmail.com

FONE: 9919-7684

EQUIPE DE ENSINO

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A arte rupestre está registrada em rochas e grutas em todo o Brasil. São mais de 780 sítios
arqueológicos, onde as pinturas rupestres deixaram o rastro dos primeiros "pintores"
brasileiros de que se tem notícia.
Em Minas Gerais, um dos sítios mais importantes é o
Vale do Peruaçu. Em paredões bem altos, os "pintores"
da Antiguidade fizeram seus desenhos a cerca de dez
metros do chão, provavelmente se encarapitando em
cima de árvores! As pinturas do Peruaçu são de vários
estilos, e os pesquisadores calculam que tenham entre
2.000 e 10.000 anos.

Além de retratarem cenas de caça, os painéis de rocha também exibem desenhos


geométricos incríveis, com cores bem vivas.
Em Minas também ficam os penhascos de Lagoa Santa, outro lugar misterioso, cheio de
desenhos de animais, com cerca de 10.000 anos de idade, descobertos pelo biólogo
dinamarquês Peter Lund em 1834.

Parece que os " pintores" antigos de Lagoa Santa também usavam o lugar como cemitério,
pois junto aos desenhos também foram encontrados ossos

Uma das descobertas recentes mais impressionantes é a Caverna da Pedra Pintada, na


cidade de Monte Alegre, no Pará, descoberto em 1996 pela norte-americana Anna
Roosevelt. A pesquisadora encontrou indícios de uma civilização avançada na bacia
amazônica.

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As pinturas rupestres deixadas nos paredões e cavernas de Monte Alegre são em tons
avermelhados e chegam a ter 11.200 anos! Retratam
plantas, animais, e até as cenas de um parto! Os
"retratistas paraenses" pareciam ter boas noções de
biologia, e deixaram os pesquisadores boquiabertos…
Esses desenhos ancestrais são atração também nos sítios
de São Raimundo Nonato e Serra da Capivara, no Piauí, e
Lajedo da Soledade, em Apodi, no Rio Grande do Norte,
onde se concentra o maior número de pinturas rupestres por metro quadrado

Até o estado do Pará possui pinturas rupestres! Aliás, em 1996 uma pesquisadora norte-
americana descobriu uma coisa incrível

POR QUE ENSINAR ARTE?

Concepção da Arte
Faz – se necessário uma concepção que contribua para a emancipação
intelectual e a compreensão da produção artística presente no cotidiano do
aluno.

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O Ensino da Arte é recente na sua sistematização, no entanto, seu objetivo de


estudo reporta –se os primórdios da civilização.

Assim, Arte é produto da criação humana, resultado do trabalho/ação do homem


sobre a natureza, é eminentemente social – nasce na e para a sociedade –
manifesta posições estéticas, éticas e políticas de uma determinada época,
portanto, nunca é neutra.”

A construção da sensibilidade estética, por meio da criação – produção e de


fruição artística, possibilitará aos educandos perceberem-se como construtores
de uma cultura e como seres capazes de dar significado ao mundo, exercendo
suas potencialidades perceptivas, imaginativas e reflexivas, tornando-se mais
críticos em relação ao meio que vivem.

A Arte une pensamento a uma forma de expressão, um significado a um


significante. Assim a apreciação, a reflexão e a criação artística permitem o
desenvolvimento pleno do ser, que identifica com o mundo humanizado.

Ao entrar em contato com a Arte, os indivíduos podem aprender uma nova visão
de mundo, experimentar situações inusitadas e ampliar sua compreensão acerca
da realidade circundante. E, é nessa particularidade que reside o caráter
revolucionário da Arte, assim entendida como agente na sociedade e não apenas
como reflexo desta.

Consideramos que esta concepção de Arte articula as três dimensões artísticas,


a expressão, a produção e o conhecimento.

A articulação entre o fazer, o conhecer e o exprimir deve permear todo o ensino


da Arte que visa humanizar os sentidos, aguçar a percepção e suscitar reflexões
nos educandos.

A escola tem a função de contribuir para a formação estética dos educandos e


promover a socialização da Arte. Arte como prática social, que deve estar
presente nas relações sociais, que questiona, resiste e mostra o movimentos nas
relações nas quais está inserida.

Para tanto o trabalho em Arte requer intencionalidade e suporte teórico para


superar antigas concepções e práticas de caráter tradicionalista e espontaneísta
– como a reprodução de modelos, a prática da livre expressão e a instrução por

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meio de técnica- e clareza quanto aos objetivos, conteúdos e procedimentos


metodológicos.

Propiciar o desenvolvimento da sensbilidade estética, que é a capacidade de


perceber, refletir e recriar o mundo e as relações, bem como suas expressões,
compreendendo a Arte como produto da criação humana, resultado do
trabalho/ação do homem sobre a natureza.

PRESSUPOSTOS TEORICO – METODOLÓGICOS

Arte é uma área do conhecimento, ensino da arte, um processo teórico e prático,


criador e transformador, deve proporcionar ao educando contatos com o
contexto circundante, com suas vivências com o saber artístico acumulado e com
as diferentes culturas.

O encaminhamento metodológico que considera o educando como um sujeito


criador, reflexivo e transformador, visa contribuição para a atualização das
práticas pedagógicas já existentes, para ampliar conceitos e promover
mudanças.

