Você está na página 1de 65

PUC MINAS | CAMPUS POÇOS DE CALDAS | ARQUITETURA E URBANISMO

7º PERÍODO | 2/2020

HISTÓRIA DA ARTE
TÉCNICAS ARTÍSTICAS

LARA SOUSA
LEONARDO DINIZ
03 AEROGRAFIA
06 AFRESCO
09 AQUARELA
12 CERA PERDIDA
15 COLAGEM
18 ENCADERNAÇÃO
SUMÁRIO

21 ENCÁUSTICA
24 ESCAIOLA
27 ESCORÇO
30 ESCULTURA
33 FUNDIÇÃO
36 ILUMINURA
39 LITOGRAFIA
42 MANUSCRITO
45 MOSAICO
48 PINTURA A ÓLEO
51 SERIGRAFIA
54 SFUMATO
57 TÊMPERA
60 XILOGRAFIA
AEROGRAFIA
AEROGRAFIA

Técnica:

Técnica artística de pintura e ilustração que consiste no uso de um


aerógrafo, instrumento de pintura mecânica, semelhante a uma pistola
ou uma caneta-tinteiro, que é utilizado para pulverizar tinta líquida ou
verniz, por meio de ar comprimido. Não entra em contato com o
suporte, como ocorre com pincéis e lápis, e pode produzir jatos largos
ou linhas finas de tinta, de acordo com o bico utilizado.

Existem dois tipos de aerógrafos, o de ação simples e o de dupla ação.


No primeiro, tanto a tinta quanto o ar saem ao mesmo tempo e sempre
na mesma proporção, quando o gatilho é pressionado. A mistura pode COMPOSIÇÃO DE UM AERÓGRAFO
ser interna ou externa. No caso de dupla ação, no entanto, o gatilho
tem dois movimentos independentes, um para o ar e outro para a
mistura de ar e tinta, para que você possa adicionar tanto ar quanto
quiser à mistura base. Quanto mais ar tiver menos espessura terá o
spray.

Hoje, a aerografia é usada para maquiagens, pinturas, retoque de fotos,


taxidermia, modelismo, pintura de tecidos, arte corporal, desenhos em
carros e motocicletas, artesanato, tatuagem, etc.
(MATÉRIA PRIMA, 2017), (AEROGRAFIA), (HISOUR).

04
ESQUEMA DE TIPOS DE AERÓGRAFO
AEROGRAFIA

Histórico:

Surgiu na pré história, quando homens da caverna assopravam


pigmentos (tinta) através de tubos derivados de osso de animais e
bambus. Os primeiros desenhos aerográficos encontrados datam cerca
de 7300 anos e foram descobertos na Gruta das Mãos no Rio Pinturas,
Argentina. No Japão e em outras culturas orientais, diferentes maneiras
de pintura por pulverização já eram praticadas no século XVII.

O primeiro aerógrafo mecânico foi inventado em 1876 pelo


industrialista Francis Edgar Stanley. A melhoria do aerógrafo foi CUEVA DE LAS MANOS, RIO PINTURAS,
tratada pelo joalheiro Ebner Peeler. Em 1893, o aquarelista americano ARGENTINA
Charles Burdick fez melhorias simplificando o dispositivo, capaz de
aplicar várias camadas de tinta sem alterar a cor do fundo subjacente,
criando o primeiro aerógrafo de mistura interna.

Mais tarde, a melhoria da ferramenta foi feita por Jens Paasche. Sua
mudança permitiu pulverizar o pó abrasivo para remover ou clarear a
tinta na superfície. Também poderia ser usado para limpar
instrumentos de precisão e jóias.
(MATÉRIA PRIMA, 2017), (AEROGRAFIA), (HISOUR).

05
AERÓGRAFO DE CHARLES BURDICK
AFRESCO
AFRESCO

Técnica:

Técnica de pintura mural, executada sobre uma base de gesso ou nata


de cal ainda úmida - por isso o nome derivado da expressão italiana
fresco, de mesmo significado no português - na qual o artista deve
aplicar pigmentos puros diluídos somente em água. Dessa forma, as
cores penetram no revestimento e, ao secarem, passam a integrar a
superfície em que foram aplicadas.

O suporte pode ser parede, muro ou teto e a durabilidade do trabalho é


maior em regiões secas, pois a umidade pode provocar rachaduras na
parede e danificar a pintura. As etapas de preparação para a execução
do afresco são a preparação do suporte – parede, teto – colocação da
argamassa, a pintura do afresco e a colocação da camada de
cristalização, para proteção da obra.

A técnica exige do artista muita destreza e rapidez, pois a secagem é


muito rápida. Uma das grandes desvantagens do afresco é a quase
impossibilidade de corrigir erros depois da conclusão da pintura.
(ENCICLOPÉDIA ITAÚ, 2017), (PORTO, 2016).

07
A SANTÍSSIMA TRINDADE, FLORENÇA, SÉC XV, MASACCIO
AFRESCO

Histórico:

O afresco, derivado de “buona fresco” em italiano, já era utilizado por


gregos e romanos, tendo relatos históricos de sua utilização na
decoração da Pinacoteca da Acrópole de Atenas, que datam do século
V a.C..

O afresco foi utilizado na arte medieval, renascentista e barroca.


Muitos afrescos de todas estas épocas podem ser apreciados na Itália,
berço, conjunto com a Grécia, da técnica. Mas a técnica também pode AFRESCO GREGO NA TUMBA DO MERGULHADOR, PESTO, SÉC V a.C.
ser encontrada na cultura de chineses e hindus.

A técnica do afresco esteve presente em grandes momentos da história


da arte, e ainda é muito utilizada e valorizada por artistas puristas, pois
estes acreditam que a técnica somente pode ser executada com
pigmentos naturais. Além do papel importante no desenvolvimento da
cultura de todo o mundo, os afrescos também são de grande beleza.

(ENCICLOPÉDIA ITAÚ, 2017), (PORTO, 2016).

08
A CRIAÇÃO DE ADÃO, CAPELA SISTINA, SÉC XVI, MICHELANGELO
AQUARELA
AQUARELA

Técnica:

Aquarela é um método de pintura em que as tintas são feitas de


pigmentos suspensos em uma solução à base de água, sendo possível
controlar a adição de água a fim de criar uma pintura luminosa ou
impactante. Aquarela refere-se tanto ao meio quanto à arte final
resultante. As aquarelas são geralmente translúcidas e parecem
luminosas porque os pigmentos são colocados de forma pura. O
material de suporte tradicional e mais comum ao qual a tinta é aplicada
usando a técnica de aquarela é papel. Outros suportes incluem papiros,
plásticos, couro, tecido, madeira e tela. O papel de aquarela é
geralmente feito inteiramente ou parcialmente com algodão, o que dá
uma boa textura e minimiza a distorção quando molhado.
(ARTE E BLOG, 2017).

