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HISTÓRIA GERAL DA ARTE

1/2022

13. AURORA DA ARTE MODERNA

PROFA. LETÍCIA MARTINS DE ANDRADE


UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI – UFSJ
A aurora
A AURORA daMODERNA
DA ARTE arte moderna
séculos XIII XIII
séculos e XIVa XV
Cimabue (c.1240-1302).
Madona em maestà . 1285-
1286 Ttêmpera sobre
madeira: 385 x 223 cm.
Florença, Galleria degli
Uffizi
Cimabue (c.1240-1302). Madona
entronada com Menino, S. Francisco e
anjos. 1278-1280. afresco; 320 x 340
cm. Basilica Inferior de Assis
[1] Gustave Moreau. Giotto da Bondone.
c1882. aquarela. Paris, Museu do Louvre

[2] Giotto da Bondone (1266/67-


1337).
Madona Ognissanti (Madona
entronada com Menino, santos e
anjos). 1305-1310. Têmpera sobre
madeira; 325 x 20 4cm. Florença,
Galleria degli Uffizi
Cimabue Giotto
Cimabue Giotto
Cimabue Giotto
Giotto da Bondone. Histórias de
São Francisco. “Sermão aos
pássaros”. 1288-1292. afresco; 270
x 200 cm. Basilica superior de Assis
Giotto da Bondone.
Histórias de São
Francisco. “A doação do
manto ao pobre” e “O
milagre do crucifixo
(crucifixo de São
Damião: na igreja de
São Damião é que
ocorreu esse milagre)”.
1288-1292. afresco; 270
x 200 cm. Basilica
Superior de Assis
Capella degli Scrovegni na Arena de Pádua, Itália

Giotto da Bondone. Juízo Final. (det. com “Enrico Scrovegni


oferecendo a igreja ao Senhor”). 1303-1304. Afresco Capela
Scrovegni, Arena de Pádua.
Giotto da Bondone. Capela
Scrovegni, Pádua. 1303-1306.
Vista da entrada para o fundo
Giotto, Capela Scrovegni. Pintura da abóbada (azul e dourado) e falsa janela pintada
Giotto da Bondone. Afrescos da Capela degli Scrovegni em grisalha,
representando as Virtudes e os Vícios: a Caridade, a Inveja, a Esperança e
o Desespero
Giotto da Bondone. O sonho de Joaquim. 1304-1306. afresco; 200 x185 cm. Capella Scrovegni, Arena de Pádua
Giotto da Bondone. O encontro de
Joaquim e Ana no portão de ouro.
1304-1306. Afresco; 200 x185 cm.
Capella Scrovegni, Arena de Pádua
Giotto da Bondone. Procissão de
casamento de Maria e José. 1304-
1306. Afresco; 200 x 185cm. Capella
Scrovegni, Arena de Pádua
Giotto da Bondone. O beijo de Judas.
1304-1306. afresco; 200 x 185 cm.
Capella Scrovegni, Arena de Pádua
Giotto da Bondone. Lamentação. 1304-
1306. Afresco; 200 x 185 cm. Capella
Scrovegni, Arena de Pádua
Gótico internacional "Gótico internacional" é uma denominação não aceita por todos os
(C.1370-MEADOS DO SÉCULO XV) especialistas. Corresponde a um momento em que houve, de fato, uma
internacionalização da cultura figurativa: na pintura, na escultura, na
ourivesaria, etc. Fala-se uma mesma linguagem na Inglaterra, na
Boemia, na Sicília, na Catalunha, etc., com notações diversas ligadas a
ateliês e regiões específicos. Houve grande troca de ideias, motivos e
repertórios entre as várias regiões da Europa, criando um estilo unitário,
com homogeneidade na expressão figurativa. É comum encontrar
semelhanças surpreendentes em obras criadas em locais relativamente
distantes. Suas obras mostram uma tendência para um
ultrarrefinamento, atribuído ao gosto da aristocracia pela elegância,
embora o mesmo refinamento possa ser encontrado em obras
encomendadas por cidadãos comuns. O amor à pompa, típico do
período, é ostensivo em todas essas obras. Devemos pensar na
popularidade das preciosidades produzidas pelos ourives e que os
pintores sempre carregavam nas cores, pintando joias e pedras
preciosas. Os tesouros mais procurados e apreciados naquela época,
seguindo as obras dos ourives, eram os manuscritos ornamentados de
miniaturas, em especial as que necessitavam de muitas horas de
trabalho.
Anônimo inglês. Diptico Wilton
(aberto). c. 1395. Têmpera sobre
madeira; 57 x 29,2cm. Londres,
National Gallery. Obra executada
para Ricardo II da Inglaterra
Anônimo inglês. Diptico Wilton. Parte externa.
c. 1395. Têmpera sobre madeira; 57 x 29,2cm.
Londres, National Gallery
HORTUS CONCLUSUS
(O JARDIM FECHADO)

