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ORIENTAÇÃO METODOLÓGICA
O.M. n.º 2
março 2017
Índice
1. Enquadramento ............................................................................................................... 3
2. Destinatários ................................................................................................................... 3
2.1 Condições de acesso ao processo de RVCC Profissional ............................................. 3
2.2 Condições para o desenvolvimento em simultâneo de processos de RVCC escolar e
profissional (dupla certificação) .................................................................................... 5
3. Os referenciais de RVCC profissional ................................................................................ 6
3.1. Estrutura e organização ......................................................................................... 6
3.2. Atualização dos referenciais no Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ) ................ 9
3.3. Constituição do referencial de RVCC profissional ................................................... 11
4. O processo de RVCC Profissional .................................................................................... 12
4.1 Reconhecimento e validação de competências ....................................................... 12
4.1.1 Mecanismos de instrumentos de avaliação ..................................................... 14
4.1.2 Formação complementar ............................................................................... 19
4.1.3 Critérios de validação das Unidades de Competência ...................................... 22
4.1.4 Sessão de validação ....................................................................................... 23
4.2. Certificação de Competências .............................................................................. 24
4.2.1 Preparação para a prova ................................................................................ 25
4.2.2 Sessão de júri de certificação (prova) .............................................................. 26
4.1.2.1. Objeto de avaliação ....................................................................... 26
4.1.2.2. Tipologia de prova ......................................................................... 28
4.1.2.3. Critérios de avaliação ..................................................................... 29
4.1.2.4. Local e duração da prova ............................................................... 30
4.1.2.5. Recursos ....................................................................................... 31
4.1.2.6. Constituição do júri de certificação ................................................. 31
4.1.2.7. Papel do júri de certificação ........................................................... 32
4.2.3. Avaliação e tomada de decisão ..................................................................... 33
4.2.4. Registo da sessão de júri de certificação no SIGO ........................................... 35
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1. Enquadramento
2. Destinatários
De acordo com o estabelecido na Portaria n.º 232/2016, de 29 de agosto, o processo de
reconhecimento, validação e certificação de competências profissionais destina-se a
candidatos com idade igual ou superior a 18 anos e que detenham experiência profissional
relevante para a obtenção de uma qualificação constante do CNQ.
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e dos requisitos ajustados ao desenvolvimento do processo de reconhecimento, validação e
certificação de competências profissionais associado a determinado referencial constante do
CNQ.
Neste sentido, as equipas dos centros devem estar preparadas para informar e apoiar os
adultos na obtenção do seu Passaporte Qualifica (caso não tenham tido conhecimento do
mesmo), na exploração deste instrumento de orientação online e na (re)análise dos percursos
propostos.
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1) Os candidatos com idades compreendidas entre os 18 e 23 anos (inclusive) apenas
podem ser encaminhados para a realização de um processo de RVCC profissional, caso
comprovem que possuem experiência profissional de pelo menos 3 anos, através de
documentação emitida pelos serviços competentes da segurança social, ou, sempre
que aplicável, de organismo estrangeiro congénere, tal como previsto no artigo 15º da
Portaria nº232/2016, de 29 de agosto.
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Assim, a equipa do Centro Qualifica apenas deve proceder ao encaminhamento de candidatos
para a realização de processos de RVCC entendidos como “dupla certificação”, nas seguintes
situações1:
II. Encaminhamento para dupla certificação de nível 4 - Candidato que, não sendo
detentor do 9º ano de escolaridade ou do nível secundário, apresenta o perfil
ajustado para desenvolver o processo de RVCC de nível secundário e o processo de
RVCC profissional associado a uma qualificação de nível 4.
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O encaminhamento de um candidato para o desenvolvimento de um processo de RVCC escolar não
está condicionado pelo nível de escolaridade detido, isto é, não tem que ser detentor da habilitação
escolar antecedente.
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Figura 1. Referencial constituído por UC fixas/pré-definidas
(Exemplo: Operador/a de Logística - nível 2 do QNQ)
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Considerando o exemplo acima apresentado, para a obtenção da certificação profissional de
Assistente Administrativo/a, para além das UC do tronco fixo, terá de ser igualmente
selecionada 1 UC de bolsa.