10
SCHOLAR CONTEMPLATING WATERFALL, HUANG JUNBI, 1898-91
AQUARELA

Histórico:

Estima-se que a técnica tenha surgido há cerca de 2000 anos, na China,


simultânea ao surgimento do papel e dos pincéis de pelos de coelhos.
No Leste Asiático, em pinturas chinesas, coreanas e japonesas, a
aquarela tem sido o meio dominante, muitas vezes em preto ou
marrom monocromático. Outros países também têm tradições longas
de pintura aquarela.

A pintura de aquarela é extremamente antiga, e foi usada para A YOUNG HARE, ALBRECHT DURER, 1502.

ilustração de manuscritos, especialmente na Idade Média europeia.

No entanto, sua história contínua como meio de arte começa com o


Renascimento. O artista alemão Albrecht Dürer (1471-1528), pintou
vários animais selvagens, pinturas botânicas, aquáticas e paisagens, e é
considerado entre os primeiros expoentes da aquarela.

(ARTE E BLOG, 2017).

11
KANDINSKY, 1910
CERA PERDIDA
CERA PERDIDA

Técnica:

Consiste basicamente em:

-Uma peça esculpida ou reproduzida em cera é agrupada no que chamamos


“árvore”, ou seja, um bastão central de cera (caule) ao qual se unem todas as
peças, fixadas por meio de um gito (tronco).
-Essa “árvore” será colocada num recipiente e preenchido com gesso.
-O gesso é endurecido e levado ao forno em alta temperatura. A cera derretida
escorre para fora do gesso e têm-se um molde interno das peças. Atualmente
tem sido utilizada a fundição a vácuo, onde a cera é também absorvida pelas
paredes laterais do gesso.
-O metal líquido é injetado para dentro desse molde e o gesso é dissolvido em
água.
-Surgem as peças de metal.

Vantagens: permite a criação de várias peças idênticas num curto


período de tempo e custo muito inferior ao da produção artesanal; não
existe perda em ouro; modelos melhor trabalhados em seu formato,
design, movimento; limitações serão reduzidas no que se refere a
dobras, soldas; um erro cometido na cera pode ser facilmente corrigido
apenas derretendo um pouco do material sobre o modelo.
ESQUEMA DAS ETAPAS DA CERA PERDIDA
(POMPEI).

13
CERA PERDIDA

Histórico:

Na arte de trabalhar o metal, a técnica mais antiga de que se tem


conhecimento é a forja a frio (martelagem), posteriormente veio a
fundição, sendo a do cobre a mais importante. A origem da fundição
por cera perdida se dá quando o homem molda argila, imprimindo nela
uma forma volumosa, que pode ser a ponta de uma lança ou um
machado. Essa argila é queimada e depois de endurecida servirá de
molde para que se deposite o metal líquido incandescente.

No entanto, o homem quis seguir além de suas descobertas e poder


gerar objetos mais refinados. Começou então o processo realmente dito
de fundição por cera perdida. Peças eram esculpidas em cera de abelha
e inseridas no barro que era posto para secar. Deixava-se uma abertura
para que a cera pudesse escorrer quando a argila se aquecia. Depois, o
metal líquido era injetado para dentro desse molde. Quando frio, o
barro era quebrado e surgia então o objeto de metal.

A época do surgimento dessa técnica é incerta, no entanto, objetos


encontrados na tumba de Tutankamon foram produzidos por esse
método.
(POMPEI).

14
BRONZES RIACE, GRÉCIA, SÉC 5 a.C.
COLAGEM
COLAGEM

Técnica:

Composição feita a partir do uso de matérias de diversas texturas, ou


não, superpostas ou colocadas lado a lado, na criação de um motivo ou
imagem.

O papel é amplamente empregado nesta técnica, recortando e colando-


os lado a lado ou sobrepostos para compor a imagem ficando entre os
limites da pintura e escultura.
(ENCICLOPÉDIA ITAÚ, 2017), (PORTAL EDUCAÇÃO).

16
LOMONOSOV, MARIANA MIZARELA, 2012
COLAGEM

Histórico:

A colagem, como outras técnicas artísticas fazem parte da História da


Arte e já era usada pelos povos antigos como o mosaico, que consistia
em colar peças de pedras coloridas em um suporte ou parede ou folhas
de ouro sobre as estátuas.

Porém, com a invenção do papel é que a colagem passou a ser usada


em manuscritos chineses.

Com o surgimento do Modernismo, vários foram os pintores que


utilizarem esse recurso em seus trabalhos, com o aparecimento de
tecnologias, guerras e conflitos, foram esses a maioria dos temas
utilizados pelos artistas desta época.
(ENCICLOPÉDIA ITAÚ, 2017), (PORTAL EDUCAÇÃO).

17
GUITAR, PABLO PICASSO, 1913
ENCADERNAÇÃO
ENCADERNAÇÃO

Técnica:

Encadernar é organizar a união de todos os arquivos de uma obra, com


uma costura sólida, tendo o intuito de formar um único volume
compacto. A encadernação é feita para que esta obra seja mais bem
protegida e apresentada ao leitor da obra arquivada.

A encadernação também permite que seja mais fácil manusear as


folhas que apresentam tudo o que foi escrito, facilitando a
compreensão do material. Além de ser usada para o intuito comercial,
a encadernação, quando é bem feita, também auxilia na prevenção de
documentos.

Os cadernos, antigamente, eram costurados com tiras de couro


flexíveis em ângulo reto, e os livros eram feitos de folhas simples de
pergaminho, costurado na dobra com nervos.
(ARTE COM PAPEL, 2017).

19
ESQUEMA DE UMA ENCADERNAÇÃO
ENCADERNAÇÃO

Histórico:

A origem verdadeira da encadernação está no códices, que possuíam


um formato parecido com os dos livros atuais. Estes apareceram em
maio ao século I/II depois de Cristo, na época do império Romano.

O período medieval é o mais importante para o aperfeiçoamento da


arte de encadernação. Durante a alta idade média os mosteiros e
abadias detiveram todo o controle de produção de livros. Os únicos
que poderiam exercer o ofício de encadernador eram os frades LIVROS ENCADERNADOS ARTESANALMENTE
escolhidos para a tarefa. Algumas outras encadernações tinham
autorização de serem executadas em oficinas particulares. Nesse caso
os encadernadores trabalhavam juntos com os copistas. Estes eram
responsáveis por fazer manuscritos para as pessoas leigas. As
principais características da encadernação medieval eram sua solidez e
peso, podendo conter até fechos de metal.
(ARTE COM PAPEL, 2017).

