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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO CATÓLICO DE BENGUELA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

TRABALHO ACADÉMICO DE MOVIMENTO E DRAMA

A EDUCAÇÃO E ARTE EM ANGOLA

Elaborado por: Teresa de Jesus Mário Samaria

Turma: B

4º Ano Pós Laboral

Especialidade: Pedagogia para Escola

LOBITO, 2016

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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO CATÓLICO DE BENGUELA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

TRABALHO ACADÉMICO DE MOVIMENTO E DRAMA

A EDUCAÇÃO E ARTE EM ANGOLA

Elaborado por: Teresa de Jesus Mário Samaria

Turma: B

4º Ano Pós Laboral

Especialidade: Pedagogia para Escola

O Docente

Angelino Tchivandja

LOBITO, OUTUBRO DE 2016

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO......................................................................................................3

1. CONCEITO DE ARTE....................................................................................4

2. CONCEITO DE EDUCAÇÃO.........................................................................4

3. A ARTE NA EDUCAÇÃO...............................................................................5

4. A ARTE ANGOLANA.....................................................................................7

5. A EDUCAÇÃO ARTÍSTICA EM ANGOLA.....................................................8

CONCLUSÃO.....................................................................................................12

BIBLIOGRAFIA...................................................................................................13

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INTRODUÇÃO

O quotidiano da escola é permeado por práticas expressivas com linguagens


artísticas. Essas linguagens são instrumentos de comunicação usuais na acção
do aluno sobre o mundo e no fazer pedagógico do professor. Os professores,
para atender às demandas de comunicação com os alunos, fazem usos das
linguagens artísticas voltadas para os mais variados objectivos. No entanto,
mesmo fazendo parte do dia-a-dia as linguagens artísticas são, na maioria dos
casos, articuladas pelo professor intuitivamente e/ou inconscientemente como
algo já incorporado ao trabalho e sobre o qual não é necessário reflectir.
A falta de formação faz com que esses professores actuem movidos pela
concepção da Arte e do seu ensino, construída ao longo de suas histórias
pessoais. E como, historicamente, a maioria dos professores foi privada do
acesso ao repertório cultural da Arte, tanto na vivência de sua expressividade
em actos artísticos quanto na possibilidade de reflectir sobre seus conteúdos
na escola, isso gerou uma falta de consciência sobre os sentidos que esses
conteúdos e vivências artísticas podem assumir na escola. Essa falta reflecte-
se nas acções dos professores, principalmente nas escolhas e no
encaminhamento de situações de sala de aula que envolvam as linguagens
artísticas.

No entanto, contemporaneamente, alguns pesquisadores e educadores têm se


lançado na reflexão sobre o papel da Arte na escola construindo importantes
referências que podem nortear as acções dos professores. Nesse sentido,
alguns países já vêm se propondo a pensar o lugar da Arte no currículo e
essas iniciativas foram corroborados recentemente também pelos documentos
oficiais de orientação curricular, no contexto angolano.

O fenómeno da educação artística levanta questões de pertinência e de


actualidade no momento em que vivemos. Escolhendo o binómio arte e
educação para o nosso estudo e, pensando no seu carácter integrador,
daremos o nosso contributo para que o ensino e aprendizagem das artes possa
ser, cada vez mais, uma realidade nas escolas angolanas.

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1. CONCEITO DE ARTE

Tema que, pela sua complexidade, gera conferências, debates, seminários,


congressos internacionais, publicação de artigos, manifestações culturais e
outros eventos, todos eles conducentes, muitas das vezes, ao aprofundamento
do seu significado e das suas implicações na vida das sociedades. Muitos são
os investigadores que se têm dedicado a esta questão e às problemáticas
inerentes a este conceito.

Falar em conceito de arte é falar da abrangência que a própria palavra arte


exprime. Fala-se muito em arte de viver, em arte de escrever, em arte de
pensar, etc. e, neste sentido, arte significa determinada habilidade para fazer
ou produzir alguma coisa.

Clément, et al. (1994) afirma que O vocábulo arte (ars em latim é a tradução da
palavra grega techné) designa, igualmente, a técnica, a perícia, assim como a
criação artística, a procura do belo. Na Grécia Antiga Platão explica: o belo é
algo de natureza espiritual e não material.