Por norma, as Unidades de Competência que não são passíveis de avaliação no processo de
RVCC profissional estão associadas ao desempenho de determinadas atividades profissionais
regulamentadas que exigem o desenvolvimento obrigatório de formação para o seu exercício.
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Figura 3. Referencial que, no seu elenco, integra UC cuja validação depende da apresentação de
certificado de qualificações ou do título que comprove a detenção das competências
(Exemplo: Técnico/a de Jardinagem - nível 4 do QNQ)
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obtenção de informação detalhada sobre UFCD novas, UFCD alteradas ou UFCD excluídas. A
consulta periódica minimiza o impacto e eventuais constrangimentos que possam ocorrer
aquando de uma certificação parcial nos processos de RVCC profissional.
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Figura 5. Consulta do menu “Histórico do Referencial de Formação” - Referencial de Formação de
Operador de Jardinagem disponível no Catálogo Nacional de Qualificações
Importa ainda referir que, de acordo com o Decreto-Lei n.º 14/2017 de 26 de janeiro, a
inclusão, exclusão ou alteração de qualificações no CNQ entra imediatamente em vigor após a
publicação no Boletim de Trabalho e Emprego, sem prejuízo das ações de formação que se
encontrem em curso.
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Cada UC é constituída por uma ou mais tarefas (ações profissionais concretas e
diretamente observáveis que permitam demonstrar que o indivíduo age com
competência);
As tarefas traduzem ações concretas e observáveis, através das quais o candidato
demonstra o domínio das competências requeridas para a validação e certificação da
Unidade de Competência.
A cada tarefa corresponde um conjunto de conhecimentos e saberes sociais e
relacionais definidos a partir dos conteúdos das UFCD do respetivo referencial de
formação (componente tecnológica).
Escala de Ponderação
5 - Tarefa nuclear, considerada fundamental e imprescindível no âmbito da UC
4 - Tarefa muito importante no âmbito da UC
3 - Tarefa importante no âmbito da UC
2 - Tarefa de importância relativa no âmbito da UC
1 - Tarefa pouco importante no âmbito da UC
Importa ainda referir que uma Unidade de Competência (UC) que contenha uma ou mais
tarefas nucleares é considerada, ela própria, uma Unidade de Competência nuclear, isto é
fundamental e imprescindível no âmbito do respetivo referencial de RVCC profissional.
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esclarecer, designadamente, a tipologia e constituição do referencial em causa, isto é, se se
trata de um referencial com tronco fixo de UC, ou de um referencial com tronco fixo de UC e
uma ou mais bolsas de UC ou, ainda, se diz respeito a um referencial que contemple UC cuja
validação e certificação dependa da apresentação de certificado de qualificações ou de um
título que comprove a detenção das competências. Estas primeiras sessões deverão ainda
servir para o preenchimento da Ficha de Diagnóstico por parte do candidato (modelo
disponível na plataforma SIGO), que se constituiu como um instrumento essencial na
identificação de potenciais lacunas que necessitem de ser colmatadas através de Formação
Complementar.
Também nestas primeiras sessões poderá ainda ser trabalhada com o candidato a Ficha de
percurso profissional e de formação, que se encontra disponível (para impressão) na
plataforma SIGO, que tem como principal objetivo permitir a sistematização de informação
relevante do ponto de vista do percurso profissional (funções desempenhadas) e de formação
(ações de formação frequentadas) do candidato. Este documento poderá ainda servir como
ponto de partida à estruturação e organização do Portefólio.
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O portefólio, para além de se constituir como um elemento de avaliação, é também o produto
de todo o processo de RVCC profissional do candidato, o qual está em permanente
atualização, uma vez que para além de integrar os comprovativos das competências
previamente adquiridas em contextos formativos ou profissionais, inclui também os relatórios
que sustentam a validação das competências do candidato à luz do respetivo referencial de
RVCC Profissional.
