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ROCOCÓ

ROCOCÓ
ARTE - SLIDE 010
SEGUNDO ANO DO ENSINO MÉDIO
ROCOCÓ
O termo rococó forma da palavra francesa rocaille, que significa
"concha", associado a certas fórmulas decorativas e ornamentais
como por exemplo a técnica de incrustação de conchas e pedaços
de vidro, usados na decoração de grutas artificiais. Foi muitas vezes
alvo de apreciações estéticas pejorativas. Foi um movimento estético
que floresceu na Europa entre o início e o fim do século XVIII,
migrando para a América e sobrevivendo em algumas regiões até
meados do século XIX. O Rococó nasceu em Paris em torno da
década de 1720 e perdurou até aproximadamente 1770 como uma
reação da aristocracia francesa contra o Barroco suntuoso,
palaciano e solene praticado no período de Luís XIV.
ROCOCÓ
Caracterizou-se acima de tudo por sua índole hedonista e
aristocrática, manifesta em delicadeza, elegância, sensualidade e
graça, e na preferência por temas leves e sentimentais, onde a linha
curva, as cores claras e a simetria tinham um papel fundamental na
composição da obra. Da França, onde assumiu sua feição mais
típica e onde mais tarde foi reconhecido como patrimônio nacional,
o Rococó logo se difundiu pela Europa, mas alterando
significativamente seus propósitos e mantendo do modelo francês
apenas a forma externa, com importantes centros de cultivo na
Alemanha, Inglaterra, Áustria e Itália, com alguma representação
também em outros locais, como a Península Ibérica, os países eslavos
e nórdicos, chegando até mesmo às Américas.
HISTÓRIA DO ROCOCÓ
O rococó é um movimento artístico europeu, que aparece
primeiramente na França, entre o barroco e o Arcadismo. Visto por
muitos como a variação "profana" do barroco, surge a partir do
momento em que o Barroco se liberta da temática religiosa e
começa a incidir-se na arquitetura de palácios civis, por exemplo.
Literalmente, o rococó é o barroco levado ao exagero de
decoração.
No âmbito da história das formas e expressões artísticas, o Século das
Luzes começou ainda sob o signo do Barroco. Quando terminou, a
gramática estilística do Neoclassicismo dominava a criação dos
artistas. Entre ambos, existiu o Rococó.
HISTÓRIA DO ROCOCÓ

Na ourivesaria, no mobiliário, na pintura ou na decoração dos


interiores dos hotéis parisienses da aristocracia, encontram-se os
elementos que caracterizam o Rococó: as linhas curvas, delicadas e
fluídas, as cores suaves, o caráter lúdico e mundano dos retratos e
das festas galantes, em que os pintores representaram os costumes e
as atitudes de uma sociedade em busca da felicidade, da alegria de
viver, dos prazeres sensuais.
O Rococó é também conhecido como o "estilo da luz" devido aos
seus edifícios com amplas aberturas e sua relação com o século XVIII.
HISTÓRIA DO ROCOCÓ
Em Portugal aparece na numismática a cerca de 1726 e prolongou-se
até 1790 nos principais domínios artísticos. Na corte e no Sul do país
desaparece mais cedo, dando lugar ao neoclassicismo. É nas províncias
do Norte, particularmente Noroeste, que se encontra a versão mais
original do património artístico rococó metropolitano, graças à talha
dourada de formas «gordas» de certas igrejas do Porto, Braga,
Guimarães, etc., executada por notáveis artistas na segunda metade
do século XVIII (Fr. José de Santo António Vilaça, Francisco Pereira
Campanhã, etc.) e na escultura ganítica, que decora numerosos
edifícios religiosos e profanos na área: igreja da Ordem Terceira do
Carmo (1758-68) por José Figueiredo Seixas, Capela do Terço (1756-75);
em Viana do Castelo, a capela dos Malheiros Reimões, etc.
HISTÓRIA DO ROCOCÓ

