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PREGÃO ELETRÔNICO E LICITAÇÕES1

RESUMO

O presente artigo tem como tema a abordagem sobre as licitações, com um foco mais acentuado na
modalidade pregão, sobretudo no pregão eletrônico. Tendo em vista a crescente utilização do mesmo, em
face das vantagens advindas do uso deste procedimento, por assegurar célere obtenção dos resultados,
economia financeira e procedimental, além do alcance mais rápido da melhor proposta. No entanto,
persistindo ainda, um sem número de criticas por parte da doutrina, uma verdadeira inquietação na
verdade, pelo modo como as administrações públicas vem fazendo uso desta modalidade licitatória, por
vezes como meio de burlar os regramentos estabelecidos para as demais espécies de licitação. Não
obstante, ser unanime a percepção da necessária e benéfica aplicação deste recurso procedimental
administrativo para o efetivo atendimento das expectativas públicas.

Palavras-chave: Licitação; Pregão Eletrônico; Administração Pública.

ABSTRACT

This article focuses on the approach of bids, with a sharper focus on trading mode, especially in
electronic trading. Given its increasing use and the advantages derived from the use of this procedure, to
ensure rapid attainment of results, financial and procedural economy, besides of the faster reach of the
best proposal. However, still persisting, a countless criticisms by the doctrine, a true caring actually, by
the way the government has been making use of this modality bidding, sometimes as a means to
circumvent the specific regulations established for other species bidding . Nevertheless, being unanimous
the perception of necessary and beneficial application of this procedural administrative appeal to the
effective assistance of public expectations.

Keywords: Bidding, Electronic Trading, Public Administration.

1. ORIGENS DA LICITAÇÃO

O estado democrático de Direito, funda-se, dentre outros, na ideia de que todos os


indivíduos devem ser tratados de igual forma perante a lei, sendo respeitadas as
diferenças entre os diferentes e as igualdades dentre os iguais. De fato pode-se afirmar
que esta concepção, materializada no direito de participação dos particulares, da própria
população, nas ações do Estado, a saber, na própria administração, é uma das grandes
contribuições das ideias liberais defendias na época das revoluções francesas que
influenciaram profundamente o mundo moderno2.

                                                                                                               
1  Wânia Jaguaracy de Sena Medrado (Professora Auxiliar FACAPE, e-mail: waniamedrado@yahoo.com.br); Phablo Freire
(Graduando do Curso de Direito FACAPE)  
2
Como bem destaca Edmir Netto de Araújo, em seu livro Curso de Direito Administrativo, p. 486
Destas ações administrativas do Estado, das quais podem participar a população,
destacamos nesse artigo, as relacionadas à contratação de obras ou serviços e disposição
de bens de propriedade Estatal que, segundo a lei, deve-se nortear pelas regras do
procedimento legal conhecido como Licitação.

A Constituição federal de 1988 trouxe em seu artigo 37, inciso XXI, a previsão da
exigência imposta à administração pública em realizar o procedimento licitatório para
realização de contratação de serviços, compra ou venda de bens e propriedades. No
entanto, mesmo antes desta previsão constitucional, a licitação, como praxe
administrativa, já era presente no cotidiano das atividades estatais, sendo introduzida em
nosso ordenamento por meio do Decreto nº 2.926/62, culminando em 21 de junho de
1993, com a promulgação da lei nº 8.666 que disciplina atualmente todo o processo
licitatório.

2. CONCEITO DE LICITAÇÃO

Em sede de certa divergência doutrinária na conceituação do instituto, podemos chegar


a um ponto mais acertado ao evocar as palavras de Di Pietro(2002) que nos traz a ideia
de licitação como um procedimento integrado por atos e fatos da Administração e atos e
fatos do licitante, todos contribuindo para formar a vontade contratual3, sendo que tal
vontade deve refletir sempre a proposta mais vantajosa para a administração, como bem
respalda a renomada doutrinadora. Ainda tempo, frise-se que, como procedimento
administrativo, compreende-se a própria natureza jurídica do instituto.

A lei das licitações, em seu art.3º tratou de instituir certos aspectos que traduzem seu
conceito, quando destaca que a licitação deve garantir a observância do principio da
isonomia e selecionar a proposta que reflita maior vantagem à administração pública.

