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LABIRINTO E

IDENTIDADES
en DN
DA FOTOGRAFIA
NO BRASIL
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Rubens Fernandes Junior
LABIRINTO E IDENTIDADES
LABIRINTO E
IDENTIDADES

PANORAMA
DA FOTOGRAFIA
NO BRASIL
[1946-98]
Rubens Fernandes Junior
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DE GERALDO DE BARROS;,THOMAZ FARKAS,
JOSÉ MEDEIROS E PIERREESPVERGER QUE,
COM DIFERENTES ABORDAGENS, CONSTRUIRAM
PTAA RS IDENTIlAbE DE UM BRASIL
MODERNO,TANTO NA EXPRESSÃODOCUMENTAL,
QUANTO NA EXPERIMENTAL.
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GERALDO DE BARROS
Sem titulo, Belo Horizonte, 1951, 30,5x40,2 cm [29x37cm]
Homenagem a Picasso, São Paulo, 1949, 40,5x390,5cm [28,4x28,4cm]
São [30,7x29,2cm])
Superposition à la prise de vue La Chambre Claire, Paulo, 1950, 35,7Xx30,5cm

Sem título, São Paulo, 1949, 30,5x40,2 cm [29x 29 cm]


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THOMAZ FARKAS
Construção de Brasilia, Palácio da Alvorada, 1958, çox60cm [34x52,2 cm]
Construção de Brasília, Esplanadados Ministérios, 1958, sox60cm [34x52,2 cm]
Inauguração de Brasília, 1960, sox60cm [28x39,8 cm]
PresidenteJuscelino Kubitschek, inauguração de Brasília, 1960, çox6o0cm [28x39,8cm]
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Indios Navante, 1949, 49
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PIERRE VERGER
Samba de Roda, Bahia, 1946-52, 56,8x47,1 cm [39,8x39,9cm]
Bonfim, Salvador, Bahia, 1946-52, 56,8x47,2cm [39,8x39,8 cm]
Carnaval, Embaixada Mexicana, Bahia, 1946-52, 57 x47,2cm [39,9X39,7 cMm]
Candomblé, Iemanjá, Bahia, 1946-52, 56,7Xx47,4Cm [39,9x39,7 cm]
DA DÉCADA DE 60 E 70, CONTAMOS COM
A PRESENÇA DE MAUREEN BISILLIAT,
WALTER FIRMO, LUIS HUMBERTO, QUE BUSCARAM
DEFINIR DA
UMA REPRESENTAÇÃO IDENTIDADE
NACIONAL,A PARTIR DASDIFERENTES MANIFES-
TAÇÕESPOPULARES UTILIZANDO A FOTOGRAFIA
COMO IND -PENDENTE.
INFORMAÇÃO
MAUREEN BISILLIAT
Sem título, da série À Bahia Amada Amado, anos 60, 43,7Xx61,1cm [37,7Xx57cm]
Sem título, da série A Bahia Amada Amado, anos 60, 61 x44,4cm [57,2x37,7cm]
Sem título, da séric AÀBahia Amada Amado, anos 60, 61 x44cm [57,1 x 37,8Cm]
Sem titulo, sem data, 43,7x61cm [37,7Xx57,4cm]
WALTER FIRMO
Sem titulo, 1994, 44,8 x61 cm
[39x57,4cm]
Sem título, 1992, 4gx61cm [39x57,5 cm])
Sem título, 1992, 43,9x61 cm [37,8x57cm]
Sem título, 1992, 43,8x61 cm [37,8x57,2cm]
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LUIS HUMBERTO
Manifestação Pró-anistia, Brasília, 1979, 370x39,7cm [25X37 cm]
Troca de Ministro da Fazenda, Brasilia, 1980, 39,7x29,9Cm [36,9X24,9 cm]
Senador Eurico de Rezende e
Deputado Ulisses Guimarães, 1979, 30Xx39,7 €m [25,2x37 cm]
Cumprimento de Natal a General Figueiredo[Palácio do Planalto, Brasília], 1979, 30x39,7cm [25X37 cm]
NA DÉCADA DE 80 SURGIRAM FOTÓGRAFOS QUE
ATÉ HOJE DESENVOLVEM SUAS ATIVIDADES COM
GRANDE AFINCO. ENTRE 0S ESCOLHIDOS PARA
ESTA MOSTRA, ENCONTRAM-SE OS TRABALHOS DE
JUCA MARTINS, NAIR BENEDICTO, MARIO CRAVO -

NETO, ANTONIO SAGGESE MIGUEL RIO BRANCO,


ARAQUÉM ALCÂNTARA, P:DRO VASQUEZ, MARCOS
SANTILLI, KENJI OTA, LUZ CARLOS FELIZARDO,
SEBASTIÃO
SALGADO, CRSTIANO MASCARO,
ARNALDO PAPPALARDO, VICENTE,
(ARLOS FADON
RESPONSÁVEIS PELA COISAGRAÇÃO DA
FOTOGRAFIA BRASILEIR/NO PANORAMAINTER-
NACIONAL, COM INDEPEIDÊNCIA POLÍTICA NO
FOTOJORNALISMOE SINIULARIDADE NA RECONS-
TRUÇÃO DO OLHAR E DA MAGEM BRASILEIRA.
NAIR BENEDICTO
Promessa, Aparecidado Norte, São Paulo, 1981, sox60cm [37x55,8 cm]
Casal, Praça da Sé, São Paulo, 1991, sox60cm [37,1 x 56 cm]
Tesão no Forró, Forró do Mário Zan, São Paulo, 1978, 60x çocm [55,8x46cm]
Clube das mulheres, São Paulo, 1991, çox6ocm [37x 56 cm]
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Manilestação contra 6 Custe de Vida, são Paulo, 19 NEETESSEE
Manilestação contra o Custo de Vida, São Paulo, 1978, gox400m ES
Seca nó Nordeste, Ceara, t98 3,49,7
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[33,3 X cm]
Visita do Papa, Salvador. 19590 5 ESTENvSISS

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MARCOS SANTILLI
FortePríncipe da Beira, Costa Marques, Rondônia, 1981,43,2x60cm [37x57,5 cm]
Operadores de motosserra, Ariquemes, 1978, 59,8x43 cm [57,5x36,7 cm]
Queimada, Santa Luzia, 1981, 60X42,5cm [57,5Xx36,5cm]
Rodovia Br 364, 1978, 43,2 Xx59,30m [37Xx57,7cm]
LUIZ CARLOS FELIZARDO
Casa Godoy,Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 1992, 23,9Xx29,7Cm [19,3X24,4cm]
Praça, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 1992, 24x29,5cm [19,3X24,4 CM]
Sem título, São Francisco de Paula, Rio Grande do Sul, 1986, 29,5x24cm [24,4x19,3 cm]
Sem título, Porto Alegre,Rio Grande do Sul, 1993, 29,6x24cm [24,3X19,3 cm]
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PEDRO VASQUEZ
Praia de Itacoatiara, 1992

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ARAQUÉMALCÂNTARA
Poço Encantado da ChapadaDiamantina, 1997, 40x socm [32x48cm]
Biguatingada Juréia, Itatins, 1990, 40x çocm [32 x48 cm]
Cachocira Amarcla de Foz de Iguaçu, 1996, çox40cm [48x32 cm]
Riacho da Cachoeira Grande, 1995, 40x çocm [32x48cm]
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CRISTIANO MASCARO
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SEBASTIÃO SALGADO
Serra Pelada, Brasil, 1986, 40,4X50,3 [29,7x44,6 cm]
Serra Pelada, Brasil, 1986, 50,2x39,8cm [44x29,9cm]
Serra Pelada, Brasil, 1986, 50,5x39,7cm [44Xx29,6cm]
Serra Pelada, Brasil, 1986, 40,3x5o,5cm [30,4 X
44,6 cm]
ANTONIO SAGGESE
Bom Jesus da
Lapa, 1992, sox60cm
Trindade, Goiás, 1992, 60Xç50,2 cm
São Paulo, 1994, sox60cm
São Paulo, 1994, çox60cm
ARNALDO PAPPALARDO
Sem título, 1997, 51 x61 cm [46x57,8cm]
Sem título, 1997, 61 x51 cm [57x45,7Cm]
Sem título, 1997, 61 x50,9cm [57,2 x45,8cm]
Sem título, 1997, 61 x50,9cm [57,2x45,8cm]
CARLOS FADON VICENTE
Sem título [ensaio Medium]),1991, fotografiaem cores/cromógeno, 60x çocm [42,1x41,9cm]
Sem título [ensaio Medium), 1992, fotografiaem cores/cromógeno, 59,9x50,1cm [42,2x41,9cm]
Sem título [ensaio Medium]),1994, fotografiaem cores/cromógeno, 60 x çocm [42,1 x41,9cm]
Sem título [ensaio Medium), 1991 ,
fotografiaem cores/cromógeno, 60x socm [42,1 x41,9cm]
KENJI OTA
Sem título, 1994, 66x48 cm

Sem título, 1995, 66x48 cm

Sem titulo, 1995, 66x48 cm

Sem título, 1998, 66x 48 cm


MIGUEL RIO BRANCO
Artist's [Fernando Diniz], Rio
Foot de Janeiro, 1994, 50,5X50,5cm [49x49cm]
Stripes, Lapa, Rio de Janeiro, 1994, 50,5Xx50,5cm [49,2x49 cem])
Silver Tail, Havana, 1994, 5o,7X5o,5scm [48,5x48,5cem]
The Hole, Barcelona, 1993, 50,5Xç5o0,8cm [40,2x39,8cm]
MARIO CRAVO NETO
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ENTRE OS FOTÓGRAFOS DA DÉCADA DE 90,
RESSALTAMOS OS TRABALHOS DE ED VIGGIANI,
RUBENS MANO, ELZA LIMA,CÁSSIO VASCONCELLOS,
LUIZ BRAGA, CELSO OLIVEIRA, VALDIRCRUZ,
GAL OPPIDO,TIAGO SANTANA, EUSTÁQUIO NEVES,
QUE INJETARAM NA PRODUÇÃOCONTEMPORÂNEA
UM OLHAR DOCUMENTAL MAIS EXPRESSIVO E
UMA NOVA ATITUDE EXPERIMENTAL.
CELSO OLIVEIRA
Juazeiro Norte, Ceará,
do 1994, 40X55,2cm [30,5X45,9cm]
Juazeiro do Norte, Ceará, 1995, 40X54,5 cm [30,5X45,5 cm|]
Juazeiro do Norte, Ceará, 1996, 40,2 x
55,2 cm [30,6x46 cm]
Juazeiro do Norte, Cearà, 1995, 39,9Xx55,2Cm [30, 5x46 cm]
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Juazeirvo do Norte, Ceara, 1992. 39,2 S44,7 0m
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Juazeivo do Norte, Ceara, t995, 4 g.5um [ 370,9 x45,70m]
Juazeiro do Norte, Ceara, 1994, 39,5X544,1em [zox 45 em]
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ED VIGGIANI
Procissão dos Farriçocos, Semana Santa, Goiás Velho, 1987, 48,8x58,7cm [36,7Xx55,7Cm]
Romaria Cícero, Juazeiro do Norte, Ceará, 1983, 48,7x58,7cm
do Padre |[36,7X55,7€m]
Cirio do Nazaré, Belém, Pará, 1986, 48,8x58,5çcm [36,7X55,5 Cm]
Romaria do Padre Cícero, Juazeiro do Norte, Ceará, 1992, 48,7x58,7cm [36,7x55,7€Mm]
ELZA LIMA
O Encantado, Capanema, P ANTcA NES SNSNA ENTA SEAIENIA |
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Placidas Aguas, Pará, 19957
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CARTEN TA
LUIZ BRAGA
Menino com
papagaio, 1986, 40,3x61,1cm [38x58,2cm]
Banhista, 1996, sox5o,8cm [48,2x58cm]
Tajás, 1988, 40,3Xx61,1cm [38,2x58cm]
Homem com céu vermelho, 1988, 40,3x61,1cm [38,2x58cm]
VALDIR CRUZ
KasiripinãWaiãpi, Studio New York, 1995, 61,2x50,8cm [58,rx46cm]
Sia Runikui Kaxinawa, Studio New York, 1995, 61,2x50,8cm [56,8x46,1cm]
Yanomami Series 1, Amazonas, 1995, 61,2 xço,8cm [47,4Xx31,6cm]
Yanomami Series vrm, Amazonas, 1995, 61,2Xço,8 cm [47,6Xx31,5 cm]
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CÁSSIO VASCONCELLOS
Spain, 1989, 18,5x29,5Cm [7Xx22,4cm]
São Paulo, 1992, 19X3o0cm [7x22,3cm]
São Paulo, 1992, 17,4x29,5cm [7x22,4cm]
Morro Branco, Ceará, 1983, 19,6x 30 cm [7x22,3cm]
EUSTÁQUIO NEVES
Sem título, Série Futebol, 1997, 5o,5x60,5cm [46,2x57,8cm]
Sem título, Série Caos Urbano, 1997, 50,5Xx60,4cm [42,5Xx51,5cm]
Sem título, Série Arturos, 1997, 5o,5Xx60,2cm [41,5x51cm])
Sem título, Série Arturos, 1994, 60,3X50,5cm [53,2Xx39,7cm]
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APRESENTAÇÃO
Este livro nasceu como parte de u m  projeto de Aracy Amaral que, a convite 
do Kunstmuseum, localizado em Wolfsburg, Alemanha, idealizou u m  evento 
cultural que destacasse  as principais manifestações artísticas brasileiras  da 
segunda metade do século xx, com ênfase na inauguração de Brasília. 
Dentro do panorama internacional das artes visuais  a fotografia brasileira, 
freqüentemente, t e m  aparecido como uma novidade e uma visualidade sur­
preendente. Por isso mesmo é que optamos por uma seleção de imagens que 
oferecem a rara oportunidade de apresentar a trajetória da estética fotográ­
fica nas últimas décadas n o  país. U m  compromisso assumido pela curadoria 
que  compreende que  essa  investigação  contempla  alguns  dos  momentos 
mais expressivos da fotografia brasileira e pretende dar ao leitor uma ampla 
visão das principais tendências, seja através da construção de uma visualidade 
que evidencia nossa identidade, na paisagem física e humana, seja através das 
possibilidades de se criar processos que apontam para novas sintaxes visuais. 
Compreender esse m om e nt o  da fotografia brasileira, através dessas ima­
gens, d o  texto histórico-critico e de uma cronologia, ainda em construção, 
é  fundamental para  entendermos  o  impacto  que  nossa  fotografia t e m  
provocado nos eventos nacionais e internacionais. Longe de ser o espelho 
do social, que reflete apenas u m  paradigma de veracidade, ela amplia con­
sideravelmente o processo criativo das artes visuais, proporcionando novos 
olhares, que desencadeiam noyas direções cognitivas e artísticas, surpreen­
dendo os historiadores, pesquisadores, curadores  e  críticos. A fotografia 
brasileira vem se destacando n o  universo da arte contemporânea, pela liber­
tação que a somatória de diversos procedimentos — que garantem o fazer e 
uma experiência artística diferenciada dos automatismos visuais generaliza­
dos  —  possibilita, já que  quando articulados  criativamente, como nós  os 
fazemos, apontam para u m  inesgotável repertório de combinações que a 
torna ainda mais ameaçadora. 
Esta  edição brasileira  atualiza  os  dados  das biografias dos fotógrafos e  da 
cronologia e m  relação à edição alemã de  1998. Ela  é lançada durante o iv 
Mês da Fotografia em São  Paulo de 2003, organizada pelo  N A F O T O  (Núcleo 
de Amigos da Fotografia), junto à exposição viabilizada pela Cosac & Naify 
ao Centro Universitário Maria Antonia. 
PANORAMA
DA FOTOGRAFIA
NO BRASIL
[1946-98]

Para Paula Palhares Fernandes


A fotografia brasileira apresenta u m a  e n o r m e  diversidade, e  deixa-se re­
cortar p o r  distintas abordagens. Esta exposição, resultado da minha expe­
riência c o m o  pesquisador e crítico n o s  últimos vinte anos, pretende  ape­
nas  mapear, e m  u m  período  especifico, u m a  visão  particularizada  da 
produção fotográfica brasileira dos últimos cinqüenta anos. Não almeja, o 
q u e  seria u m a  pretensão desmedida, oferecer u m  completo painel dessa 
produção, mas mostrar a fotografia brasileira n o  seu amplo espectro: da 
documentação à experimentação, d o  clássico ao mais inovador. 
Esta seleção, que p ontua diferentes e precisos períodos da nossa produção, 
aponta para u m a  entre tantas possíveis trajetórias da fotografia brasileira 
contemporânea, sem a intenção de ser definitiva. Mesmo porque, falando 
de u ma época tão próxima e p o r  isso ainda tão pouco estudada, poderemos 
incorrer e m  equívocos ao celebrar nomes e trabalhos que poderão não se 
consagrar futuramente pela história e, p o r  outro lado, esquecer fotógrafos 
que poderão ser fundamentais na compreensão da construção da história da 
fotografia contemporânea. 
O  espaço temporal selecionado vai de  194Ç  a  1998, período em que a foto­
grafia brasileira, com intensidade  e  objetividade, passou  a dialogar com  as 
características de mutação contínua e  as tensões freqüentes dos movimentos 
contemporâneos. Neste projeto estão reunidas quatro gerações de fotógrafos 
que trabalharam na construção de uma identidade visual forte e claramente 
sintonizada com o movimento da arte nos últimos cinqüenta anos. 
Da década de 40 e j o ,  destacam-se as obras de Geraldo de Barros,Thomaz 
Farkas, José Medeiros e Pierre Verger que, com diferentes abordagens, cons­
truíram a imagem de u m  Brasil moderno, tanto na expressão documental, 
quanto na experimental. Da década de 60 e 70, contamos com a presença de 
Maureen Bisilliat, Walter Firmo, Luis Humberto, que buscaram definir uma 
representação da identidade nacional, a partir das diferentes manifestações 
populares, utilizando a fotografia como informação independente. 
Na década de 80 surgiram fotógrafos que até hoje desenvolvem suas ativida­
des com grande afinco. Entre os escolhidos para esta mostra, encontram-se 
os trabalhos de Juca Martins, Nair Benedicto, Mario Cravo Neto, Antonio 
Saggese, Miguel Rio Branco, Araquém Alcântara, Pedro Vasquez, Marcos 
Santilli,  Kenji Ota,  Luiz  Carlos  Felizardo,  Sebastião  Salgado,  Cristiano 
Mascaro, Arnaldo  Pappalardo,  Carlos  Fadon Vicente,  responsáveis  pela 
consagração da fotografia brasileira n o  panorama internacional, com inde­
pendência política n o  fotojornalismo e singularidade na reconstrução do 
olhar e da imagem brasileira. 
Entre os fotógrafos da década de 90, ressaltamos os trabalhos de EdVig-
giani,  Rubens Mano,  Elza  Lima,  Cássio Vasconcellos,  Luiz  Braga,  Celso 
Oliveira, Valdir Cruz, Gal Oppido, Tiago Santana, Eustáquio Neves, que 
injetaram na produção contemporânea u m  olhar documental mais ex­
pressivo e uma nova atitude experimental. 
Essa reunião d e  quatro gerações contempla a diferença na percepção das 
nossas etnias,  o  fotojornalismo arrojado e  refinado d o  fotógrafo brasi­
leiro, a linguagem singular da fotografia n o  nível da expressão pessoal, e 
nas diferentes possibilidades de construção da imagem fotográfica —  do 
questionamento da materialidade dos suportes  às  diferentes manipula­
ções químicas e eletrônicas. Evitamos reforçar a visão de u m  Brasil exóti­
co e generoso, grandioso e fácil, tão divulgado n o  exterior, para mostrar 
u m  país c o m  identidade f o r t e   e assumida dialeticamente através d o  traço 
paradoxal do harmonioso e d o  dissonante. 
Neste texto pretendemos dar maior abrangência para o movimento foto­
gráfico do período abordado e apontar possíveis tendências na produção 
contemporânea, ora citando autores e outras manifestações que, p o r  dife­
rentes motivos, não puderam participar desta mostra; ora buscando focar 
trabalhos fundamentais para a compreensão do recorte histórico proposto 
nesta leitura panorâmica e abrangente da fotografia brasileira. 

A modernidade chega à fotografia brasileira muito tardiamente. Em 1922, 
p o r  ocasião da Semana de Arte Moderna, realizada e m  fevereiro n o  Teatro 
Municipal de São Paulo, diferentemente d e todas as manifestações de van­
guarda, ocorridas principalmente na Europa, a fotografia e  o cinema não 
foram contemplados como linguagem e manifestação. Curiosamente, nossa 
vanguarda incluiu em seu programa a pintura, a literatura, a escultura, a 
música e a arquitetura, mas esqueceu da fotografia  e do cinema, embora 
estas reprt-sentassem as mais contemporâneas e revolucionárias possibili­
dades d e  expressão e linguagem naquele m o m e n t o ,  fazendo p a r t e  d e  todas 
as manifestações d e  r u p t u r a  das vanguardas européias, principalmente  o 
Futurismo italiano e  o Dadaísmo, movimentos mais próximos dos artistas 
brasileiros. Portanto, é notória a ausência d e  u m a  produção gerada pelas 
imagens técnicas, q u e  tro u x eram  novas conceituações e  novos questiona­
mentos sobre c o m o  e p o r  q u e  olhar o m u n d o  visível. 
Se u m a  das características da modernidade é, não apenas incorporar as téc­
nicas mas t a m b é m ,  a intenção d e  pensar e produzir a r t e  sobre novas bases 
estéticas, nossos modernistas n ã o  fo ram tão radicais e m  suas propostas d e  
renovação e revolução e m  direção a u m a  nova sensibilidade. Eles permiti­
r a m ,  n o  máximo, u m a  visão instrumental para a fotografia que denota exata­
m e n t e  a falta d e  reflexão mais aprofundada sobre essas novas expressões. 
C o n t u d o ,  se olharmos c o m  acuidade o m o v i m e n t o  modernista brasileiro, 
é  fácil constatar q u e  a fotografia, en q u a nt o registro e documentação, f o i  
m u i t o  utilizada, e  o cinema t a m b é m  n ã o  foi totalmente excluído, u m a  vez 
q u e  n a  revista Klaxon,  "mensário d e  a r t e  m ode r na " ,  e m  seu p r i m e i r o  n ú ­
m e r o ,  publicado e m  i £ d e  m aio d e  1922, Mário d e  Andrade (1893-194.^), 
registrou: "Klaxon sabe q u e  o cinematógrapho existe. [...] A cinematogra-
phia  é  a  criação artística mais representativa da nossa época.  É  preciso 
observar-lhe a lição". 1 
Este  fragmento, retirado d o  t e x t o   d e   abertura  da  revista, n a   realidade 
eqüivale a u m  manifesto, e mostra a importância d o  cinema n o  movimento 
modernista, mas  só  c o m o  reflexão. Mário d e  Andrade foi  o  único m o ­
dernista q u e  desenvolveu, intuitivamente, u m a  atividade c o m  a fotografia. 
Influenciado pela revista alemã Der Querschnitt [ 0 corte vertical], editada e m  
Berlim, Mário c o m   sua  camera  batizada d e codaque,  desenvolveu,  entre 
19,23  e  1931, u m a  fotografia arrojada e inovadora. Para Ancona Lopez, esta 
experiência  "configura  a  incursão  consciente  pela  fotografia c o m o   lin­
guagem, a redefinição d o  olhar através da câmera; a experiência artística, 
marcada p o r  u m  f o r t e  senso da composição. [...] Mário fotógrafo subverte 
os planos, corta, experimenta o 'close'; calcula, compõe e, j á se sabe, não 
hesita e m  t o m a r  figuras d e  costas". 2 
D o  final dos anos 30 até meados dos anos 4 0 ,  u m  novo e importante g ru­
p o  d e  fotógrafos estrangeiros chega ao Brasil, trazendo uma contribuição 
inestimável, tanto d o  p o n t o  de  vista  técnico  como d o  p o n t o  d e  vista 
estético.  Eles  souberam valorizar u m   Brasil  até  então  desconhecido  e 
colaboraram decisivamente para a construção de uma identidade para a 
fotografia contemporânea. 
Nesse período, a presença da fotografia era mais perceptível nas revistas 
ilustradas e nos fotoclubes —  movimento que reunia profissionais liberais 
de diferentes áreas, que viam a fotografia como possibilidade d e  expres­
são artística autoral. Nas primeiras décadas d o  século x x  podemos elen-
car algumas tentativas frustradas de iniciar o movimento fotoclubista n o  
Brasil, mas a sua consolidação veio através d o  Photo Club Brasileiro, f u n ­
dado e m  1923, n o  Rio de Janeiro, e o Foto Clube Bandeirante, 3  fundado 
e m   1939, em São Paulo, batizado mais tarde como Escola Paulista, como 
as iniciativas mais prolongadas de instituir o movimento, resultando e m  
desdobramentos e m  quase todas as grandes cidades brasileiras. 
O  movimento fotoclubista n o  Brasil foi marcado p o r  expoentes da foto­
grafia como Geraldo de Barros, Thomaz Farkas, Marcel Giró, Chico Al­
buquerque, JoséYalenti, Eduardo Salvatore, Gregori Warchavick, Benedito 
Junqueira Duarte, Nogueira Borges, Herminia de Mello Nogueira Borges, 
Francisco Aszmann, Gaspar Gasparian, German Lorca, José Oiticica Filho. 
Estes fotógrafos, do eixo Rio de Janeiro —  São Paulo, concretizaram uma 
atitude diferenciada na produção fotográfica ao proporem a instauração de 
novos conceitos para a prática da fotografia e a busca de uma marca autoral 
e m  seus trabalhos. 
Outras duas experiências importantes n o  desenvolvimento da linguagem 
fotográfica brasileira, em direção à modernidade, foram a revista 0 Cruzei-
ro, criada em 1928, e a Revista S. Paulo, lançada em 3 1 de dezembro de 193^. 
A revista semanal 0 Cruzeiro foi a mais importante contribuição para o foto­
jornalismo brasileiro e para a construção da imagem de u m  país moderno 
e  sintonizado com a informação internacional e  os avanços tecnológicos. 
D e  circulação nacional, seu período áureo aconteceu entre  1944 e  1962. 
A chegada d o  fotógrafo francês Jean Manzon (191 £-90), da revista fran­
cesa Paris Match,  e m  1944, coincidiu c o m  a formação d e  u m  g r u p o  d e  fo­
tógrafos brasileiros, influenciados pelas revistas ilustradas estrangeiras  e 
sintonizados c o m  o movimento fotográfico internacional. José Medeiros, 
Marcel Gautherot, Pierre Verger, Ed Keffel, Luciano Carneiro, Luiz Carlos 
Barreto, Indalécio Wanderley, Peter Scheier, Flávio D a m m ,  e n t r e  outros, 
transformaram a revista O Cruzeiro n a  m ais surpreendente experiência da 
fotografia brasileira documental. Suas reportagens, baseadas n o  estilo das 
estrangeiras Life e Paris Match,  abriam espaços generosos para a fotografia, 
q u e  passa a ser a principal informação d a  revista, iniciando u m a  narrativa 
visual inédita para as publicações nacionais até então. É nesse p e r í o d o  q u e  
surgem as famosas duplas d e  r e p o r t a g e m ,  e n t r e  elas, David Nasser e Jean 
Manzon, José Leal e José Medeiros, Ubiratan d e  Lemos e Indalécio W an­
derley.  Foi  notável  o  sucesso d e  público da revista q u e ,  e m  agosto d e  
19^4, c o m  o suicídio d o  presidente Getúlio Vargas, chegou ao r e c o r d e  d e  
720 mil exemplares semanais. 
O u t r a  experiência fantástica foi a publicação da Revista S. Paulo,* d e  p erio­
dicidade m e n s a l ,  q u e  t e v e  c o m o  principais f o t ó g r a f o s  B e ne di t o  J u n ­
q u e i r a  D u a r t e  ( 1 9 1 0 - 9 4 ) ,  s o b   o  p s e u d ô n i m o  d e  Vamp,  e  o  a l e m ã o  
T h e o d o r  Preising (1883-1962). N a  redação tivemos  a  participação d e  
Cassiano Ricardo, Menotti D e l  Picchia e L. Vampré. A revista, d e  grande 
f o r m a t o  ( 4 4  x  30 c m )  e impressa e m  rotogravura, valorizava a fotografia, 
p a r t i c u l a r m en te  a f o t o m o n t a g e m ,  e  tinha u m  p r o j e t o  gráfico arrojado 
q u e  a aproximava iconicamente d a  simultaneidade d o  cinema e da veloci­
d a d e  d a  cidade d e  São Paulo, à época m e t r ó p o l e  e m e r ge nt e .  Ousada n a  
diagramação, a Revista S. Paulo articulava t e x t o  e imagem c o m  complexi­
dade, e m  páginas duplas o u  triplas, c o m  dobras, q u e  davam à imagem u m  
tratamento até então desconhecido. 
Pelo artifício d a f o t o m o n t a g e m ,  as imagens vibravam nas páginas e faziam 
explodir os frag men to s  d o  progresso e d a  agitação das atividades indus­
triais, urbanas, cívicas e políticas. O  uso da fotografia e d a  f o t o m o n t a g e m  
reforçava o discurso persuasive da publicação e viabilizava u m a  das carac­
terísticas d a  i m a g e m  técnica. A l é m  disso,  o  p r o j e t o  dialogava c o m   as 
revistas similares européias  e  c o m   o  ideário dos dadaístas alemães, d e  
Berlim, q u e  criaram  o t e r m o  "fotomontagem" para designar suas cola­
gens c o m  imagens recortadas d e  jornais e revistas, Raoul Hausmann, u m  
dos artistas d o  movimento, destacou q u e  "os  dadaístas  foram os p r i ­
meiros a utilizar o material da fotografia para, a partir d e  partes da estru­
tura, d e  natureza material e espacial peculiar, muitas vezes opostas vimas 
às outras, criar u m a  nova unidade q u e  pudesse arrancar d o  caos dos t e m ­
p o s  d e  guerra e revolução, u m a  imagem nova, tanto d o  p o n t o  d e  vista 
óptico c o m o  intelectual. E eles sabiam q u e  seu m é t o d o  encerrava u m a  
grande força propagandística, q u e  a vida contemporânea não tinha cora­
g e m  de desenvolver e acolher". 5  O s  fotógrafos conseguiram, através da 
imagem, simultaneamente naturalista  e  ilusória, enaltecer a gestão d o  
governador d o  Estado de São Paulo, Armando Salles d e  Oliveira, c o m  a 
divulgação d e  suas obras e projetos realizadçs e da vocação empreende­
dora e industrial d o  estado. Sem dúvida, u m a  das mais ricas experiências 
e m  t e r m o s  d e  linguagem, q u e  despertava  o  leitor para u m  m u n d o  d e  
novas sensibilidades. 
Podemos afirmar, contudo, que a fotografia moderna brasileira começa n o  
final dos anos 40, após os primeiros investimentos de capitais estrangeiros 
n o  país e  as primeiras iniciativas para alavancar o desenvolvimento indus­
trial. É bom lembrar que o final da década d e  40 foi também significativo pa­
r a  o florescimento da arte e da cultura, e que, durante mais de uma década, 
0  País viveu um intenso processo de fermentação sócio-político-cultural. 
N o  período d e  transição dos anos 4 0  para os anos 50, iniciou-se efetiva­
m e n t e  esse  estimulante processo q u e  criou  e  consolidou  nossas  mais 
importantes instituições culturais: o  Museu d e  A r t e  d e  São Paulo Assis 
Chateaubriand (Masp); p Museu d e  A r t e  Moderna d e  São Paulo (MAM/
SP)  e o Museu d e  A r t e  Moderna d o  Rio d e  Janeiro ( M A M / R J ) ;  a Sociedade 

Brasileira d e  Comédia, embrião d o  Teatro Brasileiro d e  Comédia ( T B C ) ;  a 


Companhia Cinematográfica Vera C r u z ,  tentativa d ê   firmar  industrial­
m e n t e  o cinema brasileiro; a Sociedade Brasileira d e  Progresso e  Ciência 
(SBFC);  a inauguração da xvTupi, primeira emissora d e  televisão d o  Brasil; 

e ,  e m   195:1, a realização da 1 Bienal Internacional d e  São Paulo. 
Pará Helouise Costa, a construção d e  u m a  estética m oderna n a  Fotografia 
brasileira, "se fez jjelo somatório  cie inúmeras pesquisas individuais não 
explicitamente direcionadas e muitas vezes afastadas n o  tempo, mas que 
a longo prazo nos permite identificar a instauração d e  u m  'novo olhar', 
numa ruptura clara com a prática acadêmica. [...] A fotografia moderna 
n o  Brasil surgiu e  se desenvolveu n o  interior d o  Foto Cine Clube Ban­
deirante. Os fotógrafos bandeirantes concretizaram uma transformação 
que abalou a tradição pictorialista e acadêmica do movimento amador."6 
Mas, ainda que buscassem a ruptura como forma de trabalho, trazendo o 
espírito da modernidade para a fotografia brasileira, foram Geraldo de 
Barros (1923-98), em São Paulo, e mais tarde José Oiticica Filho (1906-
64), n o  Rio de Janeiro, que explicitaram uma concepção mais arrojada d o  
fazer fotográfico, incluindo u m  profundo questionamento dos limites da 
própria concepção de fotografia. Essas iniciativas foram responsáveis pela 
verLeir,  d ,   ^  brasileira, L a v é , d  e L ,  
dois artistas que se empenharam e m  realizar intervenções radicais n o  
processo d e trabalho, com a finalidade de aprofundar os questionamentos 
e  a reflexão da linguagem fotográfica, esgarçados intencionalmente para 
ampliar a experiência imagética. 
Nesse contexto d e  reflexão sobre a  cristalização d e  imagens, podemos 
destacar a obra d e Geraldo de Barros eThomaz Farkas, pioneiros na busca 
d e  uma discussão estética piais aprofundada para a fotografia e respon­
sáveis por inserir a fotografia brasileira n o  debate contemporâneo. Farkas 
realizou sua primeira exposição n o  Masp, e m   1949, abrindo pela pri­
meira vez u m  espaço para a fotografia n o  museu e, e m  1950, Geraldo d e  
Barros  exibiu seu  ensaio  FotoFormas, que surpreendeu  o  mundo das 
artes visuais pela coragem e pela inquietação. 
Nessa série de imagens e m  suporte fotográfico o insólito se presentificava: 
construída a partir de sobreposições, de intervenções nos negativos — 
riscando-os, pintando-os, recortando-os  — , de solarização parcial das ima­
gens, enfim, retirava da fotografia sua "veracidade documental", valorizan­
do e explicitando a idéia elaborada a partir de u m  projeto pré-visualizado. 
N o  catálogo da exposição FotoFormas, Pietro M. Bardi (1900-99) regis­
trou que "Geraldo vê, e m  certos aspectos ou elementos do real, especial 
mente nos  detalhes geralmente  escondidos,  sinais  abstratos  fantasiosos 
olímpicos: linhas que gosta de entrelaçar com outras linhas numa alquimia 
de  combinações  mais o u  menos imprevistas  e,  às  vezes  ocasionais,  que 
acabam sempre compondo harmonias formais agradáveis. A composição é, 
para Geraldo, u m  dever, ele a organiza escolhendo u m  milhão de segmen­
tos lineares que percebe, sobrepondo negativo sobre negativo, modulando 
os tons de suas únicas cores que são o branco e o preto, reforçando as tin­
tas naquele seu trabalho de laboratório tão cuidado e agradável". 7 
Geraldo de Barros, c o m  seu trabalho ousado e inquietante, estabeleceu 
para a fotografia brasileira o paradigma da modernidade. Seu processo d e  
criação, c o m  base na desnaturalização da fotografia, provocou rupturas e 
abalou  as  estruturas da linguagem, até então assentadas n o  registro do 
natural e da boa aparência. C o m  uma força criativa que impressionou até 
seus contemporâneos, Geraldo demonstrou q u e  sua atitude antinatura-
lista era, na realidade, u m  desejo d e  experimentação sem m e d o ,  sem as 
amarras da arte codificada, estruturada e m  sistemas distanciados da inda­
gação e da reflexão do fazer artístico. Ele trouxe, para a fotografia,  a idéia 
de construção de u m  sistema de representação que se articulava com ou­
tras manifestações visuais e instituía uma nova possibilidade para o olhar. 8 
Sua inquietação gerou u m  universo estético singular na arte brasileira e par­
ticularmente na fotografia, com uma produção expressiva e desconcertante 
sem precedentes. Geraldo de Barros, influenciado pela Teoria da  Gestalt 
apresentada pelo crítico e amigo Mário Pedrosa (1900-81), começou a se 
preocupar com  a forma, buscando  cada  vez  mais, como ele  afirmou em 
diversas  ocasiões,  o essencial  para u m  trabalho plástico intrigante  e  insti-
gante, tornado hoje referência imprescindível para a fotografia brasileira. 
Fotógrafo, cineasta, empresário e agitador cultural, o húngaro Thomaz Far­
kas desenvolveu seu trabalho na fotografia  a partir da formação técnica e 
estética do Foto Cine Clube Bandeirante. Depois de intensa participação 
nos concursos nacionais e internacionais, atividade que caracterizava a exis­
tência do Foto Clube, Farkas inicia u m  trabalho mais pessoal e mais trans­
gressor. Ele procurou registrar, sem grandes interferências n o  "real", uma 
visão fotográfica moderna trazendo para sua fotografia novos e inusitados 
ângulos de tomada, cortes e aproximações geométricas de luz  e sombra. 
Essa nova possibilidade d e  expressão fotográfica foi aos poucos encon­
t r a n d o  seu caminho, buscando ora a radicalidade n o s  enquadramentos, 
o r a  u m a  nova relação nas tensões e n t r e  o branco, o p r e t o  e  as sombras 
acentuadas. Farkas, e m  sua série sobre as cidades d e  São Paulo e Rio d e  
Janeiro, e n a  série mais radical e formalista, elegeu  o  ângulo insólito 
para r o m p e r  c o m   o  p r o c e d i m e n t o   tradicional d e  fotografar  e  para 
desarticular os automatismos da visão, despertando o leitor d o  "êxtase 
hipnótico" 9  e m  q u e  estava submerso há séculos pela ditadura da pers­
pectiva renascentista. 
O  conceito d e  estranhamento desenvolvido pelo formalista russo Viktor 
Chklóvski e m   1929  está presente n o  trabalho de Farkas na medida e m  
q u e  a f o r m a  apreende a realidade na sua diferença provocando o leitor, 
que, p o r   sua  vez,  se  vê  empenhado e m  construir "o  real" a  partir  da 
desconstrução  da  imagem  fotográfica. A r l  indo  Machado  entende  que 
"Chklóvski defendia u m  conjunto d e  técnicas de construção, cuja função 
seria perturbar as nossas percepções rotineiras e forçar a sensibilidade a 
'estranhar' o arranjo simbólico que lhe é apresentado". 10 
O  conjunto das fotografias d e  Farkas selecionado para esta exibição refe-
re-se à inauguração da cidade de Brasília, futura capital brasileira. Essas 
imagens simbolizam a consolidação do movimento modernista n o  Brasil 
e colocam o país n o  cenário cultural internacional. Para reforçar essa pre­
sença cultural, lembramos que o Cinema Novo iniciou sua trajetória e m  
a
1 9 5  Bossa Nova, uma "batida" diferente n o  violão criada p o r  João Gil­
b e r t o  e m  19£7, deu origem a uma música com acordes alterados e melo­
dia inesperada; aVolkswagen d o  Brasil, primeira empresa automobilística 
d o  país, surgiu e m   19^6; e, e m  1957, começaram as obras e m  Brasília, 
inaugurada e m  i 9 6 0 ,  n a gestão d o  presidente Juscelino Kubitschek, em­
possado e m  19^6, com o l e m a "^o  anos e m  ç". 
Brasília, projeto d e  Oscar Niemeyer  e  Lúcio  Costa, foi construída e m  
t e m p o  recorde d e  três anos e planejada para ocupar o planalto central d o  
país, a fim d e  conquistá-lo física, geográfica e culturalmente. A espetacu-
laridade cenográfica da cidade e do espaço urbano constitui sua principal 
característica, e Farkas, e m  suas várias idas e vindas d u r a n t e  a construção, 
até a sua data i naugural, despretenciosamente, m a s  m o v i d o  p ela paixão d o  
r e g i s t r o  irnagético e histórico,  fotografou  Brasília passo a passo. O  resul­
tado, p o r é m ,  c o m o  s e m p r e ,  é u m  olhar inusitado e carregado d e  e m o ç ã o .  
Suas geometrias acentuadas, seus estranhos ângulos d e  visão r o m p e n d o  o 
silêncio das f o r m a s ,  sua visão estética instigante a p o n t a m  p a r a  u m a  das 
experiências mais renovadoras d a  fotografia brasileira d e  seu t e m p o .  
C o m  os trabalhos d e  Geraldo d e  Barros e T h o m a z  Farkas, somados a tantos 
outros q u e  ousaram na fotografia, c o m o  José Oiticica Filho, o mais revolu­
cionário e x p e r i m e n t a d o r  e n t r e  todos, pode-se finalmente afirmar q u e   a 
m o d e r n i d a d e  chegou à fotografia. Para Herkenhoff, " c o m  essa produção da 
década d e  ç o ,  parece que, pela primeira vez, a fotografia n o  Brasil t e m u  m  
p r o g r a m a inteligente, atualizado e socialmente disseminado. C o m  ele exis­
t e  u m a  sintonia verdadeira c o m  o  p r o j e t o  cultural brasileiro mais i m p o r ­
t a n t e  n a  época. A fotografia construtiva, d e  c e r t o  m o d o  ombreava c o m  o 
C o n c r e t i s m o   e  o  N e o c o n c r e t i s m o  d a  literatura  e  das a r t e s  plásticas". 1 1  
N a  fotografia jornalística, c o m  o crescimento da revista 0 Cruzeiro,  a partir 
d e   1944, sob a coordenação d e  Jean Manzon, u m a  nova geração d e  f o t ó ­
grafos foi aos poucos i m p o n d o  seu trabalho e  sua visão d e  m u n d o .  D e n t r e  
eles, destacamos nesta exposição José Medeiros (1921-90) e  o trabalho d o  
francês P i e r r e  Verger (1902-96) q u e ,  d e  maneira mais independente, co­
laborou c o m   a  revista brasileira  e  q u e  "conferiu à  fotografia d e  registro 
antropológico u m a  dimensão poética desconhecida n o  Brasil". 12 
José Medeiros foi, s e m  dúvida, e n t r e  1946 e  1 9 6 2 , 0  g r a n d e  n o m e  d o  f oto­
jornalismo brasileiro, pois, apesar da falta d e  i nformação e da precariedade 
e d o  improviso d o  m e r c a d o ,  ele soube i m p o r  seu trabalho criativo e  dife­
renciado. Medeiros soube p e r c e b e r   a importância da vitalidade d o  nosso 
povo e registrou-a na época, revelando u m  Brasil desconhecido d o  g rande 
público  e  distanciado da perspectiva d o  trágico. Para  Helouise  Costa,  a 
liberdade editorial propiciada pela revista 0 Cruzeiro, o n d e  Medeiros se con­
sagrou  c o m o  fotógrafo, "não  é  casual",  pois "o  seu m o m e n t o  d e  m a i o r  
expressão n o  Brasil  coincide c o m  u m  dos raros lapsos  democráticos da 
história d o  país. A lém disso, moldava-se u m  quadro propício para a confor­
mação d e  u m a  cultura d e  massa: urbanização acelerada, formação d e  públi­
cos d e  massa e aumento das necessidades d e  lazer nos grandes centros". 1 3  
Desde o início ele apostou n a  busca d e  u m a  identidade brasileira, centrada 
n a  idéia d e  promover a beleza e  o desejo d e  felicidade d e  sua época. Seu 
trabalho, singular e sem precedentes n a  história contemporânea, é inquieto 
e desestabilizador n o  cenário d o  fotojornalismo produzido n o  país na déca­
da d e  ço. Desenvolveu u m  estilo inventivo e inspirado, b e m  diferente dos 
fotógrafos d e  sua geração, e foi considerado pelo cineasta Glauber Rocha 
c o m o  o único fotógrafo q u e  fez u m a  "luz brasileira". N a  exposição orga­
nizada n o  i n  Mês  Internacional d a   Fotografia,  a  p a r t i r  da  coleção d o  
M A M / R J ,  d e f e n d e m o s  q u e   Medeiros teria  cravado  sua  l e n t e  n o  povo 

brasileiro e ido atrás d o  que havia d e  mais expressivo e m  t e r m o s  culturais. 