Como o ensino da Arte precisa de um processo sistemático de aprender a ver, a


investigar e a pensar criticamente, sugerimos uma metodologia que envolva as
experiências de observar, analisar, interpretar e criar – transformar.

A metodologia proposta é de fim de investigar a percepção e uma leitura mais


recatada da obra de Arte, é uma adaptação da metodologia “Image Watching”
de Robert Ott se mostra adequada, uma vez que compactua com as concepções
citadas.

“Image Watching” é um método elaborado nos Estados Unidos, nos anos 80. No
Brasil, é divulgado especialmente por Ana Mae Barbosa (1997) e Christina Rizzi
(2000). Trabalhos da USP e no MAC/USP, Museu de Arte Contemporânea da
USP e no Museu Lasar Segall também carregam a sua influência.

Seguindo a Proposta Triangular da Arte-Educadora Ana Mãe Barbosa, são três


os eixos articuladores do processo de ensino aprendizagem em Arte:

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Produção em arte: o fazer artístico; Fruição: apreciação significativa da


arte e do universo a ela relacionado; Reflexão: a arte é produto da história
e da multiplicidade das culturas humanas. A produção em arte é o próprio
ato de criar, construir e reproduzir. São momentos em que o aluno
desenha, pinta, esculpi, modela, recorta, cola, canta, toca um instrumento,
compõe, atua, dança, representa, constrói personagens, simboliza... A
Fruição é a apreciação estética, é o próprio ato de perceber, ler, analisar,
interpretar, criticar, refletir sobre um texto sonoro, pictórico, visual ou
corporal. A Reflexão é quando existe a contextualização do que está
aprendendo, por exemplo, ao conhecer uma obra de arte é de fundamental
importância contextualizar o panorama social, político, histórico cultural
em que foi produzida. Como ela se insere no momento de sua produção e
como este momento se reflete nela. A reflexão sobre arte inclui também o
conhecimento específico de cada linguagem artística: seus elementos,
regras de composição, estilos, técnicas, materiais, instrumentos...

“Image Watching” é organizado em seis etapas, bem definidas e articuladas.


Por meio de perguntas, cabe ao mediador levar o fruidor à reflexão e conduzir a
mediação, obedecendo a sequência pré – estabelecida.

O processo se inicia com o aquecimento, que consiste em uma sensibilização


frente à obra, preparando uma atmosfera favorável à percepção da obra.

Cinco categorias da mediação de ROBERT OTT


propriamente dita são:

DESCREVENDO: que levanta questões sobre a percepção primeira e


enumeração do que está sendo visto.

ANALISANDO: é a etapa em que é feita uma análise do ponto de vista formal e


técnico da obra, ainda se refere ao que está sendo visto de fato na obra.

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INTERPRETANDO: levanta-se informações mais subjetivas referentes ao que a


obra despertou no fruidor. Aqui entram as sensações, sentimentos
significados.

FUNDAMENTANDO: o mediador trabalha com mediação de informações sobre


a obra, o artista, e a sua contextualização.

REVELANDO: o fruído revela no fazer artístico o conhecimento por ele


construído/ vivenciado no decorrer da experiência.

CROOGRAMA DE CONTEÚDOS

ATIVIDADES EM ARTES VISUAIS

Sugere – se utilização dos mais diversos gêneros da representação pictórica, ou


seja, o uso de imagens, de pinturas, desenhos, escultura, fotografia, material
publicitário e imagens virtuais sem a preocupação da sequência cronológica,
esta escolha deve explorar a diversidade do uso de elementos visuais e
compositivos nas obras para uma melhor percepção e reflexão dos educandos
de acordo com o conteúdo a
ser trabalhado.

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Para refletir!

A Arte é importante na escola,


principalmente porque é importante fora
dela. Por ser um conhecimento construído
pelo homem através dos tempos, a Arte é
um patrimônio cultural da humanidade e
todo ser humano tem o direito ao acesso a
esse saber”.

(Martins e Picosque,1998 Poetizar, fruir e


Conhecer Arte)

ELEMENTOS BÁSICOS DAS LINGUAGENS VISUAL

Como as imagens são construídas? Como podemos formar imagens? Quais são
os elementos da linguagem visual? Se prestarmos atenção a um desenho,
veremos que nele há pontos, linhas e cores. As formas em artes visuais são
constituídas por pontos, linhas, formas, planos, cores, que chamamos de
elementos da linguagem visual. Ao combiná-los entre si, podemos criar imagens.

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 O é o início de tudo.

 É o elemento mais básico dos elementos formais e da geometria,


através do qual se originam todas as outras formas geométricas.

 É o lugar onde duas linhas se cruzam.

 É um sinal sem dimensões, deixado na superfície.

 É a unidade de comunicação visual mais simples e irredutivelmente


mínima (DONDIS, 1997).

 Pode ser uma referência ou um lugar no mundo.

ENCONTRAMOS O PONTO

Na noite, olhamos para o céu sem nuvens, podemos observar que o grande
espaço da abóbada celeste parece
salpicada de pontos luminosos: uns
pequenos, outros grandes, uns
dispersos, outros agrupados –são os
astros, que se encontram a milhares
de quilômetros de distância da Terra.

Também podemos encontrar o PONTO


na areia da praia, nas sardas do rosto
de uma pessoa.

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No estudo da arte o PONTO atua como FORMA e desenvolve – se numa


superfície limitada a que damos o nome de Campo Visual.