20
ENCADERNAÇÃO ARTESANAL
ENCÁUSTICA
ENCÁUSTICA

Técnica:

Técnica de pintura, popularmente conhecida como pintura a fogo, na


qual os pigmentos de cor são diluídos em cera quente.

Normalmente a mistura é mantida aquecida para que a cera não


endureça, dificultando sua manipulação, ou aplicada por meio de um
cautério - instrumento usado na pirogravura para queimar a madeira.

Outra possibilidade é usar a mistura fria, com a cera diluída em


terebintina. Como tinta, pode ser aplicada com espátula ou pincel,
além de ser usada no mármore de estátuas, para preservá-las de
musgos.
(ENCICLOPÉDIA ITAÚ, 2017), (NOGUEIRA, 2018).

MELANCHOLIA, HARVARD UNIVERSITY MUSEUM, 1946, KARL ZERBE

22
ENCÁUSTICA

Histórico:

Desenvolvida pelos gregos desde o século V a.C., a princípio era usada


para calafetar os navios. Ao perceberem que a mistura de cera quando
adicionada a pigmentos oferecia uma bela cobertura para os seus
navios, começaram a usá-la para pinturas das embarcações de guerra.

No Egito Greco-Romano, séc II a.C., a encáustica foi muito usada para


fazer os retratos das múmias. Eram máscaras mortuárias pintadas sobre
madeira acopladas ao sarcófago onde a pessoa era sepultada. Essas
máscaras são conhecidas como os Retratos de Fayum, nome do oásis
Egípcio onde foram encontradas.

Com as descobertas nas cidades de Herculano (1730) e Pompéia


(1748) das pinturas murais (muitas delas pintadas com encáustica),
surgiu um novo interesse sobre essa técnica. Entre 1750 e 1800 foram
publicados mais de 60 estudos sobre encáustica. Desde o século XVIII
até o século XX temos informações de algumas pesquisas e tentativas
de recriação da técnica da encáustica.
(ENCICLOPÉDIA ITAÚ, 2017), (NOGUEIRA, 2018).

23
RETRATOS DE FAYUM
ESCAIOLA
ESCAIOLA

Técnica:

Acabamento que é dado a paredes ou pilares, revestidos a estuque, que


imita bem qualquer tipo de mármore polido.

É executado com pasta de gesso ou cimento branco especial e corantes


minerais, fazendo-se em seguida o acabamento com ferros quentes e
pó de jaspe.
(DICIONÁRIO ENGENHARIA CIVIL), (LITSZ, 2019).

25
ARTISTA APLICANDO A TÉCNICA DE ESCAIOLA
ESCAIOLA

Histórico:

Revestimento interno muito utilizado pelos italianos desde a


civilização Romana.

Esta técnica foi muito usada na decoração nos séculos XVIII e XIX nas
construções sacras, museus, palácios e construções importantes que
precisavam de decoração. Porém, foi aplicada a decoração apenas até o
início do século XX.

Sua composição inicial era feita com uma massa de gesso, cola animal AMBIENTE DECORADO COM ESCAIOLA
e pigmento. No Brasil, a técnica era feita a base de argamassa de cal e
pó de mármore, sendo representada de duas formas: se a pintura é
posterior, a fresco e com pigmentos inorgânicos naturais, chama
“sestucco lustro”, porém se recebe este mesmo pigmento na argamassa
passa a se chamar “stucco marmo”.

Atualmente, a técnica é pouco divulgada, existem poucos profissionais


que a dominam e cada vez seu uso fica mais complicado.
(DICIONÁRIO ENGENHARIA CIVIL), (LITSZ, 2019).

26
DETALHE DA ESCAIOLA
ESCORÇO
ESCORÇO

Técnica:

Representação em desenho ou pintura, de qualquer objeto ou


figura humana, a partir da aplicação das leis da perspectiva. O
objetivo dessa técnica é produzir a impressão de
tridimensionalidade na figura representada. recurso, usado tanto
em desenho quanto em fotografia é o escorço.

É uma ilusão gerada pelo ângulo da imagem, que faz com que o
primeiro plano de um objeto pareça mais curto do que realmente
é. Ou seja, para representar o corpo humano, quando alguns
membros estão em um plano mais próximo do que outros, é
preciso reduzir as distâncias reais entre as linhas, para que o
desenho seja entendido como não distorcido, apesar de ser
desenhado mais curto.

O termo deriva do verbo italiano scorciare que significa "tornar


mais curto", "encurtar".
(ENCICLOPÉDIA ITAÚ, 2017), (MOTTA, 2015).

LAMENTAÇÃO SOBRE O CRISTO MORTO, MANTEGNA, 1470-74

28
ESCORÇO

Histórico:

O escorço da figura humana foi aperfeiçoado no Renascimento


italiano. A pintura Lamentação sobre o Cristo Morto, de
Andrea Mantegna é um dos mais famosos exemplos de obras que
mostram a nova técnica do período, a qual foi incorporada no currículo
padrão para a formação dos artistas.

“…o jovem deveria aprender primeiro a perspectiva, depois das


proporções dos objetos. A continuação, copiar a maneira de um bom
mestre, para adquirir o hábito de desenhar bem as partes do corpo
humano, e depois desenhar ao natural para confirmar as lições
aprendidas” (Leonardo Da Vinci)
(ENCICLOPÉDIA ITAÚ, 2017), (MOTTA, 2015).

29
ESTUDOS DE ANATOMIA, LEONARDO DA VINCI
ESCULTURA
ESCULTURA

Técnica:

Técnica de representar objetos e seres através da criação e reprodução


de formas tridimensionais.

A escolha do material implica na técnica a ser utilizada:

○ a cinzelação e o entalhe, quando de um bloco de material


(mármore, granito, calcário, madeira, marfim, âmbar), se retira
o que excede a figura, utilizando ferramentas próprias;
○ a fundição, quando se verte metal derretido (bronze, ouro,
prata, ferro), em um molde feito com outros materiais;
○ a moldagem de materiais plásticos (argila, gesso, cera, areia)
ou com resinas, concreto armado ou plásticos;
○ corte, dobra e solda de chapas metálicas, etc., além do
contemporâneo uso do raio laser, para alcançar a sensação de
tridimensionalidade a que aspira à escultura.
(GLOSSÁRIO UFRGS), (RIBEIRO).