E quase impossível encontrar u m  fio condutor q u e  seja, ao m e s m o  t e m p o ,  
transparente e definidor da sua obra, mas talvez sua p e r m a n e n t e  curiosi­
dade d e  menino seja, n o  fundo, responsável pela construção d o  mais agudo 
e sintético documento visual da nossa sociedade dos anos go. 
Utilizando quase q u e  s o m e n t e  a luz ambiente e situações naturais espon­
tâneas, sem simulações, ele introduziu n a  redação a câmera d e  f o r m a t o  
3 £ m m ,  especificamente a Leica, e c o m  clareza política e estética registrou 
o fogo e  a vitalidade d e  seu t e m p o .  Angela Magalhães e Nadja P eregrino, 
afirmam q u e  "Medeiros levou até as últimas conseqüências seu desejo d e  
desvelar o imenso t e r r i t ó r i o  brasileiro", 14  fotografando g r u p o s  indígenas, 
s e m  exaltação folclórica, m a s  c o m  a magia e  a explosão d a  descoberta. 
Fotografou e publicou e m  1957  o p r i m e i r o  livro sobre candomblé, aflo­
r a n d o  n o  ensaio algo divino, dramático e misterioso sobre a cultura n e ­
gra; enfim, fotografou c o m  admiração e imaginação o futebol,  a política, 
o manicômio, o  carnaval, a praia carioca, n u m  p e r í o d o  d e  grandes trans­
formações n o  país. Nada escapou a esse olhar atento e corajoso, q u e  ofe­
r e c e  ao leitor a fina "conjugação da intuição c o m  a sua capacidade d e  fixar 
u m  instante decisivo d e  u m  d e t e r m i n a d o  acontecimento", 1 5  mirando-se 
n u m  Brasil luminoso e caleidoscópico. 
Se José Medeiros f o i  múltiplo n o  seu desenvolvimento temático, exigên­
cia d o  trabalho desenvolvido n a  revista O Cruzeiro, o fotógrafo  e etnólogo 
Pierre Verger, ao contrário, centrou seu foco nas manifestações profanas 
e religiosas d o  negro na Bahia. Verger veio ao Brasil pela primeira vez e m  
1946,  depois d e  viajar quinze  anos p o r  diferentes regiões d o  m u n d o ,  
fotografando e reunindo informações dos lugares que visitou, e m  especial 
os países africanos, onde aprendeu a amar os cultos religiosos. Nesse m o ­
mento, após rápida passagem p o r  São  Paulo e  Rio de Janeiro, ao se de­
parar com a cidade de Salvador, nasceu seu interesse e m  estudar os usos e 
costumes dos negros. 
As  semelhanças percebidas nos diferentes países que visitara eram tão 
assombrosas q u e  se dispôs  a aprofundar seus conhecimentos sobre essa 
cultura  e  tentar aproximar os laços culturais entre Brasil  e  África. E m  
19^1 foi iniciado Babalaô, passou a viajar com freqüência à Africa, especi­
ficamente a Benin, tendo acesso, conforme o respeitado crítico d o Jornal
da Tarde Moracy d e  Oliveira, a "todas as tradições orais, o que lhe permi­
tiu  detectar  influências, descobrir  origens  e  tornar-se narrador  insu­
perável das histórias dos negros africanos e de sua herança cultural espa­
lhada pelo mundo. [...] Jamais intervém naquilo que registra porque não 
sobreviveria ao artificialismo de situações representadas. Sua veracidade, 
pertinência como auxiliar dos estudos etnológicos e sua riqueza de signos 
advêm justamente de sua não intromissão, d e  seu caráter quase clandesti­
n o  de feitura, da  mecanicidade d o  registro. E m  Verger,  a  fotografia é 
transparência, é informação, d ocumento, projeção e multiplicação da be­
leza da cultura de uma raça que, mesmo reconhecida institucionalmente 
como uma das q u e  constituíram a nacionalidade, t e m ,  c o m  freqüência, 
seus valores menosprezados, quando não desconhecidos." 16 
O  trabalho fotográfico,de Verger, sério e consistente, apoiado na mais pura 
intuição, capta o gesto livre do cidadão n o  seu cotidiano, as festas religio­
sas,  a dinâmica da cidade, o  carnaval como a grande festa do povo, a reli­
giosidade e  a cultura negra. C o m  luz própria e enquadramento clássico, 
ele deixou uma preciosa iconografia sobre essa cultura. Seu instinto, pu­
ramente estético e documental, humanista e social, produziu mais d e  6^ 
mil negativos, atualmente depositados na Fundação Pierre Verger, e m  Sal­
vador, que nos últimos anos tem-se desdobrado para organizar, catalogar, 
preservar e estudar a diversidade e os mistérios da sua fotografia.  Mario 
Cravo N e t o  considera a qualidade da fotografia d e  V erger comparável ape­
nas à d e  Cartier-Bresson, o fotógrafo mais consagrado deste século. 
Jorge Amado, p o r  sua vez, registrou e m u  m  dos livros d e  fotografias d e  
Pierre V erger q u e  sua obra produziu u m  "retrato completo, b elo, dramáti­
co, verdadeiro da cidade da Bahia n a  década d e  4 0 ,  vista d e  t odos os ângu­
los, e m  sua pobreza, e m  sua força d e  viver, e m  sua beleza, n a  afirmação 
d e  sua gente. P i e r r e  an d o u r u a s ,  becos, subiu e desceu ladeiras, t o c o u  a 
realidade e  o mistério, e  a força q u e  o impulsionou foi o a m o r :  a m o r  p ela 
cidade e pelo povo". 1 7  
Seu olhar refinado, apurado e sensível, registrou a luz delicada q u e  recor­
tava o povo n o  trabalho e nas festas sagradas e profanas, c o m o u  m  obser­
vador especial, u m  mensageiro escolhido pelos deuses para produzir  a 
m e m ó r i a  c o m  ciência  e paixão.  O  registro da dignidade d o  p o v o  e  das 
suas manifestações foi o  g r a n d e  desafio d e  P i e r r e  Fatumbi Verger, q u e  
soube, c o m o  n inguém, m o s t r a r  q u e  a fotografia n ã o  é a demonstração d o  
óbvio, mas da emoção e da revelação d o  outro. 
Ainda n a  década d e  j o ,  é i m p o r t a n t e  ressaltar a experiência realizada n o  
Jornal do Brasil, d o  Rio d e  J aneiro, c u j o  p r o j e t o  d e  p lanejamento gráfico 
foi elaborado p o r  Amilcar d e  Castro (1920-2002), u m  dos artistas mais im­
portantes d o  movimento neoconcreto brasileiro. N a  primeira página d o  
Jornal do Brasil a fotografia era a informação mais importante, ao ganhar 
mais espaço e u m  tratamento gráfico absolutamente inovador para a época. 
E m  1952 nasceu t a m b é m  a revista Manchete,  da Bloch Editores, d e  p erio­
dicidade semanal e d e  circulação nacional para competir c o m 0 Cruzeiro.
A nova revista, impressa e m  cores, abalou a liderança d a  c o n c o r r e n t e  e 
t r o u x e  para  o  fotojornalismo u m a  nova dinâmica d e  pr oduç ã o e  circu­
lação. A  revista Manchete,  p o r  afinidades familiares, d e u  a o  Presidente 
Juscelino Kubitschek p rojeção nacional, divulgando seu programa desen-
volvimentista e  a construção d e  Brasília, c o m  a pr oduç ã o d e  f a r t o  m ate­
rial fotográfico. U m a  edição especial d a  revista, dedicada à inauguração 
d e  Brasília e m  1960, vendeu j o o  mil exemplares e m  dois dias. 
A última contribuição i m p o r t a n t e  para o amadurecimento d a  fotografia 
brasileira na década d e   ^"o  foi a criação d o  Prêmio Esso d e  Fotojornalis­
m o ,  da Exxon Corporation. A empresa, sensibilizada pelas publicações e 
pelas reportagens fotográficas e m  jornais  e  revistas d o  pais, criou, e m  
19^9, u m  prêmio  especial  e  inédito, para n o  ano  seguinte  institucio­
nalizar  a premiação, escolhendo o trabalho d o  fotógrafo  paulista Sérgio 
Jorge, da revista Manchete,  cuja imagem foi, posteriormente, publicada 
mais de trinta vezes e m  revistas e jornais do exterior. Para W alter Firmo, 
"o Prêmio Esso d e  Fotografia decolou n o  vácuo d e  três grandes e  deci­
sivos movimentos para uma maior compreensão da imagem fotográfica 
como notícia: a 'escola' da revista 0 Cruzeiro; o padrão gráfico e  a qua­
lificação profissional d o  repórter-fotográfico, jargão criado p o r  Samuel 
Wainer n o  vespertino Última Hora; e a moderna aplicação da fotografia na 
primeira página d o Jornal do Brasil".18 

O  desenvolvimento da fotografia brasileira nas décadas de 40 e  go apon­
t o u  pelo menos dois caminhos interessantes: a produção de imagens cen­
trada na tensão entre o elitismo de uma modernidade tardia, gráfica, que 
se vinculou à estética das vanguardas brasileiras —  abstracionismo, con­
cretismo e neoconcretismo; 1 9  e, p o r  outro lado, a produção d e u  m  foto­
jornalismo de tradição clássica, humanista e social, mais tradicional e real­
ista, que se refinou através de diferentes publicações —  das revistas Life e 
Paris Match,  até  a presença d e  fotógrafos estrangeiros que chegaram ao 
país antes o u  durante a Segunda Guerra Mundial. 
Inúmeros outros fotógrafos estrangeiros se estabeleceram n o  país entre o 
final da década d e   e início da década d e  60. Entre eles podemos des­
tacar a inglesa Maureen Bisilliat, a suíço-norte-americana Cláudia Andu-
jar e os americanos Lew Parrela, George Love e David Zingg, que talvez 
sejam  as  últimas influências na criação d e  u m  olhar contemporâneo  e 
absolutamente  sintonizado  com  nossa  identidade. Importantes  aconteci­
mentos políticos e culturais, nacionais e internacionais, marcaram a década 
de 60, e  esses fotógrafos aproveitaram os ares revolucionários e trouxe­
r a m  para o Brasil uma contribuição importantíssima na formação e divul­
gação da fotografia como linguagem e expressão. 
A e d i t o r a  Abril c r i o u  e m  1966  a revista ilustrada Realidade,  inspirada n a  
francesa Réalités,  e c o m  ela  a fotografia g anhou u m  espaço significativo 
c o m o  comunicação e  expressão e f o r m o u  talvez a ú l t i m a  g r a n d e  e q u i p e  
d e  fotógrafos q u e  atuaram j u n t o s  n u m a  m e s m a  publicação: Walter F i r m o ,  
M a u r e e n  Bisilliat, David Zingg, Luigi M a m p r i m ,  Cláudia Andujar, G e o r ­
g e  Love, L e w  Parrela, J o r g e  B u t s e m ,  R o g e r  Bester, G e r a l d o  M o r i  e n t r e  
o u t r o s. D o i s  anos depois, a m e s m a  Abril iniciou a publicação da revista 
semanal Veja, n a  qual a fotografia t a m b é m  ganharia espaço diferenciado 
c o m o  informação. O u t r a  contribuição i m p o r t a n t e  p a r a  o fotojornalismo 
nessa década foi a criação d o Jornal da Tarde, publicação diária da m e s m a  
e m p r e s a  d o  j o r n a l 0 Estado de São Paulo, q u e  t a m b é m  valorizou  a f o t o ­
grafia, p rincipalmente n a  p r i m e i r a  página. 
Essa última geração d e  fotógrafos estrangeiros foi fundamental p ara a cria­
ção da imagem d e  u m  pais d e  identidade própria, c o m  suas idiossincrasias, 
m a s  sem os preconceitos e  o ranço folclórico que durante anos nos carac­
terizou n o  exterior. George Love descobriu a Amazônia, após produzir u m  
n ú m e r o  especial da Realidade, e m  o u t u b r o  d e   1971, e mais tarde espantou-
se c o m  sua própria produção sobre a região, ao deparar-se c o m  cerca de j o  
mil fotografias realizadas e n t r e   1966  e  1978;  Cláudia A n d u j  a r realizou  o 
mais i m p o r t a n t e  d o c u m e n t o  visual e etnográfico sobre osYanomami, mais 
t a r d e  engajando-se politicamente na reivindicação d e  reconhecimento d e  
seu t e r r i t ó r i o  p e l o  governo brasileiro;  e  Maureen  Bisilliat t r o u x e  para  a 
fotografia  a possibilidade d e  entender nossa cultura a partir da perspectiva 
da literatura. 
M a u r e e n  f o t o g r a f o u  e  e d i t o u ,  e m   1969,  o  livro A João Guimarães Rosa,
ensaio fotográfico, a p a r t i r  d o  r o m a n c e Grande Sertão:Veredas; baseada n a  
o b r a  d e  Euclides da Cunha, publicou Sertões luz e trevas, e m  1982; regis­
t r o u  o imaginário cultural agonizante dos índios d o  t e r r i t ó r i o  Xingu, e m  
parceria c o m  os irmãos Villas Boas, c o m  o p r o j e t o  O Turista Aprendiz, ba­
seado n o  livro h o m ô n i m o  d e  M á r i o  d e  Andrade, realizado especialmente 
p a r a  a x v m  Bienal Internacional d e  São Paulo e m  198^; e ,  e m  1997, p u ­
blicou Bahia amada Amado,  a p a r t i r  da o b r a  d e  Jorge Amado. 
Nas escolhas d o s  t e m a s  p a r a  o desenvolvimento d e  seu trabalho fotográ­
fico, predominam  a consciência  e  a lucidez d e  u m a  opção voluntária  e 
política. Maureen Bisilliat acredita que sua paixão pelo país a aproxima de 
ser " Oxumaré, aquele misto de arco-íris e serpente, que não é divindade, 
mas u m  p o n t o  d e  ligação entre fragmentos de u m  m u n d o  plural que se 
espelha em outros fragmentos seus equivalentes". 20  Por isso sua prefe­
rência sempre foi p o r  temas esquecidos, escondidos nesse imenso país 
como vestígios q u e  precisam ser elaborados cuidadosamente para serem 
flagrados  e m  sua essência. 
Suas imagens são fantasmagóricas, realizadas nas baixas luzes, com foco 
critico, buscando ora a singeleza de u m  povo, ora sua dignidade perdida. 
Ela trouxe para a fotografia a possibilidade de entendermos o país através 
dos clássicos da literatura, percorrendo a dimensão poética da realidade 
brasileira dada pelos escritores brasileiros., Maureen t e m  a ousadia d e  tra­
balhar a partir da ambigüidade poética e passional dos personagens para 
criar imagens que trazem o instante fugidio d o  fazer fotográfico. 
A transformação das cores, a imprecisão d o  foco, os cortes pouco con­
vencionais,  as  sombras expressionistas,  as  imagens monocromáticas,  as 
luminosidades exageradas, as  ausências, t u d o  isso para elaborar u m  fio 
condutor lógico e mágico, que é a sua sintaxe, na maioria das vezes insti­
gante, para provocar inquietações. Para desenvolver seu trabalho fotográ­
fico, Maureen prefere a solidão  e  o isolamento, pois defende a idéia de 
que para criar "é preciso sofrer u m  c o r t e  radical, cortar as amarras e  as 
referências e apreender o que está a sua frente". 2 1  
Na virada dos anos 6o para os anos 70, começamos a formar u ma geração 
de  profissionais  que  ofereceram  u m   novo  perfil  para  a  trajetória  da 
fotografia como forma autônoma de expressão. As revistas ilustradas abri­
ram u m  espaço para a imagem como expressão e informação, dando ori­
gem a u m  profissional que não se satisfaz n e m  com o fotojornalismo, nem 
com a publicidade, mas que pretende ocupar u m  espaço novo na produção 
fotográfica brasileira. Nesse m om e nt o  inaugural, temos a intensidade do 
fotojornalismo de W alter Firmo, Luis Humberto, Assis Hoffmann, Evandro 
Teixeira, Geraldo Guimarães, entre outros; e na publicidade, Sérgio Jorge 
e  Chico Albuquerque, este último responsável pelo primeiro anúncio bra-
sileiro q u e  utilizou a fotografia e m   1949 e, ambos, responsáveis pela cria­
ção d o  Estúdio Abril d e  Fotografia, e m  1972, o maior da A mérica Latina. 
Surgiram, ainda, propostas mais experimentais, c o m o  o trabalho irnagéti­
co d e  George Racz, Derli Barroso e Boris Kossoy. 
O  livro d e  Kossoy, publicado e m  1971, Viagem pelo Fantástico, marca u m a  
nova ruptura na tradição fotográfica brasileira. Pietro Maria Bardi escreveu 
que "suas fotos não trazem a paz d o  ' e t e r n o ' ,  a estabilidade d o  'definitivo'. 
Trazem, ao contrário, u m a  instabilidade, u m  ' t e r r o r ' ,  q u e  só sensibilidades 
mais apuradas pressentem antecipadamente. [...] Suas fotos são, e m  síntese, 
a instauração d o  ambíguo, d o  indefinido e d o  indefinível, d o  q u e  tentamos 
explicar e  é inexplicável". 22  É nesse o momento, d e  transgressão estética e 
semântica, q u e  se abre u m a  nova possibilidade para a fotografia n o  Brasil. 
Walter Firmo, fotógrafo autodidata, q u e  aprendeu a olhar a fotografia nas 
páginas da revista 0 Cruzeiro, é u m  dos grandes n o m e s  d o  fotojornalismo, 
consagrado nas páginas dos principais jornais  e  revistas d o  país. E n t r e  
i n ú m e r o s  ensaios q u e  desenvolveu,  destacamos seu trabalho  sobre  os 
n e g r o s n o  Brasil, iniciado nos anos 60, e desde então v e m  apurando o r e ­
gistro: ora i m p õ e  a composição clássica, ora decide pela encenação insti­
gante. N ã o  i m p o r t a ,  o q u e  ele procura é  a especificidade f otográfica, seja 
n o  gesto flagrado n a  fração d o  segundo o u  a construção imaginada n o s  
mistérios dos sonhos. F i r m o  registra q u e  sua preferência p o r  este traba­
l h o  é  a tentativa d e  "construir u m a  atmosfera envolvendo a participação 
d o  n e g r o  n o  cotidiano d o  país, conferindo-lhe cidadania, intenso afeto, 
luminescência atemporal e sentimento d e  h e r ó i  nacional". 2 3  
O  q u e  mais surpreende n o  trabalho d e  F i r m o  é  a quantidade d e  imagens 
e m  seu arquivo  e  sua incrível diversidade.  Só  mergulhando nessa p r o ­
dução é q u e  p o d e m o s  en ten d er  q u e  a frágil unidade veio d o  aprendizado 
constante d e  olhar para o h o m e m  brasileiro e  sua paisagem, e observar, 
construir, imaginar. O u  c o m o  ele m e s m o  e n t e n d e ,  "a fotografia t e m  o 
d o m  d a  investigação, posse e cerimônia". 2 4  F i r m o  consegue, c o m  sua sim­
plicidade e  sensibilidade, estimular o leitor a contemplar sua fotografia 
n u m  t e m p o  d e  q u e  n e m  s e m p r e  dispomos. Ele investiga, nesse t e m p o  
passado, a celebração d a  vida e  a construção da m e m ó r i a .  
Ele mais parece u m  diretor d e  cena, q u e  orienta seus personagens para 
contar u m a  história, que provavelmente não se repetirá. Quando é pos­
sível, Firmo assumidamente "arma" 25  a cena para conseguir o melhor re­
sultado, u m  rigor  q u e   assusta  os  desavisados.  Para Arlindo  Machado, 
"Firmo é o nosso poeta da câmera. A sua intimidade c o m  o aparelho é tão 
intensa e  a sua f o r m a  de olhar  o m u n d o  tão absolutamente fotográfica, 
que  ele  consegue  passar  c o m   a  maior  naturalidade  d o   mais  rigoroso 
abstracionismo construtivo ao mais doce lirismo impressionista —  e sem 
deixar d e  ser fiel ao seu estilo inconfundível". 26 
N u m a  outra direção encontramos também nesse período o trabalho de 
Luis Flumberto, incansável batalhador pela organização e pelo reconhe­
cimento profissional d o  fotógrafo brasileiro. Na década de 70, durante a 
censura imposta pela ditadura militar, construiu u m  dos mais importantes 
e  consistentes trabalhos d e  documentação da política  e d o  dia-a-dia de 
Brasília. C o m  fina ironia, trouxe a vida inteligente para a fotografia dessa 
época, insinuando, nas entrelinhas, irreverência e criatividade. 
Em Brasília, centro do poder e das decisões políticas, sua câmera ora esta­
va apontada para flagrar o instante em que o político deixava-se surpreen­
der; ora registrava  a eloqüência arquitetônica  da  cidade, onde as formas 
geométricas  revelavam u m  cenário  imperativo,  grandioso  e  fascinante. 
Acreditou no compromisso político e estético do produtor de imagens e na 
fotografia enquanto força de expressão e referência. Para ele, "o fotógrafo 
está sempre procurando descobrir o desconhecido, revisitar a vulgaridade, 
resgatar uma importância não percebida e doar aos outros o resultado de 
suas investigações. A fotografia não resulta e m  detritos, mas e m  extratos 
que se tornam, uma vez organizados de forma coerente, indicativos pre­
ciosos para o entendimento do permanente enigma que é a vida". 27 
O  fotojornalismo de Luis Hum be rt o,  diante dos censores, impostos pela 
ditadura militar que aterrorizou o país p o r  mais de vinte anos, que se ca­
racterizavam c o m o  "especialistas" nas letras, mas analfabetos n o  código 
visual, é sutil e inteligente e, sem dúvida, destacou-se p o r  sua competên­
cia técnica e perspicácia política. C o m  elegância e sagacidade, ele desven­
dou a estética d o  poder n o  regime militar e muito contribuiu para que a 
fotografia se tornasse u m  poderoso instrumento d e  informação. Tudo isso 
p o r q u e  Luis H u m b e r t o  acredita q u e  a imagem t e m  a força q u e  p e r m i t e  
a o  leitor  a reflexão, fundamental e  necessária, p a r a  p e r c e b e r  qualquer 
possibilidade d e  m udança. 
D e s d e o inicio da década d e  70 p o d e m o s  destacar u m a  série d e  iniciativas 
q u e  vão incrementar ainda mais a atividade fotográfica n o  Brasil. E m  São 
Paulo, u m  d o s  p o n t o s  d e  ebulição visual f o i  a criação da escola Enfoco, 
dirigida p o r  C l ô d e  Kubrusly, q u e  dividia c o m  M a u r e e n  Bisilliat as pri­
meiras viagens  transgressoras d o  fazer fotográfico. O u t r o  p o n t o  ativo 
dessa época foi o Masp, q u e  abrigava cursos d e  linguagem e técnica, orien­
tados p o r  Cláudia Andujar e G e o r g e  Love. As duas iniciativas t r o u x e r a m  
a dinâmica d e  t rabalho centrada e m  oficinas e leituras d e  portfolio, ofici­
nas d e  sensibilização, práticas q u e  surgiram simultaneamente n a  Europa e 
nos Estados Unidos. C o m o  sintetizou George Love, " o p rocesso d e  apren­
dizado culminava c o m  a descoberta da fotografia c o m o  f o r m a  d e  expres­
são pessoal". 28 
N o   final da década d e  70, a fotografia brasileira passa p o r  u m  novo ciclo 
d e  reconhecimento e organização. E m  São Paulo, surgem várias iniciati­
vas privadas, e n t r e  elas a Fotogaleria Fotóptica, Galeria Álbum, Galeria 
Fuji, e  as iniciativas dos espaços institucionais c o m o  o Museu d a  Imagem 
e d o  Som, o Gabinete Fotográfico, n a  Pinacoteca d o  Estado, e exposições 
mais regulares n o  Masp. A crítica d e  fotografia Stefania Bril (192 2-92), d o  
jornal 0 Estado de São Paulo, organizou e m  julho d e  1978, o I Encontro Fo­
tográfico d e  Campos d e  J ordão (SP), trazendo para o  Brasil, aos moldes 
das experiências européias, a primeira iniciativa d e  discussão d a  técnica e 
linguagem p o r  m e i o  d e  oficinas. 
N o  R io d e  Janeiro, p o d e m o s  destacar a criação da Galeria Luz e Sombra 
e ,  finalmente, a  criação d a  Funarte  (Fundação Nacional  das A r t e s ,  d o  
Ministério d a  Cultura), q u e  abrigou o Núcleo d e  Fotografia (embrião d o  
f u t u r o  Instituto Nacional d e  Fotografia) e  a Fotogaleria, inaugurada e m  
1979 c o m  a  1 Mostra d e  Fotografia Nossa Gente, exposição coletiva q u e  
pretendia, novamente, reencontrar nossa identidade. 
Ainda n a  década d e  70, tivemos u m boom d e  publicações: a tradicional 
revista Iris (que circulou de  1947 até  1998); as experiências das revistas 
Fotografia (com início e m  1971  e duração d e  treze edições), de São Paulo, 
e Photo Camera (com início e m  1979  e duração d e  doze edições), d o  Rio 
de Janeiro;  e  a revista Fotóptica, de  São  Paulo, que teve duas fases b e m  
diferenciadas, e que encerrou suas atividades n o  final dos anos 80, Devi­
do  às  dezenas d e  edições d e  livros autorais, publicadas n u m  espaço de 
quinze meses, Moracy de Oliveira elegeu o ano d e  1978 como o Ano I d o  
livro d e  fotografia n o  Brasil, emblemático diante das dificuldades d e  u m a  
produção de alto custo e de qualidade gráfica duvidosa. 

N o  final dos anos  70,  a luta pela reorganização política da sociedade  e 


pelo fim da  censura provocou  o  aparecimento  das  primeiras  agências 
cooperativadas de fotógrafos, responsáveis p o r  uma nova relação profis­
sional n o  mercado, inclusive n o  que diz respeito aos direitos autorais. 
Foram criadas a União dos Fotógrafos d e  Brasília  e d e  São Paulo e agên­
cias cooperativadas e m  diferentes pontos d o  país, nos quais destacamos a 
Agência F-4, de  São  Paulo,  e  a  Agil Fotojornalismo, de Brasília. 29   Elas 
nasceram c o m   o  novo m o m e n t o  político n o  país, depois de u m  longo 
período d e  autoritarismo, e destacaram-se pela independência das cober­
turas jornalísticas, pela permanente crítica político-social e pela luta para 
legitimar o direito autoral. 
Entre  essas  iniciativas  simultâneas  e m   vários  pontos  d o   país,  a  mais 
importante foi, sem dúvida nenhuma, a criação e m   1979 d o  Núcleo d e  
Fotografia coordenado pelo fotógrafo Zeka Araújo, que deu início a u m  
amplo processo d e  discussão  da  nossa produção fotográfica. E m   1984 
surgiu o I N F O T O  (Instituto Nacional d e  Fotografia) que, sob a direção d e  
Pedro Vasquez, apresentou o mais consistente projeto para a fotografia bra­
sileira até então. Inspirado nas experiências de Aries, 30  surgem as  Semanas 
Nacionais d e  Fotografia 31  e seus desdobramentos nas Semanas Regionais, 
que  se  tornaram  iniciativas  vitais  para  o  fortalecimento da  fotografia 
brasileira e seu reconhecimento internacional. 
A fotografia cumpriu u m  papel esclarecedor nesse período, imprimindo 
e m  sua linguagem u m  estilo que reativou nossa consciência moral e poli-
tica. As  décadas d e  70  e  80 foram fundamentais para a  organização do 
movimento fotográfico e m  diferentes estados brasileiros, cuja difusão se 
atesta pelo FotoBahia, na Bahia, iniciativa d e  Aristides Alves, o FotoAtiva, 
d e  Miguel  Chikaoka, e m  Belém, pelo g r u p o  Dependentes da  Luz, e m  
Fortaleza, pelo g r u p o  Ladrões de Alma, d e  Brasília, além de outros nú­
cleos  organizados que surgiram e m   Belo  Horizonte, Curitiba, Campo 
Grande e Porto Alegre. 
Esse m o m e n t o  d e  organização dos fotógrafos e  sistematização da pro­
dução foi marcado pela ebulição criativa dos profissionais —  provocada 
pela efervescência política e estética do período —  e pelo aparecimento 
de u m a  nova geração de fotógrafos, formados e m  diferentes áreas das 
mais importantes universidades d o  país, que trouxeram  o  impulso  e  o 
reconhecimento  necessário  para  atingir  a  notoriedade  internacional. 
D e n t r e  os inúmeros profissionais destacados nesse período, estão pre­
sentes na exposição: Nair Benedicto, Juca Martins, Luiz Carlos Felizardo, 
Marcos Santilli, Arnaldo Pappalardo, Mario Cravo Neto, Miguel Rio Bran­
co,  Pedro Vasquez,  Kenji Ota,  Carlos  Fadon Vicente, Antonio  Saggese, 
Araquém Alcântara, Cristiano Mascaro e  Sebastião Salgado. 
Nair Benedicto e Juca Martins, fotógrafos e sócios-fundadores da Agência 
F-4, são alguns dos mais importantes nomes do fotojornalismo das últimas 
décadas. Lutadores incansáveis pelo reconhecimento profissional do fotó­
grafo, através da F-4 dedicaram parte de seu tempo à realização de u m  pro­
jeto político para a classe, tentando modificar as relações trabalhistas entre 
fotógrafo e  empresa, entre produção  e  direito autoral, propondo maior 
autonomia dos fotógrafos para desenvolver matérias jornalísticas  e inde­
pendência na seleção de temas e pautas sugeridas pela agência. 
Nair Benedicto vê sua experiência n o  contexto da história das agências: "A 
Magnum  surgiu num momento político importante, em  1947, n o  pós-
guerra. A Gamma, em  1967, tendo p o r  cenário grandes conflitos interna­
cionais. E a Agência F-4 também nasceu coincidentemente com u m  novo 
despontar político no país: a greve n o ABC  e  as grandes manifestações p o­
pulares que aconteciam depois de u m  longo período de autoritarismo. Era 
u m  novo contexto e isso exigia u m  apelo visual diferenciado. A Agência F-4 
se fortaleceu quando a nação começou a despertar, a mostrar u m  sangue 
novo e uma rebeldia. Era tudo muito grande, muito ardoroso e nossa co­
bertura era do tamanho dessa empolgação que fazia renascer o Brasil".32 
Atualmente, entre as diferentes atividades d e  sua nova agência, a N-Ima-
gens, percebe-se n o  seu trabalho pessoal, realizado nos últimos anos, a 
efetiva preferência pelas temáticas das minorias (mulher, menor, índio, 
Amazônia), que Nair Benedicto sabe desenvolver c o m  determinação  e 
conhecimento adquirido e m  anos de luta e experiência. U m  trabalho que 
denota  a  força da  fotografia enquanto registro  e  documentação, q u e  
aponta para a importância política da imagem e que impressiona pela co­
ragem e ousadia profissional. 
O u t r o  r e p ó r t e r  fotográfico d e  reconhecimento internacional graças ao 
trabalho iniciado nos anos 70  é Juca Martins, que trabalhou e lutou para 
a consolidação d e  u m  novo fotojornalismo brasileiro, assumindo posições 
políticas e,  a despeito da desaprovação d e  alguns editores, procurando 
imagens que mostravam o retrato, e m  t e m p o  real, d e  u m  país e m  trans­
formação. Segundo Juca, "foram anos duros d e  trabalho intenso. Corre­
mos  riscos,  criamos  inimigos,  apanhamos  da  polícia,  tivemos  filmes 
apreendidos. Quanto mais gás lacrimogênio respirávamos mais fúria pú­
nhamos n o  trabalho. A história viva era a nossa motivação". 33 
Juca Martins, e m  sua trajetória como fotógrafo independente, sabe como 
poucos evidenciar, denunciar  e  apontar sua  câmera para  o  social, com  a 
precisão de u m  observador atento e sério, que se diferencia pelo flagrante 
e pela composição primorosa. Competente e sensível, suas fotografias  são 
fortes e resistem ao tempo porque t ê m  u m  componente mágico: a emo­
ção.  O  que espanta n o  trabalho de Juca é  sua capacidade de estar presente 
no momento certo, ser contundente e saber organizar uma multiplicidade 
de elementos da cena, que será alterada numa fração d e segundo. 
Marcos Santilli  é  outro importante nome da fotografia documental bra­
sileira. Teve sua iniciação na Universidade d e  Brasília  e  a conscientização 
veio através do trabalho que desenvolveu junto ao fotógrafo Luis Humber­
to. Após u m  período de experiência nos principais jornais e revistas do país 
Santilli destacou-se n o  fotojornalismo ao desenvolver diferentes ensaios 
fotográficos, q u e  demandavam mais t e m p o  d e  pesquisa. N o  Brasil contem­
porâneo, foi u m  dos primeiros a t e r  essa preocupação mais documental e 
antropológica c o m   a fotografia. Desde  1977,  desenvolve u m  ambicioso 
projeto fotográfico d e  registro das transformações humanas e ambientais, 
n o s  estados brasileiros d e  Rondônia e Acre. 
D o  trabalho d e  Santilli, p o d e m o s  p e r c e b e r  q u e  "as imagens são precisas 
e m  sua intenção antropológica, acompanhando minuciosamente t o d o  o 
processo d e  obtenção d o  o u r o  n o  g arimpo, o trabalho d o  seringueiro, o 
processamento d a  mandioca pelos índios, o u  os vários m é t o d o s  d e  des-
m a t a m e n t o .  [...] Embevecido c o m  a e n o r m i d a d e  d a  natureza e descon­
c e r t a d o  t a m b é m  c o m  o  gigantismo d a  devastação,  o fotógrafo constrói 
composições d e  u m a  beleza q u e  transcende o registro documental". 3 4  
Além desse ensaio, Santilli, q u e  se aprofundou n a  temática da região ama­
zônica, realizou t a m b é m  u m  trabalho durante dez anos sobre a estrada d e  
f e r r o  Madeira-Mamoré, denominada Ferrovia d o  Diabo, t a m b é m  publi­
cado e m  livro. Resultado desse exaustivo mergulho n a  cultura dessa região 
é t a m b é m  o livro Are, q u e  significa "irmãos" n o  idioma dos índios Suruí. 
As fotografias d e  Santilli exibem o colorido e  a luz da região, o cotidiano 
d e  seus habitantes,  a  exuberância d a  m a t a ,  s e m  apelar para  o  exótico, 
m a s ,  pelo contrário, r e ú n e m  n a  i magem elementos representativos q u e  
contrastam as tradições com. a s e m p r e  violenta presença d a  civilização. 
Para  Luis  H u m b e r t o ,  "a  g r a n d e   qualidade  d e   Marcos  Santilli  é  a  d e  
m o s t r a r  q u e  a fotografia engajada n ã o  t e m  q u e  ser p o b r e .  Pelo contrário, 
ela p o d e  ser bonita, artística, opulenta". 3 5  Tal qual u m  documentarista n o  
seu sentido mais amplo, ele se aventura pelo processo histórico d e  desen­
volvimento da região,  e  revela u m a  i m a g e m  vibrante  e  expressiva das 
transformações provocadas p e l o  h o m e m .  
Luiz Carlos Felizardo, d e  P o r t o  Alegre, é u m  artista bastante i n c o m u m ,  
pois  d i f e r e n t e m e n t e  d e   Santilli,  q u e   apontou  seu  trabalho  para u m a  
região distante d a  sua, ele construiu, a p a r t i r  d e  seu p r ó p r i o  ambiente, o 
trabalho d e  paisagem u rb an a  e r u r a l  mais i m p o r t a n t e  d a  fotografia b r a ­
sileira contemporânea. Ele m e s m o  afirma basear-se n o  "significado i m e r ­
so n a  palavra paisagem que, para os gaúchos, é mais significativa, u m a  vez 
que 'pago' (no plural pagos) é uma palavra ainda utilizada em nosso meio 
rural e presente e m  toda a literatura regionalista, carregando a noção d e  
interdependência —  a terra que nos viu nascer". 36 
Felizardo, com seu procedimento técnico e estético impecável, desenvolve 
a tradição paisagística, geralmente em grande formato e, com olhar meticu­
loso, possibilita incríveis descobertas nos labirintos dos meios tons do pre­
to e branco. Retoma e articula a "fotografia realista" criando uma concepção 
de trabalho singular para a fotografia brasileira e dando uma contribuição 
inestimável para  a  sua  produção.  Com talento, habilidade  e  consistência 
teórica, é possível perceber que a estrutura definidora da sua composição 
nasce de sua intimidade com o desenho. Aliás, ele se apropria do desenho 
como a forma fugaz que antecede a fotografia. Felizardo estabelece uma 
sutil e intrigante relação de linhas e volumes, de luzes e sombras, que deixa 
clara sua posição como observador atento das circunstâncias. 
C o m  delicadeza, ele realiza u m  trabalho que transcende a representação 
fotográfica e aponta para a percepção minimalista d o  espaço. Para Felizar­
do, ' 'se fotografar  é conferir importância a algo que atrai nosso interesse, 
então o respeito pelo que fotografamos  é compreensível e indispensável. 
E preciso respeitar nossa própria percepção para que se possa extrair dela 
alguma coisa. [...] O  olhar m e  interessa como forma d e conhecimento, e 
uma das grandes riquezas da fotografia é  a capacidade de, ao transmitir o 
olhar d o  fotógrafo, transmitir sua compreensão do m u n d o  o u, ao menos, 
a  natureza d e   suas  interrogações  sobre  ele". 37   Portanto, não  é  d e   se 
estranhar a aproximação d o  olhar da camera com  o  olhar humano, tor­
nando sua fotografia u m  paciente trabalho formal que produz o instigante 
prazer de estar diante daquilo que Felizardo chama de exuberância do óbvio.
A  fotografia u rbana também é recorrente nas fotografias d e  Pedro Vas-
quez, preferencialmente  as  cidades d e  Niterói  e  Rio d e  Janeiro.  Fotó­
grafo, poeta, pesquisador  e curador d e  fotografia, u m  dos responsáveis 
pela criação d o  Instituto Nacional da Fotografia, Vasquez é incentivador e 
u m  dos propagadores da nossa fotografia n o  panorama internacional. 
Seus  ensaios fotográficos p a r t e m  sempre d e  u m  conceito previamente 
estabelecido, priorizando, os grandes contrastes, c o m  a intenção d e  co­
municar u m a  visão d e  u m  m u n d o  esteticamente organizado, d e  tal m o d o  
q u e  esse imaginário prolongue a o  m á x i m o  a angustiante e provocadora 
efemeridade d o  t e m p o  registrado. Ele p ro c ur a circunstâncias t ã o  fortes, 
q u e  suas fotografias d e n o t a m  u m a  investigação imaginária e diferenciada 
da paisagem urbana. 
N o  ensaio 0 Rio que passou em minha vida,  selecionado parcialmente para 
representar sua obra nesta exposição, Vasquez diz: " meu olhar sobre a vida 
é  ao m e s m o  t e m p o  desalentado e idealista, p r o c u r a n d o  estabelecer u m a  
fusão e n t r e  o passado e o f u t u r o  capaz d e  t o r n a r  o presente viável. Assim, 
quando comecei a fotografar sistematicamente o Rio d e  Janeiro, h á  mais 
d e  dez anos, o  fiz c o m  esta dupla perspectiva, p r o c u r a n d o  resgatar seus 
mais destacados valores culturais enquanto empenhava-me n a  criação d e  
u m a  cidade ideal n a  qual pudesse encontrar refúgio d a  cidade real, c o m ­
balida, triste e violenta." 3 8  A monumentalidade da natureza e  as f o r m a s  
incomuns, registradas n a  paisagem d o  Rio d e  Janeiro, são construções 
idealizadas p o r  Vasquez q u e  assombram pela precisão, r i gor g eométrico e 
arrojada composição. 
Cabe a o  leitor p e r c e b e r  a paisagem diferenciada p roposta pelo a u t o r  — 
imprevista, detalhista e ousada —  ao acentuar a contradição e n t r e  ilusão 
e realidade fotográfica. Vasquez, inspirado n a  a r t e  Z e n ,  p r oc ur a valorizar 
a virtude do vazio,  c o m o  f o r m a  d e  provocar o leitor. A elaboração d e  u m  
j o g o  sígnico c o m  os elementos construtivos d o  cotidiano t e m  a finalidade 
d e  desencadear as inúmeras possibilidades d e  leitura. Sua idéia é instigar 
o  leitor a pensar, j á  q u e ,  segundo ele, se dedica "simultânea e intensiva­
m e n t e ,  a efetuar u m a  reflexão sobre a natureza específica da fotografia  e 
d e  seus limites expressivos através da p r ó p r i a  prática fotográfica". 3 9  
O  fotógrafo Araquém Alcântara, u m  dos  pioneiros n a  documentação 
ambiental contemporânea, iniciou seu trabalho d e  denúncia n a  cidade d e  
Cubatão, o núcleo mais poluído d o  país, para aos poucos transformar-se 
e m  u m  fotógrafo ativamente preocupado c o m  a preservação da natureza. 
Ele usa  a fotografia c o m o  u m a  a r m a  d o  conhecimento e c o m o  u m  p o ­
deroso i n s t r u m e n t o  para documentar aquilo q u e  deveria ser eterno. Por 
isso mesmo, ele assume sua obra não só como u m  compromisso político, 
mas  também  como uma  militância,  e  tenta,  através  da  intuição  e  da 
paixão, expressar visualmente os mistérios da criação. 
Alcântara materializa a natureza pela imagem, traduzindo dialeticamente 
a oposição entre h o m e m  e seu habitat.  Seu trabalho é u m  dos primeiros a 
criar u m a  memória e uma identidade visual nacional, transportando-nos 
para espaços desconhecidos  e d e  raríssima beleza, sem se iludir n e m  se 
deixar  seduzir  pelos  efeitos  fáceis  e  banalizados  que  a  fotografia de 
natureza pode produzir. 
Seu olhar contemplativo cria u m a  atmosfera diferenciada, fazendo emer­
gir, c o m  otimismo e esperança, a exuberância da nossa natureza e  a dig­
nidade d o  h o m e m  brasileiro que vive e m  suas proximidades. U m  olhar 
politizado  e  esclarecedor, q u e  também quer denunciar  as injustiças e  a 
estupidez humana na sua eterna obsessão de violentar o outro e transfor­
m a r  nossos santuários ecológicos em inóspitos desertos. U m  trabalho sem 
ansiedade, necessariamente exaustivo e paciente, marcado pelo encanta­
m e n t o  d e  fotografar para  acumular  memórias  e  para  compreender  a 
espantosa diversidade da mãe-natureza. 
Ao  contrário  da  preciosa  documentação  da  paisagem  brasileira,  de 
Araquém Alcântara, temos o trabalho d o  paulista Cristiano Mascaro, que 
se especializou e m  fotografar cidades, particularmente São Paulo, a ter­
ceira maior cidade d o  planeta. Mascaro, ao longo das últimas três déca­
das, desenvolveu u m  verdadeiro ritual para fotografar a cidade: sair muito 
cedo de sua casa, ver o amanhecer, perceber a luz e o movimento das pes­
soas e buscar o máximo d e  informações antes de iniciar sua leitura sobre 
o  espaço urbano. 
Mascaro deixa claro que trabalha com a camera fotográfica c omo se es­
tivesse criando u m  m u n d o  particular, a partir de u m  jogo combinatório 
d e  acurado senso de percepção da imagem, construído e m  pelo menos 
dois níveis coexistentes n o  m o m e n t o  d o  seu registro: o da realidade e  o 
d o  imaginário sensível. Nada d e  cenas violentas, da miséria extrema da 
grande cidade, dos contrastes fáceis e óbvios. Ele busca o que ninguém é 
capaz d e  perceber. Instantes efêmeros e  fugazes que  o  acaso iluminou 
n u m a  fração d e  t e m p o  e que sua experiência de fotógrafo explorador do 
cotidiano é capaz de tornar visível. 
Segundo a crítica Stefania Bril, a cidade de São Paulo para Cristiano "não 
é  a  metrópole d e  multidões, n e m  d e  r i t m o  desenfreado. Ela  se  deixa 
impregnar pelas 'pegadas' d o  mundo apressado e o fotógrafo  as capta, ras­
tros borrados que atravessam a imagem e tentam arrastar o habitante para 
dentro da vida palpitante, urbana". 40  Ele busca para a fotografia as  situa­
ções mais imprevisíveis, quando  o  fascínio da descoberta  e  d o  impon­
derável traz  o  inegável prazer  das  conquistas d e  imagens inesperadas. 
Realiza seu projeto com inquietante precisão e complexidade, e nos faz 
tomar consciência que a paisagem urbana é uma construção formal, e, se 
é pouco convidativa para o  olhar apressado  e insolente, ao contrário, é 
fascinante para quem quer interpretar e materializar n o  t e m p o  seu valor 
distintivo, sua atmosfera cultural e sua atividade social. 
Seu trabalho documental registra ora a monumentalidade dos edifícios 
n o  espaço urbano, ora os  detalhes revelam  seu lugar n a  história da 
cidade. Por isso m e s m o ,  sua fotografia é marcada p o r  u m  romantismo 
e p o r  u m a  atmosfera absolutamente genial. O  fotógrafo n ã o  q u e r  u m a  
cidade pitoresca, e sim registrar as suas diversidades q u e  se multiplicam 
e m  plena  luz  d o   dia.  U m a  profusão d e  imagens c o m o  u m  grande 
espetáculo  da  vida urbana; u m a  massa d e  atividades individuais q u e  
generalizam  a  vida  e  a  energia da cidade  e q u e  fazem o  real parecer 
mágico e estranho, e m  q ualquer cidade d o  país. É assim q u e  ele vê as 
cidades  através  d e   sua  Hasselblad,  para  imaginar  o  seu  m u n d o .  As 
cidades são u m a  d e s o r d e m  p e r m a n e n t e ,  o n d e  t u d o  —  pessoas, auto­
móveis, arquitetura, nuvens, luz  —  está n u m  terrível descompasso, 
o n d e  cada elemento p e r t e n c e  a mecanismos diferentes, sobre os quais 
n ã o  te mo s n e n h u m  controle. D e  repente, n u m  m o m e n t o  d e  magia e d e  
prazer,  as  coisas  se harmonizam  e  o  q u e  ninguém viu transforma-se 
n u m a  imagem c o m  sua marca autoral. 
Cristiano  Mascaro  flagra  a  cidade  como u m   espetáculo  transitório  e 
único, registrando  o  cotidiano das ruas e  dos interiores, dos pequenos 
encontros e dos desencontros, nesse turbilhão, nesse caos, nessa excitação 
alucinada, que caracteriza as metrópoles contemporâneas. É sempre u m  
desafio entender sua  fotografia, marcada não pela repetição, mas pela 
poesia e pela surpresa da permanente descoberta. 
Sebastião Salgado é  o fotógrafo brasileiro mais premiado n o  exterior, e 
reconhecido internacionalmente como u m  dos mais importantes docu-
mentaristas da atualidade. Sua produção abrange a temática social, reflete 
as injustiças, as diferenças políticas e econômicas, a miséria e  a tragédia 
cotidiana dos maltrapilhos, esfomeados, desempregados, sem terra, d e  
qualquer lugar d o  mundo. Utilizando c o m  domínio inigualável o preto e 
branco e  a contraluz, ele cria suas imagens difusas, expressionistas o u  d e  
u m  realismo que, muitas vezes, chega a incomodar. 
A  imagem  é  síntese  da  cultura, da  ideologia  e  d o  envolvimento d e  
A '
q u e m   opera  a  camera n o  instante d o  registro.  E  p o r   isso  q u e   suas 
fotografias n ã o  p o d e m  ser vistas só pela perspectiva estética, u m a  vez 
q u e  sua maior preocupação é  a denúncia das situações dramáticas gera­
das pelas diversidades econômicas e  sociais. Seu trabalho transcende a 
instrumentalização política da fotografia,  e  atinge, nesse m o m e n t o  d e  
maturidade e universalidade, u m a  qualidade técnica e estética inédita 
n a  fotografia documental. 
Nada escapa a esse olhar atento que busca dar dignidade ao ser humano, 
personagem central d o  seu universo fotográfico.  Suas principais referên­
cias,  calcadas  na  visão  clássica,  humanitária  e  social  da  história  da 
fotografia, despertaram  o  sentimento  d e   respeito,  admiração  e  soli­
dariedade pelo outro. Antes de qualquer fotografia, há u m  t e m p o  para o 
reconhecimento da paisagem, dos ruídos e das sensações d o  ambiente. A 
fotografia n e m  sempre acontece, porque  Salgado  acredita que se u m a  
fotografia não torna u m  h o m e m  tão grande quanto  ele  realmente é ,  
então, melhor não fotografá-lo. 
Por esse motivo, existe, para ele, u m  limite daquilo que p o d e  ou deve ser 
mostrado na fotografia. Esse limite t e m  d e ser respeitado: "Eu, p o r  exem­
plo,  vi  horrores q u e  não  consegui  fotografar. Realmente,  se  e u  foto­
grafasse, estaria  contribuindo negativamente para minha  espécie, u m a  
degradação total. [...] Para m i m ,  o trabalho d o  fotógrafo  é como o d e  u m  
andarilho da Idade Média, q u e  passava de cidade e m  cidade, aprendendo 
coisas  e  contando coisas, trocando informações e  conhecendo gente.  É 
maravilhoso conhecer gente, fotografar gente". 4 1  
Se a fotografia documental desempenhou u m  papel fundamental para o de­
senvolvimento da linguagem n o  Brasil, decorrente das experiências de re­
vistas e jornais que tentaram ousar n o  seu uso e função, a partir da década 
d e  8o, percebemos o início de uma fotografia mais descolada do referente. 
N o  Rio de Janeiro, n o  inicio dos anos 8o, a fotografia voltou aos salões de 
arte, "conduzida p o r  u m  g r u p o  d e  artistas plásticos reunidos sob a elástica 
qualificação d e  fotolinguagem", 4 2  e, e m  São  Paulo, e m   1981,  o MAC  da 
Universidade de São Paulo ampliou os múltiplos aspectos d o  uso da foto­
grafia, c o m  a  exposição Foto-Idéia, 43  que era direcionada pela pesquisa 
artística de exploração da linguagem fotográfica n o  Brasil. 
Assim,  a produção da fotografia, n uma direção mais conceituai, acabou 
gerando u m  despertar sobre a especificidade d o  próprio meio, oferecen­
d o  ao leitor  a  possibilidade d e  reflexão sobre  a  natureza  intrínseca  da 
imagem fotográfica, seus limites, suas ambigüidades, e sobre as suas carac­
terísticas comunicativas. Nesse sentido, foram selecionados os trabalhos 
d e  Antonio  Saggese, Arnaldo  Pappalardo,  Carlos  Fadon Vicente,  Kenji 
O t a ,  Mario Cravo N e t o  e Miguel Rio Branco. 
Antonio Saggese, desde q u e  iniciou na fotografia, procurou produzir, e m  
u m  exercício metalingüístico, imagens que, n o  ato do registro, continham 
casualmente outras imagens. U m a  interessante proposta para questionar a 
representação na fotografia, onde o t e m p o  é a variável predominante leva­
da às últimas conseqüências. 
Dentro da perspectiva da crítica genética percebe-se o percurso criativo 
de Saggese, sua trajetória, sua evolução coerente, que ganhou complexi­
dade quando se  deparou c o m  espaços aparentemente caóticos  (oficinas 
mecânicas, marcenarias, paredes com ex-votos), e neles encontrou frag­
mentos de u m a  fantástica e obsessiva precisão. Saggese defende e demons­
tra a visibilidade da fotografia,  e torna ícone a ação d o  t e m p o  agindo sobre 
as diferentes imagens, presente nos diferentes ensaios.  O t e m p o  passado, 
registrado nos calendários esquecidos nas oficinas mecânicas, o t e m p o  fia-
grado n o s  objetos empoeirados nas marcenarias, o t e m p o  cr u el  da foto­
grafia evanescente das lápides mortuárias dos cemitérios, o t e m p o  denota­
d o  n o  m u r o  q u e ,  c o m o  u m  palimpsesto,  ganha  sucessivas  camadas d e  
papel. E m  todas as situações, o princípio da fotografia —  d e  i n t er r o mp er 
a passagem d o  t e m p o  —  é pervertido. 4 4  
Saggese apresenta, independentemente d o  assunto e da composição "requin­
tada, u m a  nova dimensão para sua fotografia:  a materialidade. Ela aparece 
nas texturas exageradas, n o  foco preciso q u e  incomoda e  atrapalha a visão 
e m  profundidade e n o  reconhecimento imediato das superfícies. U m  discur­
so visual que considera a ação d o  t e m p o ,  nos diferentes espaços fotografa­
dos, u m  parceiro fundamental para provocar surpresas n o  espectador. 
Arnaldo  Pappalardo  é  o u t r o  fotógrafo q u e  usou  a  fotografia c o m o  u m  
m e i o  d e  expressão artístico, e m e n o s  c o m o  reprodução d e  u m a  realidade. 
E m  seu trabalho, a fotografia p e r t e n c e  m u i t o  mais ao âmbito da ficção do 
q u e  ao das evidências. A fotografia deixa d e  ser, para ele, registro d e  algu­
m a  coisa e  passa a ser u m  o bjeto sobre alguma coisa. Ele enfatiza o  fazer 
fotográfico para criar a incoerência e a aflição ao ver os objetos fora d o  seu 
lugar previsível. Esse formalismo conceituai acaba promovendo a  ilusão 
decadente d a  veracidade, e  a imagem, irrefutavelmente lógica, resulta e m  
algo chocante. 
Nas fotografias selecionadas para a exposição, Pappalardo procura a imagi­
nação e  a simulação d e u  m  registro documental para mostrar u m a  suposta 
arqueologia  industrial  paulistana.  Ele  utiliza  a  câmera  não  c o m o  u m  
"instrumento d e  exteriorização, mas d e  aproximação e reconhecimento", 4 5  
mantendo-se fiel à superfície, à materialidade e à recusa da simples aparên­
cia d e  algo c o m u m ,  q u e  devassa u m  universo d e  fácil identificação. Ele leva 
o artificialismo da construção ao limite radical, utilizando a cor c o m o  ele­
m e n t o  pictórico, sensorial, vibrante. N o s  contrastes das cores ácidas entre 
figura e f u n d o ,  tal qual a navalha cortando o olho e m Um cão andaluz,  de 
Luis Bunuel, os objetos inexpressivos ganham notoriedade ao en t r ar  n o  
plano conceituai d o  ensaio. H á  u m  aparente compromisso d e  reordenar o 
caos, d e  restituir a geometria e  o r i g o r  f o r m a l   a u m  m u n d o  q u e  se apre­
senta e m  estado d e  convulsão permanente. 
Carlos Fadon Vicente  é u m  dos primeiros fotógrafos n o  país a utilizar  as 
novas mídias eletrônicas para repensar a criação, veiculação e consumo d e  
imagens d e  base originalmente fotoquímica. Seu trabalho na última década 
p o d e  ser definido c o m o  u m a  pesquisa estética e conceituai d e  dupla finali­
dade: aprofundar e  ampliar os limites da linguagem fotográfica e experi­
m e n t a r  as possibilidades d e  produzir e manipular imagens eletrônicas. 
Fadon pesquisou exaustivamente para estabelecer u m  diálogo e chegar a 
u m a  interdependência e n t r e  seu trabalho n a  fotografia e n a  a r t e  eletrôni­
ca. Ele utilizou desde simples interferências q u e  p r o p õ e m  novas perspec­
tivas, texturas diversas, alongamentos e distorções, até pr ogr a m a s  mais 
sofisticados q u e  envolvem interatividade e imprevistos. 
O u t r a s  vezes, c o m o  n o  ensaio Medium,  selecionado parcialmente para esta 
exposição, e m  q u e  p ro cu ra abordar as relações estéticas n o s  domínios da 
imagem técnica, ele explora os diálogos e n t r e  química e eletrônica c o m o  
matrizes imagéticas. E m  suas palavras: 
As  imagens finais são  construções fotográficas resultantes d e  múltiplas 
exposições n u m  m e s m o  fotograma (negativo e m  cores), derivando sua 
sintaxe visual d e  p rincípios da colagem e da montagem —  e m  q u e  coexis­
t e m  duas fontes d e  imagens. A principal f o n t e  das imagens são sinais d e  
televisão recebidos fora d e  sintonia. Trata-se d e  u m a  situação caracteriza­
da pela aleatoriedade, onde p o d e m  estar presentes diferentes transmissões 
b e m  c o m o  eventuais interferências. 
A segunda f o n t e  é f o r m a d a  p o r  elementos d e  natureza eletrônica (virtu­
ais) e não-eletrônica (concretos). Fabricados o u  naturais, esses elementos 
p o d e m  t e r   sido  trazidos p o r  meios  visuais,  tais  c o m o  desenho,  c o m ­
putação gráfica o u  fotografia. Medium  in c or por a u m a  interpretação da 
i m a g e m  televisiva, enfatizando sua cor, energia, estrutura e  visualidade 
—  estabelecendo e m  paralelo u m  discurso sobre materialidade e r e p r e ­
sentação. E m  conseqüência d o s  processos formativos, as fotografias são 
marcadas pela imprevisibilidade e estão conectadas ao conceito jungiano 
d e  sincronicidade. 4 6  
Suas fotografias, imagens geradas a p a r t i r  d e  superposições d e  telas d e  
u m a  televisão fora d e  sintoma, caracterizam essa situação d e  aleatoriedade 

