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Memória de Arquitetura

Universidade Católica de Moçambique

Faculdade de Engenharia

Curso: Engenharia Civil

2o Ano - 2o Semestre

Cadeira: Desenho assistido por computador AutoCad

Tema: Projecto de Moradia Unifamiliar de 2 Pisos

Discente:

Jacinto Juma Simba

Docente:

Engo: John Jannie

Chimoio aos 29 de Novembro de 2021

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MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

1. Introdução
A presente memória descritiva refere-se ao Projecto de Construção de uma Moradia
Unifamiliar do Tipo 4, Bairro – 2, Cidade de Chimoio, – Província de Manica, Talhão nº
H.243, com uma área de 600m2 , pertencente a Sr. Jacinto Simba.

Sendo com as seguintes divisões:


Pavimento Térreo
 Uma sala Estar;
 Uma Cozinha;
 Uma Sala de Refeições
 Duas Circulação;
 Área de Serviço
 Uma suite master;
 Um WC Comum;
 Garagem
Pavimento Superior
 Uma sala de Estar;
 Um WC comum;
 Uma circulação;
 Três quartos;
 Uma Explanada;
 Circulação
 Duas Varandas

CONCEITO ARQUITECTÓNICO
O projecto de arquitectura reveste-se de simplicidade na composição, seguindo uma linha
marcadamente moderna.

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3. NORMAS CONSTRUTIVAS
Para o presente projecto se teve em conta o Regulamento Geral de Edificações Urbanas.
As normas construtivas específicas param habitação e em particular às que normam em
Boletim da República a construção de habitações foram atentamente seguidas.

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1. TRABALHOS PRELIMINARES
1.1. LIMPEZA DO TERRENO DE CONSTRUÇÃO
Limpeza do local destinado a construção, até 1,5 metros fora das fundações de todos os
entulhos, arbustos e capins, procedendo em seguida à regularização do terreno até atingir
os níveis indicados no projecto.

1.2. IMPLANTAÇÃO DA OBRA


A demarcação das partes de obra a construir será feita com ajuda de teodolito ou fita
métrica e tomando como base a planta geral de implantação e as medidas nelas contidas.

1.3. CONSTRUÇÃO DO CANGALHO


Construção de estrutura auxiliar de madeira periférica e exterior aos caboucos para
demarcação de eixos de alvenaria, fundações e marcação de cotas de projecto.

2. MOVIMENTO DE TERRAS
2.1. ESCAVAÇÃO DE CABOUCOS PARA FUNDAÇÕES
As fundações serão abertas até a profundidade de 50cm no mínimo. Dever-se-á tomar
medidas para proteger as encostas e paredes das fundações para evitar o desabamento dos
solos.

2.2. REGAR E COMPACTAR A MAÇO O LEITO DOS CABOUCOS E


PAVIMENTOS

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O leito de fundações e pavimentos será compactado a maço manual após regularização


com areia inerte lavada.
2.3. ATERRO DAS FUNDAÇÕES COM SOLOS LIMPOS REGADOS E
BATIDOS
O leito das fundações será regularizado com a colocação e espalhamento de uma camada
de aterro de areia limpa, com espessura de 10cm, regada e batida a maço manual ou
mecânico.

2.4. ATERRO EM CAIXAS DE PAVIMENTO COM TERRAS DE EMPRÉSTIMO


No caso de ser necessário aterrar, será feito por colocação de camadas sucessivas de solos
limpos, sendo cada camada de no máximo 15cm de espessura regada e batida a maço
manual ou mecânico. Os solos removidos dos caboucos se estiverem isentos de
impurezas e matéria orgânica/vegetais podem ser reutilizados com aprovação da
fiscalização para enchimento das caixas de pavimento.

3. FUNDAÇÕES
3.1. SAPATAS
As fundações serão realizadas em sapatas Insoladas de betão armado, com 80cm de
largura no mínimo e uma altura de 80cm, armadas com Ø10mm@0.15m para a armadura
principal e 4Ø6mm para a armadura de distribuição.

3.2. ALVENARIA DE FUNDAÇÕES


A alvenaria de fundação será composta por uma alvenaria de blocos maciços de cimento
e areia com 40*20*10 cm, assente com argamassa de cimento e areia ao traço 1:3.

