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DICAS

 
Podemos utilizar todos os produtos empregados na repintura e de qualquer marca seja Glasurit,
Sherrin Willians, Anjo, etc.... Podemos utilizar tanto o esmalte sintético, a laca automotiva, o
poliuretano quanto os poliésteres.

Devemos ter o cuidado de não misturar os sistemas pois a incompatibilidade dos solventes
provoca danos as pinturas, portanto se decidirmos utilizar o esmalte sintético devemos utilizar
apenas produtos compatíveis com o sistema do esmalte. Outra coisa importante é ter certeza de
utilizar somente produtos da mesma linha pois eles já foram testados pelas empresas
fornecedoras e garantem os melhores resultados. A utilização de produtos similares e de outras
marcas é sempre atrativa devido ao preço mas já pude perceber que não compensa pois
reduzem consideravelmente a qualidade final da pintura assim como a sua durabilidade.

Já experimentei os 4 sistemas existentes no mercado atualmente principalmente devido ao fato


de não encontrarmos todas as cores em um mesmo sistema. Mas atualmente estou trabalhando
com 2 sistemas básicos: o poliuretano que é um sistema de monocamada mas que necessita de
um catalisador e o Poliéster que é um sistema de dupla camada pois necessita da aplicação do
verniz para que haja a ativação do sistema. Ambos tem suas vantagens e suas desvantagens.

 Quando se trabalha com pintura automotiva, devemos tomar os devidos cuidados com o
manuseio do produto e preocupar de realizar as pinturas em locais arejados ou com sistema de
exaustão pois são substâncias corrosivas e tóxicas. Lembre-se de utilizar óculos, mascarás
contra poeira, avental e luvas.
 

Inicialmente o capacete passa por um processo cuidadoso de desmonte, retiramos dele os forros
internos, acessórios, viseira, correias e adesivos plásticos e de papel caso este os tenham. No
final do processo temos apenas o casco de fibra sobre o qual iremos trabalhar.
Em uma segunda etapa, pegamos o casco de fibra de damos um bom banho de água quente e
com sabão neutro a fim de se retirar substâncias gordurosas e de outra espécie.

Em um capacete novo ou de pouco uso, cuja superfície se encontre lisa e pouca gasta,
realizamos o lixamento desta superfície com lixa 600 a seco ou úmida e depois com lixa 800 a
fim de garantir o máximo de uniformidade e suavidade desta.

Em um capacete velho ou já bem gasto ou que apresente desgaste do casco, devemos reparar
estes desníveis com o auxílio de massa plástica. A Glasurit tem uma excelente massa plástica e
de fácil manuseio. Devemos então com uma espátula plástica flexível, realizar a aplicação desta
massa tomando o cuidado de se reproduzir a curvatura natural da superfície e evitando o
depósito em excesso desta pois isto dificultará o processo de lixamento posterior.

Depois de seca a massa plástica, aplicamos uma camada de um líquido preto denominado
controle de lixamento. Este produto tem a finalidade de revelar as depressões que por ventura
existirem e que não foram corrigidas. Feito isto e seco a superfície, iniciamos o  lixamento com
uma lixa grão 320 ou 400. O lixamento pode ser realizado manualmente ou mediante o uso de
uma lixadeira elétrica ( depois de muinto lixar descobri que os 320,00 reais que gastei na compra
de uma, me facilitaram demais a vida e aceleraram o processo além é claro de permitir um
acabamento mais profissional. Utilizo uma Makita ). A medida que vamos desgastando a
superfície e removendo a camada do controle de lixamento trocamos por lixas cada vez mais
finas tais como 600, 800, 1200 e 2000 até conseguir o perfeito nivelamento da superfície e
remoção de todos os pontos pretos pintados pelo controle de lixamento.

Uma vez feito isto, damos novamente um bom banho no casco com água quente e sabão neutro
e após a secagem deste, passamos uma flanela embebida em solução desengraxante para a
remoção de resíduos. O uso desta substância parece ser desnecessário mas descobri que ela é
muinto importante pois a presença de qualquer substância na superfície poderá provocar a não
aderência total da tinta o que provocará o seu descolamento nas etapas futuras e aí, lá vamos
nós novamente começar tudo de novo desde o zero ou então realizar retoques que com certeza
prejudicam a qualidade do trabalho
 

A escolha do fundo correta, seu preparo e aplicação é de fundamental importância. Aqui chamo
a atenção novamente para a escolha e mistura dos produtos. Devemos sempre realizar a
mistura de produtos da mesma marca evitando o uso de similares mais baratos. Em pouco
tempo você irá descobrir que esta prática no final não compensa. Lembro também que devemos
sempre tentar utilizar o mesmo sistema do começo ao fim do trabalho, evitando misturar
sistemas diferentes de pintura.
 

As tintas automotivas, foram feitas para aderirem a superfícies metálicas ou recobertas com
substâncias que reajam entre si e permitam a perfeita aderência destas. Os capacetes são
superfícies plásticas, portanto necessitam de um tratamento prévio para que se possa ser
aplicado as tintas automotivas. O processo acontece de forma idêntica ao que utilizamos para a
pintura dos pára-choques de fibra, spoilers, retrovisores e aerofólios utilizados nos carros.