Segundo Biasoli (1999, p. 90): o conceito de Arte foi objecto de diferentes


interpretações: Arte como técnica, como produção de materiais artísticos, como
lazer, como liberação de impulsos, como expressão, como linguagem, como
comunicação.

A arte é (…) a expressão de uma emoção (citado por Martins, 2002, p. 53). A
sua reflexão vai mais longe, ao considerar três princípios que devem integrar a
arte: a generalidade, a universalidade e a limitação.

2. CONCEITO DE EDUCAÇÃO

Para Santos (1999), educação, do latim «educatio», é um conceito muito difícil


de definir de forma precisa e, por isso, sente dificuldades em expor um conceito
claro e objectivo. O mesmo não se passa com Herbert Read (1958) A
educação é o apoio do desenvolvimento, mas à parte a maturação física, o
desenvolvimento apenas se manifesta na expressão – signos e símbolos
audíveis e visíveis.

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A educação pode por isso ser definida como o cultivo dos modos de expressão
– consiste em ensinar as crianças e os adultos a produzir sons, imagens,
ferramentas e utensílios. Um Homem que consegue fazer bem estas coisas é
um homem bem-educado.

Se pode produzir sons, é um bom orador, um bom músico, um bom poeta; se


pode produzir boas imagens, é um bom pintor ou escultor; se pode produzir
bons movimentos, é um bom dançarino ou trabalhador; se pode produzir boas
ferramentas ou utensílios, é um bom artífice.

Todas as faculdades, de pensamento, lógica, memória, sensibilidade e


intelecto, estão envolvidas nestes processos e nenhum aspecto da educação
está aqui excluído. E todos eles são processos que envolvem a arte, porque a
arte não passa da boa produção de sons, imagens, etc. O objectivo da
educação é por isso a criação de artistas - de pessoas eficientes nos vários
modos de expressão.

3. A ARTE NA EDUCAÇÃO

As mudanças na concepção de Educação e de Arte e os estudos no sentido de


resgatar esse conhecimento na escola têm colocado a importância das acções
cognitivas sobre experiências estéticas e artísticas e a relevância do
contacto/diálogo com imagens de Arte. Tais mudanças, por sua vez, têm
levado a modificação no papel do professor frente aos alunos e à situação de
ensino e aprendizagem.

O professor tornou-se aquele que esta junto às crianças, vivenciando situações


de Arte e actuando como mediador do contacto com a produção cultural. Nesse
sentido, ele assume, em sala de aula, não apenas o papel de estimulador, mas
também o de articulador das situações de ensino e aprendizagem. É ele que
organiza experiências com as percepções trazidas pelas crianças do seu
quotidiano e que leva, para sua sala de aula, o repertório cultural da Arte.

Para Barbosa (1991) o principal objectivo da Arte na escola é formar o


indivíduo conhecedor, fruidor e decodificador de Arte. Nesse sentido, a
Abordagem Triangular pode actuar como pressuposto conceitual para que as
práticas de ensino da Arte sejam revistas e reconstruídas.

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As artes são indispensáveis no desenvolvimento social e cultural dos alunos.
São formas de saber que articulam imaginação, razão e emoção. Elas
perpassam as vidas das pessoas, trazendo novas perspectivas e densidades
ao ambiente e à sociedade em que se vive (Ministério da Educação, 2001, p.
149).

A Arte é uma dessas formas simbólicas de conhecer e representar o mundo e a


si mesmo. ―A Arte se constituiu de modos específicos da actividade criativa
dos seres humanos ao interagirem com o mundo em que vivem, ao se
conhecerem e ao conhecê-los (Ferraz & Fusari, 1993, p.13).

Queiramos ou não, é evidente que a criança já vivencia a Arte produzida pelos


adultos, presente em seu quotidiano. É óbvio que essa Arte exerce vivas
influências estéticas na criança. É óbvio, também, que a criança com ela
interage de diversas maneiras (FERRAZ & FUSARI, 1993, P.43).

Barbosa (1991), ao tratar da importância das imagens de Arte na educação,


afirma que o resgate do conhecimento de Arte pode ocorrer através do
contacto/diálogo das crianças com as imagens. A imagem significa algo a ser
lido e que pode ser levado às salas de aula para que as crianças possam
estabelecer uma alfabetização visual e estética. Abordar Arte sem que se
ponha à disposição das crianças a imagem, é como querer alfabetizar para a
leitura e escrita sem colocar a criança em contacto com livros.

