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[TÍTULO DO DOCUMENTO]

MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

PROJECTO PARA CONSTRUÇÃO DE UMA DUPLEX NA


CIDADE DE QUELIMANE

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INTRODUÇÃO

A presente memoria descritiva refere-se a construção de um Projecto para Construção


uma duplex na cidade de Quelimane, pertencente ao Sr. CHISSANO MANUEL
SOARES, Nesta memória descritiva, aborda-se os processos a seguir na execução da
obra bem como o caractere que pretende dar a este espaço habitacional.
Dados Quantitativos
 Área da propriedade: 603,50 m2

 Área de implantação da Moradia: 138,28 m2

Piso tério:
 1 Sala de Estar;
 1 Sala Refeições;
 1 Cozinha;
 1 Suite;
 3 Quartos simples;
 2 Varandas
 1 Casa de banho comum

1º Piso :
 1 Sala de Estar;
 1 Suite;
 3 Quartos simples;
 2 Varandas
 1 Casa de banho comum

II. AS NORMAS CONSTRUTIVAS

As normas construtivas especificam para habitação e em particular as que


norma no Boletim da República a construção de habitações foram
atentamente seguida

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TRABALHOS PRELIMINARES

1.1. Limpeza do Terreno de Construção


Limpeza do local destinado a construção, ate 10 metros fora das fundações de todos
os entulhos, arbustos e capins, procedendo em seguida a regularização do tereno ate
atingir os níveis indicados no projecto.
1.2.IMPLANTAÇÃO DA OBRA
Demarcação das parte das obras a construir será feita com ajuda de teodolito ou fita
métrica e tomando como base a planta geral de implantação e as medidas nelas
contidas.

1.3. Construção do Cangalho

Construção da estrutura auxiliar de madeira periférica e exterior aos caboucos para demarcação de
eixos de alvenaria, fundações e marcação de cotas de projecto.

2. MOVIMENTO DE TERRAS

2.1. Escavação de Caboucos para Fundações


As fundações serão abertas conforme, até a profundidade indicada no projecto com o
mínimo de 60 cm e será importante proteger as encostas e paredes das fundações
para evitar o desabamento dos solos.

2.2. Regar e bater amaço o leito dos caboucos e pavimentos

O leito de fundações e pavimento será compactado a maço manual após regularização


com areia e inerte lavada.
2.3.Aterro das fundações com solos limpos regados e batidos
O leito das fundações será regularizado com a colocação e espalhamento de uma
camada de aterro de areia limpa, com espessura indicada no projecto, regada e batida
a maço manual ou mecânico.
2.4.Aterro em caixas de pavimento com terra de empréstimo

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No caso de ser necessário aterrar, será feito por colocação de camadas sucessivas de
solos limpos, sendo cada camada de no máximo 30 cm de espessura regada e batida a
maço manual ou mecânico. O solo removidos dos caboucos se estiverem isentos de
impurezas e matéria orgânica/vegetal podem ser reutilizados com aprovação de
fiscalização para enchimento das caixas de pavimento
3. FUNDAÇÕES

3.2.Alvenaria de Fundações
Alvenaria de fundação será composta por sapatas corridas, cuja nele serão uma
alvenaria de Betão Ciclópico, assente com argamassa de cimento/areia ao traço 1:4.

3.3.Pavimentos
Pavimento térreo assentara em dois substratos, sendo o substrato inferior de 10cm de
espessura de areia limpa compactada a maço e um substrato intermédio por
enrocamento em pedra mediana com espessura de 5cm devidamente compactada e
regularizada para mais detalhes ver os desenhos por menores respectivos.

4. BETÃO
4.1. Materiais
4.1.1. Cimento
O cimento ao utilizar na obra será Portland Normal e respeitar o regulamento de
recepção deste material em obra.

4.1.2. Agregados
Todos os agregados deverão cumprir com as condições de qualidade expressas nos
regulamentos e ser limpos, sem poeiras terra, impurezas ou matérias vegetal.
4.1.3. Brita

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Devera ser rija, não fendidas, não margosas nem quebradiça, bem lavada, isenta de
materiais que afectam o cimento e ter dimensões variadas, não lamelar, de forma que,
juntamente com a areia, de maior compatibilidade ao betão.