3.3. PAVIMENTO
O pavimento assentará em dois substratos, sendo o substrato inferior de 10cm de
espessura de areia limpa compactada a maço e um substrato intermédio constituído por
enrocamento em pedra mediana com espessura 5cm devidamente compactada e
regularizada para mais detalhes ver os desenhos de pormenores respectivos.
4. BETÕES

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4.1. MATERIAIS
4.1.1. CIMENTO
O cimento a utilizar na obra será Portland Normal e respeitar o regulamento de recepção
deste material em obra.

4.1.2. AGREGADOS
Todos os agregados deverão cumprir com as condições de qualidade expressas nos
regulamentos.
Todos os agregados deverão ser limpos, sem poeiras terra outras impurezas ou matéria
vegetal.

4.1.3. BRITA
Deverá ser rija, não fendida, não margosa nem quebradiça, bem lavada, isenta de
materiais que afectam o cimento e ter dimensões variadas, não lamelar, de forma que,
juntamente com a areia, dê maior compacidade ao betão.

4.1.4. AREIA
Os agregados finos e areia para betões, devem ser areia do rio lavada ou areia de
britadeira. Os grãos devem ser de tamanho uniforme mas devem conter uma mistura
equilibrada de grãos finos e grossos. Antes de misturada com os agregados e brita, a areia
devem ser crivados e perfeitamente lavada.

4.1.5. ÁGUA
A água a usar na fabricação dos betões, argamassa e betonilha, será limpa, fresca, livre de
impurezas vegetais ou minerais ou qualquer outra substância em suspensão ou dissolvida.

4.2. BETÃO B15 EM PAVIMENTO TÉRREO


O pavimento térreo será em laje maciça de betão com uma espessura de 10cm, armada
com uma rede Malhasol 5mm#0.10cm que assentará sobre um substrato de
enrocamento de pedra de 5cm de espessura. Será colocada uma camada de betonilha
nivelada com ajuda de uma régua que assentará sobre os tacos/guias montados antes do

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enchimento e será nela onde vai assentar o parqué ou outro material a decidir e de
preferência material de boa qualidade e devidamente seleccionado para o pavimento.

4.3. BETÃO EM VIGAS NELA EXISTENTE


A cota indicada nos desenhos correrá em vigas de secção ajustada à dimensão das
paredes, executada em betão B15, armada segundo os desenhos de estrutura.

4.4. BETÃO B15 EM PILARES, VIGAS E LAJES


O edifício será em estrutura convencional de pilares e pórticos com lajes. As vigas terão
secção de acordo com os desenhos. A espessura da laje será de 10cm armada segundo os
desenhos de estrutura.

5. SERRALHARIA
AÇO MACIÇO A235
Todo o aço a usar deverá suportar tensões de segurança estabelecidos como mínimas, no
regulamento de estruturas de aço para edifícios, em vigor em Moçambique, não podendo
ter características resistentes às do aço A235.

6. ALVENARIAS EM BLOCOS DE ARGAMASSA DE CIMENTO E AREIA NAS


ESPESSURAS INDICADAS NO PROJECTO
As paredes serão construídas segundo as dimensões do projecto em blocos de argamassa
de cimento e areia de 100 ou 150 mm, conforme indicações do projecto. Será assente
com juntas contra fiadas com argamassa de cimento e areia ao traço 1:4. O bloco deverá
ser assente com juntas de 15 mm de espessura máxima, e alinhado verticalmente apesar
do contra - fiamento.

7. COBERTURA
7.1. MATERIAL
O material de cobertura será de chapas onduladas do tipo IBR de 60mm com canulares
trapezoidais e lacradas em duas faces, assentes em estruturas de madeira devidamente
tratado a creosole, Incluindo o material necessário para afixação do mesmo.

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8. CARPINTARIAS
8.1. MADEIRAS
Serão utilizadas para caixilharia madeira de chanfuta, umbila ou outra de qualidade
reconhecida.

8.1.1. QUALIDADE
Todas as madeiras a empregar na obra serão de boa qualidade, bem secas, sem nós,
borne, empenos, ou outros defeitos e serão serradas, bem esquadriadas, nos
comprimentos necessários, e nas dimensões que permitam o acabamento para as
dimensões dos pormenores.

8.1.2. TRATAMENTO DA MADEIRA


Toda a madeira empregue na obra, deverá ser devidamente tratada contra o ataque de
insectos e fungos, através de métodos aprovados.

8.2.1. PORTAS E JANELAS DE MADEIRA


Serão em madeira de chanfuta ou outra de boa qualidade, com as dimensões indicadas
nos desenhos.

