Você está na página 1de 5

INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL, IP

DELEGAÇÃO REGIONAL DO NORTE


Centro de Emprego e Formação Profissional de Bragança
Serviço de Formação Profissional de Bragança

UFCD: 6654 Curso: ________________________________


Formadora: Paula Calçada
Nome do(a) formando(a):_________________________________________________________

FICHA DIAGNÓSTICA
A - Lê, atentamente, o texto e responde às perguntas que se seguem.

Antes calças, agora papel

Sabias que jeans e roupa velha se podiam transformar


em papel? O nosso repórter Pedro Oliveira mostra-te como
tudo acontece na fábrica Moinho, em Campia, Vouzela.

Em Campia, Vouzela, há uma pequena fábrica que domina um


5 saber muito antigo: o do fabrico de papel com fibras de algodão.
A fábrica chama-se Moinho (porque antigamente o papel era
feito em moinhos de água) e recebeu a visita de Pedro Oliveira, 9 anos, que anda no 4.º
ano e vive em Pinheiro de Lafões. Como a mãe trabalha na empresa, e ele sempre teve
curiosidade em conhecer o processo, Pedro viu como é que O Moinho usa calças de
10 ganga, camisas, t-shirts, fardas da tropa ou qualquer outra roupa velha de algodão para
fazer papel. Papel branco, azul, cor-de-rosa ou castanho conforme a cor da roupa que
vai ser reciclada. E pode ter cheiros (chocolate, café, piza), ou ter sementes de flores
que florescem se o papel for plantado depois de usado. Tudo isto sem abater uma árvore
ou poluir o ambiente.

15 Os segredos do papel-algodão

O nosso repórter entrevistou Rui Silva, 50 anos, responsável pelo Moinho


Pedro Oliveira (PO) – Quando nasceu o papel-algodão?
Rui Silva (RS) – Há dois mil anos, na China.
PO – No dia a dia usamos papel-algodão?
20 RS – Sim, por exemplo nas notas. O papel-algodão é muito mais resistente do que o
papel normal. Por isso as notas não se desfazem quando vão a lavar no bolso das calças.
PO – Também se usa para pintar?
RS – Os pintores usam papel-algodão porque a cor das tintas fica melhor e dura mais
tempo. Não conseguíamos ver quadros antigos se fossem pintados em papel normal.
25 PO – Porquê?
RS – Porque o papel normal fica amarelo ao fim de 10 anos. Com o algodão
conseguimos ver as cores mesmo ao fim de muitos anos.
PO – E porque se deixou de usar o papel-algodão?
INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL, IP
DELEGAÇÃO REGIONAL DO NORTE
Centro de Emprego e Formação Profissional de Bragança
Serviço de Formação Profissional de Bragança

RS – Porque começaram a aparecer os jornais, as revistas, e o papel-algodão não


30 chegava para as encomendas. Então, apareceu o papel da celulose da madeira, que se
usa até hoje. Mas o abate das árvores passou a ser maior. Precisamos de ser mais
amigos do ambiente.

Pimperlim-pimpim...

E outra transformação acontece! O papel feito a partir das calças de ganga e de outras
35 peças de roupa é usado para fazer sacos, livros de receitas, cadernos para escrever,
desenhar, diários e álbuns de fotografias. Podes encontrá-los em algumas lojas nas
grandes cidades.
in http://visao.sapo.pt/visaojunior/temas/reporterjunior/antes-calcas-agora-papel=f823530
(adaptado e com supressões, consult. em 6-12-2021)

1. Para cada item (1.1. a 1.5.), seleciona a opção que completa a frase, de acordo com o sentido do texto.
1.1. A fábrica Moinho, situada em Campia, Vouzela, pratica o saber muito antigo
(A) da moagem de grãos de milho.
(B) do fabrico do papel-algodão.
(C) do fabrico de calças de ganga.
(D) do abate de árvores.

1.2. Pedro Oliveira, com nove anos, tornou-se um repórter em visita ao Moinho com o objetivo de
(A) fiscalizar as condições de trabalho.
(B) verificar o processo de reciclagem de roupa velha em papel-algodão.
(C) conferir os resultados económicos da empresa.
(D) entrevistar a mãe enquanto trabalhadora.

1.3. O papel produzido na fábrica de Campia pode ter várias cores,


(A) e vários cheiros.
(B) e até sementes de flores.
(C) vários cheiros e até sementes de flores.
(D) vários cheiros e até sementes de flores e de árvores.

1.4. Da entrevista com Rui Silva, ficamos a saber que


(A) não se usa papel-algodão no dia a dia, exceto em notas.
(B) o papel normal amarelece ao fim de 15 anos.
(C) com a expansão da imprensa, o papel-algodão não chegava para as encomendas.
(D) o papel da celulose da madeira é igualmente amigo do ambiente, mas menos resistente.

1.5. Derivado de calças de ganga e outras peças de roupa, o papel-algodão


(A) encontra-se em todas as lojas fora das grandes cidades.
(B) é um produto exclusivamente português.
(C) é utilizado na imprensa corrente para substituir o papel de celulose.
(D) é utilizado para fazer sacos, livros de receitas, cadernos de desenho, diários e álbuns de
fotografias.
B - Lê, atentamente, o texto e responde às perguntas que se seguem.

