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São Paulo – SP
Agosto de 2018
Daniele Maria do Nascimento (9425296)
São Paulo – SP
Agosto de 2018
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
3. METODOLOGIA
4. RESULTADOS
5. ANÁLISES
O coletivo teatral Dolores Boca Aberta nasceu em 2000. Tem como sede o CDC Vento
Leste, localizado na periferia da zona leste paulistana. Terreno que deste os anos 90
pertence a prefeitura e estava totalmente abandonado, deste meado do ano 2000
moradores da comunidade e grupos artísticos passaram a ocupar o espaço, cuidando e
lutando pela sua revitalização.
Hoje o CDC conquistou uma nova quadra poliesportiva, uma sala de ensaios e reuniões,
uma reforma no galpão e a construção de banheiros. Conta com três grupos de teatro,
Grupo de capoeira, Grupo de dança para terceira idade, Grupo de basquete, Grupo de
futebol, Comunidade paraguaia e o Ônibus cultural La Pacata. Tudo isso construído com
trabalho voluntário, sem dinheiro ou qualquer infraestrutura, além da constante luta até
hoje, em se manter o espaço funcionando e sua manutenção, gastos como água, luz,
energia, pintura, limpeza, são sempre um desafio. Um espaço construído sobre
dificuldades, persistência e resistência.
Posteriormente, com auxílio de fomento, o espaço ganhou um parque de esculturas, uma
Arena Arbórea e uma horta comunitária.
Mel Duarte, em apresentação com o grupo Poetas Ambulantes, em 23/07/18 no Sesc
Avenida Paulista.
Mel Duarte é poeta e slammer, atua como escritora independente deste 2006. Possui dois
livros publicados de forma independente “Fragmentos Dispersos” 2013 e “Negra Nua
Crua” 2016. Faz parte do coletivo Poetas ambulantes, inspirado nos vendedores
ambulantes que vendem mercadorias nos transportes públicos, eles percorrem trens,
metros e ônibus recitando poesias para os passageiros em troca de interatividade e alegria.
Também é integrante do Slam das Minas SP, campeonato de poesia falada feminino.
Slam das Minas, Final do campeonato feminino de poesia falada, em 15/10/17 no Mundo
Pensante.
Campeonato de poesia falada, criado em 2016, inspirado no Slam das Minas DF, que
tinha o objetivo em garantir uma vaga feminina no Slam BR (campeonato nacional que
seleciona um poeta brasileiro para disputar o campeonato mundial). Composto pelas
poetas Mel Duarte, Carolina Peixoto, Pam Araújo e Luz Ribeiro.
Mariana Felix, apresentação em 15/10/17 no Mundo Pensante.
Mariana Felix Santos é poeta, cronista e slammer de São Paulo. Participante do Slam da
Guilhermina, campeonato de poesia falada na zona leste da cidade. Autora de dois livros
“Mania” 2016 e “Vício” 2017.
A Trupe Lona Preta, formada por Alexandre Matos, Joel Carozzi, Elias Costa, Henrique
Alonso, Wellington Bernado e Sergio Carozzi. Reúne em seu processo teatro, tradição
circense, música e questões sociais.
Brava Companhia, com apresentação de Show do Pimpão, na Companhia do Feijão, em
30/06/18.
A Cia Treme Terra foi fundada em 2006 no Morro do Querosene e desde 2009 reside no
Rio Pequeno, periferia da zona oeste de São Paulo.
Trabalha com elementos cênicos e de dança. Inspirando-se na cultura afro-brasileira,
como elementos das religiões de matrizes africanas, danças, cantos, movimentos, mas
apartir de uma ressignificação contemporânea.
Jé Oliveira, apresentação de Farinha com Açúcar ou Sobre a Sustança de Meninos e
Homens, no teatro Cacilda Becker, em 11/08/17.
o Grupo Clariô de Teatro é um coletivo de arte resistente que busca, através da cena e da
troca com outros coletivos, discutir a arte produzida pela periferia, na periferia e para a
periferia.
Deste 2002 segue com o objetivo de produzir e pensar o teatro e música nas bordas da
metrópole. Seu trabalho se concentra em Taboão da Serra, onde se localiza o Espaço
Clariô, sede mantida pelo grupo desde 2005, local de formação e produção de pensamento
junto à comunidade. E hoje, pólo cultural de referência na região.
Suas montagens tentam traduzir e questionar as inquietações políticas e artísticas do
coletivo, que mescladas a sua condição, precária, propõem um caminho de estética
própria, típica da periferia. Os últimos espetáculos de teatro “Hospital da Gente”, de
Marcelino Freire e “Urubu Come Carniça e Vôa! ” de Miró da Muribeca, ambos
premiados, tratam exatamente da condição das mulheres (H.G) e homens (U.C.C.V.) das
periferias do Brasil de hoje. População pobre, negra, marginalizada, são contadas e
cantadas (como é o caso do projeto musical CLARIANAS) pelo grupo, com elementos
populares, de aproximação e contato com público.
