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CONCEPÇÃO
AULA 6
CONTEXTUALIZANDO
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interações com os objetos e com o ambiente. Com tanto trabalho para
desenvolver um projeto, não se pode falhar no momento da apresentação. É por
esse motivo que o memorial descritivo e outras formas de apresentação de
projetos também serão estudados nesta aula.
Figura 1 – Modelo esculpido em clay parcialmente coberto com filme para simular
acabamento final
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Figura 2 – Maquete de interior residencial
Por outro lado, maquetes em escala ampliada podem ser usadas para
representar objetos muito pequenos. Pequenos relógios, anéis com detalhes, por
exemplo, são difíceis de se reproduzir por modelos. Então, para esses casos,
uma maquete ampliada pode ser mais fácil de se construir do que um modelo
em escala real.
Às vezes é possível construir um modelo com o mesmo material do
produto final, mas o mais comum é que os modelos sejam feitos com materiais
mais baratos, ou mais fáceis de conformar e manipular. Outro fator limitante é o
custo. Construir um modelo apenas para testes, em um projeto de joias, usando
os mesmos materiais do produto final, como ouro e pedras preciosas, não faz
sentido. O mais viável é representar esses objetos com outros materiais mais
baratos.
A utilização do mesmo material do produto final em modelos deve levar
em conta também os processos de fabricação. Alguns materiais e processos
utilizados em produtos só são viáveis quando produzidos em grande escala. Por
exemplo: o corpo de um secador de cabelo é feito em plástico injetado e esse
processo só é viável economicamente para a produção de milhares de peças.
Por essa razão, nesses casos, é comum construir os primeiros modelos em outro
material que possa ser esculpido ou modelado manualmente, por exemplo com
o uso de moldes em argila, para a confecção de modelos em gesso, que é um
material muito barato.
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As técnicas de prototipação rápida em 3D também auxiliam na construção
de modelos. Com base em um desenho em 3D feito com auxílio do computador,
é possível imprimir uma peça por vez, de modelos em 3D, com um custo
relativamente baixo, quando se tem uma impressora à disposição. Nesse caso,
o modelo pode ser construído por processo aditivo, com material que vai sendo
depositado (material adicionado) em camadas até formar a peça; ou por meio de
uma máquina de usinagem CNC, nesse caso, por processo subtrativo, em que
um bloco de material vai sendo esculpido (material retirado) até formar a peça
desejada.
Mockups são muito usados para verificar dimensionamentos, volumes e
acessibilidade, do ponto de vista da ergonomia. São feitos com finalidades bem
definidas ou para testar partes da solução. Por exemplo: conferir se o
dimensionamento é adequado ao usuário, verificar a forma, testar o
funcionamento de partes do produto. Em geral, são feitos com materiais baratos,
como papel e papelão.
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chamado de protótipo “sujo” ou de “porcótico”, já que não apresenta detalhes de
acabamento.
Crédito: OXO.
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Existem vários níveis de representação, dependendo do tipo de modelo.
O protótipo físico – ou cabeça de série –, é o primeiro modelo de uma linha de
produção. Nesse caso, é feito como os mesmos materiais do produto final e tem
as mesmas funcionalidades. Serve para testar diversos aspectos do produto,
como forma, funcionamento, comportamento de materiais e verificação dos
processos.
Segundo Baxter (2017),
Crédito: 360B/Shutterstock.
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Figura 6 – Protótipo de um dispositivo para cozinha em desenvolvimento
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Figura 7 – Modelagem 3D gerada por computador
Saiba mais
Veja no link um vídeo sobre o uso da realidade virtual no projeto de um
box para chuveiro. Disponível em: <https://youtu.be/gHZItzdAIVk>. Acesso em:
30 ago. 2019.
TEMA 3 – STORYBOARD
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excelente maneira de explicar e descrever as interações do usuário com um
produto ou serviço.