31
DAVID, MICHELANGELO, 1501-04
ESCULTURA

Histórico:

A história da escultura começa na pré-história, com as primeiras


representações de seres humanos, e avança por toda a história da
humanidade até o presente. Essa permanência deve-se aos variados
empregos e usos da escultura em imagens utilitárias, votivas,
celebrativas, decorativas e artísticas.

A escultura na Pré-História foi associada à magia e à religião. No


período paleolítico, o objetivo era moldar animais e figuras humanas,
geralmente femininas

A Grécia Clássica é o berço ocidental da arte de esculpir, desde os seus MIQUERINOS E A RAINHA, 2470 a.C.
primeiros artefatos em mármore ou bronze a partir do século 10 a.C.,
até o apogeu da era de Péricles, com as esculturas da Acrópole de
Atenas. Posteriormente, os romanos aderiram à cultura clássica e
continuaram a produzir esculturas até o fim do império.

No Renascimento a escultura se destacou com importantes mestres


como Michelangelo, Donatello e Verocchio. Entre os séculos XIX e
XX, destacam-se os artistas Constantin Brancuse e August Rodin, dois
mestres da escultura que influenciaram vários outros artistas.
(GLOSSÁRIO UFRGS), (RIBEIRO).

32
LAOCOONTE, , SÉC I a.C.
FUNDIÇÃO
FUNDIÇÃO

Técnica:

É o processo de colocar metal líquido em um molde, que contém uma


cavidade com a forma desejada, e depois permitir que resfrie e
solidifique. A parte solidificada é conhecida como peça fundida, que é
tirada do molde ou tem o molde quebrado para completar o processo.

A fundição é mais frequentemente usada para fazer peças complexas


que seriam difíceis ou mais caras de se fazer por outros métodos.

Os processos de fundição são conhecidos há milhares de anos, e


amplamente utilizados em esculturas (sendo o bronze o metal mais
usual para este fim), jóias, armas e ferramentas.

As técnicas tradicionais de fundição incluem a fundição por cera


perdida, fundição por espuma perdida, fundição em conquilha e
fundição em areia.
(GLOSSÁRIO UFRGS), (OMIL).

34
ESQUEMA DO PROCESSO DE FUNDIÇÃO
FUNDIÇÃO

Histórico:

Estima-se que o início dessa técnica se deu por volta de 5.000 a.C.,
quando já se faziam objetos em cobre fundido. Ao longo da Idade do
Bronze, em 3.300 a.C., as técnicas de fundição tiveram uma importante
evolução: a adição de estanho ou arsênio ao cobre deu vida à uma nova
liga conhecida como bronze, que aumentou a dureza do metal e
permitiu ao homem produzir armas mais resistentes.

Já a Idade do Ferro começou por volta de 1.600 a.C. e é considerada


como o último estágio tecnológico e cultural da pré-história. O
primeiro fundido de ferro foi datado em 600 a.C. e no período romano,
de 250 a 100 a.C., a metalurgia do ferro já era muito conhecida e
utilizada para a fabricação de armas e ferramentas.A fundição somente
começou a se tornar um processo de produção de larga escala, após a
metade do século XX. Foi neste período que o ser humano descobriu
como extrair o ferro do minério e como fundi-lo em fornos de lupa,
abaixo do seu ponto de fusão.
(GLOSSÁRIO UFRGS), (OMIL).

35
PERSEU COM A CABEÇA DA MEDUSA, BENVENUTO CELLINI, 1545-54
ILUMINURA
ILUMINURA

Técnica:

O termo iluminura aplica-se tanto à pintura dos manuscritos (também


chamada de miniatura) quanto à pintura em pequenas dimensões sobre
qualquer suporte, com destaque para os retratos que, mais frequentes e
com grande desenvolvimento no Ocidente entre os séculos 16 e 17, são
realizados com extraordinária precisão. Nos dois casos, o tamanho
minúsculo das representações contrasta com a especial precisão dos
detalhes.

As iluminuras surgem aplicadas às letras capitulares no início de cada


capítulo. Sua elaboração é considerada um trabalho de exímio artífice,
devido a seu refinamento e detalhismo. Esse trabalho era destinado aos
monges “iluminadores”, os quais iluminavam (pintavam) os
manuscritos desde sua concepção até a aplicação da cor, muitas vezes
realizada em ouro ou prata. O trabalho dos “iluminadores” era
diferente dos “copistas”; esses últimos dedicavam-se exclusivamente
ao trabalho de cópia dos textos.
(BIBLIOTECA PUCRS, 2010) (MARTINS, 2019).

37
ILUMINURA
ILUMINURA

Histórico:

A importância da pintura de manuscritos, mais comuns sobre


pergaminho e realizada por diferentes técnicas, foi muito grande na
Idade Média, especialmente durante os séculos 13 e 15. Pode-se falar
em autêntica “idade de ouro da iluminura”, com obras de excepcional
refinamento. Tais iluminuras têm sempre relação com um texto.
Aparecem a princípio inseridas entre as frases ou intercaladas.

Na Idade Média os livros que mais utilizaram iluminuras foram a


Bíblia (ou fragmentos de algumas de suas partes), os saltérios (livros ILUMINURA
de coro ou de devoção com salmos), ou os Livros das horas, que eram
livros de devoções para distintas “horas”, relacionadas com a vida de
Cristo ou da Virgem Maria, e as atividades ligadas aos mortos ou de
orações a santos.

Não obstante, os Livros das horas, continham variantes ao incorporar


calendários com atividades atribuídas ao longo dos meses do ano, o
que permitiu a representação de cenas diversas.
(BIBLIOTECA PUCRS, 2010) (MARTINS, 2019).

38
ILUMINURA
LITOGRAFIA
LITOGRAFIA

Técnica:

Trata-se de um método de impressão a partir de imagem desenhada


sobre base, em geral de calcário especial, conhecida como "pedra
litográfica". Após desenho feito com materiais gordurosos (lápis,
bastão, pasta etc.), a pedra é tratada com soluções químicas e água que
fixam as áreas oleosas do desenho sobre a superfície. A impressão da
imagem é obtida por meio de uma prensa litográfica que desliza sobre
o papel.

A base dessa técnica é o princípio da repulsão entre água e óleo. Ao LITOGRAFIA

contrário das outras técnicas da gravura, a Litogravura é planográfica,


ou seja, o desenho é feito através do acúmulo de gordura sobre a
superfície da matriz, e não através de fendas e sulcos na matriz, como
na xilogravura e na gravura em metal.

