Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
IDENTIDADES
en DN
DA FOTOGRAFIA
NO BRASIL
ÇLA
Rubens Fernandes Junior
LABIRINTO E IDENTIDADES
LABIRINTO E
IDENTIDADES
PANORAMA
DA FOTOGRAFIA
NO BRASIL
[1946-98]
Rubens Fernandes Junior
SVT AAA AS /W ESA TA
DE GERALDO DE BARROS;,THOMAZ FARKAS,
JOSÉ MEDEIROS E PIERREESPVERGER QUE,
COM DIFERENTES ABORDAGENS, CONSTRUIRAM
PTAA RS IDENTIlAbE DE UM BRASIL
MODERNO,TANTO NA EXPRESSÃODOCUMENTAL,
QUANTO NA EXPERIMENTAL.
é
|
GERALDO DE BARROS
Sem titulo, Belo Horizonte, 1951, 30,5x40,2 cm [29x37cm]
Homenagem a Picasso, São Paulo, 1949, 40,5x390,5cm [28,4x28,4cm]
São [30,7x29,2cm])
Superposition à la prise de vue La Chambre Claire, Paulo, 1950, 35,7Xx30,5cm
—
TTA TE TA
STMA aaa
EE
E
a aa
LTn tA
ES bneço ESTSTOAEoSNEA E
MAA
ê
a
=
=
Mic
o
Tararaar
caaeds SRSnietanãos arai
FTA SA SNS
aal
f
ã E
ANTA
A
A S A
DAA
ES ADE
PSA An EN
-
Ec e
a
PNAn
EA
NEE
RS EAA a
g AAA AA
THOMAZ FARKAS
Construção de Brasilia, Palácio da Alvorada, 1958, çox60cm [34x52,2 cm]
Construção de Brasília, Esplanadados Ministérios, 1958, sox60cm [34x52,2 cm]
Inauguração de Brasília, 1960, sox60cm [28x39,8 cm]
PresidenteJuscelino Kubitschek, inauguração de Brasília, 1960, çox6o0cm [28x39,8cm]
IINIPAES
A
'
S
:
ii
S
AA
o
dac
REr
SNEAA
ES SE
: SR LA
E aa
UE q Ua Dofesgeas o
RN
AA
SNE o
a REAA o
RE
AA
N ANA EAA
me
acA
ratNcA
CERSEETONoOO
ES
BEE
IAEa
oo o
e
ee ES la
Lc
RRR
sRs SNEA 4
aaEai dA
itataít
RGEA
FA£,
SA
SE e
pesimena VA o
EA AAnA
-
REEA
:
A
”
D A UTA RNEA
PE atioS
N RA
AA
VTnsNÁAeça ta
RA s
T
RS | ÁRAA
finia
do aa
sal
in
E mtaa
een
Tanesd id Ld iTNA aa SS EGEINOA
ÉD
:
S IESSo
ssl
i
o
:
on = AtaS:
estvçado
” :
á *
enanta
S u
sa i
stestaRoaD
í
NTAA
ES NS ES
TSS TITIRE ) SNNAA SUTCNS
on
N
NN
Iindios, anos 4o, 49,7 X476
-
Sc
ConTNEAAS
EA
NSTA
Ã
PIERRE VERGER
Samba de Roda, Bahia, 1946-52, 56,8x47,1 cm [39,8x39,9cm]
Bonfim, Salvador, Bahia, 1946-52, 56,8x47,2cm [39,8x39,8 cm]
Carnaval, Embaixada Mexicana, Bahia, 1946-52, 57 x47,2cm [39,9X39,7 cMm]
Candomblé, Iemanjá, Bahia, 1946-52, 56,7Xx47,4Cm [39,9x39,7 cm]
DA DÉCADA DE 60 E 70, CONTAMOS COM
A PRESENÇA DE MAUREEN BISILLIAT,
WALTER FIRMO, LUIS HUMBERTO, QUE BUSCARAM
DEFINIR DA
UMA REPRESENTAÇÃO IDENTIDADE
NACIONAL,A PARTIR DASDIFERENTES MANIFES-
TAÇÕESPOPULARES UTILIZANDO A FOTOGRAFIA
COMO IND -PENDENTE.
INFORMAÇÃO
MAUREEN BISILLIAT
Sem título, da série À Bahia Amada Amado, anos 60, 43,7Xx61,1cm [37,7Xx57cm]
Sem título, da série A Bahia Amada Amado, anos 60, 61 x44,4cm [57,2x37,7cm]
Sem título, da séric AÀBahia Amada Amado, anos 60, 61 x44cm [57,1 x 37,8Cm]
Sem titulo, sem data, 43,7x61cm [37,7Xx57,4cm]
WALTER FIRMO
Sem titulo, 1994, 44,8 x61 cm
[39x57,4cm]
Sem título, 1992, 4gx61cm [39x57,5 cm])
Sem título, 1992, 43,9x61 cm [37,8x57cm]
Sem título, 1992, 43,8x61 cm [37,8x57,2cm]
;
F
í
;
Í
—
a
-.
LUIS HUMBERTO
Manifestação Pró-anistia, Brasília, 1979, 370x39,7cm [25X37 cm]
Troca de Ministro da Fazenda, Brasilia, 1980, 39,7x29,9Cm [36,9X24,9 cm]
Senador Eurico de Rezende e
Deputado Ulisses Guimarães, 1979, 30Xx39,7 €m [25,2x37 cm]
Cumprimento de Natal a General Figueiredo[Palácio do Planalto, Brasília], 1979, 30x39,7cm [25X37 cm]
NA DÉCADA DE 80 SURGIRAM FOTÓGRAFOS QUE
ATÉ HOJE DESENVOLVEM SUAS ATIVIDADES COM
GRANDE AFINCO. ENTRE 0S ESCOLHIDOS PARA
ESTA MOSTRA, ENCONTRAM-SE OS TRABALHOS DE
JUCA MARTINS, NAIR BENEDICTO, MARIO CRAVO -
T EEn
Manilestação contra 6 Custe de Vida, são Paulo, 19 NEETESSEE
Manilestação contra o Custo de Vida, São Paulo, 1978, gox400m ES
Seca nó Nordeste, Ceara, t98 3,49,7
4
x6eo cm
[33,3 X cm]
Visita do Papa, Salvador. 19590 5 ESTENvSISS
ADA
RAA
=
vISaRAS
ee iator
IERN ES
insTIacar, 2S
onA ScA E
:
Fic
STAc Nebno
e
RRAAn o
Lsc
eeA EA RETA
a ASJU a
fodttreçaAo
RÇÃ S
eA
A o S RNE TATA
MARCOS SANTILLI
FortePríncipe da Beira, Costa Marques, Rondônia, 1981,43,2x60cm [37x57,5 cm]
Operadores de motosserra, Ariquemes, 1978, 59,8x43 cm [57,5x36,7 cm]
Queimada, Santa Luzia, 1981, 60X42,5cm [57,5Xx36,5cm]
Rodovia Br 364, 1978, 43,2 Xx59,30m [37Xx57,7cm]
LUIZ CARLOS FELIZARDO
Casa Godoy,Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 1992, 23,9Xx29,7Cm [19,3X24,4cm]
Praça, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 1992, 24x29,5cm [19,3X24,4 CM]
Sem título, São Francisco de Paula, Rio Grande do Sul, 1986, 29,5x24cm [24,4x19,3 cm]
Sem título, Porto Alegre,Rio Grande do Sul, 1993, 29,6x24cm [24,3X19,3 cm]
j
:
í
'
j
fi
lr.(,;!.
,"/,'l 4
,
ó
..)//,.;'L)
LDA
PX
EE
R
PEDRO VASQUEZ
Praia de Itacoatiara, 1992
RRR ANA TS
ISsvSTrio ONNOONOLSANLAAs A S
a 49,6
ARAQUÉMALCÂNTARA
Poço Encantado da ChapadaDiamantina, 1997, 40x socm [32x48cm]
Biguatingada Juréia, Itatins, 1990, 40x çocm [32 x48 cm]
Cachocira Amarcla de Foz de Iguaçu, 1996, çox40cm [48x32 cm]
Riacho da Cachoeira Grande, 1995, 40x çocm [32x48cm]
ee
ee
A
CRISTIANO MASCARO
ESESSNESS RENA
o
LLAc ILcIceceo
S5caas R
S Le5e5
t.
ii
T9 dBS tos
EoiarraDÃos
aRGUNGMESARES TA IOSSCIIIII ah
TSNc TRERS:
Eb : EGAA
o
A ES
e
En
ESA A
u
TS dAmA nA
EGEATAA
To)
S
ta ta rta
AE fuem
EEA d tta em
aaa a tTSNEA
pA AA AcaeS
SEBASTIÃO SALGADO
Serra Pelada, Brasil, 1986, 40,4X50,3 [29,7x44,6 cm]
Serra Pelada, Brasil, 1986, 50,2x39,8cm [44x29,9cm]
Serra Pelada, Brasil, 1986, 50,5x39,7cm [44Xx29,6cm]
Serra Pelada, Brasil, 1986, 40,3x5o,5cm [30,4 X
44,6 cm]
ANTONIO SAGGESE
Bom Jesus da
Lapa, 1992, sox60cm
Trindade, Goiás, 1992, 60Xç50,2 cm
São Paulo, 1994, sox60cm
São Paulo, 1994, çox60cm
ARNALDO PAPPALARDO
Sem título, 1997, 51 x61 cm [46x57,8cm]
Sem título, 1997, 61 x51 cm [57x45,7Cm]
Sem título, 1997, 61 x50,9cm [57,2 x45,8cm]
Sem título, 1997, 61 x50,9cm [57,2x45,8cm]
CARLOS FADON VICENTE
Sem título [ensaio Medium]),1991, fotografiaem cores/cromógeno, 60x çocm [42,1x41,9cm]
Sem título [ensaio Medium), 1992, fotografiaem cores/cromógeno, 59,9x50,1cm [42,2x41,9cm]
Sem título [ensaio Medium]),1994, fotografiaem cores/cromógeno, 60 x çocm [42,1 x41,9cm]
Sem título [ensaio Medium), 1991 ,
fotografiaem cores/cromógeno, 60x socm [42,1 x41,9cm]
KENJI OTA
Sem título, 1994, 66x48 cm
ENEN NTAA
ENTRE OS FOTÓGRAFOS DA DÉCADA DE 90,
RESSALTAMOS OS TRABALHOS DE ED VIGGIANI,
RUBENS MANO, ELZA LIMA,CÁSSIO VASCONCELLOS,
LUIZ BRAGA, CELSO OLIVEIRA, VALDIRCRUZ,
GAL OPPIDO,TIAGO SANTANA, EUSTÁQUIO NEVES,
QUE INJETARAM NA PRODUÇÃOCONTEMPORÂNEA
UM OLHAR DOCUMENTAL MAIS EXPRESSIVO E
UMA NOVA ATITUDE EXPERIMENTAL.
CELSO OLIVEIRA
Juazeiro Norte, Ceará,
do 1994, 40X55,2cm [30,5X45,9cm]
Juazeiro do Norte, Ceará, 1995, 40X54,5 cm [30,5X45,5 cm|]
Juazeiro do Norte, Ceará, 1996, 40,2 x
55,2 cm [30,6x46 cm]
Juazeiro do Norte, Cearà, 1995, 39,9Xx55,2Cm [30, 5x46 cm]
â_
.
m—
TEAA
E
ESSETAAAAA
171
8
TIAGO SANTANA
INRSVINICEANDATON
GSTA NSES DT NS SSNISINRDN SNSN
Juazeirvo do Norte, Ceara, 1992. 39,2 S44,7 0m
[Po, sx 449 0m|]
Juazeivo do Norte, Ceara, t995, 4 g.5um [ 370,9 x45,70m]
Juazeiro do Norte, Ceara, 1994, 39,5X544,1em [zox 45 em]
PAA SNN ENT
TEn
FNA
ED VIGGIANI
Procissão dos Farriçocos, Semana Santa, Goiás Velho, 1987, 48,8x58,7cm [36,7Xx55,7Cm]
Romaria Cícero, Juazeiro do Norte, Ceará, 1983, 48,7x58,7cm
do Padre |[36,7X55,7€m]
Cirio do Nazaré, Belém, Pará, 1986, 48,8x58,5çcm [36,7X55,5 Cm]
Romaria do Padre Cícero, Juazeiro do Norte, Ceará, 1992, 48,7x58,7cm [36,7x55,7€Mm]
ELZA LIMA
O Encantado, Capanema, P ANTcA NES SNSNA ENTA SEAIENIA |
Rio das Lavadeiras, Altamira., Para, o
EVN ENA SNN
Banho nó Rio Trombetas. Para, 1597
ENTAA
Placidas Aguas, Pará, 19957
E
E
)
5e
x t
hA
dT
R
CARTEN TA
LUIZ BRAGA
Menino com
papagaio, 1986, 40,3x61,1cm [38x58,2cm]
Banhista, 1996, sox5o,8cm [48,2x58cm]
Tajás, 1988, 40,3Xx61,1cm [38,2x58cm]
Homem com céu vermelho, 1988, 40,3x61,1cm [38,2x58cm]
VALDIR CRUZ
KasiripinãWaiãpi, Studio New York, 1995, 61,2x50,8cm [58,rx46cm]
Sia Runikui Kaxinawa, Studio New York, 1995, 61,2x50,8cm [56,8x46,1cm]
Yanomami Series 1, Amazonas, 1995, 61,2 xço,8cm [47,4Xx31,6cm]
Yanomami Series vrm, Amazonas, 1995, 61,2Xço,8 cm [47,6Xx31,5 cm]
GAL OPPIDO
de Olaira, juus,
ENCSNISEIINEA BTESNS
S ENTGEESERANTITA
ES
ES
ANA
ASAVINCUISEQNE SNAA
«!-v Eut d
4 íªi—
--- ETA TU E mm
E S ES RAA o
Nos
ANA
SST
e L
ANA '
ee
E [ a
RNE
iTA /A
LAA
ES
N
1 )
96907” “ÍÉQOQGQ
lgª-àx .
mí 'ÉJ
LA N EP
,jv' WWF ªª&
EA s
AAA AAAA
Bix FAA T Lh
o aaa ª'íªª;í& ".' e
E AN RR ENTAA
CÁSSIO VASCONCELLOS
Spain, 1989, 18,5x29,5Cm [7Xx22,4cm]
São Paulo, 1992, 19X3o0cm [7x22,3cm]
São Paulo, 1992, 17,4x29,5cm [7x22,4cm]
Morro Branco, Ceará, 1983, 19,6x 30 cm [7x22,3cm]
EUSTÁQUIO NEVES
Sem título, Série Futebol, 1997, 5o,5x60,5cm [46,2x57,8cm]
Sem título, Série Caos Urbano, 1997, 50,5Xx60,4cm [42,5Xx51,5cm]
Sem título, Série Arturos, 1997, 5o,5Xx60,2cm [41,5x51cm])
Sem título, Série Arturos, 1994, 60,3X50,5cm [53,2Xx39,7cm]
NNN
DN
EE
=
Nnn
o
EA
s
SPS
E u
.
RUBENS MANO -
INSTALAÇÃO
VNA FENS SETEN EATEENSN
[ORTSSTA ENTEN SA ANT A N EAAPENTTE|
PSN
u(mxh» NSSTA NTT ENSNROTTRTARTE ENEA STA ES
NISNESUNTOS [MSTILERNNITN
NNNIINDNANIS ANTA
APRESENTAÇÃO
Este livro nasceu como parte de u m projeto de Aracy Amaral que, a convite
do Kunstmuseum, localizado em Wolfsburg, Alemanha, idealizou u m evento
cultural que destacasse as principais manifestações artísticas brasileiras da
segunda metade do século xx, com ênfase na inauguração de Brasília.
Dentro do panorama internacional das artes visuais a fotografia brasileira,
freqüentemente, t e m aparecido como uma novidade e uma visualidade sur
preendente. Por isso mesmo é que optamos por uma seleção de imagens que
oferecem a rara oportunidade de apresentar a trajetória da estética fotográ
fica nas últimas décadas n o país. U m compromisso assumido pela curadoria
que compreende que essa investigação contempla alguns dos momentos
mais expressivos da fotografia brasileira e pretende dar ao leitor uma ampla
visão das principais tendências, seja através da construção de uma visualidade
que evidencia nossa identidade, na paisagem física e humana, seja através das
possibilidades de se criar processos que apontam para novas sintaxes visuais.
Compreender esse m om e nt o da fotografia brasileira, através dessas ima
gens, d o texto histórico-critico e de uma cronologia, ainda em construção,
é fundamental para entendermos o impacto que nossa fotografia t e m
provocado nos eventos nacionais e internacionais. Longe de ser o espelho
do social, que reflete apenas u m paradigma de veracidade, ela amplia con
sideravelmente o processo criativo das artes visuais, proporcionando novos
olhares, que desencadeiam noyas direções cognitivas e artísticas, surpreen
dendo os historiadores, pesquisadores, curadores e críticos. A fotografia
brasileira vem se destacando n o universo da arte contemporânea, pela liber
tação que a somatória de diversos procedimentos — que garantem o fazer e
uma experiência artística diferenciada dos automatismos visuais generaliza
dos — possibilita, já que quando articulados criativamente, como nós os
fazemos, apontam para u m inesgotável repertório de combinações que a
torna ainda mais ameaçadora.
Esta edição brasileira atualiza os dados das biografias dos fotógrafos e da
cronologia e m relação à edição alemã de 1998. Ela é lançada durante o iv
Mês da Fotografia em São Paulo de 2003, organizada pelo N A F O T O (Núcleo
de Amigos da Fotografia), junto à exposição viabilizada pela Cosac & Naify
ao Centro Universitário Maria Antonia.
PANORAMA
DA FOTOGRAFIA
NO BRASIL
[1946-98]
A modernidade chega à fotografia brasileira muito tardiamente. Em 1922,
p o r ocasião da Semana de Arte Moderna, realizada e m fevereiro n o Teatro
Municipal de São Paulo, diferentemente d e todas as manifestações de van
guarda, ocorridas principalmente na Europa, a fotografia e o cinema não
foram contemplados como linguagem e manifestação. Curiosamente, nossa
vanguarda incluiu em seu programa a pintura, a literatura, a escultura, a
música e a arquitetura, mas esqueceu da fotografia e do cinema, embora
estas reprt-sentassem as mais contemporâneas e revolucionárias possibili
dades d e expressão e linguagem naquele m o m e n t o , fazendo p a r t e d e todas
as manifestações d e r u p t u r a das vanguardas européias, principalmente o
Futurismo italiano e o Dadaísmo, movimentos mais próximos dos artistas
brasileiros. Portanto, é notória a ausência d e u m a produção gerada pelas
imagens técnicas, q u e tro u x eram novas conceituações e novos questiona
mentos sobre c o m o e p o r q u e olhar o m u n d o visível.
Se u m a das características da modernidade é, não apenas incorporar as téc
nicas mas t a m b é m , a intenção d e pensar e produzir a r t e sobre novas bases
estéticas, nossos modernistas n ã o fo ram tão radicais e m suas propostas d e
renovação e revolução e m direção a u m a nova sensibilidade. Eles permiti
r a m , n o máximo, u m a visão instrumental para a fotografia que denota exata
m e n t e a falta d e reflexão mais aprofundada sobre essas novas expressões.
C o n t u d o , se olharmos c o m acuidade o m o v i m e n t o modernista brasileiro,
é fácil constatar q u e a fotografia, en q u a nt o registro e documentação, f o i
m u i t o utilizada, e o cinema t a m b é m n ã o foi totalmente excluído, u m a vez
q u e n a revista Klaxon, "mensário d e a r t e m ode r na " , e m seu p r i m e i r o n ú
m e r o , publicado e m i £ d e m aio d e 1922, Mário d e Andrade (1893-194.^),
registrou: "Klaxon sabe q u e o cinematógrapho existe. [...] A cinematogra-
phia é a criação artística mais representativa da nossa época. É preciso
observar-lhe a lição". 1
Este fragmento, retirado d o t e x t o d e abertura da revista, n a realidade
eqüivale a u m manifesto, e mostra a importância d o cinema n o movimento
modernista, mas só c o m o reflexão. Mário d e Andrade foi o único m o
dernista q u e desenvolveu, intuitivamente, u m a atividade c o m a fotografia.
Influenciado pela revista alemã Der Querschnitt [ 0 corte vertical], editada e m
Berlim, Mário c o m sua camera batizada d e codaque, desenvolveu, entre
19,23 e 1931, u m a fotografia arrojada e inovadora. Para Ancona Lopez, esta
experiência "configura a incursão consciente pela fotografia c o m o lin
guagem, a redefinição d o olhar através da câmera; a experiência artística,
marcada p o r u m f o r t e senso da composição. [...] Mário fotógrafo subverte
os planos, corta, experimenta o 'close'; calcula, compõe e, j á se sabe, não
hesita e m t o m a r figuras d e costas". 2
D o final dos anos 30 até meados dos anos 4 0 , u m novo e importante g ru
p o d e fotógrafos estrangeiros chega ao Brasil, trazendo uma contribuição
inestimável, tanto d o p o n t o de vista técnico como d o p o n t o d e vista
estético. Eles souberam valorizar u m Brasil até então desconhecido e
colaboraram decisivamente para a construção de uma identidade para a
fotografia contemporânea.
Nesse período, a presença da fotografia era mais perceptível nas revistas
ilustradas e nos fotoclubes — movimento que reunia profissionais liberais
de diferentes áreas, que viam a fotografia como possibilidade d e expres
são artística autoral. Nas primeiras décadas d o século x x podemos elen-
car algumas tentativas frustradas de iniciar o movimento fotoclubista n o
Brasil, mas a sua consolidação veio através d o Photo Club Brasileiro, f u n
dado e m 1923, n o Rio de Janeiro, e o Foto Clube Bandeirante, 3 fundado
e m 1939, em São Paulo, batizado mais tarde como Escola Paulista, como
as iniciativas mais prolongadas de instituir o movimento, resultando e m
desdobramentos e m quase todas as grandes cidades brasileiras.
O movimento fotoclubista n o Brasil foi marcado p o r expoentes da foto
grafia como Geraldo de Barros, Thomaz Farkas, Marcel Giró, Chico Al
buquerque, JoséYalenti, Eduardo Salvatore, Gregori Warchavick, Benedito
Junqueira Duarte, Nogueira Borges, Herminia de Mello Nogueira Borges,
Francisco Aszmann, Gaspar Gasparian, German Lorca, José Oiticica Filho.
Estes fotógrafos, do eixo Rio de Janeiro — São Paulo, concretizaram uma
atitude diferenciada na produção fotográfica ao proporem a instauração de
novos conceitos para a prática da fotografia e a busca de uma marca autoral
e m seus trabalhos.
Outras duas experiências importantes n o desenvolvimento da linguagem
fotográfica brasileira, em direção à modernidade, foram a revista 0 Cruzei-
ro, criada em 1928, e a Revista S. Paulo, lançada em 3 1 de dezembro de 193^.
A revista semanal 0 Cruzeiro foi a mais importante contribuição para o foto
jornalismo brasileiro e para a construção da imagem de u m país moderno
e sintonizado com a informação internacional e os avanços tecnológicos.
D e circulação nacional, seu período áureo aconteceu entre 1944 e 1962.
A chegada d o fotógrafo francês Jean Manzon (191 £-90), da revista fran
cesa Paris Match, e m 1944, coincidiu c o m a formação d e u m g r u p o d e fo
tógrafos brasileiros, influenciados pelas revistas ilustradas estrangeiras e
sintonizados c o m o movimento fotográfico internacional. José Medeiros,
Marcel Gautherot, Pierre Verger, Ed Keffel, Luciano Carneiro, Luiz Carlos
Barreto, Indalécio Wanderley, Peter Scheier, Flávio D a m m , e n t r e outros,
transformaram a revista O Cruzeiro n a m ais surpreendente experiência da
fotografia brasileira documental. Suas reportagens, baseadas n o estilo das
estrangeiras Life e Paris Match, abriam espaços generosos para a fotografia,
q u e passa a ser a principal informação d a revista, iniciando u m a narrativa
visual inédita para as publicações nacionais até então. É nesse p e r í o d o q u e
surgem as famosas duplas d e r e p o r t a g e m , e n t r e elas, David Nasser e Jean
Manzon, José Leal e José Medeiros, Ubiratan d e Lemos e Indalécio W an
derley. Foi notável o sucesso d e público da revista q u e , e m agosto d e
19^4, c o m o suicídio d o presidente Getúlio Vargas, chegou ao r e c o r d e d e
720 mil exemplares semanais.
O u t r a experiência fantástica foi a publicação da Revista S. Paulo,* d e p erio
dicidade m e n s a l , q u e t e v e c o m o principais f o t ó g r a f o s B e ne di t o J u n
q u e i r a D u a r t e ( 1 9 1 0 - 9 4 ) , s o b o p s e u d ô n i m o d e Vamp, e o a l e m ã o
T h e o d o r Preising (1883-1962). N a redação tivemos a participação d e
Cassiano Ricardo, Menotti D e l Picchia e L. Vampré. A revista, d e grande
f o r m a t o ( 4 4 x 30 c m ) e impressa e m rotogravura, valorizava a fotografia,
p a r t i c u l a r m en te a f o t o m o n t a g e m , e tinha u m p r o j e t o gráfico arrojado
q u e a aproximava iconicamente d a simultaneidade d o cinema e da veloci
d a d e d a cidade d e São Paulo, à época m e t r ó p o l e e m e r ge nt e . Ousada n a
diagramação, a Revista S. Paulo articulava t e x t o e imagem c o m complexi
dade, e m páginas duplas o u triplas, c o m dobras, q u e davam à imagem u m
tratamento até então desconhecido.
Pelo artifício d a f o t o m o n t a g e m , as imagens vibravam nas páginas e faziam
explodir os frag men to s d o progresso e d a agitação das atividades indus
triais, urbanas, cívicas e políticas. O uso da fotografia e d a f o t o m o n t a g e m
reforçava o discurso persuasive da publicação e viabilizava u m a das carac
terísticas d a i m a g e m técnica. A l é m disso, o p r o j e t o dialogava c o m as
revistas similares européias e c o m o ideário dos dadaístas alemães, d e
Berlim, q u e criaram o t e r m o "fotomontagem" para designar suas cola
gens c o m imagens recortadas d e jornais e revistas, Raoul Hausmann, u m
dos artistas d o movimento, destacou q u e "os dadaístas foram os p r i
meiros a utilizar o material da fotografia para, a partir d e partes da estru
tura, d e natureza material e espacial peculiar, muitas vezes opostas vimas
às outras, criar u m a nova unidade q u e pudesse arrancar d o caos dos t e m
p o s d e guerra e revolução, u m a imagem nova, tanto d o p o n t o d e vista
óptico c o m o intelectual. E eles sabiam q u e seu m é t o d o encerrava u m a
grande força propagandística, q u e a vida contemporânea não tinha cora
g e m de desenvolver e acolher". 5 O s fotógrafos conseguiram, através da
imagem, simultaneamente naturalista e ilusória, enaltecer a gestão d o
governador d o Estado de São Paulo, Armando Salles d e Oliveira, c o m a
divulgação d e suas obras e projetos realizadçs e da vocação empreende
dora e industrial d o estado. Sem dúvida, u m a das mais ricas experiências
e m t e r m o s d e linguagem, q u e despertava o leitor para u m m u n d o d e
novas sensibilidades.
Podemos afirmar, contudo, que a fotografia moderna brasileira começa n o
final dos anos 40, após os primeiros investimentos de capitais estrangeiros
n o país e as primeiras iniciativas para alavancar o desenvolvimento indus
trial. É bom lembrar que o final da década d e 40 foi também significativo pa
r a o florescimento da arte e da cultura, e que, durante mais de uma década,
0 País viveu um intenso processo de fermentação sócio-político-cultural.
N o período d e transição dos anos 4 0 para os anos 50, iniciou-se efetiva
m e n t e esse estimulante processo q u e criou e consolidou nossas mais
importantes instituições culturais: o Museu d e A r t e d e São Paulo Assis
Chateaubriand (Masp); p Museu d e A r t e Moderna d e São Paulo (MAM/
SP) e o Museu d e A r t e Moderna d o Rio d e Janeiro ( M A M / R J ) ; a Sociedade
e , e m 195:1, a realização da 1 Bienal Internacional d e São Paulo.
Pará Helouise Costa, a construção d e u m a estética m oderna n a Fotografia
brasileira, "se fez jjelo somatório cie inúmeras pesquisas individuais não
explicitamente direcionadas e muitas vezes afastadas n o tempo, mas que
a longo prazo nos permite identificar a instauração d e u m 'novo olhar',
numa ruptura clara com a prática acadêmica. [...] A fotografia moderna
n o Brasil surgiu e se desenvolveu n o interior d o Foto Cine Clube Ban
deirante. Os fotógrafos bandeirantes concretizaram uma transformação
que abalou a tradição pictorialista e acadêmica do movimento amador."6
Mas, ainda que buscassem a ruptura como forma de trabalho, trazendo o
espírito da modernidade para a fotografia brasileira, foram Geraldo de
Barros (1923-98), em São Paulo, e mais tarde José Oiticica Filho (1906-
64), n o Rio de Janeiro, que explicitaram uma concepção mais arrojada d o
fazer fotográfico, incluindo u m profundo questionamento dos limites da
própria concepção de fotografia. Essas iniciativas foram responsáveis pela
verLeir, d , ^ brasileira, L a v é , d e L ,
dois artistas que se empenharam e m realizar intervenções radicais n o
processo d e trabalho, com a finalidade de aprofundar os questionamentos
e a reflexão da linguagem fotográfica, esgarçados intencionalmente para
ampliar a experiência imagética.
Nesse contexto d e reflexão sobre a cristalização d e imagens, podemos
destacar a obra d e Geraldo de Barros eThomaz Farkas, pioneiros na busca
d e uma discussão estética piais aprofundada para a fotografia e respon
sáveis por inserir a fotografia brasileira n o debate contemporâneo. Farkas
realizou sua primeira exposição n o Masp, e m 1949, abrindo pela pri
meira vez u m espaço para a fotografia n o museu e, e m 1950, Geraldo d e
Barros exibiu seu ensaio FotoFormas, que surpreendeu o mundo das
artes visuais pela coragem e pela inquietação.
Nessa série de imagens e m suporte fotográfico o insólito se presentificava:
construída a partir de sobreposições, de intervenções nos negativos —
riscando-os, pintando-os, recortando-os — , de solarização parcial das ima
gens, enfim, retirava da fotografia sua "veracidade documental", valorizan
do e explicitando a idéia elaborada a partir de u m projeto pré-visualizado.
N o catálogo da exposição FotoFormas, Pietro M. Bardi (1900-99) regis
trou que "Geraldo vê, e m certos aspectos ou elementos do real, especial
mente nos detalhes geralmente escondidos, sinais abstratos fantasiosos
olímpicos: linhas que gosta de entrelaçar com outras linhas numa alquimia
de combinações mais o u menos imprevistas e, às vezes ocasionais, que
acabam sempre compondo harmonias formais agradáveis. A composição é,
para Geraldo, u m dever, ele a organiza escolhendo u m milhão de segmen
tos lineares que percebe, sobrepondo negativo sobre negativo, modulando
os tons de suas únicas cores que são o branco e o preto, reforçando as tin
tas naquele seu trabalho de laboratório tão cuidado e agradável". 7
Geraldo de Barros, c o m seu trabalho ousado e inquietante, estabeleceu
para a fotografia brasileira o paradigma da modernidade. Seu processo d e
criação, c o m base na desnaturalização da fotografia, provocou rupturas e
abalou as estruturas da linguagem, até então assentadas n o registro do
natural e da boa aparência. C o m uma força criativa que impressionou até
seus contemporâneos, Geraldo demonstrou q u e sua atitude antinatura-
lista era, na realidade, u m desejo d e experimentação sem m e d o , sem as
amarras da arte codificada, estruturada e m sistemas distanciados da inda
gação e da reflexão do fazer artístico. Ele trouxe, para a fotografia, a idéia
de construção de u m sistema de representação que se articulava com ou
tras manifestações visuais e instituía uma nova possibilidade para o olhar. 8
Sua inquietação gerou u m universo estético singular na arte brasileira e par
ticularmente na fotografia, com uma produção expressiva e desconcertante
sem precedentes. Geraldo de Barros, influenciado pela Teoria da Gestalt
apresentada pelo crítico e amigo Mário Pedrosa (1900-81), começou a se
preocupar com a forma, buscando cada vez mais, como ele afirmou em
diversas ocasiões, o essencial para u m trabalho plástico intrigante e insti-
gante, tornado hoje referência imprescindível para a fotografia brasileira.
Fotógrafo, cineasta, empresário e agitador cultural, o húngaro Thomaz Far
kas desenvolveu seu trabalho na fotografia a partir da formação técnica e
estética do Foto Cine Clube Bandeirante. Depois de intensa participação
nos concursos nacionais e internacionais, atividade que caracterizava a exis
tência do Foto Clube, Farkas inicia u m trabalho mais pessoal e mais trans
gressor. Ele procurou registrar, sem grandes interferências n o "real", uma
visão fotográfica moderna trazendo para sua fotografia novos e inusitados
ângulos de tomada, cortes e aproximações geométricas de luz e sombra.
Essa nova possibilidade d e expressão fotográfica foi aos poucos encon
t r a n d o seu caminho, buscando ora a radicalidade n o s enquadramentos,
o r a u m a nova relação nas tensões e n t r e o branco, o p r e t o e as sombras
acentuadas. Farkas, e m sua série sobre as cidades d e São Paulo e Rio d e
Janeiro, e n a série mais radical e formalista, elegeu o ângulo insólito
para r o m p e r c o m o p r o c e d i m e n t o tradicional d e fotografar e para
desarticular os automatismos da visão, despertando o leitor d o "êxtase
hipnótico" 9 e m q u e estava submerso há séculos pela ditadura da pers
pectiva renascentista.
O conceito d e estranhamento desenvolvido pelo formalista russo Viktor
Chklóvski e m 1929 está presente n o trabalho de Farkas na medida e m
q u e a f o r m a apreende a realidade na sua diferença provocando o leitor,
que, p o r sua vez, se vê empenhado e m construir "o real" a partir da
desconstrução da imagem fotográfica. A r l indo Machado entende que
"Chklóvski defendia u m conjunto d e técnicas de construção, cuja função
seria perturbar as nossas percepções rotineiras e forçar a sensibilidade a
'estranhar' o arranjo simbólico que lhe é apresentado". 10
O conjunto das fotografias d e Farkas selecionado para esta exibição refe-
re-se à inauguração da cidade de Brasília, futura capital brasileira. Essas
imagens simbolizam a consolidação do movimento modernista n o Brasil
e colocam o país n o cenário cultural internacional. Para reforçar essa pre
sença cultural, lembramos que o Cinema Novo iniciou sua trajetória e m
a
1 9 5 Bossa Nova, uma "batida" diferente n o violão criada p o r João Gil
b e r t o e m 19£7, deu origem a uma música com acordes alterados e melo
dia inesperada; aVolkswagen d o Brasil, primeira empresa automobilística
d o país, surgiu e m 19^6; e, e m 1957, começaram as obras e m Brasília,
inaugurada e m i 9 6 0 , n a gestão d o presidente Juscelino Kubitschek, em
possado e m 19^6, com o l e m a "^o anos e m ç".
Brasília, projeto d e Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, foi construída e m
t e m p o recorde d e três anos e planejada para ocupar o planalto central d o
país, a fim d e conquistá-lo física, geográfica e culturalmente. A espetacu-
laridade cenográfica da cidade e do espaço urbano constitui sua principal
característica, e Farkas, e m suas várias idas e vindas d u r a n t e a construção,
até a sua data i naugural, despretenciosamente, m a s m o v i d o p ela paixão d o
r e g i s t r o irnagético e histórico, fotografou Brasília passo a passo. O resul
tado, p o r é m , c o m o s e m p r e , é u m olhar inusitado e carregado d e e m o ç ã o .