Sendo a Unidade de Competência (UC) constituída por uma ou mais tarefas e por
conhecimentos e saberes sociais e relacionais, aquando da avaliação individual de cada tarefa,
o formador deverá avaliar, igualmente, de forma integradora, o domínio dos conhecimentos e
saberes sociais e relacionais que se encontram associados a cada tarefa. Deste modo, o
formador deverá avaliar o candidato sob o ponto de vista do desempenho técnico de cada
tarefa, bem como da mobilização dos respetivos conhecimentos teóricos e dos saberes sociais
e relacionais. Deve, assim, confirmar se o candidato desempenha a tarefa de forma consciente,
intencional e sustentada ou se se trata da realização de meros gestos mecanizados e/ou
rotineiros que traduz um saber tácito, não se configurando assim como uma competência.
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Escala de pontuação
Assim, quando o formador, após a análise do Portefólio, decide validar uma ou mais tarefas do
referencial visado, com base nas evidências que constam do mesmo, deverá estar ciente que a
validação destas tarefas por aplicação deste instrumento corresponderá sempre à pontuação
máxima (5 pontos), isto é, à avaliação qualitativa de “Executa muito bem a tarefa”, de acordo
com a escala de pontuação anteriormente identificada.
Entrevista Técnica
Este instrumento de avaliação tem como principal objetivo analisar o domínio das
competências através de um conjunto de questões que permite avaliar o desempenho das
tarefas e respetivos conhecimentos e saberes sociais e relacionais associados ao referencial de
competências profissionais.
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A realização da entrevista técnica ao candidato tem por base um guião de questões técnicas e
de índole exploratória que deverá ser estruturada com base nos elementos documentais e na
informação já recolhida e sistemática no portefólio.
Este instrumento de avaliação tem associada uma matriz de análise que integra as tarefas (e
respetivas ponderações), bem como 12 critérios de avaliação pré-definidos, que permitem
avaliar o desempenho do candidato, em posto de trabalho, em cada uma das tarefas das
Unidades de Competência que constituem o Referencial. Neste contexto, após identificação
prévia das tarefas que necessitam de serem observadas em posto de trabalho, o formador
avalia cada uma das tarefas tendo por base os critérios de avaliação identificados na grelha de
avaliação.
Em função de cada saída profissional, o número de critérios de avaliação pode variar de acordo
com o que foi estabelecido aquando da conceção do referencial. Assim, o formador apenas
deverá avaliar as tarefas em função dos critérios que se encontram identificados na respetiva
grelha. Os critérios que não são objeto de avaliação estão sinalizados com “NA”, isto é, “Não
Aplicável”.
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No que diz respeito ao registo desta avaliação, o formador assinala com um (S) “Sim” quando o
critério é cumprido ou com um (N) “Não” quando o critério não é cumprido, sendo que a
validação de cada tarefa depende do número de critérios que, no decorrer da avaliação, forem
cumpridos. A tarefa fica validada quando, pelo menos, metade dos respetivos critérios tiver
sido assinalada com um “S” (Sim).
Para que este instrumento possa ser mobilizado pelo formador, é necessário que estejam
previamente reunidas as seguintes condições:
A entidade empregadora autoriza a deslocação e presença do formador ao posto de
trabalho;
Estão disponíveis espaços e equipamentos ajustados à saída profissional em avaliação;
Estão asseguradas as condições de caráter ético e deontológico (confidencialidade,
anonimato, entre outras).
Após o registo da avaliação das tarefas [com um (S) “Sim” quando o critério é cumprido ou
com um (N) “Não” quando o critério não é cumprido], a plataforma SIGO apresenta, de forma
automática, o resultado de classificação final de cada tarefa. Este resultado corresponderá
sempre à escala de pontuação anteriormente referida (de 1 a 5).
Este instrumento de avaliação tem associada uma matriz de análise que integra as tarefas (e
respetivas ponderações), bem como 11 critérios de avaliação pré-definidos, que permitem
avaliar o desempenho do candidato, em prática simulada, em cada uma das tarefas das
Unidades de Competência que constituem o Referencial. Neste contexto, o formador, avalia
cada uma das tarefas tendo por base os critérios de avaliação identificados na grelha de
avaliação.
