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GRUPO FAMART DE EDUCAÇÃO

PÓS - GRADUAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA

MARIA ROZIANE DA SILVA PESSOA

A QUALIDADE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM LICITAÇÕES

MANAUS-AM

2021
1. INTRODUÇÃO

No Ramo da administração pública, ressalva-se que há diversos tipos de


organização, desde as de pequeno porte, passando pelas empresas familiares, até as
multinacionais. Esses tipos de empresas, de grande discussão gira em torno das
organizações governamentais ou empresas de gestão pública, que sofrem uma série de
restrições no desempenho de suas funções, por conta de diversas peculiaridades legais
implícitas em suas atividades cotidianas (LUNDBERG, 2012).

Na Administração pública a forma de realizar as aquisições, bem como a compra


de móveis, contratação de serviços. São os bens ou serviços, que sejam duráveis ou não,
precisam da realização de um processo licitatório para sua contratação. A palavra
licitação tem vários significados que quase todos estão ligados à ideia de oferecer,
arrematar, fazer preço sobre a coisa, disputar ou concorrer na administração pública
(MOTTA, 2005).

A Maioria dos países tem as compras governamentais feitas pela administração


isso no qual são importantes instrumentos de políticas públicas e desenvolvimento
econômico. Na administração as licitações públicas são capazes tanto de desenvolver a
economia sustentável, como ainda proporcionar a competitividade, estimulando os
mercados formais e a proteção à concorrência, fomentando a tecnologia e a arrecadação
de tributos (GARCIA, 2008).

No Processo administrativo formal encarregado pela escolha do órgão


administrativo competente a ser contratada pela administração pública, que seja a
solicitada mediante condições estabelecidas em edital, para o fornecimento de produto
ou serviços. As licitações visam a escolha de opções mais lucrativas para os órgãos
públicos, que significarão na contratação de serviços ou aquisição de bens com a melhor
qualidade pelo menor preço (RIBEIRO, 2004).

A forma geral, a obter-se a licitação consiste no primeiro preço, em formato de


lances fechados, no qual o fornecedor pode oferecer um desconto se gratificado com um
pacote de contratos pré-determinados pelo comprador ou arbitrariamente escolhidos
pelo fornecedor (LUNANDER, BANERJEE, 2014).
2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Licitação

A Licitação pode ser concreta como o procedimento referente ao modo de


celebrar determinados contratos, com a finalidade determinada da pessoa que ofereça à
administração de boa qualidade de serviços e as condições mais vantajosas, após um
convite a eventuais interessados para que formulem recursos, as que serão submetidas a
preferência do solicitante (BRASIL, 1993).

Decorrido a licitação o processo no qual visa contratar ou adquirir algo de forma


que possa disponibilizar iguais oportunidades de participação aos interessados. Há uma
questão que devasta a administração pública as licitações, a maioria, se apresentam
como o menor preço, tendo consigo, muitas vezes, a baixa qualidade dos produtos e
gerando prejuízos à administração pública (BRASIL, 1993).

A Importância desse processo referente a licitação para o setor público, são as


compras governamentais que necessitam de seriedade para que produtos de baixa
qualidade não prejudiquem o dia após dia em meio da organização. Observa-se que o
menor preço nele pode conduzir à perda de qualidade dos produtos ou serviços
(BRASIL, 1993).

Licitação bem como um procedimento nele e para verificar, entre os vários


concorrentes, quem oferece as melhores condições para a organização licitante realizar
obras, prestar serviços ou fornecer de qualidade no ramo de empresas com as vantagens
dos melhores preços recorrente o processo de licitação (LACOMBE, 2004).

A perspectiva destaca que as licitações requer um procedimento administrativo


de boa qualidade entre seus serviços de procedimentos licitatórios mediante o qual a
administração pública tem-se a proposta mais vantajosa para o contrato de interesse de
ambos do processo licitatório (MOREIRA, 2008).

As Licitações são feitas ao poder público, gera à execução de uma obra, a


prestação de um serviço, como o fornecimento ou entre a uma alienação pela
Administração, é se dá de escolher aquela proposta que seja a maior vantagem oferecer,
mediante um procedimento administrativo de boa qualidade regrado, e que proporcione
tratamento igualitário aos benevolente, o qual poderá ser contratado aquele que tiver
oferecido a melhor proposta (MUKAI, 2008).