4.1.4. Areia
Agregados finos e areias para betões, devem ser areia do rio lavado ou areia de
britadeira. Os grãos devem ser de tamanho uniforme mas deve conter uma mistura
equilibradas de grãos finos e grossos, antes de misturadas com agregados e britas, a
areia deve ser crivada e perfeitamente lavada.

4.1.5.Água
A água a usar na fabricação de betões, argamassa e betonilha, será limpa, fresca, livre
de impurezas vegetais ou minerais ou qualquer outra substância em suspensão ou
dissolvida.

4.2.Betão/betonilha, em pavimento

Esta camada de betonilha será nivelada com ajuda de uma régua que assentará sobre
os tacos/guias montados de enchimento e será nela onde vai assentar o mosaico
cerâmico ou outro material a decidir e de preferência material de boa qualidade e
devidamente seleccionado para o pavimento.

4.3. Betão em viga de coroamento

A cota indicada nos desenhos correrá uma viga de coroamento de selecção de a


justada à dimensão das paredes. Executadas B20, armada segundo os desenhos de
estruturas.

5. SERRALHARIA

5.1. AÇO MACIO

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Todo aço devera suportar tensões de segurança estabelecidos como mínimas, no


regulamento de estruturas de aço para edifícios, em vigor em Moçambique.

6. ALVERNARIAS EM BLOCO DE CIMENTO/AREIA NAS ESPESSURAS


INDICADAS NO PROJECTO

As paredes serão construídas segundo as dimensões do projecto em bloco de areia e


cimento de 200mm, conforme indicações do projecto. O bloco será assente com juntas
contra fiadas e será bem demolhado antes de ser assente. Bloco será assente com
juntas de 15mm de espessura, máxima, alinhado verticalmente apesar de
contrafiamento.

7. COBERTURA

7.1. MATERIAL
O material de cobertura será em telhas IBR e Betão Armado assente segundo as
especificações do fabricante.

8. CARPINTARIAS
8.1. Madeiras

Serão utilizadas para caixilharia madeira de chanfuta, umbila ou outra de qualidade


reconhecida.
8.2. Qualidade

Todas as madeiras a empregar na obra serão de boa qualidade, bem secas, sem nós,
borne, empenos, ou outros defeitos e serão serradas, bem esquadradas, nos
cumprimentos necessários, e nas dimensões que permitam o acabamento para as
dimensões dos pormenores.
8.1.2. Tratamento da Madeira

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Toda a madeira empregue na obra, deverá ser devidamente tratada contra o ataque de
insectos e fungos, através de métodos aprovados.

8.2.1. Portas E Janelas De Madeira

Serão em madeira de chanfuta, com as dimensões indicadas nos desenhos.

9. REVESTIMENTOS

9.1 Revestimento de Alvenarias

Reboco em argamassa de cimento e areia incluindo “chapisco” e emboço sobre


parâmetros verticais ao traço 1:4.

9.1.2 PINTURAS
As tintas de água a aplicar serão plásticas e aplicadas em parede interiores e
exteriores. Serão usados primários para o reboco, antialcalinos.

9.1.4 Azulejo vidrado

Na cozinha e na casa de Banho a altura de 2.8m será aplicada azulejo cerâmico


vidrado de cor branca de 5mm de espessura e 150x150mm de lado, seleccionado e de
primeira qualidade, uniformes na cor e aresta.

9.2 Revestimento de pavimento

O pavimento será realizado aplicando um revestimento a escolha do dono da obra com


espessura não superior a 5cm.

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9.4. Revestimento de elementos de madeira

9.4.1 Tinta de esmalte para madeira (opcional) Será utilizado um primário de alumínio,
e pelo menos duas de mão de esmalte, sendo a segunda, sem diluição e aplicada
sobre a primeira depois de passada lixa fina.

9.5.1 Pintura esmalte (opcional)

Em caixilharia (1) Portas(2) Janelas(3) Armário

9.5.2 As cores serão definidas em obra

Serão aplicadas tintas da primeira qualidade apropriada aos fins a que se destinam. As
superfícies a pintar deverão ser previamente preparadas, e levarão as demãos
necessárias para que fiquem devidamente cobertas, serão aplicados os necessários e
apropriados isolantes primários.

10. FERRAGENS
Todas ferragens serão de melhor qualidade, a provar pelo arquitecto, assentes com
parafusos no metal correspondentes e serão lubrificadas, limpas e trabalhadas sem
empenamento.