Campo Visual – Superfície limitada em que a

forma se desenvolvem.

Quando no campo visual não existem formas,


dizemos que é um campo vazio.

 É o lugar onde duas linhas se cruzam.

 Pode ser:
a) geométrico; b) gráfico; c) gráfico;

a) Ponto Geométrico:

Não apresenta medida de comprimento, largura e altura; colocamos ao seu lado


uma letra maiúscula.
O ponto geométrico serve:
 para marcar um lugar;

Ex.:
A

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 Definir se uma reta tem começo em A, mas não tem fim;


Ex.:

A
Semi-reta

 Marcar o centro de uma circunferência;

Ex.:

a) Ponto Físico:

Tudo que é redondo e ocupa um lugar no espaço.


O universo está repleto de pontos físicos, na natureza também encontramos
formas que constituem ponto físico.

C) Ponto Gráfico:

É um elemento plástico que serve para caracterizar volume.


Sozinho, transmite sensação de unidade, mas, de vários tamanhos e juntos,
transmitem a sensação de movimento.
É o ponto que tem tamanho, cores podendo dar dimensões.
Podemos pensar na vista érea de uma praia, no agrupamento das pessoas, das
estrelas ou planetas no espaço.

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Ex.:
A- B- C- D-

A) Os pontos estão agrupados.


B) Os pontos estão dispersos.
C) Os pontos estão dispersos e agrupados.
D) Os pontos estão dispersos e agrupados em diferentes tamanhos.

História da Arte

Neoimpressionismo-Pontilhismo
A técnica do pontilhismo consiste em colocar pequenos pontos um ao lado do
outro, de tons puros (vermelho, azul, amarelo, verde, roxo e laranja), as cores do
arco-íris.
O movimento pontilhista nasceu no século XIX, na França, em 1885, como
Georges Seurat- 1859-1891: em seus quadros não havia as pinceladas normais
de um pintor, suas pinceladas eram minúsculas, uma ao lado da outra. O quadro

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de Domingo na Ilha de Grande Jatte-1884-1886, Instituto de Arte de Chicago,


expressa a criação máxima do pontilhismo.

Uma tarde de Domingo na Ilha da Grande Jatte.

nome da obra: Uma tarde de Domingo na Ilha da Grande Jatte


ano: 1884-1886
técnica: óleo sobre a tela
estilo que pertence: impressionismo

Esta obra retrata um momento de lazer, onde as pessoas vão para o parque
passar várias horas em uma tarde de domingo. A maneira em que os
personagens estão vestidos é de acordo com o século XIX.
No lugar de pinceladas, o artista pintava em pequenos pontos uniformes, em
cores brilhantes, uns ao lado dos outros. Vistos de longe, os pontos pareciam
sair do fundo e sugeriam outras cores, também brilhantes.
Quando esta obra foi exibida, em 1866, em uma exposição de arte
impressionista, muitos pintores foram atraídos para o pontilhismo.
As áreas de luz e sombra foram feitas por pontinhos amarelos que dão a ideia
da luz do sol, e de pontinhos mais escuros que surge as sombras feitas pelas
copas das árvores e pelas sombrinhas das mulheres.

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 Considera-se como PONTO qualquer elemento que funcione como forte


centro de atração visual dentro de um esquema estrutural, seja numa
composição ou num objeto (FORTES, 2001).
 Portanto, o ponto é o elemento mais simples da linguagem visual. Quando
imaginamos um ponto, normalmente pensamos nele como um pequeno
círculo. No entanto, o ponto pode ter outras formas, como um quadrado ou
uma mancha. Então, o que é um ponto? É um elemento pequeno se
compararmos com o restante da imagem; é o menor de todos os elementos
da linguagem visual e, no entanto, com ele construímos imagens. Se o ponto
estivesse unido a outro, e este a outro, e assim sucessivamente, o que
viríamos seria uma linha. Um ponto isolado em uma obra chama muita
atenção de quem observa. Quando se desenha ou se pinta uma obra usando
muitos pontos, pode-se criar uma sensação de vibração.

FORMAS DE REPRESENTAÇÃO DO PONTO

O ponto pode ser representado graficamente de duas maneiras: pela interseção


de duas linhas ou por um simples toque na superfície com um instrumento
apropriado.

UTILIZAÇÃO DO PONTO NAS ARTES VISUAIS

Qualquer ponto tem grande poder de atração visual, quando juntos eles são
capazes de dirigir o olhar do espectador. Essa capacidade de conduzir o olhar é
intensificada pela maior proximidade dos pontos, ou seja, quanto mais próximos
uns dos outros estiverem os pontos, mais rápido será o movimento visual.

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Os pontos, enquanto elementos visuais, podem ser observados


facilmente na natureza e no mundo construído.

Em grande número e justapostos os pontos criam a ilusão de tom ou de


cor.

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Observe:

Georges Seurat

Biografia de Georges Seurat

Nascido num meio burguês; seu pai, um funcionário público, era um homem
solitário e esta característica seria herdada por Seurat. Em 1877, ingressou na
Escola Superior de Belas-Artes de Paris, onde visitaria frequentemente o Museu
do Louvre, desde Jean-Auguste-Dominique Ingres e sofreria fortes influências
de Rembrandt; Francisco Goya e de Puvis de Chavannes. Seus estudos seriam
interrompidos por um ano por motivos de serviço militar na base de Brest - uma
cidade do oeste francês—onde fez numerosos esboços de barcos, de praias e
do mar.

