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Projecto: CENTRO DE SAUDE TIPO II

Localização: NHAMAIABWE

CMD-CONSELHO MUNICIPAL DE DONDO

MEMÓRIA DESCRITIVA

1. Introdução
A oportunidade de intervir a esta escala faz-nos acreditar na possibilidade de contribuir para a
melhoria de qualidade dos espaços da centro de saude a partir de um sistema integrado de
edifícios e sua envolvente.
Pensamos que a proposta apresentada corresponde ao programa inicialmente definido, e
assegura uma maior integração dos edifícios dentro do conjunto edificado.

2. Generalidades.
O presente projecto obedece ao programa de uso de espaço proposto pelo CMD, e refere-se
numa primeira fase a construção de um centro de saude e que para melhor enquadramento
procura tirar proveito dos elementos da natureza (vegetação natural).
As soluções contidas no projecto foram aprovadas pelo CMD e obedecem aos requisitos
estipulados na legislação e regulamentos pertinentes.
Para certificação da sua conformidade com a Lei vai o presente processo merecer a apreciação
e aprovação das entidades competentes.

3. Localização
O presente projecto será implementado num talhão cedida a conselho municipal de dondo. O
Edifício será implantado numa parcela S/N .

A morfologia do terreno assumindo assim como sendo plano, que condicionou a implantação
do edifício em um (1) nível procurando tirar maior proveito da quebra-sois horizontais para
controlar a insolação.
4. Uso do espaço
O edifício a implantar no terreno, desenvolvem-se em uma residência tipo 4 destinados a
habitação. A relação funcional do edifício é feita a partir de percursos exteriores abertos.

5. Dados Numéricos
Edifício Principal: Por se definir
1. Centro de saude
❖ GABINETE 1 E 2.
❖ SMI/PAV
❖ TRATAMENTO
❖ CONSULTAS
❖ CORREDOR/ESPERA OU VARANDA
2. maternidade
❖ ENFERMARIA PUERPERAS
❖ SALA DE PARTO
❖ ARRUMO
❖ EXPUTGO
❖ CORREDOR/ESPERA OU VARANDA
❖ CORREDOR PRINCIPAL
3. balnearios comum (FEMENINo E MASCULINo)

6. TRABALHOS PRELIMINARES
6.1 Limpeza do terreno de construção

Limpeza do local destinado a construção, até 1 metro fora das fundações de todos os entulhos
em seguida à regularização do terreno até atingir os níveis indicados no projeto.

6.2 Implantação da obra


A demarcação das partes de obra a construir será feita com ajuda de teodolito ou fita métrica e
tomando como base a planta geral de implantação e as medidas nela contidas.
6.3 Construção do cangalho
Construção de estrutura auxiliar de madeira periférica e exterior aos caboucos para demarcação
de eixos de alvenaria, fundações e marcação de cotas de projeto obedecendo a planta de
fundações.
7. BETÕES E ARGAMASSAS
Os betões a aplicar deverão corresponder as da classe B25 (1:2:3 ou 1:2,5:4), para o armado e
simples.
As argamassas terão as seguintes dosagens:
Betonilha de regularização do pavimento, ao traço 1:3.
Assentamento de alvenarias, ao traço 1:5
Rebocos exteriores e interiores, ao traço 1:4 e 1:5 respectivamente
Rebocos de arestas, ao traço 1:3.

8. CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS A CONSTITUIR


BETÃO E ARGAMASSA
8.1. Cimento.
O cimento a utilizar na obra será do tipo portland normal e ou de outra inscrição mas de boa
qualidade, respeitando o regulamento de ressecção desse material em obras.

8.2. Agregados
Todos os agregados deverão cumprir com as condições de qualidade expressa nos
regulamentos. Eles deverão ser limpos, sem poeiras e nem detritos orgânicos ou impurezas.

8.3. Brita
Deverá ser limpa, rija, não fendida, margosa nem quebradiça, bem lavada, isenta de materiais
que afectem o cimento, e ter dimensões variadas, de forma que juntamente com areia, dê maior
conectividade ao betão.

8.4. Areia
Agregado fino (areia) para betões, deverá ser areia dos jazigos ou dos rios bem lavada. Os grãos
deverão ser de tamanhos uniformes, mas contendo uma mistura equilibrada de grãos finos e
grossos, antes de misturados com agregados e brita, a areia deverá ser crivada e perfeitamente
lavada.
8.5. Água.
A água a usar na fabricação dos betões, argamassas e betonilha deverá ser limpa e livre de
quaisquer impurezas, vegetais ou qualquer outra substância em suspensão ou dissolvida.