Para cada Unidade de Competência que integra o referencial de RVCC Profissional, existe uma
ficha de caracterização de exercício prático que se traduz num exemplo de exercício a
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desenvolver em contexto de prática simulada e que identifica os objetivos pretendidos, os
procedimentos associados ao desempenho de cada tarefa, bem como as condições (recursos
necessários, duração de referência) para a execução dos exercícios a desenvolver pelo
candidato. Os exercícios práticos disponíveis na plataforma SIGO devem ser considerados
como exemplos, podendo a equipa adaptá-los, de acordo com o contexto profissional de cada
candidato e a respetiva saída.
Em função de cada saída profissional, o número de critérios de avaliação pode variar de acordo
com o que foi estabelecido aquando da conceção. Assim, o formador apenas deverá avaliar as
tarefas em função dos critérios de avaliação que se encontram identificados na respetiva
grelha. Os critérios que não são objeto de avaliação estão sinalizados com “NA”, isto é, “Não
Aplicável”.
No que diz respeito ao registo desta avaliação, o formador assinala com um (S) “Sim” quando o
critério é cumprido ou com um (N) “Não” quando o critério não é cumprido, sendo que a
validação de cada tarefa depende do número de critérios que, no decorrer da avaliação, forem
cumpridos. A tarefa fica validada quando, pelo menos, metade dos respetivos critérios tiver
sido assinalada com um “S” (Sim).
Após o registo da avaliação das tarefas [com um (S) “Sim” quando o critério é cumprido ou
com um (N) “Não” quando o critério não é cumprido], a plataforma SIGO apresenta de forma
automática, o resultado de classificação final de cada tarefa. Este resultado corresponderá
sempre à escala de pontuação anteriormente referida (de 1 a 5).
Outras considerações
Embora se preveja uma certa sequencialidade na aplicação dos instrumentos de avaliação, i.e.,
aplicação, em primeira instância, da Ficha de análise de portefólio (caso aplicável), seguindo-
se a Entrevista técnica, a Grelha de observação de desempenho em posto de trabalho e/ou a
Grelha de avaliação de exercício prático, face às especificidades e características do candidato
e da saída profissional em avaliação, o formador pode decidir aplicar os instrumentos de
avaliação de forma diferenciada ou optar pela sua conjugação, de modo a garantir uma
avaliação mais objetiva e rigorosa das competências do candidato.
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Quando o formador procede à avaliação de uma ou mais tarefas através da aplicação de um
determinado instrumento de avaliação, não é expectável que essas tarefas sejam novamente
avaliadas com o recurso a um outro instrumento. No entanto, caso surjam dúvidas que
necessitem de ser clarificadas acerca de uma ou mais tarefas que já foram objeto de avaliação,
poderá o formador aplicar um outro instrumento de avaliação, sendo que o último
instrumento aplicado é o vinculativo. Este procedimento já se encontra previsto na Plataforma
SIGO, isto é, o último registo da avaliação efetuado sobre determinada tarefa é vinculativo,
sendo que a Plataforma elimina o registo de avaliação anterior.
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Neste contexto, e no âmbito da atividade dos Centros Qualifica, todos os candidatos que sejam
encaminhados para o desenvolvimento de um processo de RVCC profissional deverão
frequentar um mínimo de 50 horas de formação complementar. A frequência dessa formação
poderá ocorrer numa fase inicial do processo de reconhecimento e validação de competências
e/ou durante o seu desenvolvimento, devendo o investimento a realizar (número de horas a
promover) potenciar a obtenção de uma certificação total.
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Neste contexto, compete à equipa dos Centros Qualifica definir o número de horas de
formação complementar que cada candidato deverá frequentar, desde que garantido o
mínimo de 50 horas obrigatórias, assim como, consoante as lacunas detetadas, a necessidade
de frequentar Formação Complementar Interna e/ou Formação Complementar Externa. No
âmbito dos processos de RVCC não deverá haver lugar à realização de formação complementar
após a realização da Sessão de Validação de Competências, pelo que a equipa deverá assegurar
que os candidatos frequentam esta formação na fase inicial ou durante o processo de
reconhecimento e validação de competências.