2. Desenvolvimento de pesquisa prática.
O trabalho se iniciou nos ateliês de gravura da universidade, assim como nos meus
desenhos antecessores já se inclinavam para um interesse pelas paisagens urbanas e
periférica da cidade. Este interesse foi se direcionando para além da imagética destes
espaços, envolvendo várias questões que os permeiam.
Umas das questões que mais me atravessam, é o problema da violência no Brasil e seus
aspectos dentro de uma contextualização histórica do país e da própria forma como se
constituiu. Passei a pesquisar esse assunto, lendo artigos, notícias, e visitando acervos
como o Museu Penitenciário Paulista, que ocupa o extinto Complexo Penitenciário do
Carandiru, na zona norte de São Paulo.
Paralelo a isto, frequentava o Slam Moinho Resiste, que ocorre na Favela do Moinho,
ultima favela do centro de São Paulo. A comunidade enfrenta ameaças de remoção por
parte da prefeitura, além de já ter sido vítima de três incêndios em menos de dois anos
(em dezembros de 2011, setembro de 2012 e setembro de 3013). O que levou até mesmo
o Ministério Público de São Paulo a abrir investigação se há relação entre os incêndios
nas favelas e interesses imobiliários do setor privado ou setor público.
1 (PAULA, Fábio Luís de. Novo incêndio na favela do Moinho, em São Paulo, atinge 80 barracos; uma pessoa morreu. Do UOL,
São Paulo, ano 2012, set Disponível em: <https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2012/09/17/favela-do-moinho-pega-
fogo-em-sao-paulo.htm#comentarios>. Acesso em: 06/08/18.)
“Um incêndio destruiu parte da favela do Moinho, no centro de São Paulo, na
noite de quinta-feira (12). É o terceiro incêndio em menos de dois anos.
Desta vez ninguém ficou ferido. O Corpo de Bombeiros enviou 12 viaturas
para apagar o fogo em sete barracos. Moradores também ajudaram com baldes
de água.
Em setembro de 2012, um grande incêndio destruiu a favela. O viaduto
Orlando Murgel, que passa em cima da comunidade, chegou a ficar sete meses
interditado por causa do incêndio. A estrutura foi comprometida” 2.
Outro caso que abalou a comunidade, foi a morte do jovem Leandro Souza dos Santos,
em 27 de junho de 2017. Segundo moradores, o jovem teria sido torturado com um
martelo por mais de uma hora. Indignados, os moradores realizaram protesto por Leandro
e por todo abuso de violência sofrida na comunidade.
CASO LEANDRO
2
(Incêndio destrói sete barracos da favela do Moinho no centro de SP. Do R7, São Paulo, ano 2013, set Disponível em:
https://noticias.r7.com/sao-paulo/incendio-destroi-sete-barracos-da-favela-do-moinho-no-centro-de-sp-13092013.>. Acesso em:
06/08/18.)
Tanto ele como outros moradores com os quais o EL PAÍS conversou
coincidem em assegurar que Leandro, um rapaz magro que estava prestes a
completar 19 anos, não era traficante e nunca tocou em uma arma. "Ele era um
bom menino, trabalhador, nunca fez nada", disse uma moradora. O garoto,
contam, trabalhava como catador de material reciclável ou como ajudante de
obras. Deixou uma filha de dois anos...
Assim como Leandro, morto em junho de 2017, outros dois casos intrigam pela forma
violenta como aconteceram, e pelo sentimento de impunidade e revolta que geraram,
foram os casos Claudia da Silva Ferreira morta em março de 2014 e Luana Barbosa dos
Reis Santos morta em abril de 2016.
CASO CLAUDIA
3 (BETIM, Felipe. Favela do Moinho: Um morto e múltiplos indícios de tortura no centro de São Paulo. EL PAÍS, São Paulo, ano
2017, jun. Disponível em: < https://brasil.elpais.com/brasil/2017/06/29/politica/1498762845_937251.html> Acesso em: 06/08/18.)
- Eles arrastaram minha mãe como se fosse um saco e a jogaram para dentro
do camburão como um animal - revoltou-se a jovem.
Mãe de quatro filhos, Claudia, conhecida no Morro da Congonha como Cacau,
era auxiliar de serviços gerais do Hospital Naval Marcílio Dias, no Lins.