8.6. Cofragens.
As madeiras a aplicar deverão ser de boa qualidade e resistente. As placas de betão que forem
a se fabricar, estarão sobre uma Madeira devidamente nivelada e escorada que não deverá ser
inferior a 3½” de diâmetro e espaçado a 50cm e devidamente aprumada.
O betão a ser aplicado deverá comportar as características descritas em pontos anteriores,
executando com maior atenção, cumprindo com as normas de aplicação quanto ao transporte,
colocação e compactação.

9. MOVIMENTO DE TERRAS
9.1 Caboucos e fundações
As fundações serão abertas até a profundidade de 0.80 metro no mínimo. Deve se- á tomar
medidas para proteger as encostas e paredes das fundações para evitar o desabamento dos solos.
O leito de fundações e pavimentos será compactado a maço manual após regularização com
areia inerte lavada. O leito das fundações será regularizado com a colocação e espalhamento
de uma camada de aterro de areia limpa, com espessura de 10cm, regada e batida a maço
manual ou mecânico.

9.2 Aterros
No caso de ser necessário aterrar, será feito por colocação de camadas sucessivas de solos
limpos, sendo cada camada de no máximo 20cm de espessura regada e batida a maço manual
ou mecânico. Os solos removidos dos caboucos se estiverem isentos de impurezas e matéria
orgânica/vegetais podem ser reutilizados com aprovação da fiscalização para enchimento das
caixas de pavimento.

10. FUNDAÇÕES
10.1 Sapatas
As fundações serão realizadas em sapatas contínuas de betão armado e sapatas isoladas de
pilares, com dimensões especificadas no projecto de estrutura.
10.2 Alvenaria de fundações
A alvenaria de fundação será composta por uma alvenaria de blocos maciços ou amaciçados
de cimento e areia com 40x20x20 cm, assente com argamassa de cimento e areia ao traço 1:4.

10.3 Pavimento
O pavimento térreo assentará em dois substratos, sendo o substrato inferior de 10cm de
espessura de areia limpa compactada a maço e um substrato intermédio constituído por
enrocamento em pedra mediana com espessura 5cm devidamente compactada e regularizada.
A laje de pavimento será em betão simples, ligeiramente armada com malha de ferro electro
soldada, lançada sobre tela plástica impermeabilizante previamente estendida sobre o
enrocamento. O pavimento térreo deverá obedecer os níveis especificados na planta cotada.

11. BETÕES
11.1 Materiais
O cimento a utilizar na obra será Portland Normal e respeitar o regulamento de recepção deste
material em obra.
Todos os agregados deverão cumprir com as condições de qualidade expressas nos
regulamentos. Todos os agregados deverão ser limpos, sem poeiras terra outras impurezas
ou matéria vegetal.
A brita deverá ser rija, não fendida, não margosa nem quebradiça, bem lavada, isenta de
materiais que afectam o cimento e ter dimensões variadas, não lamelar, de forma que,
juntamente com a areia, dê maior compacidade ao betão.
A areia deve ser areia do rio lavada ou areia de britadeira. Os grãos devem ser de tamanho
uniforme mas devem conter uma mistura equilibrada de grãos finos e grossos.
Antes de misturada com os agregados e brita, a areia devem ser crivados e perfeitamente
lavada.
A água a usar na fabricação dos betões, argamassa e betonilha, será limpa, fresca, livre de
impurezas vegetais ou minerais ou qualquer outra substância em suspensão ou dissolvida. O
aço a usar será do tipo A400NR. Todos os varões de aço deverão ser isentos de zincagem, tinta,
alcatrão, argila, óleo, gordura ou ferrugem solta. Quando tal se verificar, as armaduras serão
passadas energicamente à escova metálica.
11.2 Vigas, Pilares, Lintéis
As vigas, pilares, lintéis de portas e janelas serão executadas em betão armado nas dimensões
indicadas no projecto estrutural.
Serão incluídas na obra de betão, à medida que ela prossegue e com a precisão requerida nos
desenhos, todas as tubagens e canalizações, chumbadouros e quaisquer outros elementos
previstos no projecto, não se procedendo à abertura de quaisquer roços ou aberturas, depois da
betonagem, sem que para o efeito se obtenha a devida autorização
da Fiscalização ou da dona da obra.