A licitação tem como intuito alcançar dois objetivos fundamentais, sendo o primeiro de
proporcionar à Administração pública maior possibilidade de realização de um negócio
vantajoso e o segundo de honrar o princípio da Isonomia, possibilitando todos os
                                                                                                               
3
Maria Sylvia Zanella Di Pietro, Direito Administrativo, p. 325
interessados a participar de forma igualitária, proibindo assim, qualquer tipo de
vantagem indevida ou qualquer discriminação.

2.2 PRINCIPIOLOGIA DAS LICITAÇÕES

É importante destacar que a licitação é em si mesma, um princípio constitucional4, uma


vez que sua previsão se encontra expressa na Constituição de modo que ficam obrigados
todos os órgãos e entidades governamentais à sua observância, quando da pratica de
atos relacionados à contratação de bens e serviços, bem como de disposição de certos
bens. De modo que importa também dizer que ela, como principio, deriva de outros,
como os da indisponibilidade, da supremacia do interesse público, da moralidade
administrativa e, sobretudo da isonomia.

Além dos princípios citados, outros tantos norteiam a licitação, como o principio da
legalidade, impessoalidade, probidade administrativa ou moralidade, publicidade,
vinculação do instrumento convocatório, do julgamento objetivo, do sigilo da
apresentação das propostas e por fim, da adjudicação compulsória5. Sem prejuízo da
evocação de tantos outros que inerentes à administra possam incidir sobre os atos
licitatórios.

2.3 DO OBJETO DA LICITAÇÃO

O objeto do procedimento licitatório é o que a administração pública deseja contratar.


portanto a licitação tem como objeto: serviços, obras, a alienação, a compra, concessão,
permissão e por fim a locação, a serem contratados com o particular. No entanto, a lei
das licitações, a seu turno, alterou o conceito das denominações que constituem o objeto
da licitação, de modo que cabe neste momento, uma rápida explanação sobre cada um
deles.

                                                                                                               
4
Edmir Netto de Araújo, Curso de Direito Administrativo, p. 507
5
Em sede do objetivo central deste artigo, que é tratar da modalidade de licitação Pregão, não nos delongaremos na explanação de
tão instigante tema que é o discurso sobre os princípios gerais e específicos da licitação, de modo que nos limitaremos a esta breve
exposição que tão somente elenca dentre todos, os mais importantes ao exercício desta prática, sem prejuízo de uma pontual
recomendação de leitura à famigerados doutrinadores, como Maria Sylvia Di Pietro, Celso Antônio Bandeira de Mello, Edmir Netto
de Araújo, assim como outros de igual porte, que tratam o tema com impar maestria.
Como serviços, entendemos toda a atividade destinada a obter utilidade que seja de
interesse da administração. Com obra, temos não só a construção, reforma e ampliação,
como também a fabricação e recuperação realizada por execução direta e indireta.
Alienação é toda a transferência de domínio de bens a terceiros, não significando tão
somente a venda, como também doação, permuta e dação em pagamento, sendo esta
ultima espécie de alienação raramente utilizada pela administração, não lhe sendo, no
entanto vedada. A compra é de fato, espécie propriamente de contratos civis, portanto
não é contrato originalmente administrativo. Como concessão, entendemos o contrato
administrativo pelo qual o poder público confere o uso exclusivo de um objeto de seu
domínio ao particular, sendo remunerado ou gratuito, enquanto que a permissão é
meramente ato unilateral, precário, onde a administração atribui ao particular o uso
individual de determinado bem público.

2.4 DA OBRIGATORIEDADE E INEXIGIBILIADE LICITATÓRIAIS

Sendo a licitação, como entende autorizada doutrina, propriamente um princípio


constitucional, sua obrigatoriedade adquire caráter também constitucional e não
meramente legal, ou como preferir, infraconstitucional, vez que os atos relacionados aos
bens e serviços acima comentados, não poderia se realizar de outro modo, senão por
meio de licitação.