Seu primeiro nome foi "poliautografia", significando a produção de


múltiplas cópias de manuscritos e desenhos originais.
(ENCICLOPÉDIA ITAÚ, 2017), (LITOGRAVURA), (MAGA, 2018).

40
ETAPAS DA LITOGRAFIA
LITOGRAFIA

Histórico:

A litografia (de lithos, "pedra" e graphein, "escrever") é descoberta no


final do século XVIII por Aloys Senefelder (1771-1834), dramaturgo
da Bavária que busca um meio econômico de imprimir suas peças de
teatro.

A litogravura foi usada extensivamente nos primórdios da imprensa


moderna no século XIX para impressão de toda sorte de documentos,
rótulos, cartazes, mapas, jornais, dentre outros, além de possibilitar
uma nova técnica expressiva para os artistas.
SÉRIE TOURADAS, 1825, FRANCISCO DE GOYA
De extensa aplicação na indústria como processo gráfico - por meio do
offset -, a litografia é testada por artistas de diferentes épocas.
Francisco de Goya (1746-1828) emprega a litografia no período final
de sua vida quando realiza, entre outros, a série Touros em Bordéus;
Edvard Munch (1863-1944), por sua vez, reproduz uma série de
pinturas de sua própria autoria, como a famosa tela O Grito, que passa
à litografia, em 1895, e Melancolia, 1896. A litografia em cores
mobiliza o interesse de artistas franceses como Henri de Toulouse-
Lautrec (1864-1901).
(ENCICLOPÉDIA ITAÚ, 2017), (LITOGRAVURA), (MAGA, 2018).

41
LA VACHE ENRAGÉE, 1896, HENRI DE TOULOUSE-LAUTREC
MANUSCRITO
MANUSCRITO

Técnica:

Um manuscrito é um documento escrito ou copiado à mão sobre um


suporte físico (ex: papiro, pergaminho ou papel), utilizando um
instrumento (ex: cálamo, pena, lápis, caneta, esferográfica) e um
meio (tinta), em oposição a documentos impressos ou reproduzidos
de outras maneiras, como por exemplo, por tipografia ou por
litografia.

PALIMPSESTO (sobreposição): página manuscrita, pergaminho


ou livro, cujo conteúdo foi apagado (mediante lavagem ou
PALIMPSESTO
raspagem) e escrito novamente, normalmente nas linhas
intermediárias ao primeiro texto ou em sentido transversal.

MINIATURA/ILUMINURA: Pintura ou ilustração executada


num manuscrito.

CALIGRAFIA: A forma das letras depende do estilo e do ducto


(da orientação, do movimento de escrita e da inclinação da letra),
sendo que este é influenciado pela forma do corte do instrumento.
(TIPÓGRAFOS, 2013), (MEREGE).

43
CALIGRAFIA GÓTICA
MANUSCRITO

Histórico:

As escritas antigas foram registradas em uma variedade de suportes.


Na China, os primeiros escritos conhecidos, datados do séc II a.C.,
foram escritos sobre ossos e cascos de tartaruga.

No Egito, a escrita foi encontrada principalmente em papiro (obtido


a partir do caule de uma espécie de junco). Esse foi o suporte mais
utilizado no mundo helênico e romano, chegando aos primeiros
séculos da Era Cristã.

A mudança de formato do livro aconteceu gradualmente entre os séc


I e V d.C. e foi marcada pela vitória definitiva do formato códice. PAPIRO EGÍPCIO
Embora se prestassem bem à confecção de rolos, as folhas de papiro
eram um material frágil, que se rasgava ou se soltava facilmente das
amarras. Assim, tornou-se comum o uso do pergaminho (geralmente
feito da pele de vacas, ovelhas e cabras), pois era bem mais
resistente.

Durante a Idade Média, o Ocidente passou a se beneficiar do papel


(invenção chinesa, datada séc II) e que se difundiu a partir da
conquista de Samarcanda pelos árabes.
(TIPÓGRAFOS, 2013), (MEREGE).

44
PERGAMINHO MEDIEVAL
MOSAICO
MOSAICO

Técnica:

Mosaico é uma técnica artística que envolve a montagem de pequenos


pedaços de rocha, concha, azulejo ou vidro juntos para criar um padrão
que pode ser abstrato ou representacional.

A técnica da arte musiva consiste na colocação de tesselas, que são


pequenos fragmentos de pedras, como mármore e granito, pedras
semipreciosas, pastilhas de vidro, seixos e outros materiais, sobre
qualquer superfície. Muitos mosaicos são encontrados em tetos e
painéis de parede, de templos ou palácios, e atestam a íntima relação
entre determinados padrões e a arte da decoração.

O objetivo do artista é encontrar um certo tipo de simetria ornamental


com o emprego de figuras relativamente simples, cuja repetição e
interação formem um todo harmonioso e estético.
(EDUCA MAIS BRASIL).

46
CRISTO PANTOCRATOR, BASÍLICA EM RAVENA, 526 d.C.
MOSAICO

Histórico:

O mosaico é uma arte decorativa utilizada desde a Antiguidade até os


dias atuais. Existem vestígios da técnica desde a
Civilização Mesopotâmica, feita pelos sumérios há cerca de 3500 anos
a.C. Mas foi a partir do mundo greco-romano que a técnica artística foi
aprimorada e usada em grande quantidade. Nos primeiros mosaicos, os
gregos realizavam desenhos com seixos. A forma de arte se espalhou
também para os romanos, que gostavam especialmente de usar essa
arte para pavimentos.

Com a propagação do cristianismo ocorreu uma explosão dessa arte ESTANDARTE DE UR, MESOPOTÂMIA, 2600 a.C.
em igrejas. Retratavam santos ou cenas religiosas, e muitas vezes
integravam materiais preciosos, como o ouro. Os mosaicos deixaram a
sua marca na Arte Bizantina. Em todo o Império Bizantinoa arte
musiva não tinha a função apenas de adornar as paredes e abóbadas,
mas orientar os fiéis com cenas que retratassem a vida e história
religiosa. No início do século XIX, na França, em pleno
Neoclassicismo, foi inaugurada uma escola imperial de mosaicos, em
que a atividade principal era a imitação e restauração de obras antigas.
(EDUCA MAIS BRASIL).

47
DETALHE EM MOSAICO NO PISO DA VILA DOS PÁSSAROS EM ALEXANDRIA, EGITO
PINTURA A ÓLEO
PINTURA A ÓLEO

Técnica:

Tipo de pintura na qual os pigmentos de cor são aglutinados por tipos


específicos de óleo que, ao oxidar, passam também a protegê-los.