Nascida e criada em Madureira, ela ainda cuidava de quatro sobrinhos. A
vítima faria 20 anos de casada com o vigia Alexandre Fernandes da Silva, de
41 anos, em setembro deste ano...” 4
CASO LUANA
Luana Barbosa dos Reis Santos morreu dia 13 de abril de 2014. Procurados
pela Ponte Jornalismo, o comandante-geral da PM de SP, coronel Ricardo
Gambaroni, Douglas Luiz de Paula, Fábio Donizeti Pultz e André Donizeti
Camilo, os três últimos investigados sob suspeita de terem causado a morte de
Luana Barbosa dos Reis Santos, 34 anos, não se manifestaram.
“Corre que eles vão matar a Luana”. Foi pelo aviso de uma vizinha que
familiares de Luana Barbosa dos Reis Santos, 34 anos, começaram a entender
o porquê dos gritos e tiros que tomaram a vizinhança, na noite de 08 de abril.
Ao parar para cumprimentar um amigo que estava no bar na esquina da rua de
sua casa, no bairro Jardim Paiva II, na periferia de Ribeirão Preto, Luana foi
abordada e espancada por policiais militares e morreu cinco dias depois, em
decorrência de uma isquemia cerebral causada por traumatismo crânio
encefálico.
Os PMs Douglas Luiz de Paula, Fábio Donizeti Pultz e André Donizeti
Camilo, do 51 Batalhão da corporação, são investigados sob suspeita do
espancamento que causou a morte Luana.
Procurado desde o dia 19 de abril para se manifestar sobre a morte de Luana,
o comandante-geral da PM, coronel Ricardo Gambaroni, ficou em silêncio. O
mesmo aconteceu com o Setor de Comunicação da PM...
Segundo a irmã Roseli, Luana saiu de casa para levar o filho a um curso de
informática, no centro da cidade. “Foi questão de dez minutos para começarem
os gritos e os tiros. Ao abrirmos o portão, já estava uma cena de guerra, com
policial apontando arma, vizinhos correndo e minha irmã gritando pedindo
ajuda”, relata.
Ao se aproximar do bar com outros familiares, Roseli diz ter visto a irmã
ajoelhada, com as mãos para trás, com uma bermuda preta, sem camisa e só
com um top. Segundo ela, havia dois policiais imobilizando Luana, um deles
com sangue no lábio – o mesmo policial que apontou uma arma para Roseli e
sua mãe dizendo “entra [para a sua casa], se não morre”.
A abordagem
Em um vídeo gravado por familiares após as agressões, Luana diz que policiais
a mandaram abaixar a cabeça e colocar as mãos para trás: “Aí eu comecei a
apanhar, já me deram um soco e um chute”. Roseli diz à irmã que ela foi
acusada de agredir um policial e fala ter visto um policial com a boca
machucada. “Por causa que eles me algemou, me deram um soco e um chute”,
responde Luana.
No vídeo, ela ainda diz: “Falou que ia me matar e matar todo mundo da
minha família. Eu vomitei até sangue. Falou que vão matar todo mundo. Não
é só eu não, vão matar até meu filho. Meu filho está morto, eles falou”.
Testemunhas relataram aos familiares que policiais chutaram Luana para fazê-
la abrir as pernas, o que a fez cair no chão. Ao se levantar, Luana deu um soco
em um dos policiais e chutou o pé de outro. A partir de então, os policiais
4
(HERINGER, Carolina; MODENA, Ligia; HOERTEL, Roberta. Viatura da PM arrasta mulher por rua da Zona Norte do Rio. EXTRA, Rio
de Janeiro, ano 2014, mar. Disponível em: < https://extra.globo.com/casos-de-policia/viatura-da-pm-arrasta-mulher-por-rua-da-zona-
norte-do-rio-veja-video-11896179.html> Acesso em: 06/08/18.)
começaram a bater em Luana com cassetetes e com o capacete que ela usava
ao dirigir a moto.
“Alguns vizinhos dizem que estão tomando remédio para conseguir dormir,
lembrando dos gritos da Luana pedindo socorro. Ela apanhou muito”, conta
Roseli.
Um familiar relatou que Luana tinha muitos hematomas na região abaixo do
umbigo. “Pessoas que estavam no bar contaram que ela levou muitos golpes
de capacete no abdômen e de cassetete também”, relata o parente, que chegou
ao local quando Luana já estava dentro do carro da Polícia Militar.
A partir deste momento iniciei o primeiro trabalho Sem Título, ele é composto por uma
série de nove gravuras, utilizando da técnica de xilogravura e serigrafia sobre papel
japonês.
Tendo como referência uma fotografia retirada de artigos de notícias vinculados à internet
e jornais, sobre o Massacre do Carandiru ocorrido em 02 de outubro de 1992. Na imagem,
há vários corpos das vítimas do massacre estendidos nus sobre precários caixotes de
madeiras. Os corpos sem vida, apresentam uma cicatriz que atravessam do pescoço ao
final do abdômen, resultado da autopsia, e nas pernas suas correspondentes numerações
feitas pelo IML. Pela a imagem, a primeira numeração possível de ser vista corresponde
ao número “4467”. A partir desta fotografia, escolhi mais três fotos de vítimas, também
reais, do excesso de violência policial e do Estado, seguidas de impunidade.