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e descontrole, onde diferentes sinais e interferência são registrados c o m  
a simples intenção de "ver" os sinais eletrônicos n u m  suporte fotoquímico. 
O  acaso e  os imprevistos produzem imagens fotográficas c om diferentes 
cores e texturas, c o m  estranhos alongamentos e  distorções. C o m o  n u m  
princípio de colagem  e  montagem aleatória,  Fadon  consegue criar u m  
mundo visível cujo resultado é uma trama, u ma superposição de retíeulas, 
tomadas e m  diferentes aproximações. 
Nessa mesma perspectiva experimental, encontra-se o trabalho d e  Kenji 
Ota, c o m  resultados semelhantes, à medida que contempla e incorpora o 
acaso na imagem final, mas com processos completamente diferenciados. 
Enquanto Fadon desenvolve sua pesquisa c o m  as novas tecnologias, Kenji 
O t a  caminha e m  direção contrária, ao pesquisar os processos primitivos 
de registro e impressão de fotografias. 
O  m u n d o  imagético d e  Kenji O t a  é  o m u n d o  da sensibilidade e da ex­
perimentação. Ele explora o suporte e a superfície, gêneros e processos, 
equilíbrio  e form a s,  cores  e  luzes. Circunstâncias naturais para q u e m  
c o m o  ele r o m p e  c o m  as regras e subverte a noção d e  mímese, explo­
r a n d o  os m o d o s  alternativos d e  configuração fotográfica.  Stefania Bril 
afirmou q ue "a precisão e o saber técnico estão presentes e m  toda a obra 
d o  Kenji.  A necessidade d e  perfeição e  a curiosidade da interpretação 
plástica são visíveis n o  desenvolvimento da pesquisa o n d e  o artista volta 
às origens da fotografia, usando os processos da goma bicromatada, bro-
móleo, cianótipo". 4 7  
A aliança com o descontínuo e o irregular, gerado pelos modos artesanais 
da encolagem e d o  emulsionamento da película sensível, dá lugar à for­
mação de vários ruídos —  manchas, metalizações excessivas, marcas de 
sensibilização, cromatização aleatórias  — , q u e  são incorporados à imagem 
e passam a ser também elementos constitutivos que evidenciam o proces­
so. A descontinuidade da superfície fotográfica somada ao uso d e  papel 
artesanal d e  formação n ão homogênea (distribuição irregular da polpa), 
criam efeitos enfáticos de materialidade e fisicalidade n a imagem. 
Kenji O t a ,  fugindo d e  todas as regras que determinam a imagem fotográ­
fica convencional, busca e m  seus procedimentos u m  conjunto d e  ações, 
ou melhor, u m a  trama d e  sutilezas que se interpenetram, que se mistu­
r a m  e  se desmancham, q u e  são processadas e reprocessadas,  e  tratadas 
muitas vezes c o m  tamanha liberdade, q u e  expande não só  o  t e m p o  d o  
fazer fotográfico, como os limites da própria fotografia. 
Finalmente, destacamos os trabalhos de Mario Cravo N e t o  e Miguel Rio 
Branco, ambos c o m  origem nas artes plásticas  —  escultura  e  pintura, 
respectivamente —  e n o  cinema, e reconhecidos n o  Brasil e n o  exterior 
p o r  sua produção fotográfica. 
Mario Cravo N e t o  centrou seu trabalho nos retratos, e m  geral c o m  u m  ar 
de estranhamento, para incitar a imaginação do leitor a descobrir o outro, 
apenas parcialmente revelado. Ele prefere concentrar sua visão na deli­
cadeza dos fragmentos d o  corpo e nos elementos que eles sustentam, os 
quais, iluminados, conferem à imagem u m  ar ritualístico. Para o  crítico 
Casimiro Xavier de Mendonça, "seus retratos, na verdade ensaios, indi­
cam que, em muitos anos, a fotografia é apenas u m  meio, u m  suporte para 
u m  investimento visual. Porque, n o  caso d e  Mario Cravo N e t o ,  a foto­
grafia não é reportagem, não é narrativa, pode ser documental e antro­
pológica, mas t e m  carga dramática." 48 
Seus personagens são expostos nas baixas luzes, n o  enquadramento fechado 
e foco crítico, elementos que pontuam e caracterizam sua sintaxe. Demons­
tram ainda, quase sempre, a cxistência de uma intimidade, que mantém o 
mistério e a força interior dos retratados. Cravo Neto acredita que todo tra­
balho criativo t e m  u m  fundo místico, ou seja, uma relação do h omem com 
o  desconhecido, com o imponderável. Com admirável capacidade de pro­
dução, ele nos permite transitar por entre o imaginário sagrado e profano, 
e esquecer do abismo que nos separa da idéia conceituai do "real". 
Com uma outra postura Miguel Rio Branco elabora u m  trabalho que trata 
de  evidenciar  a  expressão  catastrófica  dos  nossos  dias,  através  de uma 
atmosfera tensa  e  dramática,  e u m  interesse pelas tradições pictóricas  e 
pelas ambigüidades de t empo e lugar. Ele atrai u m  tipo raro de beleza que, 
segundo Moracy de Oliveira, é "a beleza da fotografia assumindo sem culpa 
a  sua própria linguagem  e resgatando a vida sem  se contentar e m  apenas 
descrevê-la. Luz, cor, composição não são usadas como meros simulacros 
estetizantes d o  real, e sim como elementos dinâmicos, criadores de climas 
transitórios, agressivos, sensuais. O  fotógrafo amplia a realidade e m  visões 
rápidas para devolvê-la  sob forma de sensações fragmentadas, de frases 
interrompidas que nunca se completam, de imagens tensas e provisórias". 49 
Rio Branco t e m  consciência de que usa  a luz  e  a cor como linguagem  e 
como fatores determinantes da dramaticidade da imagem para destacar o 
conteúdo social e despertar o observador. Tudo e m  seu trabalho t e m  essa 
presença instável, tensa  e  precária. Limítrofe. Nada de situações onde a 
técnica predomina sobre  a  linguagem, retirando  a  emoção da realidade 
prestes a explodir. Sua opção é estimulante, pois enfatiza o sentir e o pen­
sar ao produzir a imagem. Para o crítico Frederico de Morais, ele "usa a fo­
tografia como o caderno de anotações, em que a emoção do momento vem 
associada à consciência crítica, em que o acaso é integrado n o  processo cria­
dor. Não o desenho acabado, o contorno rígido, mas o croquis,  a anotação 
gráfica". 50  C om essa imprecisão, Miguel quer chegar a uma fotografia mais 
despojada de manipulação, a uma visão mais direta, mais plástica. 
A fotografia brasileira recebeu, a partir da década de 8o, u m  grande impul­
so; se fortaleceu e se revelou para o cenário internacional depois daTrienal 
de Fotografia (1980) e da Quadrienal de Fotografia (1985-), realizadas pelo 
MAM  de São Paulo; do aprendizado das Semanas Nacionais de Fotografia, 
organizado pelo Instituto  Nacional d e  Fotografia, que circulou p o r   seis 
estados brasileiros, tentando mapear e incrementar a produção regional; 
dos  Colóquios  Latino-americanos  realizados  e m   Cuba  e  México;  das 
exposições internacionais 51  que consagraram  a fotografia brasileira como 
uma das melhores do mundo, inclusive e m  publicações internacionais. 
A partir d o  final da década d e  80, revistas especializadas publicadas n o  ex­
terior passaram a abrir suas páginas para a fotografia brasileira. A belga 
Clichês, p o r  exemplo, e m  198^, posicionou a fotografia do Brasil entre as 
sete melhores d o  m undo; a alemã European Photography, n o  m e s m o  ano, 
classificou-a entre as cinco melhores d o  mundo; e m  1986, a revista fran­
cesa Zoom,  quebrando u m  ineditismo  e m   sua  história,  dedicou  dois 
números seguidos  à fotografia brasileira, enquanto a americana Popular
Photography destacou  a  excelência  dos  nossos  fotógrafos. E m  abril  de 
1996,  a francesa Photo produziu u m  n ú m e r o  especial sobre a fotografia 
brasileira e, e m  abril d e  1998, foi a vez da americana Art in America de­
dicar uma longa reportagem sobre a fotografia n o  Brasil. 
Iniciamos a década de 90 com muito entusiasmo e  a certeza d e  estarmos 
sintonizados c o m  o melhor da produção fotográfica contemporânea. Nos 
últimos anos, os museus, curadores  e  pesquisadores voltaram  seus  es­
forços para a produção fotográfica da América Latina, e  o  Brasil t e m  se 
destacado p o r  sua diversidade técnica e temática', mas principalmente p o r  
sua qualidade. Diversas iniciativas foram tomadas para dar continuidade 
ao movimento da fotografia n o  Brasil, travando u m  diálogo c o m  fotó­
grafos e instituições do exterior. 
E m   1986,  o  MAM  d o  Rio d e  Janeiro inicia  a Coleção W h i t e  Martins e  o 
projeto de aquisição e  acervo d e  fotografia brasileira dos séculos x i x  e 
x x .  E m  São  Paulo,  o  Masp, e m  parceria c o m   a iniciativa privada, pro­
moveu e m  1991, na gestão d e  Fábio Magalhães, a coleção Pirelli-Masp d e  
fotografia brasileira contemporânea, que atualmente encontra-se na sua 
1 2- edição e conta com 700 fotografias  e  i 8ç fotógrafos.  O  Instituto Mo­
reira Salles, de São Paulo, na década d e  90, aumentou sua ação na área d e  
fotografia, incorporando à sua coleção os acervos d e  Hildegard Rosenthal 
e  Madalena  Schwartz  e  fotografias d e  Vicenzo  Pastore,  Claude  Lévi-
Strauss e Juca Martins. Recéntemente adquiriu as coleções de Pedro Cor­
rêa d o  Lago e d e  Gilberto Ferrez, transformando-se n o  maior centro de 
referência da fotografia brasileira d o  século x i x .  Além dessas iniciativas, 
consideramos relevante a ação d o   MAM  de São Paulo e da Fundação Cul­
tural Cidade de Curitiba, que também tiveram u m  i ncremento significa­
tivo e m  suas coleções de fotografias. 
E m   São  Paulo,  surge  o  N A F O T O  (Núcleo dos Amigos da  Fotografia), 52 
g r u p o  independente q u e  organizou  entre  1993  e  2001  o  evento Mês 
Internacional  da  Fotografia,  realizando,  a  cada  edição,  dezenas  d e  
exposições, workshops, leituras d e  portfolio, reunindo artistas, curadores 
e  organizadores d e  eventos  similares e m  outros países.  O  g r u p o  t e m  
c o m o   principais  objetivos  valorizar,  divulgar  e  inserir  a  fotografia 
brasileira n o  cenário da produção internacional,  estimular  a  educação 

1 7 3
através da atividade fotográfica e estabelecer relações permanentes com a 
fotografia latino-americana. 
Ainda e m  São Paulo, o grupo Panoramas da Imagem 53  organizou palestras 
e workshops, com  fotógrafos brasileiros  e  estrangeiros,  além  de  realizar 
várias  edições da  exposição  Novíssimos, que  selecionava  artistas jovens 
com  produção  diferenciada n o   cenário  contemporâneo.  Na  cidade  de 
Curitiba, Paraná, entre 19966 2000, foi realizada a Bienal Internacional de 
Fotografia, 54  patrocinada pela Fundação Cultural Cidade de Curitiba, que 
encerrou melancolicamente sua trajetória devido aos desacertos políticos 
partidários. Mais uma vez  as preferências políticas influenciaram decisiva­
mente num projeto cultural de envergadura e, infelizmente, os apelos e  as 
tentativas  de  se  buscar  soluções  para  a  continuidade  foram  inúteis  e 
tornaram transparentes as relações entre poder público e política cultural, 
pois nossos políticos desconhecem qualquer possibilidade de diálogo já que 
não têm compromisso com a formação cultural e com a cidadania. 

A quarta geração d e  fotógrafos desta exposição, cujos trabalhos cresce­
r a m  e  se consolidaram nos últimos anos, como proposta diferenciada e 
articulada com a linguagem contemporânea, dividem-se e m  dois grupos: 
n o  primeiro, encontram-se Luiz  Braga  e  Elza  Lima, d e  Belém d o  Pará, 
Tiago Santana e Celso Oliveira, de Fortaleza, Valdir Cruz, de Curitiba, Ed 
Viggiani, d e  São Paulo, que tratam a fotografia como linguagem portado­
ra  de  idéias  culturais  próprias  e  buscam  novos  paradigmas  para  a 
fotografia documental, distanciada da tradição purista tentando criar u m  
visual desconcertante; n o  segundo,  Cássio Vasconcellos,  Gal  Oppido  e 
Rubens Mano, de São Paulo e Eustáquio Neves, de Belo Horizonte, que 
trabalham construindo suas referências, produzindo colagens e monta­
gens, manipulando seu produto final, reutilizando negativos esquecidos 
n o  tempo. Em lugar de tentar reproduzir o mundo, o interesse está e m  
construir a representação de algo que não p o d e  ser fotografado. 
Chamamos de nova fotografia documental aquela que, apesar de registrar 
"a  realidade" sob u m  ponto de vista, inteligente  e  sensível, politizada na 
forma e n o  conteúdo, faz emergir nossa identidade com u m  novo vigor. 
Para Ângela Magalhães e Nadja Peregrino, "entre as tendências significativas 
que  aparecem  n o   fotojornalismo  brasileiro  contemporâneo  insere-se  a 
fotografia ligada a temáticas regionais. Em trabalhos de diversos artistas — 
de n o r te  a sul do país —  funda-se u m  ciclo entre raízes populares e a busca 
de identidade do canto de nascença. Assim, com sua produção, estes artistas 
reafirmam seus lugares de origem, fazendo uma ponte entre o regional e  o 
universal, do documental à formulação consciente das questões estéticas". 55 
E  o caso dos fotógrafos Celso Oliveira e Tiago Santana que encontraram na 
fotografia uma maneira intensa de convivência. Em pleno fogo dos aconteci­
mentos, em cenários absolutamente místicos,  eles "lado  a lado vivenciam 
desde  1990  a experiência partilhada, produzindo, comentando, editando e 
expondo juntos  suas imagens. Na questão religiosa, p o r  exemplo,  a  sedi­
mentação de certos ícones do ritual católico de Juazeiro do N o r t e ,  Estado 
do Ceará —  a devoção mística ao 'Padinho Cícero', a figura do romeiro, o 
simbolismo dos ex-votos —  revela que o discurso das festas religiosas per­
mite surpreender uma perspectiva da estrutura social onde o foco são simul­
taneamente os valores locais e universais. [...] As festas religiosas, assim, p o r  
colocarem lado a lado, n u m  mesmo momento, o povo e  as autoridades, os 
santos e os pecadores, os homens sadios e os doentes, atualizam e m  seu dis­
curso uma sistemática neutralização de posições, grupos e categorias sociais, 
exercendo uma espécie de pax catholica" .S6
Mas  o trabalho torna-se diferenciado à medida que as imagens são regis­
tradas  c o m   inusitados  planos e m   rigorosa  composição,  assombrando  o 
leitor à primeira vista.  São imagens criadas p o r  u m  confuso espaço de luz 
e  sombra, d e  limites incertos e volumes ambíguos o u  de desencontro d e  
planos heterogêneos que obrigam  o  observador ao desconforto da visão 
fragmentada. Essa  inquietação  e  esse procedimento combinatório  estão 
relacionados  c o m   suas  características  visuais:  preferência pelo  uso  d o  
equipamento  3^ m m   e lente d e  foco longo para p o d e r  elaborar os vários 
planos d e  u ma ação simultânea. 
O  fotógrafo e coordenador d o  movimento FotoAtiva, de Belém, Miguel 
Chikaoka, e m  depoimento relativo à exposição Q u e m  Somos Nós, desta­
ca, além da grandeza com que desenvolvem seus trabalhos, o emocionante 
senso d e  fraternidade de Celso e Tiago. Essa isenção aparente c o m  que 
realizam suas fotografias, enaltecendo e respeitando o cidadão brasileiro 
e m  seu m o m e n t o  d e  participação e fé, evidencia e expressa u m  humanis­
m o ,  absolutamente novo na fotografia brasileira. 
O s  trabalhos mais próximos aos desses dois autores são os de Ed Viggiani e 
Elza Lima, que, vivendo em outros contextos regionais, desenvolvem uma 
fina sintonia política e estética com Celso Oliveira e Tiago Santana. Ed Vig­
giani constrói sua fotografia  a partir do movimento e  das desconexões do 
cotidiano, sagrado ou profano. Enfrentando as múltiplas direções que se 
abrem para o flagrante, ele imobiliza a cena com total imprecisão visual. 
Elza Lima, com seu trabalho centrado n o  povo da região amazônica, t e m  
a incomparável qualidade de buscar, com respeito às tradições religiosas, 
as situações e m  que o "momento decisivo", aliado à eloqüência da cena, 
permite reinventar a paisagem. U m  universo desconhecido e mágico que 
se abre para a nova fotografia documental, porque traz a desconcertante 
idéia d e  resgatar  a pureza d o  real, ao  trabalhar, na verdade, e m  outra 
dimensão, na "sintoma do espanto". 57 
C o m  força e  estilo,  Elza  Lima  realiza, segundo  Luís H u m b e r t o ,  "uma 
fotografia identificada pela ousadia com q u e  navega pelos espaços esco­
lhidos. Seu olhar é enviesado e vai buscar interesse e m  ocorrências e per­
sonagens que habitam o segundo plano, conferindo-lhes u ma participação 
fundamental nas tramas visuais que ela elabora. [...] Continuam preser­
vadas  as emoções d e  todos, em sua alegria, sofrimento e resignação". 58 
Embora seu trabalho também conte c o m  o que o crítico Paulo Herken-
hoff chama de "olhar amazônico", 59  caminha e m  direção oposta ao d e  seu 
conterrâneo  Luiz  Braga,  que  elabora  sua  obra  baseado  na c o r   como 
função estética predominante. 
Apesar d e  desenvolver uma temática regional, a fotografia d e  Luiz Braga 
está sintonizada c o m  os movimentos visuais contemporâneos. C o m  cores 
saturadas e tons harmônicos, ele assume u m a  fantástica visão, apreendida 
c o m  respeito  e  encantamento.  Experimental na  técnica  e  clássico n o  
enquadramento, Braga é  o artista atento, que registra a região amazônica 
e seu habitante sem o exotismo d o  olhar estrangeiro. 
Trabalhando  a cor com domínio, síntese  e maturidade, ele  consegue  evi­
denciar uma luz misteriosa que estimula a imaginação.  O  confronto da luz 
natural com luz artificial registra a ambigüidade do momento da passagem 
da luz do dia para a luz da noite, e provoca a incômoda sensação de se ques­
tionar as fronteiras entre realidade e ficção. A ausência de filtros corretivos 
para balanceamento  das cores,  as  exposições prolongadas,  e  outros "aci­
dentes" são incorporados para transformar a paisagem banal numa imagem 
assumidamente  manipulada,  que  potencializa  a  subjetividade  da  cor  na 
interpretação fotográfica.  O filme, codificado para efetuar uma determina­
da operação, quando tem sua lógica desobedecida, registra o mundo visível 
com cores saturadas, impossíveis de serem captadas pelo olho humano. Isso 
provoca estranhas sensações n o  observador diante de uma fotografia de luz 
misteriosa, que estimula a imaginação.  São instantes atemporais plasmados 
na inquietação da solidão da luz crepuscular. 
Valdir Cruz, desde  199 ç, realizou dezenas de viagens ao n o r t e  d o  Brasil, 
na fronteira com a Venezuela, que resultaram e m  uma extensa documen­
tação sobre a vida dos índios Yanomami, na região amazônica, sobretudo 
sobre sua precária condição de saúde, desde  o  contato com os minera-
dores brancos na corrida ao ouro nos anos 80. C o m  f o r t e  apelo antro­
pológico, que comove tanto pela conhecida e ameaçadora situação impos­
ta pelos brancos, como pela qualidade fotográfica, as  imagens d e  Valdir 
Cruz representam grupos étnicos ou culturas e m  vias d e  extinção. Para a 
crítica d o NewYork Times, Vicki Goldberg, "será uma das terríveis ironias d o  
nosso t e m p o  se preservarmos a imagem da floresta tropical e destruirmos 
a mata e m  si e seus habitantes. Enquanto essa possibilidade paira sobre nós 
aqui estão eles, floresta e povo —  imagens para deter o olhar e, p o r  mais 
calmas e belas que possam ser, provocar a apreensão". 60  A experiência d o  
olhar é  o exercício que o fotógrafo  se impôs para salientar a dignidade do 
povo e m  seus múltiplos aspectos: os rituais, a religiosidade e  o ambiente 
monumental e rico e m  biodiversidade. 
A outra tendência da fotografia contemporânea destaca-se pelos trabalhos 
d e  Cássio Vasconcellos,  Gal  Oppido, Rubens Mano e  Eustáquio Neves, 
c o m  abordagens técnicas diversas, mas semelhantes p o r  desenvolverem 

1 7 7
u m a  f o t o g r a f i a  c o n c e i t u a i  i n s t i g a n t e .  Suas i n t e r v e n ç õ e s  e s t ã o  p r e s e n t e s  
n o s  d i f e r e n t e s  p r o c e s s o s  d e  criação e p r o d u ç ã o  das fotografias. 
Gal O p p i d o ,  p r o c u r a  c o n s t r u i r  a i d e n t i d a d e  d o  h a b i t a n t e  d a  c i d a d e  d e  São 
Paulo, u m a  m e t r ó p o l e  q u e ,  s e g u n d o  e l e ,  sintetiza t o d a s  as raças: 
S o m o s  sobreviventes. Sobrevivemos a g u e r r a s ,  p estes, e r u p ç õ e s ,  travessias 
d e  igarapés e oceanos, colonizações, disputas p o r  caça e t e r r a ,  g r i p e  espa­
nhola e perseguições seculares. E aqui estamos. D o s  q u e  estão aqui, e m  São 
Paulo, b o a  p a r t e  p e r t e n c e  a u m a  linhagem d e  sobrevivência q u e  p resenciou 
a ocupação desta p o r ç ã o  d o  planeta p o r  h u m a n o s  q u e  atravessaram o Atlân­
tico. S o m o s  t o d o s  africanos. M e s m o  q u e  o s  deuses f o s s e m  astronautas, o 
c a m p o  d e  p o u s o  s e g u n d o  r e c e n t e s  estudos, f o i  n a  Africa, e  daí alguns fin­
c a r a m   m o r a d i a   e  o u t r o s   investiram  e m   viagens  e n c o n t r a n d o   o u t r a s  
c o n d i ç õ e s  geo-climáticas q u e  r e m o d e l a r a m  seus físicos, p u x a n d o  olhos, 
c l a r e a n d o   p e l e   e  olhos,  o u   seja,  a l t e r n a n d o   p a r t e   d e   sua  gramática 
fisionômica e m  f u n ç ã o  das solicitações d e  seus n o v o s habitats.  São  Paulo 
talvez seja u m  d o s  sítios c o m  mais vocação p a r a  r e u n i r  a t u r m a d  o  c o m e ç o  
(aquela d a  Africa), t e n d o  c o m o  anfitrião, o índio. O n d e  estáWally?! O n d e  
está o índio p o r t u g u ê s ,  a fricano, italiano, p o l o n ê s ,  holandês e alemão? Está 
aí, ó ,  n a  nossa cara, n o  n o s s o  c o r p o ,  o c u l t o  n e s ta  taba u r b a n a . 6 1  
Seu c o n h e c i m e n t o  e intimidade c o m  a linguagem fotográfica p e r m i t i u  q u e  
ele acumulasse i n ú m e r o s  f r a g m e n t o s  p a r a ,  mais t a r d e ,  e m  p r o c e s s o aditivo 
a p a r t i r  d e  d i f e r e n t e s  i magens, p r o p o r  u m a  síntese d o  habitante d a  cidade 
d e  São Paulo. S o m o s  u m  país d e  múltiplas identidades o u  aceitamos todas 
as identidades? O p p i d o  questiona nossas idiossincrasias e ,  c o m  imagens d e  
g r a n d e  f o r m a t o ,  e x p l o r a  a o  m á x i m o  n o s s o  multiculturalismo, c o n s t r u i n d o  
u m a  " realidade" p a r a  fotografá-la.  A p a r t i r  d e u  m  g r a n d e  acetato transpa­
r e n t e  e p o r  p r o c e d i m e n t o s  d e  colagem e m o n t a g e m ,  inicia a p r o d u ç ã o  d e  
sua m a t r i z .  Sobre a i m a g e m  principal, o r e t r a t o  d o  p e r s o n a g e m ,  ele m o n t a ,  
p e r i f e r i c a m e n t e ,  o u t r a s  i m a g e n s  q u e  v ã o  a g r e g a n d o  significados a o  c o n ­
junto.N
  u m  processo d e  justaposição, as tiras d e  positivos e negativos, p r o ­
duzidas d u r a n t e  o  ensaio, e  várias o u t r a s  sobras, relativizam  a história d o  
p e r s o n a g e m   e  evidenciam a  síntese d o  h a b i t a n t e  d a  cidade d e  São Paulo. 
U s a n d o  estilete, fios d e  silicone, fitas adesivas, filtros, canetas, negativos e 
positivos d e  diferentes padrões, textos e manuscritos, O p p i d o  constrói sua 
obra c o m o  se estivesse produzindo u m  grande fotograma. 
N a  série Panorâmicas, selecionada p a r a  a exposição, Cássio Vasconcellos, 
aplicando fitas adesivas transparentes e m  seus negativos esquecidos n o  
arquivo, p r o c u r a  fazer c o r t e s  precisos p a r a  horizontalizar suas imagens, 
q u e  evidenciam u m a  melancólica atmosfera c onte mporâ ne a n a  r elação d e  
escala, para minimizar a presença h u m a n a  n a  esfera d o  cotidiano. A  cria­
ção dessas imagens "panorâmicas" s u r p r e e n d e  p ela simplicidade, pela falta 
d e  perspectiva, p ela paisagem recriada n o  negativo selecionado e ma nipu­
lado. U m  olhar perspicaz e  delicado q u e  é m a r c a d o  pela diferença, q u e  
ignora a obviedade. P o r q u e  n ã o  p o d e m o s  negar a realidade, n ã o  p o d e m o s  
f u g i r  d o  s eu fascínio. 
Ele reviu  suas p r ó p r i a s  fotografias c o m  u m a  lupa  e  u m a  máscara q u e  
r e c o r t a  u m a  fotografia antes condenada a o  esquecimento. D o  f r a g m e n t o  
saltou u m a  i m a g e m  q u e  ganhou u m a  t e x t u r a ,  produzida c o m  fitas adesi­
vas, e ampliou-a. Nesse processo d e  recriação, d e  r e d e s c o b e r t a  d e  novas 
fotografias d e n t r o  d e  velhas fotografias, Cássio inaugura u m  n o v o  p r o ­
c e d i m e n t o   p a r a   seu  trabalho  m a d u r o ,  u m   d o s   m a i s   consistentes  n a  
fotografia brasileira c o n t e m p o r â n e a .  Ele a p r o f u n d a  sua experimentação, 
c r i a n d o   imagens  q u e   se  articulam  pelos  equilíbrios  precários,  pelas 
assimetrias q u e  fascinam e pelas tessituras estranhas e imperfeitas cons­
t r u í d a s  p e l o  acaso d a  aderência irregular d e  fitas adesivas  calcadas n a  
matriz-negativo p a r a  r e f o r ç a r  a materialidade d e  u m a  p aisagem desejada. 
Rubens Mano sabe q u e  a fotografia exposta ao olhar d o  o u t r o  p o d e  ganhar 
novas significações. Entre o frágil referente indiciai da fotografia e sua pos­
sibilidade de difundir sonhos e desejos, ele v e m  trabalhando na direção d e  
fragilizar cada vez mais o real para construir, o u  m elhor, para m o n t a r  u m a  
narrativa q u e  se apreende na leitura d o  conjunto p roposto. N ã o  mais u m a  
imagem isolada, mas trata-se d e  celebrar a visão n u m  conjunto, e  a partir 
da leitura dos espaços e d o  vazio. U m a  fotografia q u e  amplia a experiência 
d o  ver u m a  vez q u e  d o c u m e n t a  a desconstrução d e  u m  real, a demolição 
d o  objeto q u e  lhe d e u  a compreensão da dimensão estética. 
O  p r o j e t o  d e  instalação apresentado nesta exposição, segundo o  artista, 

1 7 9
"atua n o  interior dos processos de alteração da paisagem urbana da cidade 
de  São  Paulo. Através de intervenções e m  edificações prestes  a  serem 
demolidas, proponho a presença d e  intervalos, pequenos lapsos d e  t e m p o  
que irão constituir uma ação arquitetônica efêmera e silenciosa, fixada nas 
fissuras destas transformações". 6 2  
Finalmente, temos Eustáquio Neves, que, partindo também da duração 
expandida da experiência d o  visível, prefere não acreditar apenas e m  u m  
registro da câmera fotográfica, e produz imagens carregadas d e  outras 
imagens, que ampliam significativamente a percepção. Estamos acostu­
mados  c o m   o  excesso  de  imagens  superpostas,  c o m   índices  que  nos 
r e m e t e m  a uma narrativa cinematográfica e televisual. Ele sabe construir 
e inovar a partir d e  dezenas de fragmentos, propondo uma superposição 
e acumulação, às vezes desconexas, mas relacionadas à questão da identi­
dade negra. Essa série Arturos 6 3  constitui talvez u m a  das maiores novi­
dades da estética fotográfica brasileira dos anos 90. 
N o  trabalho d e  Eustáquio Neves a imagem se liberta de sua submissão à 
beleza. A montagem é ruidosa, dissonante, quase sonora, pois as interfe­
rências reverberam como signos erráticos d e  uma fotografia que não traz 
grandes  evidências,  apenas elementos  sensíveis q u e  imediatizam nossa 
percepção, que p õ e m  e m  jogo idéias, recordações e sentimentos, todos 
eles determinados p o r  diferentes experiências d e  vida. Sua criatividade é 
expressa nesse fazer difuso, descontinuado, espontâneo, que possibilita ao 
espectador incríveis  experiências d e  apreensão  visual.  Esse  sofisticado 
jogo elaborado pelo artista torna sua fotografia uma ousada manifestação, 
não só dos problemas sociais e políticos que assolam  o país, como tam­
b é m  se oferece c omo uma discussão da estética fotográfica. 
Esses fotógrafos vivem o trauma da mudança da tecnologia dos suportes, 
na qual  a imagem fotoquímica vem sofrendo ameaças de toda ordem. A 
partir da leitura social do seu entorno, e m  lugar de tentar representar o 
mundo com base nas  suas referências, almejam construir uma represen­
tação de algo que não pode ser imediatamente reconhecido. Enfim, o que 
vale é simular p o r  imagens, tentando apagar as diferenças entre o real e  o 
imaginário, entre o ser e  a aparência. Procuram, com liberdade, a inven­
ção, o imponderável, assumindo os imprevistos, os ruídos, para abrir u m  
campo de possibilidades para a leitura da descoberta e da surpresa. 
As mais recentes incursões pela fotografia brasileira revelam q u e  os artis­
tas, na procura de u m  outro olhar, estão sintonizados com a idéia de que 
a norafotografia  se distingue conceitualmente da tradicional, já que, hoje, 
a  ênfase não reside mais e m  "tirar" fotografias, mas "fazer" fotografias. 
Para produzir a nova fotografia,  o artista deve questionar a idéia d e  que a 
fotografia é u m  paradigma da veracidade. Hoje, n o  contexto contem­
porâneo, a fotografia parece t e r  atingido a maioridade, aspira à plenitude 
d o  fazer e  se quer liberada da tarefa massificante de simplesmente du­
plicar o real. Trilhando esse caminho é que vem surgindo a novafotografia,
extremamente atrativa e questionadora, e buscando sempre o p o n t o  d e  
tensão entre o  sensível, o dramático e o experimental. 
Cada vez mais, os profissionais t ê m  percebido que a fotografia ocupa o 
m u n d o  contemporâneo  das  imagens produzidas e m  abundância. U m a  
imagem que  se  destaca  da  mesmice  e  carrega  a  centelha  da  transfor­
mação, capaz de estimular o leitor a refletir sobre aquilo que vê. É com 
essa  perspectiva que apresentamos este conjunto d e  imagens, u m  dos 
mais expressivos que se produziram n o  país nas últimas décadas. 
[Rubens Fernandes Junior] 

Notas

1  M á r i o  d e  A n d r a d e , Klaxon,  n .  i .   São P a u l o :  1 9 2 2 ,  p .  2 .  
2  Telê A n c o n a  L o p e z , Mário de Andmdeifotógrafo e turista aprendiz.  São P a u l o :  
I n s t i t u t o  d e  E s t u d o s  Brasileiros / U S P ,  1 9 9 3 ,  p p .  1 1 1 - 1 5 .  
3  E m  1 9 4 Í ,  c r i o u - s e  o D e p a r t a m e n t o d  e  C i n e m a ,  e  o n o m e  f o i  a l t e r a d o  p a r a  
F o t o  C i n e  C l u b e  B a n d e i r a n t e .  
4  V e r  " A Revista S.Paulo:  a c i d a d e  n a s  b ancas", d e  R i c a r d o  M e n d e s . Imagens,  n .  3 .  
C a m p i n a s / S ã o  P a u l o :  1 9 9 4 ,  p p .  9 1 - 9 7 .  
j  H a n s  G e o r g  R i c h t e r , Dada: arte e antiarte,  t r a d u ç ã o d  e  M a r i o n  Fleischer. 
São P a u l o :  M a r t i n s  F o n t e s ,  1 9 9 3 ,  p .  
6  H e l o u i s e  C o s t a  e R e n a t o  R o d r i g u e s , A fotografia moderna no Brasil.  R i o  d e  J a n e i r o :  
E d . U F R J / F u n a r t e ,  1 9 9 ^ ,  p p .  4 4 - 4 ^ .  [ e d i ç ã o  b r a s i l e i r a :  C o s a c  & N a i f y ,  n o  p r e l o ]  
7  P i e t r o  M a r i a  B a r d i ,  C a t á l o g o  d a  e x p o s i ç ã o  F o t o F o r m a s .  S ã o  P a u l o :  M a s p ,  1 9 J 0 .  
8  V e r  " G e r a l d o d  e  B a r r o s :  1 9 2 3 - 9 8 " , d  e  R u b e n s  F e r n a n d e s  j u n i o r . Iris,  n . j  i j .  

S ã o  P a u l o :  1 9 9 8 ,  p .  4 0 .  
9  L u c r e c i a  D ' A l e s s i o  F e r r a r a , A estratégia dos signos.  São P a u l o :  P e r s p e c t i v a ,  1 9 8 1 ,  p .  3 9 .  
10  A r l i n d o  M a c h a d o , A ilusão especular: introdução àfotografia.  São P a u l o :  Brasiliense, 

1 9 8 4 ,  p p .  1 1 2 - 1 3 .  
11  P a u l o  H e r k e n h o f f ,  " F o t o g r a f i a :  o  a u t o m á t i c o  e  o l o n g o  p r o c e s s o  d e  m o d e r n i d a d e " ,  
i n : Sete ensaios sobre o modernismo.  R i o  d e  j a n e i r o :  F u n a r t e ,  1 9 8 3 ,  p .  4 ^ .  
1 2  P a u l o  F l e r k e n h o f f ,  " A  e s p e s s u r a  d a  l u z  —  a F o t o g r a f i a  b r a s i l e i r a  c o n t e m p o r â n e a " ,  
i n :  C a t á l o g o  d a  e x p o s i ç ã o  d e  f o t o g r a f i a  n a  F e i r a d  e  F r a n k f u r t ,  1 9 9 4 ,  p . 4  9 .  
13  H e l o u i s e  C o s t a ,  " U m  o l h a r  q u e  a p r i s i o n a  o o u t r o :  o r e t r a t o d  o  í n d i o  e  o p a p e l  
d o  f o t o j o r n a l i s m o  n a  r e v i s t a 0 Cruzeiro". Imagens,  n .  2 .  C a m p i n a s  /  S ã o  P a u l o :  
1 9 9 4 ,  p .   8 4 .  
14  A n g e l a  M a g a l h ã e s  e N a d j a  P e r e g r i n o ,  c a t á l o g o  d a  e x p o s i ç ã o  d e  J o s é  M e d e i r o s ,  
R a s t r o s  d e  L u z ,  r e a l i z a d a  n a  G a l e r i a   LGC A r t e  H o j e .  R i o d  e  J a n e i r o :  m a i o d  e  1 9 9 7 .  
1 ç  N a d j a  P e r e g r i n o , 0 Cruzeiro: a revolução dajotorreportagem.  R i o d  e  J a n e i r o :  D a z i b a o ,  

1 9 9 1 ,  p .  1 0 2 .  
16  M o r a c y  d e  O l i v e i r a ,  " A  c u l t u r a  n e g r a e  m  f o t o s :  u m  l e g í t i m o  a t o  d e  a m o r " .  
Jornal da Tarde,  2 2 d e  a b r i l  d e  1 9 8 1 .  
1
7  J o r g e  A m a d o ,  " O  f e i t i c e i r o " ,  i n : Pierre Verger Retratos da Bahia: 1946 a 1ÇS2-
S a l v a d o r :  C o r r u p i o ,  1 9 9 0 .  
18  W a l t e r  F i r m o ,  " D e  M a l t a  a o  P r ê m i o " ,  i n Catálogo Prêmio Esso de Fotografia —
2 7 anos defotojornalismo.  R i o d  e  J a n e i r o :  1 9 9 8 ,  p .  2. 
19  O s  p r i m e i r o s  n ú c l e o s d  e  a r t i s t a s  a b s t r a t o s n  o  R i o d  e  J a n e i r o  e e m  São P a u l o  
s u r g e m  e n t r e  1 9 4 8  e  1 9 4 9 .  O  m o v i m e n t o  c o n c r e t o  d e  São P a u l o  t e v e  i n í c i oe  m  
1  9 ç 6  ("a p r e c i s ã o  d a  a r t e  n ã o  é u m a  p r e c i s ã o  a r t e s a n a l ,  m a s d  e  s i g n i fi c a d o s . P o d e - s e  
c o n s t r u i r  c o m  r i g o r  s e m  c o n t o r n o s  r i g o r o s o s .  F o r m a n  ã o  é c o n t o r n o n  e m  i n v ó l u ­
c r o ,  m a s  r e l a ç ã o " ,  e s c r e v e u  W a l d e m a r  C o r d e i r o ) .  O  m o v i m e n t o  n e o c o n c r e t o d  o  
R i o d  e  J a n e i r o  t e v e  i n í c i o e  m  1 9 ^ 9  ("a e x p r e s s ã o  n e o c o n c r e t a  i n d i c a  u m a  t o m a d a  
d e  p o s i ç ã o e  m  f a c e  d a a  r t e  c o n c r e t a  l e v a d a  a u m a  p e r i g o s a  e x a c e r b a ç ã o  r a c i o n a l i s t a "  
a f i r m a v a  o  M a n i f e s t o  N e o c o n c r e t o  p u b l i c a d o n  o Jornal do Brasil).  O  n e o c o n c r e t i s m o  
p e r m a n e c e  i n t e r e s s a d o  n a  e s p é c i e  d e  p o s i t i v i d a d e  q u e  e s t á n  o  c e n t r o  d a  t r a d i ç ã o  
c o n s t r u t i v a  —  a a r t e  c o m o  i n s t r u m e n t o d  e  c o n s t r u ç ã o  d a  s o c i e d a d e .  
20  L e o  G i l s o n  R i b e i r o ,  " N a s  f o t o s ,  a p a i x ã o  p e l a  o b r a d  e  E u c l i d e s " . / o r n a / da Tarde,
4 d e  d e z e m b r o d  e  1 9 8 2 .  
21  C a s i m i r o  X a v i e r  d e  M e n d o n ç a . Jornal da Tarde, i ç d e  j u l h o d  e  1 9 7 8 .  
2 2   P i e t r o  M a r i a  B a r d i ,  " E n t r e  o r e a l  e  o  p o s s í v e l íris,  n .  2 6 6 .  S ã o  P a u l o :  1 9 7 4 ,  p .  9 .  

2 3   W a l t e r  F i r m o ,  d e p o i m e n t o  a o  a u t o r ,  16 d e  d e z e m b r o d  e  1 9 9 7 .  
2 4   I d . ,  " L i r i s m o e  m  p r e t o  e b r a n c o " , his,  n .  4 9 3 .  S ã o  P a u l o :  1 9 9 6 ^ . 4 .  
2 j  " A r m a r "  u m a  f o t o g r a f i a  n o  v o c a b u l á r i o d  o  f o t o j o r n a l i s m o ,   é  a a r r u m a ç ã o d  e  

u m a  s i t u a ç ã o  p a r a  a f o t o g r a f i a ,  e m  d e t r i m e n t o d  o  i n s t a n t â n e o ,  r e j e i t a d a  p e l o s q  u e  
a c r e d i t a m  q u e   a m á q u i n a  f o t o g r á f i c a  n ã o  d e v e  i n t e r f e r i r  n a  r e a l i d a d e .  
2 6   A r l i n d o  M a c h a d o , "  O  o l h a r  e s s e n c i a l d  e  u m  p o e t a  d a  c â m e r a " . Folha de S. Paulo,
18 d e  o u t u b r o d  e  1 9 8 4 .  
2 7   L u i s  H u m b e r t o ,  " D a  p r o f i s s ã o  d e  f o t ó g r a f o   e  s e u s  e n v o l v i m e n t o s " ,  i n : Fotografia:
universos Starrabaldes.  R i o d  e  J a n e i r o :  F u n a r t e ,  1 9 8 3 ^ .  9 1 .  
28  G e o r g e  L o v e ,  d e p o i m e n t o a  o  a u t o r ,  1 9 9 2 .  