Ela se caracteriza pela maior possibilidade de mistura e sobreposição


de cores; por ser transparente (velaturas); por não secar rapidamente.
Também possibilita maior fusão entre as camadas de tinta.
(ENCICLOPÉDIA ITAÚ, 2017), (OLEQUES, 2010).

49
O GRITO, EDVARD MUNCH, 1893
PINTURA A ÓLEO

Histórico:

O uso do óleo é conhecido desde a antiguidade e já era difundido entre


os artistas da Idade Média, embora em minoria porque naquela época
predominava a pintura a têmpera e afrescos.

No final do século XIV e durante o XV, o uso do óleo começou a ser


generalizado em detrimento de outras técnicas, uma vez que permitiu
uma secagem mais lenta da tinta, correções na execução da mesma e
uma excelente estabilidade e conservação da cor. Os pintores de
Flandres foram os primeiros a usar o óleo regularmente.
A MOÇA DO BRINCO DE PÉLORA, JOHANNES VERMEER, 1665
O óleo mais usado era a linhaça, mas não era o único e cada artista
tinha sua própria fórmula que costumava ser mantida em segredo.
Normalmente, a essência de terebintina é usada como solvente, para
obter uma pincelada mais fluida ou mais colada, conforme o caso.
Muitos seguiram os conselhos e experiências escritos no Tratado do
monge Teófilo que já é conhecido e mencionado no ano 1100.
Cennino Cennini, em seu Livro de Arte, também menciona e descreve
a técnica.
(ENCICLOPÉDIA ITAÚ, 2017), (OLEQUES, 2010).

50
ABAPORU, TARSILA DO AMARAL, 1928
SERIGRAFIA
SERIGRAFIA

Técnica:

Serigrafia ou silk-screen é uma técnica de impressão de gravura na


qual a tinta é vazada – pela pressão de um rodo ou puxador – através
de uma tela preparada. A tela (matriz serigráfica), normalmente de
poliéster ou nylon, é esticada em um bastidor (quadro) de madeira,
alumínio ou aço. O processo se dá a partir da aplicação de tinta sobre
partes permeáveis e impermeáveis da tela, que a filtra formando o
desenho a ser impresso.

A "gravação" da tela se dá pelo processo de fotossensibilidade, onde a


matriz preparada com uma emulsão fotosensível é colocada sobre um
fotolito, sendo este conjunto matriz + fotolito colocados por sua vez
sobre uma mesa de luz. Os pontos escuros do fotolito correspondem
aos locais que ficarão vazados na tela, permitindo a passagem da tinta
pela trama do tecido, e os pontos claros (onde a luz passará pelo
fotolito atingindo a emulsão) são impermeabilizados pelo
endurecimento da emulsão fotosensível que foi exposta a luz.
(ENCICLOPÉDIA ITAÚ, 2017), (GLOSSÁRIO UFRGS), (ALEY, 2014).
ETAPAS DA SERIGRAFIA

52
SERIGRAFIA

Histórico:

Teve suas origens em estampas e gravuras da dinastia Chinesa, por


volta de 960 e 1.279 dC. Mais tarde, no século XV, os japoneses
passaram a utilizá-la para transferir desenhos à tecidos de seda.

Este processo chegou no Ocidente no final do século XVIII, mas só foi


comercialmente utilizado no século XX, quando a malha de seda
tornou-se mais acessível, possibilitando seu uso de forma lucrativa.

Foram os europeus que utilizaram o processo de serigrafia pela


primeira vez para impressão em papel de parede, feito de linho, seda e
outros tecidos finos. Com a expansão do mercado, a técnica tornou-se
mais refinada.

Seu uso enquanto técnica artística desenvolveu-se principalmente a


partir dos anos 1950 e 1960 pelos artistas ligados às vanguardas do
período (Pop Art e Op Art, principalmente).
(ENCICLOPÉDIA ITAÚ, 2017), (GLOSSÁRIO UFRGS), (ALEY, 2014).
SERIGRAFIA E ACRÍLICO SOBRE TELA, “MARILYN”, 1962, ANDY WARHOL

53
SFUMATO
SFUMATO

Técnica:

Sfumato vem do italiano “sfumare”, que significa “de tom baixo” ou


“evaporar como fumaça”.

É uma técnica artística usada para gerar suaves graduações entre as


tonalidades, é comumente aplicado em desenhos ou pinturas.

Em materiais de fricção como grafite, pastel seco ou carvão, o sfumato


pode ser realizado esfregando-se o dedo sobre o desenho, para que os
riscos desapareçam e fique apenas o degradê.

Outro recurso é usar o esfuminho, um tipo de lápis com algodão na


ponta, que substitui o dedo a fim de evitar a interferência da oleosidade
da pele.
(IMBROISI, 2018).

55
MONA LISA, LEONARDO DA VINCI, 1503
SFUMATO

Histórico:

Sfumato foi uma técnica desenvolvida por Leonardo da Vinci, em que


ele conseguia reproduzir com fidelidade a textura da pele humana,
através de uma série de camadas de tinta que davam um efeito de
esfumaçado.

Os primeiros experimentos de borrão ocorreram nos fundos, onde a


atmosfera de vapores, nuvens e umidade tornam os contornos vagos.
Mais tarde, Leonardo chegou a aplicar esses valores, mesmo aos
sujeitos, com pouca frequência nas cores, para obter essa luz suave e a ANÁLISE DA DIFERENÇA ENTRE CONTORNO COM LINHAS E SFUMATO
atmosfera envolvente típica de suas obras-primas.

O artista mais proeminente do sfumato foi Leonardo da Vinci, e seu


famoso quadro ‘Mona Lisa’ apresenta essa técnica. Nessa pintura é
difícil perceber as pinceladas e as variações de tons na passagem da luz
para a sombra. Além de Leonardo, outros pintores de destaque do
sfumato foram: Correggio, Rafael Sanzio e Giorgione.

(IMBROISI, 2018).

56
CABEÇA DA VIRGEM, LEONARDO DA VINCI, 1508-12
TÊMPERA
TÊMPERA

Técnica:

A têmpera é um método de pintura no qual os pigmentos de terra são


misturados uma emulsão de água e gemas de ovo ou ovos inteiros (às
vezes também se usa cola ou leite).

Muito usada em pintura mural, sobre gesso, porque permite alcançar


cores sólidas, brilhantes, que jamais racham ou amarelam.
Genericamente, o termo pode ser usado para designar tintas à base de
água misturadas à cola ou caseína, com função de aglutinante, que se
caracterizam por possibilitarem uma superfície fosca.