De volta a Paris, em 1880, Seurat se torna Mirrestro, inspirado pela obra de


Michel Eugène Chevreul: A lei do contraste simultâneo das cores.

A técnica do pontilhismo utilizada por Seurat deu origem ao neoimpressionismo


e foi extensivamente utilizada na arte do século XX. Pode-se dizer que a teoria
pontilhista foi precursora da televisão e da imagem digital.

Tal como Mondrian e Leonardo da Vinci, Seurat também recorreu à técnica da


simetria dinâmica usando retângulos de ouro nas suas pinturas.

Seurat morreu em Paris em 29 de março de 1891

A causa da morte de Seurat é incerta, e tem sido atribuída a uma forma de


meningite, pneumonia, angina infecciosa e / ou (mais provavelmente) difteria.

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Seu filho morreu duas semanas depois da mesma doença. Seu último trabalho
ambicioso, The Circus, foi deixada inacabada

Pontilhismo, uma nova maneira de misturar as cores.

No fim do século XIX o desenvolvimento de teorias psicológicas e fisiológicas


gerou um certo tipo de conhecimento que começou a ser usado pelos pintores
da época. Os impressionistas já pregavam que para se alcançar diferentes tons,
as cores não precisariam ser misturadas, mas que poderiam ser colocadas lado
a lado em pequenas “porções” e nosso olho se responsabilizaria por misturar as
cores e gerar

tons intermediários.
Para os pontilhistas, entre as cores complementares deveria existir sempre uma
relação exata, de modo que, a um tom de vermelho, correspondesse outro de
verde, e existisse entre ambos uma seção infinitesimal de suporte.
Nesse aspecto, afastavam-se dos impressionistas, que deliberadamente
desleixavam tal relação fixa.
A justaposição das cores complementares, segundo um esquema matemático,
emprestou ao pontilhismo um aspecto inconfundível, que os inimigos da
tendência logo alcunharam de «pintura de confete».

O mestre do pontilhismo – Georges Seurat

Georges Seurat é considerado aquele que iniciou o movimento Pontilhista, em


que o uso de cores não sobrepostas iniciado pelos impressionistas foi
aprofundado. Em seus quadros, Seurat usava pequenas pinceladas de forma
sistemática, distribuindo-as com perfeição na tela de forma que o observador
visse uma tela com inúmeras e sutis transições entre os tons.
Seurat foi o mais notável dos pintores pontilhistas. Suas telas Um domingo de
verão na Grande Jatte, (1884-1886; Instituto de Arte de Chicago), O desfile do
circo (1887) e a inacabada obra-prima O circo (1890-1891) são admitidas
unanimemente como os pontos culminantes do movimento.

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O pontilhismo revelou-se particularmente apto a reproduzir uma atmosfera


vibrante, de luz e calor. Foi também, de certo modo, uma das tendências que
melhor anunciaram a abstração de cor e forma a que chegaria, anos depois, a
pintura ocidental.
Seurat produziu muitos escritos teóricos e pintou paisagens, marinhas, cenas de
Paris e de outras cidades francesas por onde viajou.

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Principais artistas que exploraram a pintura pontilhista

No mundo
Os artistas que exploraram essa técnica em seus trabalhos foram: Georges
Seurat, Edgar Degas, Paul Signac, August Renoir e Vincent Van Gogh.

No Brasil

No Brasil, durante esse período o pontilhismo chamou a atenção de artistas


como Belmiro de Almeida, Eliseu Visconti, Rodolfo Chambelland, Artur Timóteo
da Costa e Guttmann Bicho, entre outros. Podemos observar esse exemplo de
pintura na obra do artista Eliseu Visconti no painel central do Foyer do Teatro
Municipal do Rio de Janeiro.

A obra de Paul Signac, nos traz


também o trabalho com a linha

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ATIVIDADE:

Agora você irá produzir um trabalho utilizando pontos(pontilhismo) e linhas,


fazendo um desenho a seu gosto, usando lápis preto e depois preencha-os
usando pontinhos de canetinha hidrográfica. Mas preencha apenas a metade
com pontinhos, a outra metade preencherá com linhas.

Quanto maior o desenho, melhor para preenchê-lo.

Quanto mais próximo os pontinhos, mais bonito fica.

Apresente aos alunos imagem da Internet sobre o Pontilhismo.

Atividades: Pontilhismo
 Apresente aos alunos as obras de Georges Seurat, escolha uma delas;
(sugestão) – “O passeio no rio Senna”.
 Escolhida a obra, faça a leitura formal da obra (linhas, formas, cores, formas).
 No segundo momento faça a leitura e interpretação (O que vejo na obra? O
que está representando, o que me lembra? Qual a mensagem que traz a
obra)?
 Fale sobre o artista Georges Seurat, seu estilo, as cores usadas nas obras,
o tipo de pintura, o uso das linhas e das formas, e sobre a técnica do
pontilhismo.