9. REVESTIMENTOS
9.1. REVESTIMENTO DE ALVENARIAS
9.1.1.REBOCO EM PARAMENTOS VERTICAIS INTERIORES E EXTERIORES
a) Reboco em argamassa de cimento e areia incluindo “chapisco” e emboço sobre
paramentos verticais independentemente da natureza destes, ao traço 1:4 para paramentos
exteriores e interiores.
9.1.2. PINTURAS
Serão aplicadas tintas da primeira qualidade apropriada aos fins a que se destinam. As
superfícies a pintar deverão ser previamente preparadas, e levarão as demãos necessárias
para que fiquem devidamente cobertas, serão aplicados os necessários e apropriados
isolantes primários.

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TINTAS DE ÁGUA
As tintas de água a aplicar serão plásticas e aplicadas em paredes interiores e exteriores.
Serão usados primários para o reboco, anti-alcalinos de tipo Plastron”.

9.2. REVESTIMENTO DE PAVIMENTO


O pavimento será realizado aplicando um revestimento a escolha do dono da obra com
espessura não superior a 5 cm.

9.3. REVESTIMENTO DE ELEMENTOS DE MADEIRA


9.3.1. Tinta de esmalte para madeira (opcional)
Será utilizado um primário de alumínio do tipo 36-41, e pelo menos duas de mão de
esmalte, sendo a segunda, sem diluição e aplicada sobre a primeira depois de passada lixa
fina.

9.4. PINTURAS – DEFINIÇÃO DAS CORES DE ACABAMENTOS


As referências das cores estão especificadas com base no catálogo da marca “Plascom -
Super acrílica PVA - POLIVIN” e “Plascom -ENAMEL”, as tintas a utilizar serão deste
tipo, ou de qualquer outra referência de igual ou superior qualidade.
9.4.1. PINTURA ESMALTE (OPCIONAL)
Em caixilharias
(1) Portas
(2) Janelas

9.4.2. AS CORES SERÃO DEFINIDAS EM OBRA


10. FERRAGENS
Todas as ferragens serão da melhor qualidade, a aprovar pelo Arquitecto, assentes com
parafusos no metal correspondente e serão lubrificadas, limpas e trabalhadas sem
empenamento.

10.1. DOBRADIÇAS

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PORTAS
Todas as portas de madeira serão equipadas com dobradiças cromadas ou de latão maciço
conforme especificado no mapa de vãos e nos desenhos de pormenores.

JANELAS DE MADEIRA
Todas as janelas de abrir, serão equipadas com dobradiças cromadas.

10.2. REGULADORES E TRANQUETAS


Todas as janelas de abrir, serão equipadas com reguladores de 300 mm que serão
escolhidos mediante amostras entregues pelo empreiteiro, e tranquetas do mesmo
material, sugere-se o material da marca union.

11. VIDROS E REDE MOSQUITEIRA


11.1. VIDRO TRANSPARENTE
Todo o vidro empregue será liso, sem defeitos e tipo “float glass”, sendo assente por
meio de massa vidraceira, seguindo as recomendações do fabricante.

11.2. REDE MOSQUITEIRA


A rede mosquiteira a aplicar em todas as janelas será de plástico, fiada e trançada sem
defeitos ou desfiamentos e será assente segundo detalhes apropriados.

13. INSTALAÇÕES DE ÁGUAS E ESGOTOS


13.1. ABASTECIMENTO DE ÁGUA
13.1.1. REDE GERAL DE ÁGUA POTÁVEL
O abastecimento de água será por meios de instalações Hidráulicas e abastecimento de
água da Fipag

13.2.2. ÁGUAS BRANCAS


As águas brancas dos lava-loiças, lavatórios e chuveiros serão drenadas para o dreno.

13.2.3. TUBAGENS

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A condução de águas residuais far-se-á por tubagem em PVC para uso no subsolo. Para
inspecção dos tubos estão previstas caixas e bocas de limpeza bem como ventilação da
rede em tubagem PVC para uso aéreo.

14. REDE ELÉCTRICA


Para rede eléctrica esta prevista uma instalação em bebida, com meios mas
cuidadosamente de protecção atendendo ser trifásica. o material eléctrico a ser empregue
deve-se aplicar dando em conta o receptor que vai ser ligado.

Em tudo não referido nesta especificação deverá ser executado de acordo com as normas
de construção e regulamentos em vigor na República de Moçambique.

15. CASOS OMISSOS


Em tudo não referido nesta especificação deverá ser executado de acordo com as normas
de construção e regulamentos em vigor na República de Moçambique.

Projectista

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