Suas geometrias acentuadas, seus estranhos ângulos d e visão r o m p e n d o o
silêncio das f o r m a s , sua visão estética instigante a p o n t a m p a r a u m a das
experiências mais renovadoras d a fotografia brasileira d e seu t e m p o .
C o m os trabalhos d e Geraldo d e Barros e T h o m a z Farkas, somados a tantos
outros q u e ousaram na fotografia, c o m o José Oiticica Filho, o mais revolu
cionário e x p e r i m e n t a d o r e n t r e todos, pode-se finalmente afirmar q u e a
m o d e r n i d a d e chegou à fotografia. Para Herkenhoff, " c o m essa produção da
década d e ç o , parece que, pela primeira vez, a fotografia n o Brasil t e m u m
p r o g r a m a inteligente, atualizado e socialmente disseminado. C o m ele exis
t e u m a sintonia verdadeira c o m o p r o j e t o cultural brasileiro mais i m p o r
t a n t e n a época. A fotografia construtiva, d e c e r t o m o d o ombreava c o m o
C o n c r e t i s m o e o N e o c o n c r e t i s m o d a literatura e das a r t e s plásticas". 1 1
N a fotografia jornalística, c o m o crescimento da revista 0 Cruzeiro, a partir
d e 1944, sob a coordenação d e Jean Manzon, u m a nova geração d e f o t ó
grafos foi aos poucos i m p o n d o seu trabalho e sua visão d e m u n d o . D e n t r e
eles, destacamos nesta exposição José Medeiros (1921-90) e o trabalho d o
francês P i e r r e Verger (1902-96) q u e , d e maneira mais independente, co
laborou c o m a revista brasileira e q u e "conferiu à fotografia d e registro
antropológico u m a dimensão poética desconhecida n o Brasil". 12
José Medeiros foi, s e m dúvida, e n t r e 1946 e 1 9 6 2 , 0 g r a n d e n o m e d o f oto
jornalismo brasileiro, pois, apesar da falta d e i nformação e da precariedade
e d o improviso d o m e r c a d o , ele soube i m p o r seu trabalho criativo e dife
renciado. Medeiros soube p e r c e b e r a importância da vitalidade d o nosso
povo e registrou-a na época, revelando u m Brasil desconhecido d o g rande
público e distanciado da perspectiva d o trágico. Para Helouise Costa, a
liberdade editorial propiciada pela revista 0 Cruzeiro, o n d e Medeiros se con
sagrou c o m o fotógrafo, "não é casual", pois "o seu m o m e n t o d e m a i o r
expressão n o Brasil coincide c o m u m dos raros lapsos democráticos da
história d o país. A lém disso, moldava-se u m quadro propício para a confor
mação d e u m a cultura d e massa: urbanização acelerada, formação d e públi
cos d e massa e aumento das necessidades d e lazer nos grandes centros". 1 3
Desde o início ele apostou n a busca d e u m a identidade brasileira, centrada
n a idéia d e promover a beleza e o desejo d e felicidade d e sua época. Seu
trabalho, singular e sem precedentes n a história contemporânea, é inquieto
e desestabilizador n o cenário d o fotojornalismo produzido n o país na déca
da d e ço. Desenvolveu u m estilo inventivo e inspirado, b e m diferente dos
fotógrafos d e sua geração, e foi considerado pelo cineasta Glauber Rocha
c o m o o único fotógrafo q u e fez u m a "luz brasileira". N a exposição orga
nizada n o i n Mês Internacional d a Fotografia, a p a r t i r da coleção d o
M A M / R J , d e f e n d e m o s q u e Medeiros teria cravado sua l e n t e n o povo
O desenvolvimento da fotografia brasileira nas décadas de 40 e go apon
t o u pelo menos dois caminhos interessantes: a produção de imagens cen
trada na tensão entre o elitismo de uma modernidade tardia, gráfica, que
se vinculou à estética das vanguardas brasileiras — abstracionismo, con
cretismo e neoconcretismo; 1 9 e, p o r outro lado, a produção d e u m foto
jornalismo de tradição clássica, humanista e social, mais tradicional e real
ista, que se refinou através de diferentes publicações — das revistas Life e
Paris Match, até a presença d e fotógrafos estrangeiros que chegaram ao
país antes o u durante a Segunda Guerra Mundial.
Inúmeros outros fotógrafos estrangeiros se estabeleceram n o país entre o
final da década d e e início da década d e 60. Entre eles podemos des
tacar a inglesa Maureen Bisilliat, a suíço-norte-americana Cláudia Andu-
jar e os americanos Lew Parrela, George Love e David Zingg, que talvez
sejam as últimas influências na criação d e u m olhar contemporâneo e
absolutamente sintonizado com nossa identidade. Importantes aconteci
mentos políticos e culturais, nacionais e internacionais, marcaram a década
de 60, e esses fotógrafos aproveitaram os ares revolucionários e trouxe
r a m para o Brasil uma contribuição importantíssima na formação e divul
gação da fotografia como linguagem e expressão.
A e d i t o r a Abril c r i o u e m 1966 a revista ilustrada Realidade, inspirada n a
francesa Réalités, e c o m ela a fotografia g anhou u m espaço significativo
c o m o comunicação e expressão e f o r m o u talvez a ú l t i m a g r a n d e e q u i p e
d e fotógrafos q u e atuaram j u n t o s n u m a m e s m a publicação: Walter F i r m o ,
M a u r e e n Bisilliat, David Zingg, Luigi M a m p r i m , Cláudia Andujar, G e o r
g e Love, L e w Parrela, J o r g e B u t s e m , R o g e r Bester, G e r a l d o M o r i e n t r e
o u t r o s. D o i s anos depois, a m e s m a Abril iniciou a publicação da revista
semanal Veja, n a qual a fotografia t a m b é m ganharia espaço diferenciado
c o m o informação. O u t r a contribuição i m p o r t a n t e p a r a o fotojornalismo
nessa década foi a criação d o Jornal da Tarde, publicação diária da m e s m a
e m p r e s a d o j o r n a l 0 Estado de São Paulo, q u e t a m b é m valorizou a f o t o
grafia, p rincipalmente n a p r i m e i r a página.
Essa última geração d e fotógrafos estrangeiros foi fundamental p ara a cria
ção da imagem d e u m pais d e identidade própria, c o m suas idiossincrasias,
m a s sem os preconceitos e o ranço folclórico que durante anos nos carac
terizou n o exterior. George Love descobriu a Amazônia, após produzir u m
n ú m e r o especial da Realidade, e m o u t u b r o d e 1971, e mais tarde espantou-
se c o m sua própria produção sobre a região, ao deparar-se c o m cerca de j o
mil fotografias realizadas e n t r e 1966 e 1978; Cláudia A n d u j a r realizou o
mais i m p o r t a n t e d o c u m e n t o visual e etnográfico sobre osYanomami, mais
t a r d e engajando-se politicamente na reivindicação d e reconhecimento d e
seu t e r r i t ó r i o p e l o governo brasileiro; e Maureen Bisilliat t r o u x e para a
fotografia a possibilidade d e entender nossa cultura a partir da perspectiva
da literatura.
M a u r e e n f o t o g r a f o u e e d i t o u , e m 1969, o livro A João Guimarães Rosa,
ensaio fotográfico, a p a r t i r d o r o m a n c e Grande Sertão:Veredas; baseada n a
o b r a d e Euclides da Cunha, publicou Sertões luz e trevas, e m 1982; regis
t r o u o imaginário cultural agonizante dos índios d o t e r r i t ó r i o Xingu, e m
parceria c o m os irmãos Villas Boas, c o m o p r o j e t o O Turista Aprendiz, ba
seado n o livro h o m ô n i m o d e M á r i o d e Andrade, realizado especialmente
p a r a a x v m Bienal Internacional d e São Paulo e m 198^; e , e m 1997, p u
blicou Bahia amada Amado, a p a r t i r da o b r a d e Jorge Amado.
Nas escolhas d o s t e m a s p a r a o desenvolvimento d e seu trabalho fotográ
fico, predominam a consciência e a lucidez d e u m a opção voluntária e
política. Maureen Bisilliat acredita que sua paixão pelo país a aproxima de
ser " Oxumaré, aquele misto de arco-íris e serpente, que não é divindade,
mas u m p o n t o d e ligação entre fragmentos de u m m u n d o plural que se
espelha em outros fragmentos seus equivalentes". 20 Por isso sua prefe
rência sempre foi p o r temas esquecidos, escondidos nesse imenso país
como vestígios q u e precisam ser elaborados cuidadosamente para serem
flagrados e m sua essência.
Suas imagens são fantasmagóricas, realizadas nas baixas luzes, com foco
critico, buscando ora a singeleza de u m povo, ora sua dignidade perdida.
Ela trouxe para a fotografia a possibilidade de entendermos o país através
dos clássicos da literatura, percorrendo a dimensão poética da realidade
brasileira dada pelos escritores brasileiros., Maureen t e m a ousadia d e tra
balhar a partir da ambigüidade poética e passional dos personagens para
criar imagens que trazem o instante fugidio d o fazer fotográfico.
A transformação das cores, a imprecisão d o foco, os cortes pouco con
vencionais, as sombras expressionistas, as imagens monocromáticas, as
luminosidades exageradas, as ausências, t u d o isso para elaborar u m fio
condutor lógico e mágico, que é a sua sintaxe, na maioria das vezes insti
gante, para provocar inquietações. Para desenvolver seu trabalho fotográ
fico, Maureen prefere a solidão e o isolamento, pois defende a idéia de
que para criar "é preciso sofrer u m c o r t e radical, cortar as amarras e as
referências e apreender o que está a sua frente". 2 1
Na virada dos anos 6o para os anos 70, começamos a formar u ma geração
de profissionais que ofereceram u m novo perfil para a trajetória da
fotografia como forma autônoma de expressão. As revistas ilustradas abri
ram u m espaço para a imagem como expressão e informação, dando ori
gem a u m profissional que não se satisfaz n e m com o fotojornalismo, nem
com a publicidade, mas que pretende ocupar u m espaço novo na produção
fotográfica brasileira. Nesse m om e nt o inaugural, temos a intensidade do
fotojornalismo de W alter Firmo, Luis Humberto, Assis Hoffmann, Evandro
Teixeira, Geraldo Guimarães, entre outros; e na publicidade, Sérgio Jorge
e Chico Albuquerque, este último responsável pelo primeiro anúncio bra-
sileiro q u e utilizou a fotografia e m 1949 e, ambos, responsáveis pela cria
ção d o Estúdio Abril d e Fotografia, e m 1972, o maior da A mérica Latina.
Surgiram, ainda, propostas mais experimentais, c o m o o trabalho irnagéti
co d e George Racz, Derli Barroso e Boris Kossoy.
O livro d e Kossoy, publicado e m 1971, Viagem pelo Fantástico, marca u m a
nova ruptura na tradição fotográfica brasileira. Pietro Maria Bardi escreveu
que "suas fotos não trazem a paz d o ' e t e r n o ' , a estabilidade d o 'definitivo'.
Trazem, ao contrário, u m a instabilidade, u m ' t e r r o r ' , q u e só sensibilidades
mais apuradas pressentem antecipadamente. [...] Suas fotos são, e m síntese,
a instauração d o ambíguo, d o indefinido e d o indefinível, d o q u e tentamos
explicar e é inexplicável". 22 É nesse o momento, d e transgressão estética e
semântica, q u e se abre u m a nova possibilidade para a fotografia n o Brasil.
Walter Firmo, fotógrafo autodidata, q u e aprendeu a olhar a fotografia nas
páginas da revista 0 Cruzeiro, é u m dos grandes n o m e s d o fotojornalismo,
consagrado nas páginas dos principais jornais e revistas d o país. E n t r e
i n ú m e r o s ensaios q u e desenvolveu, destacamos seu trabalho sobre os
n e g r o s n o Brasil, iniciado nos anos 60, e desde então v e m apurando o r e
gistro: ora i m p õ e a composição clássica, ora decide pela encenação insti
gante. N ã o i m p o r t a , o q u e ele procura é a especificidade f otográfica, seja
n o gesto flagrado n a fração d o segundo o u a construção imaginada n o s
mistérios dos sonhos. F i r m o registra q u e sua preferência p o r este traba
l h o é a tentativa d e "construir u m a atmosfera envolvendo a participação
d o n e g r o n o cotidiano d o país, conferindo-lhe cidadania, intenso afeto,
luminescência atemporal e sentimento d e h e r ó i nacional". 2 3
O q u e mais surpreende n o trabalho d e F i r m o é a quantidade d e imagens
e m seu arquivo e sua incrível diversidade. Só mergulhando nessa p r o
dução é q u e p o d e m o s en ten d er q u e a frágil unidade veio d o aprendizado
constante d e olhar para o h o m e m brasileiro e sua paisagem, e observar,
construir, imaginar. O u c o m o ele m e s m o e n t e n d e , "a fotografia t e m o
d o m d a investigação, posse e cerimônia". 2 4 F i r m o consegue, c o m sua sim
plicidade e sensibilidade, estimular o leitor a contemplar sua fotografia
n u m t e m p o d e q u e n e m s e m p r e dispomos. Ele investiga, nesse t e m p o
passado, a celebração d a vida e a construção da m e m ó r i a .
Ele mais parece u m diretor d e cena, q u e orienta seus personagens para
contar u m a história, que provavelmente não se repetirá. Quando é pos
sível, Firmo assumidamente "arma" 25 a cena para conseguir o melhor re
sultado, u m rigor q u e assusta os desavisados. Para Arlindo Machado,
"Firmo é o nosso poeta da câmera. A sua intimidade c o m o aparelho é tão
intensa e a sua f o r m a de olhar o m u n d o tão absolutamente fotográfica,
que ele consegue passar c o m a maior naturalidade d o mais rigoroso
abstracionismo construtivo ao mais doce lirismo impressionista — e sem
deixar d e ser fiel ao seu estilo inconfundível". 26
N u m a outra direção encontramos também nesse período o trabalho de
Luis Flumberto, incansável batalhador pela organização e pelo reconhe
cimento profissional d o fotógrafo brasileiro. Na década de 70, durante a
censura imposta pela ditadura militar, construiu u m dos mais importantes
e consistentes trabalhos d e documentação da política e d o dia-a-dia de
Brasília. C o m fina ironia, trouxe a vida inteligente para a fotografia dessa
época, insinuando, nas entrelinhas, irreverência e criatividade.
Em Brasília, centro do poder e das decisões políticas, sua câmera ora esta
va apontada para flagrar o instante em que o político deixava-se surpreen
der; ora registrava a eloqüência arquitetônica da cidade, onde as formas
geométricas revelavam u m cenário imperativo, grandioso e fascinante.
Acreditou no compromisso político e estético do produtor de imagens e na
fotografia enquanto força de expressão e referência. Para ele, "o fotógrafo
está sempre procurando descobrir o desconhecido, revisitar a vulgaridade,
resgatar uma importância não percebida e doar aos outros o resultado de
suas investigações. A fotografia não resulta e m detritos, mas e m extratos
que se tornam, uma vez organizados de forma coerente, indicativos pre
ciosos para o entendimento do permanente enigma que é a vida". 27
O fotojornalismo de Luis Hum be rt o, diante dos censores, impostos pela
ditadura militar que aterrorizou o país p o r mais de vinte anos, que se ca
racterizavam c o m o "especialistas" nas letras, mas analfabetos n o código
visual, é sutil e inteligente e, sem dúvida, destacou-se p o r sua competên
cia técnica e perspicácia política. C o m elegância e sagacidade, ele desven
dou a estética d o poder n o regime militar e muito contribuiu para que a
fotografia se tornasse u m poderoso instrumento d e informação. Tudo isso
p o r q u e Luis H u m b e r t o acredita q u e a imagem t e m a força q u e p e r m i t e
a o leitor a reflexão, fundamental e necessária, p a r a p e r c e b e r qualquer
possibilidade d e m udança.
D e s d e o inicio da década d e 70 p o d e m o s destacar u m a série d e iniciativas
q u e vão incrementar ainda mais a atividade fotográfica n o Brasil. E m São
Paulo, u m d o s p o n t o s d e ebulição visual f o i a criação da escola Enfoco,
dirigida p o r C l ô d e Kubrusly, q u e dividia c o m M a u r e e n Bisilliat as pri
meiras viagens transgressoras d o fazer fotográfico. O u t r o p o n t o ativo
dessa época foi o Masp, q u e abrigava cursos d e linguagem e técnica, orien
tados p o r Cláudia Andujar e G e o r g e Love. As duas iniciativas t r o u x e r a m
a dinâmica d e t rabalho centrada e m oficinas e leituras d e portfolio, ofici
nas d e sensibilização, práticas q u e surgiram simultaneamente n a Europa e
nos Estados Unidos. C o m o sintetizou George Love, " o p rocesso d e apren
dizado culminava c o m a descoberta da fotografia c o m o f o r m a d e expres
são pessoal". 28
N o final da década d e 70, a fotografia brasileira passa p o r u m novo ciclo
d e reconhecimento e organização. E m São Paulo, surgem várias iniciati
vas privadas, e n t r e elas a Fotogaleria Fotóptica, Galeria Álbum, Galeria
Fuji, e as iniciativas dos espaços institucionais c o m o o Museu d a Imagem
e d o Som, o Gabinete Fotográfico, n a Pinacoteca d o Estado, e exposições
mais regulares n o Masp. A crítica d e fotografia Stefania Bril (192 2-92), d o
jornal 0 Estado de São Paulo, organizou e m julho d e 1978, o I Encontro Fo
tográfico d e Campos d e J ordão (SP), trazendo para o Brasil, aos moldes
das experiências européias, a primeira iniciativa d e discussão d a técnica e
linguagem p o r m e i o d e oficinas.
N o R io d e Janeiro, p o d e m o s destacar a criação da Galeria Luz e Sombra
e , finalmente, a criação d a Funarte (Fundação Nacional das A r t e s , d o
Ministério d a Cultura), q u e abrigou o Núcleo d e Fotografia (embrião d o
f u t u r o Instituto Nacional d e Fotografia) e a Fotogaleria, inaugurada e m
1979 c o m a 1 Mostra d e Fotografia Nossa Gente, exposição coletiva q u e
pretendia, novamente, reencontrar nossa identidade.
Ainda n a década d e 70, tivemos u m boom d e publicações: a tradicional
revista Iris (que circulou de 1947 até 1998); as experiências das revistas
Fotografia (com início e m 1971 e duração d e treze edições), de São Paulo,
e Photo Camera (com início e m 1979 e duração d e doze edições), d o Rio
de Janeiro; e a revista Fotóptica, de São Paulo, que teve duas fases b e m
diferenciadas, e que encerrou suas atividades n o final dos anos 80, Devi
do às dezenas d e edições d e livros autorais, publicadas n u m espaço de
quinze meses, Moracy de Oliveira elegeu o ano d e 1978 como o Ano I d o
livro d e fotografia n o Brasil, emblemático diante das dificuldades d e u m a
produção de alto custo e de qualidade gráfica duvidosa.
I69
e descontrole, onde diferentes sinais e interferência são registrados c o m
a simples intenção de "ver" os sinais eletrônicos n u m suporte fotoquímico.
O acaso e os imprevistos produzem imagens fotográficas c om diferentes
cores e texturas, c o m estranhos alongamentos e distorções. C o m o n u m
princípio de colagem e montagem aleatória, Fadon consegue criar u m
mundo visível cujo resultado é uma trama, u ma superposição de retíeulas,
tomadas e m diferentes aproximações.
Nessa mesma perspectiva experimental, encontra-se o trabalho d e Kenji
Ota, c o m resultados semelhantes, à medida que contempla e incorpora o
acaso na imagem final, mas com processos completamente diferenciados.
Enquanto Fadon desenvolve sua pesquisa c o m as novas tecnologias, Kenji
O t a caminha e m direção contrária, ao pesquisar os processos primitivos
de registro e impressão de fotografias.
O m u n d o imagético d e Kenji O t a é o m u n d o da sensibilidade e da ex
perimentação. Ele explora o suporte e a superfície, gêneros e processos,
equilíbrio e form a s, cores e luzes. Circunstâncias naturais para q u e m
c o m o ele r o m p e c o m as regras e subverte a noção d e mímese, explo
r a n d o os m o d o s alternativos d e configuração fotográfica. Stefania Bril
afirmou q ue "a precisão e o saber técnico estão presentes e m toda a obra
d o Kenji. A necessidade d e perfeição e a curiosidade da interpretação
plástica são visíveis n o desenvolvimento da pesquisa o n d e o artista volta
às origens da fotografia, usando os processos da goma bicromatada, bro-
móleo, cianótipo". 4 7
A aliança com o descontínuo e o irregular, gerado pelos modos artesanais
da encolagem e d o emulsionamento da película sensível, dá lugar à for
mação de vários ruídos — manchas, metalizações excessivas, marcas de
sensibilização, cromatização aleatórias — , q u e são incorporados à imagem
e passam a ser também elementos constitutivos que evidenciam o proces
so. A descontinuidade da superfície fotográfica somada ao uso d e papel
artesanal d e formação n ão homogênea (distribuição irregular da polpa),
criam efeitos enfáticos de materialidade e fisicalidade n a imagem.
Kenji O t a , fugindo d e todas as regras que determinam a imagem fotográ
fica convencional, busca e m seus procedimentos u m conjunto d e ações,
ou melhor, u m a trama d e sutilezas que se interpenetram, que se mistu
r a m e se desmancham, q u e são processadas e reprocessadas, e tratadas
muitas vezes c o m tamanha liberdade, q u e expande não só o t e m p o d o
fazer fotográfico, como os limites da própria fotografia.
Finalmente, destacamos os trabalhos de Mario Cravo N e t o e Miguel Rio
Branco, ambos c o m origem nas artes plásticas — escultura e pintura,
respectivamente — e n o cinema, e reconhecidos n o Brasil e n o exterior
p o r sua produção fotográfica.
Mario Cravo N e t o centrou seu trabalho nos retratos, e m geral c o m u m ar
de estranhamento, para incitar a imaginação do leitor a descobrir o outro,
apenas parcialmente revelado. Ele prefere concentrar sua visão na deli
cadeza dos fragmentos d o corpo e nos elementos que eles sustentam, os
quais, iluminados, conferem à imagem u m ar ritualístico. Para o crítico
Casimiro Xavier de Mendonça, "seus retratos, na verdade ensaios, indi
cam que, em muitos anos, a fotografia é apenas u m meio, u m suporte para
u m investimento visual. Porque, n o caso d e Mario Cravo N e t o , a foto
grafia não é reportagem, não é narrativa, pode ser documental e antro
pológica, mas t e m carga dramática." 48
Seus personagens são expostos nas baixas luzes, n o enquadramento fechado
e foco crítico, elementos que pontuam e caracterizam sua sintaxe. Demons
tram ainda, quase sempre, a cxistência de uma intimidade, que mantém o
mistério e a força interior dos retratados. Cravo Neto acredita que todo tra
balho criativo t e m u m fundo místico, ou seja, uma relação do h omem com
o desconhecido, com o imponderável. Com admirável capacidade de pro
dução, ele nos permite transitar por entre o imaginário sagrado e profano,
e esquecer do abismo que nos separa da idéia conceituai do "real".
Com uma outra postura Miguel Rio Branco elabora u m trabalho que trata
de evidenciar a expressão catastrófica dos nossos dias, através de uma
atmosfera tensa e dramática, e u m interesse pelas tradições pictóricas e
pelas ambigüidades de t empo e lugar. Ele atrai u m tipo raro de beleza que,
segundo Moracy de Oliveira, é "a beleza da fotografia assumindo sem culpa
a sua própria linguagem e resgatando a vida sem se contentar e m apenas
descrevê-la. Luz, cor, composição não são usadas como meros simulacros
estetizantes d o real, e sim como elementos dinâmicos, criadores de climas
transitórios, agressivos, sensuais. O fotógrafo amplia a realidade e m visões
rápidas para devolvê-la sob forma de sensações fragmentadas, de frases
interrompidas que nunca se completam, de imagens tensas e provisórias". 49
Rio Branco t e m consciência de que usa a luz e a cor como linguagem e
como fatores determinantes da dramaticidade da imagem para destacar o
conteúdo social e despertar o observador. Tudo e m seu trabalho t e m essa
presença instável, tensa e precária. Limítrofe. Nada de situações onde a
técnica predomina sobre a linguagem, retirando a emoção da realidade
prestes a explodir. Sua opção é estimulante, pois enfatiza o sentir e o pen
sar ao produzir a imagem. Para o crítico Frederico de Morais, ele "usa a fo
tografia como o caderno de anotações, em que a emoção do momento vem
associada à consciência crítica, em que o acaso é integrado n o processo cria
dor. Não o desenho acabado, o contorno rígido, mas o croquis, a anotação
gráfica". 50 C om essa imprecisão, Miguel quer chegar a uma fotografia mais
despojada de manipulação, a uma visão mais direta, mais plástica.
A fotografia brasileira recebeu, a partir da década de 8o, u m grande impul
so; se fortaleceu e se revelou para o cenário internacional depois daTrienal
de Fotografia (1980) e da Quadrienal de Fotografia (1985-), realizadas pelo
MAM de São Paulo; do aprendizado das Semanas Nacionais de Fotografia,
organizado pelo Instituto Nacional d e Fotografia, que circulou p o r seis
estados brasileiros, tentando mapear e incrementar a produção regional;
dos Colóquios Latino-americanos realizados e m Cuba e México; das
exposições internacionais 51 que consagraram a fotografia brasileira como
uma das melhores do mundo, inclusive e m publicações internacionais.
A partir d o final da década d e 80, revistas especializadas publicadas n o ex
terior passaram a abrir suas páginas para a fotografia brasileira. A belga
Clichês, p o r exemplo, e m 198^, posicionou a fotografia do Brasil entre as
sete melhores d o m undo; a alemã European Photography, n o m e s m o ano,
classificou-a entre as cinco melhores d o mundo; e m 1986, a revista fran
cesa Zoom, quebrando u m ineditismo e m sua história, dedicou dois
números seguidos à fotografia brasileira, enquanto a americana Popular
Photography destacou a excelência dos nossos fotógrafos. E m abril de
1996, a francesa Photo produziu u m n ú m e r o especial sobre a fotografia
brasileira e, e m abril d e 1998, foi a vez da americana Art in America de
dicar uma longa reportagem sobre a fotografia n o Brasil.
Iniciamos a década de 90 com muito entusiasmo e a certeza d e estarmos
sintonizados c o m o melhor da produção fotográfica contemporânea. Nos
últimos anos, os museus, curadores e pesquisadores voltaram seus es
forços para a produção fotográfica da América Latina, e o Brasil t e m se
destacado p o r sua diversidade técnica e temática', mas principalmente p o r
sua qualidade. Diversas iniciativas foram tomadas para dar continuidade
ao movimento da fotografia n o Brasil, travando u m diálogo c o m fotó
grafos e instituições do exterior.
E m 1986, o MAM d o Rio d e Janeiro inicia a Coleção W h i t e Martins e o
projeto de aquisição e acervo d e fotografia brasileira dos séculos x i x e
x x . E m São Paulo, o Masp, e m parceria c o m a iniciativa privada, pro
moveu e m 1991, na gestão d e Fábio Magalhães, a coleção Pirelli-Masp d e
fotografia brasileira contemporânea, que atualmente encontra-se na sua
1 2- edição e conta com 700 fotografias e i 8ç fotógrafos. O Instituto Mo
reira Salles, de São Paulo, na década d e 90, aumentou sua ação na área d e
fotografia, incorporando à sua coleção os acervos d e Hildegard Rosenthal
e Madalena Schwartz e fotografias d e Vicenzo Pastore, Claude Lévi-
Strauss e Juca Martins. Recéntemente adquiriu as coleções de Pedro Cor
rêa d o Lago e d e Gilberto Ferrez, transformando-se n o maior centro de
referência da fotografia brasileira d o século x i x . Além dessas iniciativas,
consideramos relevante a ação d o MAM de São Paulo e da Fundação Cul
tural Cidade de Curitiba, que também tiveram u m i ncremento significa
tivo e m suas coleções de fotografias.
E m São Paulo, surge o N A F O T O (Núcleo dos Amigos da Fotografia), 52
g r u p o independente q u e organizou entre 1993 e 2001 o evento Mês
Internacional da Fotografia, realizando, a cada edição, dezenas d e
exposições, workshops, leituras d e portfolio, reunindo artistas, curadores
e organizadores d e eventos similares e m outros países. O g r u p o t e m
c o m o principais objetivos valorizar, divulgar e inserir a fotografia
brasileira n o cenário da produção internacional, estimular a educação
1 7 3
através da atividade fotográfica e estabelecer relações permanentes com a
fotografia latino-americana.
Ainda e m São Paulo, o grupo Panoramas da Imagem 53 organizou palestras
e workshops, com fotógrafos brasileiros e estrangeiros, além de realizar
várias edições da exposição Novíssimos, que selecionava artistas jovens
com produção diferenciada n o cenário contemporâneo. Na cidade de
Curitiba, Paraná, entre 19966 2000, foi realizada a Bienal Internacional de
Fotografia, 54 patrocinada pela Fundação Cultural Cidade de Curitiba, que
encerrou melancolicamente sua trajetória devido aos desacertos políticos
partidários. Mais uma vez as preferências políticas influenciaram decisiva
mente num projeto cultural de envergadura e, infelizmente, os apelos e as
tentativas de se buscar soluções para a continuidade foram inúteis e
tornaram transparentes as relações entre poder público e política cultural,
pois nossos políticos desconhecem qualquer possibilidade de diálogo já que
não têm compromisso com a formação cultural e com a cidadania.
A quarta geração d e fotógrafos desta exposição, cujos trabalhos cresce
r a m e se consolidaram nos últimos anos, como proposta diferenciada e
articulada com a linguagem contemporânea, dividem-se e m dois grupos:
n o primeiro, encontram-se Luiz Braga e Elza Lima, d e Belém d o Pará,
Tiago Santana e Celso Oliveira, de Fortaleza, Valdir Cruz, de Curitiba, Ed
Viggiani, d e São Paulo, que tratam a fotografia como linguagem portado
ra de idéias culturais próprias e buscam novos paradigmas para a
fotografia documental, distanciada da tradição purista tentando criar u m
visual desconcertante; n o segundo, Cássio Vasconcellos, Gal Oppido e
Rubens Mano, de São Paulo e Eustáquio Neves, de Belo Horizonte, que
trabalham construindo suas referências, produzindo colagens e monta
gens, manipulando seu produto final, reutilizando negativos esquecidos
n o tempo. Em lugar de tentar reproduzir o mundo, o interesse está e m
construir a representação de algo que não p o d e ser fotografado.
Chamamos de nova fotografia documental aquela que, apesar de registrar
"a realidade" sob u m ponto de vista, inteligente e sensível, politizada na
forma e n o conteúdo, faz emergir nossa identidade com u m novo vigor.
Para Ângela Magalhães e Nadja Peregrino, "entre as tendências significativas
que aparecem n o fotojornalismo brasileiro contemporâneo insere-se a
fotografia ligada a temáticas regionais. Em trabalhos de diversos artistas —
de n o r te a sul do país — funda-se u m ciclo entre raízes populares e a busca
de identidade do canto de nascença. Assim, com sua produção, estes artistas
reafirmam seus lugares de origem, fazendo uma ponte entre o regional e o
universal, do documental à formulação consciente das questões estéticas". 55
E o caso dos fotógrafos Celso Oliveira e Tiago Santana que encontraram na
fotografia uma maneira intensa de convivência. Em pleno fogo dos aconteci
mentos, em cenários absolutamente místicos, eles "lado a lado vivenciam
desde 1990 a experiência partilhada, produzindo, comentando, editando e
expondo juntos suas imagens. Na questão religiosa, p o r exemplo, a sedi
mentação de certos ícones do ritual católico de Juazeiro do N o r t e , Estado
do Ceará — a devoção mística ao 'Padinho Cícero', a figura do romeiro, o
simbolismo dos ex-votos — revela que o discurso das festas religiosas per
mite surpreender uma perspectiva da estrutura social onde o foco são simul
taneamente os valores locais e universais. [...] As festas religiosas, assim, p o r
colocarem lado a lado, n u m mesmo momento, o povo e as autoridades, os
santos e os pecadores, os homens sadios e os doentes, atualizam e m seu dis
curso uma sistemática neutralização de posições, grupos e categorias sociais,
exercendo uma espécie de pax catholica" .S6
Mas o trabalho torna-se diferenciado à medida que as imagens são regis
tradas c o m inusitados planos e m rigorosa composição, assombrando o
leitor à primeira vista. São imagens criadas p o r u m confuso espaço de luz
e sombra, d e limites incertos e volumes ambíguos o u de desencontro d e
planos heterogêneos que obrigam o observador ao desconforto da visão
fragmentada. Essa inquietação e esse procedimento combinatório estão
relacionados c o m suas características visuais: preferência pelo uso d o
equipamento 3^ m m e lente d e foco longo para p o d e r elaborar os vários
planos d e u ma ação simultânea.
O fotógrafo e coordenador d o movimento FotoAtiva, de Belém, Miguel
Chikaoka, e m depoimento relativo à exposição Q u e m Somos Nós, desta
ca, além da grandeza com que desenvolvem seus trabalhos, o emocionante
senso d e fraternidade de Celso e Tiago. Essa isenção aparente c o m que
realizam suas fotografias, enaltecendo e respeitando o cidadão brasileiro
e m seu m o m e n t o d e participação e fé, evidencia e expressa u m humanis
m o , absolutamente novo na fotografia brasileira.
O s trabalhos mais próximos aos desses dois autores são os de Ed Viggiani e
Elza Lima, que, vivendo em outros contextos regionais, desenvolvem uma
fina sintonia política e estética com Celso Oliveira e Tiago Santana. Ed Vig
giani constrói sua fotografia a partir do movimento e das desconexões do
cotidiano, sagrado ou profano. Enfrentando as múltiplas direções que se
abrem para o flagrante, ele imobiliza a cena com total imprecisão visual.
Elza Lima, com seu trabalho centrado n o povo da região amazônica, t e m
a incomparável qualidade de buscar, com respeito às tradições religiosas,
as situações e m que o "momento decisivo", aliado à eloqüência da cena,
permite reinventar a paisagem. U m universo desconhecido e mágico que
se abre para a nova fotografia documental, porque traz a desconcertante
idéia d e resgatar a pureza d o real, ao trabalhar, na verdade, e m outra
dimensão, na "sintoma do espanto". 57
C o m força e estilo, Elza Lima realiza, segundo Luís H u m b e r t o , "uma
fotografia identificada pela ousadia com q u e navega pelos espaços esco
lhidos. Seu olhar é enviesado e vai buscar interesse e m ocorrências e per
sonagens que habitam o segundo plano, conferindo-lhes u ma participação
fundamental nas tramas visuais que ela elabora. [...] Continuam preser
vadas as emoções d e todos, em sua alegria, sofrimento e resignação". 58
Embora seu trabalho também conte c o m o que o crítico Paulo Herken-
hoff chama de "olhar amazônico", 59 caminha e m direção oposta ao d e seu
conterrâneo Luiz Braga, que elabora sua obra baseado na c o r como
função estética predominante.
Apesar d e desenvolver uma temática regional, a fotografia d e Luiz Braga
está sintonizada c o m os movimentos visuais contemporâneos. C o m cores
saturadas e tons harmônicos, ele assume u m a fantástica visão, apreendida
c o m respeito e encantamento. Experimental na técnica e clássico n o
enquadramento, Braga é o artista atento, que registra a região amazônica
e seu habitante sem o exotismo d o olhar estrangeiro.