 Atualmente  (já me informei com quase todas as fábricas de capacetes aqui no Brasil) os
capacetes novos no mercado já vem previamente tratados com tinta a base de poliuretano ( PU )
e portanto basta que realizemos um lixamento com lixa 600 ou 800 a fim de retirar toda a
camada de brilho da superfície e em seguida aplicar o Primer ou mesmo as tintas a base de
poliuretano e poliéster (caso deseje utilizar em sua programação gráfica o cor original como
fundo). Para capacetes mais antigos ou já gastos seguimos as etapas abaixo.

 Inicialmente pegamos o casco e após nova aplicação do desengraxante sobre sua superfície,
realizamos a aplicação de uma substância denominada seladora para plásticos que nada mais é
que um produto químico que torna a superfície plástica capaz de reagir com o sistema
automotivo. Após a sua secagem, realizamos então a aplicação do fundo para pintura
automotiva. Utilizamos aqui o Primer que pode ser o universal ou o poliuretano de altos sólidos
seja nas corres branca ou cinza. Gosto atualmente de utilizar o universal cinza em superfícies
novas e lisas e o PU ( poliuretano) alto sólidos em superfícies mais gastas e ainda com alguma
irregularidade. O Primer PU tem a capacidade de promover o preenchimento de falhas pequenas
existentes na superfície dando assim um melhor acabamento.

 Como os capacetes assim como os pára-choques são superfícies um pouco flexíveis e sujeitas
a impacto freqüentes, adicionamos no momento do preparo do primer, uma porcentagem de 20 a
40% de solução elastificante o que torna o primer mais flexível e resistente aos impactos.
 

Depois de seco o Primer, realizamos o lixamento da superfície com lixa 600 e 800 a fim de se
conseguir uma perfeita uniformidade e acabamento da superfície do casco. Este lixamento poder
ser realizado com ou sem o controle de lixamento, úmido ou a seco. Após esta etapa damos
novamente um bom banho e aplicamos a solução desengraxante sobre toda a superfície.

Pronto agora seja o capacete preparado apenas com o lixamento da camada de PU ou


trabalhado com o Primer, estão prontos para receberem a pintura personalizada. Tenha sempre
a preocupação de realizar esta etapa com o máximo rigor técnico e cuidado pois é ela que
garantirá o sucesso e a durabilidade de seu trabalho.

Não tenha  pressa em iniciar a pintura, espere uma boa secagem do Primer. 

Para realizarmos o emascaramento dos capacetes,  o melhor método e o mais utilizado é a fita
crepe automotivo, que é própria para pintura de carros. 
Para se aplicar a fita crepe sobre o capacete, temos vários processos e técnicas, cada uma
serve a um propósito em geral, dai a necessidade de se ter uma boa programação visual a fim
de que possamos escolher de forma adequada o melhor processo para aquela pintura
Como todo bom brasileiro, vivemos do improviso e uma forma que achei de improvisar a Blue
Tape americana foi ir a uma loja de plotagem de vinil e pedir que me cortasse uma folha de vinil
azul, inteira, com várias tiras de 120 cms por 2 mm. Assim tenho várias tiras para poder utilizar
para vários desenhos no capacete
 
Ah, ia me esquecendo de uma dica importante sobre o sistema poliéster. Como ele é um sistema
de dupla camada, a tinta somente adere com firmeza sobre a superfície quando esta estiver
ativada. Portanto evitem de pregar máscaras ou fitas sobre a tinta poliéster sem uma cobertura
de verniz. Vocês verão que ela se destaca facilmente, causando assim um enorme prejuízo ao
trabalho todo. Já as tintas a base de PU, DUCO e esmalte sintético permitem a aplicação de
máscaras diretamente sobre a pintura sem a necessidade da aplicação do verniz.
 

Existem vários vernizes para o sistema poliéster seja o de secagem rápida ou o convencional,
mas atualmente eu prefiro aplicar o verniz para PU alto sólidos mesmo que esteja quebrando a
regra de não misturar sistemas diferentes. O porque disto ? Bem, o verniz de altos sólidos é um
verniz mais resistente ás ações do meio ambiente além de promover um maior nivelamento de
degraus que por ventura existam sobre a pintura e atualmente uma outra vantagem do uso dele,
é a possibilidade de se aplicar a técnica do espelhamento sobre ele.

 Uma dica sobre o verniz: não aplique verniz sobre trabalhos realizados com esmalte sintético,
pois a pintura enruga toda. O sistema esmalte sintético já possui brilho próprio. A laca
automotiva ( DUCO ) também não necessita de verniz embora possa ser coberta com o verniz.
Como o verniz para PU é um sistema de monocamada, necessita do uso do ativador em sua
diluição e preparo. Portanto, normalmente realiza o seu preparo da seguinte forma:
A aplicação do verniz é feita também conforme orientação técnica da empresa ou seja em pistola
com bico 0.8, a 45 cm de distância da peça, leque totalmente aberto e intervalos entre demãos
de 5 minutos. Aqui novamente vai a dica de aplicar a primeira camada em uma forma mais seca
o que evitará o escorrimento das demãos seguintes. Normalmente eu aplico 7 demãos do verniz
já pensando no processo de espelhamento da pintura.

Cuidado para aplicar o verniz em local onde não haja poeira pois ela poderá grudar na superfície
e gerar relevos.
 

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