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Autor: Clodion
Autor : Bouchardon
nos temas profanos, valorizaram-se os aspetos pitorescos ou frívolos e íntimos do quotidiano,
com gestos galantes e requintados e em atitudes de rebuscada graciosidade.
na estatuária religiosa, restrita, neste estilo, quase só à Alemanha, sublinha-se o
contraste entre o tema, de natureza sagrada (figuras de santos) e a forma, em
requebros sinuosos, com roupagens luxuosas e maneirismos galantes. Veja-se a
obra São Korbiniano, do escultora alemão Franz Ignaz Günther (1725-1775).
Em Itália salientaram-se: Giacomo Serpotta (1652-1793) que às marcas do Barroco
romano juntou formalmente o rococó.
e Filippo della Valle (1697-1768) conhecido pelo alto-relevo de A
Anunciação, na Igreja de Santo Inácio, em Roma
Na Espanha a obra mais carismática entre o Barroco e o Rococó foi o retábulo Transparente da
Catedral de Toledo, de Narciso Tomé (1690-1742)
A arte do Rococó reflete uma nova maneira de sentir e viver a arte – a da Arte pela Arte – que
jamais deixaria de subsistir até aos dias de hoje.
Em suma...
A escultura rococó:
o Tem novos cânones estéticos. Continuando a apreciar e a acentuar as linhas curvas e as
contracurvas, os escultores do Rococó tornaram-nas, todavia, mais delicadas e fluidas,
organizadas em estilizados esses (S), em expressivos ces (C) ou ainda em contracurvados
duplos.
a escultura decorativa, parte integrante da arquitetura, pois cobria quase todas as estruturas
construídas com rebuscados e movimentados relevos de inspiração naturalista;
a madeira, a argila, o estuque e o gesso (estes dois últimos muito usados na decoração mural
dos interiores, principalmente em Itália) e a porcelana. Este foi o material mais usado na
produção de pequenas esculturas, ornamentais e divertidas, que ganharam tal popularidade
que, breve, se transformaram numa autêntica indústria de artesanato decorativo, sofisticado e
caro, destinado às cortes e à clientela aristocrática. Por isso, a porcelana biscuit tornou-se “o
verdadeiro e inato material do Rococó”.
A frivolidade dos temas acentuou-se porque:
O Banho de Diana
A Toilette
Madame Pompadour A filha do pintor
A modista
Educação sentimental
A odalisca
Jean-Honoré Fragonard (1732-1806), de pincelada rápida e
espontânea que pintou o amor e a alegria de viver em representações
onde aparecem, frequentemente, figuras femininas. A sua
sensibilidade apurada é revelada, também, na forma dinâmica e
emotiva como aplica a cor. A segunda fase da sua vida, marcada pela
Revolução Francesa, revela-nos uma sensibilidade moderna e uma
expressão técnico-formal avant la lettre, nomeadamente como
retratista em Diderot.
Cavalo de cartas
Castelo de cartas
A lição
Descascando batatas
Bolas de sabão
A chávena de chá
Voltando do mercado
Em Itália predomina a decoração interior e a pintura decorativa mural a fresco. Nesta área, o artista que
sobressai, em Itália, é Giambattista Tiepolo (1696-1770) em cuja pintura as cores claras e límpidas e o
brilho colorido é de tradição veneziana. A exuberância e a alegria da composição aliam-se a uma
imaginação rica e a um talento particular na expressão visual, típica de uma arte palaciana. Famoso
fresquista, este artista trabalhou também na Alemanha e em Espanha, onde deixou obras assinaláveis
nestes países.
A Basílica de São
Marcos e o Palácio
Ducal
O palácio Ducal, em Veneza
O arco de Constantino em Roma
Warwick castel
A cidade do Tamisa
E Francesco Guardi (1712-1793) conhecido pelos seus caprichos
líricos, paisagens imaginárias onde se mistura o real e o surreal. Nas
suas obras, a arquitetura é fantasia e a cor e luminosidade que a
envolvem são delicadamente etéreas e quase impressionistas.
A festa da Ascensão
Concerto de gala em Veneza
Paisagem veneziana e o Rio dos mercadores
Na Suécia e na Inglaterra, o Rococó reflete-se estritamente na
decoração de interiores e nas artes decorativas. Na Inglaterra ressalta
também a pintura rococó que, apesar da influência de Watteau e de
Fragonard, atingiu um desenvolvimento próprio no retrato, na
apresentação de animais e crianças, na caricatura, na pintura social e
na paisagem. Deste período destacamos os seguintes artistas:
William Hogarth (1697-1764), que cultivou a beleza do rococó quer
na forma harmoniosa das suas figuras, quer na valorização das
ambiências; as suas caricaturas são também abundantes.
A Carta
O areal de Bilbao
Carlos III jantando perante a corte
Preparando o baile de máscaras em elegante companhia