Começando pela foto de Leandro de Souza Santos morto na Favela do Moinho, e mais
outras duas vítimas a Claudia da Silva Ferreira e Luana Barbosa dos Reis Santos, todos
os três casos citados acima.
5
(ALVES, Alê. A história de Luana: mãe, negra, pobre e lésbica, ela morreu após ser espancada por três PMs. Ponte Jornalismo, São
Paulo, ano 2016, abr. Disponível em: < https://ponte.org/a-historia-de-luana-mae-negra-pobre-e-lesbica-ela-morreu-apos-ser-
espancada-por-tres-pms/> Acesso em: 06/08/18.)
Fiz a imagem das três vítimas em xilogravura, depois imprimi sobre elas em serigrafia,
uma fictícia numeração do IML em cada uma delas, seguindo a sequência numérica a
partir do número “4467” da fotografia do Massacre do Carandiru. Então seguiram as
numerações 4468, 4469 e 4470.
Com isto queria demonstrar uma continuidade do que aconteceu no Carandiru, uma
continuidade da violência exacerbada, do abuso policial, da negligência do Estado, da
impunidade, do genocídio contra pessoa desprivilegiadas.
Com o objetivo, embora partindo de casos isolados, apontar não para indivíduos mas para
um setor da sociedade, os setores mais desprivilegiados, e, portanto, mais vulneráveis a
serem cometidos por injustiças. Apontar para um sistema criminal brasileiro falho, uma
justiça seletiva, forças armadas despreparadas, e um Estado negligente.
As imagens se repetem, e as numerações vão sendo sobrepostas até cobrirem por
completo o rosto das pessoas retratadas, neste momento, de uma forma simbólica e
usando de uma força expressiva, estas pessoas perdem sua identidade, passando a
representar apenas números, prontos para se tornarem mais um número para serem
acrescentadas as estatísticas, sem nome, sem identidade, sem direitos, para assim tornar
mais fácil o seu esquecimento.
Invisíveis (detalhe)
Gravura em metal sobre
papel
Dimensão variável
2017
Bibliografia Fundamental:
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-BENJAMIN, Walter. Magia e Técnica, Arte e Política - Obras Escolhidas - Vol. I. São
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Editora Brasiliense, 2012.
-BERONÄ, David A. Wordless books. The original graphic novel. Abrams, New York,
2008.
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COSTELLA, Antonio Fernando. Introdução a gravura e sua história. Campos do Jordão:
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JARDIM, Evandro Carlos. Olhares Plásticos. São Paulo: Editora Nacional, 2005.
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-PON,Lisa. Raphael, Dürer, and Marcantonio Raimondi. Copying and the Italian
Renaissance Print. Yale Univerrsity Press, 2004.
ISBN 0-300-09680-1
-SILVA, Luiz (Cuti). Neghúmus líricos. Ciclo Contínuo Editorial, São Pulo, 2017.
- Vários autores. Xilografie Italiane del Quattrocento, da Ravenna e altri luoghi. Longo
Editore, Ravenna, 1987.
-Vários autores. The painterly print: Monotypes from the seventeenth to the twentieth
century. The Metropolitan Museum of Art, New York,1980.
Conclusões
Cabe dizer aqui, que a realização deste projeto contribuiu e muito para minha forma de
pensar visualmente, mas principalmente para o desenvolver discursivo e expressivo. Há
tempos, a arte contribui para expressar ideias, levantar questionamentos, até mesmo trazer
dúvidas, seja em um aspecto mais individual ou mais amplo.
Durante o desenvolver do projeto, num primeiro momento, após a realização de leituras,
estudos, visitações e eventos, foi possível conhecer uma gama muito rica de trabalhos,
nas mais diversificadas linguagens como teatro, dança e poesia. Muitos destes trabalhos
deixam claro sua vontade em expressar através da arte, realidades em conflito constante
com o atual cenário político-social, levantando questões acerca de classe, etnia e gênero.
Em um segundo momento, foi interessante observar a relação entre a linguagem escolhida
e os resultados gráficos obtidos. Neste caso, a linguagem da gravura que já vem atrelada
a ideia de repetição, pois desde sua criação, uma de suas finalidades era justamente
permitir uma multiplicidade de reproduções a partir de uma matriz. Por outro lado, a
repetição de imagens também foi usada como elemento estético dentro do trabalho, para
reforçar conceitos, contribuindo para a poética do trabalho.