Contudo um simples processo de licitação, em meio entendimento pode ser algo


complicado, pois a regra essencial da licitação pública é observar, sem exceções, todas
as exigências da licitação, no que implica fornecer tudo o qual foi solicitado e,
concordar com todos os termos e condições legais do documento de oferta para a
administração (PIMENTEL, 2008).

2.2 As licitações levam alguns princípios, que visam à igualdade das condições
impostas tais princípios são abordados no artigo 5 da lei 8.666/93, no qual consta.

A Licitação disponibilizasse a garantir sobre a transgressão do princípio


constitucional da igualdade material ela assegura ás pessoas à oportunidade iguais e a
selecionar a proposta mais vantajosa para a administração e será processada e julgada a
conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da
moralidade, da igualdade, da publicidade, da vinculação ao instrumento convocatório,
do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos (GARCIA, 2010).

Os Princípios que geram a legalidade, da moralidade e da impessoalidade, que


foram criados na ordem constitucional do art. 37 da constituição federal. O dispositivo
foi precursor na história constitucional do país, por submeter à administração pública
direta, indireta e fundacional a clássicos princípios da direito administrativa legalidade,
impessoalidade, moralidade e publicidade (MOTTA, 2005).

Este Princípio da legalidade transmite ao administrador público a instância de


norma habilitante para algo que deseje prestar, enquanto o princípio da impessoalidade
é, na verdade, imprime á autoridade administrativa, ou seja, determina que seja
essencial ao administrador público alcançar a finalidade que fez nascer o processo
(MACHADO, 2021).

Os Princípios da moralidade faz com que o administrador obtenha seu modo


agir de maneira correta e coerente no âmbito público, ou seja, quer na administração
pública, quer na vida corriqueira esse princípio da igualdade refere-se tanto à posição
dos proponentes em face da administração como à posição de cada um deles diante de
ambos voltados a seus benefícios de interesse (STOEVER, 2007).
No Princípio da publicidade no qual veio à importância da fiscalização dos
demais no começo por este meio da publicação dos atos da administração pública. O
princípio da probidade administrativa mostra que é dever de todo administrador público
para uma empresa que exerça a prática da honestidade e a fidelidade para com o estado
e a população mediante (KICH, 2008).

Assim o princípio que se faça mais diretamente com o que condiciona o


julgamento, é prezar o que exige com que estipula os critérios de apreciação venham
pré-fixados, o objetivo, no instrumento convocatório, a reduzir ao máximo nesse
sentido. Desta forma, quando, o critério de julgamento, o de menor preço, está sendo
objetivo no sentido de como julgar o processo licitatório (MUKAI, 2008).

2.3 A lei nacional de licitação – Lei 8.666/93

A Lei 8.666 foi criada em 22 de junho de 1993, para regulamentar o art. 37,
inciso XXI da constituição federativa do Brasil, e criada às normas gerais dos processos
licitatórios e dos contratos da administração pública de boa qualidade de seus serviços
no que se refere aos processos licitatórios no ramo das empresas administrativas (Brasil,
2014).

No Art.37. a administração Pública direta e indireta de qualquer um dos poderes


da união, dos estados, do distrito federal e dos municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. O XXI ressalvados os
casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão
contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições
a todos os concorrentes (CARPINETTI, 2012).

De acordo com à criação da Lei Nacional de Licitação, a legislação em vigor era


datada de 21 de novembro de 1986, sob o Decreto-lei 2.300. Com isto o nascimento da
lei 8.666 nasceu um meio de regramento dos processos licitatórios, mas, antes ainda,
observou-se que o projeto de Lei 1.491 de 07 de agosto de 1991, apresentado pelo
deputado Luiz Roberto Pontes (MOTTA, 2005).

Foi a sanção da Lei no ano de 1993 não se estancou a criação de novas medidas
provisórias no período de 1994 até 1998, quando a sanção da lei 9.648/98 alterou 11
artigos da lei 8.666. Em 1999, a lei nacional de licitação absorveu ainda os dizeres da lei
9.854/99, acrescendo o inciso V ao art. 27 e o inciso XVIII ao art.7 (FERNANDES,
2010).