Segundo a lei de base do sistema educativo angolano, a Arte é caracterizada


como conhecimento que propicia o desenvolvimento do pensamento artístico e
da percepção estética, constituindo-se, assim, num modo particular de pensar
e dar sentido à experiência humana.

Na interacção com esse conhecimento, o aluno amplia a sensibilidade, a


percepção, a reflexão e a imaginação, pois ―a Arte solicita a visão, a escuta e
os demais sentidos para a compreensão mais significativa das questões sociais
e é a forma de comunicação que atinge o interlocutor por meio de uma síntese
na explicação dos fatos.

Aprender Arte, nesse sentido, envolve fazer trabalhos artísticos, apreciar e


reflectir sobre eles. Envolve, também, conhecer, apreciar e reflectir sobre as
formas da natureza e produções artísticas individuais e colectivas de distintas

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culturas e épocas, desenvolvendo progressivamente um percurso de criação
pessoal cultivado.

Ensinar arte, em consonância com os modos de aprendizagem do aluno,


significa não isolar a escola da informação sobre a produção histórica e social
da Arte e, ao mesmo tempo, garantir aos alunos a oportunidade de edificar
propostas artísticas pessoais ou grupais com base em intenções próprias.
(Brasil, 1997, p.47).

Nesse sentido, ensinar Arte significa, também, organizar situações de ensino-


aprendizagem adequadas a cada grupo-classe, observando os aspectos de
desenvolvimento cognitivo e as vivências já construídas pelo grupo.

4. A ARTE ANGOLANA

O ritmo com que a arte, em geral, a cultura angolana se transfiguraram na


primeira década de paz em Angola teve um abrandamento devido à actual
crise económica, política e social, mas o certo é que percebemos que, apesar
dos constrangimentos, há uma revolução cultural em curso, cujas
características, dimensão e profundidade precisam ainda de ser avaliadas.  

À falta de um investimento económico e financeiro do Estado na Cultura, num


contexto artístico e cultural cada vez mais segmentado e plural, os criadores,
colectivos e instituições artísticas privadas – e até mesmo as estatais – têm
utilizado diversas estratégias de estímulo à criação, de gestão comparticipada
e de financiamento com recurso a patrocínios.  

Embora diferente da dos primórdios da Independência Nacional, esta revolução


artística e cultural acontece em simultâneo com o fortalecimento da
globalização e tem provocado várias consequências. São exemplo disso a
possibilidade de distinguir melhor as formas tradicionais e os produtos
atrelados às expressões retrógradas do folclore e dos tradicionalismos das
representações modernas e contemporâneas, uma tímida despolitização dos
processos criativos e a emersão de um processo de internacionalização sem
excessivo controlo e dirigismo.

Mesmo que não o aprofundemos aqui, não podemos deixar de sublinhar que,
sem dúvida, a formação artística, as fragilidades do coleccionismo de arte

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público e privado, a falta de revistas especializadas de arte e, por conseguinte,
de uma crítica de arte ajustada às especificidades do panorama da arte
angolana contemporânea são as principais carências do sistema institucional
das artes em Angola.  

Mesmo que quiséssemos, seria muito difícil colocar a arte angolana


contemporânea dentro de um só balaio e levá-la, assim, ao mercado de arte e
ideias: as múltiplas tendências, as especificidades das diferentes
manifestações artísticas, a originalidade de mais de uma dúzia de projectos
estéticos, as peculiaridades do coleccionismo público e privado, a
complexidade das dinâmicas institucionais e as suas carências, a mobilidade e
o espírito camaleónico dos criadores talvez façam dela e, em especial, das
artes visuais e plásticas o segmento mais revolucionário, polifónico e
transgressor da cultura angolana actual.

5. A EDUCAÇÃO ARTÍSTICA EM ANGOLA

Como é sobejamente sabido, a educação e o ensino das novas gerações são


um elemento indispensável na gestão da política cultural de um país.

A educação artística assume papel fundamental na educação da população,


particularmente na formação estética da juventude, em ordem a inculcar nela
valores gerais de boa convivência, bem como valores específicos para o
despoletar dos seus talentos criadores e potenciar os mais dotados em termos
de produção artística.