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 Faça uma roda de conversa onde cada criança mostrará sua criação e
contará o que aprendeu com o desenvolvimento da atividade, como foi o
processo de criação, quais os novos conteúdos aprendidos.
 Criar obras com diferentes materiais com lápis, tintas, recortes de papel, EVA,
confetes, entre outras.
 Trabalhar: leitura, interpretar, releitura, vida e obras George Seurat, pontos,
desenho, textura, composição, cores, formas, linhas.
 Material: cartolina branca ou caderno e canetinhas.
Conhecer a vida e as obras de Tarsila do Amaral.
 Escolhe uma das obras e desenhe sobre a cartolina ou caderno, com as
canetinhas hidrográficas preenchendo todo o desenho com pontinhos.
“O grande passeio no rio Senna”

Georges
Seura

 “Tarsila do Amaral” – pontilhismo com canetinhas hidrográficas

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Linha, um ponto em movimento.


Pense em um ponto. Agora, ele começa a se deslocar atrás de você, como a
sua sombra, um rastro; este movimento é a linha.
A linha não é estática, elemento visual inquieto, mais palpável de se apresentar,
aquilo que ainda não existe a não ser na imaginação. Tem direção, vai para
algum lugar e faz algo definido.
É importante saber que as linhas, na Arte, representam a interpretação pessoal
da realidade, além de representações geométricas.

Linha é a trajetória definida pelo movimento de um ponto no espaço;

Linha é um conjunto de pontos que se sucedem uns aos outros, numa


sequência infinita;
Linha é o elemento visual que mostra direcionamentos, delimita e insinua
formas, cria texturas, carrega em si a ideia de movimento
O mundo em que vivemos nos oferece vários exemplos de linha:
A linha do horizonte, linha divisória entre estados, linha definida pela margem de
um rio, linha de contorno de objetos.
A linha é o contorno da forma.
A linha como forma visual está muito presente na nossa paisagem. As linhas
de contorno de uma folha é um exemplo de expressões da linha.

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A linha é uma marca contínua ou com aparência de contínua. Quando é


traçada com a ajuda de qualquer instrumento sobre uma superfície, chama-
se linha gráfica e é o sinal mais versátil, pois pode sugerir movimentos e ritmo,
comunicar sentimentos e sensações.
Os artistas plásticos exploram as possibilidades expressivas das linhas,
principalmente pela maneira como realizam o contorno das figuras,
transmitindo dinamismo, velocidade, ímpeto, harmonia, musicalidade,
violência, agressividade, medo, dor.

Desde os tempos pré-históricos que o homem tem observado a linha e se


serviu dela para transmitir as suas mensagens.

As pinturas rupestres, as figuras gravadas na rocha, os gravados em utensílios


de cerâmica, comprovam a sua aplicação desde há muitos, muitos anos atrás.

Até mesmo você, usa nos teus trabalhos a linha, quando faz um desenho e até
mesmo na escrita (sucessão de traços e linhas).

Se você fizer um ponto com o bico do lápis sobre um papel e o deslocar obterá
uma linha.

Observe no meio ambiente e poderá descobrir linhas quer na natureza, quer em


realizações humanas.

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A natureza da linha pode conferir-lhe aspectos diferentes:

Exemplos de trabalhos com o Ponto e a Linha.

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A linha é obtida através de infinitos pontos... ou...é obtida através do rasto de


um ponto, quando se coloca um ponto em movimento, ele forma uma linha

KANDINSKY, Fuga, 1914. Suíça, Beyeler Foundation.

Esses elementos da linguagem visual também podem expressar sentimentos e


sensações.

Piet Mondrian pintor holandês. Ele usou linhas retas negras, horizontais e
verticais para nos transmitir segurança, estabilidade, solidez.

“Composição em vermelho, azul e


amarelo” (1930)

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Obras de artistas apresenta várias direções de linhas.

Você sabia que O Grito foi


queimado em sinal de
protesto? Munch pintou
várias versões para a
mesma obra. O Grito tem
nada mais nada menos do
que 50 versões.

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O Artista:

Edvard Munch nasceu em 1863 e morreu em 1944. “Não devemos pintar


interiores com pessoas lendo e mulheres tricotando; devemos pintar pessoas
que vivem, respiram, sofrem e amam”. Dessa forma Munch retratava o ser
humano, vendo-os por dentro, representando seus sentimentos, propondo cenas
de medo e angústia. Sofria com crises nervosas e depressão, mas isso não o
impediu de se tornar um artista genial.

O que significa essa expressão, deformada pelo desespero, do personagem do


centro que parece levar o eco do grito a todos os cantos? O que ele pode estar
gritando? E você já gritou desesperadamente? Por quê? Sua expressão de
alguma forma se assemelhou à expressão do Grito de Munch? Gritamos apenas
por desespero ou existem outras situações que nos fazem gritar? Nessa obra de
Munch podemos quase tocar o medo com as nossas mãos ou senti-lo na própria
pele. Nesse quadro vemos uma das maiores representações do medo humano.
Por isso, essa imagem já foi utilizada em campanhas anti-aborto, em camisetas,
anúncios e pôsteres sempre com o intuito de despertar uma reflexão sobre o
verdadeiro valor da vida. Realmente, essa obra mexe com nossos sentimentos,
mas, por quê? Primeiro somos levados pelo movimento das linhas, das cores
vibrantes e da deformação no rosto da figura. Na verdade, o pintor passou para
a tela uma sensação, uma paisagem interior, expressa desta forma por Edward
Munch:

“Léguas de fogo e sangue se estendiam pelo fiorde negro-azulado. Meus amigos


seguiram caminho enquanto eu me detive, apoiando-me num corrimão,
tremendo de medo – e senti o guincho enorme, infinito da natureza”. (...) Veja,
23 de fevereiro,1994, p. 105. O Grito de Munch traduz o grito da natureza
humana, um horizonte conturbado por uma das maiores e mais antigas
sensações humanas: o medo. Para Edvard Munch, a arte não devia representar
o mundo das aparências, e sim o mundo interior das pessoas. A paisagem
natural é substituída por uma paisagem interior que mais parecia um turbilhão
de emoções como podemos observar em sua obra “O Grito”.