Trabalhando a cor com domínio, síntese e maturidade, ele consegue evi
denciar uma luz misteriosa que estimula a imaginação. O confronto da luz
natural com luz artificial registra a ambigüidade do momento da passagem
da luz do dia para a luz da noite, e provoca a incômoda sensação de se ques
tionar as fronteiras entre realidade e ficção. A ausência de filtros corretivos
para balanceamento das cores, as exposições prolongadas, e outros "aci
dentes" são incorporados para transformar a paisagem banal numa imagem
assumidamente manipulada, que potencializa a subjetividade da cor na
interpretação fotográfica. O filme, codificado para efetuar uma determina
da operação, quando tem sua lógica desobedecida, registra o mundo visível
com cores saturadas, impossíveis de serem captadas pelo olho humano. Isso
provoca estranhas sensações n o observador diante de uma fotografia de luz
misteriosa, que estimula a imaginação. São instantes atemporais plasmados
na inquietação da solidão da luz crepuscular.
Valdir Cruz, desde 199 ç, realizou dezenas de viagens ao n o r t e d o Brasil,
na fronteira com a Venezuela, que resultaram e m uma extensa documen
tação sobre a vida dos índios Yanomami, na região amazônica, sobretudo
sobre sua precária condição de saúde, desde o contato com os minera-
dores brancos na corrida ao ouro nos anos 80. C o m f o r t e apelo antro
pológico, que comove tanto pela conhecida e ameaçadora situação impos
ta pelos brancos, como pela qualidade fotográfica, as imagens d e Valdir
Cruz representam grupos étnicos ou culturas e m vias d e extinção. Para a
crítica d o NewYork Times, Vicki Goldberg, "será uma das terríveis ironias d o
nosso t e m p o se preservarmos a imagem da floresta tropical e destruirmos
a mata e m si e seus habitantes. Enquanto essa possibilidade paira sobre nós
aqui estão eles, floresta e povo — imagens para deter o olhar e, p o r mais
calmas e belas que possam ser, provocar a apreensão". 60 A experiência d o
olhar é o exercício que o fotógrafo se impôs para salientar a dignidade do
povo e m seus múltiplos aspectos: os rituais, a religiosidade e o ambiente
monumental e rico e m biodiversidade.
A outra tendência da fotografia contemporânea destaca-se pelos trabalhos
d e Cássio Vasconcellos, Gal Oppido, Rubens Mano e Eustáquio Neves,
c o m abordagens técnicas diversas, mas semelhantes p o r desenvolverem
1 7 7
u m a f o t o g r a f i a c o n c e i t u a i i n s t i g a n t e . Suas i n t e r v e n ç õ e s e s t ã o p r e s e n t e s
n o s d i f e r e n t e s p r o c e s s o s d e criação e p r o d u ç ã o das fotografias.
Gal O p p i d o , p r o c u r a c o n s t r u i r a i d e n t i d a d e d o h a b i t a n t e d a c i d a d e d e São
Paulo, u m a m e t r ó p o l e q u e , s e g u n d o e l e , sintetiza t o d a s as raças:
S o m o s sobreviventes. Sobrevivemos a g u e r r a s , p estes, e r u p ç õ e s , travessias
d e igarapés e oceanos, colonizações, disputas p o r caça e t e r r a , g r i p e espa
nhola e perseguições seculares. E aqui estamos. D o s q u e estão aqui, e m São
Paulo, b o a p a r t e p e r t e n c e a u m a linhagem d e sobrevivência q u e p resenciou
a ocupação desta p o r ç ã o d o planeta p o r h u m a n o s q u e atravessaram o Atlân
tico. S o m o s t o d o s africanos. M e s m o q u e o s deuses f o s s e m astronautas, o
c a m p o d e p o u s o s e g u n d o r e c e n t e s estudos, f o i n a Africa, e daí alguns fin
c a r a m m o r a d i a e o u t r o s investiram e m viagens e n c o n t r a n d o o u t r a s
c o n d i ç õ e s geo-climáticas q u e r e m o d e l a r a m seus físicos, p u x a n d o olhos,
c l a r e a n d o p e l e e olhos, o u seja, a l t e r n a n d o p a r t e d e sua gramática
fisionômica e m f u n ç ã o das solicitações d e seus n o v o s habitats. São Paulo
talvez seja u m d o s sítios c o m mais vocação p a r a r e u n i r a t u r m a d o c o m e ç o
(aquela d a Africa), t e n d o c o m o anfitrião, o índio. O n d e estáWally?! O n d e
está o índio p o r t u g u ê s , a fricano, italiano, p o l o n ê s , holandês e alemão? Está
aí, ó , n a nossa cara, n o n o s s o c o r p o , o c u l t o n e s ta taba u r b a n a . 6 1
Seu c o n h e c i m e n t o e intimidade c o m a linguagem fotográfica p e r m i t i u q u e
ele acumulasse i n ú m e r o s f r a g m e n t o s p a r a , mais t a r d e , e m p r o c e s s o aditivo
a p a r t i r d e d i f e r e n t e s i magens, p r o p o r u m a síntese d o habitante d a cidade
d e São Paulo. S o m o s u m país d e múltiplas identidades o u aceitamos todas
as identidades? O p p i d o questiona nossas idiossincrasias e , c o m imagens d e
g r a n d e f o r m a t o , e x p l o r a a o m á x i m o n o s s o multiculturalismo, c o n s t r u i n d o
u m a " realidade" p a r a fotografá-la. A p a r t i r d e u m g r a n d e acetato transpa
r e n t e e p o r p r o c e d i m e n t o s d e colagem e m o n t a g e m , inicia a p r o d u ç ã o d e
sua m a t r i z . Sobre a i m a g e m principal, o r e t r a t o d o p e r s o n a g e m , ele m o n t a ,
p e r i f e r i c a m e n t e , o u t r a s i m a g e n s q u e v ã o a g r e g a n d o significados a o c o n
junto.N
u m processo d e justaposição, as tiras d e positivos e negativos, p r o
duzidas d u r a n t e o ensaio, e várias o u t r a s sobras, relativizam a história d o
p e r s o n a g e m e evidenciam a síntese d o h a b i t a n t e d a cidade d e São Paulo.
U s a n d o estilete, fios d e silicone, fitas adesivas, filtros, canetas, negativos e
positivos d e diferentes padrões, textos e manuscritos, O p p i d o constrói sua
obra c o m o se estivesse produzindo u m grande fotograma.
N a série Panorâmicas, selecionada p a r a a exposição, Cássio Vasconcellos,
aplicando fitas adesivas transparentes e m seus negativos esquecidos n o
arquivo, p r o c u r a fazer c o r t e s precisos p a r a horizontalizar suas imagens,
q u e evidenciam u m a melancólica atmosfera c onte mporâ ne a n a r elação d e
escala, para minimizar a presença h u m a n a n a esfera d o cotidiano. A cria
ção dessas imagens "panorâmicas" s u r p r e e n d e p ela simplicidade, pela falta
d e perspectiva, p ela paisagem recriada n o negativo selecionado e ma nipu
lado. U m olhar perspicaz e delicado q u e é m a r c a d o pela diferença, q u e
ignora a obviedade. P o r q u e n ã o p o d e m o s negar a realidade, n ã o p o d e m o s
f u g i r d o s eu fascínio.
Ele reviu suas p r ó p r i a s fotografias c o m u m a lupa e u m a máscara q u e
r e c o r t a u m a fotografia antes condenada a o esquecimento. D o f r a g m e n t o
saltou u m a i m a g e m q u e ganhou u m a t e x t u r a , produzida c o m fitas adesi
vas, e ampliou-a. Nesse processo d e recriação, d e r e d e s c o b e r t a d e novas
fotografias d e n t r o d e velhas fotografias, Cássio inaugura u m n o v o p r o
c e d i m e n t o p a r a seu trabalho m a d u r o , u m d o s m a i s consistentes n a
fotografia brasileira c o n t e m p o r â n e a . Ele a p r o f u n d a sua experimentação,
c r i a n d o imagens q u e se articulam pelos equilíbrios precários, pelas
assimetrias q u e fascinam e pelas tessituras estranhas e imperfeitas cons
t r u í d a s p e l o acaso d a aderência irregular d e fitas adesivas calcadas n a
matriz-negativo p a r a r e f o r ç a r a materialidade d e u m a p aisagem desejada.
Rubens Mano sabe q u e a fotografia exposta ao olhar d o o u t r o p o d e ganhar
novas significações. Entre o frágil referente indiciai da fotografia e sua pos
sibilidade de difundir sonhos e desejos, ele v e m trabalhando na direção d e
fragilizar cada vez mais o real para construir, o u m elhor, para m o n t a r u m a
narrativa q u e se apreende na leitura d o conjunto p roposto. N ã o mais u m a
imagem isolada, mas trata-se d e celebrar a visão n u m conjunto, e a partir
da leitura dos espaços e d o vazio. U m a fotografia q u e amplia a experiência
d o ver u m a vez q u e d o c u m e n t a a desconstrução d e u m real, a demolição
d o objeto q u e lhe d e u a compreensão da dimensão estética.
O p r o j e t o d e instalação apresentado nesta exposição, segundo o artista,
1 7 9
"atua n o interior dos processos de alteração da paisagem urbana da cidade
de São Paulo. Através de intervenções e m edificações prestes a serem
demolidas, proponho a presença d e intervalos, pequenos lapsos d e t e m p o
que irão constituir uma ação arquitetônica efêmera e silenciosa, fixada nas
fissuras destas transformações". 6 2
Finalmente, temos Eustáquio Neves, que, partindo também da duração
expandida da experiência d o visível, prefere não acreditar apenas e m u m
registro da câmera fotográfica, e produz imagens carregadas d e outras
imagens, que ampliam significativamente a percepção. Estamos acostu
mados c o m o excesso de imagens superpostas, c o m índices que nos
r e m e t e m a uma narrativa cinematográfica e televisual. Ele sabe construir
e inovar a partir d e dezenas de fragmentos, propondo uma superposição
e acumulação, às vezes desconexas, mas relacionadas à questão da identi
dade negra. Essa série Arturos 6 3 constitui talvez u m a das maiores novi
dades da estética fotográfica brasileira dos anos 90.
N o trabalho d e Eustáquio Neves a imagem se liberta de sua submissão à
beleza. A montagem é ruidosa, dissonante, quase sonora, pois as interfe
rências reverberam como signos erráticos d e uma fotografia que não traz
grandes evidências, apenas elementos sensíveis q u e imediatizam nossa
percepção, que p õ e m e m jogo idéias, recordações e sentimentos, todos
eles determinados p o r diferentes experiências d e vida. Sua criatividade é
expressa nesse fazer difuso, descontinuado, espontâneo, que possibilita ao
espectador incríveis experiências d e apreensão visual. Esse sofisticado
jogo elaborado pelo artista torna sua fotografia uma ousada manifestação,
não só dos problemas sociais e políticos que assolam o país, como tam
b é m se oferece c omo uma discussão da estética fotográfica.
Esses fotógrafos vivem o trauma da mudança da tecnologia dos suportes,
na qual a imagem fotoquímica vem sofrendo ameaças de toda ordem. A
partir da leitura social do seu entorno, e m lugar de tentar representar o
mundo com base nas suas referências, almejam construir uma represen
tação de algo que não pode ser imediatamente reconhecido. Enfim, o que
vale é simular p o r imagens, tentando apagar as diferenças entre o real e o
imaginário, entre o ser e a aparência. Procuram, com liberdade, a inven
ção, o imponderável, assumindo os imprevistos, os ruídos, para abrir u m
campo de possibilidades para a leitura da descoberta e da surpresa.
As mais recentes incursões pela fotografia brasileira revelam q u e os artis
tas, na procura de u m outro olhar, estão sintonizados com a idéia de que
a norafotografia se distingue conceitualmente da tradicional, já que, hoje,
a ênfase não reside mais e m "tirar" fotografias, mas "fazer" fotografias.
Para produzir a nova fotografia, o artista deve questionar a idéia d e que a
fotografia é u m paradigma da veracidade. Hoje, n o contexto contem
porâneo, a fotografia parece t e r atingido a maioridade, aspira à plenitude
d o fazer e se quer liberada da tarefa massificante de simplesmente du
plicar o real. Trilhando esse caminho é que vem surgindo a novafotografia,
extremamente atrativa e questionadora, e buscando sempre o p o n t o d e
tensão entre o sensível, o dramático e o experimental.
Cada vez mais, os profissionais t ê m percebido que a fotografia ocupa o
m u n d o contemporâneo das imagens produzidas e m abundância. U m a
imagem que se destaca da mesmice e carrega a centelha da transfor
mação, capaz de estimular o leitor a refletir sobre aquilo que vê. É com
essa perspectiva que apresentamos este conjunto d e imagens, u m dos
mais expressivos que se produziram n o país nas últimas décadas.
[Rubens Fernandes Junior]
Notas
1 M á r i o d e A n d r a d e , Klaxon, n . i . São P a u l o : 1 9 2 2 , p . 2 .
2 Telê A n c o n a L o p e z , Mário de Andmdeifotógrafo e turista aprendiz. São P a u l o :
I n s t i t u t o d e E s t u d o s Brasileiros / U S P , 1 9 9 3 , p p . 1 1 1 - 1 5 .
3 E m 1 9 4 Í , c r i o u - s e o D e p a r t a m e n t o d e C i n e m a , e o n o m e f o i a l t e r a d o p a r a
F o t o C i n e C l u b e B a n d e i r a n t e .
4 V e r " A Revista S.Paulo: a c i d a d e n a s b ancas", d e R i c a r d o M e n d e s . Imagens, n . 3 .
C a m p i n a s / S ã o P a u l o : 1 9 9 4 , p p . 9 1 - 9 7 .
j H a n s G e o r g R i c h t e r , Dada: arte e antiarte, t r a d u ç ã o d e M a r i o n Fleischer.
São P a u l o : M a r t i n s F o n t e s , 1 9 9 3 , p .
6 H e l o u i s e C o s t a e R e n a t o R o d r i g u e s , A fotografia moderna no Brasil. R i o d e J a n e i r o :
E d . U F R J / F u n a r t e , 1 9 9 ^ , p p . 4 4 - 4 ^ . [ e d i ç ã o b r a s i l e i r a : C o s a c & N a i f y , n o p r e l o ]
7 P i e t r o M a r i a B a r d i , C a t á l o g o d a e x p o s i ç ã o F o t o F o r m a s . S ã o P a u l o : M a s p , 1 9 J 0 .
8 V e r " G e r a l d o d e B a r r o s : 1 9 2 3 - 9 8 " , d e R u b e n s F e r n a n d e s j u n i o r . Iris, n . j i j .
S ã o P a u l o : 1 9 9 8 , p . 4 0 .
9 L u c r e c i a D ' A l e s s i o F e r r a r a , A estratégia dos signos. São P a u l o : P e r s p e c t i v a , 1 9 8 1 , p . 3 9 .
10 A r l i n d o M a c h a d o , A ilusão especular: introdução àfotografia. São P a u l o : Brasiliense,
1 9 8 4 , p p . 1 1 2 - 1 3 .
11 P a u l o H e r k e n h o f f , " F o t o g r a f i a : o a u t o m á t i c o e o l o n g o p r o c e s s o d e m o d e r n i d a d e " ,
i n : Sete ensaios sobre o modernismo. R i o d e j a n e i r o : F u n a r t e , 1 9 8 3 , p . 4 ^ .
1 2 P a u l o F l e r k e n h o f f , " A e s p e s s u r a d a l u z — a F o t o g r a f i a b r a s i l e i r a c o n t e m p o r â n e a " ,
i n : C a t á l o g o d a e x p o s i ç ã o d e f o t o g r a f i a n a F e i r a d e F r a n k f u r t , 1 9 9 4 , p . 4 9 .
13 H e l o u i s e C o s t a , " U m o l h a r q u e a p r i s i o n a o o u t r o : o r e t r a t o d o í n d i o e o p a p e l
d o f o t o j o r n a l i s m o n a r e v i s t a 0 Cruzeiro". Imagens, n . 2 . C a m p i n a s / S ã o P a u l o :
1 9 9 4 , p . 8 4 .
14 A n g e l a M a g a l h ã e s e N a d j a P e r e g r i n o , c a t á l o g o d a e x p o s i ç ã o d e J o s é M e d e i r o s ,
R a s t r o s d e L u z , r e a l i z a d a n a G a l e r i a LGC A r t e H o j e . R i o d e J a n e i r o : m a i o d e 1 9 9 7 .
1 ç N a d j a P e r e g r i n o , 0 Cruzeiro: a revolução dajotorreportagem. R i o d e J a n e i r o : D a z i b a o ,
1 9 9 1 , p . 1 0 2 .
16 M o r a c y d e O l i v e i r a , " A c u l t u r a n e g r a e m f o t o s : u m l e g í t i m o a t o d e a m o r " .
Jornal da Tarde, 2 2 d e a b r i l d e 1 9 8 1 .
1
7 J o r g e A m a d o , " O f e i t i c e i r o " , i n : Pierre Verger Retratos da Bahia: 1946 a 1ÇS2-
S a l v a d o r : C o r r u p i o , 1 9 9 0 .
18 W a l t e r F i r m o , " D e M a l t a a o P r ê m i o " , i n Catálogo Prêmio Esso de Fotografia —
2 7 anos defotojornalismo. R i o d e J a n e i r o : 1 9 9 8 , p . 2.
19 O s p r i m e i r o s n ú c l e o s d e a r t i s t a s a b s t r a t o s n o R i o d e J a n e i r o e e m São P a u l o
s u r g e m e n t r e 1 9 4 8 e 1 9 4 9 . O m o v i m e n t o c o n c r e t o d e São P a u l o t e v e i n í c i oe m
1 9 ç 6 ("a p r e c i s ã o d a a r t e n ã o é u m a p r e c i s ã o a r t e s a n a l , m a s d e s i g n i fi c a d o s . P o d e - s e
c o n s t r u i r c o m r i g o r s e m c o n t o r n o s r i g o r o s o s . F o r m a n ã o é c o n t o r n o n e m i n v ó l u
c r o , m a s r e l a ç ã o " , e s c r e v e u W a l d e m a r C o r d e i r o ) . O m o v i m e n t o n e o c o n c r e t o d o
R i o d e J a n e i r o t e v e i n í c i o e m 1 9 ^ 9 ("a e x p r e s s ã o n e o c o n c r e t a i n d i c a u m a t o m a d a
d e p o s i ç ã o e m f a c e d a a r t e c o n c r e t a l e v a d a a u m a p e r i g o s a e x a c e r b a ç ã o r a c i o n a l i s t a "
a f i r m a v a o M a n i f e s t o N e o c o n c r e t o p u b l i c a d o n o Jornal do Brasil). O n e o c o n c r e t i s m o
p e r m a n e c e i n t e r e s s a d o n a e s p é c i e d e p o s i t i v i d a d e q u e e s t á n o c e n t r o d a t r a d i ç ã o
c o n s t r u t i v a — a a r t e c o m o i n s t r u m e n t o d e c o n s t r u ç ã o d a s o c i e d a d e .
20 L e o G i l s o n R i b e i r o , " N a s f o t o s , a p a i x ã o p e l a o b r a d e E u c l i d e s " . / o r n a / da Tarde,
4 d e d e z e m b r o d e 1 9 8 2 .
21 C a s i m i r o X a v i e r d e M e n d o n ç a . Jornal da Tarde, i ç d e j u l h o d e 1 9 7 8 .
2 2 P i e t r o M a r i a B a r d i , " E n t r e o r e a l e o p o s s í v e l íris, n . 2 6 6 . S ã o P a u l o : 1 9 7 4 , p . 9 .
2 3 W a l t e r F i r m o , d e p o i m e n t o a o a u t o r , 16 d e d e z e m b r o d e 1 9 9 7 .
2 4 I d . , " L i r i s m o e m p r e t o e b r a n c o " , his, n . 4 9 3 . S ã o P a u l o : 1 9 9 6 ^ . 4 .
2 j " A r m a r " u m a f o t o g r a f i a n o v o c a b u l á r i o d o f o t o j o r n a l i s m o , é a a r r u m a ç ã o d e
u m a s i t u a ç ã o p a r a a f o t o g r a f i a , e m d e t r i m e n t o d o i n s t a n t â n e o , r e j e i t a d a p e l o s q u e
a c r e d i t a m q u e a m á q u i n a f o t o g r á f i c a n ã o d e v e i n t e r f e r i r n a r e a l i d a d e .
2 6 A r l i n d o M a c h a d o , " O o l h a r e s s e n c i a l d e u m p o e t a d a c â m e r a " . Folha de S. Paulo,
18 d e o u t u b r o d e 1 9 8 4 .
2 7 L u i s H u m b e r t o , " D a p r o f i s s ã o d e f o t ó g r a f o e s e u s e n v o l v i m e n t o s " , i n : Fotografia:
universos Starrabaldes. R i o d e J a n e i r o : F u n a r t e , 1 9 8 3 ^ . 9 1 .
28 G e o r g e L o v e , d e p o i m e n t o a o a u t o r , 1 9 9 2 .
2 9 A A g ê n c i a F - 4 f o i f u n d a d a e m S ã o P a u l o , 1 9 7 9 , p o r N a i r B e n e d i c t o , J u c a M a r t i n s ,
D e l f i m M a r t i n s e R i c a r d o M a l t a . P u b l i c o u d o i s l i v r o s : S é r i e D o c u m e n t o —
3 0O
s R e n c o n t r e s I n t e r n a t i o n a l e s d e la P h o t o g r a p h i e , r e a l i z a d o s n a c i d a d e d e A r i e s ,
F r a n ç a , c a r a c t e r i z a r a m - s e p e l o c o n j u n t o d e a t i v i d a d e s ( p a l e s t r a s , o f i c i n a s , p r o j e ç õ e s ,
e x p o s i ç õ e s ) e p e l a t r o c a d e e x p e r i ê n c i a s e n t r e p r o f i s s i o n a i s e f o t ó g r a f o s i n i c i a n t e s .
3 1 S e m a n a s N a c i o n a i s d e F o t o g r a f i a d a F u n a r t e : 1 9 8 2 , R i o d e J a n e i r o ; 1 9 8 3 , Brasília—DF;
1 9 8 4 , F o r t a l e z a — C e a r á ; 1 9 8 ^ , B e l é m — P a r á ; 1 9 8 6 , C u r i t i b a — P a r a n á ; 1 9 8 7 , O u r o
P r e t o — M i n a s G e r a i s ; 1 9 8 8 , R i o d e J a n e i r o .
32 N a i r B e n e d i c t o , e n t r e v i s t a a o a u t ò r p u b l i c a d a n a r e v i s t a íris, n . 4 6 1 . S ã o P a u l o : 1 9 9 3 .
3 3 J u c a M a r t i n s , Antologia fotográfica. R i o d e J a n e i r o : D a z i b a o , 1 9 9 0 .
J a n e i r o : 1 9 9 7 .
3 9 I d . , i b i d .
4 0 S t e f a n i a B r i l , " A s i m a g e n s d e t r ê s a m o r e s u r b a n o s " . 0 Estado de São Paulo,
6 d e s e t e m b r o d e 1 9 8 4 .
4 1 J o a q u i m P a i v a , Olhares refletidos. R i o d e J a n e i r o : D a z i b a o , 1 9 8 9 , p . 8 7 .
4-2 P e d r o Vasquez, Fotografia reflexos e reflexões. P o r t o A l e g r e : L&PM, 1 9 8 6 , p . 3 2 .
4 3 Ver c a t á l o g o Foto/Idéia. São P a u l o : M A C / U S P , 1 9 8 7 .
4 4 C f . N e l s o n B r i s s a c P e i x o t o , Paisagens urbanas. S ã o P a u l o : S e n a c / M a r c a D ' A g u a ,
1 9 9 6 , p . 1 7 4 .
4 6 C a r l o s F a d o n V i c e n t e , t e x t o a v u l s o s o b r e o t r a b a l h o p a r a o a u t o r , m a r ç o d e 1 9 9 8 .
4 7 Stefania Bril, " L u z , s o m b r a , r e f l e x o . E o f o t ó g r a f o v i d e n t e / v i s í v e l " . 0 Estado de
São Paulo, 7 d e j a n e i r o d e 1 9 8 2 .
Bibliografia
Livros
ANDRADE, M á r i o d e . "Fantasias d e u m p o e t a " , i n : Será o Benedito, crônicas do suplemento
em rotogravura de O E s t a d o d e S ã o P a u l o . São P a u l o : E d i t o r a d a P U C , 1 9 9 2 .
et alli. Mário de Andrade fotógrafo e turista aprendiz. São P a u l o : I n s t i t u t o d e E s t u d o s
Brasileiros e U n i v e r s i d a d e d e S ã o P a u l o , 1 9 9 3 .
ANDUJAR, C l á u d i a . Yanomami. São P a u l o : DBA, a g o s t o 1 9 9 8 .
& LOVE, George.Amazônia. S ã o P a u l o : P r a x i s , s . d .
— & RIBEIRO, D a r c y . Yanomami. S ã o P a u l o : P r a x i s , 1 9 7 8 .
BANDEIRA DE MELLO , M a r i a T e r e s a . Arte efotografia: o movimento pictorialista no
Brasil. R i o d e J a n e i r o : F u n a r t e / M i n i s t é r i o d a C u l t u r a , 1 9 9 8 .
BARDI, P i e t r o M a r i a . Em torno da fotografia no Brasil. S ã o P a u l o : B a n c o S u d a m e r i s
Brasil, 1 9 8 7 .
BARROS, G e r a l d o d e . Fotoformas. S ã o P a u l o : R a í z e s , 1 9 9 4 .
iS S
. Geraldo de Barms ig23-igg8 Fotojormas. M u n i q u e : P r e s t e i — Verlag, 1 9 9 9 .
B E N E D I C T O , N a i r . As melhoresfotos/The best photos. S ã o P a u l o : S v e r & B o c c a t o
E d i t o r e s , 1 9 8 8 .
FIRM
o , W a l t e r . Antologia fotográfica. R i o d e J a n e i r o : D a z i b a o , 1 9 8 9 .
. Paris parada sobre imagens. R i o d e J a n e i r o : F u n a r t e , 2 o o 1.
S ã o P a u l o : E d u s p , 1 9 9 7 .
H U M B E R T O , L u i s . Brasília sonho do Império Capital da República. B r a s í l i a : e d i ç ã o
d o a u t o r , 1 9 8 0 .
. Fotografia: universos e arrabaldes. R i o d e J a n e i r o : F u n a r t e / N ú c l e o d e
F o t o g r a f i a , 1 9 8 3 .
Fotografia, a poética do banal. B r a s í l i a : E d i t o r a d a U n B , 2 0 0 0 .
K o s s o Y , B o r i s . Viagem pelo Fantástico. S ã o P a u l o : L i v r a r i a K o s m o s E d i t o r a , 1 9 7 1 .
. " F o t o g r a f i a " , i n : Z A N I N I , W . ( o r g . ) . História Geral da Arte no Brasil. S ã o P a u l o :
I n s t i t u t o W a l t h e r M o r e i r a S a l l e s / F u n d a ç ã o D j a l m a G u i m a r ã e s , v. 2 , 1 9 8 3 .
visual. R i o d e J a n e i r o : G a r a m o n d , 2 0 0 1 .
KUBRUSLY, C l á u d i o A . 0 que éfotografia. S ã o P a u l o : B r a s i l i e n s e , 1 9 8 3 .
L I M A , I v a n ( o r g ) . Sobre fotografia. C o n f e r ê n c i a s n o 1 C i c l o d e p a l e s t r a s S o b r e
F o t o g r a f i a r e a l i z a d on o S i n d i c a t o d o s J o r n a l i s t a s P r o f i s s i o n a i sd o M u n i c í p i o
d o R i o d e J a n e i r o . R i o d e J a n e i r o : F u n a r t e , 1 9 8 3 .
1989.
LOVE, G e o r g e . São Paulo, anotações. S ã o P a u l o : E l e t r o p a u l o , 1 9 8 2 .
M A C H A D O , A r l i n d o . A ilusão especular — introdução àfotografia. S ã o P a u l o : B r a s i l i e n s e /
F u n a r t e , 1 9 8 4 .
. 0 quarto iconoclasmo e outros ensaios hereges. R i o d e J a n e i r o : M a r c a D ' A g u a , 2 o o 1.
MAGALHÃES, A l u i s i o . Cartemas — Afotografia como suporte de criação. R i o d e J a n e i r o :
F u n a r t e / N ú c l e o d e F o t o g r a f i a , 1 9 8 2 .
- R i o d e J a n e i r o : F u n a r t e / C o n a c ( V e n e z u e l a ) , 1 9 9 7 .
E d i t o r e s , 1 9 8 9 .
. Luzes da cidade. S ã o P a u l o : D B A , 1 9 9 6 .
. São Paulo. S ã o P a u l o : E d i t o r a S e n a c , 2 0 0 0 .
M E N D E S, R i c a r d o & CAMARGO, M o n i c a J u n q u e i r a d e . Fotografia — cuhma éfotografia
paulistana no século XX. S ã o P a u l o : S e c r e t a r i a M u n i c i p a l d e C u l t u r a , 1 9 9 2 .
M O N F O R T E , L u i z G u i m a r ã e s . Fotografia pensante. S ã o P a u l o : S e n a c , 1 9 9 7 .
NOVAES, A d a u t o ( o r g . ) . 0 olhar. S ã o P a u l o : C o m p a n h i a d a s L e t r a s , 1 9 8 8 .
D i s c o s e E d i ç õ e s , 1 9 8 8 .
. Dieux d'Afrique. Cuke de Orishas etVodouns à I'ancienne Cote des Fsclaves en Ajrique
et à Bahia, Ia Baie deTous les Saints au Brésil. P a r i s : R e v u e N o i r e , 1995".
Catálogos
o u t u b r o 1 9 9 Í .
C H I A R E L L I , T a d e u . AJotogiaJia contaminada. S ã o P a u l o : C e n t r o C u l t u r a l S ã o P a u l o ,
o u t u b r o / n o v e m b r o 1 9 9 4 .
. Identidade/Não Identidade — afotografia brasileira atual. S ã o P a u l o : M A M / SP , 1 9 9 7 .
C O U T I N H O , W i l s o n . Tempo do olhar — panorama da fotografia brasileira atual. R i o d e
J a n e i r o : J o r n a l d o B r a s i l / M u s e u N a c i o n a l d e B e l a s A r t e s , a g o s t o 1 9 8 3 .
CRAVO N E T O , M a r i o & M E N D O N Ç A , C a s i m i r o X a v i e r d e . Mario Cravo Neto. S a l v a d o r :
Á r i e s E d i t o r a , 1 9 9 1 .
C R U Z , V a l d i r e G O L D B E R G , V i c k i . Faces of The Rairforest. N o v a Y
o r k , 1 9 9 7 .
F E R N A N D E S , R u b e n s J u n i o r . Carlos Moreira. S ã o P a u l o : M ã s p , 1 9 9 4 .
.Jogo do Olhar, d e L u i z C a r l o s F e l i z a r d o . S ã o P a u l o : M a s p , 1 9 9 4 .
. Descobertas e surpresas na fotografia brasileira contemporânea expandida. S ã o P a u l o :
C a t á l o g o S e m i n á r i o P a n o r a m a s d a I m a g e m , 1 9 9 6 .
.José Medeiros. S ã o P a u l o : I n s t i t u t o C u l t u r a l I t a ú , 1 9 9 7 .
. " O d o c u m e n t o c o m o a r t e " , i n : 0 Brasil de Marcel Gautherot. S ã o P a u l o :
I n s t i t u t o M o r e i r a Sa l l e s, 2 0 0 1 .
. " F o t o g r a f i a n o B r a s i l e m o d e r n i d a d e " , i n : Brasil da antropofagia a Brasília 1920-
IÇSO. S ã o P a u l o : C o s a c & N a i f y , 2 0 0 2 .
F O T O CLUBE B A N D E I R A N T E . Catálogo do 11 Salão Paulista de Arte Fotográfica.
S ã o P a u l o : 1 9 4 3 .
F U N A R T E . C a t á l o g o d o II FotoNorte — Amazônia o olhar sem fronteiras. R i o d e J a n e i r o :
F u n a r t e / M i n i s t é r i o d a C u l t u r a , 1 9 9 8 .
. Catálogos do / FotoNorte, I FotoCentro-Oeste, I FotoSudeste, I FotoSul, p u b l i c a d o s
p e l o I n s t i t u t o N a c i o n a l d e F o t o g r a f i a .
GAUTHEROT, M a r c e l . Retratos da Bahia. S ã o P a u l o : P i n a c o t e c a d o E s t a d o , 1 9 9 6 .
1988.
LEAL, C l á u d i o d e L a R o c q u e . Retrato paraense. B e l é m : F u n d a ç ã o R ô m u l o M a i o r a n a ,
1998.
MAGALHÃES, A n g e l a & P E R E G R I N O , N a d j a . Quem somos nós. F o r t a l e z a : 1 9 9 4 .
MASP-PIRELLI, C o l e ç ã o . C a t á l o g o s p u b l i c a d o s p e l a C o l e ç ã o P i r e l l i - M a s p , d e 1 9 9 1 a
2002.
M E D E I R O S , J o s é . 5 0 anos defotografia. R i o d e J a n e i r o : F u n a r t e / I n s t i t u t o N a c i o n a l
d e F o t o g r a f i a , 1 9 8 6 .
M I R A N D A , G u i l h e r m e J . D
u n c a n d e ( o r g . ) . Catálogo Prêmio Esso:40 Anos do Melhor
em Fotojornalismo. R i o d e J a n e i r o : E s s o B r a s i l e i r a d e P e t r ó l e o , 1 9 9 ^ .
N A F O T O . Identidade II Mês Internacional da Fotografia. S ã o P a u l o : N ú c l e o d o s A m i g o s
d a F o t o g r a f i a , 1 9 9 ^ .
O I T I C I C A , J o s é F i l h o . A ruptura da fotografia nos anos 5 0 . R i o d e J a n e i r o : F
unarte/
I n s t i t u t o N a c i o n a l d e F o t o g r a f i a , 1 9 8 3 .
A r t i g o s / E n s a i o s / ( R e v i s t a s )
d e a r t e , a n o x v i , n ^ i 3 4 - 1 3 ^ . E s p a n a : j u l i o - s e p t i e m b r e 1 9 9 7 .
COSTA, H e l o u i s e . " U m o l h a r q u e a p r i s i o n a o o u t r o . O r e t r a t o d o í n d i o e o p a p e l d o f o t o
j o r n a l i s m o n a r e v i s t a 0 Cruzeiro". Imagens, n . 2 , E d i t o r a d a U n i c a m p , a g o s t o 1 9 9 4 .
. " P a l c o d e u m a h i s t ó r i a d e s e j a d a : o r e t r a t o d o B r a s i l p o r J e a n M a n z o n " ,
Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, n . 2 7 , 1 9 9 8 .
FABRIS, A n n a t e r e s a . " A f o t o g r a f i a a l é m d a f o t o g r a f i a : J o s é O i t i c i c a F i l h o
( 1 9 4 7 - 1 9 9 J ) " . Imagens, n . 8 , m a i o - a g o s t o 1 9 9 8 .
E d i t o r a d a U n i c a m p , m a i o - a g o s t o d e 1 9 9 6 .
M E N D E S , R i c a r d o . " A Revista São Paulo — a c i d a d e n a s b a n c a s " . Imagens, n . 3 ,
E d i t o r a d a U n i c a m p , d e z e m b r o 1 9 9 4 .
. " E n t r e v i s t a c o m L u i g i M a m p r i m " . Revista d'Art, p u b l i c a ç ã o c u l t u r a l d a
D i v i s ã o d e P e s q u i s a s d o C e n t r o C u l t u r a l S ã o P a u l o , n . 1, 1 9 9 7 .