Vantagens dos storyboards:
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Fonte: https://www.instructables.com/id/Storyboarding-for-Product-Design/.
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desenvolvimento do projeto, suas dificuldades, vantagens e limitações, bem
como sugestão para futuros projetos.
Saber apresentar-se bem e defender o seu trabalho deve ser uma prática
para qualquer aspirante a designer. Um conceito criativo só começa a tomar
forma quando é possível representá-lo de alguma maneira. Por essa razão, são
feitos desenhos, modelos, animações e protótipos. Entretanto, para que essa
ideia seja reconhecida, é necessário convencer que ela importante para as
pessoas, que de alguma forma têm ou vão ter relação com a proposta
(stakeholders).
Na vida profissional, essa prática é frequente. Às vezes é preciso
apresentar projetos ou propostas de Design dentro da empresa em que se
trabalha, para a empresa contratante ou ainda para o público em geral.
A apresentação do projeto pode ser necessária em diferentes etapas. O
mais comum é que ocorra no final da pesquisa, no final da geração de
alternativas, com o projeto viabilizado e pronto para entrar em produção. Essas
etapas são atreladas ao cronograma do projeto e do cumprimento delas,
dependendo, muitas vezes, do pagamento do designer.
O primeiro ponto a ser levado em conta em uma apresentação é o público
que irá vê-la. É para uma equipe de designers? É para áreas relacionadas com
o desenvolvimento de projetos? As áreas de administração e de marketing
normalmente não têm muito conhecimento do processo do Design e pode ser
importante fornecer a eles alguns detalhes desse processo. Os interesses são
diferentes também dependendo da área. Falar do quanto uma proposta poderia
aumentar as vendas pode provocar muito interesse na área comercial, mas não
seria o foco para alguém da área de processos produtivos e vice-versa.
O segundo ponto é adequação ao tempo. Apresentações de
aproximadamente um minuto, chamadas de pitch elevator, às vezes são
necessárias e exigem grande poder de síntese. Imagine alguém que tenha a
oportunidade de apresentar uma ideia para um potencial investidor com pouco
tempo. Se o apresentador começar falando sobre a previsão do tempo pode ser
que não consiga falar sobre a sua proposta. Por outro lado, quando temos
bastante tempo, por exemplo 30 minutos, aproveitar bem esse tempo demonstra
que temos uma proposta consistente.
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Terceiro ponto: fuja dos “achismos”, do “fiz assim porque achei bonito”,
pois isso demonstra falta de profissionalismo e expõe sua proposta
imediatamente às críticas (outro pode achar que ficou feio, por exemplo). O
empresário vai querer saber de que forma aquela solução vai impactar nos
consumidores. Informações sobre tendências, teoria da forma (gestalt),
psicologia das cores, tipografia, materiais e processos vão te ajudar a dar
fundamentos técnicos para a proposta. Compartilhe sobre os desafios do projeto
e sobre como você os resolveu: a pesquisa, as principais alternativas e as
escolhas do projeto. Enfim, esteja preparado também para responder a
eventuais perguntas que podem emergir do perfil da audiência. A atitude de
“chutar” uma resposta errada pode ter resultados desastrosos para a sua
apresentação.
Finalmente, como o projeto começa com base em ideias, é importante
falar de como a solução apresentada atende, ou supera, ao briefing inicial. Quais
são os seus destaques e perspectivas de sucesso. Mantenha a mente aberta
para receber críticas e sugestões.
Saiba mais
Veja agora uma apresentação do processo de criação de um logo para a
New York public library. Disponível em: <https://youtu.be/6_GXiuV-mlo>. Acesso
em: 30 ago. 2019.
TROCANDO IDEIAS
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NA PRÁTICA
Monte uma apresentação, com um minuto de duração, para uma ideia que
você tenha desenvolvido, use como referência o que foi visto nos temas 4 e 5.
Convide alguém para assistir a sua apresentação.
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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