Entre as distintas manifestações estruturais da arte, caberá às escolas


vocacionadas dotar os jovens artistas ou aspirantes, bem como os jovens que
fazem aí a sua formação, no caso no Instituto de Formação Artística (INFAC), a
gostarem e a cultivarem o belo, expresso na aprendizagem e "prática" da
literatura, cinema, dança, teatro e música, bem como a sua promoção e difusão
para o resto da sociedade, num diálogo intercultural entre a escola e a
sociedade, fornecendo, cada vez mais, oportunidades ao ensino artístico e
aquela potenciando cada vez mais o engenho e talento, muitas vezes
adormecido em cada um dos detentores (potencial ou real) de talento criativo,

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que, muitas vezes, não se revelam por falta do estimulo e da geração de
competências, que cumpre, regra geral, a escola ministrar.

O ensino das artes em Angola, além de ser assegurado nas disciplinas de


desenho nos diversos níveis do ensino, nomeadamente o primário até ao
ensino médio, para não falarmos dos cursos superiores de arquitectura,
conheceu, entre nós, um grande impulso no ensino técnico-profissional nas
décadas de 1950 e 1960, com o surgimento do curso de Artes Visuais na
extinta Escola Industrial. A geração artística é proveniente de antigos
estudantes do referido curso, extinto erroneamente, em 1978, quando da
primeira reforma da educação e ensino.

Nos últimos anos, para colmatar este vazio, foi criado um curso médio de artes
(teatro, artes plásticas, música e dança), para atender à demanda de alunos
interessados e não só na educação artística. Vale dizer também a este respeito
que muitos terão aderido a estes cursos, porque - verdade seja dita - não
obtiveram vagas noutras escolas.

Ainda não se vê o ensino artístico com a dignidade que merece e é devida.


Precisamos de interessar cada vez mais as pessoas e as instituições no ensino
artístico, e que seja visto como essencial e tão importante como outros
subsistemas de ensino e cursos. Vale ressaltar que, se, no passado, o ensino
artístico contribuiu para a formação de várias gerações, hoje mais do que
nunca, deve ser incluído também na formação das presentes e gerações
vindouras.

Daí a urgência e o carácter obrigatório dos apoios necessários para a sua


massificação e desenvolvimento, destinado à educação estética das nossas
populações, contribuindo-se, assim, também neste domínio, para a
democratização da cultura, um dos objectivos sagrados do processo de
formação do novo homem angolano. Nestes termos, o desenvolvimento deverá
ser feito tanto em termos quantitativos, mas, sobretudo, em termos qualitativos,
aumentando-se o número de escolas do domínio do INFAC à escola das
demais províncias, bem como mais recursos humanos e didácticos, além de
estender o ensino artístico a outras modalidades estruturais da arte, como
sejam a literatura e o cinema.

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Não basta ensinar o teatro, a pintura e a dança, temos de ser um bocado mais
ousados na busca da educação artística dos adolescentes e jovens, incluindo
adultos e até os mais velhos (repositórios do "saber adquirido"), no cultivo do
bom gosto, garantindo-se, assim, uma efectiva estética de recepção, por banda
do grande público consumidor de arte, pois um povo que pratica e aprecia a
arte de forma cada vez mais qualificada (estética e eticamente) é um povo
cada vez mais culto.

Para tanto, todo o investimento financeiro, material e humano será sempre um


valor acrescentando em prol da educação estético-artística e cultural nacional,
em geral. Finalmente, a ideia da institucionalização do curso superior de Artes
no país, por parte do Mincult, - cujas acções formativas deverão contar com o
concurso de formadores angolanos e cubanos, estes últimos com larga
experiência no domínio -, não deixa de ser uma boa notícia, estando já o seu
arranque marcado para breve na periferia de Luanda.

O Ministério da Cultura (Mincult) e o Ministério da Educação (MED) estão a


trabalhar na criação do subsistema de Educação Artística que regule o ensino
das artes. Segundo António Dias dos Santos ‘Kidá’, “é necessário que as
instituições – quer públicas, quer privadas – se submetam às normas definidas
pelo Estado.

Em Angola, no período pós-independência, a política de formação artística data


desde 1976 com a formação de alguns grupos de produção artística,
dependentes do sector cultural do país.