PAVAN, M a r g o t . " A e m u l a ç ã o d o i n v i s í v e l : i m a g e n s d e R o s â n g e l a R e n n ó " .
Imagens, n.j, E d i t o r a d a U n i c a m p , m a i o / a g o s t o 1 9 9 6 .
. " N o v í s s i m o s — a p r o d u ç ã o d o s a n o s 9 0 " . Imagens, m 1, E d i t o r a d a U n i c a m p ,
a b r i l 1 9 9 4 .
P H O T O S P E C I A L B R É S I L . F
r a n c e , n . 3 2 9 , a v r i l 1 9 9 6 .
d e z e m b r o 1 9 9 4 .
SALVATORE, E d u a r d o . Um pouco de história... S ã o P a u l o : B o l e t i m d o F o t o C i n e C l u b e
B a n d e i r a n t e , 1 9 ^ 9 .
V A S Q U E Z , P e d r o ; H
U M B E R T O , L U Í S ; P A I V A , J o a q u i m ; V A R G A S , C
a r m e m R e g i n a d e .
C o l e ç õ e s / R e v i s t a s
C o l e ç ã o d a r e v i s t a Foto Arte, d o R i o d e J a n e i r o
C o l e ç ã o d a r e v i s t a Foto Cine Clube Bandeirante, d e S ã o P a u l o .
C o l e ç ã o d a r e v i s t a Fotografia, d e S ã o P a u l o .
C o l e ç ã o d a r e v i s t a IrisFoto, d a e d i t o r a í r i s .
C o l e ç ã o d a r e v i s t a fotoarte, d e S ã o P a u l o .
C o l e ç ã o d a r e v i s t a Novidades Fotóptica, d e S ã o P a u l o .
C o l e ç ã o d a r e v i s t a O Cruzeiro, d o R i o d e J a n e i r o .
C o l e ç ã o d a r e v i s t a PhotoCamera, d o R i o d e J a n e i r o .
C o l e ç ã o d a r e v i s t a Realidade, d a e d i t o r a A b r i l .
C o l e ç ã o d o s Cadernos de Fotografia d o N ú c l e o d e F o t o g r a f i a d a F u n a r t e , R J .
C o l e ç ã o r e v i s t a Paparazzi, d e S ã o P a u l o .
1 9 1
CRONOLOGIA
1900-10
e m S a i n t L o u i s , EUA, e m 1 9 0 4 .
K o d a k p r o d u z a s p r i m e i r a s c a m e r a s B r o w n i e .
1903 O f o t ó g r a f o A u g u s t o M a l t a f o i c o n t r a t a d o p e l o P r e f e i t o F r a n c i s c o P e r e i r a
P a s s o s , c o m o f o t ó g r a f o o f i c i a l d a p r e f e i t u r a d a c i d a d e d o R i o d e J a n e i r o .
1 9 0 4 I n í c i o d o p r o c e s s o c o l o r i d o A u t o c h r o m e , c r i a d o p e l o s i r m ã o s L u m i è r e
1907 M a r c F e r r e z i n a u g u r a o C i n e m a P a t h é , n a A v e n i d a C e n t r a l ( h o j e R
i o B r a n c o ) .
1908 V a l é r i o V i e i r a é p r e m i a d o n a E x p o s i ç ã o N a c i o n a l d o R i o d e J a n e i r o , c o m u m
p a n o r â m i c o p a i n e l f o t o g r á f i c o d a c i d a d e d e S ã o P a u l o , r e a l i z a d o p o r v o l t a
d e 1 9 0 4 , m e d i n d o 1 1 , 0 x 1 , 4 3 m , e r e c e b e u a m e d a l h a d o G r a n d e P r ê m i o
C e n t e n á r i o d a A b e r t u r a d o s P o r t o s .
n o B r a s i l .
1 9 1 o F u n d a ç ã o d o P h o t o C l u b d o R i o d e J a n e i r o , q u e t e v e p o u c o t e m p o d e a t u a ç ã o .
1 9 0 0 - 0 7 N e s s e p e r í o d o d i v e r s a s p u b l i c a ç õ e s f o r a m c r i a d a s e d e s t a c a v a m a f o t o g r a f i a ,
e n t r e e l a s 0 malho ( 1 9 0 0 ) , Kosmos ( 1 9 0 4 ) , A vida moderna ( 1 9 0 j ) , Fon-Jon ( 1 9 0 6 )
e Careta ( 1 9 0 7 ) .
1911-20
1 9 1 2 M a r c F e r r e z i n t r o d u z n o B r a s i l as c h a p a s a u t o c h r o m e s L u m i è r e , c o l o r i d a s .
1916 F u n d a ç ã o d o P h o t o C l u b H e l i o s , p e l a c o l ô n i a a l e m ã e m P o r t o A l e g r e ,
R i o G r a n d e d o S u l .
1918 P u b l i c a ç ã o d a r e v i s t a Taratodos, q u e v a l o r i z a v a a f o t o g r a f i a c o m o i n f o r m a ç ã o .
1919 V a l é r i o V i e i r a r e c e b e e n c o m e n d a d a P r e f e i t u r a d e S ã o P a u l o p a r a r e a l i z a r
u m p a n o r a m a d a c i d a d e , a m p l i a d o e m p a i n e l d e 1 4 , 2 x 1 , 6 0 m . E s s e p a i n e l ,
r e a l i z a d o e n t r e 1 9 1 9 e 1 9 2 1 , f o i u t i l i z a d on o P a v i l h ã o d e S ã o P a u l o ,
p o r o c a s i ã o d a E x p o s i ç ã o I n t e r n a c i o n a l d o C e n t e n á r i o d a I n d e p e n d ê n c i a ,
n o R i o d e J a n e i r o , e m 1 9 2 2 .
1920 O e n g e n h e i r o q u í m i c o C o n r a d W e s s e l i n a u g u r a a f á b r i c ad e p a p e l
f o t o g r á f i c o , p i o n e i r a n o B r a s i l , a d q u i r i d a p a r c i a l m e n t e p e l a K o d a k n o s
a n o s 3 0 ( K o d a k - W e s s e l ) .
* T e n t a m o s d e s t a c a r os e v e n to s m a i s i m p o r t a n t e s p a r a a f o t o g r a f i a b r a s i l e i r a d o século X X e deste i n í c i o
de n o v o século e s a b e m o s q u e esse e x a u s t i v o t r a b a l h o , a i n d a e m processo e o r g a n i z a ç ã o , n ã o se c o m p l e t a
1923 F u n d a ç ã o d o P h o t o C l u b B r a s i l e i r o , n a c i d a d e d o R i o d e j a n e i r o .
1924 A e m p r e s a a l e m ã L e i t z d á i n í c i o à p r o d u ç ã o e m s é r i e d a s c a m e r a s L e i c a ,
q u e t e v e p a p e l d e c i s i v o n a c r i a ç ã o d e u m a n o v a p r o d u ç ã o n a f o t o g r a f i a .
E n t r e 1 9 2 4 6 1 9 3 6 , 18 m i l c a m e r a s f o r a m p r o d u z i d a s .
a p a r t i r d o s a n o s 4 0 , e n c e r r a n d o s u a s a t i v i d a d e se m 1 9 7 2 .
1929 P u b l i c a ç ã o d a r e v i s t a Luzes e Sombras, e d i t a d o p e l a S o c i e d a d e P a u l i s t a F o t o g r á f i c a .
1931-40
1 9 3 1 I n v e n ç ã o d o f l a s h e l e t r ô n i c o
I
93í C r i a ç ã o d a Revista S. Paulo, q u e i n o v o u n a a p r e s e n t a ç ã o g r á f i c a , g r a n d e
f o r m a t o , i m p r e s s ae m r o t o g r a v u r a , f i n a n c i a d o p e l o g o v e r n a d o r d o E s t a d o
d e S ã o P a u l o , A r m a n d o Salles d e O l i v e r i a ; e t i n h a c o m o f o t ó g r a f o s B e n e d i t o
J u n q u e i r a D u a r t e , q u e a ssi n a v a VAMP, e T h e o d o r P r e i s i n g .
C r i a ç ã o d a D i v i s ã o d e I c o n o g r a f i a e M u s e u s d a S e c r e t a r i a d e C u l t u r a d a
P r e f e i t u r a d a c i d a d e d e S ã o P a u l o , p e l o f o t ó g r a f o B e n e d i t o J u n q u e i r a D u a r t e ,
n a g e s t ã od o e n t ã o S e c r e t á r i o M á r i o d e A n d r a d e .
1936 P r i m e i r o n ú m e r o d a r e v i s t a Life, q u e t r o u x e u m a c o n t r i b u i ç ã o f u n d a m e n t a l
p a r a o d e s e n v o l v i m e n t o d o j o r n a l i s m o i l u s t r a d o .
C r i a d o o f i l m e K o d a c h r o m e , p r i m e i r a v e r s ã o p a r a o c i n e m a .
1939 F u n d a ç ã o d o F o t o C l u b e B a n d e i r a n t e ,e m S ã o P a u l o , m a i s t a r d e , e m 1 9 4 ^ ,
F o t o C i n e C l u b e B a n d e i r a n t e .
1 9 4
1941-50
1942 C r i a d o o f i l m e n e g a t i v o K o d a k C o l o r .
1 S a l ã o d e A r t e F o t o g r á f i c a d e S ã o P a u l o , p r o m o v i d o p e l o F o t o C l u b e
B a n d e i r a n t e , r e a l i z a d o n a G a l e r i a P r e s t e s M a i a .
1943 C h e g a a o B r a s i l o f o t ó g r a f o f r a n c ê s J e a n M a n z o n , q u e r e v o l u c i o n o u
o c o n c e i t o d e f o t o r r e p o r t a g e m n a r e v i s t a 0 Cruzeiro.
1946 C h e g a a o B r a s i l o f o t ó g r a f o f r a n c ê s P i e r r e F a t u m b i V e r g e r ( 1 9 0 2 - 9 6 ) ,
q u e d e i x o u u m a c o n t r i b u i ç ã o i n e s t i m á v e l p a r a a fotografia b r a s i l e i r a
contemporânea.
I n í c i o d a p u b l i c a ç ã o i n t e r n a F o t o C i n e B o l e t i m , d o F o t o C i n e C l u b e
Bandeirante.
G i l b e r t o F e r r e z p u b l i c a n a R e v i s t a d o P a t r i m ô n i o H i s t ó r i c o e A r t í s t i c o
N a c i o n a l , o t e x t o " F o t o g r a f i a n o B r a s i l e u m d e s e u s m a i s d e d i c a d o s
s e r v i d o r e s : M a r c F e r r e z ( 1 8 4 3 - 1 9 2 3 ) " , q u e , p e l a p r i m e i r a v e z , m a p e o u
a p r o d u ç ã o d a f o t o g r a f i a b r a s i l e i r a d o s é c u l o x i x .
J e a n M a n z o n f o t o g r a f a o d e p u t a d o B a r r e t o P i n t o , p a r a a r e v i s t a O Cruzeiro,
s o m e n t e d e f r a q u e , c u e c a e s a p a t o s , p r o v o c a n d ou m e s c â n d a l o n a é p o c a .
B a r r e t o P i n t o t e v e s e u m
a n d a t o p a r l a m e n t a r c a s s a d o p o r q u e b r a d e d e c o r o
parlamentar.
1947 F u n d a ç ã o d a A g ê n c i a M a g n u m p o r H e n r i C a r t i e r - B r e s s o n , R o b e r t C a p a ,
G e o r g e R o g e r , D a v i d S e y m o u r e Bill V a n d i v e r t .
P u b l i c a ç ã o d a Iris, a m a i s a n t i g a r e v i s t a d e f o t o g r a f i a d o B r a s i l , e m a t i v i d a d e a t é
1 9 9 8 . O f u n d a d o r f o i o a u s t r í a c o H a n s K o r a n y i .
I n í c i o d a c o m e r c i a l i z a ç ã o d a p r i m e i r a c â m e r a P o l a r o i d ,e m p r e t o e b r a n c o .
1948 V i c t o r H a s s e l b l a d , d e G o t e m b u r g o , S u é c i a , a p r e s e n t o u s u a c â m e r a 1 6 0 0 F ,
6 x 6 c m , e m N o v a Y
ork.
1
949 O M u s e u d e A r t e d e S ã o P a u l o ( M a s p ) r e a l i z a s u a p r i m e i r a e x p o s i ç ã o d e
f o t o g r a f i a , d e T h o m a z F a r k a s .
O f o t ó g r a f o C h i c o A l b u q u e r q u e r e a l i z a p a r a a e m p r e s a J o h n s o n & J o h n s o n
o p r i m e i r o a n ú n c i o p u b l i c i t á r i o i n t e i r a m e n t e f o t o g r á f i c o .
19^0 O M a s p e x p õ e o t r a b a l h o F o t o F o r m a s , d e G e r a l d o d e B a r r o s .
O F o t o C i n e C l u b e B a n d e i r a n t e p r o m o v e a 1 C o n v e n ç ã o B r a s i l e i r a d e
F o t o g r a f i a , q u e r e s u l t o u n a c r i a ç ã o d a F e d e r a ç ã o B r a s i l e i r a d e F o t o g r a f i a .
i9S
1951-60
19j"2 I n i c i o d a p u b l i c a ç ã o d a r e v i s t a s e m a n a l Manchete, a i n d a e m a t i v i d a d e .
A r e v i s t a 0 Cruzeiro a p r e s e n t a c o m o r e a l a f o t o m o n t a g e m m o s t r a n d ou m
" d e s f i l e d e d i s c o v o a d o r e sn o c é u d o R i o d e J a n e i r o " ,n o e n c a r t e Extra: Disco
Voador na Barra da Tijuca, t r a b a l h o r e a l i z a d o p o r E
d K e f f e l , q u e m a i s t a r d e
s e t o r n o u o e d i t o r d e f o t o g r a f i a s d a r e v i s t a .
I
9 í 3 N a s c ee m d e z e m b r o , o i n f o r m a t i v o Novidades Fotóptica, t r a n s f o r m a d o e m
r e v i s t a e m 1 9 7 0 .
19^4 A p a r t i r d e s e t e m b r o o s p a p é i s f o t o g r á f i c o s W e s s e l ( a p r i m e i r a f á b r i c a d e p a p e l
f o t o g r á f i c o d a A m é r i c a d o S u l ) , d e p r o p r i e d a d e d e C o n r a d W e s s e l , é a d q u i r i d a
t o t a l m e n t e p e l a K
o d a k d o B r a s i l .
d e r e t i r a n t e s e f i z e r a m u m a r e p o r t a g e m p a t a 0 Cruzeiro, q u e c o n q u i s t o u
o P r ê m i o E s s o d e R e p o r t a g e m .
1
957 O F o t o C i n e C l u b e B a n d e i r a n t e e d i t a o Anuário Brasileiro de Fotografia,
a p r i m e i r a p u b l i c a ç ã o n o g ê n e r o d a A m é r i c a L a t i n a .
O f o t ó g r a f o J o s é M e d e i r o s l a n ç a o p r i m e i r o l i v r o d e f o t o g r a f i a s s o b r e o
C a n d o m b l é , a p ó s p u b l i c a ç ã o p a r c i a ld o e n s a i o n a r e v i s t a 0 Cruzeiro.
n o B r a si l d e s d e 1 9 5 ^ .
L a n ç a m e n t o d a r e v i s t a d e f o t o g r a f i a FOTOARTE, r e v i s t a m e n s a l d e f o t o g r a f i a
i n t e r n a c i o n a l , c o m d i r e ç ã o a r t í s t i c a d o s f o t ó g r a f o s J o s é V. E . Y a l e n t i e
F r a n c i s c o A s z m a n n , t a m b é m a u t o r d a c a p a .
19£9 A e m p r e s a N i k o n i n i c i a c o m e r c i a l i z a ç ã o d a s c a m e r a s r e f l e x j j m m .
C r i a ç ã o d o P r ê m i o E s s o d e F o t o j o r n a l i s m o . O p r i m e i r o f o t ó g r a f o p r e m i a d o
f o i S é r g i o J o r g e ,e m i 9 6 0 , e s u a f o t o g r a f i a f o i p u b l i c a d ae m 3 6 r e v i s t a s ,
n a c i o n a i s e i n t e r n a c i o n a i s .
i960 A e d i t o r a A b r i l m
o n t a o p r i m e i r o e s t ú d i o d e f o t o g r a f i a b r a s i l e i r o d e g r a n d e
p o r t e , p o s t e r i o r m e n t e r e f o r m u l a d o p o r C h i c o A l b u q u e r q u e e S e r g i o J o r g e .
F u n d a ç ã o d a L o j a C i n ó t i c a , n a R u a C o n s e l h e i r o C r i s p i n i a n o ,e m m a i o ,
p e l o s s e n h o r e s A l b e r t o A r r o y o e P e d r o Z
uppo.
E m 3 0 d e a g o s t o m
o r r e e m S ã o P a u l o D e s i d é r i o F a r k a s , f u n d a d o r e
d i r e t o r - p r e s i d e n t e d a F o t ó p t i c a s.A.
1 9 6
1961-70
1961 M a u r e e n Bisilliat r e a l i z a e x p o s i ç ã o i n d i v i d u a l n o M a s p .
1963 Início d a c o m e r c i a l i z a ç ã o d o f i l m e P o l a r o i d c o l o r i d o .
1 9 6 4 M o r r e n o R i o d e J a n e i r o o f o t ó g r a f o J o s é O i t i c i c a Filho.
C h e g a a o Brasil o f o t ó g r a f o D a v i d Z i n g g q u e , p o s t e r i o r m e n t e , t r a b a l h o u
p a r a a s r e v i s t a Manchete, e d i t o r a A b r i l e Folha de S.Paulo.
196J O F o t o C l u b e B a n d e i r a n t e o r g a n i z a p e l a p r i m e i r a v e z , a p a r t i c i p a ç ã o d a
f o t o g r a f i a n a v n Bienal I n t e r n a c i o n a l d e S ã o P a u l o ; F i z e r a m p a r t e d a C o m i s s ã o
d e S e l e ç ã o E d u a r d o S a l v a t o r e , G e r a l d o F e r r a z e P a u l o E m í l i o Salles G o m e s .
1966 A r e v i s t a Realidade, d a e d i t o r a A b r i l , inicia s u a p u b l i c a ç ã o , e n c e r r a d a e m 1 9 7 2 .
L a n ç a m e n t o d o Jornal da Tarde n o d i a 4 d e j a n e i r o , c o m 4 0 m i l e x e m p l a r e s , d e
i n í c i o v e s p e r t i n o , q u e i n o v o u a i m p r e n s a p e l a o u s a d i a d e a p r e s e n t a ç ã o g r á f i c a ,
p e l a i r r e v e r ê n c i a d e e s t i l o e p e l o u s o a r r o j a d o d a s f o t o g r a f i a s .
1968 A r e v i s t a Veja, d a e d i t o r a A b r i l , inicia s u a p u b l i c a ç ã o s e m a n a l , e m 19 d e
s e t e m b r o , a p ó s p r o d u ç ã o d e t r e z e n ú m e r o s z e r o . A p r i m e i r a e d i ç ã o f o i
d e 7 0 0 m i l e x e m p l a r e s , a s e g u n d a e d i ç ã o f o i p a r a j o o m i l , a t e r c e i r a p a r a
3 0 0 m i l , a q u a r t a p a r a i ^ o m i l e a q u i n t a e m t o r n o d e 1 0 0 m i l .
N ú m e r o e s p e c i a l d a r e v i s t a Cláudia d e d i c a d o à d e c o r a ç ã o m o s t r a , p e l a p r i m e i r a
v e z n a i m p r e n s a b r a s i l e i r a ,u m a m b i e n t e m o n t a d o e f o t o g r a f a d o e m e s t ú d i o .
1969 P u b l i c a ç ã o d o l i v r o A João Guimarães Rosa, d e M a u r e e n Bisilliat, a p a r t i r d o l i v r o
Grande Sertão:Veredas.
O M a s p p r o m o v e a e x p o s i ç ã o d e H e n r i C a r t i e r - B r e s s o n , d e g r a n d e r e p e r c u s s ã o .
1970 A p a r t i r d e j u l h o , é iniciada a p u b l i c a ç ã o d a Revista Fotóptica, n . 4 0 , A n o 1 4 , e m
n o v o f o r m a t o , a m p l i a n d o o e s p a ç o p a r a e n s a i o s f o t o g r á f i c o s ( a t é n . 8 8 , 1 9 7 8 ) .
O M a s p a p r e s e n t a , e m a g o s t o , a e x p o s i ç ã o T r i n t a A n o s d e V i s ã o e M u l t i v i s ã o ,
d e P e t e r S c h e i e r . P r o j e ç ã o c o m 2 6 p r o j e t o r e s d e s l i d e s , c o o r d e n a d o s p o r
c o m p u t a d o r e s e l e t r ô n i c o s , t e l a d e 1 o x 3 m .
1971-80
1 9 7
I n s t i t u t o P r o f i s s i o n a l D a g u e r r e , d a A s s o c i a ç ã o d o s R e p ó r t e r e s F o t o g r á f i c o s
e C i n e g r a f i s t a s d o R i o G r a n d e d o Sul. O c u r s o c o n t a v a c o m i 2 o o h o r a s .
O M u s e u d e A r t e C o n t e m p o r â n e a d a U n i v e r s i d a d e d e São P a u l o (MAC/USP),
a t r a v é s d o s e u D i r e t o r W a l t e r Z a n i n i , inicia a m o n t a g e m d e u m A c e r v o d e
F o t o g r a f i a s , a t r a v é s d o D e p a r t a m e n t o d e F o t o g r a f i a . P r i m e i r a s a q u i s i ç õ e s e
d o a ç õ e s : M a u r e e n Bisilliat, C r i s t i a n o M a s c a r o , G e o r g e L o v e , C l á u d i a A n d u j a r
e B o r i s Kossoy.
P o l a r o i d l a n ç a a c â m e r a s x - 7 0 .
A revista Fotografia p u b l i c a c o m exclusividade o " M a n i f e s t o " , t e x t o d e
Luis H u m b e r t o , u m d o s m a i s c o n t u n d e n t e s s o b r e o f a z e r e s o b r e a a t u a ç ã o
d o f o t ó g r a f o .
1973 C r i a ç ã o d a P h o t o G a l e r i a , c o o r d e n a d a p o r G e o r g e R a c z , n o R i o d e J a n e i r o ,
m o v i m e n t o q u e t e n t a v a o r g a n i z a r o s f o t ó g r a f o s profissionais, d e d i f e r e n t e s á r e a s
d e a t u a ç ã o , i n c l u i n d o o s a m a d o r e s , p a r a a realização d e e x p o s i ç õ e s e d e b a t e s .
1974 A G a l e r i a Bonfiglioli, d e São P a u l o , e x p õ e e m m a r ç o , o m o v i m e n t o
P h o t o G a l e r i a , P h G , c o m a p a r t i c i p a ç ã o d e B o r i s Kossoy, M a d a l e n a S c h w a r t z ,
D u l c e C a r n e i r o , S tef ania B r i l , R o g e r B e s t e r , E d u a r d o C a s t a n h o e n t r e o u t r o s .
E m s e t e m b r o , G e o r g e L o v e e C l á u d i a A n d u j a r , o r g a n i z a m n o M a s p ,
a 1 S e m a n a I n t e r n a c i o n a l d e F o t o g r a f i a .
E x p l o d e m o s c u r s o s d e f o t o g r a f i a n a c i d a d e d e São Paulo, realizados n o
M u s e u Lasar Segall, M a s p , I m a g e m - A ç ã o , E n f o c o , C a m e r a , F o t o C i n e
C l u b e B a n d e i r a n t e .
I97J" E x p o s i ç ã o M e m ó r i a Paulistana, realizada n o M u s e u d a I m a g e m e d o S o m (MIS),
c o m c o o r d e n a ç ã o d e C a r l o s A u g u s t o C a l i l .
E i n i c i a d o n a U n i v e r s i d a d e d e S ã o P a u l o , o m o v i m e n t o PHOTOUSP, o r g a n i z a d o
p e l o s e s t u d a n t e s d a H i s t ó r i a , L e t r a s , P o l i t é c n i c a , e n t r e o u t r o s .
1976 O h i s t o r i a d o r e p e s q u i s a d o r B o r i s Kossoy, c o m p r o v a a t r a v é s d o R o c h e s t e r
I n s t i t u t e o f T e c h n o l o g y , n o s EUA, as e x p e r i ê n c i a s d e H e r c u l e F l o r e n c e ,
p i o n e i r o d a f o t o g r a f i a n o Brasil.
1 9 8
P u b l i c a ç ã o d o l i v r o Pioneer Photographers of Brazil 1840 1— d e G i l b e r t o
F e r r e z e W e s t o n J . N a e f , p e l o T
h e C e n t e r f o r I n t e r - A m e r i c a n R e l a t i o n s , EUA.
O j o r n a l c a r i o c a 0 Dia, l a n ç a n o M a s p , l i v r o c o m 1 f o t o g r a f i a s , p r e f a c i a d o
p o r A r t K a n e , e c o m c o o r d e n a ç ã o d e A n t o n i o C a r l o s R o d r i g u e s , a p a r t i r d e
u m a r q u i v o d e 2 0 0 m i l n e g a t i v o s .
1976 O MAC/USP o r g a n i z a a e x p o s i ç ã o N o v o s e N o v í s s i m o s F o t ó g r a f o s .
1977 A S e c r e t a r i a d e E s t a d o d a C u l t u r a , C i ê n c i a e T e c n o l o g i a d e S ã o P a u l o , a t r a v é s
d o MIS, o r g a n i z a e m m a r ç o / a g o s t o , o c o n c u r s o " A c i d a d e é t a m b é m s u a casa",
c o m £ 3 0 0 f o t o g r a f i a s i n s c r i t a s e 6 4 0 s e l e c i o n a d a s .
1978 K o n i c a v e n d e as p r i m e i r a s c a m e r a s t o t a l m e n t e a u t o m á t i c a s .
R e a l i z a ç ã o d o 1 E n c o n t r o F o t o g r á f i c o d e C a m p o s d e J o r d ã o , e n t r e 1 j e
2 2 d e j u l h o , o r g a n i z a d o p e l a c r í t i c a S t e f a n i a B r i l .
Realização d o 1 C o l ó q u i o L a t i n o - A m e r i c a n o d e F o t o g r a f i a , n a c i d a d e d o
M é x i c o , e l a n ç a m e n t o d o C a t á l o g o d a 1 M o s t r a d e F o t o g r a f i a L a t i n o - A m e r i c a n a
C o n t e m p o r â n e a , r ealizada n a c i d a d e d o M é x i c o , c o m a p a r t i c i p a ç ã o d e
3 6 f o t ó g r a f o s brasileiros.
L a n ç a m e n t o d o M o v i m e n t o F o t o B a h i a c o m e x p o s i ç ã o o r g a n i z a d a p e l o
f o t ó g r a f o A r i s t i d e s Alves, ( c h e c a r )
C r i a ç ã o d a A g ê n c i a P o n t o d e Vista, e m P o r t o A l e g r e , RS, e m s e t e m b r o ,
p e l o s f o t ó g r a f o s E n e i d a S e r r a n o , J a c q u e l i n e J o n e r , L u i s A b r e u , R a u l S a n v i c e n t e
e G e n a r o J o n e r .
A G a l e r i a A u g ô s t o A u g u s t a e d i t a u m a c o l e ç ã o d e c a r t õ e s p o s t a i s , d e n o m i n a d a
Brasil A n o s 7 0 , c o m d o z e i m a g e n s d o s f o t ó g r a f o s L e o n i d Streliaev, G e r a l d o
G u i m a r ã e s , R ô m u l o Fialdini, C l á u d i a A n d u j a r , C r i s t i a n o M a s c a r o , A m é r i s
P a o l i n i , B o r i s Kossoy, O l n e y K r u s e , M a u r e e n Bisilliat, Stefania B r i l , R e g i n a
V a t e r e S é r g i o P o l i g n a n o . A f o t ó g r a f a A n a T h e ó p h i l o e o d i r e t o r d e a r t e
G a b r i e l Z e l l m e i s t e r , e d i t a m o i t o c a r t õ e s p o s t a i s , p a r a a c o l e ç ã o d o E s t ú d i o AT.
O c r í t i c o M o r a c y d e O l i v e i r a e l e g e c o m o o A n o 1 d o l i v r o d e f o t o g r a f i a n o
Brasil, p o i s f o r a m e d i t a d o s : Carnaval, d e B i n a F o n y a t , 2 1 x 2 1 c m , N o v a
F r o n t e i r a , R i o d e J a n e i r o ; América Latina, d e G e r a l d o G u i m a r ã e s , 2 1 x 2 7 c m >
e d i t a d o p o r M a s s a o O n o , S ã o P a u l o ; Yanomami, d e C l á u d i a A n d u j a r , 2 2 x 2 2 c m ,
" e d i t o r a P r a x i s , S ã o P a u l o ; Xingu, d e M a u r e e n Bisilliat, j o x 6 0 c m , e d i t o r a
P r a x i s , S ã o P a u l o ; Fotografias, d e O t t o S t u p a k o f f , 2 1 x 2 1 c m , e d i t o r a P r a x i s ,
S ã o P a u l o ; Fotografias, d e D i m a s S c h i m i t t i n i , 1 8 , ^ x 2£ c m , e d i ç ã o d o a u t o r ;
Meus olhos, d e L uis T r i p o l i , 2 3 , ^ x 3 0 c m , e d i ç ã o d o a u t o r .
1979 C r i a ç ã o d o N ú c l e o d e F o t o g r a f i a d a F u n a r t e , e m b r i ã o d o f u t u r o I n s t i t u t o
N a c i o n a l d a F o t o g r a f i a , s o b c o o r d e n a ç ã o d o f o t ó g r a f o Z e k a A r a ú j o .
1 9 9
I n a u g u r a ç ã o d a F o t o G a l e r i a , d a F u n a r t e , N ú c l e o d e F o t o g r a f i a , n a R u a A r a ú j o
P o r t o A l e g r e , 8 o , R i o d e J a n e i r o , c o m a e x p o s i ç ã o N o s s a G e n t e , i M o s t r a d e
F o t o g r a f i a d a F u n a r t e , e n t r e i o d e a g o s t o e i o d e s e t e m b r o .
C r i a ç ã o d a A g ê n c i a F - 4 , e m S ã o P a u l o , c o m N a i r B e n e d i c t o , J u c a M a r t i n s ,
R i c a r d o M a l t a e D e l f i n M a r t i n s .
O M a s p r e a l i z ae m m a i o , a p r i m e i r a e x p o s i ç ã o d o a m e r i c a n o D a v i d Z i n g g ,
d e p o i s d e q u i n z e a n o s m
o r a n d o n o País, d e n o m i n a d a Brasil A n o s / L u z ,
c o m 1 20 a m p l i a ç õ e s .
O MIS d e S ã o P a u l o realiza e m a b r i l a e x p o s i ç ã o B rás, u m a d o c u m e n t a ç ã o
f o t o g r á f i c a , d e C r i s t i a n o M a s c a r o e P e d r o M a r t i n e l l i .
R e v i s t a Photo Camera, p u b l i c a d a p e l a E f e c ê E d i t o r a , R i o d e J a n e i r o , c o m d u r a ç ã o
d e 1 2 e d i ç õ e s , e n c e r r a d a e m 1 9 8 0 .
C r i a ç ã o d a G a l e r i a F o t ó p t i c a , e m 8 d e o u t u b r o , n a R u a Bela C i n t r a , 1 4 6 5 ,
c o m u m a e x p o s i ç ã o q u e r e u n i u o m e l h o r d o F o t o j o r n a l i s m o d a s r e v i s t a s
Veja e Isto É, s o b c o o r d e n a ç ã o d e R o s e l y N a k a g a w a .
C r i a ç ã o d a G a l e r i a A Sala d e R e t r a t o , e m P o r t o A l e g r e , RS .
C r i a ç ã o d a G a l e r i a L u z / S o m b r a , e m d e z e m b r o , n a c i d a d e d e R i o d e J a n e i r o .
P u b l i c a ç ã o d o l i v r o Bina F o n y a t F o t o g r a f i a s , 2 1 x 2 1 c m , e d i ç ã o d o a u t o r ,
R i o d e J a n e i r o , c o m 4 6 i m a g e n s .
P u b l i c a ç ã o d o l i v r o Xingu — território tribal, d e M a u r e e n Bisilliat, 2 4 x 3 0 c m ,
e d i t o r a C u l t u r a , São P a u l o .
Publicação d o l i v r o Amazonas, palavras e imagens de um rio em ruínas,
d e J o ã o L u i z M u s a , Isabel G o u v e i a e Sônia L o r e n z , e d i ç ã o d o s a u t o r e s ,
2 0 x 2 2 c m , S ão Paulo.
I n í c i o d a n o v a f a s e d a r e v i s t a Fotóptica, e m n o v o f o r m a t o , a p a r t i r d o n . 8 9 .
Realização d o 11 FotoBahia, c o m a p a r t i c i p a ç ã o d e 7 6 f o t ó g r a f o s e 380 i m a g e n s , n o
T e a t r o C a s t r o Alves, e n t r e 8 e 23 d e n o v e m b r o , c o o r d e n a ç ã o d e Aristides Alves.
R e a l i z a ç ã o d o n E n c o n t r o F o t o g r á f i c o d e C a m p o s d e J o r d ã o , e m j u l h o ,
o r g a n i z a d o p e l a c r í t i c a S tef ania B r i l .
1980 I n a u g u r a ç ã o d o G a b i n e t e F o t o g r á f i c o ,e m a b r i l , e s p a ç o c r i a d o n a P i n a c o t e c a
d o E s t a d o n a g e s t ã o d e F á b i o M a g a l h ã e s , d e d i c a d o a j o v e n s f o t ó g r a f o s , c o m
c o o r d e n a ç ã o d e R u b e n s F e r n a n d e s J u n i o r .
C r i a ç ã o d a G a l e r i a Á l b u m , e m I J d e m a r ç o , n a A v . B r i g a d e i r o L u í s A n t o n i o ,
4 4 6 9 , d i r i g i d a p e l o s f o t ó g r a f o s Z é d e B o n i e J a n i n e D e c o t , c o m u m a e x p o s i ç ã o
d e G e o r g e L o v e .
C r i a ç ã o d o M u s e u d e F o t o g r a f i a e C r i m i n a l í s t i c a n a A c a d e m i a d e p o l í c i a d e
S ã o P a u l o , i n c l u i n d o a c e r v o f o r m a d o e n t r e 191 o e 1 9 7 8 .
2 0 0
C r i a ç ã o d a G a l e r i a R e t r a t o — Escola e F o t o g a l e r i a , n a R u a M a r a n h ã o , j 2 ,
Santos, e m agosto, c o m a e x p o s i ç ã o D e s c o n h e c i d o s í n t i m o s , d e A n t o n i o Saggese.
A F u n a r t e r e a l i z a e x p o s i ç ã o r e t r o s p e c t i v a s o b r e a d o c u m e n t a ç ã o d o s carnavais
d e 1 9 0 9 a 1 9 3 2 , d e A u g u s t o M a l t a .
O MAM d e S ão P a u l o p r o m o v e e m a g o s t o , a i T r i e n a l d e F o t o g r a f i a ;
o G r a n d e P r ê m i o f o i p a r a o f o t ó g r a f o M i g u e l R i o B r a n c o .
P u b l i c a ç ã o d o l i v r o Brasília ano 20, c o m 1 0 9 f o t o g r a f i a s , d e 3 ^ f o t ó g r a f o s d e
Brasília, e d i t a d o p e l a Ágil F o t o j o r n a l i s m o e U n i ã o d o s F o t ó g r a f o s d e Brasília,
2 3 x 2 8 c m , DF.
F u n d a ç ã o d a U n i ã o d o s F o t ó g r a f o s d o E s t a d o d e S ã o P a u l o , e m j u l h o .