Os pintores mais representativos foram François Boucher, Antoine


Watteau e Jean-Honoré Fragonard. No Brasil o estilo revelou-se
tardiamente, pois já no início do século XIX, na escultura de madeira
e de «pedra-sabão», na pintura mural e na arquitetura, com José
Pereira Arouca, Francisco Xavier de Brito, Manuel da Costa Ataíde e
António Francisco Lisboa, o Aleijadinho.
CARACTERÍSTICAS DO ROCOCÓ
• Cores claras;
• Tons pastel e dourados;
• Representação da vida profana da aristocracia;
• Representação de Alegorias;
• Estilo decorativo;
• Possui leveza na estrutura das construções;
• Unificação do espaço interno, com maior graça e intimidade;
• Texturas suaves;
• Hedonismo;
• Uso de temas relacionado a vida cotidiana e a sexualidade.
MÚSICA DO PERÍODO ROCOCÓ

O estilo de música utilizada no rococó é de difícil definição. É


caracterizado por sarabandas, gigas, minuetos e outras galanterias.
Um dos compositores deste estilo é Johann Christian Bach, filho mais
novo de Johann Sebastian Bach.
ARQUITETURA ROCOCÓ

Fonte e fachada Palácio Real de Queluz, 1747-1807


ARQUITETURA ROCOCÓ

Pormenor Palácio Real de Queluz


ARQUITETURA ROCOCÓ

Interior do Palácio Real de Queluz


ESCULTURA ROCOCÓ

Devido ao grande desenvolvimento decorativo, a escultura ganha


importância. Os escultores do rococó abandonam totalmente as
linhas do barroco. As suas esculturas são de tamanho menor. Embora
usem o mármore, preferem o gesso e a madeira, que aceitam cores
mais suaves. Os motivos são escolhidos em função da decoração.
Até artistas famosos, principalmente ligados a manufactura de Sèvres
apressam-se a preparar, desenhos e modelos. Em função de
lembrança, do souvenir, os pequenos grupos representam cenas de
gênero e narram, com linguagem espontânea e cores luminosas,
episódios galantes, brincadeiras e jogos infantis.
ESCULTURA ROCOCÓ

escultura Palácio Real de Queluz


PINTURA ROCOCÓ

A pintura do Rococó divide-se em dois campos nitidamente


diferenciados. Um deles forma um documento visual intimista e
despreocupado do modo de vida e da concepção de mundo das
elites europeias do século XVIII, e o outro, adaptando elementos
constituintes do estilo à decoração monumental de igrejas e
palácios, serviu como meio de glorificação da fé e do poder civil.
Apesar de seu valor como obra de arte autônoma, a pintura rococó
era concebida muitas vezes como parte integrante de uma
concepção global de decoração de interiores.
PINTURA ROCOCÓ

Começou a ser criticada a partir de meados do século XVIII, com a


ascensão dos ideais iluministas, neoclássicos e burgueses,
sobrevivendo até a Revolução Francesa, quando então caiu em
descrédito completo, acusada de superficial, frívola, imoral e
puramente decorativa. A partir da década de 1830, voltou a ser
reconhecida como testemunho importante de uma determinada
fase da cultura européia e do estilo de vida de um estrato social
específico, e como um bem valioso por seu mérito artístico único e
próprio, onde se levantam questões sobre estética que floresceriam
mais tarde e se tornariam centrais para a arte moderna.
PINTURA ROCOCÓ

Fragonard, O Balanço
PINTURA ROCOCÓ

Fragonard, A leitora
PINTURA ROCOCÓ

Watteau, Embarque para Citera


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BOZZANO, Hugo [et.al]. Arte em interação. Volume Único.


São Paulo: IBEP, 2013.
CHIPP, H.B. Teorias da Arte Moderna. Volume Único. São
Paulo: Martins Fontes, 1993
GOMBRICH, E.H. A história da Arte. Rio de Janeiro: Editora
Guanabara, 1978.

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