10.1.Dobradiças

10.1.1

Portas Todas portas de madeira serão equipadas com dobradiça cromadas ou de latão
maciço conforme especificado nos desenhos.

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10.1.2 Janelas de Madeira

Todas janelas de abrir, serão equipadas com reguladores de 300mm que serão
escolhidos mediante amostras entregues pelo empreiteiro, e tranquetas do mesmo
material, sugere-se o material da marca union.

10.3 Toalheiro, cabides

Os toalheiros e cabides aplicados na casa de banho serão escolhidos mediante


amostras entregues pelo empreiteiro.

11.1 Vidros Transparentes

Todo o vidro empregue será liso sem defeito e tipo “float glass” sendo assente por meio
de massa vidraceira, segundo as recomendações do fabricante.

11.2 Rede Mosquiteira


A rede mosquiteira a aplicar em todas as janelas será de plástico fiada e traçada sem
defeito ou desfiamentos e será assente sengundo os detalhes apropriados.

12. Equipamentos

12.1 Banca lava-loiça na cozinha

Fornecimento e assentamento de lava-loiça em chapa inox, fixa na alvenaria.

13. INSTALAÇÕES DE ÁGUA E ESGOTOS

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13.1 Abastecimento de água

13.1.1 Rede geral de água potável

O abastecimento de água realizar-se-á a partir de rede urbana de água nas


proximidades da parcela.

13.1.2 Rede de distribuição


A rede exterior será executada por tubos de ferro galvanizado enterrados no solo e a
rede interior será aplicada dentro da alvenaria.
O tipo de dispositivo sanitário ira determinar os níveis das saídas. Nas entradas das
casas de banho e cozinha estão previstas torneiras de passagem.

13.2. Rede de Esgotos


Para o escoamento das águas negras e águas brancas estão previstos sistemas
separados.
13.2.1 Águas negras
As águas negras serão depuradas por fossa séptica. As águas depois de filtradas pela
fossa drenarão para o poço perdido (dreno).
13.2.2 Águas Brancas

As águas brancas dos lava-loiças, lavatórios e chuveiros serão drenadas para o dreno.
13.2.3 Tubagens
A condução de águas residuais far-se-á por tubagem em PVC para uso no subsolo.
Para inspecção dos tubos estão previstas caixas e bocas de limpezas bem como
ventilação de redes em tubagem PVC para uso aéreo.
16. CASOS OMISSOS
Em tudo não referido nesta memória descritiva devera ser executado de acordo com as
normas de construção e regulamentos em vigor na República de Moçambique .

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MEMÓRIA DE CALCULO

presente memória, procede-se indicação do tipo e sistema de estrutura adoptada, os


processos a seguir na execução da obra, bem como o carácter que se pretende dar a
este espaço de armazenamento e ainda esclarecimento e algumas particularidades de
solicitação sobre a estrutura e apontar as exigências indicadas no projecto.

1.2 Cargas e Materiais

As cargas verticais da estrutura aplicadas neste projecto, são os pesos próprios, os


pesos dos de acabamentos e as sobre cargas correspondentes, conforme preconiza o
regulamento (RSA). Os materiais propostos para execução do projecto são:

B20

A400

Alvenaria de bloco de cimento


Os cálculos de estabilidades foram elaborados respeitando os regulamentos
mencionados no capítulo seguinte, sendo os materiais a utilizar o betão B20 e o Aço
A400. O sistema estrutural usado foi o de pórticos formados por vigas e pilares
resistentes apoiados em sapatas isoladas.
1.3 Normas e regulamentos
Para a elaboração do presente projecto foram respeitados os seguintes regulamentos:
R.G.E.U – regulamento geral das edificações urbanas;

R.S.A - regulamento de segurança e acções para estruturas de edifícios e pontes;

R.E.B.A.P - regulamento de betão armado e pré- esforçado;

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Tabelas técnicas para engenharia civil;

Tabela de cálculo de betão armado;

2. CONSTRUÇÃO

2.1 Generalidades
A construção a ser levada a cabo é do tipo moradia cujos elementos estruturais serão
em betão
armado e as fachadas serão preenchidas com alvenaria de bloco de cimento. Todas as
obras projectadas serão executadas com perfeição, segundo os preceitos da boa
técnica. Os desenhos anexos e detalhes serão aplicados com matérias adequados.
2.2. TERRENO

A implantação do edifício devera ser feita de acordo comas cotas do projecto e em


terreno constituído por solo comum, com capacidade de carga razoável, sem
problemas de compressibilidade e com nível freático a profundidades seguras. No acto
da implantação serão respeitados os afastamentos mínimos admissíveis pelas normas
de urbanização.