Anônimo renano. O jardim do


Éden. c.1410. Têmpera sobre
madeira: 26,3 x 33,4 cm.
Frankfurt, Städelsches
Kunsthinstitut
Anônimo renano. O jardim do
Éden. c.1410. Têmpera sobre
madeira: 26,3 x 33,4 cm.
Frankfurt, Städelsches
Kunsthinstitut
Joan Mates é um dos protagnistas do gótico
internacional barcelonês. São Sebastião foi um
santo muito popular na Baixa Idade Média por
causa de seu papel como protetor contra a
peste. Aqui a figura do santo é elaborada com
alto grau de refnamento e sofisticação, ao gosto
da época do gótico internacional. O santo está
escutando um anjo que lê ao seu ouvido, um
motivo alusivo a uma tradição segundo a qual
Sebastião fortalecia os cristãos condenados à
morte graças às palavras de um anjo.

https://www.museunacional.cat/es/colleccio/calvario-
san-sebastian/joan-mates/042340-000

Joan Mates (c.1370-1431). São Sebastião. c.1425.


Têmpera sobre madeira e douramento: 243 x 99cm.
Barcelona, Museu Nacional d’Art de Catalunya
Profanização não significa apenas a
transfiguração aristocrática do mundo divino,
mas também a interpretação em chave
cotidiana [de gênero], como testemunha
essa passagem apócrifa ambientada, se
acordo com modos típicos da cultura alemã,
em um pequeno interior burguês. No
entanto, isso não exclui um recurso aos
elementos simbólicos: a plantinha no vaso,
por exemplo, evoca o hortus conclusus,
símbolo da Virgindade de Maria.

Mestre do jardim do Éden. A dúvida de José. c.


1410-1420. Estrasburgo, Musée de l'Œuvre
Notre-Dame
Mestre do jardim do Éden. A dúvida de José. c. 1410-1420. madeira: 113,9 x 114,5 cm Estrasburgo, Musée de l'Œuvre Notre-Dame
OS MANUSCRITOS ILUSTRADOS

Entre os séculos XIV e XV, amplia-se a produção de


manuscritos iluminados. Isso se dá de acordo com as
profundas mudanças socioculturais da época e também
como consequência da difusão da alfabetização.
Além dos tradicionais livros de oração (que nos
exemplares produzidos para a grande aristocracia
chegam a um nível de refinamento jamais alcançado),
produzem-se livros científicos (de medicina, botânica,
geometria), literatura, poesia, narrativas de viagens,
clássicos (Ovídio e Terêncio). Os livros eram
destinados aos usuários mais díspares, com diferenças
óbvias de riqueza e qualidade de ilustração. No
entanto, essa produção não foi ainda estudada com
rigor e catalogada, e é constituída em sua maior parte
de manuscritos de luxo.

Mestre do Roman de la Rose. A roda ao


deus do amor. c1420-1430. Têmpera
sobre pergaminho; 8,8x 7,7cm. Viena,
Österreichische Nationalbibliothek
OS LIVROS DE HORAS

Um livro de horas é um livro litúrgico destinado aos fiéis católicos


laicos – ao contrário do breviário, destinado aos clérigos – e que
permite seguir a liturgia das horas. Complementando esse
conjunto de orações ligadas às horas do dia, o livro comprende
geralmente um calendário para seguir a evolução da liturgia ao
longo do ano, mas também às vezes salmos, evangelhos, bem
como ofícios particulares. Trata-se do tipo mais comum de obra
tardo-medieval iluminada, constituindo uma importante
documentação sobre a vida no final da IM. Os primeiros livros de
horas destinados aos laicos surgem na França e no sul dos
Países Baixos no correr do século XIII. Eles substituem os
saltérios mais difundidos na Alta IM e dos quais eles assumem
mais ou menos a mesma função. Eles atingem o ápice de sua
popularidade no correr do século XV, por toda a Europa e vão se
padronizando pouco a pouco, espalhando-se em amplas
camadas da sociedade. Em sua forma inicial, um livro de horas
não era muito diferente de um livro de horas canônicas, saídas
dos breviários do clero. Com o tempo, seu texto vai se
enriquecendo com novos textos. Por volta do sinal do século XV
surgem as versão impressas e estampadas com xilogravuras, o
que contribui para uma crescente padronização do conteúdo.