2 9   A A g ê n c i a  F - 4  f o i  f u n d a d a  e m  S ã o  P a u l o ,  1 9 7 9 , p  o r  N a i r  B e n e d i c t o ,  J u c a  M a r t i n s ,  
D e l f i m  M a r t i n s  e R i c a r d o  M a l t a .  P u b l i c o u  d o i s  l i v r o s :  S é r i e  D o c u m e n t o   — 

A greve do ABC e A questão do menor, e m   1 9 8 0 .   A A g ê n c i a  Á g i l d  e  F o t o j o r n a l i s m o  f o i  


f u n d a d a  e m  1 9 8 0 p  o r  M i l t o n  G u r a n , D
  u d a  B e n t e s ,  A n d r é  D u s e k ,  J u l i o  B e r n a r d e s ,  
e n t r e  o u t r o s .  

3 0O
  s  R e n c o n t r e s  I n t e r n a t i o n a l e s d  e   la P h o t o g r a p h i e ,  r e a l i z a d o s n  a  c i d a d e  d e  A r i e s ,  
F r a n ç a ,  c a r a c t e r i z a r a m - s e  p e l o  c o n j u n t o  d e  a t i v i d a d e s  ( p a l e s t r a s ,  o f i c i n a s ,  p r o j e ç õ e s ,  
e x p o s i ç õ e s )  e p e l a  t r o c a d  e  e x p e r i ê n c i a s  e n t r e  p r o f i s s i o n a i s  e f o t ó g r a f o s  i n i c i a n t e s .  

3 1  S e m a n a s  N a c i o n a i s  d e  F o t o g r a f i a d  a  F u n a r t e :  1 9 8 2 ,  R i o d  e  J a n e i r o ;  1 9 8 3 ,  Brasília—DF; 

1 9 8 4 ,  F o r t a l e z a — C e a r á ;  1 9 8 ^ ,  B e l é m — P a r á ;  1 9 8 6 ,  C u r i t i b a — P a r a n á ;  1 9 8 7 ,  O u r o  
P r e t o — M i n a s  G e r a i s ;  1 9 8 8 ,  R i o d  e  J a n e i r o .  

32  N a i r  B e n e d i c t o ,  e n t r e v i s t a a  o  a u t ò r  p u b l i c a d a n  a  r e v i s t a íris,  n .  4 6 1 .  S ã o  P a u l o :  1 9 9 3 .  
3 3  J u c a  M a r t i n s , Antologia fotográfica.  R i o d  e  J a n e i r o :  D a z i b a o ,  1 9 9 0 .  

3 4   A r l i n d o  M a c h a d o ,  " O  r i g o r  e  a e m o ç ã o  d o  o l h a r " . Folha de S. Paulo,  9 d e  j u n h o d  e  1 9 8 ^ .  


3 5   L u i s  H u m b e r t o ,  " O  m e s t r e  f a l a d  o  a l u n o " . Correio Brasiliense,  2 2 d e  m a i o d  e  1 9 8 7 .  
3 6   L u i z  C a r l o s  F e l i z a r d o ,  t e x t o  d i s t r i b u í d o e  m  s u a  p a l e s t r a n  a  G a l e r i a  F o t ó p t i c a .  
S ã o  P a u l o :  2 3  d e  a b r i l d  e  1 9 8 7 .  

3 7   S i m o n e t t a  P e r s i c h e t t i , Imagens dafotografia brasileira.  S ã o  P a u l o :  E s t a ç ã o  L i b e r d a d e ,  


I
9 9 7 , P P -  I 4 4 - 4 Í -
38  P e d r o  V a s q u e z , 0 Rio que passou em minha vida,  e n s a i o n  ã o  p u b l i c a d o .  R i o d  e  

J a n e i r o :  1 9 9 7 .  
3 9   I d . ,  i b i d .  
4 0   S t e f a n i a  B r i l ,  " A s  i m a g e n s d  e  t r ê s  a m o r e s  u r b a n o s " .  0 Estado de São Paulo,
6 d e  s e t e m b r o d  e  1 9 8 4 .  

4 1   J o a q u i m  P a i v a , Olhares refletidos.  R i o d  e  J a n e i r o :  D a z i b a o ,  1 9 8 9 ,  p .  8 7 .  
4-2  P e d r o  Vasquez, Fotografia reflexos e reflexões.  P o r t o  A l e g r e :  L&PM,  1 9 8 6 ,  p .  3 2 .  
4 3   Ver c a t á l o g o Foto/Idéia.  São P a u l o :  M A C / U S P ,  1 9 8 7 .  
4 4  C f .  N e l s o n  B r i s s a c  P e i x o t o , Paisagens urbanas.  S ã o  P a u l o :  S e n a c / M a r c a  D ' A g u a ,  
1 9 9 6 ,  p .   1 7 4 .  

4 £   M o r a c y d  e  O l i v e i r a ,  " Variações e m  t o r n o  d o  fascínio d a  f o t o g r a f i a " . Jornal da Tarde,


ç d e  j u n h o d  e  1 9 8 2 .  

4 6   C a r l o s  F a d o n  V i c e n t e ,  t e x t o  a v u l s o  s o b r e  o  t r a b a l h o  p a r a  o  a u t o r ,  m a r ç o d  e  1 9 9 8 .  
4 7   Stefania Bril, " L u z ,  s o m b r a ,  r e f l e x o .  E  o f o t ó g r a f o  v i d e n t e / v i s í v e l " . 0 Estado de
São Paulo,  7 d e  j a n e i r o  d e  1 9 8 2 .  

4 8   X a v i e r  d e  M e n d o n ç a ,  C a t á l o g o Mario Cravo Neto.  Salvador:  A r i e s  E d i t o r a ,  1 9 9 1 .  


4 9   M o r a c y  d e  O l i v e i r a ,  " R i o  B r a n c o ,  p o l ê m i c o ,  i n s t i g a n t e " .  J o r n a l da Tarde,
3 d e  n o v e m b r o d  e  1 9 8 0 .  
so  F r e d e r i c o d  e  M o r a i s ,  " M i g u e l  R i o  B r a n c o :  c a d e r n o d  e  n o t a s " . 0 Globo,
2 3  d e  o u t u b r o d  e  1 9 7 8 .  
í i   A s  p r i n c i p a i s  e x p o s i ç õ e s n  o  e x t e r i o r  f o r a m :  F o t b g r a f i e  L a t e i n a m e r i k a ,  
Z u r i c h ,  1 9 8 1 ,  c u r a d o r i a  d a  a l e m ã  E r i k a  Billiter; Brésil d e s  Brésiliens, P a r i s ,  
i
9 8 4 ,  c u r a d o r i a  d e  Stefania Bril; La P h o t o g r a p h i e  B r é s i l i e n n e  a u  D i x - N e u v i è m e  
Siecle e M i r r o i r  R e b e l l e  - P h o t o g r a p h i e  B r é s i l i e n n e  C o n t e m p o r a i n e ,  Paris  1 9 8 6 ,  
a m b a s  c o m  c u r a d o r i a  d e  P e d r o  Vasquez; C o l o r s  f r o m  Brazil, H o u s t o n ,  1 9 9 2 ,  
c u r a d o r i a  d e  Stefania Bril e R u b e n s  F e r n a n d e s  J u n i o r ;  I n c u r s ã o  p e l o  I m a g i n á r i o  
n a  F o t o g r a f i a  Brasileira C o n t e m p o r â n e a ,  A r i e s ,  1 9 9 3 ,  c u r a d o r i a  d e  B o r i s  K o s s o y ;  
E s p e s s u r a  d a  L u z  —  F o t o g r a f i a  Brasileira C o n t e m p o r â n e a ,  F r a n k f u r t ,  1 9 9 4 ,  
c u r a d o r i a  d e  P a u l o  H e r k e n h o f f ;  N o v a s  T r a v e s s i a s / N e w  C r o s s i n g s  — 
C o n t e m p o r a r y  B razilian P h o t o g r a p h y ,  L o n d r e s ,  1 9 9 6 ,  c u r a d o r i a  d e  M a r i a  Luiza 
M e l o  C a r v a l h o ;  L a b i r i n t o  e I d e n t i d a d e s  —  Brasilianische F o t o g r a f i e  1 9 4 6 - 9 8 ,  
W o l f s b u r g ,  1 9 9 9 ,  e P o r t o ,  2 0 0 0 ,  c u r a d o r i a d  e  R u b e n s  F e r n a n d e s  J u n i o r ;  
C o l e ç ã o  P i r e l l i - M a s p   10 a n o s ,  Palácio P a m p h i l l i ,  R o m a ,  2 0 0 1 ,  c u r a d o r i a  d o  
C o n s e l h o  d a  C o l e ç ã o .  

£2  O  NAFOTO f o i  f u n d a d o  e m  São P a u l o ,  e m  1 9 9 1 ,  p o r  N a i r  B e n e d i c t o ,  Stefania Bril, 


F a u s t o  C h e r m o n t ,  R u b e n s  F e r n a n d e s  J u n i o r ,  R o s e l y  N a k a g a w a ,  Isabel A m a d o ,  
E d u a r d o  C a s t a n h o ,  J u v e n a l  P e r e i r a  e M a r c o s  Santilli. 
5 3   P a n o r a m a s  d a  I m a g e m  e r a  f o r m a d o  p o r  R u b e n s  M a n o ,  Eli S u d b r a k ,  E v e r t o n  
Ballardin e J o s é  F u j o c k a  N e t o .  
£ 4   A s  t r ê s  e d i ç õ e s  d a  Bienal t i v e r a m  c u r a d o r i a  g e r a l  d e  O r l a n d o  A z e v e d o .  
55  A n g e l a  M a g a l h ã e s  e N a d j a  P e r e g r i n o ,  c a t á l o g o  d a  e x p o s i ç ã o  Q u e m  S o m o s  N ó s ,  
d e  C e l s o  O l i v e i r a  e T i a g o  S a n t a n a ,  F o r t a l e z a ,  C e a r á , s  / d .  
5 6   I d . ,  i b i d .  
^ 7   W a l t e r  F i r m o ,  catálogo d a  e x p o s i ç ã o  N u n c a  V erás Pais c o m o  E s t e ,  realizada e m  
B e l é m  d o  P a r á .  
5 8   Luis H u m b e r t o ,  t e x t o  avulso n ã o  p u b l i c a d o ,  1 9 9 6 .  
5 9   P a u l o  H e r k e n h o f f  fala e m  u m  o l h a r  a m a z ô n i c o  t a n t o  n o  c a t á l o g o  d a  e x p o s i ç ã o  
d e  L u i z  Braga, A n o s  Luz, realizada n o  M a s p ,  e m  abril d e  1 9 9 2 ,  c o m o  n o  c a t á l o g o  
d a  e x p o s i ç ã o  d e  Elza L i m a ,  N u n c a  V erás País c o m o  E s t e ,  realizada n a  F u n d a ç ã o  
R ô m u l o  M a i o r a n a , e  m  B e l é m  d o  P a r á .  
6 0   Vicki G o l d b e r g ,  c a t á l o g o  d a  e x p o s i ç ã o Valdir Cruz Faces of the Rainforest,
T h r o c k m o r t o n  F i n e  A r t ,  N o v a  Y ork e G a l e r i a   LGC A r t e  H o j e .  R i o d  e  J a n e i r o :  1 9 9 7 .  
6 1   G a l  O p p i d o , 0 índio oculto na taba urbana,  t e x t o  avulso p r o d u z i d o  p e l o  a u t o r  p o r  
ocasião d a  e x p o s i ç ã o .  
6 2   R u b e n s  M a n o ,  t e x t o  avulso d o  a r t i s t a  p a r a  o a u t o r .  
6 3   O s  A r t u r o s  c o n s t i t u e mu  m  a g r u p a m e n t o  f a m i l i a r d  e  n e g r o s  q u e  h a b i t a m  u m a  
p r o p r i e d a d e  p a r t i c u l a r e  m  t e r r a d  o  m u n i c í p i o  d e  C o n t a g e m ,  M i n a s  G e r a i s ,  
n o  local d e n o m i n a d o  D o m i n g o s  P e r e i r a .  C a r a c t e r i z a r a m - s e  b a s i c a m e n t e  p e l a  
m a n u t e n ç ã o  d a  c u l t u r a  n e g r a ,  r e c e b i d a  d o s  ancestrais e c o n s e r v a d a  n a  e x p e r i ê n c i a  
d o  s a g r a d o :  s ã o  as f estas  religiosas q u e  f a z e m d  o  g r u p o  u m  u n i v e r s o  à p a r t e ,  
q u a n d o  o s  A r t u r o s  s e  t r a n s m u t a m e  m  filhos d o  R o s á r i o .  A o r i g e m  d a  c o m u n i d a d e  
é  o n e g r o  A r t h u r  C a m i l o  Silvério e  sua e s p o s a  C a r m e l i n d a  M a r i a  d a  Silva — 
e l o s  p r i m e i r o s  d a  g r a n d e  família. 

Bibliografia

Livros 
ANDRADE, M á r i o  d e .  "Fantasias d e  u m  p o e t a " ,  i n : Será o Benedito, crônicas do suplemento
em rotogravura de  O  E s t a d o  d e  S ã o  P a u l o .  São P a u l o :  E d i t o r a d  a  P U C ,  1 9 9 2 .  
et alli. Mário de Andrade fotógrafo e turista aprendiz.  São P a u l o :  I n s t i t u t o  d e  E s t u d o s  
Brasileiros e  U n i v e r s i d a d e d  e  S ã o  P a u l o ,  1 9 9 3 .  
ANDUJAR, C l á u d i a . Yanomami.  São P a u l o :  DBA, a g o s t o  1 9 9 8 .  
&  LOVE, George.Amazônia.  S ã o  P a u l o :  P r a x i s ,  s . d .  
— & RIBEIRO, D a r c y . Yanomami.  S ã o  P a u l o :  P r a x i s ,  1 9 7 8 .  
BANDEIRA  DE  MELLO , M a r i a T e r e s a . Arte efotografia: o movimento pictorialista no
Brasil.  R i o d  e  J a n e i r o :  F u n a r t e / M i n i s t é r i o  d a  C u l t u r a ,  1 9 9 8 .  
BARDI, P i e t r o  M a r i a . Em torno da fotografia no Brasil.  S ã o  P a u l o :  B a n c o  S u d a m e r i s  
Brasil, 1 9 8 7 .  
BARROS, G e r a l d o  d e . Fotoformas.  S ã o  P a u l o :  R a í z e s ,  1 9 9 4 .  

iS S 
. Geraldo de Barms ig23-igg8 Fotojormas.  M u n i q u e :  P r e s t e i  — Verlag, 1 9 9 9 .  
B E N E D I C T O ,  N a i r . As melhoresfotos/The best photos.  S ã o  P a u l o :  S v e r  & B o c c a t o  
E d i t o r e s ,  1 9 8 8 .  

B i s i L L i A T ,  M a u r e e n . A João Guimarães Rosa.  G r á f i c o s  B r u n n e r ,  i a  e d i ç ã o ,  1 9 6 9 .  


. Sertões Luz eTrevas.  S ã o  P a u l o :  R a í z e s  e R h o d i a ,  1 9 8 2 .  

B R A N C O ,  M i g u e l  R i o . Dulce suor amargo.  M é x i c o ,  F o n d o  d e  C u l t u r a  E c o n ô m i c a ,  1 9 8 ^ .  


. Nakta.  C u r i t i b a ,  F u n d a ç ã o  C u l t u r a l d  e  C u r i t i b a ,  1 9 9 6 .  

. Miguel Rio Branco.  S ã o  P a u l o :  C o m p a n h i a  d a s  L e t r a s ,  1 9 9 8 .  


. Silent book.  S ã o  P a u l o :  C o s a c  & N a i f y ,  1 9 9 8 .  
. Entre os olhos o deserto.  S ã o  P a u l o :  C o s a c  &  N a i f y ,  2 0 0 1 .  

BRISSAC  P E I X O T O ,  N e l s o n . Paisagens urbanas.  S ã o  P a u l o :  S e n a c / M a r c a D


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CANONGIA, Ligia ( o r g . ) . Artefato.  R i o d  e  J a n e i r o :  C e n t r o  C u l t u r a l  B a n c o  d o  B r a s i l ,  2 0 0 2 .  
CARNICEL, A m a r i l d o . 0fotógrafo Mário de Andrade.  C a m p i n a s :  E d i t o r a  d a  U n i c a m p ,  1 9 9 3 .  

CARVALHO, M a r i a  L u i z a  M e l o . Novas travessias - Contemporary Brazilian Photography.


Londres/NovaY
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S ã o  P a u l o ,  L e m o s  E d i t o r i a l ,  2 0 0 2 .  

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P a u l o :  M a r c a D
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CRAVO  N E T O ,  M á r i o Laroyè.  S a l v a d o r ,  A r i e s  E d i t o r a ,  2 0 0 0 .  

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.  & F E R N A N D E S ,  R u b e n s  J u n i o r . Mário Cravo Neto.  S ã o  P a u l o :  A r i e s  


E d i t o r a ,  1 9 9 ^ .  

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E d i t o r a  C o r m p i o ,  2 0 0 2 .  

P A R K A S , T h o m a z . Thomaz Farkas,fotógrafo.  S ã o  P a u l o :  M e l h o r a m e n t o s  DBA,  1 9 9 7 .  


. Thomaz Farkas.  S ã o  P a u l o :  E d u s p  / I m p r e n s a  O f i c i a l ,  2 0 0 2 .  
F E L I Z A R D O ,  L u i z  C a r l o s . 0 relógio de ver.  G a b i n e t e d  e  F o t o g r a f i a / P r e f e i t u r a  M u n i c i p a l  
d e  P o r t o  A l e g r e ,  2 0 0 0 .  

FIRM 
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. Paris parada sobre imagens.  R i o d  e  J a n e i r o :  F u n a r t e ,  2 o o  1. 

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  u m a r á ,  [ 1 9 8 ^ ]  2 0 0 2 .  
G A U T H E R O T ,  M a r c e l . Bahia, rio São Francisco, Recôncavo a Salvador.  R i o d  e  J a n e i r o :  
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S ã o  P a u l o :  E d u s p ,  1 9 9 7 .  
H U M B E R T O ,  L u i s . Brasília sonho do Império Capital da República.  B r a s í l i a :  e d i ç ã o  

d o  a u t o r ,  1 9 8 0 .  
. Fotografia: universos e arrabaldes.  R i o d  e  J a n e i r o :  F u n a r t e  / N ú c l e o  d e  

F o t o g r a f i a ,  1 9 8 3 .  
Fotografia, a poética do banal.  B r a s í l i a :  E d i t o r a d  a  U n B ,  2 0 0 0 .  
K o s s o Y ,  B o r i s . Viagem pelo Fantástico.  S ã o  P a u l o :  L i v r a r i a  K o s m o s  E d i t o r a ,  1 9 7 1 .  
. " F o t o g r a f i a " ,  i n :  Z A N I N I ,  W .   ( o r g . ) . História Geral da Arte no Brasil.  S ã o  P a u l o :  
I n s t i t u t o  W a l t h e r  M o r e i r a  S a l l e s / F u n d a ç ã o  D j a l m a  G u i m a r ã e s ,  v. 2 ,  1 9 8 3 .  

. Realidades ejicções na trama fotográfica.  S ã o  P a u l o : A t e l i ê  E d i t o r i a l ,  1 9 9 9 .  


. Dicionário histórico-crkico brasileirofotógrafos e ofícios dafotografia no Brasil
(1833-1910).  S ã o  P a u l o :  I n s t i t u t o  M o r e i r a  S a l l e s ,  2 0 0 2 .  
K O U R Y ,  M a u r o  G u i l h e r m e  P i n h e i r o  ( o r g . ) . Imagem e memória — ensaios em antropologia

visual.  R i o d  e  J a n e i r o :  G a r a m o n d ,  2 0 0 1 .  
KUBRUSLY, C l á u d i o  A . 0 que éfotografia.  S ã o  P a u l o :  B r a s i l i e n s e ,  1 9 8 3 .  
L I M A , I v a n  ( o r g ) . Sobre fotografia.  C o n f e r ê n c i a s  n o   1 C i c l o d  e  p a l e s t r a s  S o b r e  
F o t o g r a f i a  r e a l i z a d on  o  S i n d i c a t o  d o s  J o r n a l i s t a s  P r o f i s s i o n a i sd  o  M u n i c í p i o  
d o  R i o d  e  J a n e i r o .  R i o d  e  J a n e i r o :  F u n a r t e ,  1 9 8 3 .  

. A fotografia é a sua linguagem.  R i o d  e  J a n e i r o :  E s p a ç o  & T e m p o ,  1 9 8 8 .  


. Fotojornalismo brasileiro. Realidade e linguagem.  R i o d  e  J a n e i r o :  E d i ç ã o d  o  a u t o r ,  

1989. 
LOVE, G e o r g e . São Paulo, anotações.  S ã o  P a u l o :  E l e t r o p a u l o ,  1 9 8 2 .  
M A C H A D O ,  A r l i n d o . A ilusão especular — introdução àfotografia.  S ã o  P a u l o :  B r a s i l i e n s e /  

F u n a r t e ,  1 9 8 4 .  
. 0 quarto iconoclasmo e outros ensaios hereges.  R i o  d e  J a n e i r o :  M a r c a  D ' A g u a ,  2 o o  1. 
MAGALHÃES, A l u i s i o . Cartemas — Afotografia como suporte de criação.  R i o d  e  J a n e i r o :  
F u n a r t e / N ú c l e o d  e  F o t o g r a f i a ,  1 9 8 2 .  

MAGALHÃES, A n g e l a  e  MARTINS, J o s é  C a r l o s  ( o r g . ) . Amazônia - luz e reflexão.

- R i o  d e  J a n e i r o :  F u n a r t e /  C o n a c ( V e n e z u e l a ) ,  1 9 9 7 .  

MARTINS, Jucá.. Antologia fotográfica.  R i o d  e  J a n e i r o :  D a z i b a o ,  1 9 9 0 .  


MASCARO, C r i s t i a n o . As melhores fotos / The Best Photos.  S ã o  P a u l o :  S v e r  & B o c c a t o  

E d i t o r e s ,  1 9 8 9 .  
. Luzes da cidade.  S ã o  P a u l o :  D B A ,  1 9 9 6 .  
. São Paulo.  S ã o  P a u l o :  E d i t o r a  S e n a c ,  2 0 0 0 .  
M E N D E S, R i c a r d o  &  CAMARGO, M o n i c a  J u n q u e i r a d  e . Fotografia — cuhma éfotografia
paulistana no século XX. S ã o  P a u l o :  S e c r e t a r i a  M u n i c i p a l d  e  C u l t u r a ,  1 9 9 2 .  

M E Y E R ,  P e d r o  ( o r g . ) . Feito na América Latina — II Colóquio Latino-americano dejotografia.


R i o d  e  J a n e i r o :  F u n a r t e / I n s t i t u t o  N a c i o n a l d  e  F o t o g r a f i a ,  1 9 8 7 .  

M O N F O R T E ,  L u i z  G u i m a r ã e s . Fotografia pensante.  S ã o  P a u l o :  S e n a c ,  1 9 9 7 .  

NOVAES, A d a u t o  ( o r g . ) . 0 olhar.  S ã o  P a u l o :  C o m p a n h i a  d a s  L e t r a s ,  1 9 8 8 .  

PAIVA, J o a q u i m . Olhares rfletidos — diálogo com 25fotógrafos brasileiros.  R i o d  e  J a n e i r o :  


D a z i b a o ,  1 9 8 9 .  
P E R E G R I N O ,  N a d j a .  0 Cruzeiro —A revolução dafotorreportagem.  R i o d  e  J a n e i r o :  
D a z i b a o ,  1 9 9 1 .  
P E R S I C H E T T I ,  S i m o n e t t a . Imagens da fotografia brasileira.  S ã o  P a u l o :  E s t a ç ã o  
L i b e r d a d e ,  1 9 9 7 .  
. Imagens dafotografia brasileira 2.  S ã o  P a u l o :  E s t a ç ã o  L i b e r d a d e / S e n a c ,  2 0 0 0 .  
R E N N Ó ,  R o s â n g e l a . Rosângela Rennó.  S ã o  P a u l o :  E d u s p / I m p r e n s a  O f i c i a l ,  1 9 9 7 .  
SAMAIN, E t i e n n e  ( o r g . ) . Ofotogrcfico.  S ã o  P a u l o :  P I u c i t e c / c N P q ,  1 9 9 8 .  

SANTAELLA, L ú c i a .  " T r ê s  p a r a d i g m a s  d a  i m a g e m :  g r a d a ç õ e s  e m i s t u r a s " ,  i n : Imagens


Técnicas.  S ã o  P a u l o :  H a c k e r  E d i t o r e s ,  1 9 9 8 .  
S A N T A N A , T i a g o . Benditos.  S ã o  P a u l o : T e m p o d  T m a g e m ,  2 0 0 0 .  
SANTILLI, M a r c o s . Madeira — Mamoré imagem e memória.  S ã o  P a u l o :  M e m ó r i a s  

D i s c o s  e  E d i ç õ e s ,  1 9 8 8 .  

.  & M I N D L I N ,  B e t t y . Are.  S ã o  P a u l o :  S v e r  & B o c c a t o ,  1 9 8 7 .  


STUPAKOEE, O t t o . Fotografias.  S ã o  P a u l o :  P r a x i s ,  1 9 7 8 .  
TEIXEIRA, E v a n d r o . Fotojornalismo.  R i o d  e  J a n e i r o :  e d i ç ã o d  o  a u t o r ,  1 9 8 8 .  

VASQUEZ, P e d r o . Fotografia — rflexos e reflexões.  P o r t o  A l e g r e ,  L & P M ,  1 9 8 6 .  


VASCONCELLOS, C á s s i o . Noturnos São Paulo.  S ã o  P a u l o :  B o o k m a r k  P u b l i s h i n g ,  2 0 0 2 .  
V E R G E R ,  P i e r r e  F a t u m b i . 5  0 anos defotografia.  S a l v a d o r :  C o r r u p i o ,  1 9 8 2 .  

. Dieux d'Afrique. Cuke de Orishas etVodouns à I'ancienne Cote des Fsclaves en Ajrique
et à Bahia, Ia Baie deTous les Saints au Brésil.  P a r i s :  R e v u e  N o i r e ,  1995". 

. The Go-Between Le messager — Photographs 1932-1962.  P a r i s ;  R e v u e  N o i r e ,  1 9 9 6 .  


a
. Orixás.  S a l v a d o r :  C o r r u p i o ,  1 9 9 2 ,  2  e d i ç ã o .  
a 1
. Retratos da Bahia 1946 952-  S a l v a d o r :  C o r r u p i o ,  1 9 9 0 ,   23 e d i ç ã o .  

Catálogos 

B E N E D I C T O ,  N a i r  e o u t r o s . Documento A greve do ABC. S ã o  P a u l o :  A g ê n c i a  F - 4 ,  1 9 8 0 .  


.  e  o u t r o s . Documento A questão do menor.  S ã o  P a u l o :  A g ê n c i a  F - 4 ,  1 9 8 0 .  
C A M E R O N ,  D o n . Rosângela Rennó — entre as linhas.  S ã o  P a u l o :  G a l e r i a  C a m a r g o  V i l a ç a ,  

o u t u b r o  1 9 9 Í .  
C H I A R E L L I , T a d e u . AJotogiaJia contaminada.  S ã o  P a u l o :  C e n t r o  C u l t u r a l  S ã o  P a u l o ,  

o u t u b r o / n o v e m b r o  1 9 9 4 .  
. Identidade/Não Identidade — afotografia brasileira atual.  S ã o  P a u l o :  M A M / SP ,  1 9 9 7 .  
C O U T I N H O ,  W i l s o n . Tempo do olhar — panorama da fotografia brasileira atual.  R i o d  e  

J a n e i r o :  J o r n a l d  o  B r a s i l / M u s e u  N a c i o n a l d  e  B e l a s  A r t e s ,  a g o s t o  1 9 8 3 .  
CRAVO N E T O ,  M a r i o  &  M E N D O N Ç A ,  C a s i m i r o  X a v i e r  d e . Mario Cravo Neto.  S a l v a d o r :  

Á r i e s  E d i t o r a ,  1 9 9 1 .  
C R U Z ,  V a l d i r  e  G O L D B E R G ,  V i c k i . Faces of The Rairforest.  N o v a Y
  o r k ,  1 9 9 7 .  

F E R N A N D E S ,  R u b e n s  J u n i o r . Carlos Moreira.  S ã o  P a u l o :  M ã s p ,  1 9 9 4 .  
.Jogo do Olhar,  d e  L u i z  C a r l o s  F e l i z a r d o .  S ã o  P a u l o :  M a s p ,  1 9 9 4 .  
. Descobertas e surpresas na fotografia brasileira contemporânea expandida.  S ã o  P a u l o :  

C a t á l o g o  S e m i n á r i o  P a n o r a m a s d  a  I m a g e m ,  1 9 9 6 .  
.José Medeiros.  S ã o  P a u l o :  I n s t i t u t o  C u l t u r a l  I t a ú ,  1 9 9 7 .  
. " O  d o c u m e n t o c  o m o  a r t e " ,  i n : 0 Brasil de Marcel Gautherot.  S ã o  P a u l o :  

I n s t i t u t o  M o r e i r a  Sa l l e s, 2 0 0 1 .  
. " F o t o g r a f i a  n o  B r a s i l  e m o d e r n i d a d e " , i  n : Brasil da antropofagia a Brasília 1920-

IÇSO.  S ã o  P a u l o :  C o s a c  & N a i f y ,  2 0 0 2 .  
F O T O  CLUBE B A N D E I R A N T E . Catálogo do 11 Salão Paulista de Arte Fotográfica.

S ã o  P a u l o :  1 9 4 3 .  
F U N A R T E .  C a t á l o g o d  o II FotoNorte — Amazônia o olhar sem fronteiras.  R i o d  e  J a n e i r o :  

F u n a r t e / M i n i s t é r i o d  a  C u l t u r a ,  1 9 9 8 .  
. Catálogos do / FotoNorte, I FotoCentro-Oeste, I FotoSudeste, I FotoSul,  p u b l i c a d o s  

p e l o  I n s t i t u t o  N a c i o n a l d  e  F o t o g r a f i a .  
GAUTHEROT, M a r c e l . Retratos da Bahia.  S ã o  P a u l o :  P i n a c o t e c a d  o  E s t a d o ,  1 9 9 6 .  

G L Ü C K ,  G u i l h e r m e . Catálogo exposiçãofotogrcfica.  C u r i t i b a :  H a l l  d a  SEEC, j u n h o - j u l h o  

1988. 
LEAL, C l á u d i o d  e  L a  R o c q u e . Retrato paraense.  B e l é m :  F u n d a ç ã o  R ô m u l o  M a i o r a n a ,  

1998. 
MAGALHÃES, A n g e l a  &  P E R E G R I N O ,  N a d j a . Quem somos nós.  F o r t a l e z a :  1 9 9 4 .  

MASP-PIRELLI, C o l e ç ã o .  C a t á l o g o s  p u b l i c a d o s  p e l a  C o l e ç ã o  P i r e l l i - M a s p , d  e  1 9 9 1  a 

2002. 
M E D E I R O S ,  J o s é . 5  0 anos defotografia.  R i o d  e  J a n e i r o :  F u n a r t e  /  I n s t i t u t o  N a c i o n a l  

d e  F o t o g r a f i a ,  1 9 8 6 .  
M I R A N D A ,  G u i l h e r m e  J . D
  u n c a n d  e  ( o r g . ) . Catálogo Prêmio Esso:40 Anos do Melhor
em Fotojornalismo.  R i o d  e  J a n e i r o :  E s s o  B r a s i l e i r a d  e  P e t r ó l e o ,  1 9 9 ^ .  
N A F O T O . Identidade II Mês Internacional da Fotografia.  S ã o  P a u l o :  N ú c l e o  d o s  A m i g o s  

d a  F o t o g r a f i a ,  1 9 9 ^ .  
O I T I C I C A ,  J o s é  F i l h o . A ruptura da fotografia nos anos  5 0 .  R i o d  e  J a n e i r o : F
  unarte/ 
I n s t i t u t o  N a c i o n a l d  e  F o t o g r a f i a ,  1 9 8 3 .  

PESSANHA, J o s é  A m é r i c o  M o t t a . A imagem do corpo nu.  R i o d  e  J a n e i r o :  F u n a r t e /  


I n s t i t u t o  N a c i o n a l d  e  F o t o g r a f i a ,  s e t e m b r o - n o v e m b r o  1 9 8 6 .  

P O N T U A L ,  R o b e r t o . Corpo Stalmafotografia contemporânea no Brasil.  R i o d  e  J a n e i r o :  


F u n a r t e / I n s t i t u t o  N a c i o n a l d  e  F o t o g r a f i a ,  1 9 8 4 .  

R O U I L L É  , A n d r é  &  MUYLAERT, E d u a r d o . Nos limites da fotografia.  S ã o  P a u l o :  


S e s c - P o m p é i a ,  1 9 9 6 .  

R u i z ,  A l m a . Cicatriz — Rosângela Rennó.  L o s  A n g e l e s :  T h e M


  u s e u m  o f  C o n t e m p o r a r y  A r t ,  
a u g u s t - n o v e m b e r  1 9 9 6 .  

V E R G E R ,  P i e r r e . Bahia Africa Bahia.  S ã o  P a u l o :  P i n a c o t e c a d  o  E s t a d o ,  1 9 9 6 .  


Y A M A G i s H i ,H
  a r u m i  ( o r g . ) . Foto/Idéia.  S ã o P  a u l o :  M A C / U S P ,  1 9 8 7 .  

A r t i g o s  / E n s a i o s /  ( R e v i s t a s )  

A C H U T T I ,  L u i z  E d u a r d o  R . ( o r g . ) . Ensaio (sobre ojjotográjico.  D a  s é r i e  E s c r i t a  


Fotográfica.P
  o r t o  A l e g r e :  U n i d a d e  E d i t o r i a l ,  1 9 9 8 .  
C H I A R E L L I , T a d e u .  " F o t o g r a f i a e  n  B r a s i l :  a n o s  9 0 " . Lapiz — r e v i s t a  i n t e r n a c i o n a l  

d e  a r t e ,  a n o  x v i , n  ^ i 3 4 - 1 3 ^ .  E s p a n a :  j u l i o - s e p t i e m b r e  1 9 9 7 .  
COSTA, H e l o u i s e .  " U m  o l h a r  q u e  a p r i s i o n a  o o u t r o .  O  r e t r a t o d  o  í n d i o  e  o p a p e l d  o  f o t o ­
j o r n a l i s m o n  a  r e v i s t a  0 Cruzeiro". Imagens,  n .  2 ,  E d i t o r a  d a  U n i c a m p ,  a g o s t o  1 9 9 4 .  
. " P a l c o d  e  u m a  h i s t ó r i a  d e s e j a d a :  o r e t r a t o d  o  B r a s i l  p o r  J e a n  M a n z o n " ,  
Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional,  n .  2 7 ,  1 9 9 8 .  

FABRIS, A n n a t e r e s a . "  A  f o t o g r a f i a  a l é m  d a  f o t o g r a f i a :  J o s é  O i t i c i c a  F i l h o  

( 1 9 4 7 - 1 9 9 J ) " . Imagens,  n .  8 ,  m a i o - a g o s t o  1 9 9 8 .  

FERNANDES J U N I O R ,  R u b e n s .  " M i l i t â n c i a  p o l í t i c a  e  d i s s o n â n c i a  p o é t i c a " ,  i n :  


Fotografia paraense 1980/90.  B e l é m :  S e c u l t ,  2 0 0 2 .  

. " F o t o g r a f i a  e m o d e r n i d a d e :  r e f e r e n c i a s   e  e x p e r i ê n c i a s  i s o l a d a s " . Revista Facom,


2
n . 1  0 . S  ã o P  a u l o : 2   s e m e s t r ed  e  2 0 0 2 .  

H E R K E N H O F F ,  P a u l o .  " F o t o g r a f i a :  o a u t o m á t i c o  e  o l o n g o  p r o c e s s o d  e  m o d e r n i d a d e " ,  i n :  


Sete ensaios sobre o modernismo,  R e v i s t a  A r t e  B r a s i l e i r a  C o n t e m p o r â n e a ,  C a d e r n o d  e  
T e x t o s .  R i o d  e  J a n e i r o :  F u n a r t e / I n s t i t u t o  N a c i o n a l d  e  A r t e s  P l á s t i c a s ,  1 9 8 3 .  

J O L L Y ,  A n d r é - J e a n .  " B r é s i l  B r a z i l  A f r o - B r a s i l e i r o " . Revue Noire, Art Contemporain


African.  L y o n :  1 9 9 6 .  

MACHADO , A r l i n d o .  " A s  i m a g e n s  t é c n i c a s : d  a  f o t o g r a f i a   À s í n t e s e  n u m é r i c a " .  


Imagens,  n . 3 .  E d i t o r a d  a  U n i c a m p ,  d e z e m b r o  1 9 9 4 .  

MAGALHÃES, A n g e l a  & P E R E G R I N O ,  N a d j a .  " F o t o g r a f i a d  a  g e r a ç ã o  8 0 " ,  i n : Piracema,


revista de artes e cultura.  R i o d  e  J a n e i r o :  F u n a r t e ,  A n o  2 , n  .  2 ,  1 9 9 4 .  
. " V i s u a l i d a d e n  a  A m a z ô n i a :  a q u e s t ã o d  a  f o t o g r a f i a " . Imagens,  n .  7 ,  

E d i t o r a d  a  U n i c a m p ,  m a i o - a g o s t o d  e  1 9 9 6 .  
M E N D E S ,  R i c a r d o .  " A Revista São Paulo — a c i d a d e  n a s  b a n c a s " . Imagens,  n .  3 ,  

E d i t o r a d  a  U n i c a m p ,  d e z e m b r o  1 9 9 4 .  
. " E n t r e v i s t a c  o m  L u i g i  M a m p r i m " . Revista d'Art,  p u b l i c a ç ã o  c u l t u r a l  d a  

D i v i s ã o d  e  P e s q u i s a s d  o  C e n t r o  C u l t u r a l  S ã o  P a u l o , n  .  1, 1 9 9 7 .  
PAVAN, M a r g o t .  " A  e m u l a ç ã o d  o  i n v i s í v e l :  i m a g e n s d  e  R o s â n g e l a  R e n n ó " .  

Imagens, n.j,  E d i t o r a d  a  U n i c a m p ,  m a i o / a g o s t o  1 9 9 6 .  
. " N o v í s s i m o s  —  a p r o d u ç ã o  d o s  a n o s  9 0 " . Imagens,  m  1, E d i t o r a  d a  U n i c a m p ,  

a b r i l  1 9 9 4 .  
P H O T O  S P E C I A L  B R É S I L . F
  r a n c e ,  n . 3 2 9 ,  a v r i l  1 9 9 6 .  

PLAZA, J u l i o . "  U m a  p o é t i c a  p ó s - f o t o g r á f i c a " . Comunicações êuirtes,  j a n . / a b r i l ,  1 9 9 4 .  


SANTAELLA, L ú c i a .  " I m a g e m  P r é - f o t o g r á f i c a - P ó s " . Imagens,  E d i t o r a d  a  U n i c a m p ,  n . 3 ,  

d e z e m b r o  1 9 9 4 .  
SALVATORE, E d u a r d o . Um pouco de história...  S ã o  P a u l o :  B o l e t i m d  o  F o t o  C i n e  C l u b e  

B a n d e i r a n t e ,  1 9 ^ 9 .  
V A S Q U E Z , P  e d r o ; H
  U M B E R T O ,  L U Í S ;  P A I V A , J  o a q u i m ;   V A R G A S , C
  a r m e m  R e g i n a  d e .  

Subsídios para a produção de uma crítica fotográfica no Brasil.  R i o d  e  J a n e i r o :  F u n a r t e ,  


a
3 9  R e u n i ã o  S B P C  B r a s í l i a / D F ,  1 9 8 7 .  

Z O O M . Le Magazine de 1'image. Special Brésil 1.  F r a n c e , n  .   1 2 o ,  f é v r i e r  1 9 8 6 .  

Z O O M  . Le Magazine de 1'image. Special Brésil 2.  F r a n c e ,  n .   1 2 1 ,  m a r c h  1 9 8 6 .  

C o l e ç õ e s  /  R e v i s t a s  
C o l e ç ã o d  a  r e v i s t a Foto Arte,  d o  R i o d  e  J a n e i r o  
C o l e ç ã o d  a  r e v i s t a Foto Cine Clube Bandeirante,  d e  S ã o  P a u l o .  

C o l e ç ã o d  a  r e v i s t a Fotografia,  d e  S ã o  P a u l o .  

C o l e ç ã o d  a  r e v i s t a IrisFoto,  d a  e d i t o r a  í r i s .  
C o l e ç ã o  d a  r e v i s t a fotoarte,  d e  S ã o  P a u l o .  

C o l e ç ã o d  a  r e v i s t a Novidades Fotóptica,  d e  S ã o  P a u l o .  

C o l e ç ã o d  a  r e v i s t a O Cruzeiro,  d o  R i o d  e  J a n e i r o .  
C o l e ç ã o d  a  r e v i s t a PhotoCamera,  d o  R i o d  e  J a n e i r o .  

C o l e ç ã o d  a  r e v i s t a Realidade,  d a  e d i t o r a  A b r i l .  
C o l e ç ã o d  o s Cadernos de Fotografia  d o  N ú c l e o d  e  F o t o g r a f i a  d a  F u n a r t e ,  R J .  

C o l e ç ã o  r e v i s t a Paparazzi,  d e  S ã o  P a u l o .  

1 9 1
CRONOLOGIA
1900-10

1900  V a l é r i o  V i e i r a  p r o d u z  a f o t o m o n t a g e m  " O s  t r i n t a  V a l é r i o s " ,  M e d a l h a d  e  P r a t a  

e m  S a i n t  L o u i s ,  EUA, e m  1 9 0 4 .  
K o d a k  p r o d u z  a s  p r i m e i r a s  c a m e r a s  B r o w n i e .  
1903  O  f o t ó g r a f o  A u g u s t o  M a l t a  f o i  c o n t r a t a d o  p e l o  P r e f e i t o  F r a n c i s c o  P e r e i r a  
P a s s o s ,  c o m o  f o t ó g r a f o  o f i c i a l d  a  p r e f e i t u r a  d a  c i d a d e d  o  R i o d  e  J a n e i r o .  

1 9 0 4   I n í c i o d  o  p r o c e s s o  c o l o r i d o  A u t o c h r o m e ,  c r i a d o  p e l o s  i r m ã o s  L u m i è r e  
1907  M a r c  F e r r e z  i n a u g u r a  o C i n e m a  P a t h é , n  a  A v e n i d a  C e n t r a l  ( h o j e R
  i o  B r a n c o ) .  
1908  V a l é r i o  V i e i r a  é p r e m i a d o n  a  E x p o s i ç ã o  N a c i o n a l d  o  R i o d  e  J a n e i r o , c  o m u  m  
p a n o r â m i c o  p a i n e l  f o t o g r á f i c o  d a  c i d a d e  d e  S ã o  P a u l o ,  r e a l i z a d o p  o r  v o l t a  
d e  1 9 0 4 ,  m e d i n d o  1 1 , 0  x  1 , 4 3 m ,  e r e c e b e u  a m e d a l h a d  o  G r a n d e  P r ê m i o  
C e n t e n á r i o d  a  A b e r t u r a  d o s  P o r t o s .  

1909  P u b l i c a d a e  m  S ã o  P a u l o  a Revista Photographica,  p r i m e i r a  r e v i s t a  e s p e c i a l i z a d a  

n o  B r a s i l .  
1 9 1  o  F u n d a ç ã o d  o  P h o t o  C l u b d  o  R i o d  e  J a n e i r o ,  q u e  t e v e p  o u c o  t e m p o  d e  a t u a ç ã o .  

1 9 0 0 - 0 7  N e s s e p  e r í o d o  d i v e r s a s  p u b l i c a ç õ e s  f o r a m  c r i a d a s  e d e s t a c a v a m  a f o t o g r a f i a ,  
e n t r e  e l a s 0 malho  ( 1 9 0 0 ) , Kosmos  ( 1 9 0 4 ) , A vida moderna  ( 1 9 0 j  ) , Fon-Jon  ( 1 9 0 6 )  
e Careta  ( 1 9 0 7 ) .  

1911-20

1 9 1   2  M a r c  F e r r e z  i n t r o d u z n  o  B r a s i l  as c h a p a s  a u t o c h r o m e s  L u m i è r e ,  c o l o r i d a s .  

1916  F u n d a ç ã o d  o  P h o t o  C l u b  H e l i o s ,  p e l a  c o l ô n i a  a l e m ã e  m  P o r t o  A l e g r e ,  

R i o  G r a n d e d  o  S u l .  
1918  P u b l i c a ç ã o  d a  r e v i s t a Taratodos,  q u e  v a l o r i z a v a  a f o t o g r a f i a  c o m o  i n f o r m a ç ã o .  

1919  V a l é r i o  V i e i r a  r e c e b e  e n c o m e n d a  d a  P r e f e i t u r a d  e  S ã o  P a u l o  p a r a  r e a l i z a r  
u m  p a n o r a m a  d a  c i d a d e ,  a m p l i a d o e  m  p a i n e l d  e  1 4 , 2   x  1 , 6 0 m .  E s s e  p a i n e l ,  
r e a l i z a d o  e n t r e  1 9 1 9  e  1 9 2 1 ,  f o i  u t i l i z a d on  o  P a v i l h ã o d  e  S ã o  P a u l o ,  

p o r  o c a s i ã o  d a  E x p o s i ç ã o  I n t e r n a c i o n a l d  o  C e n t e n á r i o d  a  I n d e p e n d ê n c i a ,  

n o  R i o d  e  J a n e i r o , e  m  1 9 2 2 .  
1920  O  e n g e n h e i r o  q u í m i c o  C o n r a d W e s s e l  i n a u g u r a  a f á b r i c ad  e  p a p e l  
f o t o g r á f i c o ,  p i o n e i r a n  o  B r a s i l ,  a d q u i r i d a  p a r c i a l m e n t e  p e l a  K o d a k  n o s  
a n o s  3 0  ( K o d a k - W e s s e l ) .  

* T e n t a m o s d e s t a c a r os e v e n to s m a i s i m p o r t a n t e s p a r a a f o t o g r a f i a b r a s i l e i r a d o século X X e deste i n í c i o
de n o v o século e s a b e m o s q u e esse e x a u s t i v o t r a b a l h o , a i n d a e m processo e o r g a n i z a ç ã o , n ã o se c o m p l e t a

nesta p r i m e i r a edição pública


1921-30

1921  I n i c i o u  a p r o d u ç ã o d  e  e m u l s ã o  q u í m i c a  p a r a  f i x a ç ã o d  e  i m a g e n s ,  e o b t e v e  


a p a t e n t e  c o n c e d i d a  p e l o  p r e s i d e n t e d  a  R e p ú b l i c a  E p i t á c i o  P e s s o a .  

1923  F u n d a ç ã o d  o  P h o t o  C l u b  B r a s i l e i r o , n  a  c i d a d e d  o  R i o d  e  j a n e i r o .  
1924  A e m p r e s a a  l e m ã  L e i t z  d á  i n í c i o  à p r o d u ç ã o e  m  s é r i e  d a s  c a m e r a s  L e i c a ,  
q u e  t e v e  p a p e l  d e c i s i v o n  a  c r i a ç ã o d  e  u m a  n o v a  p r o d u ç ã o n  a  f o t o g r a f i a .  
E n t r e  1 9 2 4 6  1 9 3 6 ,   18 m i l  c a m e r a s  f o r a m  p r o d u z i d a s .  

192^  P u b l i c a ç ã o d  e Photo Revista do Brasil,  e d i t a d a  p e l o  P h o t o  C l u b  B r a s i l e i r o .  