N o m ê s d e a g o s t o r ealiza- se a 1 F e i r a d a F o t o g r a f i a ,n o P a r q u e d o I b i r a p u e r a .
C r i a ç ã o d a Á g i l , A g ê n c i a I m p r e n s a L i v r e , e m Brasília, p e l o s f o t ó g r a f o s
M i l t o n G u r a n , D u d a B e n t e s , A n d r é D u s e k , J u l i o B e r n a r d e s e n t r e o u t r o s .
I n a u g u r a ç ã o e m o u t u b r o d o Salão F u j i d e F o t o g r a f i a , n a R u a M a j o r D i o g o ,
6 7 0 , B e x i g a , S ã o P a u l o .
1981-90
1 E n c o n t r o d e F o t o g r a f i a e M e m ó r i a N a c i o n a l , p r o m o v i d o p e l a C o m i s s ã o
d e F o t o g r a f i a d a S e c r e t a r i a d e E s t a d o d a C u l t u r a e r e a l i z a d o n o MIS d e
São P a u l o , s o b d i r e ç ã o d e B o r i s Kossoy. D u r a n t e o e v e n t o f o i i n a u g u r a d a
a Sala H e r c u l e s F l o r e n c e .
R e a l i z a ç ã o d a e x p o s i ç ã o 4 0 A n o s d e F o t o g r a f i a , d e H a n s G u n t e r F l i e g ,
n o M i s d e S ã o P a u l o .
R e a l i z a ç ã o d o 1 E n c o n t r o N a c i o n a l d o s F o t ó g r a f o s , d u r a n t e a 3 3 a R e u n i ã o
A n u a l d a SBPC, j u l h o , e m Salvador, Bahia.
R e a l i z a ç ã o d o 11 C o l ó q u i o L a t i n o - A m e r i c a n o d e F o t o g r a f i a , n a c i d a d e
d o M é x i c o .
E x p o s i ç ã o F o t o g r a p h i e L a t e i n a m e r i k a , Z u r i q u e , o r g a n i z a d a p e l a p e s q u i s a d o r a
a l e m ã E r i k a Billiter.
P u b l i c a ç ã o e m p o r t u g u ê s d o l i v r o d e S u s a n S o n t a g , Sobre afotografia, t r a d u ç ã o
d e J o a q u i m Paiva, p e l a e d i t o r a F r a n c i s c o A l v e s , d o R i o d e J a n e i r o .
P u b l i c a ç ã o d o l i v r o Brasília sonho do Império Capital da República, d o f o t o g r a f o
Luis H u m b e r t o , c o m 6 8 f o t o g r a f i a s , e d i ç ã o d o a u t o r , Brasília, DF.
P u b l i c a ç ã o d o l i v r o Primeira página, d e U b i r a j a r a D e t t m a r ,
c o m 178 f o t o g r a f i a s , e d i ç ã o d o a u t o r , S ã o P a u l o .
1982 P u b l i c a ç ã o d o p r i m e i r o p o r t f o l i o d e S e b a s t i ã o S a l g a d o n u m a r e v i s t a
b r a s i l e i r a — íris,
1 M o s t r a P a r a e n s e d e F o t o g r a f i a — FOTOPARÁ, n a G a l e r i a  n g e l u s ,
e m B e l é m ,
E n c o n t r o N a c i o n a l d o s F o t ó g r a f o s n o R i o d e J a n e i r o , q u e a c a b o u s e n d o
c o n s i d e r a d o a 1 S e m a n a N a c i o n a l d e F o t o g r a f i a , o r g a n i z a d a p e l o N ú c l e o
d e F o t o g r a f i a d a F u n a r t e .
1983 E x p o s i ç ã o B r é s i l d e s B r é s i l i e n s ,n o C e n t r e G e o r g e P o m p i d o u , P a r i s ,
c o m c u r a d o r i a d e S t e f a n i a B r i l .
E x p o s i ç ã o e p u b l i c a ç ã o d e O R e t r a t o B r a s i l e i r o — F o t o g r a f i a s d a C o l e ç ã o
F r a n c i s c o R o d r i g u e s 1 8 4 0 - 1 9 2 0 , r e a l i z a d o p e l o N ú c l e o d e F o t o g r a f i a / F u n a r t e
e F u n d a ç ã o J o a q u i m N a b u c o .
E x p o s i ç ã o O T e m p o d o O l h a r — P a n o r a m a d a F o t o g r a f i a B r a s i l e i r a A t u a l , q u e
t e v e c o m o C o m i s s ã o d e S e l e ç ã o A l a i r G o m e s , B o r i s K o s s o y , T h o m a z F a r k a s ,
W i l s o n C o u t i n h o e Z e k a A r a ú j o . F o i e x i b i d a n o M u s e u N a c i o n a l d e B e l a s
A r t e s , n o R i o d e J a n e i r o , e n o M a s p .
E x p o s i ç ã o e l i v r o v D o c u m e n t o d e A r t e C
o n t e m p o r â n e a d o C e n t r o - O e s t e —
I FOTOCENTRO-OESTE, o r g a n i z a d o p e l o I n s t i t u t o N a c i o n a l d a F o t o g r a f i a /
Funarte.
II M o s t r a P a r a e n s e d e F o t o g r a f i a — FOTOPARÁ 8 3 , n a G a l e r i a T h e o d o r o B r a g a ,
B e l é m , P a r á .
E x p o s i ç ã o e l i v r o 1 FOTOSUL, o r g a n i z a d a p e l o I n s t i t u t o N a c i o n a l d e
F o t o g r a f i a / F u n a r t e .
1 B i e n a l I n t e r n a c i o n a l d e A r t e F o t o g r á f i c a , p r o m o v i d a p e l a E s c o l a P a n a m e r i -
c a n ad e A r t e s , S ã o P a u l o .
R e a l i z a ç ã o d o 11 S e m a n a N a c i o n a l d e F o t o g r a f i a , r e a l i z a d a e m B r a s í l i a ,
p e l o I N F O T O / F u n a r t e .
E x p o s i ç ã o e c a t á l o g o J o s é O i t i c i c a F i l h o — a r u p t u r a d a f o t o g r a f i a n o s a n o s ^ o ,
o r g a n i z a d a p e l o I n s t i t u t o N a c i o n a l d a F o t o g r a f i a / F u n a r t e .
E x p o s i ç ã o d o f o t ó g r a f o S e b a s t i ã o S a l g a d o , n a F u n a r t e / R J e M a s p .
O f o t ó g r a f o p a u l i s t a P a u l o V e l o s o i n i c i a a p u b l i c a ç ã o d e u m a C o l e ç ã o
d e C a r t õ e s P o s t a i s F o t o g r á f i c o s , a t r a v é s d a E d i ç õ e s L u m i a r .
1984 C r i a ç ã o d o I n s t i t u t o N a c i o n a l d a F o t o g r a f i a , d a F u n a r t e ,e m 9 d e m a i o ,
p e l a E s t h e r F i g u e i r e d o F e r r a z , M i n i s t r a d a E d u c a ç ã o e C u l t u r a .
C r i a ç ã o d o C o n c u r s o M
a r c F e r r e z d e F o t o g r a f i a , P
r ê m i o A n u a l c o n c e d i d o p e l o
I N F O T O / F u n a r t e ( a t u a l m e n t e IBAC — I n s t i t u t o B r a s i l e i r o d e A r t e e C u l t u r a ) .
P u b l i c a ç ã o d o l i v r o A ilusão especular, d e A r l i n d o M a c h a d o , p e l a B r a s i l i e n s e
2 0 2
e F u n a r t e / I n s t i t u t o N a c i o n a l d a F o t o g r a f i a .
E x p o s i ç ã o e l i v r o i FOTONORDESTE, o r g a n i z a d a p e l o I n s t i t u t o N a c i o n a l d a
F o t o g r a f i a / F u n a r t e .
R e a l i z a ç ã o d a m S e m a n a N a c i o n a l d e F o t o g r a f i a r e a l i z a d a p e l o
INFOTO/Funarte, e m F o r t a l e z a , C e a r a .
I S e m i n á r i o N a c i o n a l d e E n s i n o U n i v e r s i t á r i o d a F o t o g r a f i a , p r o m o v i d o
p e l a F u n a r t e e U n i c a m p , e m C a m p i n a s .
C r i a ç ã o d a ABRAFOTO - A s s o c i a ç ã o Brasileira d o s F o t ó g r a f o s d e P u b l i c i d a d e .
R e a l i z a ç ã o d o m C o l ó q u i o L a t i n o A m e r i c a n o , e m d e z e m b r o , H a v a n a , C u b a .
R e a l i z a ç ã o d a e x p o s i ç ã o A u t o - R e t r a t o d o B r a s i l e i r o — C i d a d e e C a m p o ,
e x p o s i ç ã o d e n t r o d a m o s t r a T r a d i ç ã o e R u p t u r a , o r g a n i z a d a p e l a F u n d a ç ã o
B i e n a l d e S ã o P a u l o . A e x p o s i ç ã o o c o r r e u e n t r e 19 d e n o v e m b r o d e 1 9 S 4 e 3 1
d e j a n e i r o d e 1 9 8 5 , t e v e c o o r d e n a ç ã o d e C r i s t i a n o M a s c a r o e T h o m a z F a r k a s ,
e c o n t o u c o m 7 3 f o t ó g r a f o s c o n v i d a d o s e 8 0 0 f o t ó g r a f o s i n s c r i t o s p a r a s e l e ç ã o .
1985 A F a c u l d a d e d e A r t e s e C o m u n i c a ç õ e s d a F u n d a ç ã o E d u c a c i o n a l d e B a u r u ,
S ã o P a u l o , a t r a v é s d o s e u d i r e t o r C a r l o s P e l o s i , d e u e n t r a d a n o C o n s e l h o
E s t a d u a l d e E d u c a ç ã o d e S ã o P a u l o , n o p r o c e s s o q u e solicita a c r i a ç ã o d o
C u r s o S u p e r i o r d e F o t o g r a f i a , c o m d u r a ç ã o d e 3 a n o s .
i v S e m a n a N a c i o n a l d a F o t o g r a f i a , r e a l i z a d a p e l o I n s t i t u t o N a c i o n a l d e
F o t o g r a f i a / F u n a r t e , n a c i d a d e d e B e l é m .
1 S e m a n a d e F o t o g r a f i a d a U n i ã o d o s F o t ó g r a f o s d e São P a u l o .
111 C o l ó q u i o L a t i n o - A m e r i c a n o d e F o t o g r a f i a ,e m H a v a n a , C u b a .
1 Q u a d r i e n a l d e F o t o g r a f i a , a g o s t o - s e t e m b r o , p r o m o v i d a p e l o MAM d e
S ã o P a u l o , c o m c u r a d o r i a d e P a u l o K l e i n .
P u b l i c a ç ã o d o l i v r o Filosofia da caixa preta - ensaios para uma futura filosofia
dafotografia, d e V i l é m Flusser, p e l a E d i t o r a H u c i t e c [ R e l u m e D u m a r á , 2 0 0 2 ] .
E x p o s i ç ã o e l i v r o I FOTONORTE, o r g a n i z a d a p e l o I n s t i t u t o N a c i o n a l d a
F o t o g r a f i a / F u n a r t e .
A f o t ó g r a f a M a u r e e n Bisilliat é d e s t a q u e n a x v m Bienal I n t e r n a c i o n a l d e
S ã o P a u l o , a p r e s e n t a n d o 4 0 0 f o t o g r a f i a s c o l o r i d a s , n a i n s t a l a ç ã o O T u r i s t a
A p r e n d i z - s u b t í t u l o : P e l o A m a z o n a s a t é o P e r u / P e l o M a d e i r a a t é a B o l í v i a /
P o r M a r a j ó a t é d i z e r c h e g a .
1986 E x p o s i ç õ e s L a P h o t o g r a p h i e B r é s i l i e n n e a u D i x - N e u v i è m e S iècle e M i r o i r
R e b e l l e P h o t o g r a p h i e B r é s i l i e n n e C o n t e m p o r a i n e , a m b a s a p r e s e n t a d a s n o
M o i s d e l a P h o t o , e m P a r i s , c o m c u r a d o r i a d e P e d r o V a s q u e z .
v S e m a n a N a c i o n a l d a F o t o g r a f i a , r e a l i z a d a p e l o I n s t i t u t o N a c i o n a l d e
F o t o g r a f i a / F u n a r t e , n a c i d a d e d e C u r i t i b a , P a r a n a .
E x p o s i ç ã o e c a t á l o g o d a e x p o s i ç ã o J o s é M e d e i r o s — j o A n o s d e F o t o g r a f i a ,
o r g a n i z a d a p e l o I n s t i t u t o N a c i o n a l d a F o t o g r a f i a / F u n a r t e .
A r e v i s t a f r a n c e s a Zoom, q u e b r a n d o u m a t r a d i ç ã o e m s u a h i s t ó r i a , p u b l i c a
d o i s n ú m e r o s s e g u i d o s i n t e g r a l m e n t e d e d i c a d o s à f o t o g r a f i a b r a s i l e i r a .
I n a u g u r a ç ã o d a s n o v a s i n s t a l a ç õ e s d a G a l e r i a F o t ó p t i c a , e m m a r ç o , localizada
n a R u a C ô n e g o E u g ê n i o L e i t e , 9 2 0 , S ã o P a u l o .
E x p o s i ç ã o H e c h o e m C u b a , e x p o s i ç ã o coletiva d o s f o t ó g r a f o s brasileiros
q u e p a r t i c i p a r a m d o 111 C o l ó q u i o L a t i n o - A m e r i c a n o , n o C e n t r o C u l t u r a l
São Paulo.
E x p o s i ç ã o C o l e t i v a d e f o t ó g r a f o s b r a s i l e i r o sn o m E n c u e n t r o y M u e s t r a
N a c i o n a l d e F o t o g r a f i a ,e m Q u i t o , E q u a d o r .
1 9 8 7 v i S e m a n a N a c i o n a l d a F o t o g r a f i a , r e a l i z a d a p e l o I n s t i t u t o N a c i o n a l d e
F o t o g r a f i a / F u n a r t e , n a c i d a d e d e O
u r o P r e t o , MG.
R e a l i z a ç ã o d o 1 FOTONORTE, r e a l i z a d o p e l o I n s t i t u t o n a c i o n a l d a F o t o g r a f i a
e F u n a r t e , e m B e l é m , P a r á , e x p o s i ç ã o c o l e t i v a q u e t e v e i t i n e r â n c i a n a c i o n a l .
MAM d o R i o d e J a n e i r o inicia, a t r a v é s d o p a t r o c í n i o d a e m p r e s a W h i t e
M a r t i n s , u m a C o l e ç ã o d e F o t o g r a f i a B rasileira, c o m a a q u i s i ç ã o inicial d e
2 j o o i m a g e n s d o s é c u l o x i x .
E x p o s i ç ã o i n d i v i d u a l d e L u i z B r a g a , A M a r g e m d o O l h a r , q u e c i r c u l o u n a s
c i d a d e s d e S ã o P a u l o , R i o d e j a n e i r o e B e l é m .
C r i a ç ã o d a e d i t o r a S v e r & B o c c a t o , p a r a p u b l i c a ç ã o d e l i v r o s d e f o t o g r a f i a ,
c o m s e d e e m São P a u l o , d i r i g i d a p o r Lily S v e r n e r e A n d r é B o c c a t o .
1988 E x p o s i ç ã o Brazilian P h o t o g r a p h y i n t h e N i n e t e e n t h C e n t u r y , n o F o t o F e s t ,
H o u s t o n , EUA, c o m c u r a d o r i a d e P e d r o V a s q u e z a p a r t i r d a C o l e ç ã o W h i t e
M a r t i n s d e F o t o g r a f i a n o MAM d o R i o d e J a n e i r o .
E x p o s i ç ã o Brasil: C e n á r i o s e P e r s o n a g e n s , c o m c u r a d o r i a d e B o r i s Kossoy,
r e a l i z a d o p e l o I n s t i t u t o N a c i o n a l d e F o t o g r a f i a / F u n a r t e .
1 9 8 9 / 9 0 E x p o s i ç ã o e l i v r o 1 FOTOSUDESTE, o r g a n i z a d a p e l o I n s t i t u t o N a c i o n a l d e
F o t o g r a f i a / F u n a r t e .
1990 I n a u g u r a ç ã o d a G a l e r i a C o l l e c t o r s , e m S ã o P a u l o , d i r i g i d a p o r
A n d r é B o c c a t o , q u e j u n t o c o m Lily S v e r n e r , a t r a v é s d a e d i t o r a S v e r &
B o c c a t o , p u b l i c a r a m a c o l e ç ã o As melhores fotos / The Best Photos,
c o m o s f o t ó g r a f o s N a i r B e n e d i c t o , J . R . D u r a n , C r i s t i a n o M a s c a r o ,
D a v i d Z i n g g e Sebastião Salgado.
2 0 4
1991-2000
1991 I n í c i o d o p r o j e t o d a C o l e ç ã o P i r e l l i - M a s p , S ã o P a u l o , d e f o r m a ç ã o d e u r n
a c e r v o d e f o t o g r a f i a b r a s i l e i r a c o n t e m p o r â n e a , c o m e d i ç ã o a n u a l d e e x p o s i ç ã o
e c a t á l o g o . O C o n s e l h o C u r a d o r i n i c i a l e r a c o m p o s t o p o r B o r i s K o s s o y ,
T h o m a z F a r k a s , Z
é d e B o n i , P e d r o V a s q u e z , R u b e n s F e r n a n d e s J u n i o r ,
M a r i o C o h e n , P i e r o S i e r r a e c o o r d e n a ç ã o d e A n n a C a r b o n c i n i .
O r g a n i z a ç ã o d o NAFOTO - N ú c l e o d o s A m i g o s d a F o t o g r a f i a , r e s p o n s á v e l
p e l a r e a l i z a ç ã o , a c a d a d o i s a n o s , d o M ê s I n t e r n a c i o n a l d a F o t o g r a f i a e m
p a r a a F o t o g r a f i a , d a F u n d a ç ã o V i t a e , S ã o P a u l o .
1992 O r g a n i z a ç ã o d a e x p o s i ç ã o C o l o r s f r o m B r a z i l , n o F o t o F e s t , H o u s t o n , EUA,
c o m c u r a d o r i a d e S t e f a n i a B r i l e R u b e n s F e r n a n d e s J u n i o r .
C r i a ç ã o d o g r u p o P a n o r a m a s d a I m a g e m — R u b e n s M a n o , E v e r t o n B a l l a r d i n e
J o s é F u j o c k a N e t o - d e d i c a d o à p e s q u i s a e d i v u l g a ç ã o d a p r e s e n ç a d a f o t o g r a f i a
n a a r t e c o n t e m p o r â n e a .
I d e n t i d a d e : d o A n a l ó g i c o a o D i g i t a l , e x p o s i ç ã o c o l e t i v a o r g a n i z a d a p o r
N a d j a P e r e g r i n o e P a u l o M a t t a r , n a G a l e r i a d e A r t e d a U n i v e r s i d a d e F e d e r a l
F l u m i n e n s e , N i t e r ó i .
E x p o s i ç ã o i n d i v i d u a l d e L u i z B r a g a , A n o s - L u z ,n o M a s p e G a l e r i a T
heodoro
B r a g a , B e l é m .
M o r t e d o f o t ó g r a f o e c r í t i c od e a r t e c a r i o c a A l a i r G o m e s .
1993 P u b l i c a ç ã o d o l i v r o Canto a la fealidad-fotografia latinoamericana 18JO-1993,
d a p e s q u i s a d o r a a l e m ã E r i k a B i l l e t e r , q u e d e s t a c a a p r o d u ç ã o d a f o t o g r a f i a
brasileira.
r e a l i z a ç ã o d o 1 M ê s I n t e r n a c i o n a l d a F o t o g r a f i a ,e m S ã o P a u l o , m a i o ,
o r g a n i z a d o p e l o NAFOTO — N ú c l e o d o s A m i g o s d a F o t o g r a f i a , c o o r d e n a ç a o
g e r a l d e N a i r B e n e d i c t o .
E x p o s i ç ã o i n d i v i d u a l d e E l z a L i m a , N ã o V e r á s P a í s N e n h u m , n a G a l e r i a
R ô m u l o M a i o r a n a , B e l é m , P a r á .
O r g a n i z a ç ã o d a e x p o s i ç ã o I n c u r s ã o p e l o I m a g i n á r i o n a F o t o g r a f i a B r a s i l e i r a
C o n t e m p o r â n e a , c o m c u r a d o r i a d e B o r i s K o s s o y , a p r e s e n t a d ae m A r i e s ,
F r a n ç a ,n o R e n c o n t r e s I n t e r n a c i o n a l e s d e l a P h o t o g r a p h i e .
1 S e m i n á r i o I n t e r n a c i o n a l d e F o t o g r a f i a , o r g a n i z a d o p e l o NAFOTO -
N ú c l e o d o s A m i g o s d a F o t o g r a f i a , e r e a l i z a d on o S e n a c .
S o n y a n u n c i a a p r o d u ç ã o d e c â m e r a s d i g i t a i s , s e m f i l m e .
R e a l i z a ç ã o d a e x p o s i ç ã o c o l e t i v a N o v í s s i m o s — A P r o d u ç ã o d o s A n o s 9 0 ,
n a G a l e r i a F o t ó p t i c a , e m São P a u l o .
Salão N a c i o n a l d e F o t o g r a f i a s — R a c i s m o e D i s c r i m i n a ç ã o , r e a l i z a d o n a U s i n a
d o G a s ô m e t r o , P o r t o A l e g r e , RS.
1 9 9 4 E x p o s i ç ã o c o l e t i v a E s p e s s u r a d a L u z — F o t o g r a f i a B rasileira C o n t e m p o r â n e a ,
n a Bienal I n t e r n a c i o n a l d o L i v r o , e m F r a n k f u r t , c u r a d o r i a d e P a u l o H e r k e n
hoff.
E m a b r i l é iniciada a p u b l i c a ç ã o d a r e v i s t a Imagens, d a E d i t o r a d a U n i c a m p ,
d e p e r i o d i c i d a d e q u a d r i m e s t r a l , t e n d o c o m o e d i t o r e s e x e c u t i v o s F e r n ã o
P e s s o a R a m o s e L ú c i a N a g i b P e s s o a , q u e t r o u x e c o n t r i b u i ç õ e s p r e c i o s a s p a r a
a r e f l e x ã o f o t o g r á f i c a . E n c e r r o u suas a t i v i d a d e s e m 1 9 9 8 .
1 9 9 ^ E m s e t e m b r o é l a n ç a d a a r e v i s t a Paparazzi n . 1.
1996 E x p o s i ç ã o e l i v r o L u z e s d a C i d a d e , d e C r i s t i a n o M a s c a r o , n o M a s p .
1 Bienal I n t e r n a c i o n a l d e F o t o g r a f i a C i d a d e d e C u r i t i b a , o r g a n i z a d a p e l a
F u n d a ç ã o C u l t u r a l d e C u r i t i b a , a t r a v é s d o f o t ó g r a f o O r l a n d o A z e v e d o .
E x p o s i ç ã o e l i v r o N o v a s T r a v e s s i a s / N e w C r o s s i n g s — C o n t e m p o r a r y Brazilian
P h o t o g r a p h y , c o m c u r a d o r i a d e M a r i a L u iza M e l o C a r v a l h o , r e a l i z a d a e m
T h e P h o t o g r a p h e r s G a l l e r y , L o n d r e s .
R e a l i z a ç ã o d o v C o l ó q u i o L a t i n o - A m e r i c a n o d e F o t o g r a f i a , n o C e n t r o d e
Lãs A r t e s , n a C i d a d e d o M é x i c o .
E x p o s i ç ã o i n d i v i d u a l d e M i g u e l R i o B r a n c o — O u t o f N o w h e r e — n o MAM
d o R i o d e J a n e i r o e MAM d a Bahia.
i v E s t ú d i o U n e s p Sesc Senai d e T e c n o l o g i a s d a I m a g e m , e m a b r i l e m a i o ,
i d e a l i z a ç ã o e c u r a d o r i a d e L u i z G u i m a r ã e s M o n f o r t e .
N o s L i m i t e s d a F o t o g r a f i a , e x p o s i ç ã o c o l e t i v a n o Sesc P o m p é i a , e m j u l h o ,
c u r a d o r i a d e A n d r é R o u i l l é .
1 S e m i n á r i o P a n o r a m a s d a I m a g e m , o r g a n i z a d o p e l o g r u p o P a n o r a m a s d a
I m a g e m e m c o n j u n t o c o m a S e c r e t a r i a d e E s t a d o d a C u l t u r a d e São P a u l o .
P u b l i c a ç ã o d o l i v r o Belém da saudade, a memória de Belém do inicio do século
em cartões postais, e m e d i ç ã o o r g a n i z a d a p e l a S e c r e t a r i a d e E s t a d o d a C u l t u r a
d o P a r á ,
C r i a ç ã o d o P r ê m i o N a c i o n a l d e F o t o g r a f i a i n s t i t u í d o p e l a F u n a r t e ,
R i o d e J a n e i r o .
1997 E x p o s i ç ã o e c a t á l o g o A C o l e ç ã o d o I m p e r a d o r — F o t o g r a f i a B rasileira
e E s t r a n g e i r an o S é c u l o x i x , c o m c u r a d o r i a d e J o a q u i m M a r ç a l F e r r e i r a
d e A n d r a d e , d a Biblioteca N a c i o n a l , R i o d e J a n e i r o , r e a l i z a d a n o
C e n t r o C u l t u r a l B a n c o d o Brasil.
2 0 6
I d e n t i d a d e / N ã o I d e n t i d a d e , a F o t o g r a f i a B rasileira A t u a l , e x p o s i ç ã o c o l e t i v a
r e a l i z a d a n o MAM d e S ã o P a u l o , e m j u l h o , c o m c u r a d o r i a d e T a d e u C h i a r e l l i .
I n a u g u r a ç ã o d o S e t o r F o t o g r a f i a n o Brasil, p r o j e t o p i o n e i r o d o I t a ú C u l t u r a l
d e c r i a ç ã o e o r g a n i z a ç ã o d e u m B a n c o d e D a d o s I n f o r m a t i z a d o s o b r e
F o t o g r a f i a n o Brasil, s é c u l o x i x e s é c u l o x x , c u r a d o r i a d e R u b e n s F e r n a n d e s
J u n i o r e P e d r o V a s q u e z , q u e s o b c o o r d e n a ç ã o d e M á r c i a R i b e i r o , r e u n i u m a i s
d e 3 m i l f o t o g r a f i a s d e a p r o x i m a d a m e n t e 3 0 0 f o t ó g r a f o s b r a s i l e i r o s .
R e a l i z a ç ã o d a i v S e m a n a S e r g i p a n a d e F o t o g r a f i a , p r o m o v i d o p e l a
U n i v e r s i d a d e F e d e r a l d o S e r g i p e , e m A r a c a j u .
E x p o s i ç ã o e l i v r o Antropologia da face gloriosa, d e A r t h u r O m a r , p o r ocasião
d a x x Bienal I n t e r n a c i o n a l d e S ã o P a u l o , e d i ç ã o d a C o s a c & N a i f y .
E x p o s i ç ã o n a P i n a c o t e c a d o E s t a d o e l i v r o e d i t a d o p e l a T e r r a V i r g e m E d i t o r a —
O Ú l t i m o G r i t o — d e K l a u s M i t t e l d o r f .
R e a l i z a ç ã o e m a g o s t o , d a n Bienal I n t e r n a c i o n a l d e F o t o g r a f i a C i d a d e d e
C u r i t i b a , e s t a d o d o P a r a n á , c u r a d o r i a d e O r l a n d o A z e v e d o .
M o r r e m e m S ã o P a u l o G e r a l d o d e B a r r o s e D o m i c i o P i n h e i r o , i m p o r t a n t e s
n o m e s d a f o t o g r a f i a b r a s i l e i r a e x p e r i m e n t a l e j o r n a l í s t i c a , r e s p e c t i v a m e n t e .
P r ê m i o G a ú c h o d e F o t o g r a f i a , i n c e n t i v o à a t i v i d a d e a r t í s t i c a c o n c e d i d a p e l a
S e c r e t a r i a d e E s t a d o d a C u l t u r a d o R i o G r a n d e d o S u l .
R e a l i z a ç ã o d o n FOTONORTE — 1 9 9 8 , q u e r e u n i u a p r o d u ç ã o d o s f o t ó g r a f o s
d a r e g i ã o e c o n v i d a d o s d a C o l ô m b i a , E q u a d o r , P e r u e V e n e z u e l a , e m t o r n o
d a p u b l i c a ç ã o Amazônia o olhar sem fronteiras.
E m a g o s t o o I n s t i t u t o M o r e i r a Salles a d q u i r e a C o l e ç ã o G i l b e r t o F e r r e z ,
o m a i s i m p o r t a n t e a c e r v o d e f o t o g r a f i a s b r a s i l e i r a s d o s é c u l o x i x .
L a n ç a m e n t o d o l i v r o 0 retrato paraense, d e C l á u d i o d e L a R o c q u e L e a l ,
p e l a F u n d a ç ã o R ô m u l o M a i o r a n a , B e l é m , P a r á .
H o r i z o n t e R e f l e x o , e x p o s i ç ã o c o l e t i v a , c u r a d o r i a d e E d u a r d o B r a n d ã o e
L i s e t t e L a g n a d o , e m j u l h o / a g o s t o ,n o C e n t r o C u l t u r a l L i g h t , R i o d e J a n e i r o .
G a l e r i a C a m a r g o Vilaça p r o m o v e e x p o s i ç ã o i n d i v i d u a l d e M i g u e l R i o B r a n c o ,
e m j u n h o , q u e v i a j o u p a r a N o v a Y
o r k , L o s A n g e l e s , A l e m a n h a , M é x i c o e ,
f i n a l m e n t e , x x m Bienal I n t e r n a c i o n a l d e S ã o P a u l o .
E x p o s i ç ã o c o l e t i v a J o g a d a s / C o n d u i t e s d e B aile, c u r a d o r i a d e N a i r B e n e d i c t o
e R o s e l y N a k a g a w a , r e a l i z a d o e m j u n h o p o r o casião d a C o p a d o M u n d o ,
n o C e n t r e R e g i o n a l d e l a P h o t o g r a p h i e , N o r d P a s - d e - C a l a i s .
C r i a d o o Bacharelado e m F o t o g r a f i a , o p r i m e i r o p r o g r a m a d e g r a d u a ç ã o
d o g ê n e r o n o País, o f e r e c i d o p e l o C e n t r o d e C o m u n i c a ç õ e s e A r t e s d o
S e n a c , S ã o P a u l o .
1999 E x p o s i ç ã o O Z e n e a A r t e G l o r i o s a d a F o t o g r a f i a , d e A r t h u r O m a r ,
n o C e n t r o C u l t u r a l B a n c o d o Brasil, d e j a n e i r o a a b r i l , R i o d e J a n e i r o .
E m o u t u b r o d o m e s m o a n o , A r t h u r O m a r realiza u m a m o s t r a i n d i v i d u a l
d e s e u s v i d e o s e filmes n o M u s e u d e A r t e M o d e r n a d e N o v a Y o r k .
R e a l i z a d a n o K u n s t m u s e u m , c i d a d e d e W o l f s b u r g , A l e m a n h a , a e x p o s i ç ã o
L a b i r i n t o s e I d e n t i d a d e s — P a n o r a m a d a F o t o g r a f i a B rasileira 1 9 4 6 - 1 9 9 8 ,
c u r a d o r i a d e R u b e n s F e r n a n d e s J u n i o r .
Início d a s e d i ç õ e s d a Revista da Casa do Vaticano, p r o j e t o G r á f i c o s B u r t i ,
c o m p e r i o d i c i d a d e t r i m e s t r a l .
O IPHAN — I n s t i t u t o d o P a t r i m ô n i o H i s t ó r i c o e A r t í s t i c o N a c i o n a l , l a n ç a a 2 j-
e d i ç ã o d a Revista do Patrimônio, o r g a n i z a d a p e l a h i s t o r i a d o r a M a r i a I n ê z T u r a z z i ,
c o m a t e m á t i c a f o t o g r a f i a , r e u n i n d o a r t i g o s e e n s a i o s d e especialistas d o Brasil
e d o e x t e r i o r .
A q u i s i ç ã o p e l o I n s t i t u t o M o r e i r a Salles d o a r q u i v o f o t o g r á f i c o d e M a r c e l
G a u t h e r o t , c o m c e r c a d e 2^ m i l i m a g è n s d o Brasil.
2000 S e m i n á r i o " C o n v e r s a d o O l h a r — 1 6 0 a n o s d a f o t o g r a f i a n o Brasil", o r g a n i z a d o
p e l o f o t ó g r a f o Z e k a A r a ú j o , n o C e n t r o C u l t u r a l B a n c o d o Brasil, R i o d e
Janeiro.
L i v r o e e x p o s i ç ã o Brasil j o o A n o s , c o l e t i v a r e a l i z a d a n o T e a t r o N a c i o n a l
p o r o c a s i ã o d o a n i v e r s á r i o d e j o o a n o s d o B rasil, r e u n i n d o d e z e n a s d e
f o t ó g r a f o s b r a s i l e i r o s .
O C e n t r o P o r t u g u ê s d e F o t o g r a f i a , s o b d i r e ç ã o d e T e r e s a Siza, e x i b e p o r
o c a s i ã o d o s j o o a n o s d a d e s c o b e r t a d o Brasil as s e g u i n t e s e x p o s i ç õ e s :
A C o l e ç ã o d o I m p e r a d o r , c u r a d o r i a d e J o a q u i m M a r ç a l ; F o t o A t i v a ,
c u r a d o r i a d e M i g u e l C h i k a o k a ; L a b i r i n t o e I d e n t i d a d e s — P a n o r a m a d a
F o t o g r a f i a B rasileira 1 9 4 6 - 9 8 , c u r a d o r i a d e R u b e n s F e r n a n d e s J u n i o r ;
i n d i v i d u a l d e T h o m a z F a r k a s , c u r a d o r i a d e T e r e s a Siza.
E x p o s i ç ã o O S é c u l o x i x n a F o t o g r a f i a Brasileira, c u r a d o r i a d e R u b e n s F e r n a n d e s
J u n i o r e P e d r o C o r r ê a d o Lago, e m s e t e m b r o n o Palácio Itamaraty, Brasília.
E x p o s i ç ã o Brasil s e m F r o n t e i r a s , p r o j e t o a p r e s e n t a d o n a 111 Bienal
I n t e r n a c i o n a l d e F o t o g r a f i a C i d a d e d e C u r i t i b a , q u e r e u n i u o s f o t ó g r a f o s
T i a g o S a n t a n a , Elza L i m a , E d V i g g i a n i , C e l s o O l i v e i r a e A n t o n i o A u g u s t o
F o n t e s . O l i v r o f o i p u b l i c a d o p o s t e r i o r m e n t e , e m 2 0 0 2 .
Possíveis I m a g e n s : F o t o g r a f i a C o n t e m p o r â n e a , n a v i S e m a n a d e A r t e d e
L o n d r i n a , e x p o s i ç ã o c o l e t i v a , c o m c u r a d o r i a d e A n g e l a M a g a l h ã e s e N a d j a
P e r e g r i n o , n a C a s a d e C u l t u r a d a U n i v e r s i d a d e E s t a d u a l d e L o n d r i n a , P a r a n á .
I n a u g u r a ç ã o d a r e s e r v a t é c n i c a f o t o g r á f i c a d o I n s t i t u t o M o r e i r a Salles, n a c i d a d e
2 0 8
d o R i o d e J a n e i r o , o m a i o r e m a i s b e m e q u i p a d o e d i f í c i od o g ê n e r o d o p a i s .