Simon Bening (Holanda.). Livro de horas.


1530-1535. feito em Brugges. Têmpera e
ouro sobre pergaminho. Nova Iorque,
Metropolitan Museum
Jacques Coene (Mestre das Horas do Maréchal
Boucicaut). A Visitação, Livro de horas do Maréchal de
Boucicaut. 1405-1408. Iluminura sobre pergaminho;
27,4 x 19 cm. Musée Jacquemart-André, Paris
O mestre das horas do
marechal Boucicaut
precede os irmãos
Limbourg e os excede em
importância na retomada do
realismo que iria nortear a
arte do chamado
renascimento flamengo.

Jacques Coene. Livro de


horas do Maréchal de
Boucicaut. Detalhe do fundo
da Visitação. 1405-1408.
Iluminação sobre pergaminho;
27,4x19 cm. Musée
Jacquemart-André, Paris
Irmãos Limbourg. “Maio”, in Très riches heures du duc
de Berry . 1412-1416. iluminura sobre velum
(pergaminho); 22,5 x 13,6cm. Chantilly, Musée Condé
Irmãos Limbourg. “Fevereiro”, in
Très riches heures du duc de
Berry. 1412-1416. iluminura sobre
vellum (pergaminho); 22,5 x 13,6
cm. Chantilly, Musée Condé
Irmãos Limbourg. “Fevereiro” (detalhe), in Très riches heures du duc de Berry. 1412-1416.
iluminura sobre vellum (pergaminho); 22,5 x 13,6cm. Chantilly, Musée Condé
Irmãos Limbourg . “Outubro”. Très riches heures du duc de Berry. 1412-1416. iluminura sobre vellum (pergaminho);
22,5 x 13,6 cm. Chantilly, Musée Condé
Irmãos Limbourg . “Outubro”. Très
riches heures du duc de Berry. 1412-
1416. iluminura sobre vellum
(pergaminho); 22,5 x 13,6 cm.
Chantilly, Musée Condé
Hubert ou Jean van Eyck. Horas de Turim., fol. 93v
Nascimento do Batista. c.1420-1422. pergaminho;
28 x 19 cm. Turim, Museo Civico d'Arte Antica
Hubert ou Jean van Eyck.Horas de Turim - Les Très Belles Heures de Notre Dame de Jean de Berry, fol.
93v. O Nascimento do Batista. c.1420-1422. pergaminho; 28 x 19 cm. Turim, Museo Civico d'Arte Antica
Hubert ou Jean van Eyck.
Horas de Turim - Les Très Belles Heures de
Notre Dame de Jean de Berry, fol. 93v
O Nascimento do Batista. c.1420-1422
pergaminho; 28 x 19 cm.
Turim, Museo Civico d'Arte Antica
Hubert ou Jean van Eyck. Horas de Turim., fol. 93v. Nascimento do Batista. c.1420-
1422. pergaminho; 28 x 19 cm. Turim, Museo Civico d'Arte Antica
A PAIXÃO DE CRISTO

[1] Lorenzo Monaco. Pietà. 1404.


têmpera sobre madeira. Florença;

[2] Master Francke. Vir dolorum, man


of sorrows. c.1420. têmpera sobre
madeira; 42,5x31,5cm. Leipzig,
Museum der Bildenden Künst
ARMA CHRISTI

[1] Arma Christi. Página das


Horas do Maréchal Bocicaut;