1926  P u b l i c a ç ã o  d a  r e v i s t a Photogramma,  e d i t a d a d  o  P h o t o  C l u b  B r a s i l e i r o .  
P u b l i c a ç ã o  d a Revista Brasileira de Photographia,  d i r i g i d a p  o r  R e n a t o  C o r v e l o .  
F u n d a ç ã o d  a  S o c i e d a d e  P a u l i s t a  d e  F o t o g r a f i a , q  u e  d u r o u  a p e n a s  t r ê s  a n o s .  

1927  P r i m e i r o  Salão d e  A r t e  F o t o g r á f i c a ,  r e a l i z a d o  p e l a  S o c i e d a d e  P aul i s t a  F o t o g r á f i c a .  


1928  I n í c i o  d a  r e v i s t a 0 Cruzeiro,  q u e  r e v o l u c i o n o u  o f o t o j o r n a l i s m o  b r a s i l e i r o  

a p a r t i r d  o s  a n o s 4  0 ,  e n c e r r a n d o  s u a s  a t i v i d a d e se  m  1 9 7 2 .  
1929  P u b l i c a ç ã o d  a  r e v i s t a Luzes e Sombras,  e d i t a d o  p e l a  S o c i e d a d e  P a u l i s t a  F o t o g r á f i c a .  

1931-40

1 9 3  1  I n v e n ç ã o d  o  f l a s h  e l e t r ô n i c o  
I
93í  C r i a ç ã o d  a Revista S. Paulo,  q u e  i n o v o u n  a  a p r e s e n t a ç ã o  g r á f i c a , g  r a n d e  
f o r m a t o ,  i m p r e s s ae  m  r o t o g r a v u r a ,  f i n a n c i a d o  p e l o g  o v e r n a d o r d  o  E s t a d o  

d e  S ã o  P a u l o ,  A r m a n d o  Salles d e  O l i v e r i a ;  e t i n h a c  o m o  f o t ó g r a f o s  B e n e d i t o  
J u n q u e i r a  D u a r t e , q  u e  a ssi n a v a  VAMP, e T h e o d o r  P r e i s i n g .  
C r i a ç ã o  d a  D i v i s ã o d  e  I c o n o g r a f i a  e M u s e u s d  a  S e c r e t a r i a d  e  C u l t u r a  d a  

P r e f e i t u r a d  a  c i d a d e d  e  S ã o  P a u l o ,  p e l o  f o t ó g r a f o  B e n e d i t o J  u n q u e i r a  D u a r t e ,  
n a  g e s t ã od  o  e n t ã o  S e c r e t á r i o  M á r i o d  e  A n d r a d e .  
1936  P r i m e i r o n  ú m e r o d  a  r e v i s t a Life,  q u e  t r o u x e u  m a  c o n t r i b u i ç ã o  f u n d a m e n t a l  
p a r a  o  d e s e n v o l v i m e n t o d  o  j o r n a l i s m o  i l u s t r a d o .  

C r i a d o  o f i l m e  K o d a c h r o m e ,  p r i m e i r a  v e r s ã o  p a r a  o c i n e m a .  
1939  F u n d a ç ã o d  o  F o t o  C l u b e  B a n d e i r a n t e ,e  m  S ã o  P a u l o ,  m a i s  t a r d e , e  m  1 9 4 ^ ,  
F o t o  C i n e  C l u b e  B a n d e i r a n t e .  

1 9 4
1941-50

1942  C r i a d o  o f i l m e  n e g a t i v o  K o d a k C o l o r .  

1 S a l ã o d  e  A r t e  F o t o g r á f i c a  d e  S ã o  P a u l o ,  p r o m o v i d o p  e l o  F o t o  C l u b e  
B a n d e i r a n t e ,  r e a l i z a d o n  a  G a l e r i a  P r e s t e s  M a i a .  

1943  C h e g a  a o  B r a s i l  o f o t ó g r a f o  f r a n c ê s  J e a n  M a n z o n ,  q u e  r e v o l u c i o n o u  
o  c o n c e i t o d  e  f o t o r r e p o r t a g e m n  a  r e v i s t a  0 Cruzeiro.

1946  C h e g a a  o  B r a s i l  o f o t ó g r a f o  f r a n c ê s  P i e r r e  F a t u m b i  V e r g e r  ( 1 9 0 2 - 9 6 ) ,  
q u e  d e i x o u u  m a  c o n t r i b u i ç ã o  i n e s t i m á v e l  p a r a  a  fotografia  b r a s i l e i r a  
contemporânea. 
I n í c i o  d a  p u b l i c a ç ã o  i n t e r n a  F o t o  C i n e  B o l e t i m , d  o  F o t o  C i n e  C l u b e  
Bandeirante. 

G i l b e r t o  F e r r e z  p u b l i c a n  a  R e v i s t a  d o  P a t r i m ô n i o  H i s t ó r i c o  e A r t í s t i c o  
N a c i o n a l ,  o t e x t o  " F o t o g r a f i a  n o  B r a s i l  e u m  d e  s e u s  m a i s  d e d i c a d o s  
s e r v i d o r e s :  M a r c  F e r r e z  ( 1 8 4 3 - 1 9 2 3 ) " ,  q u e ,  p e l a  p r i m e i r a  v e z ,  m a p e o u  

a p r o d u ç ã o d  a  f o t o g r a f i a  b r a s i l e i r a d  o  s é c u l o x  i x .  
J e a n  M a n z o n  f o t o g r a f a   o  d e p u t a d o  B a r r e t o  P i n t o ,  p a r a  a r e v i s t a  O Cruzeiro,
s o m e n t e d  e  f r a q u e ,  c u e c a  e  s a p a t o s ,  p r o v o c a n d ou  m  e s c â n d a l o n  a  é p o c a .  
B a r r e t o  P i n t o  t e v e s  e u m
  a n d a t o  p a r l a m e n t a r  c a s s a d o p  o r  q u e b r a d  e  d e c o r o  
parlamentar. 

1947  F u n d a ç ã o d  a  A g ê n c i a  M a g n u m  p o r  H e n r i  C a r t i e r - B r e s s o n ,  R o b e r t  C a p a ,  
G e o r g e  R o g e r ,  D a v i d  S e y m o u r  e  Bill V a n d i v e r t .  

P u b l i c a ç ã o  d a Iris,  a m a i s  a n t i g a  r e v i s t a d  e  f o t o g r a f i a  d o  B r a s i l , e m  a t i v i d a d e  a t é  
1 9 9 8 .  O  f u n d a d o r  f o i   o  a u s t r í a c o  H a n s  K o r a n y i .  

I n í c i o  d a  c o m e r c i a l i z a ç ã o  d a  p r i m e i r a  c â m e r a  P o l a r o i d ,e  m  p r e t o  e b r a n c o .  
1948  V i c t o r  H a s s e l b l a d , d  e  G o t e m b u r g o ,  S u é c i a ,  a p r e s e n t o u  s u a  c â m e r a  1 6 0 0  F ,  
6 x 6  c m ,  e m  N o v a Y
  ork. 
1
949  O  M u s e u d  e  A r t e d  e  S ã o  P a u l o  ( M a s p )  r e a l i z a  s u a  p r i m e i r a  e x p o s i ç ã o d  e  
f o t o g r a f i a ,  d e  T h o m a z  F a r k a s .  

O  f o t ó g r a f o  C h i c o  A l b u q u e r q u e  r e a l i z a  p a r a  a e m p r e s a  J o h n s o n  & J o h n s o n  
o p r i m e i r o  a n ú n c i o  p u b l i c i t á r i o  i n t e i r a m e n t e  f o t o g r á f i c o .  
19^0  O  M a s p e  x p õ e  o  t r a b a l h o  F o t o F o r m a s , d  e  G e r a l d o d  e  B a r r o s .  

O  F o t o  C i n e  C l u b e  B a n d e i r a n t e  p r o m o v e  a  1 C o n v e n ç ã o  B r a s i l e i r a  d e  

F o t o g r a f i a , q  u e  r e s u l t o u n  a  c r i a ç ã o  d a  F e d e r a ç ã o  B r a s i l e i r a d  e  F o t o g r a f i a .  

i9S
1951-60

19j"2  I n i c i o  d a  p u b l i c a ç ã o  d a  r e v i s t a  s e m a n a l Manchete,  a i n d a e  m  a t i v i d a d e .  
A  r e v i s t a 0 Cruzeiro  a p r e s e n t a  c o m o  r e a l  a f o t o m o n t a g e m  m o s t r a n d ou  m  
" d e s f i l e  d e  d i s c o  v o a d o r e sn  o  c é u d  o  R i o d  e  J a n e i r o " ,n  o  e n c a r t e Extra: Disco
Voador na Barra da Tijuca,  t r a b a l h o  r e a l i z a d o p  o r E
  d  K e f f e l ,  q u e  m a i s  t a r d e  

s e t  o r n o u  o e d i t o r d  e  f o t o g r a f i a s  d a  r e v i s t a .  
I
9 í 3   N a s c ee  m  d e z e m b r o ,  o i n f o r m a t i v o Novidades Fotóptica,  t r a n s f o r m a d o  e m  

r e v i s t a e  m  1 9 7 0 .  
19^4  A p a r t i r d  e  s e t e m b r o  o s  p a p é i s  f o t o g r á f i c o s  W e s s e l  ( a  p r i m e i r a  f á b r i c a d  e  p a p e l  
f o t o g r á f i c o  d a  A m é r i c a d  o  S u l ) ,  d e  p r o p r i e d a d e d  e  C o n r a d  W e s s e l ,  é a d q u i r i d a  
t o t a l m e n t e  p e l a K
  o d a k d  o  B r a s i l .  

19£j  O  r e p ó r t e r  M á r i o d  e  M o r a e s  e  o f o t ó g r a f o  U b i r a t a n d  e  L e m o s  v i a j a r a m  


d e  P e r n a m b u c o a  o R
  i o d  e  J a n e i r o n  u m  p a u - d e - a r a r a c  o m  u m a  c e n t e n a  

d e  r e t i r a n t e s  e f i z e r a m  u m a  r e p o r t a g e m  p a t a 0 Cruzeiro,  q u e  c o n q u i s t o u  
o  P r ê m i o  E s s o d  e  R e p o r t a g e m .  
1
957 O  F o t o  C i n e  C l u b e  B a n d e i r a n t e  e d i t a  o Anuário Brasileiro de Fotografia,
a p r i m e i r a  p u b l i c a ç ã o n  o  g ê n e r o d  a  A m é r i c a  L a t i n a .  
O  f o t ó g r a f o  J o s é  M e d e i r o s  l a n ç a  o p r i m e i r o  l i v r o d  e  f o t o g r a f i a s  s o b r e  o 
C a n d o m b l é ,  a p ó s  p u b l i c a ç ã o  p a r c i a ld  o  e n s a i o n  a  r e v i s t a  0 Cruzeiro.

19  A  r e v i s t a Cigarra,  p u b l i c a  o p r i m e i r o  e n s a i o  f o t o g r á f i c o  d e  C l á u d i a  A n d u j a r ,  

n o  B r a si l d e s d e  1 9 5 ^ .  
L a n ç a m e n t o d  a  r e v i s t a d  e  f o t o g r a f i a FOTOARTE, r e v i s t a  m e n s a l d  e  f o t o g r a f i a  
i n t e r n a c i o n a l , c  o m  d i r e ç ã o  a r t í s t i c a  d o s  f o t ó g r a f o s  J o s é  V. E . Y a l e n t i  e 
F r a n c i s c o  A s z m a n n , t  a m b é m  a u t o r d  a  c a p a .  

19£9  A  e m p r e s a  N i k o n  i n i c i a  c o m e r c i a l i z a ç ã o  d a s  c a m e r a s  r e f l e x j  j m m .  
C r i a ç ã o d  o  P r ê m i o  E s s o d  e  F o t o j o r n a l i s m o .  O  p r i m e i r o  f o t ó g r a f o  p r e m i a d o  
f o i  S é r g i o  J o r g e ,e  m i  9 6 0 ,  e s u a  f o t o g r a f i a  f o i  p u b l i c a d ae  m  3 6  r e v i s t a s ,  

n a c i o n a i s  e  i n t e r n a c i o n a i s .  
i960  A  e d i t o r a  A b r i l m
  o n t a   o p r i m e i r o  e s t ú d i o d  e  f o t o g r a f i a  b r a s i l e i r o d  e  g r a n d e  
p o r t e ,  p o s t e r i o r m e n t e r  e f o r m u l a d o  p o r  C h i c o  A l b u q u e r q u e  e S e r g i o  J o r g e .  
F u n d a ç ã o d  a  L o j a  C i n ó t i c a , n  a  R u a  C o n s e l h e i r o  C r i s p i n i a n o ,e  m  m a i o ,  

p e l o s  s e n h o r e s  A l b e r t o  A r r o y o  e P e d r o Z
  uppo. 
E m  3 0 d  e  a g o s t o m
  o r r e  e m  S ã o  P a u l o  D e s i d é r i o  F a r k a s ,  f u n d a d o r   e 

d i r e t o r - p r e s i d e n t e  d a  F o t ó p t i c a  s.A. 

1 9 6
1961-70

1961  M a u r e e n  Bisilliat r e a l i z a  e x p o s i ç ã o  i n d i v i d u a l n  o  M a s p .  
1963  Início d a  c o m e r c i a l i z a ç ã o  d o  f i l m e  P o l a r o i d  c o l o r i d o .  
1 9 6 4   M o r r e  n o  R i o d  e  J a n e i r o  o f o t ó g r a f o  J o s é  O i t i c i c a  Filho. 
C h e g a  a o  Brasil o f o t ó g r a f o  D a v i d  Z i n g g  q u e ,  p o s t e r i o r m e n t e ,  t r a b a l h o u  
p a r a  a s r e v i s t a Manchete,  e d i t o r a  A b r i l  e Folha de S.Paulo.
196J  O  F o t o  C l u b e  B a n d e i r a n t e  o r g a n i z a  p e l a  p r i m e i r a  v e z ,  a p a r t i c i p a ç ã o  d a  
f o t o g r a f i a  n a v  n  Bienal I n t e r n a c i o n a l d  e  S ã o  P a u l o ;  F i z e r a m  p a r t e d  a  C o m i s s ã o  
d e  S e l e ç ã o  E d u a r d o  S a l v a t o r e ,  G e r a l d o  F e r r a z  e P a u l o  E m í l i o  Salles G o m e s .  
1966  A r e v i s t a Realidade,  d a  e d i t o r a  A b r i l ,  inicia s u a  p u b l i c a ç ã o ,  e n c e r r a d a e  m  1 9 7 2 .  
L a n ç a m e n t o d  o Jornal da Tarde n o  d i a  4 d e  j a n e i r o ,  c o m  4 0  m i l  e x e m p l a r e s ,  d e  
i n í c i o  v e s p e r t i n o ,  q u e  i n o v o u  a i m p r e n s a  p e l a  o u s a d i a  d e  a p r e s e n t a ç ã o  g r á f i c a ,  
p e l a  i r r e v e r ê n c i a  d e  e s t i l o  e p e l o  u s o  a r r o j a d o  d a s  f o t o g r a f i a s .  
1968  A r e v i s t a Veja, d a  e d i t o r a  A b r i l ,  inicia s u a  p u b l i c a ç ã o  s e m a n a l , e  m  19 d e  
s e t e m b r o ,  a p ó s  p r o d u ç ã o d  e  t r e z e  n ú m e r o s  z e r o .  A p r i m e i r a  e d i ç ã o  f o i  
d e  7 0 0  m i l  e x e m p l a r e s ,  a s e g u n d a  e d i ç ã o  f o i  p a r a  j o o  m i l ,  a t e r c e i r a  p a r a  
3 0 0  m i l ,  a q u a r t a  p a r a  i ^ o  m i l  e  a q u i n t a e  m  t o r n o d  e  1 0 0  m i l .  
N ú m e r o  e s p e c i a l  d a  r e v i s t a Cláudia  d e d i c a d o  à d e c o r a ç ã o  m o s t r a ,  p e l a  p r i m e i r a  
v e z  n a  i m p r e n s a  b r a s i l e i r a ,u  m  a m b i e n t e  m o n t a d o  e f o t o g r a f a d o  e m  e s t ú d i o .  
1969  P u b l i c a ç ã o  d o  l i v r o A João Guimarães Rosa,  d e  M a u r e e n  Bisilliat, a p a r t i r d  o  l i v r o  
Grande Sertão:Veredas.
O  M a s p  p r o m o v e  a e x p o s i ç ã o  d e  H e n r i  C a r t i e r - B r e s s o n , d  e  g r a n d e  r e p e r c u s s ã o .  
1970  A p a r t i r  d e  j u l h o ,  é iniciada a p u b l i c a ç ã o  d a Revista Fotóptica,  n .  4 0 ,  A n o  1 4 , e  m  
n o v o  f o r m a t o ,  a m p l i a n d o  o  e s p a ç o  p a r a  e n s a i o s  f o t o g r á f i c o s  ( a t é  n .  8 8 ,  1 9 7 8 ) .  
O  M a s p  a p r e s e n t a , e  m  a g o s t o ,  a e x p o s i ç ã o  T r i n t a  A n o s d  e  V i s ã o  e M u l t i v i s ã o ,  
d e  P e t e r  S c h e i e r .  P r o j e ç ã o c  o m  2 6  p r o j e t o r e s d  e  s l i d e s ,  c o o r d e n a d o s p  o r  
c o m p u t a d o r e s  e l e t r ô n i c o s ,  t e l a d  e  1 o  x  3 m .  

1971-80

1971 Revista de Fotografia,  e d i t a d o p  o r  A r t e  & C o m u n i c a ç ã o ,  S ã o  P a u l o ,  c o m  d u r a ç ã o  


d e  t r e z e  e d i ç õ e s .  
A  c i d a d e  d e  S ão P a u l o t  e m   a p r i m e i r a  g a l e r i a  i n t e i r a m e n t e  d e d i c a d a  à f o t o g r a f i a :  
G a l e r i a  E n f o c o .  Sua p r i m e i r a  e x p o s i ç ã o  f o i  s o b r e  f o t o g r a f i a  e s t e r e o c ó p i c a .  
F u n c i o n a e  m  P o r t o  A l e g r e  a p r i m e i r a  e s c o l a  oficial d e  f o t o g r a f i a  n o  Brasil: 

1 9 7
I n s t i t u t o  P r o f i s s i o n a l  D a g u e r r e ,  d a  A s s o c i a ç ã o  d o s  R e p ó r t e r e s  F o t o g r á f i c o s  
e  C i n e g r a f i s t a s  d o  R i o  G r a n d e d  o   Sul. O  c u r s o  c o n t a v a  c o m  i 2 o o  h o r a s .  
O  M u s e u d  e  A r t e  C o n t e m p o r â n e a  d a  U n i v e r s i d a d e  d e  São P a u l o  (MAC/USP), 
a t r a v é s d  o  s e u  D i r e t o r  W a l t e r  Z a n i n i ,  inicia a m o n t a g e m d  e  u m  A c e r v o d  e  
F o t o g r a f i a s ,  a t r a v é s  d o  D e p a r t a m e n t o d  e  F o t o g r a f i a .  P r i m e i r a s  a q u i s i ç õ e s  e 
d o a ç õ e s :  M a u r e e n  Bisilliat, C r i s t i a n o  M a s c a r o ,  G e o r g e  L o v e ,  C l á u d i a  A n d u j a r  
e  B o r i s  Kossoy. 

P u b l i c a ç ã o  d o  l i v r o Viagem pelo Fantástico,  d e  B o r i s  Kossoy, 2 2 x 3 1  c m ,  


p e l a  e d i t o r a  K o s m o s ,  São P a u l o .  
1972  O s  f o t ó g r a f o s  C h i c o  A l b u q u e r q u e  e  S é r g i o  J o r g e  m o n t a m  o  E s t ú d i o  A b r i l  
d e  F o t o g r a f i a ,  o p r i m e i r o n  o  g ê n e r o  d a  A m é r i c a  L a t i n a .  
A  r e v i s t a Realidade  p r o m o v e  C o n c u r s o d  e  F o t o g r a f i a ,  R e t r a t o d  o  Brasil, 
d i v i d i d o e  m  s u b t e m a s  ( N o s s o  País, N o s s a  G e n t e ,  A ç ã o ) ,  r e u n i n d o  2 2 4 3  
f o t ó g r a f o s  a m a d o r e s ,  202 p r o f i s s i o n a i s  e 4 8  q u e  n ã o  e s p e c i f i c a r a m  c a t e g o r i a ,  
c o m  t o t a l  d e  1 4 . 2 2 8  f o t o g r a f i a s  i n s c r i t a s .  

P o l a r o i d  l a n ç a  a c â m e r a  s x - 7 0 .  
A  revista Fotografia  p u b l i c a  c o m  exclusividade o " M a n i f e s t o " ,  t e x t o  d e  
Luis H u m b e r t o , u  m  d o s  m a i s  c o n t u n d e n t e s  s o b r e  o f a z e r  e s o b r e  a a t u a ç ã o  
d o  f o t ó g r a f o .  
1973  C r i a ç ã o  d a  P h o t o G a l e r i a ,  c o o r d e n a d a p  o r  G e o r g e  R a c z ,  n o  R i o  d e  J a n e i r o ,  
m o v i m e n t o  q u e  t e n t a v a  o r g a n i z a r  o s  f o t ó g r a f o s  profissionais, d e  d i f e r e n t e s  á r e a s  
d e  a t u a ç ã o ,  i n c l u i n d o  o s  a m a d o r e s ,  p a r a  a realização d e  e x p o s i ç õ e s  e d e b a t e s .  
1974  A  G a l e r i a  Bonfiglioli, d e  São P a u l o ,  e x p õ e e  m  m a r ç o ,  o m o v i m e n t o  
P h o t o G a l e r i a ,  P h G ,  c o m  a p a r t i c i p a ç ã o  d e  B o r i s  Kossoy, M a d a l e n a  S c h w a r t z ,  
D u l c e  C a r n e i r o ,  S tef ania  B r i l ,  R o g e r  B e s t e r ,  E d u a r d o  C a s t a n h o  e n t r e  o u t r o s .  
E m  s e t e m b r o ,  G e o r g e  L o v e  e  C l á u d i a  A n d u j a r ,  o r g a n i z a m n  o  M a s p ,  
a  1 S e m a n a  I n t e r n a c i o n a l d  e  F o t o g r a f i a .  
E x p l o d e m  o s  c u r s o s  d e  f o t o g r a f i a  n a  c i d a d e  d e  São Paulo, realizados n o  
M u s e u  Lasar Segall, M a s p ,  I m a g e m - A ç ã o ,  E n f o c o ,  C a m e r a ,  F o t o  C i n e  
C l u b e  B a n d e i r a n t e .  
I97J"  E x p o s i ç ã o  M e m ó r i a  Paulistana, realizada n o  M u s e u  d a  I m a g e m  e d o  S o m  (MIS), 
c o m  c o o r d e n a ç ã o  d e  C a r l o s  A u g u s t o  C a l i l .  
E i n i c i a d o n  a  U n i v e r s i d a d e  d e  S ã o  P a u l o ,  o m o v i m e n t o  PHOTOUSP, o r g a n i z a d o  
p e l o s  e s t u d a n t e s  d a  H i s t ó r i a ,  L e t r a s ,  P o l i t é c n i c a ,  e n t r e  o u t r o s .  
1976  O  h i s t o r i a d o r  e p e s q u i s a d o r  B o r i s  Kossoy, c o m p r o v a  a t r a v é s  d o  R o c h e s t e r  
I n s t i t u t e  o f T e c h n o l o g y ,  n o s  EUA, as e x p e r i ê n c i a s  d e  H e r c u l e  F l o r e n c e ,  
p i o n e i r o d  a  f o t o g r a f i a  n o   Brasil. 

1 9 8
P u b l i c a ç ã o d  o  l i v r o Pioneer Photographers of Brazil 1840 1— d e  G i l b e r t o  
F e r r e z  e W e s t o n  J .  N a e f ,  p e l o T
  h e  C e n t e r  f o r  I n t e r - A m e r i c a n  R e l a t i o n s ,  EUA. 
O  j o r n a l  c a r i o c a 0 Dia,  l a n ç a n  o  M a s p ,  l i v r o  c o m  1  f o t o g r a f i a s ,  p r e f a c i a d o  
p o r  A r t  K a n e ,  e c o m  c o o r d e n a ç ã o d  e  A n t o n i o  C a r l o s  R o d r i g u e s ,  a p a r t i r d  e  
u m  a r q u i v o  d e  2 0 0  m i l  n e g a t i v o s .  
1976  O  MAC/USP o r g a n i z a  a e x p o s i ç ã o  N o v o s  e N o v í s s i m o s  F o t ó g r a f o s .  
1977  A S e c r e t a r i a  d e  E s t a d o  d a  C u l t u r a ,  C i ê n c i a  e T e c n o l o g i a d  e  S ã o  P a u l o ,  a t r a v é s  
d o   MIS, o r g a n i z a e  m  m a r ç o / a g o s t o ,  o c o n c u r s o  " A  c i d a d e  é t a m b é m  s u a  casa", 
c o m  £ 3 0 0  f o t o g r a f i a s  i n s c r i t a s  e 6 4 0  s e l e c i o n a d a s .  
1978  K o n i c a  v e n d e  as p r i m e i r a s  c a m e r a s  t o t a l m e n t e  a u t o m á t i c a s .  
R e a l i z a ç ã o  d o   1 E n c o n t r o  F o t o g r á f i c o d  e  C a m p o s d  e  J o r d ã o ,  e n t r e   1 j  e 
2 2 d e  j u l h o ,  o r g a n i z a d o  p e l a  c r í t i c a  S t e f a n i a  B r i l .  
Realização d o   1 C o l ó q u i o  L a t i n o - A m e r i c a n o  d e  F o t o g r a f i a ,  n a  c i d a d e  d o  
M é x i c o ,  e l a n ç a m e n t o  d o  C a t á l o g o  d a  1 M o s t r a  d e  F o t o g r a f i a  L a t i n o - A m e r i c a n a  
C o n t e m p o r â n e a ,  r ealizada n a  c i d a d e  d o  M é x i c o ,  c o m  a p a r t i c i p a ç ã o  d e  
3 6  f o t ó g r a f o s  brasileiros. 
L a n ç a m e n t o  d o  M o v i m e n t o  F o t o B a h i a  c o m  e x p o s i ç ã o  o r g a n i z a d a  p e l o  
f o t ó g r a f o  A r i s t i d e s  Alves, ( c h e c a r )  
C r i a ç ã o  d a  A g ê n c i a  P o n t o d  e  Vista, e m  P o r t o  A l e g r e ,  RS, e m  s e t e m b r o ,  
p e l o s  f o t ó g r a f o s  E n e i d a  S e r r a n o ,  J a c q u e l i n e  J o n e r ,  L u i s  A b r e u ,  R a u l  S a n v i c e n t e  
e  G e n a r o  J o n e r .  
A  G a l e r i a  A u g ô s t o  A u g u s t a  e d i t a u  m a  c o l e ç ã o  d e  c a r t õ e s  p o s t a i s ,  d e n o m i n a d a  
Brasil A n o s  7 0 ,  c o m  d o z e  i m a g e n s  d o s  f o t ó g r a f o s  L e o n i d  Streliaev, G e r a l d o  
G u i m a r ã e s ,  R ô m u l o  Fialdini, C l á u d i a  A n d u j a r ,  C r i s t i a n o  M a s c a r o ,  A m é r i s  
P a o l i n i , B o r i s  Kossoy, O l n e y  K r u s e ,  M a u r e e n  Bisilliat, Stefania  B r i l ,  R e g i n a  
V a t e r  e  S é r g i o  P o l i g n a n o .  A f o t ó g r a f a  A n a T h e ó p h i l o  e  o d i r e t o r  d e  a r t e  
G a b r i e l  Z e l l m e i s t e r ,  e d i t a m  o i t o  c a r t õ e s  p o s t a i s ,  p a r a  a c o l e ç ã o d  o  E s t ú d i o  AT. 
O  c r í t i c o  M o r a c y d  e  O l i v e i r a  e l e g e  c o m o  o A n o   1 d o  l i v r o d  e  f o t o g r a f i a  n o  
Brasil, p o i s  f o r a m  e d i t a d o s : Carnaval,  d e  B i n a  F o n y a t ,  2 1 x 2 1 c  m ,  N o v a  
F r o n t e i r a ,  R i o d  e  J a n e i r o ; América Latina,  d e  G e r a l d o  G u i m a r ã e s ,  2 1 x 2 7  c m >  
e d i t a d o  p o r  M a s s a o  O n o ,  S ã o  P a u l o ; Yanomami,  d e  C l á u d i a  A n d u j a r , 2  2 x 2 2  c m ,  
"  e d i t o r a  P r a x i s ,  S ã o  P a u l o ; Xingu,  d e  M a u r e e n  Bisilliat, j o   x 6 0  c m ,  e d i t o r a  
P r a x i s ,  S ã o  P a u l o ; Fotografias,  d e  O t t o  S t u p a k o f f , 2  1 x 2 1 c  m ,  e d i t o r a  P r a x i s ,  
S ã o  P a u l o ; Fotografias,  d e  D i m a s  S c h i m i t t i n i ,  1 8 , ^  x  2£ c m ,  e d i ç ã o d  o  a u t o r ;  
Meus olhos,  d e  L uis T r i p o l i ,  2 3 , ^  x  3 0  c m ,  e d i ç ã o  d o  a u t o r .  
1979  C r i a ç ã o  d o  N ú c l e o d  e  F o t o g r a f i a  d a  F u n a r t e ,  e m b r i ã o d  o  f u t u r o  I n s t i t u t o  
N a c i o n a l  d a  F o t o g r a f i a ,  s o b  c o o r d e n a ç ã o d  o  f o t ó g r a f o  Z e k a  A r a ú j o .  

1 9 9
I n a u g u r a ç ã o  d a  F o t o G a l e r i a ,  d a  F u n a r t e ,  N ú c l e o  d e  F o t o g r a f i a , n  a  R u a  A r a ú j o  
P o r t o  A l e g r e ,  8 o ,  R i o d  e  J a n e i r o ,  c o m  a e x p o s i ç ã o  N o s s a  G e n t e ,  i M o s t r a d  e  
F o t o g r a f i a d  a  F u n a r t e ,  e n t r e   i o d e  a g o s t o  e  i o d e  s e t e m b r o .  
C r i a ç ã o  d a  A g ê n c i a  F - 4 ,  e m  S ã o  P a u l o ,  c o m  N a i r  B e n e d i c t o ,  J u c a  M a r t i n s ,  
R i c a r d o  M a l t a  e D e l f i n  M a r t i n s .  
O  M a s p  r e a l i z ae  m  m a i o ,  a p r i m e i r a  e x p o s i ç ã o d  o  a m e r i c a n o  D a v i d  Z i n g g ,  
d e p o i s  d e  q u i n z e  a n o s m
  o r a n d o  n o  País, d e n o m i n a d a  Brasil A n o s / L u z ,  

c o m  1 20 a m p l i a ç õ e s .  
O  MIS d e  S ã o  P a u l o  realiza e m  a b r i l  a e x p o s i ç ã o  B rás, u  m a  d o c u m e n t a ç ã o  
f o t o g r á f i c a ,  d e  C r i s t i a n o  M a s c a r o  e P e d r o  M a r t i n e l l i .  
R e v i s t a Photo Camera,  p u b l i c a d a  p e l a  E f e c ê  E d i t o r a ,  R i o d  e  J a n e i r o ,  c o m  d u r a ç ã o  
d e  1 2 e d i ç õ e s ,  e n c e r r a d a e  m  1 9 8 0 .  
C r i a ç ã o  d a  G a l e r i a  F o t ó p t i c a , e  m   8 d e  o u t u b r o , n  a  R u a  Bela C i n t r a ,  1 4 6 5 ,  
c o m  u m a  e x p o s i ç ã o  q u e  r e u n i u  o m e l h o r d  o  F o t o j o r n a l i s m o  d a s  r e v i s t a s  
Veja e Isto É, s o b  c o o r d e n a ç ã o  d e  R o s e l y  N a k a g a w a .  
C r i a ç ã o d  a  G a l e r i a  A  Sala d e  R e t r a t o , e  m  P o r t o  A l e g r e ,  RS . 
C r i a ç ã o  d a  G a l e r i a  L u z / S o m b r a , e  m  d e z e m b r o , n  a  c i d a d e  d e  R i o d  e  J a n e i r o .  
P u b l i c a ç ã o d  o  l i v r o  Bina F o n y a t  F o t o g r a f i a s ,  2 1 x 2 1  c m ,  e d i ç ã o d  o  a u t o r ,  
R i o d  e  J a n e i r o ,  c o m  4 6  i m a g e n s .  
P u b l i c a ç ã o d  o  l i v r o Xingu — território tribal,  d e  M a u r e e n  Bisilliat, 2 4  x  3 0  c m ,  
e d i t o r a  C u l t u r a ,  São P a u l o .  
Publicação d o  l i v r o Amazonas, palavras e imagens de um rio em ruínas,
d e  J o ã o  L u i z  M u s a ,  Isabel G o u v e i a  e  Sônia L o r e n z ,  e d i ç ã o  d o s  a u t o r e s ,  
2 0 x 2 2  c m ,  S ão Paulo. 
I n í c i o  d a  n o v a  f a s e  d a  r e v i s t a Fotóptica,  e m  n o v o  f o r m a t o ,  a p a r t i r d  o  n .  8 9 .  
Realização d o   11  FotoBahia, c o m  a p a r t i c i p a ç ã o  d e  7 6  f o t ó g r a f o s   e  380 i m a g e n s ,  n o  
T e a t r o  C a s t r o  Alves, e n t r e  8  e  23 d e  n o v e m b r o ,  c o o r d e n a ç ã o  d e  Aristides Alves. 
R e a l i z a ç ã o  d o   n  E n c o n t r o  F o t o g r á f i c o d  e  C a m p o s d  e  J o r d ã o , e  m  j u l h o ,  
o r g a n i z a d o  p e l a  c r í t i c a  S tef ania  B r i l .  
1980  I n a u g u r a ç ã o d  o  G a b i n e t e  F o t o g r á f i c o ,e  m  a b r i l ,  e s p a ç o  c r i a d o  n a  P i n a c o t e c a  
d o  E s t a d o n  a  g e s t ã o  d e  F á b i o  M a g a l h ã e s ,  d e d i c a d o  a j o v e n s  f o t ó g r a f o s ,  c o m  
c o o r d e n a ç ã o d  e  R u b e n s  F e r n a n d e s  J u n i o r .  
C r i a ç ã o  d a  G a l e r i a  Á l b u m , e  m I  J  d e  m a r ç o ,  n a A v .  B r i g a d e i r o  L u í s  A n t o n i o ,  
4 4 6 9 ,  d i r i g i d a  p e l o s  f o t ó g r a f o s  Z é  d e  B o n i  e J a n i n e  D e c o t ,  c o m  u m a  e x p o s i ç ã o  
d e  G e o r g e  L o v e .  
C r i a ç ã o d  o  M u s e u d  e  F o t o g r a f i a  e  C r i m i n a l í s t i c a  n a  A c a d e m i a d  e  p o l í c i a  d e  
S ã o  P a u l o ,  i n c l u i n d o  a c e r v o  f o r m a d o  e n t r e  191 o  e  1 9 7 8 .  

2 0 0
C r i a ç ã o  d a  G a l e r i a  R e t r a t o  — Escola e F o t o g a l e r i a ,  n a  R u a  M a r a n h ã o ,  j 2 ,  
Santos, e m  agosto, c o m  a e x p o s i ç ã o  D e s c o n h e c i d o s  í n t i m o s ,  d e  A n t o n i o  Saggese. 
A F u n a r t e  r e a l i z a  e x p o s i ç ã o  r e t r o s p e c t i v a  s o b r e  a d o c u m e n t a ç ã o  d o s  carnavais 
d e  1 9 0 9  a  1 9 3 2 ,  d e  A u g u s t o  M a l t a .  
O  MAM d e  S ão P a u l o  p r o m o v e e  m  a g o s t o ,  a i T r i e n a l d  e  F o t o g r a f i a ;  
o  G r a n d e  P r ê m i o  f o i  p a r a  o  f o t ó g r a f o  M i g u e l  R i o  B r a n c o .  
P u b l i c a ç ã o  d o  l i v r o Brasília ano 20,  c o m  1 0 9  f o t o g r a f i a s ,  d e  3 ^  f o t ó g r a f o s  d e  
Brasília, e d i t a d o  p e l a  Ágil  F o t o j o r n a l i s m o  e U n i ã o  d o s  F o t ó g r a f o s d  e  Brasília, 
2 3 x 2 8  c m ,  DF. 
F u n d a ç ã o  d a  U n i ã o  d o s  F o t ó g r a f o s d  o  E s t a d o  d e  S ã o  P a u l o , e  m  j u l h o .  
N o  m ê s d  e  a g o s t o  r ealiza- se  a  1 F e i r a  d a  F o t o g r a f i a ,n  o  P a r q u e d  o  I b i r a p u e r a .  
C r i a ç ã o  d a  Á g i l ,  A g ê n c i a  I m p r e n s a  L i v r e , e  m  Brasília, p e l o s  f o t ó g r a f o s  
M i l t o n  G u r a n ,  D u d a  B e n t e s ,  A n d r é  D u s e k ,  J u l i o  B e r n a r d e s  e n t r e  o u t r o s .  
I n a u g u r a ç ã o e  m  o u t u b r o d  o  Salão F u j i  d e  F o t o g r a f i a ,  n a  R u a  M a j o r  D i o g o ,  
6 7 0 ,  B e x i g a ,  S ã o  P a u l o .  

1981-90

1 E n c o n t r o d  e  F o t o g r a f i a  e M e m ó r i a  N a c i o n a l ,  p r o m o v i d o  p e l a  C o m i s s ã o  
d e  F o t o g r a f i a d  a  S e c r e t a r i a  d e  E s t a d o  d a  C u l t u r a  e r e a l i z a d o n  o   MIS d e  
São P a u l o ,  s o b  d i r e ç ã o  d e  B o r i s  Kossoy. D u r a n t e  o e v e n t o  f o i  i n a u g u r a d a  
a  Sala H e r c u l e s  F l o r e n c e .  
R e a l i z a ç ã o  d a  e x p o s i ç ã o 4  0  A n o s d  e  F o t o g r a f i a , d  e  H a n s  G u n t e r  F l i e g ,  
n o M i s  d e  S ã o  P a u l o .  
R e a l i z a ç ã o  d o   1 E n c o n t r o  N a c i o n a l  d o s  F o t ó g r a f o s ,  d u r a n t e  a 3 3 a  R e u n i ã o  
A n u a l  d a  SBPC, j u l h o , e  m   Salvador, Bahia. 
R e a l i z a ç ã o d  o   11  C o l ó q u i o  L a t i n o - A m e r i c a n o d  e  F o t o g r a f i a ,  n a  c i d a d e  
d o  M é x i c o .  
E x p o s i ç ã o  F o t o g r a p h i e  L a t e i n a m e r i k a ,  Z u r i q u e ,  o r g a n i z a d a  p e l a  p e s q u i s a d o r a  
a l e m ã  E r i k a  Billiter. 
P u b l i c a ç ã o e  m  p o r t u g u ê s d  o  l i v r o  d e  S u s a n  S o n t a g , Sobre afotografia,  t r a d u ç ã o  
d e  J o a q u i m  Paiva, p e l a  e d i t o r a  F r a n c i s c o  A l v e s , d  o  R i o d  e  J a n e i r o .  
P u b l i c a ç ã o  d o  l i v r o Brasília sonho do Império Capital da República,  d o  f o t o g r a f o  
Luis H u m b e r t o , c  o m  6 8  f o t o g r a f i a s ,  e d i ç ã o d  o  a u t o r ,  Brasília, DF. 
P u b l i c a ç ã o  d o  l i v r o Primeira página,  d e  U b i r a j a r a  D e t t m a r ,  
c o m  178 f o t o g r a f i a s ,  e d i ç ã o d  o  a u t o r ,  S ã o  P a u l o .  
1982  P u b l i c a ç ã o d  o  p r i m e i r o  p o r t f o l i o  d e  S e b a s t i ã o  S a l g a d o n  u m a  r e v i s t a  

b r a s i l e i r a  — íris,
1 M o s t r a  P a r a e n s e d  e  F o t o g r a f i a   — FOTOPARÁ, n a  G a l e r i a  Â n g e l u s ,  

e m  B e l é m ,  
E n c o n t r o  N a c i o n a l  d o s  F o t ó g r a f o s  n o  R i o d  e  J a n e i r o , q  u e  a c a b o u  s e n d o  
c o n s i d e r a d o  a  1 S e m a n a  N a c i o n a l d  e  F o t o g r a f i a ,  o r g a n i z a d a  p e l o  N ú c l e o  
d e  F o t o g r a f i a d  a  F u n a r t e .  

1983  E x p o s i ç ã o  B r é s i l  d e s  B r é s i l i e n s ,n  o  C e n t r e  G e o r g e  P o m p i d o u ,  P a r i s ,  

c o m  c u r a d o r i a d  e  S t e f a n i a  B r i l .  
E x p o s i ç ã o  e p u b l i c a ç ã o d  e   O  R e t r a t o  B r a s i l e i r o  — F o t o g r a f i a s  d a  C o l e ç ã o  
F r a n c i s c o  R o d r i g u e s  1 8 4 0 - 1 9 2 0 ,  r e a l i z a d o p  e l o  N ú c l e o d  e  F o t o g r a f i a / F u n a r t e  
e  F u n d a ç ã o  J o a q u i m  N a b u c o .  
E x p o s i ç ã o  O T e m p o d  o  O l h a r   — P a n o r a m a d  a  F o t o g r a f i a  B r a s i l e i r a  A t u a l ,  q u e  
t e v e c  o m o  C o m i s s ã o d  e  S e l e ç ã o  A l a i r  G o m e s ,  B o r i s  K o s s o y , T h o m a z  F a r k a s ,  
W i l s o n  C o u t i n h o  e Z e k a  A r a ú j o .  F o i  e x i b i d a n  o  M u s e u  N a c i o n a l d  e  B e l a s  
A r t e s ,  n o  R i o d  e  J a n e i r o ,  e n o  M a s p .  

E x p o s i ç ã o  e l i v r o  v D o c u m e n t o d  e  A r t e C
  o n t e m p o r â n e a d  o  C e n t r o - O e s t e   — 
I  FOTOCENTRO-OESTE, o r g a n i z a d o  p e l o  I n s t i t u t o  N a c i o n a l  d a  F o t o g r a f i a /  

Funarte. 
II M o s t r a  P a r a e n s e d  e  F o t o g r a f i a   — FOTOPARÁ 8 3 , n  a  G a l e r i a T h e o d o r o  B r a g a ,  

B e l é m ,  P a r á .  
E x p o s i ç ã o  e l i v r o  1 FOTOSUL, o r g a n i z a d a  p e l o  I n s t i t u t o  N a c i o n a l d  e  

F o t o g r a f i a  / F u n a r t e .  
1 B i e n a l  I n t e r n a c i o n a l d  e  A r t e  F o t o g r á f i c a ,  p r o m o v i d a  p e l a  E s c o l a  P a n a m e r i -
c a n ad  e  A r t e s ,  S ã o  P a u l o .  
R e a l i z a ç ã o d  o   11  S e m a n a  N a c i o n a l d  e  F o t o g r a f i a ,  r e a l i z a d a e  m   B r a s í l i a ,  

p e l o  I N F O T O / F u n a r t e .  
E x p o s i ç ã o  e  c a t á l o g o  J o s é  O i t i c i c a  F i l h o  —  a r u p t u r a d  a  f o t o g r a f i a  n o s  a n o s ^  o ,  

o r g a n i z a d a  p e l o  I n s t i t u t o  N a c i o n a l  d a  F o t o g r a f i a / F u n a r t e .  