C o m e m o r a ç ã o d o s d e z a n o s d e a t i v i d a d e s d a C a s a F u j i d e F o t o g r a f i a , S ã o P a u l o .
E x p o s i ç ã o i n d i v i d u a l e l a n ç a m e n t o d o l i v r o Benditos, d e T i a g o S a n t a n a ,
n o M e m o r i a l d a C u l t u r a C e a r e n s e , F o r t a l e z a .
PedroK
a r p V a s q u e z , e d i t a d o p e l a M e t a l i v r o s .
F o t o g r a f i a B r a s i l e i r a C o n t e m p o r â n e a - C o l e ç ã o J o a q u i m P a i v a ,
n o M u s e u N a c i o n a l d e A r t e , n a c i d a d e d e L a P a z , B o l í v i a .
v M ê s I n t e r n a c i o n a l d a F o t o g r a f i a , r e a l i z a d o p e l o NAFOTO,
s o b C o o r d e n a ç ã o G e r a l d e R u b e n s F e r n a n d e s J u n i o r , c o m o t e m a " R a í z e s
e A s a s " . A o r g a n i z a ç ã o d o e v e n t o e s t e v e a c a r g o d e N a i r B e n e d i c t o ,
F a b i a n a F i g u e i r e d o , F a u s t o C h e r m o n t , J u l i a R a p o s o e M o n i c a C a l d i r o n .
2001-03
2001 A C o l e ç ã o P i r e l l i - M a s p é e x i b i d a , p a r c i a l m e n t e , n a E m b a i x a d a d o B r a s i l
e m R o m a , e m m a i o - j u n h o ,e m c o m e m o r a ç ã o a o s d e z a n o s d a c o l e ç ã o .
V e r m e l h o s T e l ú r i c o s , e x p o s i ç ã o i n d i v i d u a l d e V i c e n t e d e M e l l o , r e a l i z a d a
e m j u n h o - j u l h o , n o C e n t r o C u l t u r a l B a n c o d o B r a s i l , R i o d e J a n e i r o .
E x p o s i ç ã o d e M i g u e l R i o B r a n c on o P e g g y G u g g e n h e i m ,e m V e n e z a , n o s e v e n t o s
p a r a l e l o s à B i e n a l d e V e n e z a , p r o m o v i d o s p e l a a s s o c i a ç ã o B r a s i l C o n n e c t s .
O t r a b a l h o d o f o t ó g r a f o A l a i r G o m e s é e x i b i d o c o m s u c e s s oe m P a r i s ,
n a F o n d a t i o n C a r t i e r p o u r L ' A
r t C o n t e m p o r a i n , c o m l i v r o e d i t a d o p e l a
T h a m e s & H u d s o n , c u r a d o r i a d e H e r v é C h a n d é s .
R e a l i z a ç ã o d a e x p o s i ç ã o c o l e t i v a T r a n s f i g u r a ç õ e s - O R i o n o O l h a r
C o n t e m p o r â n e o , c u r a d o r i a d e A n g e l a M a g a l h ã e s e N a d j a P e r e g r i n o ,
n o C e n t r o C u l t u r a l d a L i g h t , R i o d e J a n e i r o .
L a n ç a m e n t o d o l i v r o , c o m DVD, Entre os olhos o deserto, d e M i g u e l R i o B r a n c o ,
p e l a e d i t o r a C o s a c & N a i f y .
R e a l i z a ç ã o ,e m n o v e m b r o , n o R i o d e J a n e i r o , d a e x p o s i ç ã o r e t r o s p e c t i v a
O Brasil de Marcel Gautherot, p r o m o v i d o p e l o I n s t i t u t o M o r e i r a Salles.
O s f o t ó g r a f o s b r a s i l e i r o s V i k M u n i z e S e b a s t i ã o S a l g a d o i n t e g r a m a l i s t a
d o s d e z m e l h o r e s p r o f i s s i o n a i s d o a n o , p r o d u z i d a p e l o s m a i s c o n s i d e r a d o s
c r í t i c o s d e f o t o g r a f i a d a E u r o p a e d o s E s t a d o s U n i d o s .
A e d i t o r a C a p i v a r a p r o m o v e a p u b l i c a ç ã o d e u m a c o l e ç ã o d e l i v r o s d e
f o t ó g r a f o s a t u a n t e s n o s é c u l o x i x . P
edroK
a r p V a s q u e z e s u a p e s q u i s a s o b r e
2 0 9
R e v e r t H e n r i q u e K l u m b ; P e d r o C o r r ê a d o L a g o s o b r e M i l i t ã o ; B i a C o r r ê a
d o L a g o s o b r e A u g u s t o S t a h l ; e G e o r g e E
r m a k o f f s o b r e J u a n G u t t i e r r e z .
L a n ç a m e n t o d o C a l e n d á r i o B u r t i 2 0 0 2 , Havana, e n s a i o d e M i g u e l R i o B r a n c o ,
e e x p o s i ç ã o , e m d e z e m b r o ,n o P a r q u e d a L u z , p r o m o v i d a p e l a P i n a c o t e c a
d o E s t a d o .
E x p o s i ç ã o e l a n ç a m e n t o d o l i v r o N o t u r n o s , d e C á s s i o V a s c o n c e l l o s ,
d i a 2 4 d e s e t e m b r o , n a G a l e r i a V e r m e l h o . O l i v r o t e m t e x t o s d e N e l s o n B r i s s a c
P e i x o t o e R u b e n s F e r n a n d e s J u n i o r .
A G a l e r i a P a u l M i t c h e l l , c o o r d e n a d a p o r C l i f L e e , e m 1 4 d e o u t u b r o , r e a l i z o u
s u a c e n t é s i m a e x p o s i ç ã o ,e m n o v e a n o s d e a t i v i d a d e i n i n t e r r u p t a , t o r n a n d o - s e
u m a d a s e x p e r i ê n c i a s m a i s d u r a d o u r a s d a f o t o g r a f i a b r a s i l e i r a .
I n a u g u r a ç ã o d a G a l e r i a V e r m e l h o , d e E d u a r d o B r a n d ã o e E l i a n a F i n k e l s t e i n ,
c o m a e x p o s i ç ã o d e R a f a e l A s s e f , E l i a n a B o r d i n e o u t r o s .
P r o m u l g a ç ã o d o P r ê m i o F u n d a ç ã o C o n r a d o W e s s e l d e F o t o g r a f i a P u b l i c i t á r i a ,
e m 7 d e n o v e m b r o . P r i m e i r o P r ê m i o , K l a u s M i t t e l d o r f ; s e g u n d o P r ê m i o ,
M a u r í c i o N a h a s ; t e r c e i r o P r ê m i o , F u l a n o . A s e l e ç ã o f o i r e a l i z a d a e n t r e
a p r o x i m a d a m e n t e 8 j o f o t o g r a f i a s , d a s q u a i s f o r a m s e l e c i o n a d a s 1 0 0 i m a g e n s
d e d i s t i n t o s f o t ó g r a f o s .
L a n ç a m e n t o ,e m j u l h o , d o c a t á l o g o d a C o l e ç ã o d e F o t o g r a f i a sd o a c e r v o d o
MAM d e S ã o P a u l o .
E x p o s i ç ã o e l i v r o 0 esplendor dos contrários: aventuras da cor caminhando sobre
as águas do rio Amazonas, d e A r t h u r O m a r , n o C e n t r o C u l t u r a l B a n c o d o B r a s i l ,
S ã o P a u l o , e d i ç ã o d a C o s a c & N a i f y .
F o r m a - s e a i T u r m a d a F a c u l d a d e d e F o t o g r a f i ad o S e n a c , c o m 3 9 a l u n o s .
E m d e z e m b r o é l a n ç a d o o l i v r o A fotografia paraense 80/90, e m B e l é m , q u e
r e g i s t r a o s v i n t e a n o s d e a t i v i d a d e s d o m o v i m e n t o F o t o A t i v a e a i m p o r t â n c i a d a
p r o d u ç ã o p a r a e n s e n o c e n á r i o n a c i o n a l , c o m c o o r d e n a ç ã o d e M a r i a n o K l a u t a u .
L a n ç a m e n t o d o Cadernos de Fotografia Brasileira, e m d e z e m b r o , p u b l i c a ç ã o
a n u a l d o I n s t i t u t o M o r e i r a Sa l l e s, c o m u m n ú m e r o t o t a l m e n t e d e d i c a d o a o s
1 0 0 a n o s d e C a n u d o s .
W a l d e m a r C o r d e i r o e a F o t o g r a f i a , e x p o s i ç ã o n o C e n t r o U n i v e r s i t á r i o
M a r i a A n t o n i a d a USP, e m s e t e m b r o , c u r a d o r i a d e H e l o u i s e C o s t a e l i v r o
e d i t a d o p e l a C o s a c & Naify.
Faces ofthe Rainforest, l i v r o d e Valdir C r u z s o b r e o s í n d i o s Y a n o m a m i , e d i t a d o
p e l a P o w e r H o u s e B o o k s , N o v a Y o r k [edição brasileira: C o s a c & Naify, n o p r e l o ] .
P u b l i c a ç ã o d o l i v r o , Verger um retrato em preto e branco, b i o g r a f i a d e P i e r r e
F a t u m b i Verger, d e C i d a N ó b r e g a e R e g i n a E c h e v e r r i a , p e l a e d i t o r a C u r r u p i o ,
d e Salvador.
a 1 í d e j u n h o .
BIOGRAFIAS
v
ARAQUÉM ALCÂNTARA [Florianópolis, SC, 1951] e ensaísta Mário Pedrosa, figura fundamental na sua
Cursou a Faculdade de Jornalismo da Universidade formação artística e intelectual. No final dos anos
de Santos, São Paulo. Iniciou na fotografia em 1970, 40, junto aThomaz Farkas, organizou o laboratório
desenvolvendo um trabalho de documentação sobre a de fotografia do Masp, onde desenvolveu seus proje-
natureza e os processos de devastação, tornando-se tos fotográficos e iniciou a preparação da sua
um dos precursores da fotografia ecológica no Brasil. primeira exposição FotoFormas, realizada em 1950.
Desde o início de sua carreira em Santos, ganhou Com ela ganhou uma bolsa de estudos do governo
32 prêmios nacionais e seis internacionais e realizou francês e, no ano seguinte, se transferiu para Paris.
mais de uma centena de exposições. Dentre os Nesse período estudou gravura na Escola Superior
prêmios, destaca-se o Presença da Criança nas de Belas Artes com S.W. Hayter e conheceu Cartier-
Américas, concedido pela Unicef em 1979 e 1983, e Bresson, Giorgio Morandi, Brassai, entre outros. Em
o Grande Prêmio na I Bienal de Fotografia Ecológi- 1952, de volta ao Brasil, junto com outros artistas,
ca, realizada em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, fundou o Grupo Ruptura, expoente da arte concreta
(1982) e Prêmio de Melhor Exposição de 1993 con- do país. 0 grupo participou da I Exposição Nacional
cedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte, de Arte Concreta, em São Paulo (1956) e no Rio de
de São Paulo. De 1973 a 1984 foi fotógrafo dos Janeiro (1957), e da mostra internacional Konkrete
jornais 0 Globo, 0 Estado de São Paulo, Jornal da Kunst, organizada por Max Bill, em Zurique. A partir
Tarde, Tribuna de Santos e, a partir de 1985, torna- de 1954 exerceu atividades em artes gráficas e
se freelancer publicando inúmeros ensaios e reporta- desenho industrial. Na década de 60, participou da
gens nos principais jornais e revistas do Brasil e do criação do Grupo RexTime que realizou os primeiros
exterior. Principais exposições individuais e coletivas: happenings em São Paulo. Nos anos 70, sua perma-
Brésil des Brésiliens, Centre Georges Pompidou, nente inquietação o fez retomar em sua obra pictó-
Paris (1983); Hecho en Latino America, Casa de Ias rica os princípios fundamentais da arte concreta,
Américas, Havana, Cuba (1984); I Quadrienal de e passou a trabalhar com o conceito de serialização.
Fotografia do Museu de Arte Moderna de São Paulo 0 resultado desse trabalho foi exposto na Bienale
(1985); Floresta Atlântica e Mangues, Galeria de Venezia, em 1986, e na Suíça no ano seguinte.
Fotóptica, São Paulo (1987); Brasil: Cenário e Em 1993, sua obra fotográfica foi organizada pelo
Personagens, Galeria de Fotografia Funarte, Musée de L'Elysée, em Lausanne, na mostra "Geraldo
Rio de Janeiro (1989); Mar de Dentro, MIS, São de Barros, Peintre et Photographe", exibida poste-
Paulo (1991); Coleção Pirelli-Masp de Fotografias, riormente em São Paulo (1994), Rio de Janeiro e
São Paulo (1992); Luzes de Alcântara, Casa da Curitiba (1996). Realizou inúmeras exposições no
Fotografia Fuji, São Paulo (1994); Verde Lente, Brasil e no exterior e seus trabalhos fazem parte de
M A M de São Paulo (1997);Terra Brasil, Canning importantes coleções, públicas e privadas, entre as
House Gallery, Londres (1997);Terra Brasil, Pina-' . quais destacam-se: Masp, M A M de São Paulo, M A M
coteca do Estado, São Paulo (1998).Tem dezenas de do Rio de Janeiro, Bienale de Venezia, Musée de
livros publicados, e no Terra Brasil, de 1998, resume L'Elysée, Lausanne, Ludwig Museum, Kõln e Musée
em 280 páginas e 320 fotografias o melhor dessa d ' A r t Contemporain, Grenoble. Em 1999, foi realiza-
grande aventura pelo país e, desde já, se configura da uma exposição em Colônia, Alemanha e São
como uma importante contribuição ao conhecimento Paulo, com a publicação de um livro com toda as
de nossa geografia, da biodiversidade e das riquezas séries Fotoformas e Sobras. Em 2002, seu trabalho
naturais e culturais presentes nos 36 parques integrou a exposição coletiva Modernismo no Centro
nacionais brasileiros. Em 2000 realizou a a exposição Cultural São Paulo.
e o lançamento do livro Brasil iluminado, no MIS de
São Paulo. A exposição Amazônia, floresta do mundo, NAIR BENEDICTO CSão Paulo, SP, 19401 Licencia-
no Sesc Pompéia, foi realizada em 2002. da em Rádio e Televisão pela Escola de Comunicações
e Artes da Universidade de São Paulo. Começou como
GERALDO DE BARROS [Xavantes, SP, 1923-São repórter fotográfica freelancer no Jornal da Tarde
Paulo, SP, 19981 Pintor, designer e fotógrafo iniciou em 1972, e sempre optou por um trabalho livre e
suas atividades em fotografia em 1946, quando independente na área de documentação fotográfica.
associou-se ao Foto Cine Clube Bandeirante, de São Seus trabalhos são publicados nas maiores revistas
Paulo. Dois anos mais tarde entrou em contato com a nacionais e estrangeiras, entre as quais destacam-se:
Teoria da Forma (GestaltTheorie), através do crítico Veja, Isto É, Marie Claire, Cláudia, Stern, Paris
2 1 3
Match, BBC-Illustré, NewsWeek, Time, Geo plumas (1984, sobre poema de João Cabral de Melo
Magazine, Figaro Magazines Expresso. Ganhou o Neto); Bahia amada Amado (1996, sobre obra de
Prêmio Embratur - Revista ícaro (1984), X I Prêmio Jorge Amado). Seus livros foram traduzidos para
Abril de Fotojornalismo - Revista Veja (1985), e cinco idiomas, e Xingu - território tribal foi conside-
Melhor Fotorreportagem de Turismo - Prêmio Varig/ rado pela Kodak o melhor livro fotográfico de 1980,
Revista ícaro (1988). Suas exposições individuais e na Alemanha. Recebeu várias bolsas de estudo
coletivas mais relevantes foram: 0 Povo Brasileiro, Rio para desenvolver seu trabalho, entre elas da John
de Janeiro (1979); 11 Colóquio Latino Americano de Guggenheim Foundation (EUA, 1970), do Conselho
Fotografia, México (1981); Brésil des Brésiliens, Cen- Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
tre Georges Pompidou, Paris (1983); Fotojornalismo ( 1 9 8 1 e 1987), da Fundação de Amparo à Pesquisa
nos Anos 80, MIS, São Paulo (1985); 0 Olhar da F-4, do Estado de São Paulo (1984.-87), da Japan Foun-
Casa da Fotografia Fuji (1990); Canto a Ia Realidad, dation (1987). Seus prêmios mais importantes foram
Madrid, Espanha (1993); Fotografia Brasileira Con- o Prêmio Especial da Associação Paulista de Críticos
temporânea, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de de Arte, São Paulo, (1975 e 1987), o Prêmio Abril
Janeiro (1995); I I I Mês da Fotografia, Quito, Equador de Fotojornalismo, São Paulo (1984) e o Prêmio
(1995); History of Women Photographers, New York Golfinho de Ouro em Fotografia, Rio de Janeiro
Public Library, Nova York (1997). É sócia fundadora (1987). Realizou exposições no Brasil e no exterior,
da Agência F-4 Fotojornalismo (1979-91) e da destacando-se: Masp (1965); Fotógrafos de São
N-Imagens (1991), onde trabalha atualmente, e tam- Paulo, MAC-USP (1971); Xingu/Terra, Sala Especial
bém do NAFOTO - Núcleo dos Amigos da Fotografia, na X I I Bienal Internacional de São Paulo (1975)
entidade que realiza o Mês Internacional de e no Museum of Natural History, Nova York (1982);
Fotografia de São Paulo.Tem diversos livros publica- 0 Turista Aprendiz, Sala Especial na X V I I I Bienal
dos, entre os quais, As melhores fotos de Nair Bene- Internacional de São Paulo (1985) e Sala Especial
dicto (1988) e A greve do ABC e A questão do menor no Salon de Ia Photographie de Paris/La Defense
(1980).Tem fotografias nos acervos do MoMa de (1987); Coleção Pirelli-Masp, Masp (1991).
Nova York, Smithsonian Institution, Washington D.C., Dedicou-se também à elaboração de filmes e vídeos
M A M do Rio de Janeiro e Masp. Atualmente, organiza documentários sobre a realidade brasileira, a arte
exposições e ministra workshops, palestras e cursos popular e as tradições culturais. Em 1988, foi uma
nas principais cidades brasileiras. Em 2000 participou das convidadas de Darcy Ribeiro para conceituar e
do livro Brasil das Artes e, em 2001, participou da organizar uma coleção de arte popular latino-ameri-
exposição coletivaTrês Brasíles, no Museo Municipal cano para a Fundação Memorial da América Latina,
de Bellas Artes Genaro Perez, Córdoba, Argentina. projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer. Atualmente,
além de fotógrafa, é curadora do Pavilhão de Cria-
MAUREEN BISILLIAT [Englefieídgreen, Surrey, tividade do Memorial da América Latina, em São
Inglaterra, 1931] Estudou artes plásticas com André Paulo. Em 2001 expôs seu trabalho na Mostra Brasil
Lothe em Paris e com Morris Kantor no A r t Stu- Profundo, em Santiago, Chile. No mesmo ano também
dents League em Nova York. Viajou muito desde participou da exposição coletiva Tres Brasiles no
criança vivendo na Dinamarca, Argentina, Suíça e Museo Municipal de Bellas Artes Genaro Perez, em
Estados Unidos. Estabelecida no Brasil desde 1952, Córdoba, Argentina.
considera-o seu país. Movida pela necessidade de um
contato mais direto com a realidade, abandonou a LUIZ BRAGA [Belém, PA, 1956] Luiz Otávio
pintura em 1962, dedicando-se à fotografia. De 1964 Salameh Braga. Graduado em Arquitetura. Autodida-
a 1972 trabalhou com fotojornalismo para a Editora t a em fotografia, é profissional desde 1975 e em seu
Abril, nas revistas Realidade e Quatro Rodas, o que estúdio, desenvolve trabalhos comerciais nas áreas de
lhe proporcionou a primeira vivência direta com os turismo, arquitetura e propaganda. A partir de 1980
elementos da terra e do homem brasileiro. Como intensificou a produção de ensaios fotográficos con-
resultado dessa experiência vivida nos lugares mais centrados conceitualmente na visualidade da Amazô-
longínquos do Brasil, aprofundou seu conhecimento nia. Nesse percurso conquistou alguns prêmios
através da literatura e publicou os seguintes livros: A importantes: V I I Salão Nacional de Artes Plásticas,
João Guimarães Rosa (1965); Xingu - território Funarte, Rio de Janeiro (1984); Salão Arte Pará,
tribal (1979); Sertões - luz e trevas (1982, sobre o Belém (1985 e 1987 e 1989); Bolsa Marc Ferrez
livro Os Sertões de Euclides da Cunha); O cão sem do Instituto Nacional de Fotografia, Funarte, Rio de
2 1 4
Janeiro (1988); I Anuário do Clube de Diretores MARIO CRAVO NETO [Salvador, BA, 1947] Em
de Arte do Brasil, São Paulo (1989); The Leopold 1964, viveu e aprofundou seus estudos de escultura
Godowsky Jr. Color Photography Awards, Boston e fotografia em Berlim, e entre 1968 e 1970,
University, EUA (1991); Bolsa de Artes da Fundação morou em Nova York. Depois do reconhecimento
Vitae, São Paulo (1996). Na década de 80, par- como escultor, o artista iniciou sua trajetória na
ticipou da organização da IV Semana Nacional de fotografia, no cinema e, atualmente, no vídeo, uti-
Fotografia realizada pelo Instituto Nacional da lizando toda a experiência visual adquirida no
Fotografia na cidade de Belém, e do Workshop 24 desenho e na escultura. Seu primeiro prêmio foi
horas de Belém, do Grupo Foto Pará. Realizou diver- uma Menção Honrosa no I I Salão Baiano de
sas exposições no Brasil e no exterior, entre elas: I Fotografia Contemporânea, Salvador (1968).
PortFolio, Galeria Theodoro Braga, Belém (1979); Depois veio o Prêmio Governador do Estado, na X I
No Olho da Rua, Centro Cultural São Paulo (1984); Bienal Internacional de São Paulo (1971); Melhor
Tradição e Ruptura, Bienal Internacional de São Fotógrafo pela Associação Paulista de Críticos de
Paulo (1984); I Quadrienal de Fotografia, Masp Arte, São Paulo (1980 e 1995); Prêmio Nacional
(1985); V I I Salão Nacional de Artes Plásticas, Gale- de Fotografia, Ministério da Cultura, Funarte, Rio
ria Sergio Milliet, Rio de Janeiro (1985); Fotografis- de Janeiro (1996); e o Grande Prêmio na exposição
mo, Galeria de Fotografia da Funarte, Rio de Janeiro Panorama do M A M de São Paulo (1997). Citado no
(1985); À Margem do Olhar, Belém, Brasília, São Dictionnaire des Photographes, de Carole Naggar,
Paulo e Rio de Janeiro (1987); Brasil Cenários e Editions du Seuil, França, e na Encyclopédie Inter-
Personagens, Galeria de Fotografia Funarte, Rio de nationale des Photographes 1839-1983, Editions
Janeiro (1988); FotoForum, no Litovské Muzeum Camera Obscura, Suíça, é o fotógrafo brasileiro
Ruzomberok, Tchecoslováquia (1989); Anos-Luz, mais reconhecido no circuito internacional de gale-
Masp (1992); Image du Brésil, na Fundação Suíça rias e museus. Dentre as inúmeras exposições rea-
para a Fotografia, Zurique (1992); A Face Negra da lizadas no Brasil e no exterior destacam-se: Salone
Sociedade Brasileira, Galeria de Fotografia da Internazionale delia Cinematografia, Ottica e
Funarte, Rio de Janeiro (1992); Fotografia Fotografia, Milão (1980); Fundo Neutro e seus
Brasileira Contemporânea, Mês Internacional da Personagens, Galeria Fotóptica, São Paulo (1981);
Fotografia, São Paulo (1993); Espessura da Luz - Biennale Internazionale di Fotografia, Caserta,
Fotografia Brasileira Contemporânea, Bienal Itália (1982); Brazilian Photography, Six Contem-
Internacional do Livro, Frankfurt (1994); Novas poraries, The Photographer's Gallery, Londres
Travessias - Recent Photographie A r t from Brazil, (1982); Brésil des Brésiliens, Centre Georges Pom-
Photographer's Gallery, Londres (1996); Lichtbilder pidou, Paris (1982); 0 Tempo do Olhar - Panorama
- Junge Brasilianische Fotografie- 10 Photoazene, da Fotografia Brasileira Atual, Museu Nacional de
Kõln/Photokina, Colonia (1996). Com um trabalho Belas Artes, Rio de Janeiro ( 1 9 8 3 ) ; Corpo e Alma,
de destaque na Amazônia, possui obras em impor- Espace Latino-Américain, Mois de La Photo, Paris
tantes coleções: M A M do Rio de Janeiro, Coleção (1984); I I Bienal de Havana, Cuba (1988); La
Pirelli-Masp, Instituto Nacional de Artes Plásticas Galeria Kahlo, Coronel, México (1989); Museum
da Funarte do Rio de Janeiro, Photographie voor Fotografie, Antuérpia, Bélgica (1989); Het
Resource Center of Boston University, EUA, Casa da Portret, Canon Image Center, Amsterdã (1990);
Fotografia Fuji, São Paulo, Museu de Arte de Belém, Rencontres Internationales de Ia Photographie,
Pará e diversas coleções privadas. Tem fotografias Aries, França (1991); FotoFest, Houston, EUA
publicadas nos livros Visualidade amazônica, da (1992); V FotoBienal de Vigo, Espanha (1992);
Funarte; Arte Amazonas, editada pelo Instituto Canto a Ia Realidad, Madri, Espanha (1994);
Gõethe; Canto a Ia realidade, editado em Madri; Boras Kunstmuseet, Suécia ( 1 9 9 6 ) ; Bohuslãns
Contemporary Brazilian Photography, editado pela Museum, Áustria (1996); Masp (1995); M A M do
Câmara Brasileira do Livro para a Feira de Frank- Rio de Janeiro (1995); Witkin Gallery, Nova York
f u r t ; Contemporary Photography in Brazil, editado (1997). Publicou mais de 10 livros no período de
em Londres e Brasil das Artes, editado em 1998, 1980 a 1995 e suas fotografias estão nas coleções
São Paulo. Em 2002 participa da exposição coletiva do Museum of Modem A r t , Nova York;Tokyo
e lançamento do livro Fotografia Contemporânea Institute of Polytechnics, Center of Photography,
Paraense Anos 80/90, em Belém, Pará. de Tóquio; Masp; M A M de São Paulo; Suomen
Valokuvataiteen Museo, Helsinki; Stedelijk
Museum, Amsterdã; Hasselblad Collection; dos Pinhais (Nova York, 1996); o catálogo Faces of
Gotemburgo; Museum of Photographic Arts, the Forest (Nova York, 1996). Suas fotografias inte-
San Diego, EUA; DG Bank, Frankfurt; Brooklyn gram importantes coleções, entre elas, New York
Museum, Nova York; Mr. BERT Hartcamp Public Library, Museum of Modern A r t , Brooklyn
Collection, Amsterdã; Mam do Rio de Janeiro. Museum, National Arts Club eThe Cathedral of St.
Nos últimos anos lançou os livros: Salvador (1999), John the Divine, em Nova York; Museum of Fine Arts,
Laróyè (2000) e The Eternal Now (2002), todos Houston, EUA; e, no Brasil, a do Masp, da Fundação
pela Áries Editora. Em 1999 seu trabalho inaugurou Cultural de Curitiba e a Sig Bergamin Collection,
o espaço NeoGama, com 230 fotografias. Em 2003 São Paulo. Há vinte anos vive e trabalha em Nova
participou da exposição coletiva Negras Memórias, York. Em 2002, publicou o livro The Yanomami
Memórias de Negros: o Imaginário Luso-afro- Faces ofthe Rainforest, pela Powerhouse Books
brasileiro e a Herança da Escravidão, na Galeria de [ed. bras. Cosac & Naify, no prelo] e realizou uma
Arte do Sesi, com curadoria de Emanoel Araújo. exposição individual na GaleriaThrockmorton Fine
A r t , em Nova York.
VALDIR CRUZ [Guarapuava, PR, 1954] Autodidata,
aprofundou seus estudos na Germain School of Pho- TH0MAZ FARKAS [Budapeste, Hungria, 1924]
tography, em Nova York e como assistente de George Graduado em Engenharia pela Escola Politécnica da"
Tice em 1986 e 1987. Paralelamente ao seu percurso Universidade de São Paulo e Doutor na área de Cine-
na fotografia, transformou-se num dos melhores ma Documental pela Escola de Comunicações e
printers da cidade de Nova York. Entre seus clientes Artes da mesma Universidade. Além da atividade
nesse trabalho estavam Horst P. Horst, o cole- fotográfica, iniciada no Foto Cine Clube Bandeirante
cionador John Kobal, the state of Edward Steichen, no início da década de 40, ele também foi diretor e
the state of Baron George Hoyningen-Huene, a Staley produtor de Cinema Curta Metragem, Professor na
Wise Gallery e Fabrizio Ferri. Recebeu bolsa de Universidade de São Paulo e um dos empresários
estudos da John Simon Guggenheim Fellowship, mais bem sucedidos na área de fotografia, através da
em 1996, para desenvolver um projeto sobre a região sua companhia, Fotóptica. Em 1949, após realizar
amazônica, especialmente o estado de Rondônia. Estudos Fotográficos, a primeira exposição de
Realizou inúmeras exposições no Brasil e no exterior, fotografia no Masp, teve sete fotografias incluídas na
individuais e coletivas, entre as quais destacam-se: Coleção Permanente do Museu de Arte Moderna de
Parque das Exposições L. Werneck, Guarapuava, Nova York. Em 1950, com Geraldo de Barros, desen-
Brasil (1982); National Arts Club, Nova York volveu o projeto e a instalação do Laboratório
(1987); 242 Gallery, Nova York (1989); Fundação Fotográfico do Masp. Entre 1950 e 1964 foi repre-
Cultural de Curitiba, Paraná (1991); MIS de São sentante honorário do Brasil no The Photographie
Society of America, nos Estados Unidos. Na década
Paulo (1991); Coleção Pirelli-Masp (1992); The
de 40, época da faculdade, participou do Grupo Sur-
Camera Club of New York (benefit Auction), Nova
realista que pretendia utilizar a fotografia como meio
York (1992); Fotografia Brasileira Contemporânea-
de divagação psicológica e realizou diversos
Anos 50-90,1 Mês Internacional da Fotografia, São
espetáculos de dança. Na área de cinema documen-
Paulo (1993); UNESCO, Porto, Portugal (1991);
tal, produziu e co-produziu a partir da década de 60,
Collectors Photo Gallery, São Paulo (1993); Bonni
33 filmes documentários de curta e média metragens,
Benrubi Gallery, Nova York (1994); The Cathedral of
que fundaram e consolidaram uma linguagem docu-
St. John Divine, Nova York (1994); Devereux Deme-
mentária na cinematografia brasileira. Em 1965,
triat Gallery, Nova York (1994); Coletiva Brasileira
recebeu o Prêmio Governador do Estado de São
de Retratos, I I Mês Internacional de Fotografia,
Paulo e o Prêmio Gaivota de Ouro no Festival Inter-
Espaço Cultural FAAP, São Paulo (1995); Brooklyn
nacional do Filme, Rio de Janeiro; em 1966, Men-
Museum, Nova York (1996); Masp (1996); Faces on
zione Speciale no Festival di Popoli, Florença, Itália.
the Rainforest, Galeria LGC Arte Hoje, Rio de
Depois de publicar por mais de três décadas a revista
Janeiro (1996) e Throckmorton Fine Art, Nova York,
de fotografia Fotóptica, no final da década de 70,
(1998); FotoFest, Houston, EUA (1998). Entre suas
criou a FotoGaleria Fotóptica, uma das iniciativas
principais publicações incluem-se PortFolio I (Nova
mais importantes para a consolidação do eferves-
York, 1989), edição limitada, tiragem do autor; cente movimento fotográfico da época. Em 1997,
Catálogo da Coleção Pirelli-Masp (São Paulo, realizou uma grande exposição retrospectiva no
1992); o livro Catedral Basílica de Nossa Senhora
21 6
Masp e publicou o livro Thomaz Farkas, fotógrafo. (1991); Canto a Ia Realidade - Fotografia Lati-
Atualmente é diretor da Fundação Cinemateca noamericana, 1860-1992, Casa da América (1993);
Brasileira, responsável pela conservação e preser- Fotografia Brasileira Contemporânea - Anos 50-90,
vação da memória cinematográfica brasileira. Em I Mês Internacional de Fotografia, São Paulo (1993);
2000 fez a exposição individual Sexto Sentido no Jogo do Olhar, Masp (1994); Querência, I Bienal
Internacional de Fotografia Cidade de Curitiba,
Centro Português de Fotografia, cidade do Porto, e,
Paraná (1996). Considerado um dos grandes fotó-
em 2001, a Edusp e a Imprensa Oficial do Estado
grafos paisagistas do Brasil, desenvolve seu trabalho
publicaram o livro retrospectivo sobre seu trabalho,
com câmeras de grande e médio formato, e mais
também exibido no Centro Universitário Maria Anto-
recentemente retomou o formato 135 mm. Possui
nia. Em julho de 2002, o Instituto Moreira Salles,
fotografias em várias coleções e acervos importantes:
no Rio de Janeiro, promoveu a exposição Fotografias
Coleção Pirelli-Masp de Fotografia, São Paulo;
deThomaz Farkas.
Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre;
LUIZ CARLOS FELIZARDO [Porto Alegre, RS, Fundação lochpe, Porto Alegre; Centro Winfredo
1949] Luiz Carlos Rosa Felizardo. Estudou Arquite- Lam, Cuba; Consejo Mexicano de Fotografia, México;
tura na Universidade do Rio Grande do Sul e, em e nas coleções privadas de Frederick Sommer, Ari-
1969, iniciou sua carreira profissional nas áreas de zona, EUA; Joaquim Paiva, Brasília;Torsten Wiesel,
fotografia publicitária e fotografia industrial. A partir Nova York. Em 2000 publicou o livro de ensaios críti-
de então começou a desenvolver projetos de documen- cos O relógio de ver, edição Gabinete Fotografia, de
tação cultural, vários dos quais dedicados à arquitetu- Porto Alegre. Atualmente escreve uma coluna sobre
ra e, gradativamente, deslocou seu olhar também para fotografia para a revista cultural Aplauso, editada em
a natureza e a paisagem gaúcha. Recebeu várias bol- Porto Alegre.
sas de estudo para pesquisar e aprofundar sua técnica
de trabalho e desenvolver seus temas fotográficos, WALTER FIRMO [Rio de Janeiro, RJ, 1937] Walter
entre elas a Bolsa Capes/Comissão Fulbright, Progra- Firmo Guimarães da Silva. Autodidata, iniciou sua
ma de Especialização em Artes, trabalhando sob a carreira como repórter fotográfico no jornal Última
supervisão do artista Frederick Sommer, em Prescott, Hora. Atuou no Jornal do Brasil e em seguida na
Arizona, EUA (1984); a Bolsa Vitae de Artes, da Fun- Editora Abril para participar do projeto de lança-
dação Vitae, São Paulo, para pesquisar a vida e a obra mento da revista Realidade. Em 1966, foi contratado
pela Editora Bloch para atuar nas revistas Manchete
de Frederick Sommer (1990); e a Fulbright Courtesy
e Fatos & Fotos. Em 1973 criou, com Klaus Meyer e
Travel Grant, para a complementação das pesquisas
Sebastião Barbosa, a Agência Câmara 3, um projeto
anteriores (1991). Foi premiado como Destaque de
pioneiro de banco de imagens no Brasil.Também tra-
Fotografia em 1991 pela Associação Riograndense de
balhou para as revistas semanais Veja e Isto É. De
Artes Plásticas Francisco Lisboa, Porto Alegre. Par-'
1986 a 1991, assumiu a direção do Instituto
ticipou de várias exposições coletivas e individuais, no
Nacional de Fotografia da Funarte, no Rio de
Brasil e no exterior, entre elas: Muestra de Ia
Janeiro, órgão oficial do Ministério da Cultura, e em
Fotografia Latinoamericana Contemporânea, Museo
1987, foi nomeado membro do Conselho Nacional
del. Arte Moderno, I Colóquio Latino Americano de
do Direito Autoral, em Brasília. Ganhou o Prêmio
Fotografia, México (1978); Move Fotógrafos
Esso de Reportagem, o mais prestigiado prêmio do
Brasileiros, X Rencontres Internationales d'Arles,
jornalismo brasileiro, com a reportagem, textos e
França (1978); ITrienal de Fotografia, MAM, São
fotografias, "Cem Dias na Amazônia de Ninguém",
Paulo (1980); Onze Fotógrafos Brasileiros, Museo
em 1963; depois foi premiado no Concurso Interna-
de Bellas Artes, Caracas, Venezuela (1980); A Quatro
cional da Nikon em 1 9 7 3 , 1 9 7 4 , 1 9 7 5 , 1 9 7 6 , 1 9 7 8 ,
Mãos (com Leopoldo Plentz), Lugar Comum Galeria,
1980 e 1982. Ganhou o Prêmio Golfinho de Ouro, em
Porto Alegre (1982); Visões Urbanas, Fotogaleria 1985, concedido pelo Governo do Estado do Rio de
Funarte, Rio de Janeiro e Salão Fuji, São Paulo Janeiro e o Prêmio de Fotografia da revista ícaro
(1984); I I I Colóquio Latinoamericano de Fotografia e
I Bienal de Havana (artista convidado), Cuba (1984); em 1988 e foi designado Nominator do International
Fotografia e os Anos Setenta, MAC, São Paulo Center of Photography em Nova York. Em 1998
(1985); Cidade Transfigurada, Curitiba, Paraná ganhou a Bolsa de Artes do Banco Icatu. Realizou
(1986); Brasil: Cenários e Personagens, Funarte, exposições no Brasil e no exterior, entre as quais
Rio de Janeiro (1989); Coleção Pirelli-Masp, Masp destacam-se: 0 Tempo do Olhar, Museu Nacional de
2 1 7
Belas Artes, Rio de Janeiro (1983); Ensaio no Tempo al,Tóquio, 1975; I Bienal de Fotografia Ecológica,
- 25 anos de fotografia, MAM, Rio de Janeiro (1983) Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 1979; Prêmio de
e Masp (1984); I I I Colóquio Latinoamericano de Fotografia Augusto Rodrigues - Instituto Nacional
Fotografia, Havana, Cuba (1984); New York, New de Fotografia, Rio de Janeiro, 1989; e condecorado
York, Galeria Cândido Mendes, Rio de Janeiro com a Medalha de Mérito Cultural do Governo do
(1989); Brasil e sua Gente, Moscou, Rússia (1991); Distrito Federal. Participou de inúmeras exposições
Color from Brazil, FotoFest, Houston,Texas, EUA coletivas e individuais, no Brasil e no exterior, com
(1992); Ribeiros Amazônicos, Belém, Pará (1993) destaque para I Mostra de Fotografia Latino Ameri-
e Centro Cultural do Gasômetro, Porto Alegre, Rio
cana Contemporânea, Museu de Arte Moderna, Mé-
Grande do Sul (1994); Achados e Perdidos, Galeria
xico (1977); Rencontre Internationale de La Pho-
Cândido Mendes, Rio de Janeiro (1994); 0 Negro
tographie, Aries, França (1979); I I Colóquio Latino
Brasileiro, Universidade de Misumi, Ezuo, Japão
Americano de Fotografia, México (1981); Brasília:
(1994); Ruas do Rio de Janeiro, Centro Cultural
Sonho do Império, Capital da República, Galeria de
Banco do Brasil, Rio de Janeiro (1995); Coleção
Fotografia Funarte, Rio de Janeiro e Galeria Álbum,
Pirelli-Masp de Fotografia, Masp (1995); Nas Tri-
lhas do Rosa, Centro Cultural Unibanco, São Paulo São Paulo (1981); Brésil des Brésiliens, Centre
(1996); Os Sertões de Guimarães Rosa e Euclides da Georges Pompidou, Paris (1983); 0 Tempo do Olhar,
Cunha, Instituto Goethe, São Paulo (1996); 0 Brasil Panorama da Fotografia Brasileira Atual, Museu
de Hoje, Galeria Arte Hoje, Rio de Janeiro (1997); Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro (1983);
Antologia da Fotografia Africana e do Oceano Fotojornalistas Brasileiros - Anos 40, 50, 60 e 70,
Índico, Maison Européenne de La Photographie, MIS, São Paulo (1990); Coleção Pirelli-Masp, Masp
(1991); Brasília - Contrastes e Confrontos - Diálogo
Paris e Pinacoteca do Estado, São Paulo (1998).
entre 10 fotógrafos, I I I Semana de Fotografia de
Atua no Rio de Janeiro como fotógrafo independente,
Brasília (1992); Brasília - Paixão Antiga, na Casa
coordena oficinas de fotografia em todo o Brasil, é
de Cultura da América Latina (1993); Fotografia
curador do Salão Finep de Fotojornalismo e editor
Brasileira Contemporânea, Mês Internacional da
de fotografia do jornal Caros Amigos, editado em
Fotografia, São Paulo (1993); Tempo Veloz, Masp e
São Paulo. Em 1998 ganhou o Prêmio Icatu que per-
Theatro São Pedro de Porto Alegre, Rio Grande do
mitiu-lhe a estadia de seis meses em Paris, que resul-
Sul (1993); Feito em Casa, na Galeria de Fotografia
tou no livro Paris para sobre imagens, editado pela
da Funarte e na Galeria da Universidade Federal
Funarte, em 2001. Em 2003 participa da exposição
Fluminense, Rio de Janeiro (1996). Em 1998, par-
coletiva Negras Memórias, Memórias de Negros: o
Imaginário Luso-africano-brasileiro e a Herança da ticipou da exposição coletiva Brasil Bom de Bola,
Escravidão, na Galeria de Arte do Sesi, São Paulo, organizada também em livro, sobre futebol, exibida
com curadoria de Emanoel Araújo. no MIS de São Paulo e no Museu do Louvre, em
Paris, durante a Copa do Mundo.Tem dois livros
LUIS HUMBERTO [Rio de Janeiro, RJ, 1934] Luis publicados Brasília, sonho do Império, Capital da
Humberto Miranda Martins Pereira. Graduado pela República, de fotografias, 1981, e Fotografia:
Faculdade Nacional de Arquitetura da Universidade universo e arrabaldes, de 1983, que reúne seus
do Brasil, no Rio de Janeiro. Co-fundador da Univer- artigos mais importantes sobre a reflexão do fazer
sidade de Brasília, Professor Titular da Faculdade de fotográfico e questões da ética e da educação
Comunicação e Pesquisador Associado do Curso de fotográfica. Incansável batalhador pela organização
Mestrado da Faculdade de Comunicação da Universi- política e pelo direito autoral dos fotógrafos, foi um
dade de Brasília. Fotógrafo e Editor de Fotografia, dos fundadores da União dos Fotógrafos de Brasília
atuou intensamente na imprensa brasileira no perío- em 1978. Suas fotografias estão nas coleções do
do de 1968 a 1981. Vive em Brasília desde 1964 e, Masp, MIS de São Paulo, M A M do Rio de Janeiro;
na década de 70, durante o período militar, realizou e coleções privadas. Em 2000 publica o livro
um dos mais importantes e consistentes trabalhos de Fotografia, a poética do banal, de ensaios e textos
documentação da política e do cotidiano do Distrito sobre fotografia pela Editora da Universidade
Federal. Foi premiado no I Concurso Internacional de de Brasília.
Fotografia da Natureza, Lisboa, Portugal, 1966;
Concurso Nacional de Reportagem - Brasília Décimo
Aniversário, 1970; Nikon Photo Contest Internation-
2 I 8
ELZA LIMA [Belém, PA, 1950] Iniciou na fotografia 0 projeto "Brasil sem fronteiras", que desenvolveu
em 1984 após criar seus três filhos. Fez o Curso de com outros fotógrafos foi publicado em 2002 pela
Fotografia na Oficina FotoAtiva, com coordenação de Editora Tempo d'Imagem. No mesmo ano, participou
Miguel Chikaoka, um excelente centro de formação e da exposição e do livro Fotografia Contemporânea
divulgação da fotografia brasileira. Desde 1989 tra- Paraense - Anos 80/90, em Belém.
balha na Fundação Cultural do ParáTancredo Neves
(CENTUR), criando um acervo fotográfico das mani- RUBENS MANO [São Paulo, SP, I 9 6 0 ] Graduado
festações culturais da Região Amazônica. Em con- pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de San-
vênio com a Fundação Nacional do índio (FUNAI), tos, São Paulo. Artista visual inquieto e refinado, tra-
há mais de dez anos desenvolve documentação balhando nos limites e na expansão dos conceitos e
fotográfica nas tribos indígenas da Amazônia Legal. do uso da fotografia, iniciou sua trajetória na década
Integra o Conselho Curador da Galeria de Arte da de 80. Seus projetos individuais são: Fotos 87/88,
Universidade da Amazônia desde a sua criação em na Galeria Fotóptica de São Paulo (1988); Iminente
1993. Em 1985, participou de um projeto coletivo de Circuito, no Centro Cultural São Paulo (1995);
Casa Verde, Avenida Casa Verde, São Paulo (1997);
documentação do bairro da Cidade Velha, promovido
Geometria do Tempo, Paço das Artes, São Paulo
pela Secretaria Municipal de Cultura de Belém, além
(1999). Dentre inúmeras exposições coletivas reali-
de outros eventos como a Jornada 24 Horas de
zadas no Brasil e no exterior, destacam-se: Iconó-
Belém e Jornada do Círio de Nazaré, ambas organi-
grafos, M A M de São Paulo e Galeria de Arte da
zadas pelo Grupo FotoPará. Entre seus prêmios
Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de
destacam-se Prêmio Aquisição V I I Salão Arte Pará,
Janeiro (1990); Além da Fotografia, Galeria de Arte
1988; Prêmio José Medeiros, MAM do Rio de Janeiro
da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de
(1991); Prêmio Aquisição do X e X I Salão de Arte
Janeiro (1992); Na Falta da Verdade, GaleriaTriân-
Pará, 1991 e 1992; Prêmio Nikon International
gulo, São Paulo (1993); Contemporary Brazilian
Photo Contest, Japão, 1993. Principais exposições:
Photography, Centre for the Arts, San Francisco,
Galeria Rômulo Maiorana, Belém, Pará (1991); José
EUA (1994); Detetor de Ausências - A r t Cidade I I ,
Medeiros, M A M do Rio de Janeiro (1991); Imagens
Viaduto do Chá, São Paulo (1994); Fotografia
do Brasil, Fundação Zurique, Suíça (1992);
Contaminada, Centro Cultural São Paulo (1994);
Fotografia Brasileira Contemporânea - Anos 50-90,
Panorama da Arte Brasileira, M A M de São Paulo e
I Mês Internacional da Fotografia, São Paulo
(1993); Nunca Verás País como Este, Galeria Rômu- M A M do Rio de Janeiro (1995); Mostra da gravura
lo Maiorana, Belém, Pará (1994); Documentaristas de Curitiba, Solar do Barão, Curitiba, Paraná
Contemporâneos Brasileiros, Fundação Cultural (1995); Fotografia Brasileira Contemporânea, Cen-
Banco do Brasil, Rio de Janeiro (1994); Fotografia tro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro (1995);
Brasileira Contemporânea, Center for the Arts, San Nos Limites da Fotografia, Sesc-Pompéia, São Paulo
Francisco, EUA (1994); Festival Toys from Amazon (1996); Pluralidade: Arte Brasileira no MAM de São
Region, Albuquerque, Novo Mexico, EUA (1994); Paulo (1996); Fotografia Brasileira Contemporânea,
I Salão Finep de Fotojornalismo, Rio de Janeiro FotoGaleria, Buenos Aires, Argentina (1997); Inter-
(1994); Arte de Belém, Brasil, Casa de Brecht, Augs- venções Urbanas, Sesc-Pompéia, São Paulo (1997);
burgo, Alemanha (1994); Menschein in Amazonien, Identidade/Não-Identidade, M A M de São Paulo e
Elza Lima Fotografien aus Brasilien; Bibliothek der Centro Cultural Light, Rio de Janeiro (1997); Con-
Stadt Aachen, Alemanha (1994); IV Semana temporary Brazilian Photography, Barbara Davis
Nacional de Fotografia Cidade de Curitiba (1994); Gallery, Houston, EUA (1998); City Canibal, Paço
das Artes, São Paulo (1998). Um dos criadores do
Novas Travessias-Contemporary Brazilian Photo-
grupo Panoramas da Imagem, de iniciativa indepen-
graphy, The Photographer's Gallery, Londres (1996);
dente, que desde 1993, desenvolve projetos de
Amazônicas - Fronteiras, Instituto Itaú Cultural,
pesquisa, seminários e curadoria de exposições na
São Paulo (1998). Durante seis meses morou na
área de fotografia. Através desse grupo, ele organiza
Suíça, em 1995, a convite do Museu de Arte do
há mais de cinco anos a exposição Novíssimos, que
Cantão Thurgau, onde, junto ao fotógrafo suíço
revela artistas emergentes e propõe a discussão
Barnabás Bosshart, desenvolveu o projeto "Vendo
sobre a utilização da fotografia na produção contem-
de perto com olhares de fora". Elza Lima tem
porânea das artes plásticas. Em 1999 foi realizada
atuado de forma intensa na construção de um novo
sua exposição individual Geometria do Tempo, no
olhar para a fotografia documental brasileira.
2 1 9
Paço das Artes, em São Paulo e, em 2000, participou CRISTIANO MASCARO [Catanduva, SP, 1944]
de exposição na Galeria Casa Triângulo, São Paulo. Cristiano Alckmin Mascaro. Formado pela Faculdade
Sua instalação, Vazadores, realizada em 2002, na de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São
XXV Bienal Internacional de São Paulo foi conside- Paulo, iniciou sua carreira de repórter fotográfico na
rada a mais polêmica de toda a mostra. revista Veja (1968-69 e 1972-73), chegando a ser
editor de fotografia. De 1969 a 1971 morou em
JUCA MARTINS [Barcelos, Portugal, 1949] Manoel Paris, aprofundando seu conhecimento sobre
Joaquim Martins Lourenço. Repórter fotográfico há fotografia e realizando reportagens em diversos paí-
mais de 25 anos, iniciou sua carreira em 1969 na ses europeus para revistas brasileiras. Entre 1972 e
Editora Abril como aluno dos cursos de Técnica de 1975, foi professor de fotojornalismo na Enfoco
Impressão Gráfica e Laboratório de Fotografia. Em Escola de Fotografia; de Comunicação Visual na Fa-
1969 começou sua atividade de fotógrafo trabalhando culdade de Arquitetura de Santos, São Paulo, de
como freelancer para os jornais Folha de S.Paulo, 1976 a 1986; e Coordenador do Laboratório de
Jornal da Tarde e Última Hora. Durante 1975 e Recursos Audiovisuais da FAU/USP no período de
1976, foi Diretor de Arte e membro do Conselho de 1973 a 1988. Essa experiência acadêmica levou-o a
Redação do jornal Movimento, que combateu a desenvolver na Universidade de São Paulo, as teses
ditadura militar, e nos anos 70 e 80 realizou inúmeros 0 uso da fotografia na interpretação do espaço
ensaios fotográficos com acentuada temática social, urbano (Mestrado), em 1986, e 4 fotografia e a
cultural e política no Brasil e no exterior, todos publi- arquitetura (Doutorado) em 1994. Recebeu os
cados em jornais, revistas e livros. Ganhou o Prêmio prêmios Eugène Atget, do Musée de 1'Art Moderne
Esso de Fotojornalismo em 1980; o prêmio Nikon de Ia Ville de Paris, 1985; o Prêmio Abril de Jorna-
Internacional em 1979 e 1981; o prêmio Wladimir lismo,'São Paulo, 1991; e a Bolsa de Artes da
Herzog de Direitos Humanos em 1982; e o prêmio Fundação Vitae, São Paulo, 1990. Dentre as
Embratur em 1988, pela melhor reportagem publica- inúmeras exposições individuais e coletivas, no Brasil
da sobre festa. Participou de diversas exposições e no exterior, destacam-se: Brás: uma Documentação
individuais e coletivas, no Brasil e no exterior, desta- Fotográfica (com Pedro Martinelli), no MIS, São
cando-se: Fotojornalismo nos Anos 80 - Tendências, Paulo (1979); Fotografie Lateinamerika, von 1860
MIS de São Paulo (1980); I I Colóquio Latino bis Heute, Zurique (1981); Brazil, na 28 Arlington
Americano de Fotografia, México (1981); 0 Tempo Gallery, Nova York (1983); Brazilian Photography,
do Olhar, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de The Photographer's Gallery, Londres, 1983; Brésil
Janeiro (1983); Brésil des Brésiliens, Centre Georges des Brésiliens, Centre Georges Pompidou, Paris,
Pompidou, Paris (1983); La Photographie Brésilienne 1983; Avenida São João, Galeria Fotóptica, São
Contemporanée, Barcelona, Espanha (1983); Brasil Paulo (1986); I I Bienal de Havana, Cuba (1986);
Cenários e Personagens, Galeria de Fotografia As Melhores Fotos de Cristiano Mascaro; MIS, São
Funarte, Rio de Janeiro, 1989; Canto a Ia Realidad, Paulo (1989); Images du Brésil, Zurique (1992).
Casa da América, Madri, Espanha, 1993; Fotografia Seus ensaios estão publicados em inúmeros livros,
Brasileira Contemporânea Anos 50-90,1 Mês catálogos e revistas, nacionais e internacionais. Em
Internacional da Fotografia, São Paulo (1993); 1998, realizou exposições no Equador, Argentina e
I Bienal Internacional de Fotografia Cidade de Curi- Itália. Seu último livro e exposição Luzes da Cidade,
tiba, Paraná (1996); São Paulo Capital, no Instituto em 1996, recebeu o prêmio da Associação Paulista
Moreira Salles, São Paulo (1998). Foi sócio e fun- dos Críticos de Arte de São Paulo. Seus trabalhos
dador da Agência F-4 de Fotojornalismo (1979-91) e fazem parte das coleções International Museum
da Pulsar Imagens (1991). Publicou diversos livros of Photography at Georges Eastman House
abordando a questão social no país, entre eles (Rochester, EUA), Bibliothèque National de Paris,
A greve do ABC e A questão do menor, ambos em Centre d ' A r t et de Culture Georges Pompidou
1980. Em 1990 publicou Juca Martins - antologia (Paris), M A M do Rio de Janeiro, Fundação Cultural
fotográfica e, em 1998, São Paulo, capital, extenso de Curitiba, Pinacoteca do Estado de São Paulo,
trabalho sobre a cidade, utilizando a câmera de Masp e MAC/USP. Atualmente é fotógrafo indepen-
formato panorâmico, com exposição individual dente e publicou em 2003 o livro 0 patrimônio
no Instituto Moreira Salles, em São Paulo. Atual- construído - As 100 mais belas edificações
mente desenvolve trabalhos e pesquisas na área de do Brasil, sobre as referências emblemáticas
fotografia digital. da nossa arquitetura.
22o
JOSÉ MEDEIROS CTeresina, Piauí, 1921/Áquila, fotografias; do Masp; na coleção privada de Joaquim
Itália, 19903 José Medeiros Filho. Iniciou sua carreira Paiva; e na Coleção Pirelli-Masp, de São Paulo. Em
como fotógrafo amador em 1937. Chegou ao Rio de 1997, o I I I Mês Internacional da Fotografia realizou
Janeiro em 1939 para estudar Arquitetura, mas foi uma exposição individual com curadoria de Rubens
reprovado no exame de seleção. Depois disso trabalhou Fernandes Junior. Passou os últimos anos de sua vida
como funcionário público até 1946, e, simultanea- no Rio de Janeiro e Havana, Cuba, dando aulas de
mente, desenvolveu a fotografia e trabalhou como fotografia e cinema.
freelancer para as revistas Tabue Rio. Em 1946, foi
convidado pelo fotógrafo Jean Manzon para integrar EUSTÁQUIO NEVES CJuatuba, MG, 19551 José
a equipe da revista O Cruzeiro, onde permaneceu até Eustáquio Neves de Paula.Tem formação técnica em
1962, trabalhando num momento em que a publicação Química, mas é autodidata em fotografia. Trabalhan-
era o maior expoente do fotojornalismo do país, do como químico em Goiânia (GO), comprou seu
adotando a linha das grandes reportagens, dando primeiro equipamento em 1981 e iniciou um pequeno
ênfase às imagens com temas variados e polêmicos, negócio em fotografia produzindo cartões postais e
bastante influenciada pelas revistas Lifee Paris fotografias de casamento. Mais tarde, passou a asso-
Match. Em 1957 publicou o livro Candomblé, o ciar as técnicas da fotografia com seu conhecimento
primeiro a documentar toda a celebração do ritual em química para tentar produzir imagens diferentes.
afro-brasileiro na Bahia. Dedicou especial atenção à Em 1986, montou seu estúdio fotográfico em Belo
documentação dos setores mais oprimidos da Horizonte, fazendo fotografia de moda e books para
sociedade como o negro e o índio, e aos principais per- jovens modelos, e organizou um grupo de estudos
sonagens políticos e sociais da vida brasileira. Quando voltado para discussões sobre fotografia. Ganhou a
deixou a revista 0 Cruzeiro, onde inovou na linguagem Bolsa Marc Ferrez de Fotografia, concedido pela
e na técnica (trabalhou pioneiramente com a câmera Funarte, Rio de Janeiro, em 1994, e recebeu o
Leica), levou toda sua experiência para a agência Prêmio Nacional de Fotografia, Funarte, Categoria
fotográfica Imagem, entre 1962 e 1965, em sociedade Arte, em 1996, devido ao uso da fotografia com
com Flávio Damm. Em 1965, começou afazer outros suportes e manipulações e intervenções no
fotografia de cinema, estreando esta nova fase profis- processo fotográfico convencional. Entre as diversas
sional no filme A falecida, dirigido por Leon Hirzs- exposições individuais e coletivas que participou no
man. Depois vieram os filmes A opinião pública, de Brasil e no exterior, destacam-se: Galeria de Arte
Arnaldo Jabor (1965); Roberto Carlos em ritmo de da ETFOP, Ouro Preto (1991); Centro Cultural da
aventura, de Roberto Farias (1968); Vá trabalhar Universidade Federal de Minas Gerais (1991);
vagabundo, de Hugo Carvana (1969); Xica da Silva, Fotografia Brasileira Contemporânea - Anos 50-90,
de Carlos Diegues (1976); Aleluia, Gretchen, de Sílvio I Mês Internacional da Fotografia, São Paulo
Back (1976); Memórias do Cárcere, de Nelson (1993); 0 Fotógrafo Construtor, MIS de São Paulo
Pereira dos Santos (1983), Guerra do Brasil, de (1993); Biblioteca Central da Universidade de
Sílvio Back (1986), entre muitos outros. 0 cineasta Toronto, Canadá (1994); Velaturas - X X V I I Festival
brasileiro Glauber Rocha definia-o como " o fotógrafo de Inverno da Universidade Federal de Minas Gerais,
que faz uma luz brasileira". Seus principais prêmios Ouro Preto (1995); Fotofagia, Galeria da Universi-
de Melhor Fotografia no cinema foram: V I I Festival dade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro e
de Cinema de Brasília, filme 4 rainha diaba (1975); Galeria de Fotografia da Funarte, Rio de Janeiro
Coruja de Ouro pelos filmes Xica da Silva e Aleluia, (1995); XVSalão Nacional de Artes - Ministério da
Gretchen (1976); V Festival de Gramado, Rio Grande Cultura e Funarte, Rio de Janeiro (1996); Novas
do Sul pelos filmes O seminarista e Aleluia, Gretchen Travessias Contemporary Brazilian Photography -
(1977). Em 1986, voltou para a atividade fotográfica The Photographer's Gallery, Londres (1996);
e realizou a exposição José Medeiros - 50 Anos Eustáquio Neves e Pierre Verger, Pinacoteca do
de Fotografia, na FotoGaleria de Fotografia, Estado de São Paulo (1996); Coleção Pirelli-Masp
Rio de Janeiro e Galeria Fotóptica, São Paulo. Duas (1997); 0 Indivíduo e a Memória, V I Bienal de
exposições póstumas registraram a qualidade do Havana, Cuba (1997); II Bienal de Fotografia,Tokio
seu trabalho: Coleção Pirelli-Masp, no Masp, Metropolitan Museum of Photography, Japão
e José Medeiros, no Instituto Cultural Itaú, São (1997); Blue Sky, Oregon Center for the Photo-
Paulo. Suas fotografias estão nas coleções do MAM graphic Arts, Portland, Oregon EUA (1997); Real
do Rio de Janeiro, onde depositou em doação noventa Maravilhoso, Immagine Fotografia, Milão, Itália
2 2 1
(1997); FotoFest, Houston, EUA (1998); Antologia cam-se: Galeria Raimundo Cela, Fortaleza (1982);
de Fotografia Africana e do Oceano Índico, Maison FotoNordeste, Instituto Nacional de Fotografia,
Européenne de La Photographie, Paris e Pinacoteca Funarte, Rio de Janeiro (1986); FotoRiografia,
do Estado, São Paulo (1998). Suas fotografias inte- MAM, Rio de Janeiro (1991); Fotojornalismo dos
gram os seguintes acervos: Coleção Pirelli-Masp de Anos 80, MIS, São Paulo (1991); Nahe Dem Wilden
São Paulo, Fototeca da Cidade de Havana, Cuba; Herzen - 500 Anos de Descobrimento da América,
Acervo Funarte, Rio de Janeiro; e FotoFest, Houston, Aspekte Galeire, Munique, Alemanha (1992);
EUA. Atualmente tem desenvolvido pesquisas e pro- Fotografia Contemporânea Cearense, Galeria Ignês
jetos de expressão pessoal, no sentido de buscar Fiúza, Fortaleza (1993); Fotografia Brasileira Con-
novas linguagens na fotografia e resgatar aspectos de temporânea - Anos 50-90,1 Mês Internacional da
identidade cultural, social e étnica de grupos sociais Fotografia, São Paulo (1993); Arte Postal Ceará -
específicos, ao mesmo tempo que ministra cursos de Dependentes da Luz, Galeria Centro de Turismo, For-
atualização a convite de instituições e presta serviços taleza (1993); Quem Somos Nós (com Tiago San-
como freelancer na área de fotografia comercial. tana), Museu do Ceará, Fortaleza (1994), Galeria
Ganhou em 1999, o grande Prêmio J.P. Morgan de Sérgio Milliet, Rio de Janeiro e Galeria da Universi-
aquisição e seu trabalho foi incorporado à Coleção dade Federal Fluminense, Niterói (1994), Galeria
do M A M de São Paulo. Nesse mesmo ano teve Rômulo Maiorana, Belém (1995), Galeria Obser-
mostra individual no Museu do Ceará, em Fortaleza, vatório, Recife (1997); 0 Retrato Brasileiro, I I Mês
e ganhou Bolsa de Estudos na Gasworks Studios and Internacional da Fotografia, Espaço Cultural FAAP,
Triangle Arts Trust com suporte do grupo Autograph São Paulo (1995); Licht Bilder, 32 Internationale
(Associação do Fotógrafos Negros) de Londres. Em Fotage, Herten, Alemanha (1995); Novas Travessias
2000, ganhou exposição individual na Sicardi -Contemporary Brazilian Photography,The Photo-
Gallery, Houston,Texas, EUA, e, em 2001, realizou grapher's Gallery, Londres (1996); Mostra de
uma retrospectiva do seu trabalho no V Mês Interna- Fotografia Latinoamericana, V Colóquio Latinoame-
cional da Fotografia, no Espaço Imagem e Forma, ricano de Fotografia, Centro de La Imagen, México
São Paulo. (1996); Licht Bilder-Junge Brasilianische
Fotografie (Photokina), Die Galerie Lichtblick,
CELSO OLIVEIRA [Rio de Janeiro, RJ, 19571 Ini- Colônia, Alemanha (1996); Coleção Pirelli-Masp de
ciou na fotografia em 1975, no Estúdio Fotografismo Fotografia (1996); Verde Lente, I I I Mês Interna-
e Artes, no Rio de Janeiro, como laboratorista e, cional da Fotografia, M A M de São Paulo (1997);
posteriormente, trabalhou como repórter fotográfico Amazônicas - Fronteiras, Instituto Itaú Cultural,
em diversas agências de fotojornalismo, incluindo a São Paulo (1998). Participou em 1998 do projeto de
Agência Central de Fotojornalismo, uma das exposição e livro Brasil Bom de Bola, um retrato da
primeiras de São Paulo. É sócio-fundador do banco origem do talento brasileiro para o futebol. Atual-
de imagens Tempo d'Imagem, em Fortaleza, desde mente mora em Fortaleza, e desenvolve trabalho pes-
1994. Recebeu os seguintes prêmios: Cenas soal de documentação das manifestações culturais,
Brasileiras, primeiro prêmio do concurso realizado festas populares e religiosas no Nordeste do Brasil.
pela Fotóptica, São Paulo, 1978; Crianças nas Publicou em 2002, com Tiago Santana, Elza Lima,
Américas, Menção Honrosa Concurso Unicef, Santia- Ed Viggiani e Antonio Augusto Fontes o livro Brasil
go, Chile, 1978; Prêmio Fotografia no 422 Salão de sem fronteiras, pela editora Tempo d'Imagem.
Abril, Fortaleza, 1992; Menção Honrosa, Nahe Dem
Wilden Herzen - 500 Anos de Descobrimento das GAL OPPIDO [São Paulo, SP, 1952] Marcos Aurélio
Américas, Munchner Volkshochschule, Munique, Ale- Oppido. Formado pela Faculdade de Arquitetura e
manha, 1992; Prêmio I I I Salão Paraense de Arte Urbanismo da Universidade de São Paulo, é fotó-
Contemporânea, Belém, Pará, 1994; Menção Hon- grafo, designer gráfico e músico. Foi professor de
rosa, Nikon International Photo Contest, Japão, Linguagem Visual na Faculdade de Arquitetura da
1994; Prêmio Aquisição no Salão de Pequenos For- Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1979
matos, Belém, 1995; Menção Honrosa no V Salon e 1990), e trabalhou como arquiteto paisagista
Internacional de Fotografia "Abelardo Rodrigues do Departamento de Parques e Áreas Verdes da
Antes", Havana, Cuba, 1997; Prêmio Aquisição no Prefeitura de São Paulo (1976-87). De 1987 a 1995
Salão Arte Pará 1997, Belém. Realizou diversas foi fotógrafo do Departamento de Artes Cênicas,
exposições no Brasil e no exterior, entre elas desta- Teatro Municipal e Balé da Cidade de São Paulo.
2 2 2
Em 1991, recebeu o prêmio de Melhor Fotógrafo Paulo (1981); Auto-retrato do Brasileiro: Cidade e
da Associação Paulista de Críticos de Arte de São Campo, Tradição e Ruptura, na Fundação Bienal de
Paulo, pelo conjunto dos trabalhos. Dentre suas São Paulo (1985); Arte e Tecnologia, MAC de São
exposições individuais destacam-se: Poses Paulis- Paulo (1985); IV Vídeo Brasil, MIS de São Paulo
tanas, Pinacoteca do Estado de São Paulo (1982); (1986); I I I Encuentro y Mostra Nacional de
Fundo Finito, Galeria Fotóptica, São Paulo (1987); Fotografia Contemporânea, Quito, Equador (1986);
Vestes, no MIS de São Paulo (l989);Taxidermia, A Trama do Gosto, Fundação Bienal de São Paulo
Galeria Fotóptica, São Paulo (1994); DAS, Equitable (1987); Brazil Projects P.S.-l,The Institute for A r t
Theater, Mova York (1995); Bienale de Ia Dance de and Urban Resources, Nova York (1988); Fotografia
Lyon,Teatre Crois Rouge, França (1996); 0 índio Brasileira Contemporânea - Anos 50-90,1 Mês Inter-
Oculto naTaba Urbana, Instituto Itaú Cultural, São nacional de Fotografia, São Paulo (1993); Coleção
Paulo (1998). Suas principais participações em Pirelli-Masp, São Paulo (1994); I I Bienal do Tokyo
exposições coletivas são: Auto-Retrato Brasileiro Metropolitan Museum of Photography,Tóquio, Japão
Cidade e Campo, Fundação Bienal de São Paulo, (1997); Convidado Especial no Centro Cultural São
1984; I Quadrienal de Fotografia, MAM de São Paulo (1998). Possui fotografias na Coleção do Masp
Paulo (1985); I I I Colóquio Latino Americano de e Coleção Joaquim Paiva. Atualmente desenvolve
Fotografia, Havana, Cuba (1986); An Exchange of pesquisa nos processos primitivos da fotografia
Concepts on the American Landscape, Colômbia aproximando-a do processo de gravura, ministra
(1991); Incursões pelo Imaginário na Fotografia palestras e workshops e, de 1994 a 2000, foi profes-
Brasileira Contemporânea, Aries, França (1991); sor de fotografia na Faculdade de Comunicação e
Fotografia Brasileira Contemporânea - Artes da Universidade Mackenzie, em São Paulo.
Anos 50-90,1 Mês Internacional de Fotografia, São Atualmente, além de suas pesquisas com os processos
Paulo (1993); Canto a ia Realidad, Zurique (1994); alternativos de produção de imagens, leciona na
I Bienal Internacional de Fotografia Cidade de Curiti- Faculdade de Fotografia do Senac. Em 2003, foi
ba (1996). Publicou, em 1998, os livros Dos degraus responsável pela curadoria da exposição Luzenças-
à história da cidade e São Paulo - imagens 1998. Primeira Mostra de Fotografia Acadêmica do Brasil,
Suas fotografias integram importantes coleções trabalho dos alunos do Senac.
de museus brasileiros, entre os quais, Masp, MIS e
MAM, de São Paulo. Publicou os livros Imagens e ARNALDO PAPPALARD0 [São Paulo, SP, 19541
construção - São Paulo 2000 e Ritual, em 2003. Formado em Arquitetura pela Faculdade de Arquite-
Nesse mesmo ano, realizou na Pinacoteca do Estado, tura e Urbanismo da Universidade de São Paulo.
por ocasião do V I Mês Internacional da Fotografia a Estudou desenho e pintura com Carlos Fajardo. Foi
exposição Prata sobre Pele sobre Prata. professor de Fotografia e Expressão Artística no
IAD de 1977 a 1985.Trabalha como fotógrafo para
KENJI OTA [São Paulo, SP, 1952] Graduado pela Agências de Publicidade e estúdios de Design Gráfico
Escola de Sociologia e Política de São Paulo (1978) desde 1980. Entre seus principais prêmios destacam-
e pela Faculdade de Filosofia da Universidade de São se o da Associação Paulista de Críticos de Arte, São
Paulo (1980), e Pós-Graduado em Artes na Escola Paulo, 1984 (como revelação) e 1998 (pela melhor
de Comunicações e Artes da Universidade de São exposição do ano); o do Clube de Criação de São
Paulo. Começou a trabalhar com fotografia na déca- Paulo, em 1987; Prêmio Colunistas Fotografia-
da de 60 sob influência dos clássicos, mas já na Grand Prix, 1988, exposição na Galeria São Paulo;
década seguinte inicia seu trabalho de reflexão sobre Menção Honrosa em Boston, EUA, no Leopold
os limites técnicos, estéticos e ideológicos implícitos Godowsky Jr. Color Photography Awards, em 1991,
no fazer fotográfico. Ganhou o Prêmio Marc Ferrez pelo Calendário Pirelli de 1990; Prêmio Nacional de
do Instituto Nacional de Fotografia, Funarte, Fotografia - Funarte - categoria Fotografia Aplica-
em 1984, para desenvolver a pesquisa de meios e da, em 1997, pelas campanhas publicitárias reali-
processos alternativos em fotografia e, em 1985, zadas em 1996. Realizou exposições individuais na
ganhou Menção Honrosa na categoria pesquisa na Galeria Fotóptica (1982); Masp (1984); Galeria São
I Quadrienal de Fotografia realizada pelo MAM de Paulo (1988 e 1998); Galeria André Millan (1994).