[2] Schmerzensmann mit


Arma Christi, Germanisches
Nationalmuseum Nürnberg.
1470-1480
OS RETÁBULOS
O mais provável é que a origem do retábulo esteja
vinculada a um novo uso do antependium (um painel
frontal de altar, portanto retangular) que tem exemplos
que remontam ao século XI. Assim, o antependium pode
ter sido deslocado para o topo do altar quando das
mudanças instituídas pelo IV Concílio de Latrão,
provavelmente para servir como pano de fundo do novo
ritual litúrgico da consagração e elevação da hóstia (a
partir de 1215, ano em que a transubstanciação passou a
ser uma celebração universal). Tanto os altares frontais
quanto os retábulos eram executados com as mesmas
técnicas. A carpintaria, que podia ser complexa, era
normalmente obra de um especialista. O mecenas
fornecia o material e se preocupava com a sua qualidade.
Os retábulos eram normalmente feitos a partir da junção
de várias pranchas de madeira, reforçadas por trás por
ripas que minimizavam o empenamento. A madeira era
coberta com gesso, depois dourada e pintada com
têmpera a ovo. Os retábulos móveis possuíam asas com
dobradiças que se fechavam para dentro, permitindo o
seu transporte com segurança
POLÍPTICO
HUIZINGA, O outono da IM, p. 418:
“Os retábulos têm objetivo duplo:
expostos nas festividades mais
solenes, servem para avivar a
contemplação devota da
congregação e conservar a
memória dos doadores devotos,
cuja efígie permanece ajoelhada,
absorta em suas orações.”

Jan van Eyck (c.1390-1441).


Retábulo de Ghent, aberto.1432.
óleo sobre madeira; 350 x 460 cm.
Ghent, catedral de São Bavo.
Jan van Eyck (c.1390-1441).
Retábulo de Ghent, fechado.
1432. óleo sobre madeira; 350 x
460 cm. Ghent, catedral de São
Bavo.
EUROPA EM 1477 O RENASCIMENTO FLAMENGO
Robert Campin (Tournai,
1375-1444). Natividade.
1420-1425. Oleo sobre
madeira; 87 x 90cm. Dijon,
Musée des Beaux-Arts
Robert Campin. Natividade. 1420-1425. Óleo sobre madeira;
87x90cm. Dijon, Musée des beaux-Arts
ÓLEO
A pintura a óleo uma técnica inventada entre
os séculos XIV e XV no norte da Europa, na
região de Flandres, provavelmente no círculo
dos irmãos van Eyck. Os pigmentos são
aglutinados pelo óleo, normalmente o de
linhaça, o que resulta numa tinta de
consistência cremosa, fácil de aplicar e
misturar. O aspecto é luminoso, permitindo
cobrir todas as escalas de tom e cromatismo.
Permite a execução de detalhes minuciosos,
lineares, e a fácil interpretação das texturas.
Se diluído, cria transparências. Por isso, é a
tinta mais versátil e talvez a mais empregada
há séculos. A secagem é lenta, o que permite
retrabalhar e retocar com facilidade a obra.
Pode ser aplicada com pincel ou espátulas
sobre tela, madeira ou outros materiais.

Robert Campin. Natividade. 1420-1425.


Óleos sobre madeira; 87x90cm.
Dijon, Musée des beaux-Arts
As várias camadas de tinta a óleo empregadas por Van Eyck num trecho da roupa de de São João
Batista no Retábulo de Ghent (in , DE VECCHI , P. Arte nel Tempo, 2-I, Milão,1995, p. 99)
Robert Campin, Mestre de Flémalle (c1375-1444). Retábulo Mérode. c.1427.
óleo e têmpera sobre madeira; 64,1x63,2cm. Nova Iorque, Metropolitan
Museum
Robert Campin. Retábulo Mérode.
c.1427. óleo sobre madeira . Nova Iorque,
Metropolitan Museum
Robert Campin. Retábulo Mérode.
c.1427. óleo e têmpera sobre madeira;
Nova Iorque, Metropolitan Museum
Robert Campin. Retábulo Mérode.
c.1427. óleo e têmpera sobre madeira;
Nova Iorque, Metropolitan Museum
Robert Campin. Retrato feminino.
c.1430. Óleo e têmpera sobre
madeira; 40 x 27 cm. Londres,
National Gallery
Jan van Eyck (c.1395-1441).
Homem de turbante (autorretrato?). 1433.
Óleo sobre madeira; 33,3 x 25,8cm.
Londres, National Gallery
Jan van Eyck. Virgem do Chanceler Rolin.
1435. Óleo sobre madeira: 66 x 62cm.
Paris, Museu do Louvre
Jan van Eyck. Madona do Chanceler Rolin
(det. Nicolas Rolin). c.1435.
Óleo sobre madeira.; 65 x 62,5cm.
Paris, Museu do Louvre
Jan van Eyck. Madona do
Chanceler Rolin. c.1435.
Óleo sobre madeira.; 65 x
62,5cm. Paris, Louvre
Jan van Eyck. Madona do Chanceler
Rolin. c.1435. Óleo sobre madeira;
65 x 62,5cm. Paris, Museu do Louvre
Jan van Eyck. Madona do
Chanceler Rolin. c.1435. Óleo
sobre madeira; 65 x 62,5cm.
Paris, Museu do Louvre