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EU E A VILA

Marc Chagal

O Farol. 1915. óleo s/ tela (46,5x61).

Col. Chateaubriand Bandeira de Mello, RJ

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"Noite Estrelada" de Van Gogh

O Expressionismo das Linhas

Será que uma simples linha pode passar uma mensagem ou uma sensação?
Mas, o que é uma linha? Ou melhor, o que pode expressar uma linha?
Analisando as linhas podemos perceber que são carregadas de emoção e
portadoras de sentido. Cada artista pode estruturá-las e expressá-las, em uma
obra, de modo diferente. É o caso de Munch que, embora tão expressivo quanto
Van Gogh, é muito diferente, pois cada artista possui uma maneira própria de
traçar essas linhas e usar as cores, tornando-as únicas e marcantes em razão
do estilo de cada um. “Vejamos a qualidade expressiva das linhas de Van Gogh:
os traços são curtos, ele usa pequenas “vírgulas” e curvas, em breves momentos
de espaço e tempo, justapostas numa repetição enfática. As sequências,
também repetidas, adensam-se rapidamente e param, criando em nossa
percepção o equivalente a obstáculos físicos a serem transpostos,
dramaticidades e tensões altamente emotivas”. (OSTROWER 1983, p. 32)

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VINCENT VAN GOGH - VIDA E OBRAS - O EXPRESSIONISMO -

ATIVIDADES
O QUE É O EXPRESSIONISMO?

O EXPRESSIONISMO foi uma corrente artística concentrada na

Alemanha, entre 1905 e 1930. Os artistas expressionistas procuravam

desenvolver formas pictóricas que expressassem seus sentimentos íntimos,

mais do que o mundo exterior, a pintura expressionista é intensa, apaixonada

e altamente pessoal, baseado no conceito da tela do pintor como um veículo

para manifestar emoções. Cores violentas e irreais e pinceladas impetuosas

faziam a pintura expressionista vibrar de vitalidade. Não é de surpreender

que van Gogh, com sua técnica frenética de pintura e seu extraordinário

emprego das cores, pinceladas curtas, linhas curvas e cores intensa, tenha

inspirado muitos pintores expressionistas.

ATIVIDADE
Neste Quadro do Quarto de Van Gogh:

1. O Professor poderá pedir aos alunos que completem o desenho e o colorido

da imagem de acordo com o original (exercitando o desenho e colorido de

observação).

2. Uma outra opção é pedir aos alunos que façam a releitura, ou seja, a

recriação da obra original de Van Gogh inserindo objetos, cores, acessórios...

Deixando o quarto com a identidade de cada aluno. Depois cada um irá

escolher um novo título para a sua composição visual.

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OBRA ORIGINAL

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Na obra Noite Estrelada:

1. O Professor poderá pedir aos alunos que completem o desenho, colorindo

com lápis de cor ou canetinha a imagem, de acordo com o original

(exercitando o colorido de observação)

Depois cada um irá escolher um novo título para a sua composição visual.

OBRA ORIGINAL

Sugestão de

leitura de imagem

com a obra Noite

Estrelada.

O professor poderá fazer uma sensibilização colocando um fundo musical e

pedir que eles apenas observem a imagem, depois podemos fazer algumas

perguntas aos alunos de forma oral.

Ou com os olhos fechados e uma música suave que tentem fazer os

movimentos no papel da mesma obra.

1. Descreva o que você vê na imagem.

2. Que cores predominam?

3. É uma imagem alegre ou triste. Justifique?

4. Ela dá a sensação de que está estática ou em movimento? Justifique.

5. Quais tipos de linhas existem?

6. É dia ou noite? Justifique.

7. O que ela representa? Justifique.

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9. Que nome você daria a essa obra? Justifique.

10. Observando essa obra você acha que o artista tinha uma vida feliz ou

triste? Justifique.

11.Ainda observando essa obra você acha que o artista era calmo ou agitado?

Justifique.

12. Você acha uma obra bela ou feia? Justifique.

13. O Título da obra é: “Noite estrelada”; essa obra parece com uma noite

estrelada que estamos acostumados a ver ou não? O que existe de semelhante

ou diferente? Justifique.

Nessa obra Os Girassóis de Van Gogh:

1. O Professor poderá pedir aos alunos que façam a releitura das obras

através de desenho, pintura com tinta, colagem ou massa de modelar

(exercitando a criatividade).

Depois cada um irá escolher um novo título para a sua composição visual.

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OBRA ORIGINAL - Os Girassóis de Van Gogh

É importante que cada professor antes de aplicar as atividades práticas, faça

também aquilo que propõe aos alunos, assim poderá verificar pessoalmente o

nível de dificuldade de cada atividade e a sua própria criatividade, a

viabilidade e as adaptações que serão necessárias para cada série. O exemplo

abaixo foi um teste de atividade releitura. Pintura: Quarto de Van Gogh.

