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II.

Filosofia da ciência
2. Os problemas da evolução e da objetividade do
conhecimento científico
A resposta historicista
de Thomas Kuhn e
Críticas à teoria de
Kuhn

II. Filosofia da ciência


2. Os problemas da evolução e da objetividade do
conhecimento científico
2. Os problemas da evolução e da objetividade

Aprendizagens Essenciais
 Clarificar os conceitos nucleares, as
teses e os argumentos da teoria de
Kuhn enquanto respostas aos
problemas da evolução e da
objetividade do conhecimento.

Pormenor de uma carta manuscrita por Albert


Einstein com a sua famosa equação E=mc2.
2. Os problemas da evolução e da objetividade

A resposta historicista de Thomas Kuhn


THOMAS KUHN
(1922-1996)
Físico, historiador e filósofo estado-
unidense. Com formação inicial em física,
depois da Segunda Guerra Mundial dedica-
se à história da ciência e, por fim, à filosofia
da ciência. A Estrutura das Revoluções
Científicas é a sua obra mais notável e uma
das mais citadas e discutidas na segunda
metade do século XX.
2. Os problemas da evolução e da objetividade

A resposta historicista de Thomas Kuhn

• Tal como Popper, Kuhn foi um crítico das teorias


indutivistas e da sua perspetiva de progresso na ciência,
mas foi-o também de Popper e do falsificacionismo.
• Um dos pontos centrais da sua teoria é a importância que
atribui ao caráter revolucionário da mudança em ciência
(analogia com as revoluções políticas).
2. Os problemas da evolução e da objetividade

A resposta historicista de Thomas Kuhn

• Uma revolução científica supõe, para Kuhn, o abandono


de uma estrutura teórica e prática (a que chama
paradigma), isto é, de um certo modo de ver o mundo e
de praticar ciência, que é substituída por uma outra
incompatível e incomparável com ela.
• O termo revolução é usado por analogia com a história
política e sugere descontinuidade entre paradigmas.
2. Os problemas da evolução e da objetividade

A resposta historicista de Thomas Kuhn

• Para Kuhn, as revoluções científicas são episódios


relativamente raros na história da ciência.
• Contudo, são elas que explicam as mudanças no
conhecimento científico, a descontinuidade que marca a
transição entre teorias e as transformações em ciência.
2. Os problemas da evolução e da objetividade

A resposta historicista de Thomas Kuhn


Noções nucleares

Ciência
Pré-ciência Paradigma
normal

Comunidade
Anomalias Crise
científica

Ciência Revolução
extraordinária científica
2. Os problemas da evolução e da objetividade

A resposta historicista de Thomas Kuhn

• A partir do momento em que um novo paradigma se


impõe, a ciência entra num processo cíclico de mudança
em que se alternam três fases: fase normal, fase crítica e
fase revolucionária.
2. Os problemas da evolução e da objetividade

A resposta historicista de Thomas Kuhn


Fase normal Fase crítica Fase revolucionária
- Paradigma - Anomalias - Batalha entre
- Comunidade científica - Crise paradigmas rivais
- Ciência normal - Ciência extraordinária - Mudança de paradigma

Fase normal
- Paradigma
- Comunidade científica
- Ciência normal
2. Os problemas da evolução e da objetividade

A resposta historicista de Thomas Kuhn

Velho Novo
paradigma paradigma

Incomensurabilidad
e
2. Os problemas da evolução e da objetividade

A resposta historicista de Thomas Kuhn


• Os cientistas que aderem a cada um
dos paradigmas em conflito – o
antigo e o novo paradigma –
possuem diferentes visões do
mundo.
• Olham para a mesma realidade, do
mesmo ponto e da mesma direção
mas veem mundos diferentes.
2. Os problemas da evolução e da objetividade

A resposta historicista de Thomas Kuhn

Há progresso em ciência?
• Não. Apenas dentro de um mesmo paradigma e da ciência
normal há progresso cumulativo. Entre si, os paradigmas
são incomensuráveis. O novo paradigma e o velho
paradigma são incomparáveis. O desenvolvimento da
ciência não se faz no sentido evolutivo de uma
aproximação progressiva à verdade. Toda a mudança
implica descontinuidade.
2. Os problemas da evolução e da objetividade

A resposta historicista de Thomas Kuhn

A ciência é objetiva?
• Não. A adesão dos cientistas a um dado paradigma ou
modelo é comparável a um ato de fé ou a uma conversão
religiosa. Os fatores psicológicos, políticos, económicos,
sociais e culturais são decisivos na escolha entre teorias
rivais.
2. Os problemas da evolução e da objetividade

Críticas à perspetiva de Kuhn

Relativismo
• Por um lado, Kuhn foi acusado de defender uma forma de
relativismo, porque a sua tese da incomensurabilidade e o
pressuposto da descontinuidade entre paradigmas nos
impedem de falar, de acordo com o próprio, de
aproximação à verdade e de teorias melhores e teorias
piores.
2. Os problemas da evolução e da objetividade

Críticas à perspetiva de Kuhn

Irracionalismo
• Por um lado, Kuhn foi acusado de defender uma forma de
relativismo, porque a sua tese da incomensurabilidade e o
pressuposto da descontinuidade entre paradigmas nos
impedem de falar, de acordo com o próprio, de
aproximação à verdade e de teorias melhores e teorias
piores.
2. Os problemas da evolução e da objetividade
2. Os problemas da evolução e da objetividade

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