De cada lado de um caminho central há canteiros de flores tradicionalmente


associadas à Virgem: lírios brancos simbolizam sua pureza; a peônia, uma flor do
Oriente, representa o Paraíso; a rosa-silvestre simboliza o sofrimento; os íris, com
suas pétalas agudas como lâminas, simbolizam a dor de Maria; as margaridas, sua
inocência. Os dois pássaros (pegas) devem ser uma alusão à morte.
Jan van Eyck. Retrato do casal Arnolfini. 1434. Óleo sobre
madeira; 82 x 60cm. Londres, National Gallery
Jan van Eyck. Retrato do casal
Arnolfini (detalhe) 1434. Óleo sobre
madeira; 82 x 60 cm. Londres,
National Gallery
Jan van Eyck. Retrato do casal Arnolfini. (det) 1434.. Londres, National Gallery
FIDES LEVATA FIDES MANUALIS

Na leitura de Panofsky, antes de o Concílio de Trento condenar o casamento clandestino, era possível que duas pessoas
"contraíssem um matrimônio perfeitamente válido e legítimo quando e onde quisessem, sem nenhuma testemunha e
independentemente de qualquer rito eclesiástico, desde que a condição essencial de um consentimento mútuo expresso por
palavras e ações fosse cumprida. “Pois, de acordo com a lei canônica", prossegue Panofsky, "o casamento era concluído com
um juramento, e esse juramento (fides) implicava duas ações: a de juntar as mãos (fides manualis) e por parte do noivo, a de
levantar o antebraço (fides levata, gesto ainda mantido por nosso procedimento legal).“
In HALL, Edwin. The Arnolfini Betrothal – Medieval marriage and the enigma of Van Eyck’s double portrait.
[1] Fragmento de sarcófago romano, c. 200 d.C. Roma, Palazzo Giustiniani. Pietro Santi Bartoli, Admiranda romanarum antiquitatum
ac veteris sculpturae vestigia, Roma, 1693, ill. 56. Ann Arbor, Special Collections Library, University of Michigan; [2] Sarcófago de um
general romano (detalhe), segunda metade do séc. II d.C. Mântua, Palazzo Ducale.
[1] Hugo van der Goes
(1435/40-1482). Queda
do Homem. Díptico de
Viena. 1477. óleo sobre
madeira; 32,3 × 21,9 cm.
Viena, Kunsthistorisches
Museum.

[2] Jan van Eyck. Eva,


detalhe da aba direita do
Retábulo de Ghent,
aberto.1432. Ghent,
catedral de São Bavo.

[3] Casal. Anônimo sul-


alemão. c.1470. Óleo
sobre madeira; 62.3 x
36.5 cm. Cleveland
Museum of Art
Jan van Eyck. Retrato do
casal Arnolfini (detalhe) 1434.
Óleo sobre madeira; 82 x 60
cm. Londres, National Gallery
Jan van Eyck. Retrato do casal
Arnolfini (detalhe) 1434. Óleo
sobre madeira; 82 x 60 cm.
Londres, National Gallery
Jan van Eyck. Retrato
do casal Arnolfini,
detalhes dos tamancos.
1434.
Jan van Eyck. Retrato do casal
Arnolfini. (det) 1434. Óleo sobre
madeira; 82 x 60 cm. Londres,
National Gallery
Jan van Eyck. Retrato do casal
Arnolfini (detalhe) 1434. Óleo sobre
madeira; 82 x 60 cm. Londres,
National Gallery
Jan van Eyck. Retrato do casal Arnolfini
(detalhe) 1434. Óleo sobre madeira; 82 x
60 cm. Londres, National Gallery
Jan van Eyck. Retrato do casal
Arnolfini. (det)1434. Óleo sobre
madeira; 82x60cm. Londres,
National Gallery
Hugo Van der Goes (1440-1482). Tríptico Portinari. 1476-1479. óleo sobre madeira; 253 x 586 cm.
Florença, Galleria degli Uffizi.
Hugo Van der Goes (1440-1482).
Tríptico Portinari, painel central.
1476-1479. óleo sobre madeira; 253
x 304 cm. Florença, Galleria degli
Uffizi.

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