Título: Meu quarto

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Releituras das Obras "Noite Estrelada" e “O Quarto" de Vincent van Gogh -

Realizados por alunos no ano de 2007.

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VINCENT VAN GOGH. A Noite Estrelada, 1889.

Museu de Arte Moderna, Nova York.

Composição com linhas da Obra Noite Estrelada.

JOAN MIRÓ (VIDA E OBRA) - O SURREALISMO

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ATIVIDADES
Joan Miró (vida e obra) Surrealismo

Arte moderna Século xx

Origem: França (paris) em 1920.

Movimento artístico e literário

Principal teórico e padrinho do movimento: André Breton 1896-1966

(escritor francês e poeta).

Inspirado nas teorias psicanalítica de Sigmund Freud 1856-1939 – médico

neurologista

Austríaco, fundador da psicanálise

A psicanálise propõe a compreensão e análise do homem em seu inconsciente

para tratar as neuroses e psicoses.

O inconsciente: processos mentais que se desenvolvem sem a ajuda do

consciente.

Objetivo do surrealismo: “propõe expressar, seja verbalmente, seja por

escrito, seja de que maneiro for, o funcionamento real do pensamento.

Inspiração do pensamento, na ausência de qualquer controle exercido pela

razão, para além de qualquer preocupação estética ou moral.

Miró teve que ultrapassar sérios obstáculos, primeiro a hostilidade de seus

pais e depois a oposição de um mundo artístico envelhecido, encerrado nas

torres de marfim acadêmicas, que explodia contra os jovens que procuravam

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tomar outro rumo e se libertar da obrigação de representar objetos

identificáveis.

Miró quis exprimir algo de eterno e essencial e, para isso, procurou inspiração

nas raízes catalãs. Miró alcançou, por fim, o que já procurava em 1920 quando

escrevia “trabalho duramente, aproximo-me de uma arte de conceito,

tomando a realidade como ponto de partida, nunca como resultado”.

No início da segunda guerra mundial voltou à Espanha e pintou a célebres

“constelações”, que simboliza a evocação de todo o poder criativo dos

elementos e do cosmos para enfrentar as forças anônimas da corrupção

política e social causadora da miséria e da guerra.

Em 1954, ganhou o prêmio de gravura da bienal de Veneza e, quatro anos mais

tarde, o mural que realizou para o edifício da UNESCO em paris ganhou o

prêmio internacional da fundação Guggenheim. Em 1963, o museu nacional de

arte moderna de paris realizou uma exposição de toda a sua obra. Joan Miró

morreu em Palma de Maiorca, Espanha, em 25 de dezembro de 1983.

No panorama da arte do século xx, Joan Miró (1893 – 1983) é um personagem

de biografia singular. Entre tantos artistas de rotina boêmia, Miró se destaca

pela simplicidade de seu caráter catalão. Ordem, respeito, equilíbrio, são

traços que marcaram um pintor de vida discreta, mas de força interior

extraordinária.

Recriar um mundo onírico pessoal no qual fluem imagens distorcidas da

realidade, cheias de formas orgânicas e construções geométricas. Sobre

fundos planos, com diferentes signos gráficos e deformações fantásticas

livres de qualquer compromisso figurativo.

Trabalhar muitíssimo e viver a vida, fazer um passeio na montanha ou

olhar uma bela mulher, ler um livro, ouvir um concerto: que isso tudo

alimente meu espírito para que sua voz se torne mais forte. E,

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principalmente, queira deus que não me falte santa inquietude! Graças a

ela os homens avançaram.

Joan Miró.

Obras de Joan Miró e o ateliê do artista

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http://www.sproad.com.br/index/exposicao-miro-caixa-cultural/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Joan_Mir%C3%B3

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ATIVIDADE:
Destaque as diferenças e semelhanças entre O Grito de Munch e a paisagem da
obra Noite Estrelada de Van Gogh. Na obra de Munch O Grito somos atraídos
pela personagem central que grita com as mãos no rosto. E na obra de Van
Gogh? Qual elemento central direciona nosso olhar? Quais relações podemos
estabelecer entre as linhas de ambas as obras?

Atividade:
Faça uma releitura da obra “O Farol” de Anita Malfatti e “Noite
Estrelada” de Van Gogh

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Obras de Piet Mondrian e Pablo Picasso:

PIET MONDRIAN. Composição com Vermelho, PABLO PICASSO. Mulher


Amarelo, Azul e Piet Mondrian – 1872 -1944. Chorando, 1937.

Observe na obra Mulher Chorando as linhas da figura. Elas traduzem o


desespero e o sofrimento dessa mulher? Compare as linhas da obra de Picasso
com as linhas da obra de Mondrian. Elas traduzem diferentes significados? De
que maneira cada artista trabalhou com as linhas? Por quê? A linha pode dar
ideia de: dinamicidade, estabilidade, flexibilidade, rigidez, vitalidade,
ordem, desordem, realismo, religiosidade, irrealidade, tristeza, alegria,
angústia, doçura, solidão. Observe a obra de Picasso Mulher Chorando e
verifique quais sensações são transmitidas na composição de Mondrian em
relação às expressões das linhas predominantes. Faça esse exercício com
outras obras, especificando, como foi sugerido, a expressividade das linhas
contidas nessas obras

VIDA E OBRA DE GUSTAVO ROSA

Gustavo Rosa nasceu em São Paulo em 20 de dezembro de 1946. Pintor,


desenhista e gravador ele brinca que mesmo antes de falar aprendeu a desenhar
é considerado um dos artistas mais criativos de sua geração.