Nos casos em que o candidato frequente formação complementar interna (podendo incidir
em tarefas e ou em conhecimentos e saberes sociais e relacionais relativas a uma ou mais
unidades de competência) e/ou frequente formação complementar externa (incidindo em
uma ou mais UFCD que não correspondam diretamente às UC em avaliação), o formador deve
aplicar o instrumento de avaliação que considere mais ajustado com vista a confirmar a
detenção das competências que se encontravam em falta. Paralelamente, o Portefólio do
candidato deverá integrar os elementos comprovativos da formação frequentada com vista a
contextualizar as competências que foram trabalhadas pelo formador.
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Nos casos em que o candidato frequente formação complementar externa em uma ou mais
UFCD que correspondam diretamente às UC em avaliação, e tal como referido anteriormente,
essas UC serão automaticamente certificadas no âmbito do processo de RVCC, devendo o
respetivo Portefólio integrar cópia do(s) Certificado(s) de Qualificações emitidos pela entidade
formadora.
As UC não validadas, isto é, aquelas que não cumprirem com os critérios de validação acima
referidos, não poderão ser objeto de certificação. A prova de certificação apenas incidirá sobre
as UC validadas.
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Relativamente às Unidades de Competência avaliadas por via da Certificação Comprovada ou
por via do Registo de Competências, as mesmas ficam automaticamente certificadas, devendo
os respetivos comprovativos integrar o Portefólio do candidato.
Certificação Comprovada
Unidades de Competência que não são passíveis de avaliação no processo de RVCC profissional
e que decorrem de legislação associada a atividades regulamentadas no âmbito da saída
profissional.
Registo de Competências
UFCD realizada(s) em data anterior a 18/01/2010 (via formação modular) que correspondem
às UC do Referencial de competências profissionais.
Nesta sessão, o candidato deve ainda preencher a grelha de autoavaliação (modelo disponível
na plataforma SIGO) que tem como objetivo a reflexão final do candidato acerca da sua
perceção do domínio das competências que foram alvo de avaliação por parte dos formadores.
Da reunião de validação resulta uma ata de validação (de acordo com modelo disponibilizado
no SIGO). Todos os procedimentos necessários ao registo desta sessão na plataforma SIGO
encontram-se devidamente explicitados no Manual de Utilizador – SIGO Centros Qualifica.
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4.2. Certificação de Competências
Para ver certificadas as competências anteriormente reconhecidas e validadas pela equipa do
Centro, o candidato, no âmbito da etapa de certificação de competências, deverá ser presente
a um júri de certificação, o qual irá tomar a sua decisão, não só com base na análise do
Portefólio e dos instrumentos de avaliação aplicados durante a etapa de reconhecimento e
validação de competências, mas também no desempenho do candidato numa prova de
certificação.
Ainda que se privilegie uma prova de caráter fundamentalmente prático, poderá haver uma
conjugação de várias tipologias (por exemplo, prova prática com componente oral e/ou
escrita), em função das características do referencial em causa e quando o âmbito das
competências a avaliar assim o exija.
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2.º momento
• Preparação • Avaliação e
para a prova • Sessão de Júri tomada de
(até 25h) de Certificação decisão
(prova)
Deste modo, a(s) sessão(ões) de preparação para a prova deverá(ão) ter início logo após a
sessão de validação de competências, não devendo ser considerada(s) nem mobilizada(s) para
efeitos de formação complementar.
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avaliação, procedimentos associados a cada atividade, recursos associados, entre
outros).
Informar que, após a avaliação e tomada de decisão do júri de certificação, será
comunicado ao candidato, pelo presidente do júri, o resultado da prova e do tipo de
certificação obtida (certificação total ou parcial), assim como as especificidades que
estão inerentes ao resultado final da certificação, isto é, caso obtenha uma certificação
total ou uma certificação parcial (conforme explicitado no capítulo 4.2.3 Avaliação e
Tomada de Decisão desta OM).