Logo após a aprovação da lei 8.666/93, sucederam diversos decretos, como o


1.070/94, tocante à informática, e o 3.784/01, alusivo à modalidade pregão, que não
faziam parte da lei promulgada em 1993. Meramente mais tarde, com a lei 10.520/02,
finalmente veio a ser instituído o pregão como modalidade de licitação, e só em 2005 o
Decreto 5.450 instituiu a utilização do pregão eletrônico (BRASIL, 2014).

2.4 Qualidade em produtos e serviços

A definição da qualidade não é tarefa fácil, mas, vai depender das condições de
custo e benefício do produto em oferta. As propostas de produto e serviços vão variar de
acordo com a oferta e demanda do atual cenário de negociação das empresas
(PALADINI, 2012).

Na década de 50, a qualidade era relacionada apenas à percepção técnica do


produto, modo de utilização do produto, características ou atributos. A qualidade pode
ser definida como todas as características do produto ou serviço relacionadas à
capacidade de suprir as necessidades do cliente (LACOMBE, HEILBORN, 2006).

Para Frazier e Gaither (2002) explicam que a qualidade dos produtos e serviços é
definida pelo cliente, para atender as expectativas e entregar os benefícios do uso do
produto para manter a garantia de satisfação. Ao avaliar a qualidade por vários aspectos
diferentes dos produtos e serviços.

A qualidade em serviços, de acordo com Albrecht (1992) é a capacidade de


satisfazer uma necessidade, solucionar um problema ou fornecer benefícios aos clientes.
A qualidade do serviço varia de acordo com o tipo de cliente, porque o produto final de
um serviço é sempre um sentimento, portanto o cliente pode ou não gostar do serviço
conforme suas expectativas.

O serviço com qualidade é aquele consegue atende as necessidade e satisfação


do cliente. Portanto, a qualidade é um conceito espontâneo e intrínseco, relacionado ao
envolvidos na prestação de um serviço ou a percepções associadas a produtos
(MARSHALL JUNIOR et al., 2011).
CONCLUSÃO

As licitações são feitas ao poder público para abrir oportunidade para as


empresas oferecerem seus produtos ou serviços. A qualidade dos produtos adquiridos
por processos licitatórios condicionados ao menor preço é um problema para garantir a
segurança e qualidades dos produtos com o menor preço.

Segundo os autores estudados, a licitação do tipo menor preço geralmente são os


produtos de qualidade inferior. A inferioridade dos produtos adquiridos devido a falta
de habilidade na especificação do objeto e erros de descrição do produto que se deseja
por ser produtos baratos, porém com baixa qualidade para atender ao cliente.

As licitações precisam de uma maior analise para escolher o produto com a


qualidade verdadeira e eficiente. Por isso, se faz necessário a avaliação da precificação
das empresas para visualizar qual o custo benefício do produto e serviço fornecido pelas
empresas participantes do processo de licitação.

REFERÊNCIAS

ALBRECHT, K. Revolução nos serviços: como as empresas podem revolucionar a


maneira de tratar os seus clientes. São Paulo: Pioneira, 1992.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 49. ed. São Paulo: Saraiva,
2014.

BRASIL. Normas para licitações e contratos da administração pública: lei nº 8.666, de


21 de junho de 1993. Lex. Disponível em:
planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8666cons.htm>. Acesso em: 20 Dez. 2021.

CARPINETTI, L. C. R. Gestão da qualidade: conceitos e técnicas. 2. ed. São Paulo:


Atlas, 2012.
FERNANDES, J. U. J. A qualidade na lei de licitações: o equívoco de comprar pelo
menor preço, sem garantir a qualidade. Jus Navigandi, Teresina, ano 4, n. 38, 1 jan.
2000. Disponível em: < http://jus.com.br/artigos/429>. Acesso em: 4 Dez. 2010.

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S. R. L. Gestão da qualidade. 10. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2011.

MOTTA, C. P. C. Eficácia nas licitações e contratos: estrutura da contratação,


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