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Autodidata, sempre gostou muito do desenho e através dessa paixão foi em


busca de conhecimento artístico.
Largou sua carreira de Publicitário, para dedicar-se exclusivamente à Arte e
pintura. Estudou arte com o norte americano Amer Rudy Pozzati. Lançou uma
grife em 1994 com seu nome, em New York, Estados Unidos.
Ele não segue nenhuma tendência e também não pertence a uma escola ou
movimento específico. Ele se destacou por sua originalidade e pela linguagem
própria. Gustavo Rosa é uma das figuras mais destacadas no campo das artes
visuais brasileiras. Suas obras são recheadas de críticas, porém, está crítica não
é maldosa, não é destruidora, não é negativa, embora trata-se de uma autêntica
crítica. Com um design singelo e pragmático ele cria suas figuras com formas
geométricas e personagens caricatos, tornando suas pinturas expressivas e
marcantes viva e com desenhos do cotidiano, agressivamente recortados,
impertinentemente simplificadas, irônicas e brincalhonas, produtos de um humor
gozador de todas as fraquezas humanas. Realizou a sua primeira exposição
individual na Galeria Alberto Bonfiglioli em 1970. Estudou gravura em 1974 com
o norte americano Rudy Pozzati no Museu de Arte Brasileira.
Depois disso, começou a fazer exposições pelo mundo todo, em museus
famosos e ganhou cada vez mais reconhecimento.
Gustavo Rosa diz se espantar com alguns costumes, paixões e amores ridículos,
então ao pintar cria seu próprio Mundo, com emoção e colorido.
Em 1998 passou a desenvolver capas para cadernos
para a Tilibra. Fez exposição da sua obra em vários
países.
Em 2005 inaugurou o “Estúdio Gustavo Rosa” seu
próprio espaço de trabalho e exibições no Jardim
Paulista em São Paulo.
Recebeu vários prêmios, expôs e participou de eventos Cachorro-2010
em cidades do Brasil e fora dele como Nova York, Los
Angeles, Massachusetts, Tel-Aviv, Lisboa, Berlim, Hamburgo, Tóquio, Barcelona
e Paris.
Sua obra é alegre e bem humorada, por isso Gustavo Rosa é constantemente
convidado por inúmeras empresas e instituições para, com sua arte, alavancar
produtos e projetos. Inaugura, em 2005, no Jardim Paulista, o Estúdio Gustavo

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Rosa, onde passa expor suas obras. Em 29 de novembro de 2007, lançou o


livro Pintando um Mundo Melhor. Em 19 de maio de 2010, lançou seu segundo
livro, um livro de imagens intitulado Diferentes sim, e daí?
Tinha câncer no pâncreas e faleceu em 12 de novembro de 2013.

O palhaço - 2004

Mulher com bicicleta – 2008


Selinho da Hebe 2009

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Capa do livro de Gustavo Rosa


Passarinho – 2009

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A PROPOSTA É FAZER A RELEITURA DAS


OBRAS DE GUSTAVO ROSA COM
DIFERENTES MATERIAIS E TÉCNICAS,
POSSIBILITANDO AO PROFESSOR QUE
AS AULAS SEJAM RICAS E
DIVERSIFICADAS E QUE POSSAM
DESENVOLVER ATIVIDADES SIMPLE QUE
AGREGEM CONHECIMENTO AO ALUNO.

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Releitura – “Passarinho”

Material: tampa de caixa de sapato, ou bandeja de isopor tinta (várias cores), ou


colas coloridas, marcador permanente preto, palito de picolé.

Modo de fazer:
a) Faça o desenho do passarinho na tampa da caixa de sapato ou bandeja de
isopor, com seus próprios traços.
b) Pinte cada parte do pássaro de uma cor utilizando as tintas ou as colas
coloridas.
c) Com a ajuda de um palito de picolé, espalhe a cola colorida no restante da
tela.
d) Depois de seco, contorne as partes do pássaro com marcador permanente
preto.

Essa atividade também poderá ser feita com papeis coloridos ou revistas bem
coloridas. Cada uma das partes do passarinho poderá ser cortada de uma cor,
e depois vá colando as partes encima do desenho que foi feito.

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Releitura – Cachorro

Material: Papelão, cartolina ou lado de uma caixa, tinta guache, canetinhas,


pincel, palitos de picolé, cola e tesoura.

Modo de fazer:

a) Pinte a tela com guache (fundo).


b) Faça o desenho do cachorro, corpo e cabeça, no papelão. Recorte. Pinte com
guache. Dê acabamento com as canetinhas.
c) Pinte os palitos de sorvete (rabo e patas). Quebre os ao meio e cole por trás
do corpo do cachorro.

ASSISTA:
Releitura de Obras de Gustavo Rosa – Prof.ª. Vivian
www.youtube.com/watch?v=Bf3Sm5gil9s

Atividades sobre as Obras do artista Gustavo Rosa


www.youtube.com/watch?v=hWCJJ5fnqE

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