São Paulo. Realizou inúmeras exposições individuais Participou também de inúmeras exposições coletivas,
e coletivas, no Brasil e no exterior, em que se desta- nacionais e internacionais, entre elas: I Bienal de
cam: Kenji Ota Fotografias, Galeria Fotóptica, São Havana, Cuba (1984); Brazil Projects, P.S. 1, Nova
2 2 3
York (1988); Rencontres Internationales de la Pho- Nada Levarei Quando Morrer Aqueles que mim Deve
tographie, Aries, França (1991); Coleção Pirelli- Cobrarei no Inferno, Galeria Fotóptica, São Paulo e
Masp de Fotografias (1991); Retrato de Artista, Fotogaleria Funarte, Rio de Janeiro (1980); Coração
Masp (1992); Color from Brazil, FotoFest, Houston, Espelho da Carne, Galerie Magnum, Paris e Fotogale-
EUA (1992); I Bienal Internacional de Fotografia ria Funarte, Rio de Janeiro (1985); Foto Seqüências,
Cidade de Curitiba (1996); Arte/Cidade, São Paulo Fotogaleria Teatro San Martin, Buenos Aires, Argenti-
(1997). Em 1997, publicou o catálogo Arnaldo na (1986); Coração Espelho da Carne, Pallazo For-
Pappalardo fotografias 1987-97. Suas fotografias tuny, Veneza (1988); Foto Fórum, Frankfurt (1991);
integram diversas coleções: M A M do Rio de Janeiro; Petites Réflexions sur une Certaine Bestialité, Rencon-
Coleção Pirelli Masp; Masp, entre outras. Em 2000 tres d'Arles, França (1991); Stadtliche Galerie Tuttlin-
participou da exposição coletiva 0 Bardi dos Artis- gen, Berlim (1992); Out of Nowhere, IFA Galerie,
tas, no Memorial da América Latina, São Paulo, e da Stuttgart (1995); Out of Nowhere,Foto Forum,
mostra coletiva da I I Bienal Internacional de Foto- Frankfurt (1996); Santa Rosa,Throckmorton Fine
grafia Cidade de Curitiba. Em 2002, seu trabalho foi A r t Gallery, Nova York (1996); Nakta e instalações
integrado, pela segunda vez, na Coleção Pirelli-Masp. Small Reflections in a Certain Bestiality e Out of
Nowhere, Casa Vermelha, I Bienal Internacional de
MIGUEL RIO BRANCO CLas Palmas de Gran Canária, Fotografia Cidade de Curitiba (1996); Nakta, D'Ame-
Espanha, 1946] Miguel da Silva Paranhos do Rio lio Terras Gallery, Nova York (1997); Galeria Camargo
Branco. Um dos mais importantes artistas do Brasil, é Vilaça, São Paulo; Gallery London Projects, Londres,
fotógrafo, pintor, diretor e fotógrafo de cinema e Galeria Oliva Arauna, Madrid; Galeria Ghislaine
artista multimídia. Iniciou sua carreira profissional em Hussenot, Paris, todas em 1998. Entre as exposições
1964 com uma exposição de pintura em Berna, Suíça. coletivas destacamos: IX Bienal Internacional de
Estudou no New York Institute of Photography em São Paulo (1967); Nossa Gente, Galeria Funarte,
1966, e na Escola Superior de Desenho Industrial no Rio de Janeiro (1979); I I Colóquio Latino Americano
Rio de Janeiro em 1968. No início dos anos 70 traba- de Fotografia, México (1981); Brésil des Brésiliens,
lhou como fotógrafo e dirigiu filmes experimentais em Centre Georges Pompidou, Paris (1983); I Bienal de
Nova York. A partir de 1972, começou a expor seus Arte de Havana, Cuba (1984); 50 Jahre Moderne far
trabalhos em fotografia e cinema, e continuou a dirigir Fotografie, Photokina, Colônia (1986); Color from
filmes de curta e longa metragem durante os nove Brazil, FotoFest, Houston, EUA (1992); Arte Ama-
anos seguintes. Ganhou importantes prêmios nessas zonas, Staadlish Kunsthalle, Berlim (1993); Panorama
áreas, entre eles o Grande Prêmio da I Trienal de da Arte Brasileira, MAM de São Paulo (1996); Door
Fotografia realizada pelo MAM de São Paulo (1980), into Darkness, Prospect 96, Kunstverein, Frankfurt
Prêmio de Melhor Fotografia no Festival de Cinema (1996); Roteiros, Roteiros, Roteiros, XXIV Bienal
de Brasília (1981), Prix Kodak de Ia Critique Pho- Internacional de São Paulo (1998); Mysterious
tographique, Paris (1982), Prix Spécial du Jury e Prix Voyages, Contemporary Museum, Baltimore, EUA
International, X I Festival International du Film de (1998). Já publicou os seguintes livros: Dulce Sudor
Court-Métrage et du Film Documentaire, Lilli, França Amargo, Fondo de Cultura Econômica, México
(1982), Prêmio Especial do Júri do Festival Interna- (1985); Nakta, Fundação Cultural de Curitiba
cional de Curtas-Metragens, Salvador, Bahia (1986), e (1996); Miguel Rio Branco, Companhia das Letras,
Melhor Vídeo e Direção no Festival de Cinema e Vídeo São Paulo (1998); Silent Book (1998) e Entre
do Maranhão (1986), Melhor Direção de Fotografia os olhos o deserto (2001), publicados pela Cosac
de Longa-Metragem no Festival de Cinema de Brasília & Naify, São Paulo. Suas mais recentes exposições
(1988), Prêmio Nacional de Fotografia, concedido foram Pele do Tempo, no Centro de Arte Hélio
pela Funarte, Rio de Janeiro (1995), Bolsa de Artes Oiticica, Rio de Janeiro (2001); Havana, calendário
da Fundação Vitae, São Paulo, (1994), Prix du Livre da Burti, na Pinacoteca do Estado (2001); na Galeria
Photo, pelo livro Nakta, Aries, França (1997). Entre Peggy Guggenheim, mostra paralela da Bienal de
1972 e 1981 trabalhou como fotógrafo documental Veneza (2001); Teoria da Cor, na Galeria André
e foi correspondente da Agência Magnum. Realizou Millan, em São Paulo (2002), e Fast Flash Blacks,
inúmeras exposições individuais, no Brasil e no exterior, na Galeria 1900-2000, em Paris (2002).
onde destacam-se: Vestes Sagradas, Filmes e
Fotografias, Rio de Janeiro (1972); Negativo Sujo,
Escola de Artes Visuais, Rio de Janeiro (1978);
2 2 4
ANTONIO SAGGESE [São Paulo, SP, 1950] Antonio contemporâneo. Vivendo em Paris desde 1969, ini-
José Saggese. Formado em Arquitetura pela Facul- ciou sua trajetória na Agência Sygma, onde traba-
dade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade lhou por seis meses; depois cinco anos na Agência
de São Paulo. Fotógrafo autodidata iniciou na Gamma; e durante quinze anos trabalhou na con-
fotografia em 1969, participando de diversos cursos sagrada Agência Magnum Photos. Em 1994, fundou
de especialização, entre eles um estágio de aper- sua própria agência, a Amazonas Images, que dis-
feiçoamento em Milão como bolsista do governo tribui seu trabalho para as publicações mais impor-
italiano, em estúdios de fotografia de Design, Móveis tantes do mundo. Suas reportagens, no melhor estilo
e Moda, e o workshop IMuove Tendenze Italiane nella narrativo documental, j á registraram os camponeses
Creazione di Immagini, no Palazzo Fortuny, em da América Latina; a tragédia da seca nos países
Veneza (1983). Recebeu o Grande Prêmio da africanos do sul do Saara; a corrida do ouro em
I Quadrienal de Fotografia realizada pelo M A M de Serra Pelada no Brasil; os trabalhadores e o trabalho
São Paulo, em 1985, como o melhor trabalho em manual no mundo ameaçado pela automação; o fluxo
das migrações em todo o mundo; o Movimento Sem
cor, e o Prêmio da Associação Paulista de Críticos
Terra no Brasil. Entre as dezenas de prêmios e home-
de Arte de São Paulo, com a melhor exposição de
nagens mais importantes que recebeu destacam-se:
1988. Nas exposições individuais destacam-se as
Prêmio Eugene Smith de Fotografia Humanitária,
realizadas na Pinacoteca do Estado de São Paulo
EUA, 1982; Prêmio World Press, Holanda (1985);
(1982); Galeria Diaframma, Milão (1984); MIS de
Prêmio Oscar Barnak, Alemanha (1985 e 1992);
São Paulo (1988); Masp e M A M do Rio de Janeiro
Prêmio de Melhor Exposição - Outras Américas,
(1991); Fundação Cultural de Curitiba (1995); e,
Mois de Ia Photo, Paris (1986); Fotógrafo do Ano
nas coletivas, as participações no I I Colóquio Latino
eleito pela Society of Magazine Photography, EUA
Americano de Fotografia, México (1981); La Pho-
(1987); Fotógrafo do Ano eleito pelo International
tographie Contemporaine en Latine Amérique, Cen- Center of Photography, Nova York (1988); Prêmio
tre Georges Pompidou, Paris (1981); Brasil Rey de Espaha, Madri (1988); Prêmio Erna e
Cenários e Personagens, Galeria da Funarte, Rio de Victor Hasselblad, Suécia (1989); eleito membro
Janeiro (1988); Coleção Pirelli Masp de Fotografias honorário da American Academy of Arts and
(1991); FotoFest, Houston, EUA (1992); A Science, EUA (1992); Prêmio The A r t Directors
Fotografia Contaminada, Centro Cultural São Paulo Club, Alemanha (1992); Prêmio Centenary Medal
(1994); Arte/Cidade, Matadouro Municipal de São and Honorary Fellowship, Royal Photographic
Paulo (1994). Na sua trajetória como fotógrafo Society of Great Britain (1994); Award of Excel-
ensaísta, ganhou a Bolsa Marc Ferrez do Instituto lence, Silver Award, Society of Newspaper Design;
Nacional de Fotografia, Funarte (1986 e 1995), Prêmio Principe de Astúrias das Artes, Oviedo,
Bolsa de Artes da Fundação Vitae de São Paulo Espanha (1998). Suas fotografias j á foram exibidas
(1992), e o Prêmio Estímulo da Secretaria de Esta- em quase todas as grandes cidades do mundo pelo
do da Cultura de São Paulo (1994). Suas seu caráter de compreensão imediata, sem qualquer
fotografias estão nas coleções do M A M de São necessidade de tradução, a partir de uma linguagem
Paulo e Masp. Em 2 0 0 1 realizou a exposição indi- universal. Em 1992, a cidade de Vitória, capital do
vidual Meus Olhos, no Centro Universitário Maria estado de Espírito Santo, criou o Prêmio Sebastião
Antonia, da Usp.Tem pesquisado intensamente a Salgado de Fotografia. Já publicou dezenas de livros,
questão da imagem na Internet e, atualmente, é pro- com destaque para Sahel: L'Homme en détresse,
fessor da Faculdade de Fotografia do Senac. Autres Amériques, An Uncertain Grace, Workers
e Terra, livro que conta com prefácio de José
SEBASTIÃO SALGADO [Aimorés, ES, 1944] Saramago e CD com música de Chico Buarque.
Sebastião Ribeiro Salgado. Graduado em Economia As exposições e os livros Êxodos e Retratos das
pela Universidade Federal do Espírito Santo, Mestre Crianças do Êxodo, realizadas em 2000 e 2001,
pela Universidade de São Paulo e Doutor pela Uni- percorreram os principais museus do mundo.
versidade de Paris. Iniciou como repórter fotográfico Sem dúvida é o fotógrafo brasileiro de maior
em 1973, registrando a seca de Sahel, África, tornan- prestígio internacional e seus trabalhos fazem
parte dos Acervos e Coleções mais importantes
do-se o mais importante fotógrafo documentarista,
do mundo.
reconhecido internacionalmente. Salgado desenvolve
em sua produção fotográfica os grandes temas que
abrangem a problemática do homem e do mundo
22ç
TIAGO SANTANA [Crato, CE, 1966] Trabalha com (1998). Em 1998 participou do Projeto Brasil Bom
a fotografia documental desde 1989. Um dos funda- de Bola - exposição e livro - um retrato da origem do
dores do grupo Dependentes da Luz, em 1993, cuja talento brasileiro para o futebol. Vive entre Rio de
finalidade era reunir fotógrafos do Ceará, para discutir Janeiro e Fortaleza e, desde 1990, desenvolve intenso
linguagem e projetos especiais dedicados à fotografia. trabalho pessoal de documentação das manifestações
Coordenou e realizou a I e a I I Semana de Fotografia culturais, festas populares e religiosas no Nordeste
do Ceará, Fotografia Fortaleza, em 1989 e 1990. do Brasil. Em 2000 publicou o livro Benditos, após
Sócio-fundador do banco de imagens Tempo d'Imagem mais de dez anos de documentação das festas e da
desde 1994, em Fortaleza. Recebeu: Prêmio religiosidade em Juazeiro do Norte, acompanhado
Fotografia nos 402 e 432 Salão de Abril, Fortaleza, de exposição, que percorreu várias capitais brasileiras.
em 1990 e 1993; Nahe dem Wilden Herzen, Melhor Em 2002 participou do livro Brasil sem, fronteiras,
Fotografia - 500 Anos de Descoberta das Américas, da editora Tempo D'Imagem.
Munchener, Volkshochschule, Munique, Alemanha, em
1992; Prêmio Fotografia, I Salão Paraense de Arte MARCOS SANTILLI [Assis, SP, 1 9 5 1 ] José Marcos
Contemporânea, Belém, Pará, 1992; Bolsa de Artes Brando Santilli. Fotógrafo profissional desde 1970,
da Fundação Vitae, São Paulo, em 1994; Prêmio trabalhou inicialmente em publicações em Brasília e
Marc Ferrez, Fundação Nacional das Artes, Rio de durante quatro anos em publicações da Editora Abril.
Janeiro, em 1995. Entre suas principais exposições Foi bolsista como pesquisador e artista nas áreas de
no Brasil e no exterior, destacam-se: FotoRiografia, fotografia, cinema, vídeo e informática das seguintes
MAM, Rio de Janeiro (1991); Nahe dem Wilden instituições: Fulbright Comission;The John Simon
Herzen, Aspekte Galerie, Munique (1992); 412 Salão Guggenheim Memorial Foundation, Nova York;
de Abril, Fundação Cultural de Fortaleza (1991); CNPq; Capes; Fundação Vitae, São Paulo; e
Fotografia Contemporânea Cearense, Galeria Ignês The Banff Centre for the Arts, do Canadá. Suas
Fiúza, Fortaleza (1993); Fotografia Brasileira fotografias foram editadas em centenas de publica-
Contemporânea - Anos 50-90,1 Mês Internacional ções brasileiras e estrangeiras: jornais, revistas,
da Fotografia, São Paulo (1993); Arte Postal Ceará, livros, filmes, vídeos, discos, audiovisuais, espetáculos
Dependentes da Luz, Galeria do Centro de Turismo, musicais, CD-ROM, programas especiais de televisão
Fortaleza (1993); Quem Somos Nós (com Celso e exposições. Publicou os seguintes livros Velhas
Oliveira), Museu do Ceará, Fortaleza (1994), Galeria fazendas do Vale do Paraíba (1981), Àre (1987),
Sergio Milliet, Rio de Janeiro (1994), Galeria Rômulo Madeira-mamoré imagem e memória (1987) e
Mairana, Belém (1995), Festival de Inverno da Amazom, a Young Reader's Look at the Last
Universidade Federal de Minas Gerais, Ouro Preto Frontier (EUA, 1991). Fundador da União dos
(1996), Galeria Observatório, Recife (1997); Fotógrafos de São Paulo, da União dos Fotógrafos
Documentaristas Contemporâneos Brasileiros, Centro de Brasília e do NAFOTO - Núcleo dos Amigos da
Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro (1994); Fotografia, entidade que realiza o Mês Internacional
Casa de Ias Américas, Havana, Cuba (1994); Centro da Fotografia, de São Paulo. Possui fotografias
de Estudos Latinoamericanos, Casa Romulo Gallegos, nos seguintes acervos: The John Simon Guggenheim
Caracas, Venezuela (1995); O Retrato Brasileiro, Memorial Foundation, Nova York, EUA;
I I Mês Internacional da Fotografia, Salão Cultural MIS de São Paulo; Masp; Coleção Joaquim Paiva;
FAAP, São Paulo (1995); Coleção Pirelli-Masp de Casa de Las Américas, Havana, Cuba; Smithsonian
Fotografia (1995); Licht Bilder, 32 International Institution, Washington, DC, EUA; FotoFest
Fotage, Herten, Alemanha (1995); Novas Travessias - International, Houston, EUA. Desde 1977 desenvolve
Contemporary Brazilian Photography, Photographer's o projeto de documentação áudio-fotográfica
Gallery, Londres (1996); Brasil Mostra a Tua Cara, I Nharamaã, sobre as transformações humanas
Bienal Internacional de Fotografia Cidade de Curitiba e ambientais em Rondônia e Acre, na região
(1996); Licht Bilder-Junge Brasilianische Fotografie Amazônica. Em 1999 ganhou a Bolsa Guggenheim
(Photokina), Die Galerie Lichtblick, Colônia, Alemanha para dar continuidade ao seu projeto documental
(1996); Mostra de Fotografia Latinoamericana, do norte do país. De 1998 a 2003 foi diretor do
V Colóquio Latinoamericano de Fotografia, Centro MIS de São Paulo.
de La Imagem, México (1996); Fronteiras, Salão Arte
Pará (artista convidado), Belém (1997); Amazônicas
- Fronteiras, Instituto Itaú Cultural, São Paulo
2 2 6
CÁSSIO VASCONCELLOS [São Paulo, SP, 1965] PEDRO KARP VASQUEZ [Rio de Janeiro, RJ, 1954]
Cássio Campos Vasconcellos. Iniciou seus estudos Pedro Vasquez. Graduado em Cinema pela Sorbonne,
de fotografia em 1981 na Escola Imagem e Ação. Paris. É fotógrafo, poeta, crítico e historiador de
Trabalhou como repórter fotográfico no jornal Folha fotografia. Como administrador cultural foi respon-
de S.Paulo (1987) e, em Paris, como freelancer para sável pela criação, e posteriormente diretor, do Insti-
esse jornal e para a Editora Abril (1988). Em 1990 tuto Nacional de Fotografia da Funarte, do Minis-
trabalhou no Estúdio DPZ Propaganda e, desde tério da Cultura, entre 1982 e 1986; também criou
1991, com estúdio próprio, realizou vários trabalhos o Departamento de Fotografia, Vídeo & Novas
na área de publicidade e desenvolveu ensaios Tecnologias do M A M do Rio de Janeiro e foi diretor
pessoais. Em 1995, recebeu o Prêmio Nacional entre 1986 e 1989. Como fotógrafo realizou dezenas
de Fotografia, da Funarte, na categoria Arte, pelos de exposições individuais, tendo participado de
ensaios desenvolvidos nos anos anteriores. Suas prin- numerosas coletivas no Brasil e no exterior. Seu
cipais exposições individuais foram: Masp (1982); trabalho foi exibido na França, Inglaterra, Suíça,
Galeria FotoEspácio- Centro Cultural Recoleta, Alemanha, Itália, Noruega, Portugal, Espanha,
Buenos Aires (1987); Galeria do IBAC - Funarte, Canadá, Estados Unidos, Cuba, México, Argentina,
Rio de Janeiro (1993); MIS, São Paulo (1994); Paraguai, Venezuela e Uruguai.Como fotógrafo e
Gallery, Dallas, EUA (1997); Galeria Camargo pesquisador, tem os seguintes livros publicados:
Vilaça, São Paulo (1997); I I Bienal Internacional de A la recherche de L'Eudourado, publicado em Paris
Fotografia Cidade de Curitiba (1998). Participou pela Contrejour (1976); A fotografia sem mistérios,
de importantes exposições coletivas, no Brasil e no Editora Efecê (1980); Romaria do Canindé, Funarte
exterior, entre elas, I I I Colóquio Latino Americano (1983); Humphrey Bogart - o anjo da cara suja,
de Fotografia, Havana, Cuba (1985); Miroir Rebelle, Brasiliense (1984); Dom Pedro II e a fotografia no
no Mois de Ia Photo, Paris (1986); Imagens de São Brasil, Editora Index (1985); Como fazer Foto-
Paulo, 17flTrienal de Milão (1988); Incursões pelo grafia,Vozes (1986); Reflexos e reflexões, L P & M
Imaginário na Fotografia Brasileira Contemporânea, (1987); Fotógrafos pioneiros no Rio de Janeiro,
Aries, França (1991); Color from Brazil, FotoFest, Editora Dazibao (1990); Mestres da fotografia no
Houston, EUA (1992); Artistes d'Amerique Latine Brasil, Centro Cultural Banco do Brasil (1995);
contre le Choléra, Chapelle Saint/Lois de Ia Álbum da Estrada União e Indústria, pesquisa e
Salpetrière, Paris (1993); 42 Studio de Tecnologias texto sobre o trabalho do fotógrafo Revert Henrique
de Imagem, São Paulo (1996). Suas fotografias Klumb, sobre documentação do século XIX,
estão publicadas em diversos livros entre os quais Rio de Janeiro (1997). Foi professor de Fotografia
destacam-se: São Paulo gigante e intimista (1986); da PUC do Rio de Janeiro, da Escola de Belas
América (1989); Paisagens urbanas (1996); Sã,o Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Paulo imagens (1998). Tem fotografias nas coleções e do Curso de Pós-Graduação da Universidade da
do Masp; MAM do Rio de Janeiro; Bibliothèque Cidade, Rio de Janeiro. Recebeu Bolsas de Estudos
Nationale de Paris; Bert Hartkampf, Amsterdã; do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico
Museum of Fine Arts, Houston, EUA. Em 1994, eTecnológico, do Instituto Brasileiro de Arte e
publicou o livro Cássio Vasconcellos - Paisagens Cultura, do Rio de Janeiro, e da Fundação Vitae de
marinhas. No X I Encontros Abertos de Fotografia São Paulo. Foi curador de expressivas exposições
em Buenos Aires, e no I I I Mês de Fotografia Latino- de fotografia brasileira, histórica e contemporânea,
Americano de La Plata, em 2000, participou com a entre as quais destacam-se: Miroir Rebelle -
exposição individual Panorâmicas. Ganhou em 2001, Photographie Brésilienne Contemporaine, Mois de
o Prêmio Porto Seguro de Fotografia. Em 2002 La Photo à Paris (1986) e M A M do Rio de Janeiro
apresentou trabalho inédito no Arte/Cidade e reali- (1986); La Photographie Brésilienne au
zou a exposição individual Noturnos na Galeria Ver- Dix-Neuvième Siècle, Mois de Ia Photo à Paris
melho, em São Paulo, e publicou o livro com mesmo (1986) e M A M do Rio de Janeiro (1986); Brazilian
nome. Esta exposição foi considerada a melhor do Photography in the Nineteenth Century, FotoFest,
ano pela Associação Paulista de Críticos de Arte. Houston, EUA (1988) e Maxwell Museum,
The Univerty of New México (1988); A Fotografia
no Brasil do Século X I X - 150 Anos do Fotógrafo
Marc Ferrez 1843-1993, Pinacoteca do Estado,
São Paulo (1993); Mestres da Fotografia no Brasil -
22J
Coleção Gilberto Ferrez, Centro Cultural Banco do percurso e seu talento foram reconhecidos oficial-
Brasil, Rio de Janeiro (1995). Atualmente vive no mente pela ciência e pela academia e recebeu da
Rio de Janeiro, é fotógrafo independente, pesquisador Universidade de Paris, pela Sorbonne, o título de
e incansável batalhador da divulgação da fotografia Doutor, embora tenha abandonado os estudos aos 17
brasileira. Publicou em 2000 uma ampla pesquisa anos de idade. Em 1987 criou dentro de sua própria
sobre a presença dos fotógrafos alemães na produção casa, com a ajuda de pesquisadores, a Fundação
da fotografia brasileira do século X I X . Pierre Verger, que conta com um acervo de 62 mil
negativos fotográficos, uma biblioteca com cerca de
PIERRE FATUMBI VERGER [Paris, França, 1 9 0 2 - 3 mil livros, milhares de horas de gravação de músi-
Salvador, BA, Brasil, 19961 Pierre Edouard Léopold cas e depoimentos sobre a cultura africana, além de
Verger. Fotógrafo, etnólogo, Babalaô, tirou suas ter catalogado cerca de 3.500 tipos de plantas típi-
primeiras fotografias em 1932, com trinta anos cas da Bahia. Realizou inúmeras exposições no
de idade. Depois de perder todos os familiares (pai, Brasil e no exterior, e publicou dezenas de livros em
irmãos e finalmente a mãe), e sem uma identidade todo o mundo. Dentre os livros publicados no Brasil,
mais profunda com o fino contexto social que vivia destacam-se: Orixás (1981); Retratos da Bahia
em Paris, decide partir para o mundo com uma (1981); 50 anos de fotografia (1982); Lendas
Rolleiflex, em busca de novas experiências e do africanas dos orixás (1985); Fluxo e refluxo do trá-
esquecimento de todas as outras. Assim, deixou fico de escravos entre o Golfo de Bénin e a Bahia de
Paris em 1932 e seguiu para as Ilhas do Pacífico. Todos os Santos (1987). Em 1995 a editora france-
De volta a Paris em 1934, realizou uma série de sa Revue Noire publicou Pierre Fatumbi Verger-
atividades no Musée D'Ethnographie (hoje Musée Dieux d'Afrique; e o livro Pierre Verger - Le Mes-
de I'Homme) e foi contratado pelo jornal Paris Soir sager-The Go-Between - Photographies 1932-62,
como fotógrafo para realizar uma série de reporta- que acompanhou a exposição no Musée de 1'Elysée
gens ao redor do mundo. Em 1936 fundou a agência de Lausanne, em 1993, e no Musée National des
Alliance Photo, com os fotógrafos Pierre Boucher, Arts Africains et Océaniens de Paris, em 1994,
René Zuber, Féher e Denise Bellon. Foi também cor- e na Maison de Ia Danse de Lyon, em 1996.
respondente de Guerra na China para a revista Life, Morreu em 1996, aos 93 anos, em sua casa na
encarregado de coletar documentos fotográficos Ladeira Vila América, em Salvador, Bahia, onde
para o Museo Nacional de Lima, Peru, e no Brasil viveu por cinqüenta anos. Em 2002, foi publicada
trabalhou na revista 0 Cruzeiro. Depois de viajar uma biografia pela editora Currupio, e ganhou uma
e conhecer os Estados Unidos, Ilhas do Pacífico, grande visibilidade por ocasião do seu centenário,
Japão, China, Filipinas, Sudão (hoje Mali),Togo, com publicação de livros, exposição itinerante e
Dahomey (hoje Benim), Niger, parte do Saara, as debates públicos sobre seu trabalho.
Antilhas, México, Guatemala, Equador, Peru, Bolívia,
Argentina, chegou pela primeira vez ao Brasil em CARLOS FADON VICENTE [São Paulo, SP, 19451
1946, após a leitura do livro Jubiahá, de Jorge Graduou-se em Engenharia Civil pela Escola Politéc-
Amado. Instalou-se em Salvador, apaixonado pela nica em 1968 e em Artes Plásticas pela Escola de
cidade e pelo povo, com o qual passa a conviver Comunicações e Artes em 1982, ambas da Universi-
intensamente. Desse convívio surge o interesse pela dade de São Paulo. Obteve o Mestrado em Artes em
compreensão da sua história e da sua cultura. Foi o 1989 na The School o f t h e A r t Institute of Chicago,
início de uma pesquisa incansável sobre o culto dos EUA, como bolsista do governo brasileiro
orixás e sobre as influências econômicas e culturais (MEC/Capes), tendo como áreas de concentração a
do tráfico de escravos. Entre 1946 e 1979, fez fotografia e a computação gráfica, com estudos adi-
sucessivas viagens entre a Bahia e a costa ocidental cionais em telecomunicações. Em 1996, recebeu a
da África. Envolveu-se profundamente com o can- Bolsa de Artes da Fundação Vitae de São Paulo.
domblé, onde foi aceito e iniciado, e passou a exercer Desde 1975 dedicou-se a trabalhos de expressão em
funções. Recebeu o nome de Fatumbi. Como Babalaô fotografia e, a partir de 1985, Iniciou suas pesquisas
teve acesso ao patrimônio cultural dos Yorubá, sua estéticas e conceituais em arte eletrônica, explorando
mitologia e sua botânica aplicada à terapêutica na especialmente a inter-relação visual. Em 1987
liturgia dos cultos de possessão. Verger realizou Iniciou uma série de experimentos interativos com
desde os tempos de repórter fotográfico um impor- telecomunicações, empregando televisão de varredura
tante trabalho histórico e etnográfico. Em 1966 seu lenta e videotexto, posteriormente acrescentando
2 2 8
computação gráfica e fax. As principais exposições Mother Jones: Le Prix de la Photographie de
individuais foram: Refletir, Wlasp (1980); Outdoor Reportage, FNAC, Paris (1993); Contatos e Confron-
Mulher, MIS de São Paulo (1982); Avenida Paulista, tos - 0 índio e o branco, I I Mês Internacional da
Centro de Convenções Rebouças, São Paulo (1983); Fotografia, São Paulo (1995).Tem fotografias nas
Entradas e Coberturas (com Gal Oppido), Galeria coleções do Masp; Casa da Fotografia Fuji; Camera-
Fuji, São Paulo (1988); Vectors, Masp (1991); work Gallery, Londres; Fundação Suíça para a
Medium, MIS de São Paulo (1992); Noturnos & Fotografia, Zurique. É fotógrafo independente,
Medium, Fundação Cultural de Curitiba (1993). atuando nas áreas editorial e institucional pela
Dentre as exposições coletivas destacam-se: Tradição Agência Tempo de Fotografia, que distribui seu
e Ruptura, Fundação Bienal de São Paulo (1984); trabalho. Em 1998, coordenou a exposição e a
Brasil Cenários e Personagens, Galeria de Fotografia edição do livro Brasil Bom de Bola. Em 2001
Funarte, Rio de Janeiro (1988); Incursões pelo participou da exposição coletiva inaugural da Imã
Imaginário na Fotografia Brasileira Contemporânea, Fotogaleria e, em 2002, lançou o livro Brasil sem
Rencontres d'Arles, França (1991); Color from fronteiras, da editora Tempo d'Imagem, juntamente
Brazil, FotoFest, Houston, EUA (1992);The Inter- com os fotógrafos Tiago Santana, Elza Lima,
Society for the Electronic Arts, EUA (1994); Celso Oliveira e Antonio Augusto Fontes.
Brasil Mostra a tua Cara, Bienal Internacional
de Fotografia Cidade de Curitiba (1996). Tem
fotografias nas coleções do Masp, MIS, M A M de São
Paulo, Coleção Pirelli-Masp, Center for Creative
Photography, Polaroid International Collection. Ga-
nhou a Bolsa Vitae de pesquisa fotográfica e, atual-
mente, é professor de fotografia da Escola Superior
de Propaganda e Marketing.
2 2 9
. -\ a r .1(1. •cimcnlo^;
A n g e l a M a a a ! h à í . , i < , A r a c v A
m a r a l , l a b i a n a d e B a r r o s c l . c n o r a d o B a r r o u , f u n d a ç ã o
l ^ i c r i X "X
or^cr,H
e l o u i M 'C
o s t a . J o s e . X K ' i k ' i r o s F i l h o , J o s e p h S i e n i a w s k v , M
a n i i a P a i h a r e s
l e r n a n d e s , N
a d j a P e r e g r i n o » N
a i r B
e n e d i c t o ,N
e i x a P i t t a K a d o l a , I V d r r » P a l h a r e - » F e r
n a n d e s e R i c a n l o M
e n d e s
R I I H I - N S J - 1 - R N A N I ) i - . s J I I N I O R t i a s e e i ie m I 9 d e d e z e m b r o d e 1 9 4 9 , e m R i o C l a r o , e s t a d o
d e S à o P a u l o . F o r m a d o e m j o r n a l i s m o e e n g e n h a r i a e í e t r o t e e n i e a , e D o u t o r e m C o m u -
A t u a l m e n t e e c u r a d o r d a C
o l e ç ã o P i r e l l i - M a s p . S u a l e s e d e d o u t o r a d o . 1 / e í e ç r . j / M
expandida s e r a e d i t a d a e m b r e v e p e l a C o s a c «S: N a í i v ,
© C o s a c & N a i f y , 2 0 0 3
P u b l i c a d o o r i g i n a l m e n t e p e l o K u n s t m u s e u m W o l f s b u r g : B r a s i l i a n i s c h e F o t o g r a f i e
1 9 4 ^ - 1 9 9 8 : L a b i r i n t o e i d e n t i d a d e s
C a p a : P i e r r e V e r g e r , B o n f i m , Salvador, Bahia, 1 9 4 6 - ^ 2 .
P r o j e t o g r á f i c o : R a u l L o u r e i r o
R e v i s ã o t é c n i c a : S i m o n e t t a P e r s i c h e t t i
Fernandes Junior, Rubens [1949-]
Rubens Fernandes Jr.: Labirinto e identidades: panorama
da fotografia n o Brasil [1946-98]
São Paulo: Cosac & Naify, 2003
232 p . , i 24 fotografias
R u a G e n e r a l J a r d i m , 7 7 0 , 2- a n d a r M A R I A A N T O N I AD A U S P
0 1 2 2 3 - 0 1 0 — S ã o P a u l o SP R u a M a r i a A n t o n i a , 2 9 4
w w w . c o s a c n a i f y . c o m . b r
A t e n d i m e n t o a o p r o f e s s o r :
[ f í " l 3 2 1 8 - 1 4 6 6
TIPOLOGIA
Bell Gothic, Perpetua
PAPEL
Image Matte
CTP E I M P R E S S Ã O
Gráficos Burti
TIRAGEM
4.000
ARAQUEM ALCANTARA
GERALDO DE BARROS
NAIR BENEDICTO
MAUREEN BISILLIAT
LUIZ BRAGA
MARIO CRAVO NETO
VALDIR CRUZ
THOMAZ FARKAS
LUIZ CARLOS FELIZARDO
WALTER FIRMO
LUIS HUMBERTO
ELZA LIMA
RUBENS MANO
JUCA MARTINS
CRISTIANO MASCARO
JOSÉ MEDEIROS FILHO
EUSTÁQUIO NEVES
CELSO OLIVEIRA
GAL OPPIDO
KENJI OTA
ARNALDO PAPPALARDO
MIGUEL RIO BRANCO
ANTONIO SAGGESE
SEBASTIÃO SALGADO
TIAGO SANTANA
MARCOS SANTILLI
CÁSSIOVASCONCELLOS
PEDRO KARP VASQUEZ
PIERRE VERGER
CARLOS FADON VICENTE
ED VIGGIANI
ISBN flS-YSOd-EOS-M
9 788575 032053