Informar, ainda, que não há lugar à repetição da prova, existindo apenas a
possibilidade do seu adiamento, em situações excecionais, por motivos atendíveis pelo
Centro Qualifica e devidamente fundamentados.
No âmbito desta(s) sessão (ões), a equipa poderá ainda, a título ilustrativo, trabalhar com o
candidato eventuais questões para reflexão, apresentar exemplos de atividades de
demonstração prática, ou de situações-problema, no sentido de familiarizar o candidato com o
contexto da realização da prova.
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Assim, e tendo por base o número de UC validadas por cada candidato na etapa de
reconhecimento e validação, na elaboração da prova, a equipa deve selecionar as UC que
serão objeto de avaliação tendo em conta os seguintes critérios:
Exemplo:
Para um candidato que tenha validado 25 UC do referencial de RVCC Profissional, a
prova tem que contemplar pelo menos 6 UC.
Exemplo:
Para um candidato que tenha validado 13 UC do referencial de RVCC Profissional, a
prova tem que contemplar pelo menos 4 UC.
Exemplo:
Para um candidato que tenha obtido a validação em 4 UC do respetivo referencial de
RVCC Profissional, a prova tem que contemplar obrigatoriamente as 4 UC.
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Assim, e com base nas Unidades de Competência validadas na etapa anterior bem como no
número mínimo de UC que deverão ser trabalhadas no âmbito da prova, a equipa do Centro
deve identificar aquelas que considera serem representativas da saída profissional em
avaliação, observando os seguintes aspetos:
Em suma, no âmbito de cada UC, a equipa dever selecionar as tarefas que sejam consideradas
core e estratégicas para o exercício da atividade profissional correspondente à qualificação em
causa.
Neste contexto, cabe à equipa definir a forma como as UC/tarefas serão abordadas em
contexto de prova, tendo em conta não só as especificidades do referencial em causa, mas
também a tipologia de prova (prova prática ou prova prática conjugada com outra tipologia
oral ou escrita) a aplicar e ainda as características do candidato.
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Assim, e numa perspetiva de articulação/integração de saberes e saberes fazer, a prova
poderá assumir a forma de situação(ões) problema, atividade(s) integradora(s), ou outra
abordagem que a equipa considere mais ajustada.
A equipa deve ainda conceber uma matriz de prova que deverá identificar:
Para cada prova, devem ser definidos critérios de avaliação que se traduzam em requisitos de
desempenho para avaliar as condições em que o candidato realiza cada tarefa proposta. A
definição deste tipo de critérios/requisitos (que podem ser diferentes de acordo com a
respetiva saída profissional) assume um papel importante na observação e avaliação por parte
do júri, uma vez que deverá permitir avaliar o desempenho do candidato de forma mais
objetiva e imparcial.
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Seleção e utilização adequada dos espaços e dos equipamentos;
Destreza do gesto profissional;
Qualidade do resultado final;
Mobilização adequada do conhecimento conceptual e teórico;
Utilização de vocabulário técnico específico;
Clareza da resposta;
Tempo de execução.
O número máximo de candidatos a realizar a prova deve ser definido pela equipa do Centro
Qualifica, em função da capacidade instalada no local de realização da prova (recursos e
equipamentos).
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4.2.2.5 Recursos
A equipa do Centro Qualifica deve assegurar que, no local de realização da prova, estão
reunidas todas as condições necessárias à sua realização, designadamente no que diz respeito
aos materiais, equipamentos e ferramentas face à saída profissional em avaliação. Os recursos
necessários à realização da prova deverão ser identificados na respetiva matriz.
Cabe ainda ao Coordenador do Centro Qualifica nomear o elemento que preside ao júri de
certificação, o qual tem voto de qualidade em caso de empate.