E x p o s i ç ã o d  o  f o t ó g r a f o  S e b a s t i ã o  S a l g a d o , n  a  F u n a r t e / R J  e M a s p .  
O  f o t ó g r a f o  p a u l i s t a  P a u l o  V e l o s o  i n i c i a  a p u b l i c a ç ã o d  e  u m a  C o l e ç ã o  

d e  C a r t õ e s  P o s t a i s  F o t o g r á f i c o s ,  a t r a v é s d  a  E d i ç õ e s  L u m i a r .  
1984  C r i a ç ã o d  o  I n s t i t u t o  N a c i o n a l d  a  F o t o g r a f i a , d  a  F u n a r t e ,e  m   9 d e  m a i o ,  
p e l a  E s t h e r  F i g u e i r e d o  F e r r a z ,  M i n i s t r a  d a  E d u c a ç ã o  e  C u l t u r a .  
C r i a ç ã o d  o  C o n c u r s o M
  a r c  F e r r e z d  e  F o t o g r a f i a , P
  r ê m i o  A n u a l  c o n c e d i d o p  e l o  
I N F O T O / F u n a r t e  ( a t u a l m e n t e  IBAC  — I n s t i t u t o  B r a s i l e i r o d  e  A r t e  e  C u l t u r a ) .  
P u b l i c a ç ã o d  o  l i v r o A ilusão especular,  d e  A r l i n d o  M a c h a d o ,  p e l a  B r a s i l i e n s e  

2 0 2
e F u n a r t e / I n s t i t u t o  N a c i o n a l  d a  F o t o g r a f i a .  
E x p o s i ç ã o  e l i v r o  i  FOTONORDESTE, o r g a n i z a d a  p e l o  I n s t i t u t o  N a c i o n a l d  a  

F o t o g r a f i a  / F u n a r t e .  
R e a l i z a ç ã o  d a  m  S e m a n a  N a c i o n a l d  e  F o t o g r a f i a  r e a l i z a d a  p e l o  
INFOTO/Funarte, e m  F o r t a l e z a ,  C e a r a .  
I S e m i n á r i o  N a c i o n a l  d e  E n s i n o  U n i v e r s i t á r i o  d a  F o t o g r a f i a ,  p r o m o v i d o  

p e l a  F u n a r t e  e U n i c a m p , e  m  C a m p i n a s .  
C r i a ç ã o  d a  ABRAFOTO  -  A s s o c i a ç ã o  Brasileira d o s  F o t ó g r a f o s d  e  P u b l i c i d a d e .  
R e a l i z a ç ã o  d o   m  C o l ó q u i o  L a t i n o  A m e r i c a n o , e  m  d e z e m b r o ,  H a v a n a ,  C u b a .  
R e a l i z a ç ã o  d a  e x p o s i ç ã o  A u t o - R e t r a t o d  o  B r a s i l e i r o  — C i d a d e  e C a m p o ,  
e x p o s i ç ã o  d e n t r o  d a  m o s t r a  T r a d i ç ã o  e R u p t u r a ,  o r g a n i z a d a  p e l a  F u n d a ç ã o  
B i e n a l  d e  S ã o  P a u l o .  A  e x p o s i ç ã o  o c o r r e u  e n t r e  19 d e  n o v e m b r o  d e  1 9 S 4  e  3 1 
d e  j a n e i r o  d e  1 9 8 5 ,  t e v e  c o o r d e n a ç ã o d  e  C r i s t i a n o  M a s c a r o  e T h o m a z  F a r k a s ,  
e c o n t o u c  o m  7 3  f o t ó g r a f o s  c o n v i d a d o s  e  8 0 0  f o t ó g r a f o s  i n s c r i t o s  p a r a  s e l e ç ã o .  
1985  A F a c u l d a d e  d e  A r t e s  e C o m u n i c a ç õ e s  d a  F u n d a ç ã o  E d u c a c i o n a l  d e  B a u r u ,  
S ã o  P a u l o ,  a t r a v é s  d o  s e u  d i r e t o r  C a r l o s  P e l o s i ,  d e u  e n t r a d a n  o  C o n s e l h o  
E s t a d u a l  d e  E d u c a ç ã o d  e  S ã o  P a u l o , n  o  p r o c e s s o  q u e  solicita a c r i a ç ã o d  o  
C u r s o  S u p e r i o r d  e  F o t o g r a f i a , c  o m  d u r a ç ã o d  e  3 a n o s .  
i v  S e m a n a  N a c i o n a l  d a  F o t o g r a f i a ,  r e a l i z a d a  p e l o  I n s t i t u t o  N a c i o n a l d  e  

F o t o g r a f i a / F u n a r t e ,  n a  c i d a d e  d e  B e l é m .  
1 S e m a n a d  e  F o t o g r a f i a d  a  U n i ã o  d o s  F o t ó g r a f o s d  e  São P a u l o .  
111  C o l ó q u i o  L a t i n o - A m e r i c a n o  d e  F o t o g r a f i a ,e  m  H a v a n a ,  C u b a .  
1 Q u a d r i e n a l d  e  F o t o g r a f i a ,  a g o s t o - s e t e m b r o ,  p r o m o v i d a  p e l o  MAM d e  
S ã o  P a u l o ,  c o m  c u r a d o r i a  d e  P a u l o  K l e i n .  
P u b l i c a ç ã o  d o  l i v r o Filosofia da caixa preta - ensaios para uma futura filosofia
dafotografia,  d e  V i l é m  Flusser, p e l a  E d i t o r a  H u c i t e c  [ R e l u m e  D u m a r á ,  2 0 0 2 ] .  
E x p o s i ç ã o  e l i v r o  I FOTONORTE, o r g a n i z a d a  p e l o  I n s t i t u t o  N a c i o n a l  d a  

F o t o g r a f i a  / F u n a r t e .  
A f o t ó g r a f a  M a u r e e n  Bisilliat é d e s t a q u e n  a x  v m   Bienal I n t e r n a c i o n a l d  e  
S ã o  P a u l o ,  a p r e s e n t a n d o  4 0 0  f o t o g r a f i a s  c o l o r i d a s ,  n a  i n s t a l a ç ã o  O T u r i s t a  
A p r e n d i z  -  s u b t í t u l o :  P e l o  A m a z o n a s  a t é  o P e r u / P e l o  M a d e i r a  a t é  a B o l í v i a /  

P o r  M a r a j ó  a t é  d i z e r  c h e g a .  
1986  E x p o s i ç õ e s  L a  P h o t o g r a p h i e  B r é s i l i e n n e  a u  D i x - N e u v i è m e  S iècle  e  M i r o i r  
R e b e l l e  P h o t o g r a p h i e  B r é s i l i e n n e  C o n t e m p o r a i n e ,  a m b a s  a p r e s e n t a d a s n  o  
M o i s d  e  l a  P h o t o , e  m  P a r i s ,  c o m  c u r a d o r i a d  e  P e d r o  V a s q u e z .  
v  S e m a n a  N a c i o n a l  d a  F o t o g r a f i a ,  r e a l i z a d a  p e l o  I n s t i t u t o  N a c i o n a l d  e  
F o t o g r a f i a / F u n a r t e ,  n a  c i d a d e  d e  C u r i t i b a ,  P a r a n a .  
E x p o s i ç ã o  e c a t á l o g o  d a  e x p o s i ç ã o  J o s é  M e d e i r o s  — j o  A n o s  d e  F o t o g r a f i a ,  
o r g a n i z a d a  p e l o  I n s t i t u t o  N a c i o n a l  d a  F o t o g r a f i a / F u n a r t e .  
A r e v i s t a  f r a n c e s a Zoom,  q u e b r a n d o  u m a  t r a d i ç ã o e  m  s u a  h i s t ó r i a ,  p u b l i c a  
d o i s  n ú m e r o s  s e g u i d o s  i n t e g r a l m e n t e  d e d i c a d o s  à f o t o g r a f i a  b r a s i l e i r a .  
I n a u g u r a ç ã o  d a s  n o v a s  i n s t a l a ç õ e s  d a  G a l e r i a  F o t ó p t i c a , e  m  m a r ç o ,  localizada 
n a  R u a  C ô n e g o  E u g ê n i o  L e i t e ,  9 2 0 ,  S ã o  P a u l o .  
E x p o s i ç ã o  H e c h o e  m  C u b a ,  e x p o s i ç ã o  coletiva d o s  f o t ó g r a f o s  brasileiros 
q u e  p a r t i c i p a r a m  d o   111  C o l ó q u i o  L a t i n o - A m e r i c a n o , n  o  C e n t r o  C u l t u r a l  
São Paulo. 
E x p o s i ç ã o  C o l e t i v a d  e  f o t ó g r a f o s  b r a s i l e i r o sn  o   m  E n c u e n t r o  y M u e s t r a  
N a c i o n a l d  e  F o t o g r a f i a ,e  m  Q u i t o ,  E q u a d o r .  
1 9 8 7   v i  S e m a n a  N a c i o n a l  d a  F o t o g r a f i a ,  r e a l i z a d a  p e l o  I n s t i t u t o  N a c i o n a l d  e  
F o t o g r a f i a / F u n a r t e ,  n a  c i d a d e d  e O
  u r o  P r e t o ,  MG. 
R e a l i z a ç ã o d  o   1 FOTONORTE, r e a l i z a d o  p e l o  I n s t i t u t o  n a c i o n a l  d a  F o t o g r a f i a  
e F u n a r t e , e  m  B e l é m ,  P a r á ,  e x p o s i ç ã o  c o l e t i v a  q u e  t e v e  i t i n e r â n c i a  n a c i o n a l .  
MAM d o  R i o d  e  J a n e i r o  inicia, a t r a v é s d  o  p a t r o c í n i o  d a  e m p r e s a  W h i t e  
M a r t i n s , u  m a  C o l e ç ã o d  e  F o t o g r a f i a  B rasileira, c o m  a a q u i s i ç ã o  inicial d e  
2 j o o  i m a g e n s d  o  s é c u l o  x i x .  
E x p o s i ç ã o  i n d i v i d u a l  d e  L u i z  B r a g a ,  A M a r g e m  d o  O l h a r ,  q u e  c i r c u l o u  n a s  
c i d a d e s d  e  S ã o  P a u l o ,  R i o d  e  j a n e i r o  e  B e l é m .  
C r i a ç ã o  d a  e d i t o r a  S v e r  & B o c c a t o ,  p a r a  p u b l i c a ç ã o  d e  l i v r o s  d e  f o t o g r a f i a ,  
c o m  s e d e e  m  São P a u l o ,  d i r i g i d a  p o r  Lily S v e r n e r  e A n d r é  B o c c a t o .  
1988  E x p o s i ç ã o  Brazilian P h o t o g r a p h y  i n  t h e  N i n e t e e n t h  C e n t u r y , n  o  F o t o F e s t ,  
H o u s t o n ,  EUA, c o m  c u r a d o r i a d  e  P e d r o  V a s q u e z  a p a r t i r  d a  C o l e ç ã o  W h i t e  
M a r t i n s  d e  F o t o g r a f i a  n o   MAM d o  R i o d  e  J a n e i r o .  
E x p o s i ç ã o  Brasil: C e n á r i o s  e P e r s o n a g e n s ,  c o m  c u r a d o r i a  d e  B o r i s  Kossoy, 
r e a l i z a d o  p e l o  I n s t i t u t o  N a c i o n a l d  e  F o t o g r a f i a /  F u n a r t e .  
1 9 8 9 / 9 0  E x p o s i ç ã o  e l i v r o  1  FOTOSUDESTE, o r g a n i z a d a  p e l o  I n s t i t u t o  N a c i o n a l d  e  
F o t o g r a f i a /  F u n a r t e .  
1990  I n a u g u r a ç ã o  d a  G a l e r i a  C o l l e c t o r s , e  m  S ã o  P a u l o ,  d i r i g i d a  p o r  
A n d r é  B o c c a t o ,  q u e  j u n t o c  o m  Lily S v e r n e r ,  a t r a v é s  d a  e d i t o r a  S v e r  & 
B o c c a t o ,  p u b l i c a r a m  a c o l e ç ã o As melhores fotos / The Best Photos,
c o m  o s  f o t ó g r a f o s  N a i r  B e n e d i c t o ,  J . R .  D u r a n ,  C r i s t i a n o  M a s c a r o ,  
D a v i d  Z i n g g  e  Sebastião Salgado. 

2 0 4
1991-2000

1991  I n í c i o d  o  p r o j e t o d  a  C o l e ç ã o  P i r e l l i - M a s p ,  S ã o  P a u l o , d  e  f o r m a ç ã o  d e  u r n  
a c e r v o d  e  f o t o g r a f i a  b r a s i l e i r a  c o n t e m p o r â n e a , c  o m  e d i ç ã o  a n u a l d  e  e x p o s i ç ã o  
e  c a t á l o g o .  O  C o n s e l h o  C u r a d o r  i n i c i a l  e r a  c o m p o s t o  p o r  B o r i s  K o s s o y ,  
T h o m a z  F a r k a s , Z
  é  d e  B o n i ,  P e d r o  V a s q u e z ,  R u b e n s  F e r n a n d e s  J u n i o r ,  

M a r i o  C o h e n ,  P i e r o  S i e r r a  e  c o o r d e n a ç ã o d  e  A n n a  C a r b o n c i n i .  
O r g a n i z a ç ã o d  o  NAFOTO -  N ú c l e o  d o s  A m i g o s d  a  F o t o g r a f i a ,  r e s p o n s á v e l  
p e l a  r e a l i z a ç ã o ,  a c a d a  d o i s  a n o s , d  o  M ê s  I n t e r n a c i o n a l d  a  F o t o g r a f i a e  m  

S ã o  P a u l o .  O  e v e n t o  j á  o c o r r e ue  m   1 9 9 3 ,  I 9 9 Í  e  I 9 9 7 -


I n s t i t u í d a  a B o l s a  V i t a e d  e  A r t e s   -  I n c e n t i v o  à A t i v i d a d e  C r i a t i v a o  u  d e  P e s q u i s a  

p a r a  a F o t o g r a f i a , d  a  F u n d a ç ã o  V i t a e ,  S ã o  P a u l o .  
1992  O r g a n i z a ç ã o d  a  e x p o s i ç ã o  C o l o r s  f r o m  B r a z i l , n  o  F o t o F e s t ,  H o u s t o n ,  EUA, 
c o m  c u r a d o r i a d  e  S t e f a n i a  B r i l  e R u b e n s  F e r n a n d e s  J u n i o r .  
C r i a ç ã o d  o  g r u p o  P a n o r a m a s d  a  I m a g e m   — R u b e n s  M a n o ,  E v e r t o n  B a l l a r d i n  e 
J o s é  F u j o c k a  N e t o   -  d e d i c a d o  à p e s q u i s a  e  d i v u l g a ç ã o  d a  p r e s e n ç a d  a  f o t o g r a f i a  

n a  a r t e  c o n t e m p o r â n e a .  
I d e n t i d a d e : d  o  A n a l ó g i c o  a o  D i g i t a l ,  e x p o s i ç ã o  c o l e t i v a  o r g a n i z a d a p  o r  
N a d j a  P e r e g r i n o  e  P a u l o  M a t t a r , n  a  G a l e r i a d  e  A r t e  d a  U n i v e r s i d a d e  F e d e r a l  

F l u m i n e n s e ,  N i t e r ó i .  
E x p o s i ç ã o  i n d i v i d u a l  d e  L u i z  B r a g a ,  A n o s - L u z ,n  o  M a s p  e  G a l e r i a T
  heodoro 

B r a g a ,  B e l é m .  
M o r t e  d o  f o t ó g r a f o   e  c r í t i c od  e  a r t e  c a r i o c a  A l a i r  G o m e s .  
1993  P u b l i c a ç ã o d  o  l i v r o Canto a la fealidad-fotografia latinoamericana 18JO-1993,
d a  p e s q u i s a d o r a  a l e m ã  E r i k a  B i l l e t e r , q  u e  d e s t a c a  a p r o d u ç ã o d  a  f o t o g r a f i a  

brasileira. 
r e a l i z a ç ã o d  o   1 M ê s  I n t e r n a c i o n a l d  a  F o t o g r a f i a ,e  m  S ã o  P a u l o ,  m a i o ,  
o r g a n i z a d o  p e l o  NAFOTO — N ú c l e o  d o s  A m i g o s d  a  F o t o g r a f i a ,  c o o r d e n a ç a o  

g e r a l d  e  N a i r  B e n e d i c t o .  
E x p o s i ç ã o  i n d i v i d u a l  d e  E l z a  L i m a ,  N ã o  V e r á s  P a í s  N e n h u m ,  n a  G a l e r i a  

R ô m u l o  M a i o r a n a ,  B e l é m ,  P a r á .  
O r g a n i z a ç ã o  d a  e x p o s i ç ã o  I n c u r s ã o p  e l o  I m a g i n á r i o  n a  F o t o g r a f i a  B r a s i l e i r a  
C o n t e m p o r â n e a , c  o m  c u r a d o r i a d  e  B o r i s  K o s s o y ,  a p r e s e n t a d ae  m  A r i e s ,  

F r a n ç a ,n  o  R e n c o n t r e s  I n t e r n a c i o n a l e s d  e  l a  P h o t o g r a p h i e .  

1 S e m i n á r i o  I n t e r n a c i o n a l d  e  F o t o g r a f i a ,  o r g a n i z a d o  p e l o  NAFOTO -
N ú c l e o  d o s  A m i g o s  d a  F o t o g r a f i a ,   e r e a l i z a d on  o  S e n a c .  
S o n y  a n u n c i a  a p r o d u ç ã o d  e  c â m e r a s  d i g i t a i s ,  s e m  f i l m e .  
R e a l i z a ç ã o  d a  e x p o s i ç ã o  c o l e t i v a  N o v í s s i m o s  — A P r o d u ç ã o  d o s  A n o s  9 0 ,  
n a  G a l e r i a  F o t ó p t i c a , e  m   São P a u l o .  
Salão N a c i o n a l  d e  F o t o g r a f i a s   — R a c i s m o  e D i s c r i m i n a ç ã o ,  r e a l i z a d o  n a  U s i n a  
d o  G a s ô m e t r o ,  P o r t o  A l e g r e ,  RS. 
1 9 9 4   E x p o s i ç ã o  c o l e t i v a  E s p e s s u r a  d a  L u z  — F o t o g r a f i a  B rasileira C o n t e m p o r â n e a ,  
n a  Bienal I n t e r n a c i o n a l  d o  L i v r o , e  m  F r a n k f u r t ,  c u r a d o r i a d  e  P a u l o  H e r k e n ­
hoff. 
E m  a b r i l  é  iniciada a p u b l i c a ç ã o  d a  r e v i s t a Imagens,  d a  E d i t o r a  d a  U n i c a m p ,  
d e  p e r i o d i c i d a d e  q u a d r i m e s t r a l ,  t e n d o c  o m o  e d i t o r e s  e x e c u t i v o s  F e r n ã o  
P e s s o a  R a m o s  e  L ú c i a  N a g i b  P e s s o a ,  q u e  t r o u x e  c o n t r i b u i ç õ e s  p r e c i o s a s  p a r a  
a r e f l e x ã o  f o t o g r á f i c a .  E n c e r r o u  suas a t i v i d a d e s e  m  1 9 9 8 .  
1 9 9 ^   E m  s e t e m b r o  é l a n ç a d a  a r e v i s t a Paparazzi  n .  1. 
1996  E x p o s i ç ã o  e l i v r o  L u z e s  d a  C i d a d e ,  d e  C r i s t i a n o  M a s c a r o , n  o  M a s p .  
1 Bienal I n t e r n a c i o n a l d  e  F o t o g r a f i a  C i d a d e d  e  C u r i t i b a ,  o r g a n i z a d a  p e l a  
F u n d a ç ã o  C u l t u r a l d  e  C u r i t i b a ,  a t r a v é s d  o  f o t ó g r a f o  O r l a n d o  A z e v e d o .  
E x p o s i ç ã o  e l i v r o  N o v a s  T r a v e s s i a s / N e w  C r o s s i n g s  — C o n t e m p o r a r y  Brazilian 
P h o t o g r a p h y ,  c o m  c u r a d o r i a  d e  M a r i a  L u iza  M e l o  C a r v a l h o ,  r e a l i z a d a e  m  
T h e  P h o t o g r a p h e r s  G a l l e r y ,  L o n d r e s .  
R e a l i z a ç ã o  d o   v  C o l ó q u i o  L a t i n o - A m e r i c a n o d  e  F o t o g r a f i a ,  n o  C e n t r o d  e  
Lãs A r t e s , n  a  C i d a d e d  o  M é x i c o .  
E x p o s i ç ã o  i n d i v i d u a l  d e  M i g u e l  R i o  B r a n c o  — O u t  o f  N o w h e r e  — n o   MAM 
d o  R i o  d e  J a n e i r o  e  MAM  d a  Bahia. 
i v  E s t ú d i o  U n e s p  Sesc Senai d e  T e c n o l o g i a s  d a  I m a g e m , e  m  a b r i l  e m a i o ,  
i d e a l i z a ç ã o  e  c u r a d o r i a  d e  L u i z  G u i m a r ã e s  M o n f o r t e .  
N o s  L i m i t e s  d a  F o t o g r a f i a ,  e x p o s i ç ã o  c o l e t i v a n  o  Sesc P o m p é i a , e  m  j u l h o ,  
c u r a d o r i a d  e  A n d r é  R o u i l l é .  
1 S e m i n á r i o  P a n o r a m a s  d a  I m a g e m ,  o r g a n i z a d o  p e l o g  r u p o  P a n o r a m a s d  a  
I m a g e m e  m  c o n j u n t o  c o m  a S e c r e t a r i a d  e  E s t a d o  d a  C u l t u r a d  e  São P a u l o .  
P u b l i c a ç ã o d  o  l i v r o Belém da saudade, a memória de Belém do inicio do século
em cartões postais,  e m  e d i ç ã o  o r g a n i z a d a  p e l a  S e c r e t a r i a  d e  E s t a d o  d a  C u l t u r a  
d o  P a r á ,  
C r i a ç ã o d  o  P r ê m i o  N a c i o n a l  d e  F o t o g r a f i a  i n s t i t u í d o  p e l a  F u n a r t e ,  
R i o  d e  J a n e i r o .  
1997  E x p o s i ç ã o  e c a t á l o g o  A  C o l e ç ã o d  o  I m p e r a d o r  — F o t o g r a f i a  B rasileira 
e  E s t r a n g e i r an  o  S é c u l o  x i x ,  c o m  c u r a d o r i a  d e  J o a q u i m  M a r ç a l  F e r r e i r a  
d e  A n d r a d e ,  d a  Biblioteca N a c i o n a l ,  R i o d  e  J a n e i r o ,  r e a l i z a d a n  o  
C e n t r o  C u l t u r a l  B a n c o  d o  Brasil. 

2 0 6
I d e n t i d a d e / N ã o  I d e n t i d a d e ,  a F o t o g r a f i a  B rasileira A t u a l ,  e x p o s i ç ã o  c o l e t i v a  
r e a l i z a d a n  o   MAM d e  S ã o  P a u l o , e  m  j u l h o ,  c o m  c u r a d o r i a  d e T a d e u  C h i a r e l l i .  
I n a u g u r a ç ã o d  o  S e t o r  F o t o g r a f i a  n o  Brasil, p r o j e t o  p i o n e i r o d  o  I t a ú  C u l t u r a l  
d e  c r i a ç ã o  e  o r g a n i z a ç ã o  d e  u m  B a n c o  d e  D a d o s  I n f o r m a t i z a d o  s o b r e  
F o t o g r a f i a n  o  Brasil, s é c u l o x  i x  e s é c u l o  x x ,  c u r a d o r i a d  e  R u b e n s  F e r n a n d e s  
J u n i o r  e P e d r o  V a s q u e z ,  q u e  s o b  c o o r d e n a ç ã o  d e  M á r c i a  R i b e i r o ,  r e u n i u  m a i s  
d e  3 m i l  f o t o g r a f i a s  d e  a p r o x i m a d a m e n t e  3 0 0  f o t ó g r a f o s  b r a s i l e i r o s .  
R e a l i z a ç ã o  d a  i v  S e m a n a  S e r g i p a n a  d e  F o t o g r a f i a ,  p r o m o v i d o  p e l a  
U n i v e r s i d a d e  F e d e r a l d  o  S e r g i p e , e  m  A r a c a j u .  
E x p o s i ç ã o  e l i v r o Antropologia da face gloriosa,  d e  A r t h u r  O m a r , p  o r  ocasião  
d a  x x  Bienal I n t e r n a c i o n a l d  e  S ã o  P a u l o ,  e d i ç ã o  d a  C o s a c  & N a i f y .  
E x p o s i ç ã o  n a  P i n a c o t e c a d  o  E s t a d o  e l i v r o  e d i t a d o  p e l a  T e r r a  V i r g e m  E d i t o r a  — 
O  Ú l t i m o  G r i t o  — d e  K l a u s  M i t t e l d o r f .  
R e a l i z a ç ã o e  m  a g o s t o ,  d a  n  Bienal I n t e r n a c i o n a l  d e  F o t o g r a f i a  C i d a d e d  e  
C u r i t i b a ,  e s t a d o  d o  P a r a n á ,  c u r a d o r i a  d e  O r l a n d o  A z e v e d o .  
M o r r e m  e m  S ã o  P a u l o  G e r a l d o  d e  B a r r o s  e D o m i c i o  P i n h e i r o ,  i m p o r t a n t e s  
n o m e s  d a  f o t o g r a f i a  b r a s i l e i r a  e x p e r i m e n t a l  e j o r n a l í s t i c a ,  r e s p e c t i v a m e n t e .  
P r ê m i o  G a ú c h o d  e  F o t o g r a f i a ,  i n c e n t i v o  à a t i v i d a d e  a r t í s t i c a  c o n c e d i d a  p e l a  
S e c r e t a r i a d  e  E s t a d o  d a  C u l t u r a d  o  R i o  G r a n d e d  o  S u l .  
R e a l i z a ç ã o  d o   n  FOTONORTE — 1 9 9 8 ,  q u e  r e u n i u  a p r o d u ç ã o  d o s  f o t ó g r a f o s  
d a  r e g i ã o  e c o n v i d a d o s  d a  C o l ô m b i a ,  E q u a d o r ,  P e r u  e V e n e z u e l a , e  m  t o r n o  
d a  p u b l i c a ç ã o Amazônia o olhar sem fronteiras.
E m  a g o s t o  o I n s t i t u t o  M o r e i r a  Salles a d q u i r e  a C o l e ç ã o  G i l b e r t o  F e r r e z ,  
o  m a i s  i m p o r t a n t e  a c e r v o d  e  f o t o g r a f i a s  b r a s i l e i r a s  d o  s é c u l o  x i x .  
L a n ç a m e n t o d  o  l i v r o  0 retrato paraense,  d e  C l á u d i o  d e  L a  R o c q u e  L e a l ,  
p e l a  F u n d a ç ã o  R ô m u l o  M a i o r a n a ,  B e l é m ,  P a r á .  
H o r i z o n t e  R e f l e x o ,  e x p o s i ç ã o  c o l e t i v a ,  c u r a d o r i a d  e  E d u a r d o  B r a n d ã o  e 
L i s e t t e  L a g n a d o , e  m  j u l h o / a g o s t o ,n  o  C e n t r o  C u l t u r a l  L i g h t ,  R i o d  e  J a n e i r o .  
G a l e r i a  C a m a r g o  Vilaça p r o m o v e  e x p o s i ç ã o  i n d i v i d u a l d  e  M i g u e l  R i o  B r a n c o ,  
e m  j u n h o ,  q u e  v i a j o u  p a r a  N o v a Y
  o r k ,  L o s  A n g e l e s ,  A l e m a n h a ,  M é x i c o  e ,  
f i n a l m e n t e ,  x x m  Bienal I n t e r n a c i o n a l  d e  S ã o  P a u l o .  
E x p o s i ç ã o  c o l e t i v a  J o g a d a s / C o n d u i t e s  d e  B aile, c u r a d o r i a d  e  N a i r  B e n e d i c t o  
e  R o s e l y  N a k a g a w a ,  r e a l i z a d o e  m  j u n h o p  o r  o casião  d a  C o p a  d o  M u n d o ,  
n o  C e n t r e  R e g i o n a l  d e  l a  P h o t o g r a p h i e ,  N o r d  P a s - d e - C a l a i s .  
C r i a d o  o  Bacharelado e m  F o t o g r a f i a ,  o p r i m e i r o  p r o g r a m a  d e  g r a d u a ç ã o  
d o  g ê n e r o n  o  País, o f e r e c i d o  p e l o  C e n t r o d  e  C o m u n i c a ç õ e s  e A r t e s d  o  
S e n a c ,  S ã o  P a u l o .  
1999  E x p o s i ç ã o  O  Z e n  e  a A r t e  G l o r i o s a  d a  F o t o g r a f i a , d  e  A r t h u r  O m a r ,  
n o  C e n t r o  C u l t u r a l  B a n c o d  o  Brasil, d e  j a n e i r o  a a b r i l ,  R i o  d e  J a n e i r o .  
E m  o u t u b r o d  o  m e s m o  a n o ,  A r t h u r  O m a r  realiza u m a  m o s t r a  i n d i v i d u a l  
d e  s e u s  v i d e o s  e  filmes  n o  M u s e u d  e  A r t e  M o d e r n a d  e  N o v a  Y o r k .  
R e a l i z a d a n  o  K u n s t m u s e u m ,  c i d a d e d  e  W o l f s b u r g ,  A l e m a n h a ,  a e x p o s i ç ã o  
L a b i r i n t o s  e I d e n t i d a d e s  — P a n o r a m a  d a  F o t o g r a f i a  B rasileira 1 9 4 6 - 1 9 9 8 ,  
c u r a d o r i a d  e  R u b e n s  F e r n a n d e s  J u n i o r .  
Início d a s  e d i ç õ e s  d a Revista da Casa do Vaticano,  p r o j e t o  G r á f i c o s  B u r t i ,  
c o m  p e r i o d i c i d a d e  t r i m e s t r a l .  
O  IPHAN — I n s t i t u t o d  o  P a t r i m ô n i o  H i s t ó r i c o  e A r t í s t i c o  N a c i o n a l ,  l a n ç a a 2 j-
e d i ç ã o  d a Revista do Patrimônio,  o r g a n i z a d a  p e l a  h i s t o r i a d o r a  M a r i a  I n ê z T u r a z z i ,  
c o m  a t e m á t i c a  f o t o g r a f i a ,  r e u n i n d o  a r t i g o s  e e n s a i o s d  e  especialistas d o  Brasil 
e d o  e x t e r i o r .  
A q u i s i ç ã o  p e l o  I n s t i t u t o  M o r e i r a  Salles d o  a r q u i v o  f o t o g r á f i c o  d e  M a r c e l  
G a u t h e r o t ,  c o m  c e r c a  d e  2^ m i l  i m a g è n s d  o  Brasil. 
2000  S e m i n á r i o  " C o n v e r s a d  o  O l h a r  — 1 6 0  a n o s  d a  f o t o g r a f i a  n o  Brasil", o r g a n i z a d o  
p e l o  f o t ó g r a f o  Z e k a  A r a ú j o ,  n o  C e n t r o  C u l t u r a l  B a n c o d  o  Brasil, R i o d  e  
Janeiro. 
L i v r o  e e x p o s i ç ã o  Brasil j o o  A n o s ,  c o l e t i v a  r e a l i z a d a n  o  T e a t r o  N a c i o n a l  
p o r  o c a s i ã o d  o  a n i v e r s á r i o  d e j  o o  a n o s d  o  B rasil, r e u n i n d o  d e z e n a s d  e  
f o t ó g r a f o s  b r a s i l e i r o s .  
O  C e n t r o  P o r t u g u ê s d  e  F o t o g r a f i a ,  s o b  d i r e ç ã o  d e  T e r e s a  Siza, e x i b e p  o r  
o c a s i ã o  d o s j  o o  a n o s  d a  d e s c o b e r t a d  o  Brasil as s e g u i n t e s  e x p o s i ç õ e s :  
A  C o l e ç ã o d  o  I m p e r a d o r ,  c u r a d o r i a  d e  J o a q u i m  M a r ç a l ;  F o t o A t i v a ,  
c u r a d o r i a  d e  M i g u e l  C h i k a o k a ;  L a b i r i n t o  e I d e n t i d a d e s  — P a n o r a m a  d a  
F o t o g r a f i a  B rasileira 1 9 4 6 - 9 8 ,  c u r a d o r i a  d e  R u b e n s  F e r n a n d e s  J u n i o r ;  
i n d i v i d u a l  d e  T h o m a z  F a r k a s ,  c u r a d o r i a d  e  T e r e s a  Siza. 
E x p o s i ç ã o  O  S é c u l o  x i x  n a  F o t o g r a f i a  Brasileira, c u r a d o r i a  d e  R u b e n s  F e r n a n d e s  
J u n i o r  e P e d r o  C o r r ê a d  o  Lago, e m  s e t e m b r o  n o  Palácio Itamaraty, Brasília. 
E x p o s i ç ã o  Brasil s e m  F r o n t e i r a s ,  p r o j e t o  a p r e s e n t a d o  n a   111  Bienal 
I n t e r n a c i o n a l d  e  F o t o g r a f i a  C i d a d e  d e  C u r i t i b a ,  q u e  r e u n i u  o s  f o t ó g r a f o s  
T i a g o  S a n t a n a ,  Elza L i m a ,  E d V i g g i a n i ,  C e l s o  O l i v e i r a  e A n t o n i o  A u g u s t o  
F o n t e s .  O  l i v r o  f o i  p u b l i c a d o  p o s t e r i o r m e n t e , e  m  2 0 0 2 .  
Possíveis I m a g e n s :  F o t o g r a f i a  C o n t e m p o r â n e a , n  a  v i  S e m a n a d  e  A r t e  d e  
L o n d r i n a ,  e x p o s i ç ã o  c o l e t i v a ,  c o m  c u r a d o r i a  d e  A n g e l a  M a g a l h ã e s  e N a d j a  
P e r e g r i n o , n  a  C a s a  d e  C u l t u r a  d a  U n i v e r s i d a d e  E s t a d u a l  d e  L o n d r i n a ,  P a r a n á .  
I n a u g u r a ç ã o  d a  r e s e r v a  t é c n i c a  f o t o g r á f i c a  d o  I n s t i t u t o  M o r e i r a  Salles, n a  c i d a d e  

2 0 8
d o  R i o d  e  J a n e i r o ,  o m a i o r  e m a i s  b e m  e q u i p a d o  e d i f í c i od  o  g ê n e r o d  o  p a i s .  
C o m e m o r a ç ã o  d o s  d e z  a n o s d  e  a t i v i d a d e s  d a  C a s a  F u j i d  e  F o t o g r a f i a ,  S ã o  P a u l o .  
E x p o s i ç ã o  i n d i v i d u a l  e l a n ç a m e n t o d  o  l i v r o Benditos,  d e  T i a g o  S a n t a n a ,  
n o  M e m o r i a l d  a  C u l t u r a  C e a r e n s e ,  F o r t a l e z a .  

P u b l i c a ç ã o d  o  l i v r o Fotógrafos alemães no Brasil do século XIX, p e s q u i s a d  e  

PedroK
  a r p  V a s q u e z ,  e d i t a d o  p e l a  M e t a l i v r o s .  
F o t o g r a f i a  B r a s i l e i r a  C o n t e m p o r â n e a  -  C o l e ç ã o  J o a q u i m  P a i v a ,  
n o  M u s e u  N a c i o n a l d  e  A r t e ,  n a  c i d a d e d  e  L a  P a z ,  B o l í v i a .  
v M ê s  I n t e r n a c i o n a l  d a  F o t o g r a f i a ,  r e a l i z a d o  p e l o  NAFOTO, 
s o b  C o o r d e n a ç ã o  G e r a l d  e  R u b e n s  F e r n a n d e s  J u n i o r ,  c o m   o t e m a  " R a í z e s  
e A s a s " .  A  o r g a n i z a ç ã o d  o  e v e n t o  e s t e v e  a c a r g o d  e  N a i r  B e n e d i c t o ,  

F a b i a n a  F i g u e i r e d o ,  F a u s t o  C h e r m o n t ,  J u l i a  R a p o s o  e M o n i c a  C a l d i r o n .  

2001-03

2001  A  C o l e ç ã o  P i r e l l i - M a s p  é e x i b i d a ,  p a r c i a l m e n t e , n  a  E m b a i x a d a d  o  B r a s i l  
e m  R o m a ,  e m  m a i o - j u n h o ,e  m  c o m e m o r a ç ã o  a o s  d e z  a n o s d  a  c o l e ç ã o .  
V e r m e l h o s  T e l ú r i c o s ,  e x p o s i ç ã o  i n d i v i d u a l d  e  V i c e n t e d  e  M e l l o ,  r e a l i z a d a  
e m  j u n h o - j u l h o ,  n o  C e n t r o  C u l t u r a l  B a n c o d  o  B r a s i l ,  R i o d  e  J a n e i r o .  
E x p o s i ç ã o d  e  M i g u e l  R i o  B r a n c on  o  P e g g y  G u g g e n h e i m ,e  m  V e n e z a ,  n o s  e v e n t o s  

p a r a l e l o s  à B i e n a l d  e  V e n e z a ,  p r o m o v i d o s  p e l a  a s s o c i a ç ã o  B r a s i l C o n n e c t s .  
O  t r a b a l h o d  o  f o t ó g r a f o  A l a i r  G o m e s  é e x i b i d o  c o m  s u c e s s oe  m  P a r i s ,  

n a  F o n d a t i o n  C a r t i e r p  o u r  L ' A
  r t  C o n t e m p o r a i n , c  o m  l i v r o  e d i t a d o  p e l a  

T h a m e s  & H u d s o n ,  c u r a d o r i a d  e  H e r v é  C h a n d é s .  
R e a l i z a ç ã o  d a  e x p o s i ç ã o  c o l e t i v a  T r a n s f i g u r a ç õ e s   -  O  R i o n  o  O l h a r  
C o n t e m p o r â n e o ,  c u r a d o r i a d  e  A n g e l a  M a g a l h ã e s  e N a d j a  P e r e g r i n o ,  

n o  C e n t r o  C u l t u r a l  d a  L i g h t ,  R i o d  e  J a n e i r o .  
L a n ç a m e n t o d  o  l i v r o , c  o m  DVD, Entre os olhos o deserto,  d e  M i g u e l  R i o  B r a n c o ,  

p e l a  e d i t o r a  C o s a c  & N a i f y .  
R e a l i z a ç ã o ,e  m  n o v e m b r o ,  n o  R i o d  e  J a n e i r o , d  a  e x p o s i ç ã o  r e t r o s p e c t i v a  
O Brasil de Marcel Gautherot,  p r o m o v i d o  p e l o  I n s t i t u t o  M o r e i r a  Salles. 
O s  f o t ó g r a f o s  b r a s i l e i r o s  V i k  M u n i z  e  S e b a s t i ã o  S a l g a d o  i n t e g r a m  a l i s t a  
d o s d  e z  m e l h o r e s  p r o f i s s i o n a i s  d o  a n o ,  p r o d u z i d a  p e l o s  m a i s  c o n s i d e r a d o s  

c r í t i c o s d  e  f o t o g r a f i a  d a  E u r o p a  e d o s  E s t a d o s  U n i d o s .  
A e d i t o r a  C a p i v a r a  p r o m o v e   a p u b l i c a ç ã o d  e  u m a  c o l e ç ã o d  e  l i v r o s d  e  
f o t ó g r a f o s  a t u a n t e s n  o  s é c u l o x  i x . P
  edroK
  a r p  V a s q u e z  e s u a  p e s q u i s a  s o b r e  

2 0 9
R e v e r t  H e n r i q u e  K l u m b ;  P e d r o  C o r r ê a d  o  L a g o  s o b r e  M i l i t ã o ;  B i a  C o r r ê a  

d o  L a g o  s o b r e  A u g u s t o  S t a h l ;  e  G e o r g e E
  r m a k o f f  s o b r e  J u a n  G u t t i e r r e z .  
L a n ç a m e n t o d  o  C a l e n d á r i o  B u r t i  2 0 0 2 , Havana,  e n s a i o  d e  M i g u e l  R i o  B r a n c o ,  
e  e x p o s i ç ã o , e  m  d e z e m b r o ,n  o  P a r q u e  d a  L u z ,  p r o m o v i d a  p e l a  P i n a c o t e c a  
d o  E s t a d o .  

2002  E n t r e g ad  o  p r ê m i o , e  m  m a r ç o , d  e  M e l h o r  E x p o s i ç ã o  d e  2 0 0 1 ,  a A r t h u r O


  mar 
p e l a  A s s o c i a ç ã o  P a u l i s t a  d o s  C r í t i c o s d  e  A r t e .  

E x p o s i ç ã o  e l a n ç a m e n t o d  o  l i v r o  N o t u r n o s , d  e  C á s s i o  V a s c o n c e l l o s ,  

d i a  2 4  d e  s e t e m b r o ,  n a  G a l e r i a  V e r m e l h o .  O  l i v r o t  e m  t e x t o s d  e  N e l s o n  B r i s s a c  
P e i x o t o  e R u b e n s  F e r n a n d e s  J u n i o r .  

A  G a l e r i a  P a u l  M i t c h e l l ,  c o o r d e n a d a p  o r  C l i f  L e e , e  m  1 4 d  e  o u t u b r o ,  r e a l i z o u  
s u a  c e n t é s i m a  e x p o s i ç ã o ,e  m  n o v e  a n o s d  e  a t i v i d a d e  i n i n t e r r u p t a , t  o r n a n d o - s e  
u m a  d a s  e x p e r i ê n c i a s  m a i s  d u r a d o u r a s d  a  f o t o g r a f i a  b r a s i l e i r a .  
I n a u g u r a ç ã o  d a  G a l e r i a  V e r m e l h o , d  e  E d u a r d o  B r a n d ã o  e  E l i a n a  F i n k e l s t e i n ,  
c o m  a e x p o s i ç ã o d  e  R a f a e l  A s s e f ,  E l i a n a  B o r d i n  e o u t r o s .  

P r o m u l g a ç ã o d  o  P r ê m i o  F u n d a ç ã o  C o n r a d o  W e s s e l d  e  F o t o g r a f i a  P u b l i c i t á r i a ,  
e m   7 d e  n o v e m b r o .  P r i m e i r o  P r ê m i o ,  K l a u s  M i t t e l d o r f ;  s e g u n d o  P r ê m i o ,  
M a u r í c i o  N a h a s ;  t e r c e i r o  P r ê m i o ,  F u l a n o .   A  s e l e ç ã o f  o i  r e a l i z a d a  e n t r e  
a p r o x i m a d a m e n t e  8 j o  f o t o g r a f i a s ,  d a s  q u a i s f  o r a m  s e l e c i o n a d a s  1 0 0  i m a g e n s  
d e  d i s t i n t o s  f o t ó g r a f o s .  

L a n ç a m e n t od  o Dicionário histórico-crkico brasileiro —fotógrafos e oficio da


fotografia no Brasil (1833-lçio),  a u t o r i a d  e  B o r i s  K o s s o y , e  m  o u t u b r o ,  
e d i t a d o  p e l o  I n s t i t u t o  M o r e i r a  Salles. 

P u b l i c a ç ã o d  o  l i v r o The Eternal Now,  d e  M a r i o  C r a v o  N e t o ,  p e l a  Á r i e s  E d i t o r a .  

L a n ç a m e n t o ,e  m  j u l h o , d  o  c a t á l o g o  d a  C o l e ç ã o d  e  F o t o g r a f i a sd  o  a c e r v o d  o  
MAM d e  S ã o  P a u l o .  
E x p o s i ç ã o  e l i v r o 0 esplendor dos contrários: aventuras da cor caminhando sobre
as águas do rio Amazonas,  d e  A r t h u r  O m a r ,  n o  C e n t r o  C u l t u r a l  B a n c o d  o  B r a s i l ,  
S ã o  P a u l o ,  e d i ç ã o d  a  C o s a c  &  N a i f y .  

F o r m a - s e  a i T u r m a d  a  F a c u l d a d e d  e  F o t o g r a f i ad  o  S e n a c ,  c o m  3 9  a l u n o s .  
E m  d e z e m b r o  é l a n ç a d o  o  l i v r o A fotografia paraense 80/90,  e m  B e l é m ,  q u e  
r e g i s t r a  o s  v i n t e  a n o s d  e  a t i v i d a d e s d  o  m o v i m e n t o  F o t o A t i v a  e  a i m p o r t â n c i a  d a  
p r o d u ç ã o  p a r a e n s e n  o  c e n á r i o  n a c i o n a l ,  c o m  c o o r d e n a ç ã o d  e  M a r i a n o  K l a u t a u .  
L a n ç a m e n t o d  o Cadernos de Fotografia Brasileira,  e m  d e z e m b r o ,  p u b l i c a ç ã o  
a n u a l d  o  I n s t i t u t o  M o r e i r a  Sa l l e s, c o m u  m  n ú m e r o  t o t a l m e n t e  d e d i c a d o  a o s  
1 0 0  a n o s d  e  C a n u d o s .  

W a l d e m a r  C o r d e i r o  e  a F o t o g r a f i a ,  e x p o s i ç ã o n  o  C e n t r o  U n i v e r s i t á r i o  
M a r i a  A n t o n i a  d a  USP, e m  s e t e m b r o ,  c u r a d o r i a d  e  H e l o u i s e  C o s t a  e l i v r o  

e d i t a d o  p e l a  C o s a c  & Naify. 
Faces ofthe Rainforest,  l i v r o  d e  Valdir C r u z  s o b r e  o s  í n d i o s Y a n o m a m i ,  e d i t a d o  
p e l a  P o w e r H o u s e  B o o k s ,  N o v a  Y o r k  [edição brasileira: C o s a c  & Naify, n o  p r e l o ] .  
P u b l i c a ç ã o  d o  l i v r o , Verger um retrato em preto e branco,  b i o g r a f i a  d e  P i e r r e  
F a t u m b i  Verger, d e  C i d a  N ó b r e g a  e  R e g i n a  E c h e v e r r i a ,  p e l a  e d i t o r a  C u r r u p i o ,  

d e  Salvador. 