12. ALVENARIAS
As paredes serão construídas segundo as dimensões do projecto em blocos de argamassa de
cimento e areia de 200mm , conforme indicações do projecto. Será assente com juntas
contrafiadas com argamassa de cimento e areia ao traço 1:4. O bloco deverá ser assente com
juntas de 15 mm de espessura máxima, e alinhado verticalmente apesar do contrafiamento.

12.1. Execução de Alvenarias


O início do assentamento só será realizado após a descofragem do pavimento superior àquele
em que se assentam as alvenarias e antes das marcações das tubagens.
As superfícies de assentamento em betão serão bem limpas de poeiras ou sujidades e, se
necessário, aferroadas e lavadas a jacto de água para se apresentarem rugosas e húmidas no
início da colocação da argamassa de assentamento dos tijolos.

12.2. Abertura de Vãos/ Roços


Após a execução dos trabalhos acima referidos, proceder-se-á ao início dos trabalhos de
abertura de vão e roços devidamente indicados nos projectos de Arquitectura e Especialidades.
Finalizados estes trabalhos, serão regularizadas todas superfícies sujeitas a essas intervenções,
de acordo com o tipo de acabamento previsto.

13. ARGAMASSAS
Serão de fabrico mecânico e a quantidade de água a empregar será fixada de acordo com as
aplicações. Cada amassadura será feita só em quantidade suficiente para a sua aplicação total
e imediata. Todos os revestimentos serão executados com a máxima perfeição devendo a
superfície final ficar desempenada e isenta de saliências ou rebaixos.
A granulometria das areias será estabelecida consoante a natureza dos trabalhos a executar. Os
traços a empregar serão:

Σ EMBOÇOS HIDRÁULICOS EXTERIORES das paredes exteriores - argamassa hidráulica


de cimento e areia ao traço 1:3 hidrofugada;
Σ EMBOÇOS HIDRÁULICOS nos PARAMENTOS INTERIORES - argamassa hidráulica de
cimento e areia ao traço 1:4;
Σ REBOCO em PARAMENTOS interiores e exteriores das paredes exteriores - argamassa de
cimento, cal e areia ao traço 1:1:6 hidrofugada;
Σ Assentamento de AZULEJO - argamassa de cimento e areia ao traço 1:4;
Σ Assentamento de LADRILHO HIDRÁULICO ou CERÂMICO - argamassa hidráulica de
cimento e areia ao traço 1:4, hidrofugada com produto hidrófugo de comprovada eficácia;
Σ BETONILHAS - argamassa de cimento e areia ao traço 1:3;

14. REVESTIMENTOS
14.1 Revestimento de alvenarias
Reboco em paramentos verticais interiores e exteriores
Reboco em argamassa de cimento e areia incluindo “chapisco” e emboço sobre paramentos
verticais independentemente da natureza destes.

14.2. Pinturas
Serão aplicadas tintas da primeira qualidade apropriada aos fins a que se destinam. As
superfícies a pintar deverão ser previamente preparadas, e levarão as demãos necessárias para
que fiquem devidamente cobertas, serão aplicados os necessários e apropriados isolantes
primários.
As tintas de água a aplicar serão plásticas e aplicadas em paredes interiores e exteriores. A
aplicação das DEMÃOS de tinta, em número mínimo de três.
Todas as demãos serão dadas de modo a evitar estriações, resultando sempre um acabamento
homogéneo;
Nenhuma demão será aplicada sem que a precedente tenha secado convenientemente;
O intervalo mínimo entre a demão é de 2h;
14.3 Revestimento de pavimento
O pavimento será em grés porcelânico de 300x300mm e de 400x400mm ou parquetes de
madeira.
Antes do assentamento a superfície deve estar aprumada e nivelada para que as peças se possam
assentar correctamente. Deverá também certificar que a superfície é homogénea.
É necessário fazer um Plano de Assentamento do material. Os cortes devem ficar nas zonas
mais escondidas de modo a não se notarem tanto. Assentamento do Mosaico deve ser feito de
forma que não seja necessário cortar muito para preencher os espaços que
restam;