No entanto, e de acordo com o estabelecido do n.º 6 do art.º 19º da referida portaria, o júri
pode deliberar com a presença de, pelo menos, metade dos elementos – i.e., com 3 elementos
– mediante solicitação fundamentada do Centro Qualifica e respetiva autorização por parte da
ANQEP, I.P.
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4.2.2.7 Papel do Júri de certificação
Da sessão de certificação profissional resulta a tomada de decisão por parte dos elementos
que constituem o júri, baseada na avaliação das competências detidas pelo candidato face ao
Referencial de Competências Profissionais.
A deliberação do júri relativamente à certificação das competências tem por base o resultado
da prova de certificação, com a devida articulação com as evidências que constam do
Portefólio do candidato. O Centro Qualifica deve, para tal, disponibilizar, previamente, aos
elementos do júri de certificação, os Portefólios dos candidatos, os quais deverão integrar os
elementos comprovativos das competências adquiridas nos diferentes contextos da sua vida
designadamente formativos e profissionais, bem como os relatórios que sustentam a validação
das competências à luz do respetivo referencial.
Deverá ainda ser disponibilizada, aos elementos do júri de certificação, a ata de validação, a
qual identifica as UC validadas (aquelas que serão objeto de avaliação na etapa de
certificação), bem como as UC não validadas, caso aplicável (as quais transitam
automaticamente para o PPQ, aquando do registo da ação Encaminhamento no SIGO, através
da identificação das UFCD correspondentes às UC não validadas).
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4.2.3 Avaliação e Tomada de Decisão
O resultado da sessão de júri de certificação permitirá ao candidato a obtenção de uma
certificação total ou de uma certificação parcial das competências que integram um
determinado referencial de RVCC Profissional.
O candidato obtém uma certificação parcial quando não certifica todas as UC do referencial de
competências profissionais em causa, dando lugar à emissão de um Certificado de
Qualificações, nos termos da legislação em vigor, no qual se identificam todas as UC
certificadas no processo de RVCC.
No contexto de uma certificação parcial é igualmente emitido, pela plataforma SIGO, um Plano
Pessoal de Qualificação (PPQ), onde se identificam as UFCD correspondentes às UC não
certificadas.
O PPQ é gerado, na plataforma SIGO, na ação Encaminhamento, sendo que, para além das
UFCD diretamente correspondentes às UC não certificadas no processo de RVCC, podem ser
identificadas outra(s) UFCD que estejam associadas(s) aos conhecimentos e saberes sociais e
relacionais mobilizados no respetivo referencial de competências profissionais, prescritas
pela equipa. Todos os procedimentos necessários ao registo da sessão de encaminhamento,
na plataforma SIGO, encontram-se devidamente explicitados no Manual de Utilizador – SIGO
Centros Qualifica.
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não validadas, o candidato terá que realizar obrigatoriamente as UFCD correspondentes
através da frequência de EFA/FM.
Este procedimento é de extrema relevância, uma vez que a conclusão da qualificação iniciada
através do desenvolvimento de um processo de RVCC profissional terá por base as UFCD do
referencial de formação da componente tecnológica, sendo que os referenciais de formação e
os referenciais de RVCC Profissional de algumas qualificações constantes do CNQ, não são
coincidentes no que diz respeito ao nº de bolsa de UC/UFCD a selecionar.
Assim, quando um candidato obtém uma certificação parcial, deverá ser analisado o
referencial de formação da componente tecnológica correspondente, de forma a serem
identificadas as UFCD necessárias à conclusão da qualificação em causa (por via da frequência
de FM/EFA).
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4.2.4 Registo da sessão de júri de certificação no SIGO
O resultado da sessão de júri de certificação deve ser registado na plataforma SIGO, na ação
Sessão de Certificação Profissional, tendo por base o seguinte:
As UC que não tenham sido validadas na etapa de reconhecimento e validação de
competências são automaticamente sinalizadas a vermelho e colocadas como “Não
Certificadas”, uma vez que não reuniram as condições de transição para a etapa de
certificação. Estas UC transitam automaticamente para o PPQ, podendo ser apenas
concluídas através da frequência de EFA/FM.
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