Pelo Decreto nº 41/77 foi criado o Conselho Nacional da Cultura (CNC) cujo
estatuto orgânico figurava o Departamento Nacional de Arte, Literatura e
Espectáculos (DNALE), primeira estrutura de tutela de actividade de formação
artística, na qual destacam-se as seguintes acções:

Com base no Decreto Executivo do Ministério da Cultura, foram criados os


Cursos Médios de Artes Plásticas, Dança, Musica, Teatro, ministrados por
técnicos angolanos (de 1989-2010). Ao longo do percurso, estes cursos foram
apresentando varias irregularidades nos perfis, nos programas, nos planos
curriculares, nas cargas horárias, assim como nos organigramas das escolas,
etc. A falta de um nível elementar, a falta de um espaço próprio e mais amplo

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para as escolas, dificultava o desenvolvimento satisfatório de todas as
actividades programadas. Por essa razão, achou-se conveniente suspender
todas as actividades académicas, para que no contexto da Reforma Educativa
em curso em todo o sistema educativo angolano processa-se a reestruturação
das Artes em parceria com o Ministério da Educação.

Desde a criação dos cursos de arte (DNALE) (1976-1980), a DINARTE (1980-


1989), INFAC (1989-1999) INFA (2003-2009), e a Direcção Nacional de
Formação Artística (DINFA) sucessora destes órgãos, debate-se com inúmeras
limitações de tipo jurídico-legal, enquadramento salarial, meios e
equipamentos, infra-estruturas académicas e administrativa apropriadas, a
inexistência de um subsistema de ensino artístico, a expansão do ensino
artístico a nível nacional etc., o que prejudica e reduz a sua capacidade de
intervenção nas Escolas de Arte. A falta de professores qualificados em todas
as especialidades e outra das grandes preocupações da actual direcção da
DINFA.

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CONCLUSÃO

Neste trabalho percebeu-se que o a arte é uma ferramenta para aquisição do


conhecimento, e, que a depender da orientação torna-se algo de fundamental
relevância para a criança no início da sua vida escolar, apesar disso, ser
comprovado através dos autores que deram fundamentação ao presente
trabalho, além de tantos outros que escreveram a esse respeito; não é dada a
devida importância a arte.

O estudo a respeito da arte-educação deixa claro que ele tem grande


importância para o desenvolvimento da criança, mas a sua prática acaba não
se concretizando devido a factores como: falta de capacitação dos professores
para o ensino da arte-educação, a imposição do currículo, o qual é
constantemente mudado no percorrer da história das artes, e a cada mudança
ocorre uma readaptação, a qual não contempla amplamente a arte educação
com o seu grau de importância.

Através das artes podemos ler e escrever o mundo. Essa que é a leitura mais
importante para o desenvolvimento cognitivo. Não podemos ler e escrever sem
primeiro fazer uma conexão com o nosso interior e com o mundo ao nosso
redor.

Actualmente o ensino artístico não é visto com a dignidade que merece e é


devida. Precisamos de interessar cada vez mais as pessoas e as instituições
no ensino artístico, e que seja visto como essencial e tão importante como
outros subsistemas de ensino e cursos.

Para terminar, vale ressaltar que, se, no passado, o ensino artístico contribuiu
para a formação de várias gerações, hoje mais do que nunca, deve ser incluído
também na formação das presentes e gerações vindouras.

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BIBLIOGRAFIA

 ARAÚJO, Maria Manuela. (2010). Diálogos Literários entre a África e os


E.U.A. no Despertar dos Nacionalismos Africanos. Lisboa: Edições
Colibri.
 BARBOSA, Ana Mae. Arte-educação no Brasil. Editora Perspectiva. São
Paulo. 2002
 Conselho de Ministros de Angola: Decreto nº 21/91, de 22 de Junho
 DUARTE JR., João Francisco. Intinerário de uma crise: a modernidade.
Ed. UFPR, 1997.
 DUARTE JR., João Francisco. Por que arte-educação?, Papiros editora,
1953 2002?
 FERRAZ, Maria Heloisa C. de T. e FUSARI, Maria F. de Rezende e.
Metodologia do Ensino de Arte. Cortez Editora,1999.
 Filipe Zau, Educação em Angola: Novos trilhos para o desenvolvimento,
Lisboa: Movilivros, 2001
 Lei de Bases nº 13 de 31 de Dezembro de 2001 MED (2009). Plano
mestre de formação de professores em Angola. Luanda
 Ministério da Educação. Lei de bases do sistema da educação (lei
Nº13/01 de 31 de Dezembro de 2001). Angola: Luanda.
 www.portalangop.co.ao/.../educação artistica. Acesso em 9 de Outubro
de 2016

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