14.4. Pinturas em Elementos Metálicos


As tintas serão laváveis, resistentes à acção das gorduras e dos detergentes usuais;
A tinta a aplicar será própria para aplicação sobre ferro, resistente à intempérie e de qualidade
homologada por laboratório credenciado;
Em todas as superfícies a pintar, depois de bem limpas e sobre a metalização especificada no
projecto, será aplicada uma demão de primário à base de cromato de zinco (zarcão);
Aplicação das demãos de tinta, em número mínimo de três. Todas as demãos serão dadas de
modo a evitar estriações, resultando sempre um acabamento homogéneo;
Nenhuma demão será aplicada sem que a precedente tenha secado convenientemente;
Todas as demãos serão dadas de modo a evitar estriações, resultando sempre um acabamento
homogéneo;

15. COBERTURA
Será em chapas IBR de 8mm assentando com estrutura de madeira segundo o projecto.
O caimento das águas será de acordo com as peças desenhadas.

16. FERRAGENS
Todas as ferragens deverão ser aprovadas pela fiscalização ou pelo dono da Obra.
Serão assentes com parafusos no metal correspondente e serão lubrificadas, limpas e
trabalhadas sem empenamento.

16.1 Dobradiças nas portas e janelas


Todas as portas de madeira serão equipadas com dobradiças cromadas ou de latão maciço
conforme especificado no mapa de vãos e nos desenhos de pormenores.
Todas as janelas de abrir, serão equipadas com dobradiças cromadas.

16.2 Reguladores e tranquetas


Todas as janelas de abrir, serão equipadas com reguladores de 300mm que serão escolhidos
mediante amostras entregues pelo empreiteiro, e tranquetas do mesmo material.

16.3 Acessórios
Os toalheiros e cabides aplicados nas casas de banho serão escolhidos mediante amostras
disponíveis na cidade.

17. SERRALHARIA DE FERRO


17.1 Ligação e Assentamento
A ligação entre os elementos metálicos é feita por meio de chapa de ferro galvanizado com
2mm de espessura que serão soldados a um dos perfis tubulares e encaixados nas chapas de
ferro galvanizado por meio de parafusos metálicos.

17.3 Acabamentos
Todas as peças metálicas serão finalizadas com pintura a esmalte anti corosiva.
Todos os componentes em ferro e em aço, designadamente, perfis, parafusos, redes, etc., serão
metalizados. A Metalização só será efectuada depois de se realizarem as soldaduras necessárias
à execução e montagem;

18. VIDROS E REDE MOSQUITEIRA


Todo o vidro empregue nos vãos será liso, sem defeitos e tipo “float glass”, sendo assente por
encaixes de madeira. Para as balaustradas na moradia será usado vidro temperado ou
de segurança.
A rede mosquiteira a aplicar em todas as janelas será de plástico, fiada e trançada sem defeitos
ou desfiamentos e será assente segundo detalhes apropriados.

19. Abastecimento de água e esgotos


O abastecimento de água será a partir da rede pública, a partir do qual a água desce por
gravidade aos equipamentos, e aos pontos de consumo (bocas/torneiras de uso interior e
exterior) a tubagem será de hidronil 3/4.
O esgoto será feito em tubo PVC (110mm) águas negras (sanitas), separadamente, sendo águas
brancas (lavatório), águas cinzentas em tubo PVC (75mm).
Das caixas de inspecção/ caixa de visita e sempre em separado as águas negras seguirão à fossa
séptica, e se juntam depois de filtradas as água cinzentas e brancas no dreno.

19.1. Electricidade.
A instalação eléctrica destina-se a proporcionar energia eléctrica para fins de iluminação,
equipamentos informáticos, e aparelhos de frio.
20. DISPOSIÇÕES FINAIS.
Feitas as verificações conclui-se que estão respeitados os seguintes regulamentos:
• • REGEU - Regulamento Geral de Edificações Urbanas,

• • REBA - Regulamento de Estruturas de Betão Armado,

• • RCAE – Regulamento das Canalizações de Água e de Esgoto.

Considerações finais
Os casos dúbios devem ser resolvidos por confrontação das peças desenhadas e escritas que
suportam o projecto.
Em caso de comprovada omissão, em tempo útil anterior ao início da obra, deverá ser
notificado por escrito ao projectista e o cliente, com a indicação circunstanciada do erro ou
omissão para imediata rectificação.

Dezembro 2022
O projetista Eng.

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