2003  R e a l i z a ç ã o  d a  e x p o s i ç ã o  ARTEFOTO, c u r a d o r i a  d e  L igia C a n o n g i a ,  


n o  C e n t r o  C u l t u r a l  B a n c o  d o  Brasil, n a  c i d a d e d  o  R i o  d e  J a n e i r o ,  c o m  i n i c i o  
e m  16 d e  d e z e m b r o d  e  2 0 0 2   e e n c e r r a m e n t o e  m   28 d e  f e v e r e i r o .  
E n t r e g a  d o  P r ê m i o  d a  Associação  Paulista d e  C r í t i c o s d  e  A r t e , e  m  m a r ç o ,  
a  C á s s i o V a s c o n c e l l o s ,  p e l a  M e l h o r  E x p o s i ç ã o  d e  F o t o g r a f i a  d o  a n o  d e  2 0 0 2 .  
R e a l i z a ç ã o  d o   1 E n c o n t r o  G a ú c h o d  e  F o t o g r a f i a ,  n a  C a s a  d e  C u l t u r a  M á r i o  
Q u i n t a n a , e  m  1 2  e  13 d e  a b r i l , n  a  c i d a d e  d e  P o r t o  A l e g r e .  
v i  M ê s  I n t e r n a c i o n a l  d a  F o t o g r a f i a ,  r e a l i z a d o  p e l o  N ú c l e o  d o s  A m i g o s  
d a  F o t o g r a f i a  — NAFOTO — n a  c i d a d e d  e  S ão P a u l o ,  s o b  c o o r d e n a ç ã o  
d e  F a u s t o  C h e r m o n t  e R u b e n s  F e r n a n d e s  J u n i o r ,n  o  p e r í o d o d  e  1 ^ d e  m a i o  

a  1 í  d e  j u n h o .  
BIOGRAFIAS

v
ARAQUÉM ALCÂNTARA [Florianópolis, SC, 1951] e ensaísta Mário Pedrosa, figura fundamental na sua
Cursou a Faculdade de Jornalismo da Universidade formação artística e intelectual. No final dos anos
de Santos, São Paulo. Iniciou na fotografia em 1970, 40, junto aThomaz Farkas, organizou o laboratório
desenvolvendo um trabalho de documentação sobre a de fotografia do Masp, onde desenvolveu seus proje-
natureza e os processos de devastação, tornando-se tos fotográficos e iniciou a preparação da sua
um dos precursores da fotografia ecológica no Brasil. primeira exposição FotoFormas, realizada em 1950.
Desde o início de sua carreira em Santos, ganhou Com ela ganhou uma bolsa de estudos do governo
32 prêmios nacionais e seis internacionais e realizou francês e, no ano seguinte, se transferiu para Paris.
mais de uma centena de exposições. Dentre os Nesse período estudou gravura na Escola Superior
prêmios, destaca-se o Presença da Criança nas de Belas Artes com S.W. Hayter e conheceu Cartier-
Américas, concedido pela Unicef em 1979 e 1983, e Bresson, Giorgio Morandi, Brassai, entre outros. Em
o Grande Prêmio na I Bienal de Fotografia Ecológi- 1952, de volta ao Brasil, junto com outros artistas,
ca, realizada em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, fundou o Grupo Ruptura, expoente da arte concreta
(1982) e Prêmio de Melhor Exposição de 1993 con- do país. 0 grupo participou da I Exposição Nacional
cedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte, de Arte Concreta, em São Paulo (1956) e no Rio de
de São Paulo. De 1973 a 1984 foi fotógrafo dos Janeiro (1957), e da mostra internacional Konkrete
jornais 0 Globo, 0 Estado de São Paulo, Jornal da Kunst, organizada por Max Bill, em Zurique. A partir
Tarde, Tribuna de Santos e, a partir de 1985, torna- de 1954 exerceu atividades em artes gráficas e
se freelancer publicando inúmeros ensaios e reporta- desenho industrial. Na década de 60, participou da
gens nos principais jornais e revistas do Brasil e do criação do Grupo RexTime que realizou os primeiros
exterior. Principais exposições individuais e coletivas: happenings em São Paulo. Nos anos 70, sua perma-
Brésil des Brésiliens, Centre Georges Pompidou, nente inquietação o fez retomar em sua obra pictó-
Paris (1983); Hecho en Latino America, Casa de Ias rica os princípios fundamentais da arte concreta,
Américas, Havana, Cuba (1984); I Quadrienal de e passou a trabalhar com o conceito de serialização.
Fotografia do Museu de Arte Moderna de São Paulo 0 resultado desse trabalho foi exposto na Bienale
(1985); Floresta Atlântica e Mangues, Galeria de Venezia, em 1986, e na Suíça no ano seguinte.
Fotóptica, São Paulo (1987); Brasil: Cenário e Em 1993, sua obra fotográfica foi organizada pelo
Personagens, Galeria de Fotografia Funarte, Musée de L'Elysée, em Lausanne, na mostra "Geraldo
Rio de Janeiro (1989); Mar de Dentro, MIS, São de Barros, Peintre et Photographe", exibida poste-
Paulo (1991); Coleção Pirelli-Masp de Fotografias, riormente em São Paulo (1994), Rio de Janeiro e
São Paulo (1992); Luzes de Alcântara, Casa da Curitiba (1996). Realizou inúmeras exposições no
Fotografia Fuji, São Paulo (1994); Verde Lente, Brasil e no exterior e seus trabalhos fazem parte de
M A M de São Paulo (1997);Terra Brasil, Canning importantes coleções, públicas e privadas, entre as
House Gallery, Londres (1997);Terra Brasil, Pina-' . quais destacam-se: Masp, M A M de São Paulo, M A M
coteca do Estado, São Paulo (1998).Tem dezenas de do Rio de Janeiro, Bienale de Venezia, Musée de
livros publicados, e no Terra Brasil, de 1998, resume L'Elysée, Lausanne, Ludwig Museum, Kõln e Musée
em 280 páginas e 320 fotografias o melhor dessa d ' A r t Contemporain, Grenoble. Em 1999, foi realiza-
grande aventura pelo país e, desde já, se configura da uma exposição em Colônia, Alemanha e São
como uma importante contribuição ao conhecimento Paulo, com a publicação de um livro com toda as
de nossa geografia, da biodiversidade e das riquezas séries Fotoformas e Sobras. Em 2002, seu trabalho
naturais e culturais presentes nos 36 parques integrou a exposição coletiva Modernismo no Centro
nacionais brasileiros. Em 2000 realizou a a exposição Cultural São Paulo.
e o lançamento do livro Brasil iluminado, no MIS de
São Paulo. A exposição Amazônia, floresta do mundo, NAIR BENEDICTO CSão Paulo, SP, 19401 Licencia-
no Sesc Pompéia, foi realizada em 2002. da em Rádio e Televisão pela Escola de Comunicações
e Artes da Universidade de São Paulo. Começou como
GERALDO DE BARROS [Xavantes, SP, 1923-São repórter fotográfica freelancer no Jornal da Tarde
Paulo, SP, 19981 Pintor, designer e fotógrafo iniciou em 1972, e sempre optou por um trabalho livre e
suas atividades em fotografia em 1946, quando independente na área de documentação fotográfica.
associou-se ao Foto Cine Clube Bandeirante, de São Seus trabalhos são publicados nas maiores revistas
Paulo. Dois anos mais tarde entrou em contato com a nacionais e estrangeiras, entre as quais destacam-se:
Teoria da Forma (GestaltTheorie), através do crítico Veja, Isto É, Marie Claire, Cláudia, Stern, Paris

2 1 3
Match, BBC-Illustré, NewsWeek, Time, Geo plumas (1984, sobre poema de João Cabral de Melo
Magazine, Figaro Magazines Expresso. Ganhou o Neto); Bahia amada Amado (1996, sobre obra de
Prêmio Embratur - Revista ícaro (1984), X I Prêmio Jorge Amado). Seus livros foram traduzidos para
Abril de Fotojornalismo - Revista Veja (1985), e cinco idiomas, e Xingu - território tribal foi conside-
Melhor Fotorreportagem de Turismo - Prêmio Varig/ rado pela Kodak o melhor livro fotográfico de 1980,
Revista ícaro (1988). Suas exposições individuais e na Alemanha. Recebeu várias bolsas de estudo
coletivas mais relevantes foram: 0 Povo Brasileiro, Rio para desenvolver seu trabalho, entre elas da John
de Janeiro (1979); 11 Colóquio Latino Americano de Guggenheim Foundation (EUA, 1970), do Conselho
Fotografia, México (1981); Brésil des Brésiliens, Cen- Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
tre Georges Pompidou, Paris (1983); Fotojornalismo ( 1 9 8 1 e 1987), da Fundação de Amparo à Pesquisa
nos Anos 80, MIS, São Paulo (1985); 0 Olhar da F-4, do Estado de São Paulo (1984.-87), da Japan Foun-
Casa da Fotografia Fuji (1990); Canto a Ia Realidad, dation (1987). Seus prêmios mais importantes foram
Madrid, Espanha (1993); Fotografia Brasileira Con- o Prêmio Especial da Associação Paulista de Críticos
temporânea, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de de Arte, São Paulo, (1975 e 1987), o Prêmio Abril
Janeiro (1995); I I I Mês da Fotografia, Quito, Equador de Fotojornalismo, São Paulo (1984) e o Prêmio
(1995); History of Women Photographers, New York Golfinho de Ouro em Fotografia, Rio de Janeiro
Public Library, Nova York (1997). É sócia fundadora (1987). Realizou exposições no Brasil e no exterior,
da Agência F-4 Fotojornalismo (1979-91) e da destacando-se: Masp (1965); Fotógrafos de São
N-Imagens (1991), onde trabalha atualmente, e tam- Paulo, MAC-USP (1971); Xingu/Terra, Sala Especial
bém do NAFOTO - Núcleo dos Amigos da Fotografia, na X I I Bienal Internacional de São Paulo (1975)
entidade que realiza o Mês Internacional de e no Museum of Natural History, Nova York (1982);
Fotografia de São Paulo.Tem diversos livros publica- 0 Turista Aprendiz, Sala Especial na X V I I I Bienal
dos, entre os quais, As melhores fotos de Nair Bene- Internacional de São Paulo (1985) e Sala Especial
dicto (1988) e A greve do ABC e A questão do menor no Salon de Ia Photographie de Paris/La Defense
(1980).Tem fotografias nos acervos do MoMa de (1987); Coleção Pirelli-Masp, Masp (1991).
Nova York, Smithsonian Institution, Washington D.C., Dedicou-se também à elaboração de filmes e vídeos
M A M do Rio de Janeiro e Masp. Atualmente, organiza documentários sobre a realidade brasileira, a arte
exposições e ministra workshops, palestras e cursos popular e as tradições culturais. Em 1988, foi uma
nas principais cidades brasileiras. Em 2000 participou das convidadas de Darcy Ribeiro para conceituar e
do livro Brasil das Artes e, em 2001, participou da organizar uma coleção de arte popular latino-ameri-
exposição coletivaTrês Brasíles, no Museo Municipal cano para a Fundação Memorial da América Latina,
de Bellas Artes Genaro Perez, Córdoba, Argentina. projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer. Atualmente,
além de fotógrafa, é curadora do Pavilhão de Cria-
MAUREEN BISILLIAT [Englefieídgreen, Surrey, tividade do Memorial da América Latina, em São
Inglaterra, 1931] Estudou artes plásticas com André Paulo. Em 2001 expôs seu trabalho na Mostra Brasil
Lothe em Paris e com Morris Kantor no A r t Stu- Profundo, em Santiago, Chile. No mesmo ano também
dents League em Nova York. Viajou muito desde participou da exposição coletiva Tres Brasiles no
criança vivendo na Dinamarca, Argentina, Suíça e Museo Municipal de Bellas Artes Genaro Perez, em
Estados Unidos. Estabelecida no Brasil desde 1952, Córdoba, Argentina.
considera-o seu país. Movida pela necessidade de um
contato mais direto com a realidade, abandonou a LUIZ BRAGA [Belém, PA, 1956] Luiz Otávio
pintura em 1962, dedicando-se à fotografia. De 1964 Salameh Braga. Graduado em Arquitetura. Autodida-
a 1972 trabalhou com fotojornalismo para a Editora t a em fotografia, é profissional desde 1975 e em seu
Abril, nas revistas Realidade e Quatro Rodas, o que estúdio, desenvolve trabalhos comerciais nas áreas de
lhe proporcionou a primeira vivência direta com os turismo, arquitetura e propaganda. A partir de 1980
elementos da terra e do homem brasileiro. Como intensificou a produção de ensaios fotográficos con-
resultado dessa experiência vivida nos lugares mais centrados conceitualmente na visualidade da Amazô-
longínquos do Brasil, aprofundou seu conhecimento nia. Nesse percurso conquistou alguns prêmios
através da literatura e publicou os seguintes livros: A importantes: V I I Salão Nacional de Artes Plásticas,
João Guimarães Rosa (1965); Xingu - território Funarte, Rio de Janeiro (1984); Salão Arte Pará,
tribal (1979); Sertões - luz e trevas (1982, sobre o Belém (1985 e 1987 e 1989); Bolsa Marc Ferrez
livro Os Sertões de Euclides da Cunha); O cão sem do Instituto Nacional de Fotografia, Funarte, Rio de

2 1 4
Janeiro (1988); I Anuário do Clube de Diretores MARIO CRAVO NETO [Salvador, BA, 1947] Em
de Arte do Brasil, São Paulo (1989); The Leopold 1964, viveu e aprofundou seus estudos de escultura
Godowsky Jr. Color Photography Awards, Boston e fotografia em Berlim, e entre 1968 e 1970,
University, EUA (1991); Bolsa de Artes da Fundação morou em Nova York. Depois do reconhecimento
Vitae, São Paulo (1996). Na década de 80, par- como escultor, o artista iniciou sua trajetória na
ticipou da organização da IV Semana Nacional de fotografia, no cinema e, atualmente, no vídeo, uti-
Fotografia realizada pelo Instituto Nacional da lizando toda a experiência visual adquirida no
Fotografia na cidade de Belém, e do Workshop 24 desenho e na escultura. Seu primeiro prêmio foi
horas de Belém, do Grupo Foto Pará. Realizou diver- uma Menção Honrosa no I I Salão Baiano de
sas exposições no Brasil e no exterior, entre elas: I Fotografia Contemporânea, Salvador (1968).
PortFolio, Galeria Theodoro Braga, Belém (1979); Depois veio o Prêmio Governador do Estado, na X I
No Olho da Rua, Centro Cultural São Paulo (1984); Bienal Internacional de São Paulo (1971); Melhor
Tradição e Ruptura, Bienal Internacional de São Fotógrafo pela Associação Paulista de Críticos de
Paulo (1984); I Quadrienal de Fotografia, Masp Arte, São Paulo (1980 e 1995); Prêmio Nacional
(1985); V I I Salão Nacional de Artes Plásticas, Gale- de Fotografia, Ministério da Cultura, Funarte, Rio
ria Sergio Milliet, Rio de Janeiro (1985); Fotografis- de Janeiro (1996); e o Grande Prêmio na exposição
mo, Galeria de Fotografia da Funarte, Rio de Janeiro Panorama do M A M de São Paulo (1997). Citado no
(1985); À Margem do Olhar, Belém, Brasília, São Dictionnaire des Photographes, de Carole Naggar,
Paulo e Rio de Janeiro (1987); Brasil Cenários e Editions du Seuil, França, e na Encyclopédie Inter-
Personagens, Galeria de Fotografia Funarte, Rio de nationale des Photographes 1839-1983, Editions
Janeiro (1988); FotoForum, no Litovské Muzeum Camera Obscura, Suíça, é o fotógrafo brasileiro
Ruzomberok, Tchecoslováquia (1989); Anos-Luz, mais reconhecido no circuito internacional de gale-
Masp (1992); Image du Brésil, na Fundação Suíça rias e museus. Dentre as inúmeras exposições rea-
para a Fotografia, Zurique (1992); A Face Negra da lizadas no Brasil e no exterior destacam-se: Salone
Sociedade Brasileira, Galeria de Fotografia da Internazionale delia Cinematografia, Ottica e
Funarte, Rio de Janeiro (1992); Fotografia Fotografia, Milão (1980); Fundo Neutro e seus
Brasileira Contemporânea, Mês Internacional da Personagens, Galeria Fotóptica, São Paulo (1981);
Fotografia, São Paulo (1993); Espessura da Luz - Biennale Internazionale di Fotografia, Caserta,
Fotografia Brasileira Contemporânea, Bienal Itália (1982); Brazilian Photography, Six Contem-
Internacional do Livro, Frankfurt (1994); Novas poraries, The Photographer's Gallery, Londres
Travessias - Recent Photographie A r t from Brazil, (1982); Brésil des Brésiliens, Centre Georges Pom-
Photographer's Gallery, Londres (1996); Lichtbilder pidou, Paris (1982); 0 Tempo do Olhar - Panorama
- Junge Brasilianische Fotografie- 10 Photoazene, da Fotografia Brasileira Atual, Museu Nacional de
Kõln/Photokina, Colonia (1996). Com um trabalho Belas Artes, Rio de Janeiro ( 1 9 8 3 ) ; Corpo e Alma,
de destaque na Amazônia, possui obras em impor- Espace Latino-Américain, Mois de La Photo, Paris
tantes coleções: M A M do Rio de Janeiro, Coleção (1984); I I Bienal de Havana, Cuba (1988); La
Pirelli-Masp, Instituto Nacional de Artes Plásticas Galeria Kahlo, Coronel, México (1989); Museum
da Funarte do Rio de Janeiro, Photographie voor Fotografie, Antuérpia, Bélgica (1989); Het
Resource Center of Boston University, EUA, Casa da Portret, Canon Image Center, Amsterdã (1990);
Fotografia Fuji, São Paulo, Museu de Arte de Belém, Rencontres Internationales de Ia Photographie,
Pará e diversas coleções privadas. Tem fotografias Aries, França (1991); FotoFest, Houston, EUA
publicadas nos livros Visualidade amazônica, da (1992); V FotoBienal de Vigo, Espanha (1992);
Funarte; Arte Amazonas, editada pelo Instituto Canto a Ia Realidad, Madri, Espanha (1994);
Gõethe; Canto a Ia realidade, editado em Madri; Boras Kunstmuseet, Suécia ( 1 9 9 6 ) ; Bohuslãns
Contemporary Brazilian Photography, editado pela Museum, Áustria (1996); Masp (1995); M A M do
Câmara Brasileira do Livro para a Feira de Frank- Rio de Janeiro (1995); Witkin Gallery, Nova York
f u r t ; Contemporary Photography in Brazil, editado (1997). Publicou mais de 10 livros no período de
em Londres e Brasil das Artes, editado em 1998, 1980 a 1995 e suas fotografias estão nas coleções
São Paulo. Em 2002 participa da exposição coletiva do Museum of Modem A r t , Nova York;Tokyo
e lançamento do livro Fotografia Contemporânea Institute of Polytechnics, Center of Photography,
Paraense Anos 80/90, em Belém, Pará. de Tóquio; Masp; M A M de São Paulo; Suomen
Valokuvataiteen Museo, Helsinki; Stedelijk
Museum, Amsterdã; Hasselblad Collection; dos Pinhais (Nova York, 1996); o catálogo Faces of
Gotemburgo; Museum of Photographic Arts, the Forest (Nova York, 1996). Suas fotografias inte-
San Diego, EUA; DG Bank, Frankfurt; Brooklyn gram importantes coleções, entre elas, New York
Museum, Nova York; Mr. BERT Hartcamp Public Library, Museum of Modern A r t , Brooklyn
Collection, Amsterdã; Mam do Rio de Janeiro. Museum, National Arts Club eThe Cathedral of St.
Nos últimos anos lançou os livros: Salvador (1999), John the Divine, em Nova York; Museum of Fine Arts,
Laróyè (2000) e The Eternal Now (2002), todos Houston, EUA; e, no Brasil, a do Masp, da Fundação
pela Áries Editora. Em 1999 seu trabalho inaugurou Cultural de Curitiba e a Sig Bergamin Collection,
o espaço NeoGama, com 230 fotografias. Em 2003 São Paulo. Há vinte anos vive e trabalha em Nova
participou da exposição coletiva Negras Memórias, York. Em 2002, publicou o livro The Yanomami
Memórias de Negros: o Imaginário Luso-afro- Faces ofthe Rainforest, pela Powerhouse Books
brasileiro e a Herança da Escravidão, na Galeria de [ed. bras. Cosac & Naify, no prelo] e realizou uma
Arte do Sesi, com curadoria de Emanoel Araújo. exposição individual na GaleriaThrockmorton Fine
A r t , em Nova York.
VALDIR CRUZ [Guarapuava, PR, 1954] Autodidata,
aprofundou seus estudos na Germain School of Pho- TH0MAZ FARKAS [Budapeste, Hungria, 1924]
tography, em Nova York e como assistente de George Graduado em Engenharia pela Escola Politécnica da"
Tice em 1986 e 1987. Paralelamente ao seu percurso Universidade de São Paulo e Doutor na área de Cine-
na fotografia, transformou-se num dos melhores ma Documental pela Escola de Comunicações e
printers da cidade de Nova York. Entre seus clientes Artes da mesma Universidade. Além da atividade
nesse trabalho estavam Horst P. Horst, o cole- fotográfica, iniciada no Foto Cine Clube Bandeirante
cionador John Kobal, the state of Edward Steichen, no início da década de 40, ele também foi diretor e
the state of Baron George Hoyningen-Huene, a Staley produtor de Cinema Curta Metragem, Professor na
Wise Gallery e Fabrizio Ferri. Recebeu bolsa de Universidade de São Paulo e um dos empresários
estudos da John Simon Guggenheim Fellowship, mais bem sucedidos na área de fotografia, através da
em 1996, para desenvolver um projeto sobre a região sua companhia, Fotóptica. Em 1949, após realizar
amazônica, especialmente o estado de Rondônia. Estudos Fotográficos, a primeira exposição de
Realizou inúmeras exposições no Brasil e no exterior, fotografia no Masp, teve sete fotografias incluídas na
individuais e coletivas, entre as quais destacam-se: Coleção Permanente do Museu de Arte Moderna de
Parque das Exposições L. Werneck, Guarapuava, Nova York. Em 1950, com Geraldo de Barros, desen-
Brasil (1982); National Arts Club, Nova York volveu o projeto e a instalação do Laboratório
(1987); 242 Gallery, Nova York (1989); Fundação Fotográfico do Masp. Entre 1950 e 1964 foi repre-
Cultural de Curitiba, Paraná (1991); MIS de São sentante honorário do Brasil no The Photographie
Society of America, nos Estados Unidos. Na década
Paulo (1991); Coleção Pirelli-Masp (1992); The
de 40, época da faculdade, participou do Grupo Sur-
Camera Club of New York (benefit Auction), Nova
realista que pretendia utilizar a fotografia como meio
York (1992); Fotografia Brasileira Contemporânea-
de divagação psicológica e realizou diversos
Anos 50-90,1 Mês Internacional da Fotografia, São
espetáculos de dança. Na área de cinema documen-
Paulo (1993); UNESCO, Porto, Portugal (1991);
tal, produziu e co-produziu a partir da década de 60,
Collectors Photo Gallery, São Paulo (1993); Bonni
33 filmes documentários de curta e média metragens,
Benrubi Gallery, Nova York (1994); The Cathedral of
que fundaram e consolidaram uma linguagem docu-
St. John Divine, Nova York (1994); Devereux Deme-
mentária na cinematografia brasileira. Em 1965,
triat Gallery, Nova York (1994); Coletiva Brasileira
recebeu o Prêmio Governador do Estado de São
de Retratos, I I Mês Internacional de Fotografia,
Paulo e o Prêmio Gaivota de Ouro no Festival Inter-
Espaço Cultural FAAP, São Paulo (1995); Brooklyn
nacional do Filme, Rio de Janeiro; em 1966, Men-
Museum, Nova York (1996); Masp (1996); Faces on
zione Speciale no Festival di Popoli, Florença, Itália.
the Rainforest, Galeria LGC Arte Hoje, Rio de
Depois de publicar por mais de três décadas a revista
Janeiro (1996) e Throckmorton Fine Art, Nova York,
de fotografia Fotóptica, no final da década de 70,
(1998); FotoFest, Houston, EUA (1998). Entre suas
criou a FotoGaleria Fotóptica, uma das iniciativas
principais publicações incluem-se PortFolio I (Nova
mais importantes para a consolidação do eferves-
York, 1989), edição limitada, tiragem do autor; cente movimento fotográfico da época. Em 1997,
Catálogo da Coleção Pirelli-Masp (São Paulo, realizou uma grande exposição retrospectiva no
1992); o livro Catedral Basílica de Nossa Senhora

21 6
Masp e publicou o livro Thomaz Farkas, fotógrafo. (1991); Canto a Ia Realidade - Fotografia Lati-
Atualmente é diretor da Fundação Cinemateca noamericana, 1860-1992, Casa da América (1993);
Brasileira, responsável pela conservação e preser- Fotografia Brasileira Contemporânea - Anos 50-90,
vação da memória cinematográfica brasileira. Em I Mês Internacional de Fotografia, São Paulo (1993);
2000 fez a exposição individual Sexto Sentido no Jogo do Olhar, Masp (1994); Querência, I Bienal
Internacional de Fotografia Cidade de Curitiba,
Centro Português de Fotografia, cidade do Porto, e,
Paraná (1996). Considerado um dos grandes fotó-
em 2001, a Edusp e a Imprensa Oficial do Estado
grafos paisagistas do Brasil, desenvolve seu trabalho
publicaram o livro retrospectivo sobre seu trabalho,
com câmeras de grande e médio formato, e mais
também exibido no Centro Universitário Maria Anto-
recentemente retomou o formato 135 mm. Possui
nia. Em julho de 2002, o Instituto Moreira Salles,
fotografias em várias coleções e acervos importantes:
no Rio de Janeiro, promoveu a exposição Fotografias
Coleção Pirelli-Masp de Fotografia, São Paulo;
deThomaz Farkas.
Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre;
LUIZ CARLOS FELIZARDO [Porto Alegre, RS, Fundação lochpe, Porto Alegre; Centro Winfredo
1949] Luiz Carlos Rosa Felizardo. Estudou Arquite- Lam, Cuba; Consejo Mexicano de Fotografia, México;
tura na Universidade do Rio Grande do Sul e, em e nas coleções privadas de Frederick Sommer, Ari-
1969, iniciou sua carreira profissional nas áreas de zona, EUA; Joaquim Paiva, Brasília;Torsten Wiesel,
fotografia publicitária e fotografia industrial. A partir Nova York. Em 2000 publicou o livro de ensaios críti-
de então começou a desenvolver projetos de documen- cos O relógio de ver, edição Gabinete Fotografia, de
tação cultural, vários dos quais dedicados à arquitetu- Porto Alegre. Atualmente escreve uma coluna sobre
ra e, gradativamente, deslocou seu olhar também para fotografia para a revista cultural Aplauso, editada em
a natureza e a paisagem gaúcha. Recebeu várias bol- Porto Alegre.
sas de estudo para pesquisar e aprofundar sua técnica
de trabalho e desenvolver seus temas fotográficos, WALTER FIRMO [Rio de Janeiro, RJ, 1937] Walter
entre elas a Bolsa Capes/Comissão Fulbright, Progra- Firmo Guimarães da Silva. Autodidata, iniciou sua
ma de Especialização em Artes, trabalhando sob a carreira como repórter fotográfico no jornal Última
supervisão do artista Frederick Sommer, em Prescott, Hora. Atuou no Jornal do Brasil e em seguida na
Arizona, EUA (1984); a Bolsa Vitae de Artes, da Fun- Editora Abril para participar do projeto de lança-
dação Vitae, São Paulo, para pesquisar a vida e a obra mento da revista Realidade. Em 1966, foi contratado
pela Editora Bloch para atuar nas revistas Manchete
de Frederick Sommer (1990); e a Fulbright Courtesy
e Fatos & Fotos. Em 1973 criou, com Klaus Meyer e
Travel Grant, para a complementação das pesquisas
Sebastião Barbosa, a Agência Câmara 3, um projeto
anteriores (1991). Foi premiado como Destaque de
pioneiro de banco de imagens no Brasil.Também tra-
Fotografia em 1991 pela Associação Riograndense de
balhou para as revistas semanais Veja e Isto É. De
Artes Plásticas Francisco Lisboa, Porto Alegre. Par-'
1986 a 1991, assumiu a direção do Instituto
ticipou de várias exposições coletivas e individuais, no
Nacional de Fotografia da Funarte, no Rio de
Brasil e no exterior, entre elas: Muestra de Ia
Janeiro, órgão oficial do Ministério da Cultura, e em
Fotografia Latinoamericana Contemporânea, Museo
1987, foi nomeado membro do Conselho Nacional
del. Arte Moderno, I Colóquio Latino Americano de
do Direito Autoral, em Brasília. Ganhou o Prêmio
Fotografia, México (1978); Move Fotógrafos
Esso de Reportagem, o mais prestigiado prêmio do
Brasileiros, X Rencontres Internationales d'Arles,
jornalismo brasileiro, com a reportagem, textos e
França (1978); ITrienal de Fotografia, MAM, São
fotografias, "Cem Dias na Amazônia de Ninguém",
Paulo (1980); Onze Fotógrafos Brasileiros, Museo
em 1963; depois foi premiado no Concurso Interna-
de Bellas Artes, Caracas, Venezuela (1980); A Quatro
cional da Nikon em 1 9 7 3 , 1 9 7 4 , 1 9 7 5 , 1 9 7 6 , 1 9 7 8 ,
Mãos (com Leopoldo Plentz), Lugar Comum Galeria,
1980 e 1982. Ganhou o Prêmio Golfinho de Ouro, em
Porto Alegre (1982); Visões Urbanas, Fotogaleria 1985, concedido pelo Governo do Estado do Rio de
Funarte, Rio de Janeiro e Salão Fuji, São Paulo Janeiro e o Prêmio de Fotografia da revista ícaro
(1984); I I I Colóquio Latinoamericano de Fotografia e
I Bienal de Havana (artista convidado), Cuba (1984); em 1988 e foi designado Nominator do International
Fotografia e os Anos Setenta, MAC, São Paulo Center of Photography em Nova York. Em 1998
(1985); Cidade Transfigurada, Curitiba, Paraná ganhou a Bolsa de Artes do Banco Icatu. Realizou
(1986); Brasil: Cenários e Personagens, Funarte, exposições no Brasil e no exterior, entre as quais
Rio de Janeiro (1989); Coleção Pirelli-Masp, Masp destacam-se: 0 Tempo do Olhar, Museu Nacional de

2 1 7
Belas Artes, Rio de Janeiro (1983); Ensaio no Tempo al,Tóquio, 1975; I Bienal de Fotografia Ecológica,
- 25 anos de fotografia, MAM, Rio de Janeiro (1983) Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 1979; Prêmio de
e Masp (1984); I I I Colóquio Latinoamericano de Fotografia Augusto Rodrigues - Instituto Nacional
Fotografia, Havana, Cuba (1984); New York, New de Fotografia, Rio de Janeiro, 1989; e condecorado
York, Galeria Cândido Mendes, Rio de Janeiro com a Medalha de Mérito Cultural do Governo do
(1989); Brasil e sua Gente, Moscou, Rússia (1991); Distrito Federal. Participou de inúmeras exposições
Color from Brazil, FotoFest, Houston,Texas, EUA coletivas e individuais, no Brasil e no exterior, com
(1992); Ribeiros Amazônicos, Belém, Pará (1993) destaque para I Mostra de Fotografia Latino Ameri-
e Centro Cultural do Gasômetro, Porto Alegre, Rio
cana Contemporânea, Museu de Arte Moderna, Mé-
Grande do Sul (1994); Achados e Perdidos, Galeria
xico (1977); Rencontre Internationale de La Pho-
Cândido Mendes, Rio de Janeiro (1994); 0 Negro
tographie, Aries, França (1979); I I Colóquio Latino
Brasileiro, Universidade de Misumi, Ezuo, Japão
Americano de Fotografia, México (1981); Brasília:
(1994); Ruas do Rio de Janeiro, Centro Cultural
Sonho do Império, Capital da República, Galeria de
Banco do Brasil, Rio de Janeiro (1995); Coleção
Fotografia Funarte, Rio de Janeiro e Galeria Álbum,
Pirelli-Masp de Fotografia, Masp (1995); Nas Tri-
lhas do Rosa, Centro Cultural Unibanco, São Paulo São Paulo (1981); Brésil des Brésiliens, Centre
(1996); Os Sertões de Guimarães Rosa e Euclides da Georges Pompidou, Paris (1983); 0 Tempo do Olhar,
Cunha, Instituto Goethe, São Paulo (1996); 0 Brasil Panorama da Fotografia Brasileira Atual, Museu
de Hoje, Galeria Arte Hoje, Rio de Janeiro (1997); Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro (1983);
Antologia da Fotografia Africana e do Oceano Fotojornalistas Brasileiros - Anos 40, 50, 60 e 70,
Índico, Maison Européenne de La Photographie, MIS, São Paulo (1990); Coleção Pirelli-Masp, Masp
(1991); Brasília - Contrastes e Confrontos - Diálogo
Paris e Pinacoteca do Estado, São Paulo (1998).
entre 10 fotógrafos, I I I Semana de Fotografia de
Atua no Rio de Janeiro como fotógrafo independente,
Brasília (1992); Brasília - Paixão Antiga, na Casa
coordena oficinas de fotografia em todo o Brasil, é
de Cultura da América Latina (1993); Fotografia
curador do Salão Finep de Fotojornalismo e editor
Brasileira Contemporânea, Mês Internacional da
de fotografia do jornal Caros Amigos, editado em
Fotografia, São Paulo (1993); Tempo Veloz, Masp e
São Paulo. Em 1998 ganhou o Prêmio Icatu que per-
Theatro São Pedro de Porto Alegre, Rio Grande do
mitiu-lhe a estadia de seis meses em Paris, que resul-
Sul (1993); Feito em Casa, na Galeria de Fotografia
tou no livro Paris para sobre imagens, editado pela
da Funarte e na Galeria da Universidade Federal
Funarte, em 2001. Em 2003 participa da exposição
Fluminense, Rio de Janeiro (1996). Em 1998, par-
coletiva Negras Memórias, Memórias de Negros: o
Imaginário Luso-africano-brasileiro e a Herança da ticipou da exposição coletiva Brasil Bom de Bola,
Escravidão, na Galeria de Arte do Sesi, São Paulo, organizada também em livro, sobre futebol, exibida
com curadoria de Emanoel Araújo. no MIS de São Paulo e no Museu do Louvre, em
Paris, durante a Copa do Mundo.Tem dois livros
LUIS HUMBERTO [Rio de Janeiro, RJ, 1934] Luis publicados Brasília, sonho do Império, Capital da
Humberto Miranda Martins Pereira. Graduado pela República, de fotografias, 1981, e Fotografia:
Faculdade Nacional de Arquitetura da Universidade universo e arrabaldes, de 1983, que reúne seus
do Brasil, no Rio de Janeiro. Co-fundador da Univer- artigos mais importantes sobre a reflexão do fazer
sidade de Brasília, Professor Titular da Faculdade de fotográfico e questões da ética e da educação
Comunicação e Pesquisador Associado do Curso de fotográfica. Incansável batalhador pela organização
Mestrado da Faculdade de Comunicação da Universi- política e pelo direito autoral dos fotógrafos, foi um
dade de Brasília. Fotógrafo e Editor de Fotografia, dos fundadores da União dos Fotógrafos de Brasília
atuou intensamente na imprensa brasileira no perío- em 1978. Suas fotografias estão nas coleções do
do de 1968 a 1981. Vive em Brasília desde 1964 e, Masp, MIS de São Paulo, M A M do Rio de Janeiro;
na década de 70, durante o período militar, realizou e coleções privadas. Em 2000 publica o livro
um dos mais importantes e consistentes trabalhos de Fotografia, a poética do banal, de ensaios e textos
documentação da política e do cotidiano do Distrito sobre fotografia pela Editora da Universidade
Federal. Foi premiado no I Concurso Internacional de de Brasília.
Fotografia da Natureza, Lisboa, Portugal, 1966;
Concurso Nacional de Reportagem - Brasília Décimo
Aniversário, 1970; Nikon Photo Contest Internation-

2  I  8 
ELZA LIMA [Belém, PA, 1950] Iniciou na fotografia 0 projeto "Brasil sem fronteiras", que desenvolveu
em 1984 após criar seus três filhos. Fez o Curso de com outros fotógrafos foi publicado em 2002 pela
Fotografia na Oficina FotoAtiva, com coordenação de Editora Tempo d'Imagem. No mesmo ano, participou
Miguel Chikaoka, um excelente centro de formação e da exposição e do livro Fotografia Contemporânea
divulgação da fotografia brasileira. Desde 1989 tra- Paraense - Anos 80/90, em Belém.
balha na Fundação Cultural do ParáTancredo Neves
(CENTUR), criando um acervo fotográfico das mani- RUBENS MANO [São Paulo, SP, I 9 6 0 ] Graduado
festações culturais da Região Amazônica. Em con- pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de San-
vênio com a Fundação Nacional do índio (FUNAI), tos, São Paulo. Artista visual inquieto e refinado, tra-
há mais de dez anos desenvolve documentação balhando nos limites e na expansão dos conceitos e
fotográfica nas tribos indígenas da Amazônia Legal. do uso da fotografia, iniciou sua trajetória na década
Integra o Conselho Curador da Galeria de Arte da de 80. Seus projetos individuais são: Fotos 87/88,
Universidade da Amazônia desde a sua criação em na Galeria Fotóptica de São Paulo (1988); Iminente
1993. Em 1985, participou de um projeto coletivo de Circuito, no Centro Cultural São Paulo (1995);
Casa Verde, Avenida Casa Verde, São Paulo (1997);
documentação do bairro da Cidade Velha, promovido
Geometria do Tempo, Paço das Artes, São Paulo
pela Secretaria Municipal de Cultura de Belém, além
(1999). Dentre inúmeras exposições coletivas reali-
de outros eventos como a Jornada 24 Horas de
zadas no Brasil e no exterior, destacam-se: Iconó-
Belém e Jornada do Círio de Nazaré, ambas organi-
grafos, M A M de São Paulo e Galeria de Arte da
zadas pelo Grupo FotoPará. Entre seus prêmios
Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de
destacam-se Prêmio Aquisição V I I Salão Arte Pará,
Janeiro (1990); Além da Fotografia, Galeria de Arte
1988; Prêmio José Medeiros, MAM do Rio de Janeiro
da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de
(1991); Prêmio Aquisição do X e X I Salão de Arte
Janeiro (1992); Na Falta da Verdade, GaleriaTriân-
Pará, 1991 e 1992; Prêmio Nikon International
gulo, São Paulo (1993); Contemporary Brazilian
Photo Contest, Japão, 1993. Principais exposições:
Photography, Centre for the Arts, San Francisco,
Galeria Rômulo Maiorana, Belém, Pará (1991); José
EUA (1994); Detetor de Ausências - A r t Cidade I I ,
Medeiros, M A M do Rio de Janeiro (1991); Imagens
Viaduto do Chá, São Paulo (1994); Fotografia
do Brasil, Fundação Zurique, Suíça (1992);
Contaminada, Centro Cultural São Paulo (1994);
Fotografia Brasileira Contemporânea - Anos 50-90,
Panorama da Arte Brasileira, M A M de São Paulo e
I Mês Internacional da Fotografia, São Paulo
(1993); Nunca Verás País como Este, Galeria Rômu- M A M do Rio de Janeiro (1995); Mostra da gravura
lo Maiorana, Belém, Pará (1994); Documentaristas de Curitiba, Solar do Barão, Curitiba, Paraná
Contemporâneos Brasileiros, Fundação Cultural (1995); Fotografia Brasileira Contemporânea, Cen-
Banco do Brasil, Rio de Janeiro (1994); Fotografia tro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro (1995);
Brasileira Contemporânea, Center for the Arts, San Nos Limites da Fotografia, Sesc-Pompéia, São Paulo
Francisco, EUA (1994); Festival Toys from Amazon (1996); Pluralidade: Arte Brasileira no MAM de São
Region, Albuquerque, Novo Mexico, EUA (1994); Paulo (1996); Fotografia Brasileira Contemporânea,
I Salão Finep de Fotojornalismo, Rio de Janeiro FotoGaleria, Buenos Aires, Argentina (1997); Inter-
(1994); Arte de Belém, Brasil, Casa de Brecht, Augs- venções Urbanas, Sesc-Pompéia, São Paulo (1997);
burgo, Alemanha (1994); Menschein in Amazonien, Identidade/Não-Identidade, M A M de São Paulo e
Elza Lima Fotografien aus Brasilien; Bibliothek der Centro Cultural Light, Rio de Janeiro (1997); Con-
Stadt Aachen, Alemanha (1994); IV Semana temporary Brazilian Photography, Barbara Davis
Nacional de Fotografia Cidade de Curitiba (1994); Gallery, Houston, EUA (1998); City Canibal, Paço
das Artes, São Paulo (1998). Um dos criadores do
Novas Travessias-Contemporary Brazilian Photo-
grupo Panoramas da Imagem, de iniciativa indepen-
graphy, The Photographer's Gallery, Londres (1996);
dente, que desde 1993, desenvolve projetos de
Amazônicas - Fronteiras, Instituto Itaú Cultural,
pesquisa, seminários e curadoria de exposições na
São Paulo (1998). Durante seis meses morou na
área de fotografia. Através desse grupo, ele organiza
Suíça, em 1995, a convite do Museu de Arte do
há mais de cinco anos a exposição Novíssimos, que
Cantão Thurgau, onde, junto ao fotógrafo suíço
revela artistas emergentes e propõe a discussão
Barnabás Bosshart, desenvolveu o projeto "Vendo
sobre a utilização da fotografia na produção contem-
de perto com olhares de fora". Elza Lima tem
porânea das artes plásticas. Em 1999 foi realizada
atuado de forma intensa na construção de um novo
sua exposição individual Geometria do Tempo, no
olhar para a fotografia documental brasileira.

2 1 9
Paço das Artes, em São Paulo e, em 2000, participou CRISTIANO MASCARO [Catanduva, SP, 1944]
de exposição na Galeria Casa Triângulo, São Paulo. Cristiano Alckmin Mascaro. Formado pela Faculdade
Sua instalação, Vazadores, realizada em 2002, na de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São
XXV Bienal Internacional de São Paulo foi conside- Paulo, iniciou sua carreira de repórter fotográfico na
rada a mais polêmica de toda a mostra. revista Veja (1968-69 e 1972-73), chegando a ser
editor de fotografia. De 1969 a 1971 morou em
JUCA MARTINS [Barcelos, Portugal, 1949] Manoel Paris, aprofundando seu conhecimento sobre
Joaquim Martins Lourenço. Repórter fotográfico há fotografia e realizando reportagens em diversos paí-
mais de 25 anos, iniciou sua carreira em 1969 na ses europeus para revistas brasileiras. Entre 1972 e
Editora Abril como aluno dos cursos de Técnica de 1975, foi professor de fotojornalismo na Enfoco
Impressão Gráfica e Laboratório de Fotografia. Em Escola de Fotografia; de Comunicação Visual na Fa-
1969 começou sua atividade de fotógrafo trabalhando culdade de Arquitetura de Santos, São Paulo, de
como freelancer para os jornais Folha de S.Paulo, 1976 a 1986; e Coordenador do Laboratório de
Jornal da Tarde e Última Hora. Durante 1975 e Recursos Audiovisuais da FAU/USP no período de
1976, foi Diretor de Arte e membro do Conselho de 1973 a 1988. Essa experiência acadêmica levou-o a
Redação do jornal Movimento, que combateu a desenvolver na Universidade de São Paulo, as teses
ditadura militar, e nos anos 70 e 80 realizou inúmeros 0 uso da fotografia na interpretação do espaço
ensaios fotográficos com acentuada temática social, urbano (Mestrado), em 1986, e 4 fotografia e a
cultural e política no Brasil e no exterior, todos publi- arquitetura (Doutorado) em 1994. Recebeu os
cados em jornais, revistas e livros. Ganhou o Prêmio prêmios Eugène Atget, do Musée de 1'Art Moderne
Esso de Fotojornalismo em 1980; o prêmio Nikon de Ia Ville de Paris, 1985; o Prêmio Abril de Jorna-
Internacional em 1979 e 1981; o prêmio Wladimir lismo,'São Paulo, 1991; e a Bolsa de Artes da
Herzog de Direitos Humanos em 1982; e o prêmio Fundação Vitae, São Paulo, 1990. Dentre as
Embratur em 1988, pela melhor reportagem publica- inúmeras exposições individuais e coletivas, no Brasil
da sobre festa. Participou de diversas exposições e no exterior, destacam-se: Brás: uma Documentação
individuais e coletivas, no Brasil e no exterior, desta- Fotográfica (com Pedro Martinelli), no MIS, São
cando-se: Fotojornalismo nos Anos 80 - Tendências, Paulo (1979); Fotografie Lateinamerika, von 1860
MIS de São Paulo (1980); I I Colóquio Latino bis Heute, Zurique (1981); Brazil, na 28 Arlington
Americano de Fotografia, México (1981); 0 Tempo Gallery, Nova York (1983); Brazilian Photography,
do Olhar, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de The Photographer's Gallery, Londres, 1983; Brésil
Janeiro (1983); Brésil des Brésiliens, Centre Georges des Brésiliens, Centre Georges Pompidou, Paris,
Pompidou, Paris (1983); La Photographie Brésilienne 1983; Avenida São João, Galeria Fotóptica, São
Contemporanée, Barcelona, Espanha (1983); Brasil Paulo (1986); I I Bienal de Havana, Cuba (1986);
Cenários e Personagens, Galeria de Fotografia As Melhores Fotos de Cristiano Mascaro; MIS, São
Funarte, Rio de Janeiro, 1989; Canto a Ia Realidad, Paulo (1989); Images du Brésil, Zurique (1992).
Casa da América, Madri, Espanha, 1993; Fotografia Seus ensaios estão publicados em inúmeros livros,
Brasileira Contemporânea Anos 50-90,1 Mês catálogos e revistas, nacionais e internacionais. Em
Internacional da Fotografia, São Paulo (1993); 1998, realizou exposições no Equador, Argentina e
I Bienal Internacional de Fotografia Cidade de Curi- Itália. Seu último livro e exposição Luzes da Cidade,
tiba, Paraná (1996); São Paulo Capital, no Instituto em 1996, recebeu o prêmio da Associação Paulista
Moreira Salles, São Paulo (1998). Foi sócio e fun- dos Críticos de Arte de São Paulo. Seus trabalhos
dador da Agência F-4 de Fotojornalismo (1979-91) e fazem parte das coleções International Museum
da Pulsar Imagens (1991). Publicou diversos livros of Photography at Georges Eastman House
abordando a questão social no país, entre eles (Rochester, EUA), Bibliothèque National de Paris,
A greve do ABC e A questão do menor, ambos em Centre d ' A r t et de Culture Georges Pompidou
1980. Em 1990 publicou Juca Martins - antologia (Paris), M A M do Rio de Janeiro, Fundação Cultural
fotográfica e, em 1998, São Paulo, capital, extenso de Curitiba, Pinacoteca do Estado de São Paulo,
trabalho sobre a cidade, utilizando a câmera de Masp e MAC/USP. Atualmente é fotógrafo indepen-
formato panorâmico, com exposição individual dente e publicou em 2003 o livro 0 patrimônio
no Instituto Moreira Salles, em São Paulo. Atual- construído - As 100 mais belas edificações
mente desenvolve trabalhos e pesquisas na área de do Brasil, sobre as referências emblemáticas
fotografia digital. da nossa arquitetura.

22o
JOSÉ MEDEIROS CTeresina, Piauí, 1921/Áquila, fotografias; do Masp; na coleção privada de Joaquim
Itália, 19903 José Medeiros Filho. Iniciou sua carreira Paiva; e na Coleção Pirelli-Masp, de São Paulo. Em
como fotógrafo amador em 1937. Chegou ao Rio de 1997, o I I I Mês Internacional da Fotografia realizou
Janeiro em 1939 para estudar Arquitetura, mas foi uma exposição individual com curadoria de Rubens
reprovado no exame de seleção. Depois disso trabalhou Fernandes Junior. Passou os últimos anos de sua vida
como funcionário público até 1946, e, simultanea- no Rio de Janeiro e Havana, Cuba, dando aulas de
mente, desenvolveu a fotografia e trabalhou como fotografia e cinema.
freelancer para as revistas Tabue Rio. Em 1946, foi
convidado pelo fotógrafo Jean Manzon para integrar EUSTÁQUIO NEVES CJuatuba, MG, 19551 José
a equipe da revista O Cruzeiro, onde permaneceu até Eustáquio Neves de Paula.Tem formação técnica em
1962, trabalhando num momento em que a publicação Química, mas é autodidata em fotografia. Trabalhan-
era o maior expoente do fotojornalismo do país, do como químico em Goiânia (GO), comprou seu
adotando a linha das grandes reportagens, dando primeiro equipamento em 1981 e iniciou um pequeno
ênfase às imagens com temas variados e polêmicos, negócio em fotografia produzindo cartões postais e
bastante influenciada pelas revistas Lifee Paris fotografias de casamento. Mais tarde, passou a asso-
Match. Em 1957 publicou o livro Candomblé, o ciar as técnicas da fotografia com seu conhecimento
primeiro a documentar toda a celebração do ritual em química para tentar produzir imagens diferentes.
afro-brasileiro na Bahia. Dedicou especial atenção à Em 1986, montou seu estúdio fotográfico em Belo
documentação dos setores mais oprimidos da Horizonte, fazendo fotografia de moda e books para
sociedade como o negro e o índio, e aos principais per- jovens modelos, e organizou um grupo de estudos
sonagens políticos e sociais da vida brasileira. Quando voltado para discussões sobre fotografia. Ganhou a
deixou a revista 0 Cruzeiro, onde inovou na linguagem Bolsa Marc Ferrez de Fotografia, concedido pela
e na técnica (trabalhou pioneiramente com a câmera Funarte, Rio de Janeiro, em 1994, e recebeu o
Leica), levou toda sua experiência para a agência Prêmio Nacional de Fotografia, Funarte, Categoria
fotográfica Imagem, entre 1962 e 1965, em sociedade Arte, em 1996, devido ao uso da fotografia com
com Flávio Damm. Em 1965, começou afazer outros suportes e manipulações e intervenções no
fotografia de cinema, estreando esta nova fase profis- processo fotográfico convencional. Entre as diversas
sional no filme A falecida, dirigido por Leon Hirzs- exposições individuais e coletivas que participou no
man. Depois vieram os filmes A opinião pública, de Brasil e no exterior, destacam-se: Galeria de Arte
Arnaldo Jabor (1965); Roberto Carlos em ritmo de da ETFOP, Ouro Preto (1991); Centro Cultural da
aventura, de Roberto Farias (1968); Vá trabalhar Universidade Federal de Minas Gerais (1991);
vagabundo, de Hugo Carvana (1969); Xica da Silva, Fotografia Brasileira Contemporânea - Anos 50-90,
de Carlos Diegues (1976); Aleluia, Gretchen, de Sílvio I Mês Internacional da Fotografia, São Paulo
Back (1976); Memórias do Cárcere, de Nelson (1993); 0 Fotógrafo Construtor, MIS de São Paulo
Pereira dos Santos (1983), Guerra do Brasil, de (1993); Biblioteca Central da Universidade de
Sílvio Back (1986), entre muitos outros. 0 cineasta Toronto, Canadá (1994); Velaturas - X X V I I Festival
brasileiro Glauber Rocha definia-o como " o fotógrafo de Inverno da Universidade Federal de Minas Gerais,
que faz uma luz brasileira". Seus principais prêmios Ouro Preto (1995); Fotofagia, Galeria da Universi-
de Melhor Fotografia no cinema foram: V I I Festival dade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro e
de Cinema de Brasília, filme 4 rainha diaba (1975); Galeria de Fotografia da Funarte, Rio de Janeiro
Coruja de Ouro pelos filmes Xica da Silva e Aleluia, (1995); XVSalão Nacional de Artes - Ministério da
Gretchen (1976); V Festival de Gramado, Rio Grande Cultura e Funarte, Rio de Janeiro (1996); Novas
do Sul pelos filmes O seminarista e Aleluia, Gretchen Travessias Contemporary Brazilian Photography -
(1977). Em 1986, voltou para a atividade fotográfica The Photographer's Gallery, Londres (1996);
e realizou a exposição José Medeiros - 50 Anos Eustáquio Neves e Pierre Verger, Pinacoteca do
de Fotografia, na FotoGaleria de Fotografia, Estado de São Paulo (1996); Coleção Pirelli-Masp
Rio de Janeiro e Galeria Fotóptica, São Paulo. Duas (1997); 0 Indivíduo e a Memória, V I Bienal de
exposições póstumas registraram a qualidade do Havana, Cuba (1997); II Bienal de Fotografia,Tokio
seu trabalho: Coleção Pirelli-Masp, no Masp, Metropolitan Museum of Photography, Japão
e José Medeiros, no Instituto Cultural Itaú, São (1997); Blue Sky, Oregon Center for the Photo-
Paulo. Suas fotografias estão nas coleções do MAM graphic Arts, Portland, Oregon EUA (1997); Real
do Rio de Janeiro, onde depositou em doação noventa Maravilhoso, Immagine Fotografia, Milão, Itália

2 2 1
(1997); FotoFest, Houston, EUA (1998); Antologia cam-se: Galeria Raimundo Cela, Fortaleza (1982);
de Fotografia Africana e do Oceano Índico, Maison FotoNordeste, Instituto Nacional de Fotografia,
Européenne de La Photographie, Paris e Pinacoteca Funarte, Rio de Janeiro (1986); FotoRiografia,
do Estado, São Paulo (1998). Suas fotografias inte- MAM, Rio de Janeiro (1991); Fotojornalismo dos
gram os seguintes acervos: Coleção Pirelli-Masp de Anos 80, MIS, São Paulo (1991); Nahe Dem Wilden
São Paulo, Fototeca da Cidade de Havana, Cuba; Herzen - 500 Anos de Descobrimento da América,
Acervo Funarte, Rio de Janeiro; e FotoFest, Houston, Aspekte Galeire, Munique, Alemanha (1992);
EUA. Atualmente tem desenvolvido pesquisas e pro- Fotografia Contemporânea Cearense, Galeria Ignês
jetos de expressão pessoal, no sentido de buscar Fiúza, Fortaleza (1993); Fotografia Brasileira Con-
novas linguagens na fotografia e resgatar aspectos de temporânea - Anos 50-90,1 Mês Internacional da
identidade cultural, social e étnica de grupos sociais Fotografia, São Paulo (1993); Arte Postal Ceará -
específicos, ao mesmo tempo que ministra cursos de Dependentes da Luz, Galeria Centro de Turismo, For-
atualização a convite de instituições e presta serviços taleza (1993); Quem Somos Nós (com Tiago San-
como freelancer na área de fotografia comercial. tana), Museu do Ceará, Fortaleza (1994), Galeria
Ganhou em 1999, o grande Prêmio J.P. Morgan de Sérgio Milliet, Rio de Janeiro e Galeria da Universi-
aquisição e seu trabalho foi incorporado à Coleção dade Federal Fluminense, Niterói (1994), Galeria
do M A M de São Paulo. Nesse mesmo ano teve Rômulo Maiorana, Belém (1995), Galeria Obser-
mostra individual no Museu do Ceará, em Fortaleza, vatório, Recife (1997); 0 Retrato Brasileiro, I I Mês
e ganhou Bolsa de Estudos na Gasworks Studios and Internacional da Fotografia, Espaço Cultural FAAP,
Triangle Arts Trust com suporte do grupo Autograph São Paulo (1995); Licht Bilder, 32 Internationale
(Associação do Fotógrafos Negros) de Londres. Em Fotage, Herten, Alemanha (1995); Novas Travessias
2000, ganhou exposição individual na Sicardi -Contemporary Brazilian Photography,The Photo-
Gallery, Houston,Texas, EUA, e, em 2001, realizou grapher's Gallery, Londres (1996); Mostra de
uma retrospectiva do seu trabalho no V Mês Interna- Fotografia Latinoamericana, V Colóquio Latinoame-
cional da Fotografia, no Espaço Imagem e Forma, ricano de Fotografia, Centro de La Imagen, México
São Paulo. (1996); Licht Bilder-Junge Brasilianische
Fotografie (Photokina), Die Galerie Lichtblick,
CELSO OLIVEIRA [Rio de Janeiro, RJ, 19571 Ini- Colônia, Alemanha (1996); Coleção Pirelli-Masp de
ciou na fotografia em 1975, no Estúdio Fotografismo Fotografia (1996); Verde Lente, I I I Mês Interna-
e Artes, no Rio de Janeiro, como laboratorista e, cional da Fotografia, M A M de São Paulo (1997);
posteriormente, trabalhou como repórter fotográfico Amazônicas - Fronteiras, Instituto Itaú Cultural,
em diversas agências de fotojornalismo, incluindo a São Paulo (1998). Participou em 1998 do projeto de
Agência Central de Fotojornalismo, uma das exposição e livro Brasil Bom de Bola, um retrato da
primeiras de São Paulo. É sócio-fundador do banco origem do talento brasileiro para o futebol. Atual-
de imagens Tempo d'Imagem, em Fortaleza, desde mente mora em Fortaleza, e desenvolve trabalho pes-
1994. Recebeu os seguintes prêmios: Cenas soal de documentação das manifestações culturais,
Brasileiras, primeiro prêmio do concurso realizado festas populares e religiosas no Nordeste do Brasil.
pela Fotóptica, São Paulo, 1978; Crianças nas Publicou em 2002, com Tiago Santana, Elza Lima,
Américas, Menção Honrosa Concurso Unicef, Santia- Ed Viggiani e Antonio Augusto Fontes o livro Brasil
go, Chile, 1978; Prêmio Fotografia no 422 Salão de sem fronteiras, pela editora Tempo d'Imagem.
Abril, Fortaleza, 1992; Menção Honrosa, Nahe Dem
Wilden Herzen - 500 Anos de Descobrimento das GAL OPPIDO [São Paulo, SP, 1952] Marcos Aurélio
Américas, Munchner Volkshochschule, Munique, Ale- Oppido. Formado pela Faculdade de Arquitetura e
manha, 1992; Prêmio I I I Salão Paraense de Arte Urbanismo da Universidade de São Paulo, é fotó-
Contemporânea, Belém, Pará, 1994; Menção Hon- grafo, designer gráfico e músico. Foi professor de
rosa, Nikon International Photo Contest, Japão, Linguagem Visual na Faculdade de Arquitetura da
1994; Prêmio Aquisição no Salão de Pequenos For- Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1979
matos, Belém, 1995; Menção Honrosa no V Salon e 1990), e trabalhou como arquiteto paisagista
Internacional de Fotografia "Abelardo Rodrigues do Departamento de Parques e Áreas Verdes da
Antes", Havana, Cuba, 1997; Prêmio Aquisição no Prefeitura de São Paulo (1976-87). De 1987 a 1995
Salão Arte Pará 1997, Belém. Realizou diversas foi fotógrafo do Departamento de Artes Cênicas,
exposições no Brasil e no exterior, entre elas desta- Teatro Municipal e Balé da Cidade de São Paulo.