3. Elementos contidos no Projecto

Vigas de cobertura ou croamento

Alvenaria
Pilares
Sapatas isoladas
Lajes

ESTRUTURAS PRINCIPAIS

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O piso será constituído por uma camada de enrocamento drenante com 25mm de
espessura sobre o solo bem compactado, depois de limpo de terras vegetais e raízes
sendo, se necessário, substituído por terreno contactável.

Laje de Pavimento

No edifício, esta prevista uma laje de betão levemente armada com uma rede de
varões electrosoldados, betonada contra as vigas de fundação periféricas. A laje de
pavimento simples será em betão B20 a 100mm de espessura, sobre uma camada de
250mm de enrocamento e de 50mm de areia isenta de sujidade.

Vigas

As vigas serão rectangulares e têm, em geral as seguintes dimensões 0.20x0.20m 2 , e


serão uniformes segundo as secções desenhadas em função da acção das cargas
actuantes sobre a estrutura.
As vigas estão dispostas ao longo da periferia e segundo as paredes divisórias sempre
que necessário.

Alvenaria

A alvenaria será em bloco, executada com blocos de 20 para paredes exteriores e


interiores. O traço
para a construção dos blocos será de 1:5.

Pilares

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No edifício em causa serão executados pilares, serão quadrados e têm, em geral as
seguintes dimensões 0.20x0.20m2.

No seu dimensionamento considerou-se pilares com secções de acordo com as cargas


de solicitação a que são sujeitas; a determinação destas secções teve em
consideração as acções solicitadas e o respectivo regulamento em vigor. Para todos os
casos devera ser usado betão B20,A400.
Foi também feita a análise em relação ao fenómeno de varejamento de acordo com o REBAP.

FUNDAÇÕES

Caboucos

Serão abertos com profundidade indicada no projecto, nunca inferior a 100cm da


correspondente cota do terreno natural e largura de 100cm. O fundo dos caboucos será
bem nivelado, compactado a maço, regado e isento de substâncias orgânicas, de
forma a criar um bom leito para as fundações. Os aterros serão em camadas
sucessivas de 20cm devidamente regadas e compactadas a maço, com terras limpas
de raízes ou outras impurezas.
Sapatas

As fundações são do tipo directo, através de sapatas isoladas, dispondo-se ainda de


vigas de fundação de acordo com as peças desenhadas, por forma a garantir mais
económica e eficiência da estabilidade da estrutura.
Nos locais aonde os pilares descarregam serão executadas sapatas em betão armado
da classe B25,A400. Durante a execução das sapatas, serão deixadas armaduras de
espera a indicar que a partir daqueles pontos partirão os pilares.

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Para a tensão admissível do solo foi tomado o valor de 250 kPa, considerado para o
tipo de terreno de fundação.
Para o dimensionamento foi considerado o pilar mais solicitado, tanto para o caso das
sapatas isoladas como no caso das sapatas conjuntas e serão armadas conforme o
regulamento em vigor no país.
A ligação entre as sapatas será em blocos maciços, onde será assente a alvenaria
conforme se encontra representado nas peças desenhadas. Nos locais onde o terreno
apresenta pior qualidade, considera-se a execução de bases em solo-cimento a 10%,
como base das sapatas.
Recomendações e omissões

Durante a implementação deste projecto chama-se atenção no sentido de se


considerar sempre, todas as exigências do fabricante e fornecedores dos materiais a
serem empregadas na obra.
Relativamente ao trabalho de betão armado, é importante seguir com rigor as
especificações contidas nas especificações técnicas, dando-se especial atenção aos
ensaios laboratoriais, à vibração, de modo a reduzir quanto possível o índice de vazios
do betão no seu estado final.
Quanto às omissões, seguir-se-ão os regulamentos em vigor no país e as regras da
boa arte, aplicando-se materiais de qualidade reconhecida, métodos e práticas eficazes

Quelimane Janeiro de 2023


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(Mandela Lemos Jaime José)
Tec. Superior de Eng. Civil

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