O esplendor de uma glória perdida


As joias da coroa foram vendidas e fundidas, re-
constituídas e roubadas. Quando se anuncia a con-
clusão do Palácio da Ajuda, em cuja ala renovada irá
nascer um novo espaço museológico onde as joias
5 ficarão em exposição permanente, o Expresso repu-
blica uma reportagem dada à estampa na Revista E,
em fevereiro de 2015, depois de uma visita guiada e
em exclusivo ao tesouro valioso.
[…] No final do século XVIII, o país vi- 40 vocábulo latino que significa ouro, prata
10 via um período farto. As grandes jazidas e objetos preciosos. Revisitemo-la cro-
de ouro e de diamantes no Brasil forne- nologicamente. Em 1578, a derrota na
ciam a matéria-prima a uma corte que a batalha de Alcácer-Quibir leva à crise di-
transformava em símbolo de poder e dig- nástica de 1580, à invasão espanhola e
nidade e a convertia em opulência e osten- 45 à perda de bens e independência.
15 tação. As joias eram então muito mais do Depois da Restauração de 1640 e nos
que objetos decorativos. As encomendas 20 anos que se lhe seguiram, os conflitos
sucediam-se, e o reino provava a sua he- fronteiriços não cessaram, e foram, mais
gemonia económica e territorial. Foi quase uma vez, as joias a moeda para os custear
sempre assim. A partir da Idade Média, 50 e garantir a independência do reino. Foi,
20 Portugal possuiu ao longo de séculos mui- porém, um drama natural, o terramoto de
tas peças de joalharia e de representação 1755, que provocou maior abalo ao te-
régia. Pensemos no que era o tesouro de souro real. O Paço do Rei estava no epi-
joias da rainha Santa Isabel, por exemplo, centro da catástrofe e a sua destruição por
recordemos o fausto da corte de D. Ma- 55 completo é a causa maior do desapareci-
25 nuel I, da qual ainda e só restam 23 salvas mento de um sem-número de peças. […]
de aparato, o maior conjunto de prata de Ela, a coroa, adivinha-se enorme na
cinzel do século XVI. E indaguemo-nos so- caixa de madeira sólida, ainda lacrada
bre o paradeiro da coroa real, célebre pela com as insígnias de então, que vemos ao
sua fiada de pérolas de ouro, que coroou 60 centro da mesa. Estamos nos cofres do
30 D. João IV e D. Maria I, dos adereços com Estado, onde todo o tesouro real está
que rainhas e infantas se adornavam e até guardado por um sistema de alta segu-
mesmo dos dois mil quilates de diamantes rança. É a primeira peça que José Al-
em bruto que em 1807 ainda constavam berto Ribeiro, diretor do Palácio da
do registo do Tesouro Real e que se desti- 65 Ajuda, e Teresa Maranhas, conserva-
35 navam ao trabalho dos lapidadores do dora das joias da coroa – as únicas pes-
Atelier Real no Campo Pequeno. soas autorizadas a tocar nas peças –,
A história encarrega-se de esclarecer manuseiam para que a vejamos em todo
o desaparecimento destes thesaurus, o o seu esplendor.
in http://expresso.sapo.pt/cultura/2016-09-20-O-esplendor-
25 Alexandra Carita (Textos) / (Campiso Rocha (fotografias) de-uma-gloria-perdida (com supressões,
consult. em 16-1-2022)
1. Tendo em conta o sentido do texto, identifica como verdadeiras (V), falsas (F) ou não referidas (NR) as
informações apresentadas nas frases seguintes. Corrige as falsas.

1.1. O título da reportagem, “O esplendor de uma glória perdida”, refere-se ao brilho do Império
Português, desaparecido.

1.2. A reportagem foi publicada em fevereiro de 2015 e republicada em outubro de 2016.

1.3. Com exceção do século XVIII, Portugal raramente possuiu muitas peças de joalharia e de
representação régia.

1.4. No reinado de D. João II, dito o príncipe perfeito, o tesouro real cresceu em joias e ouro.

1.5. Devido a Alcácer-Quibir, o tesouro português gasto em resgates de prisioneiros portugue-


ses em terras marroquinas diminuiu.

1.6. Após a Restauração, estando o reino em paz com Espanha, durante 20 anos, o tesouro real
aumentou significativamente em joias.

1.7. Não foram as guerras, mas sim um desastre natural, o terramoto de Lisboa de 1755, o
responsável pelo maior abalo ao tesouro real.

1.8. A diretora do Palácio da Ajuda chama-se Teresa Maranhas e o conservador das joias da
coroa José Alberto Ribeiro.

1.9. Nos cofres do Estado, a coroa é a primeira peça do tesouro real a ser mostrada.

1.10. A palavra a que o pronome pessoal se refere em “Revisitemo-la cronologicamente.” (l. 41)
é “história”.

______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
COTAÇÕES:
A)
Cotações (2 x 5)
1.1. 1.2. 1.3. 1.4. 1.5.
2 2 2 2 2

B)
Cotações (1 x 10)
1.1. 1.2. 1.3. 1.4. 1.5.
1 1 1 1 1
1.6. 1.7. 1.8. 1.9. 1.10.
1 1 1 1 1

Correção da ficha diagnóstica

GRUPO A

1.1. (B);
1.2. (B);
1.3. (C);
1.4. (C);
1.5. (D)

GRUPO B
1.1. F. Ao esplendor e à glória associados às “joias da coroa”.
1.2. V.
1.3. F. Quase sempre, desde a Idade Média.
1.4. NR.
1.5. NR.
1.6. F. Após a Restauração, durante 20 anos, os custos das guerras fronteiriças com Espanha foram garan-
tidas por joias do tesouro.
1.7. V.
1.8. F. José Alberto Ribeiro é o Diretor e Teresa Maranhas é conservadora das joias.
1.9. V.
1.10. V.

Você também pode gostar