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Em 1991, recebeu o prêmio de Melhor Fotógrafo Paulo (1981); Auto-retrato do Brasileiro: Cidade e
da Associação Paulista de Críticos de Arte de São Campo, Tradição e Ruptura, na Fundação Bienal de
Paulo, pelo conjunto dos trabalhos. Dentre suas São Paulo (1985); Arte e Tecnologia, MAC de São
exposições individuais destacam-se: Poses Paulis- Paulo (1985); IV Vídeo Brasil, MIS de São Paulo
tanas, Pinacoteca do Estado de São Paulo (1982); (1986); I I I Encuentro y Mostra Nacional de
Fundo Finito, Galeria Fotóptica, São Paulo (1987); Fotografia Contemporânea, Quito, Equador (1986);
Vestes, no MIS de São Paulo (l989);Taxidermia, A Trama do Gosto, Fundação Bienal de São Paulo
Galeria Fotóptica, São Paulo (1994); DAS, Equitable (1987); Brazil Projects P.S.-l,The Institute for A r t
Theater, Mova York (1995); Bienale de Ia Dance de and Urban Resources, Nova York (1988); Fotografia
Lyon,Teatre Crois Rouge, França (1996); 0 índio Brasileira Contemporânea - Anos 50-90,1 Mês Inter-
Oculto naTaba Urbana, Instituto Itaú Cultural, São nacional de Fotografia, São Paulo (1993); Coleção
Paulo (1998). Suas principais participações em Pirelli-Masp, São Paulo (1994); I I Bienal do Tokyo
exposições coletivas são: Auto-Retrato Brasileiro Metropolitan Museum of Photography,Tóquio, Japão
Cidade e Campo, Fundação Bienal de São Paulo, (1997); Convidado Especial no Centro Cultural São
1984; I Quadrienal de Fotografia, MAM de São Paulo (1998). Possui fotografias na Coleção do Masp
Paulo (1985); I I I Colóquio Latino Americano de e Coleção Joaquim Paiva. Atualmente desenvolve
Fotografia, Havana, Cuba (1986); An Exchange of pesquisa nos processos primitivos da fotografia
Concepts on the American Landscape, Colômbia aproximando-a do processo de gravura, ministra
(1991); Incursões pelo Imaginário na Fotografia palestras e workshops e, de 1994 a 2000, foi profes-
Brasileira Contemporânea, Aries, França (1991); sor de fotografia na Faculdade de Comunicação e
Fotografia Brasileira Contemporânea - Artes da Universidade Mackenzie, em São Paulo.
Anos 50-90,1 Mês Internacional de Fotografia, São Atualmente, além de suas pesquisas com os processos
Paulo (1993); Canto a ia Realidad, Zurique (1994); alternativos de produção de imagens, leciona na
I Bienal Internacional de Fotografia Cidade de Curiti- Faculdade de Fotografia do Senac. Em 2003, foi
ba (1996). Publicou, em 1998, os livros Dos degraus responsável pela curadoria da exposição Luzenças-
à história da cidade e São Paulo - imagens 1998. Primeira Mostra de Fotografia Acadêmica do Brasil,
Suas fotografias integram importantes coleções trabalho dos alunos do Senac.
de museus brasileiros, entre os quais, Masp, MIS e
MAM, de São Paulo. Publicou os livros Imagens e ARNALDO PAPPALARD0 [São Paulo, SP, 19541
construção - São Paulo 2000 e Ritual, em 2003. Formado em Arquitetura pela Faculdade de Arquite-
Nesse mesmo ano, realizou na Pinacoteca do Estado, tura e Urbanismo da Universidade de São Paulo.
por ocasião do V I Mês Internacional da Fotografia a Estudou desenho e pintura com Carlos Fajardo. Foi
exposição Prata sobre Pele sobre Prata. professor de Fotografia e Expressão Artística no
IAD de 1977 a 1985.Trabalha como fotógrafo para
KENJI OTA [São Paulo, SP, 1952] Graduado pela Agências de Publicidade e estúdios de Design Gráfico
Escola de Sociologia e Política de São Paulo (1978) desde 1980. Entre seus principais prêmios destacam-
e pela Faculdade de Filosofia da Universidade de São se o da Associação Paulista de Críticos de Arte, São
Paulo (1980), e Pós-Graduado em Artes na Escola Paulo, 1984 (como revelação) e 1998 (pela melhor
de Comunicações e Artes da Universidade de São exposição do ano); o do Clube de Criação de São
Paulo. Começou a trabalhar com fotografia na déca- Paulo, em 1987; Prêmio Colunistas Fotografia-
da de 60 sob influência dos clássicos, mas já na Grand Prix, 1988, exposição na Galeria São Paulo;
década seguinte inicia seu trabalho de reflexão sobre Menção Honrosa em Boston, EUA, no Leopold
os limites técnicos, estéticos e ideológicos implícitos Godowsky Jr. Color Photography Awards, em 1991,
no fazer fotográfico. Ganhou o Prêmio Marc Ferrez pelo Calendário Pirelli de 1990; Prêmio Nacional de
do Instituto Nacional de Fotografia, Funarte, Fotografia - Funarte - categoria Fotografia Aplica-
em 1984, para desenvolver a pesquisa de meios e da, em 1997, pelas campanhas publicitárias reali-
processos alternativos em fotografia e, em 1985, zadas em 1996. Realizou exposições individuais na
ganhou Menção Honrosa na categoria pesquisa na Galeria Fotóptica (1982); Masp (1984); Galeria São
I Quadrienal de Fotografia realizada pelo MAM de Paulo (1988 e 1998); Galeria André Millan (1994).
São Paulo. Realizou inúmeras exposições individuais Participou também de inúmeras exposições coletivas,
e coletivas, no Brasil e no exterior, em que se desta- nacionais e internacionais, entre elas: I Bienal de
cam: Kenji Ota Fotografias, Galeria Fotóptica, São Havana, Cuba (1984); Brazil Projects, P.S. 1, Nova

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York (1988); Rencontres Internationales de la Pho- Nada Levarei Quando Morrer Aqueles que mim Deve
tographie, Aries, França (1991); Coleção Pirelli- Cobrarei no Inferno, Galeria Fotóptica, São Paulo e
Masp de Fotografias (1991); Retrato de Artista, Fotogaleria Funarte, Rio de Janeiro (1980); Coração
Masp (1992); Color from Brazil, FotoFest, Houston, Espelho da Carne, Galerie Magnum, Paris e Fotogale-
EUA (1992); I Bienal Internacional de Fotografia ria Funarte, Rio de Janeiro (1985); Foto Seqüências,
Cidade de Curitiba (1996); Arte/Cidade, São Paulo Fotogaleria Teatro San Martin, Buenos Aires, Argenti-
(1997). Em 1997, publicou o catálogo Arnaldo na (1986); Coração Espelho da Carne, Pallazo For-
Pappalardo fotografias 1987-97. Suas fotografias tuny, Veneza (1988); Foto Fórum, Frankfurt (1991);
integram diversas coleções: M A M do Rio de Janeiro; Petites Réflexions sur une Certaine Bestialité, Rencon-
Coleção Pirelli Masp; Masp, entre outras. Em 2000 tres d'Arles, França (1991); Stadtliche Galerie Tuttlin-
participou da exposição coletiva 0 Bardi dos Artis- gen, Berlim (1992); Out of Nowhere, IFA Galerie,
tas, no Memorial da América Latina, São Paulo, e da Stuttgart (1995); Out of Nowhere,Foto Forum,
mostra coletiva da I I Bienal Internacional de Foto- Frankfurt (1996); Santa Rosa,Throckmorton Fine
grafia Cidade de Curitiba. Em 2002, seu trabalho foi A r t Gallery, Nova York (1996); Nakta e instalações
integrado, pela segunda vez, na Coleção Pirelli-Masp. Small Reflections in a Certain Bestiality e Out of
Nowhere, Casa Vermelha, I Bienal Internacional de
MIGUEL RIO BRANCO CLas Palmas de Gran Canária, Fotografia Cidade de Curitiba (1996); Nakta, D'Ame-
Espanha, 1946] Miguel da Silva Paranhos do Rio lio Terras Gallery, Nova York (1997); Galeria Camargo
Branco. Um dos mais importantes artistas do Brasil, é Vilaça, São Paulo; Gallery London Projects, Londres,
fotógrafo, pintor, diretor e fotógrafo de cinema e Galeria Oliva Arauna, Madrid; Galeria Ghislaine
artista multimídia. Iniciou sua carreira profissional em Hussenot, Paris, todas em 1998. Entre as exposições
1964 com uma exposição de pintura em Berna, Suíça. coletivas destacamos: IX Bienal Internacional de
Estudou no New York Institute of Photography em São Paulo (1967); Nossa Gente, Galeria Funarte,
1966, e na Escola Superior de Desenho Industrial no Rio de Janeiro (1979); I I Colóquio Latino Americano
Rio de Janeiro em 1968. No início dos anos 70 traba- de Fotografia, México (1981); Brésil des Brésiliens,
lhou como fotógrafo e dirigiu filmes experimentais em Centre Georges Pompidou, Paris (1983); I Bienal de
Nova York. A partir de 1972, começou a expor seus Arte de Havana, Cuba (1984); 50 Jahre Moderne far
trabalhos em fotografia e cinema, e continuou a dirigir Fotografie, Photokina, Colônia (1986); Color from
filmes de curta e longa metragem durante os nove Brazil, FotoFest, Houston, EUA (1992); Arte Ama-
anos seguintes. Ganhou importantes prêmios nessas zonas, Staadlish Kunsthalle, Berlim (1993); Panorama
áreas, entre eles o Grande Prêmio da I Trienal de da Arte Brasileira, MAM de São Paulo (1996); Door
Fotografia realizada pelo MAM de São Paulo (1980), into Darkness, Prospect 96, Kunstverein, Frankfurt
Prêmio de Melhor Fotografia no Festival de Cinema (1996); Roteiros, Roteiros, Roteiros, XXIV Bienal
de Brasília (1981), Prix Kodak de Ia Critique Pho- Internacional de São Paulo (1998); Mysterious
tographique, Paris (1982), Prix Spécial du Jury e Prix Voyages, Contemporary Museum, Baltimore, EUA
International, X I Festival International du Film de (1998). Já publicou os seguintes livros: Dulce Sudor
Court-Métrage et du Film Documentaire, Lilli, França Amargo, Fondo de Cultura Econômica, México
(1982), Prêmio Especial do Júri do Festival Interna- (1985); Nakta, Fundação Cultural de Curitiba
cional de Curtas-Metragens, Salvador, Bahia (1986), e (1996); Miguel Rio Branco, Companhia das Letras,
Melhor Vídeo e Direção no Festival de Cinema e Vídeo São Paulo (1998); Silent Book (1998) e Entre
do Maranhão (1986), Melhor Direção de Fotografia os olhos o deserto (2001), publicados pela Cosac
de Longa-Metragem no Festival de Cinema de Brasília & Naify, São Paulo. Suas mais recentes exposições
(1988), Prêmio Nacional de Fotografia, concedido foram Pele do Tempo, no Centro de Arte Hélio
pela Funarte, Rio de Janeiro (1995), Bolsa de Artes Oiticica, Rio de Janeiro (2001); Havana, calendário
da Fundação Vitae, São Paulo, (1994), Prix du Livre da Burti, na Pinacoteca do Estado (2001); na Galeria
Photo, pelo livro Nakta, Aries, França (1997). Entre Peggy Guggenheim, mostra paralela da Bienal de
1972 e 1981 trabalhou como fotógrafo documental Veneza (2001); Teoria da Cor, na Galeria André
e foi correspondente da Agência Magnum. Realizou Millan, em São Paulo (2002), e Fast Flash Blacks,
inúmeras exposições individuais, no Brasil e no exterior, na Galeria 1900-2000, em Paris (2002).
onde destacam-se: Vestes Sagradas, Filmes e
Fotografias, Rio de Janeiro (1972); Negativo Sujo,
Escola de Artes Visuais, Rio de Janeiro (1978);

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ANTONIO SAGGESE [São Paulo, SP, 1950] Antonio contemporâneo. Vivendo em Paris desde 1969, ini-
José Saggese. Formado em Arquitetura pela Facul- ciou sua trajetória na Agência Sygma, onde traba-
dade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade lhou por seis meses; depois cinco anos na Agência
de São Paulo. Fotógrafo autodidata iniciou na Gamma; e durante quinze anos trabalhou na con-
fotografia em 1969, participando de diversos cursos sagrada Agência Magnum Photos. Em 1994, fundou
de especialização, entre eles um estágio de aper- sua própria agência, a Amazonas Images, que dis-
feiçoamento em Milão como bolsista do governo tribui seu trabalho para as publicações mais impor-
italiano, em estúdios de fotografia de Design, Móveis tantes do mundo. Suas reportagens, no melhor estilo
e Moda, e o workshop IMuove Tendenze Italiane nella narrativo documental, j á registraram os camponeses
Creazione di Immagini, no Palazzo Fortuny, em da América Latina; a tragédia da seca nos países
Veneza (1983). Recebeu o Grande Prêmio da africanos do sul do Saara; a corrida do ouro em
I Quadrienal de Fotografia realizada pelo M A M de Serra Pelada no Brasil; os trabalhadores e o trabalho
São Paulo, em 1985, como o melhor trabalho em manual no mundo ameaçado pela automação; o fluxo
das migrações em todo o mundo; o Movimento Sem
cor, e o Prêmio da Associação Paulista de Críticos
Terra no Brasil. Entre as dezenas de prêmios e home-
de Arte de São Paulo, com a melhor exposição de
nagens mais importantes que recebeu destacam-se:
1988. Nas exposições individuais destacam-se as
Prêmio Eugene Smith de Fotografia Humanitária,
realizadas na Pinacoteca do Estado de São Paulo
EUA, 1982; Prêmio World Press, Holanda (1985);
(1982); Galeria Diaframma, Milão (1984); MIS de
Prêmio Oscar Barnak, Alemanha (1985 e 1992);
São Paulo (1988); Masp e M A M do Rio de Janeiro
Prêmio de Melhor Exposição - Outras Américas,
(1991); Fundação Cultural de Curitiba (1995); e,
Mois de Ia Photo, Paris (1986); Fotógrafo do Ano
nas coletivas, as participações no I I Colóquio Latino
eleito pela Society of Magazine Photography, EUA
Americano de Fotografia, México (1981); La Pho-
(1987); Fotógrafo do Ano eleito pelo International
tographie Contemporaine en Latine Amérique, Cen- Center of Photography, Nova York (1988); Prêmio
tre Georges Pompidou, Paris (1981); Brasil Rey de Espaha, Madri (1988); Prêmio Erna e
Cenários e Personagens, Galeria da Funarte, Rio de Victor Hasselblad, Suécia (1989); eleito membro
Janeiro (1988); Coleção Pirelli Masp de Fotografias honorário da American Academy of Arts and
(1991); FotoFest, Houston, EUA (1992); A Science, EUA (1992); Prêmio The A r t Directors
Fotografia Contaminada, Centro Cultural São Paulo Club, Alemanha (1992); Prêmio Centenary Medal
(1994); Arte/Cidade, Matadouro Municipal de São and Honorary Fellowship, Royal Photographic
Paulo (1994). Na sua trajetória como fotógrafo Society of Great Britain (1994); Award of Excel-
ensaísta, ganhou a Bolsa Marc Ferrez do Instituto lence, Silver Award, Society of Newspaper Design;
Nacional de Fotografia, Funarte (1986 e 1995), Prêmio Principe de Astúrias das Artes, Oviedo,
Bolsa de Artes da Fundação Vitae de São Paulo Espanha (1998). Suas fotografias j á foram exibidas
(1992), e o Prêmio Estímulo da Secretaria de Esta- em quase todas as grandes cidades do mundo pelo
do da Cultura de São Paulo (1994). Suas seu caráter de compreensão imediata, sem qualquer
fotografias estão nas coleções do M A M de São necessidade de tradução, a partir de uma linguagem
Paulo e Masp. Em 2 0 0 1 realizou a exposição indi- universal. Em 1992, a cidade de Vitória, capital do
vidual Meus Olhos, no Centro Universitário Maria estado de Espírito Santo, criou o Prêmio Sebastião
Antonia, da Usp.Tem pesquisado intensamente a Salgado de Fotografia. Já publicou dezenas de livros,
questão da imagem na Internet e, atualmente, é pro- com destaque para Sahel: L'Homme en détresse,
fessor da Faculdade de Fotografia do Senac. Autres Amériques, An Uncertain Grace, Workers
e Terra, livro que conta com prefácio de José
SEBASTIÃO SALGADO [Aimorés, ES, 1944] Saramago e CD com música de Chico Buarque.
Sebastião Ribeiro Salgado. Graduado em Economia As exposições e os livros Êxodos e Retratos das
pela Universidade Federal do Espírito Santo, Mestre Crianças do Êxodo, realizadas em 2000 e 2001,
pela Universidade de São Paulo e Doutor pela Uni- percorreram os principais museus do mundo.
versidade de Paris. Iniciou como repórter fotográfico Sem dúvida é o fotógrafo brasileiro de maior
em 1973, registrando a seca de Sahel, África, tornan- prestígio internacional e seus trabalhos fazem
parte dos Acervos e Coleções mais importantes
do-se o mais importante fotógrafo documentarista,
do mundo.
reconhecido internacionalmente. Salgado desenvolve
em sua produção fotográfica os grandes temas que
abrangem a problemática do homem e do mundo

22ç
TIAGO SANTANA [Crato, CE, 1966] Trabalha com (1998). Em 1998 participou do Projeto Brasil Bom
a fotografia documental desde 1989. Um dos funda- de Bola - exposição e livro - um retrato da origem do
dores do grupo Dependentes da Luz, em 1993, cuja talento brasileiro para o futebol. Vive entre Rio de
finalidade era reunir fotógrafos do Ceará, para discutir Janeiro e Fortaleza e, desde 1990, desenvolve intenso
linguagem e projetos especiais dedicados à fotografia. trabalho pessoal de documentação das manifestações
Coordenou e realizou a I e a I I Semana de Fotografia culturais, festas populares e religiosas no Nordeste
do Ceará, Fotografia Fortaleza, em 1989 e 1990. do Brasil. Em 2000 publicou o livro Benditos, após
Sócio-fundador do banco de imagens Tempo d'Imagem mais de dez anos de documentação das festas e da
desde 1994, em Fortaleza. Recebeu: Prêmio religiosidade em Juazeiro do Norte, acompanhado
Fotografia nos 402 e 432 Salão de Abril, Fortaleza, de exposição, que percorreu várias capitais brasileiras.
em 1990 e 1993; Nahe dem Wilden Herzen, Melhor Em 2002 participou do livro Brasil sem, fronteiras,
Fotografia - 500 Anos de Descoberta das Américas, da editora Tempo D'Imagem.
Munchener, Volkshochschule, Munique, Alemanha, em
1992; Prêmio Fotografia, I Salão Paraense de Arte MARCOS SANTILLI [Assis, SP, 1 9 5 1 ] José Marcos
Contemporânea, Belém, Pará, 1992; Bolsa de Artes Brando Santilli. Fotógrafo profissional desde 1970,
da Fundação Vitae, São Paulo, em 1994; Prêmio trabalhou inicialmente em publicações em Brasília e
Marc Ferrez, Fundação Nacional das Artes, Rio de durante quatro anos em publicações da Editora Abril.
Janeiro, em 1995. Entre suas principais exposições Foi bolsista como pesquisador e artista nas áreas de
no Brasil e no exterior, destacam-se: FotoRiografia, fotografia, cinema, vídeo e informática das seguintes
MAM, Rio de Janeiro (1991); Nahe dem Wilden instituições: Fulbright Comission;The John Simon
Herzen, Aspekte Galerie, Munique (1992); 412 Salão Guggenheim Memorial Foundation, Nova York;
de Abril, Fundação Cultural de Fortaleza (1991); CNPq; Capes; Fundação Vitae, São Paulo; e
Fotografia Contemporânea Cearense, Galeria Ignês The Banff Centre for the Arts, do Canadá. Suas
Fiúza, Fortaleza (1993); Fotografia Brasileira fotografias foram editadas em centenas de publica-
Contemporânea - Anos 50-90,1 Mês Internacional ções brasileiras e estrangeiras: jornais, revistas,
da Fotografia, São Paulo (1993); Arte Postal Ceará, livros, filmes, vídeos, discos, audiovisuais, espetáculos
Dependentes da Luz, Galeria do Centro de Turismo, musicais, CD-ROM, programas especiais de televisão
Fortaleza (1993); Quem Somos Nós (com Celso e exposições. Publicou os seguintes livros Velhas
Oliveira), Museu do Ceará, Fortaleza (1994), Galeria fazendas do Vale do Paraíba (1981), Àre (1987),
Sergio Milliet, Rio de Janeiro (1994), Galeria Rômulo Madeira-mamoré imagem e memória (1987) e
Mairana, Belém (1995), Festival de Inverno da Amazom, a Young Reader's Look at the Last
Universidade Federal de Minas Gerais, Ouro Preto Frontier (EUA, 1991). Fundador da União dos
(1996), Galeria Observatório, Recife (1997); Fotógrafos de São Paulo, da União dos Fotógrafos
Documentaristas Contemporâneos Brasileiros, Centro de Brasília e do NAFOTO - Núcleo dos Amigos da
Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro (1994); Fotografia, entidade que realiza o Mês Internacional
Casa de Ias Américas, Havana, Cuba (1994); Centro da Fotografia, de São Paulo. Possui fotografias
de Estudos Latinoamericanos, Casa Romulo Gallegos, nos seguintes acervos: The John Simon Guggenheim
Caracas, Venezuela (1995); O Retrato Brasileiro, Memorial Foundation, Nova York, EUA;
I I Mês Internacional da Fotografia, Salão Cultural MIS de São Paulo; Masp; Coleção Joaquim Paiva;
FAAP, São Paulo (1995); Coleção Pirelli-Masp de Casa de Las Américas, Havana, Cuba; Smithsonian
Fotografia (1995); Licht Bilder, 32 International Institution, Washington, DC, EUA; FotoFest
Fotage, Herten, Alemanha (1995); Novas Travessias - International, Houston, EUA. Desde 1977 desenvolve
Contemporary Brazilian Photography, Photographer's o projeto de documentação áudio-fotográfica
Gallery, Londres (1996); Brasil Mostra a Tua Cara, I Nharamaã, sobre as transformações humanas
Bienal Internacional de Fotografia Cidade de Curitiba e ambientais em Rondônia e Acre, na região
(1996); Licht Bilder-Junge Brasilianische Fotografie Amazônica. Em 1999 ganhou a Bolsa Guggenheim
(Photokina), Die Galerie Lichtblick, Colônia, Alemanha para dar continuidade ao seu projeto documental
(1996); Mostra de Fotografia Latinoamericana, do norte do país. De 1998 a 2003 foi diretor do
V Colóquio Latinoamericano de Fotografia, Centro MIS de São Paulo.
de La Imagem, México (1996); Fronteiras, Salão Arte
Pará (artista convidado), Belém (1997); Amazônicas
- Fronteiras, Instituto Itaú Cultural, São Paulo

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CÁSSIO VASCONCELLOS [São Paulo, SP, 1965] PEDRO KARP VASQUEZ [Rio de Janeiro, RJ, 1954]
Cássio Campos Vasconcellos. Iniciou seus estudos Pedro Vasquez. Graduado em Cinema pela Sorbonne,
de fotografia em 1981 na Escola Imagem e Ação. Paris. É fotógrafo, poeta, crítico e historiador de
Trabalhou como repórter fotográfico no jornal Folha fotografia. Como administrador cultural foi respon-
de S.Paulo (1987) e, em Paris, como freelancer para sável pela criação, e posteriormente diretor, do Insti-
esse jornal e para a Editora Abril (1988). Em 1990 tuto Nacional de Fotografia da Funarte, do Minis-
trabalhou no Estúdio DPZ Propaganda e, desde tério da Cultura, entre 1982 e 1986; também criou
1991, com estúdio próprio, realizou vários trabalhos o Departamento de Fotografia, Vídeo & Novas
na área de publicidade e desenvolveu ensaios Tecnologias do M A M do Rio de Janeiro e foi diretor
pessoais. Em 1995, recebeu o Prêmio Nacional entre 1986 e 1989. Como fotógrafo realizou dezenas
de Fotografia, da Funarte, na categoria Arte, pelos de exposições individuais, tendo participado de
ensaios desenvolvidos nos anos anteriores. Suas prin- numerosas coletivas no Brasil e no exterior. Seu
cipais exposições individuais foram: Masp (1982); trabalho foi exibido na França, Inglaterra, Suíça,
Galeria FotoEspácio- Centro Cultural Recoleta, Alemanha, Itália, Noruega, Portugal, Espanha,
Buenos Aires (1987); Galeria do IBAC - Funarte, Canadá, Estados Unidos, Cuba, México, Argentina,
Rio de Janeiro (1993); MIS, São Paulo (1994); Paraguai, Venezuela e Uruguai.Como fotógrafo e
Gallery, Dallas, EUA (1997); Galeria Camargo pesquisador, tem os seguintes livros publicados:
Vilaça, São Paulo (1997); I I Bienal Internacional de A la recherche de L'Eudourado, publicado em Paris
Fotografia Cidade de Curitiba (1998). Participou pela Contrejour (1976); A fotografia sem mistérios,
de importantes exposições coletivas, no Brasil e no Editora Efecê (1980); Romaria do Canindé, Funarte
exterior, entre elas, I I I Colóquio Latino Americano (1983); Humphrey Bogart - o anjo da cara suja,
de Fotografia, Havana, Cuba (1985); Miroir Rebelle, Brasiliense (1984); Dom Pedro II e a fotografia no
no Mois de Ia Photo, Paris (1986); Imagens de São Brasil, Editora Index (1985); Como fazer Foto-
Paulo, 17flTrienal de Milão (1988); Incursões pelo grafia,Vozes (1986); Reflexos e reflexões, L P & M
Imaginário na Fotografia Brasileira Contemporânea, (1987); Fotógrafos pioneiros no Rio de Janeiro,
Aries, França (1991); Color from Brazil, FotoFest, Editora Dazibao (1990); Mestres da fotografia no
Houston, EUA (1992); Artistes d'Amerique Latine Brasil, Centro Cultural Banco do Brasil (1995);
contre le Choléra, Chapelle Saint/Lois de Ia Álbum da Estrada União e Indústria, pesquisa e
Salpetrière, Paris (1993); 42 Studio de Tecnologias texto sobre o trabalho do fotógrafo Revert Henrique
de Imagem, São Paulo (1996). Suas fotografias Klumb, sobre documentação do século XIX,
estão publicadas em diversos livros entre os quais Rio de Janeiro (1997). Foi professor de Fotografia
destacam-se: São Paulo gigante e intimista (1986); da PUC do Rio de Janeiro, da Escola de Belas
América (1989); Paisagens urbanas (1996); Sã,o Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Paulo imagens (1998). Tem fotografias nas coleções e do Curso de Pós-Graduação da Universidade da
do Masp; MAM do Rio de Janeiro; Bibliothèque Cidade, Rio de Janeiro. Recebeu Bolsas de Estudos
Nationale de Paris; Bert Hartkampf, Amsterdã; do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico
Museum of Fine Arts, Houston, EUA. Em 1994, eTecnológico, do Instituto Brasileiro de Arte e
publicou o livro Cássio Vasconcellos - Paisagens Cultura, do Rio de Janeiro, e da Fundação Vitae de
marinhas. No X I Encontros Abertos de Fotografia São Paulo. Foi curador de expressivas exposições
em Buenos Aires, e no I I I Mês de Fotografia Latino- de fotografia brasileira, histórica e contemporânea,
Americano de La Plata, em 2000, participou com a entre as quais destacam-se: Miroir Rebelle -
exposição individual Panorâmicas. Ganhou em 2001, Photographie Brésilienne Contemporaine, Mois de
o Prêmio Porto Seguro de Fotografia. Em 2002 La Photo à Paris (1986) e M A M do Rio de Janeiro
apresentou trabalho inédito no Arte/Cidade e reali- (1986); La Photographie Brésilienne au
zou a exposição individual Noturnos na Galeria Ver- Dix-Neuvième Siècle, Mois de Ia Photo à Paris
melho, em São Paulo, e publicou o livro com mesmo (1986) e M A M do Rio de Janeiro (1986); Brazilian
nome. Esta exposição foi considerada a melhor do Photography in the Nineteenth Century, FotoFest,
ano pela Associação Paulista de Críticos de Arte. Houston, EUA (1988) e Maxwell Museum,
The Univerty of New México (1988); A Fotografia
no Brasil do Século X I X - 150 Anos do Fotógrafo
Marc Ferrez 1843-1993, Pinacoteca do Estado,
São Paulo (1993); Mestres da Fotografia no Brasil -

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Coleção Gilberto Ferrez, Centro Cultural Banco do percurso e seu talento foram reconhecidos oficial-
Brasil, Rio de Janeiro (1995). Atualmente vive no mente pela ciência e pela academia e recebeu da
Rio de Janeiro, é fotógrafo independente, pesquisador Universidade de Paris, pela Sorbonne, o título de
e incansável batalhador da divulgação da fotografia Doutor, embora tenha abandonado os estudos aos 17
brasileira. Publicou em 2000 uma ampla pesquisa anos de idade. Em 1987 criou dentro de sua própria
sobre a presença dos fotógrafos alemães na produção casa, com a ajuda de pesquisadores, a Fundação
da fotografia brasileira do século X I X . Pierre Verger, que conta com um acervo de 62 mil
negativos fotográficos, uma biblioteca com cerca de
PIERRE FATUMBI VERGER [Paris, França, 1 9 0 2 - 3 mil livros, milhares de horas de gravação de músi-
Salvador, BA, Brasil, 19961 Pierre Edouard Léopold cas e depoimentos sobre a cultura africana, além de
Verger. Fotógrafo, etnólogo, Babalaô, tirou suas ter catalogado cerca de 3.500 tipos de plantas típi-
primeiras fotografias em 1932, com trinta anos cas da Bahia. Realizou inúmeras exposições no
de idade. Depois de perder todos os familiares (pai, Brasil e no exterior, e publicou dezenas de livros em
irmãos e finalmente a mãe), e sem uma identidade todo o mundo. Dentre os livros publicados no Brasil,
mais profunda com o fino contexto social que vivia destacam-se: Orixás (1981); Retratos da Bahia
em Paris, decide partir para o mundo com uma (1981); 50 anos de fotografia (1982); Lendas
Rolleiflex, em busca de novas experiências e do africanas dos orixás (1985); Fluxo e refluxo do trá-
esquecimento de todas as outras. Assim, deixou fico de escravos entre o Golfo de Bénin e a Bahia de
Paris em 1932 e seguiu para as Ilhas do Pacífico. Todos os Santos (1987). Em 1995 a editora france-
De volta a Paris em 1934, realizou uma série de sa Revue Noire publicou Pierre Fatumbi Verger-
atividades no Musée D'Ethnographie (hoje Musée Dieux d'Afrique; e o livro Pierre Verger - Le Mes-
de I'Homme) e foi contratado pelo jornal Paris Soir sager-The Go-Between - Photographies 1932-62,
como fotógrafo para realizar uma série de reporta- que acompanhou a exposição no Musée de 1'Elysée
gens ao redor do mundo. Em 1936 fundou a agência de Lausanne, em 1993, e no Musée National des
Alliance Photo, com os fotógrafos Pierre Boucher, Arts Africains et Océaniens de Paris, em 1994,
René Zuber, Féher e Denise Bellon. Foi também cor- e na Maison de Ia Danse de Lyon, em 1996.
respondente de Guerra na China para a revista Life, Morreu em 1996, aos 93 anos, em sua casa na
encarregado de coletar documentos fotográficos Ladeira Vila América, em Salvador, Bahia, onde
para o Museo Nacional de Lima, Peru, e no Brasil viveu por cinqüenta anos. Em 2002, foi publicada
trabalhou na revista 0 Cruzeiro. Depois de viajar uma biografia pela editora Currupio, e ganhou uma
e conhecer os Estados Unidos, Ilhas do Pacífico, grande visibilidade por ocasião do seu centenário,
Japão, China, Filipinas, Sudão (hoje Mali),Togo, com publicação de livros, exposição itinerante e
Dahomey (hoje Benim), Niger, parte do Saara, as debates públicos sobre seu trabalho.
Antilhas, México, Guatemala, Equador, Peru, Bolívia,
Argentina, chegou pela primeira vez ao Brasil em CARLOS FADON VICENTE [São Paulo, SP, 19451
1946, após a leitura do livro Jubiahá, de Jorge Graduou-se em Engenharia Civil pela Escola Politéc-
Amado. Instalou-se em Salvador, apaixonado pela nica em 1968 e em Artes Plásticas pela Escola de
cidade e pelo povo, com o qual passa a conviver Comunicações e Artes em 1982, ambas da Universi-
intensamente. Desse convívio surge o interesse pela dade de São Paulo. Obteve o Mestrado em Artes em
compreensão da sua história e da sua cultura. Foi o 1989 na The School o f t h e A r t Institute of Chicago,
início de uma pesquisa incansável sobre o culto dos EUA, como bolsista do governo brasileiro
orixás e sobre as influências econômicas e culturais (MEC/Capes), tendo como áreas de concentração a
do tráfico de escravos. Entre 1946 e 1979, fez fotografia e a computação gráfica, com estudos adi-
sucessivas viagens entre a Bahia e a costa ocidental cionais em telecomunicações. Em 1996, recebeu a
da África. Envolveu-se profundamente com o can- Bolsa de Artes da Fundação Vitae de São Paulo.
domblé, onde foi aceito e iniciado, e passou a exercer Desde 1975 dedicou-se a trabalhos de expressão em
funções. Recebeu o nome de Fatumbi. Como Babalaô fotografia e, a partir de 1985, Iniciou suas pesquisas
teve acesso ao patrimônio cultural dos Yorubá, sua estéticas e conceituais em arte eletrônica, explorando
mitologia e sua botânica aplicada à terapêutica na especialmente a inter-relação visual. Em 1987
liturgia dos cultos de possessão. Verger realizou Iniciou uma série de experimentos interativos com
desde os tempos de repórter fotográfico um impor- telecomunicações, empregando televisão de varredura
tante trabalho histórico e etnográfico. Em 1966 seu lenta e videotexto, posteriormente acrescentando

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computação gráfica e fax. As principais exposições Mother Jones: Le Prix de la Photographie de
individuais foram: Refletir, Wlasp (1980); Outdoor Reportage, FNAC, Paris (1993); Contatos e Confron-
Mulher, MIS de São Paulo (1982); Avenida Paulista, tos - 0 índio e o branco, I I Mês Internacional da
Centro de Convenções Rebouças, São Paulo (1983); Fotografia, São Paulo (1995).Tem fotografias nas
Entradas e Coberturas (com Gal Oppido), Galeria coleções do Masp; Casa da Fotografia Fuji; Camera-
Fuji, São Paulo (1988); Vectors, Masp (1991); work Gallery, Londres; Fundação Suíça para a
Medium, MIS de São Paulo (1992); Noturnos & Fotografia, Zurique. É fotógrafo independente,
Medium, Fundação Cultural de Curitiba (1993). atuando nas áreas editorial e institucional pela
Dentre as exposições coletivas destacam-se: Tradição Agência Tempo de Fotografia, que distribui seu
e Ruptura, Fundação Bienal de São Paulo (1984); trabalho. Em 1998, coordenou a exposição e a
Brasil Cenários e Personagens, Galeria de Fotografia edição do livro Brasil Bom de Bola. Em 2001
Funarte, Rio de Janeiro (1988); Incursões pelo participou da exposição coletiva inaugural da Imã
Imaginário na Fotografia Brasileira Contemporânea, Fotogaleria e, em 2002, lançou o livro Brasil sem
Rencontres d'Arles, França (1991); Color from fronteiras, da editora Tempo d'Imagem, juntamente
Brazil, FotoFest, Houston, EUA (1992);The Inter- com os fotógrafos Tiago Santana, Elza Lima,
Society for the Electronic Arts, EUA (1994); Celso Oliveira e Antonio Augusto Fontes.
Brasil Mostra a tua Cara, Bienal Internacional
de Fotografia Cidade de Curitiba (1996). Tem
fotografias nas coleções do Masp, MIS, M A M de São
Paulo, Coleção Pirelli-Masp, Center for Creative
Photography, Polaroid International Collection. Ga-
nhou a Bolsa Vitae de pesquisa fotográfica e, atual-
mente, é professor de fotografia da Escola Superior
de Propaganda e Marketing.

ED VIGGIANI [São Paulo, SP, 19581 Edson Viggiani


Junior. Autodidata, iniciou sua carreira em 1978,
trabalhando como freelancer do diário Jornal da
Tarde e da revista Manchete. No início da década de
80 fixou residência em Fortaleza. Em 1982 tornou-
se assistente do fotógrafo Francisco Albuquerque,
um dos pioneiros da fotografia publicitária brasileira.
Como repórter fotográfico ganhou, em 1991,
o prêmio The Mother Jones International Fund'for
Documentary Photography, com o projeto Brother in
Faith, sobre religiosidade no Brasil; em 1991 recebeu
também o prêmio de melhor exposição do ano
atribuído pela Associação Paulista de Críticos de
Arte de São Paulo; em 1992, foi destaque em foto-
jornalismo no X V I I Prêmio Abril de Jornalismo; e
em 1994 ganhou o Prêmio Estímulo da Secretaria
de Estado da Cultura do Estado de São Paulo.
Dentre suas principais exposições destacam-se:
I I Colóquio Latino Americano de Fotografia, México
(1981); Brasil Cenários e Personagens na Galeria de
Fotografia Funarte, Rio de Janeiro (1988); Images
of Silence, Museu de Arte Moderna da América
Latina do OEA (1990); Matando o Tempo a Golpe
da Luz, Galeria Fotóptica, São Paulo (1991);
Coleção Pirelli-Masp de Fotografias (1992); Images
from the Americas, Camerawork Gallery, Londres
(1992); Paris em Preto e Branco, Masp (1993);

2 2 9  
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n i c a e à o  e  S e m i ó t i c a p  e l a P  U C   s r . L  e c i o n a n  a F  a c u l d a d ed  e  C o m u n i c a ç à o  d a   Í - A A Í ' , o  n d e  

e  t a m b é m  d i r e t o r .   F o i  c r i t i c o d  e  f o t o g r a f i a  d a  ' i l u s t r a d a " , ívlha dc S.Pduio.  e  d a s   r e v i s t a ^  

/ r / v   e  O u / a Jos Artes.  F o i  c u r a d o r d  e  e x p o s i ç õ e s d  e  l o t o ^ r a ü a  b r a s i l e i r a n  o   B r a s i l   e n o  e x ­

t e r i o r . P  s c r e v e u d  i v e r s o s l  i v r o sd  e   í o t o ^ r a l i a , e  n t r e e  l e s ,  . S J e  P j u I o  i n i u c f C i xJ  c /  s ) v V ,c  o m  

c o - a u t o r i a d  e  A r a c v  A m a r a l   e  N e l s o n   B r i s s a c  P e i x o t o ,   < M a r c a  I )   A ' j u a ,   1 9 v ) S   >  c  O ^\'uio \í\


nd j oi o<.] rol ia bnKilcira,  c o - a u l o r i a  c o m   P e d r o   C o r r e i a d  o  L a ^ o   ( F r a n c i s c o  A b e s ,   2 0 0 0 ) .  

A t u a l m e n t e   e  c u r a d o r d  a C
  o l e ç ã o  P i r e l l i - M a s p .  S u a  l e s e d  e d  o u t o r a d o  . 1   / e í e ç r . j / M  

expandida  s e r a  e d i t a d a e  m  b r e v e  p e l a  C o s a c   «S:  N a í i v ,  
©  C o s a c  & N a i f y ,  2 0 0 3  
P u b l i c a d o  o r i g i n a l m e n t e  p e l o  K u n s t m u s e u m  W o l f s b u r g :  B r a s i l i a n i s c h e  F o t o g r a f i e  
1 9 4 ^ - 1 9 9 8 :  L a b i r i n t o  e i d e n t i d a d e s  

C a p a :  P i e r r e  V e r g e r ,  B o n f i m ,  Salvador, Bahia, 1 9 4 6 - ^ 2 .  

P r o j e t o  g r á f i c o :  R a u l  L o u r e i r o  
R e v i s ã o  t é c n i c a :  S i m o n e t t a  P e r s i c h e t t i  

Catalogação na Fonte d o  D e p a r t a m e n t o  Nacional d o  Livro 


[Fundação Biblioteca Nacional] 

Fernandes Junior, Rubens [1949-] 
Rubens Fernandes Jr.: Labirinto e identidades: panorama 
da fotografia n o  Brasil [1946-98] 
São Paulo: Cosac & Naify, 2003 
232 p . ,  i 24 fotografias 

ISBN  85"-7£03-205"-4  CDD  770.92 

1. Fotografia. Arte fotográfica  2. Fotógrafos e  suas obras 


3. Fotógrafos brasileiros:  1946-98  4 .  Rubens Fernandes Junior 

COSAC & N A I F Y CENTRO UNIVERSITÁRIO

R u a  G e n e r a l  J a r d i m ,  7 7 0 , 2-  a n d a r   M A R I A A N T O N I AD A U S P

0 1  2 2 3 - 0 1 0  — S ã o  P a u l o   SP  R u a  M a r i a  A n t o n i a ,  2 9 4  

T e l [  í í  11] 3 2 1 8 - 1 4 4 4   0 1  2 2 2 - 0 1 0  — S ã o  P a u l o   SP 


F a x
[ í í n  ]  3 2 í 7 - 8 1 6 4   T e [l   «   11] 3 2 Í Í - 7 I 8 2  

i n f o @ c o s a c n a i f y .  c o m . b  r   Fax [ í í" ] 32S!>~3I 4 0

w w w .  c o s a c n a i f y . c  o m . b  r  

A t e n d i m e n t o  a o  p r o f e s s o r :  

[ f í "  l  3 2 1 8 - 1 4 6 6  
TIPOLOGIA
Bell Gothic, Perpetua 

PAPEL
Image Matte 

CTP E I M P R E S S Ã O
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TIRAGEM
4.000 
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TIAGO SANTANA
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CÁSSIOVASCONCELLOS
PEDRO KARP VASQUEZ
PIERRE VERGER
CARLOS FADON VICENTE
ED VIGGIANI
ISBN  flS-YSOd-EOS-M 

9 788575 032053

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