Tal imperativo, como aponta Hely Lopes Meirelles, possui ainda uma dupla
obrigatoriedade:

“a expressão obrigatoriedade de licitação tem um duplo sentido, significando


não só a compulsoriedade da licitação em geral como também a da
modalidade prevista em lei para a espécie, pois atenta contra os princípios de
moralidade e eficiência da Administração o uso da modalidade mais singela,
quando se exige a mas complexa, ou o emprego desta, normalmente mais
onerosa, quando o objeto do procedimento Administrativo, quer autorizando
a dispensa de licitação, quando exigível, quer permitindo a substituição de
uma modalidade por outra”.(MEIRELLES, 2001, p. 103 )

Portanto é importante ressaltar que não basta somente ao administrador observar as


hipóteses em que a licitação se tornará obrigatória, como também se faz imperativo que
ele, observe também qual modalidade, em conformidade com as regras pertinentes a
cada uma delas, se faz indispensável.

Como modalidades de licitação, de acordo com a lei nº 8.666/93, tínhamos inicialmente


apenas cinco: concorrência, tomada de preços, convite, concurso e leilão. Sendo
acrescida ao rol de espécies, o pregão, pelo advento da lei nº 10.520/02. Mais adiante
trataremos melhor das modalidades licitatórias.

O ordenamento constitucional ora vigente, inverteu a regra da liberdade contratual,


quando a contratante fosse a administração pública. Na seara cível, prevalece a
liberdade da manifestação das vontades ao contratar, como regra. Enquanto que na
esfera administrativa, tal liberdade existe apenas como exceção. Essa restrição
deliberativa, existe para vedar o abuso do poder estatal, em face dos particulares, bem
como para dar a estes, liberdade de participar ativamente dos contratos com as entidades
estatais. A obediência ao principio da obrigatoriedade de licitar, torna-se assim um
corolário do principio da isonomia, quando observado deste ângulo.

Todavia, existem certos casos em que a administração carece de certa liberdade para
contratar, não podendo esta ser afastada sob pena do comprometimento do regular
exercício administrativo. Dessa forma a doutrina, com fulcro na lei das licitações, prevê
três situações distintas em que a obrigatoriedade da licitação será afastada: a licitação
dispensada, a licitação dispensável e a inexigibilidade de licitação. Inicialmente, vamos
nos ater á diferenciação entre licitação dispensável e licitação dispensada. Na licitação
dispensável, o administrador, discricionariamente, poderá realizar o procedimento
licitatório, sendo assim uma faculdade administrativa. Com relação à licitação
dispensada, o administrador não pode licitar, visto que já se tem a definição da pessoa
com quem se firmará o contrato. Sendo esta vedação uma forma de evitar um
procedimento mais dispendioso e desnecessário para os cofres públicos. Restando nesta
última a inexistência da faculdade de licitar, sendo por fim, vedada esta opção ao
administrador. Enquanto que naquela pode incidir a faculdade em executar o
procedimento ou não, levando em conta a conveniência e o interesse público. Como
hipóteses mais recorrentes de licitação dispensada estão os casos de dação em
pagamento, da doação, da permuta, da investidura, da alienação de alguns itens, da
concessão do direito real de uso, da locação e da permissão de uso.

De outro modo, na inexigibilidade, não existe a faculdade para licitar em virtude de não
haver competição ao objeto que se pretende contratar, condição imprescindível para um
procedimento licitatório.

2.5 FASES

O procedimento licitatório é comumente dividido pela doutrina em duas fases, sendo a


primeira fase conhecida como interna e a segunda como externa.

A fase interna ou preparatória (providências preliminares) restringe as condições do ato


convocatório antes mesmo do público tomar ciência. É nesta fase que a administração
terá a oportunidade de corrigir falhas que venham a ser verificadas no procedimento tais
como inobservância de dispositivos legais, estabelecimento de condições restritivas,
ausência de informações necessárias, entre outras falhas que possam ser detectadas, sem
precisar anular atos praticados. Na fase interna existe uma rígida ordem de atos
preparatórios a serem observados, que vão desde a solicitação do setor interessado até a
definição da modalidade licitatória. Esta fase é dita interna porque envolve apenas o
âmbito da administração, não afetando terceiros.

Esta fase será concluída tão logo seja dada publicidade ao ato convocatório. A fase
externa ou executória inicia-se com a divulgação deste instrumento convocatório,
envolvendo diretamente a participação dos licitantes, estando assim, relacionada à
escolha da melhor proposta.