As cores da têmpera são brilhantes e translúcidas. Por ter um tempo de


secagem muito rápido, a graduação de tons se torna dificultada. Daí, a
técnica utilizada para tal fim, é o acréscimo de pontos ou linhas mais
claras ou mais escuras na pintura já seca. Pode-se também trabalhar
com o verniz sobre a tinta, realçando o brilho e a cor. Diz-se têmpera
forte aquela na qual o pigmento é menos diluído.
(ENCICLOPÉDIA ITAÚ, 2017), (GLOSSÁRIO UFRGS).

58
TÊMPERA SOBRE MADEIRA, MADONNA, DUCCIO DI BUONINSEGNA, 1284
TÊMPERA

Histórico:

A têmpera, que vem do latim (temperare) significa misturar ou


aglutinar. Foi largamente utilizada desde a antiguidade até a Idade
Média e Renascença, nos murais das dinastias do Egito, Babilônia,
Grécia, China e primeiras decorações da arte cristã. Alcançou destaque
na arte italiana nos séculos XIV e XV, em paredes ou painéis de
madeira, preparados com gesso.

Temos como exemplos da pintura a têmpera feita com colas vegetais


ou de cartilagem as pinturas rupestres, as egípcias, os murais de
Herculano e Pompeia. MAN CARRING DUCKS, ANTIGO EGITO, 1390 a.C.

Alfredo Volpi utilizou muito a técnica de têmpera em suas obras, e a


partir dos anos 60 conseguiu efeitos interessantes e sofisticados mesmo
usando cores e formas simples.

Mais tarde, com a adição de materiais oleosos, resinosos ou cera, a


técnica da tradicional têmpera a ovo foi sendo modificada e substituída
por têmperas que apresentavam brilho, como as pinturas flamengas do
século XV, até o momento em que a pintura a óleo reinou absoluta.
(ENCICLOPÉDIA ITAÚ, 2017), (GLOSSÁRIO UFRGS).

59
O NASCIMENTO DE VÊNUS, SANDRO BOTTICELLI, 1485
XILOGRAFIA
XILOGRAFIA

Técnica:

Técnica na qual se utiliza placas de madeira como matriz e possibilita


a reprodução da imagem gravada sobre papel ou outro suporte
adequado. É um processo muito parecido com um carimbo.

A madeira é entalhada com ajuda de instrumentos cortantes, deixando


em relevo a figura ou forma (matriz) que se pretende imprimir. Em
seguida usa-se um rolo entintado, tocando só as partes elevadas do ETAPA DE ENTALHE DA XILOGRAVURA
entalhe.

O final do processo é a impressão (em alto relevo) em papel ou pano


especial, que fica impregnado com a tinta, revelando a figura. Entre as
suas variações do suporte pode-se gravar em linóleo (linoleogravura)
ou qualquer outra superfície plana.
(GLOSSÁRIO UFRGS) (LAART, 2019).

61
ETAPA DE PINTURA DA XILOGRAVURA
XILOGRAFIA

Histórico:

Seus primeiros registros datam do século V e aconteceram na China.


Logo, a técnica se expandiu para o Japão, sendo que, em seu início, o
método era usado para imprimir textos. No Japão, em 1700, as
xilogravuras eram utilizadas com o objetivo de elaborar imagens
refinadas, em um estilo de arte conhecido como ukiyo-e.

Na Europa, a história da xilogravura se confunde com a da


comercialização do papel, no século XIV. Como uma bela resposta ao
crescimento dos livros, as xilogravuras funcionavam de forma XILOGRAVURA MOSTRANDO A PRODUÇÃO DE XILOGRAVURAS, JOST AMMAN, 1568
simultânea como um meio popular de ilustrações. Logo, o método
despontou como uma forma de tornar as peças de arte mais acessíveis.
Em seguida, a arte da xilogravura entrou em declínio. Isso porque
métodos de impressão mais sofisticados foram desenvolvidos. No
entanto, vale destacar que a técnica não desapareceu. A técnica
ressurgiu no fim do século XIX e início do século XX, quando artistas
como Paul Gauguin e Edvard Munch, passaram a utilizar esse método
com o objetivo de levar inovação às suas obras.
(GLOSSÁRIO UFRGS) (LAART, 2019).

62
A GRANDE ONDA DE KANAGAWA, 1826-33, KATSUSHIKA HOKUSAI
MATÉRIA PRIMA. Aerografia. In: Matéria Prima. 2017. Disponível em: https://www.materiaprima.pro.br/aerografia/. Acesso em: 21 set. 2020.

AEROGRAFIA. Aerógrafo. In: Aerografia. Disponível em: http://www.aerografia.com/aerografo.html. Acesso em: 21 set. 2020.

BIBLIOGRÁFICAS HISOUR. Arte de aerografia. In: Hisour. Disponível em: https://www.hisour.com/pt/aerography-art-35213/. Acesso em: 21 abr. 2020.
REFERÊNCIAS
ENCICLOPÉDIA ITAÚ. Afresco. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São paulo: Itaú Cultural, 23 fev. 2017. Disponível em:
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo26/afresco. Acesso em: 21 abr. 2020.

PORTO, Gabriella. Afresco. 2016. In: Infoescola. Disponível em: https://www.infoescola.com/pintura/afresco/ . Acesso em: 21 abr. 2020.

ENCICLOPÉDIA ITAÚ. Encáustica. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São paulo: Itaú Cultural, 23 fev. 2017. Disponível em:
https://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo43/encaustica. Acesso em: 21 abr. 2020.

NOGUEIRA, Ana Carmen. Um pouco da história da pintura encáustica. 3 dez.2018. In: Anatelie. Disponível em: https://www.anatelie.art.br/um-pouco-da-
historia-da-pintura-encaustica/ . Acesso em: 21 abr. 2020.

ENCICLOPÉDIA ITAÚ. Litografia. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São paulo: Itaú Cultural, 7 mar. 2017. Disponível em:
https://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo5086/litografia. Acesso em: 21 abr. 2020.

LITOGRAVURA. Litogravura. In: Litogravura. Disponível em: http://litogravura.com.br/ . Acesso em: 21 abr. 2020.

MAGA. Litografia. In: Simplesmente Artes. 18 set. 2018. Disponível em:https://simplesmenteartes.com.br/2018/09/18/litografia/. Acesso em: 21 abr. 2020.

ENCICLOPÉDIA ITAÚ. Têmpera. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São paulo: Itaú Cultural, 24 fev. 2017. Disponível em:
https://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo3846/tempera. Acesso em: 21 abr. 2020.

GLOSSÁRIO UFRGS. Têmpera. In: UFRGS. Disponível em: https://www.ufrgs.br/napead/projetos/glossario-tecnicas-artisticas/tempera.php. Acesso em: 21
abr. 2020.

ENCICLOPÉDIA ITAÚ. Serigrafia. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São paulo: Itaú Cultural, 24 fev. 2017. Disponível em:
https://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo3839/serigrafia. Acesso em: 21 abr. 2020.

GLOSSÁRIO UFRGS. Serigrafia. In: UFRGS. Disponível em: https://www.ufrgs.br/napead/projetos/glossario-tecnicas-artisticas/serigrafia.php. Acesso em: 21
abr. 2020.
63
ALEY. O que é serigrafia? . In: Printi. 14 abr. 2014. Disponível em: https://www.printi.com.br/blog/o-que-e-serigrafia. Acesso em: 21 abr. 2020.

BIBLIOGRÁFICAS
GLOSSÁRIO UFRGS. Xilogravura. In: UFRGS. Disponível em: https://www.ufrgs.br/napead/projetos/glossario-tecnicas-artisticas/xilogravura.php . Acesso
em: 21 abr. 2020.
REFERÊNCIAS
LAART. O que é xilogravura? Conheça a história e artistas que marcaram a técnica. In: Laart. 24 mai. 2019. Disponível em: https://laart.art.br/blog/o-
que-e-xilogravura/. Acesso em: 21 abr. 2020.

IMBROISI, Margaret. Técnica artística: sfumato. In: História das artes. 28 mar. 2018. Disponível em: https://www.historiadasartes.com/sala-dos-
professores/tecnica-artistica-o-que-e-sfumato/. Acesso em: 21 abr. 2020.

GLOSSÁRIO UFRGS. Fundição. In: UFRGS. Disponível em: https://www.ufrgs.br/napead/projetos/glossario-tecnicas-artisticas/fundicao.php . Acesso em: 21
abr. 2020.

OMIL. Conheça a história do processo de fundição. In: Fundição Omil. Disponível em: https://www.fundicaoomil.com.br/post/24/conheca-a-historia-do-
processo-de-fundicao. Acesso em: 21 abr. 2020.

GLOSSÁRIO UFRGS. Escultura. In: UFRGS. Disponível em: https://www.ufrgs.br/napead/projetos/glossario-tecnicas-artisticas/escultura.php. Acesso em: 21
abr. 2020.

RIBEIRO, Thiago. Escultura. In: Mundo educação. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/artes/escultura.htm#:~:text=A%20Gr%C3%A9cia


%20Cl%C3%A1ssica%20%C3%A9%20o,esculturas%20da%20Acr%C3%B3pole%20de%20Atenas. Acesso em: 21 abr. 2020.

MARTINS, Simone. Técnica artística: iluminura. In: História das artes. 09 fev. 2019. Disponível em: https://www.historiadasartes.com/sala-dos-
professores/tecnicas-artisticas-a-iluminura/. Acesso em: 21 abr. 2020.

BIBLIOTECA PUCRS. O que são iluminuras? In: Biblioteca PUCRS. 28 jun. 2010. Disponível em: https://biblioteca.pucrs.br/curiosidades-literarias/o-que-
sao-iluminuras/. Acesso em: 21 abr. 2020.

DICIONÁRIO ENGENHARIA CIVIL. Escaiola. In: Dicionário Engenharia Civil. Disponível em: https://www.engenhariacivil.com/dicionario/escaiola. Acesso
em: 21 abr. 2020.

LITSZ, Thoni. Escaiola na decoração. In: Thoni Litsz Interiores. 15 mai. 2019. Disponível em: https://thonilitsz.arq.br/escaiola-na-decoracao/. Acesso em: 21
abr. 2020.
64
BIBLIOGRÁFICAS
TIPÓGRAFOS. Manuscritos. In: Tipógrafos. 2013. Disponível em:http://tipografos.net/glossario/manuscrito.html. Acesso em: 21 abr. 2020.

MEREGE, Ana Lúcia. História do livro manuscrito. In: Plano WEB. Disponível em:
REFERÊNCIAS
http://planorweb.bn.br/documentos/historia_bibliotecas/historia_livro_manuscrito.pdf . Acesso em: 21 abr. 2020.

EDUCA MAIS BRASIL. Mosaico. In: Educa Mais Brasil. Disponível em: educamaisbrasil.com.br/enem/artes/mosaico . Acesso em: 21 abr. 2020.

POMPEI, Marcia. Fundição por cera perdida. In: Jóia e Arte. Disponível em: https://www.joia-e-arte.com.br/fundicao-por-cera-perdida/ . Acesso em: 21 abr.
2020.

ARTE E BLOG. Aquarela, uma técnica de pintura. In: Arte e Blog. 12 jul. 2017. Disponível em:
https://www.arteeblog.com/2017/07/aquarela-uma-tecnica-de-pintura.html. Acesso em: 21 abr. 2020.

ENCICLOPÉDIA ITAÚ. Pintura a óleo. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São paulo: Itaú Cultural, 23 fev. 2017. Disponível
em: https://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo110/pintura-a-oleo. Acesso em: 21 abr. 2020.

OLEQUES, Liane Carvalho. Pintura a óleo. 2010. In: Infoescola. Disponível em: https://www.infoescola.com/artes/pintura-a-oleo/. Acesso em: 21 abr. 2020.

ENCICLOPÉDIA ITAÚ. Escorço. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São paulo: Itaú Cultural, 23 fev. 2017. Disponível em:
https://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo45/escorco. Acesso em: 21 abr. 2020.

MOTTA, Letícia. Escorço: um recurso que revolucionou a arte. 24 abr. 2015. In: Cutedrop. Disponível em: https://www.cutedrop.com.br/2015/04/escorco-
um-recurso-que-revolcuionou-a-arte-mas-voce-conhece-mas-nao-sabia-o-nome/. Acesso em: 21 abr. 2020.

ENCICLOPÉDIA ITAÚ. Colagem. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São paulo: Itaú Cultural, 23 fev. 2017. Disponível em:
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo369/colagem. Acesso em: 21 abr. 2020.

PORTAL EDUCAÇÃO. A colagem como técnica artística. In: Portal Educação. Disponível em: portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/pedagogia/a-
colagem-como-tecnica-artistica/39334#:~:text=A%20técnica%20da%20colagem%20artística,novo%20conceito%20sobre%20a%20arte.. Acesso em: 21 abr.
2020.

65

Você também pode gostar