No caso existente de falhas ou irregularidades detectadas, se insanável, será necessário a


anulação dos atos praticados.
O ato convocatório determina as condições essenciais à participação dos proponentes,
ao desenvolvimento do processo licitatório e a futura contratação, fixando uma
legislação entre licitantes e a administração, devendo ser, nítido, preciso e de fácil
acesso. Além disso, disciplina prazos, atos, impugnações, dadas exigências
determinadas devem ser cumpridas, em decorrência do princípio da vinculação ao ato
convocatório. Assim, o sucesso do processo licitatório depende de uma boa elaboração
do ato convocatório e de seus anexos.

2.6 MODALIDADES

Antes de abordarmos especificamente as modalidades que hoje estão instituídas pela lei
como espécies de licitação, é valido trazer a baila uma breve citação da questão
pertinente a evolução histórica, em nosso país, dos institutos, tangenciando os aspectos
de divergência das nomenclaturas bem como de seus conteúdos.

Os autores mais recentes passaram a utilizar as denominações dadas pelo Decreto-Lei nº


200/67, que por sua vez foram repetidas no Decreto-Lei nº 2.300/86 e na Lei das
licitações, nº 8.666/93. Anterior as atuais definições o termo “licitação” era conhecido
pelo vocábulo “concorrência”, sendo este ultimo a modalidade Genérica que abarcava
as demais espécies. Dentre elas resistia o termo “concorrência pública” que era uma das
modalidades de “concorrência”, e que hoje equivale à tão somente “concorrência”,
existiam ainda a “concorrência administrativa” e a “coleta de preços”, que tiveram suas
nomenclaturas substituídas, pelas atualizações legais, respectivamente por “tomada de
preços” e “convite”. O advento do decreto-Lei 200/67 não somente alterou as
nomenclaturas como também a própria sistemática de cada uma das espécies do
procedimento 6 , trazendo para o gênero o termo “licitação” e realocando a
“concorrência” como espécie, vez que a etimologia do termo condiz mais com a disputa
que é uma das modalidades do que como procedimento como um todo. De modo que os
novos termos resultaram uma maior precisão técnica na definição do instituto licitação.

                                                                                                               
6
Como bem aborda Dallari, em seu livro Aspectos Jurídicos da Licitação, p. 90
Evitando as inúmeras imprecisões de uso terminológico que eram recorrentes antes da
mudança7.

Atualmente, temos como modalidades licitatórias a concorrência, a tomada de preços, o


convite, o concurso o leilão e pregão.

Este último, o pregão, foi introduzido no ordenamento por meio da Medida Provisória
nº 2.026 de 4 de maio de 20008, sendo esta convertida na Lei nº10.520 em 17 de julho
de 2002. Que oficialmente incluiu o pregão no rol das espécies de licitação.

Para uma rápida e necessária distinção entre as modalidades, podemos citar Dallari:

“Uma primeira distinção possível diz respeito á finalidade de cada


modalidade: a concorrência tem por objetivo a celebração de contratos de
grande vulto; a tomada de preços se destina a contratos de valor médio e o
convite aos contratos de pequeno valor [...]; o concurso visa selecionar em
função da qualidade; o leilão destina-se a alienações e o pregão esta
especificamente destinado à aquisição de bens e serviços
comuns”.(DALLARI, 2007, p. 93)

3. O PREGÃO

Como visto anteriormente, a norma que veio disciplinar a modalidade pregão é a Lei nº
10.520, sancionada em 17 de julho de 2002 e publicada no Diário Oficial da União em
18 de julho de 2002, sendo instituído particularmente para a aquisição de bens e
serviços comuns, por meio de leilão reverso, onde vence o fornecedor que der o menor
lance.

Inicialmente instituído somente no âmbito da União Federal, através de medidas


provisórias. Sendo convertido em lei, atendendo a disposição constitucional por meio da
Lei Federal nº 10.520/02, estendendo a modalidade aos Estados, Distrito Federal e
Municípios, para ser utilizada nos órgãos da administração direta, fundos especiais,
                                                                                                               
7
Embora ainda resista certo grau de inexatidão no emprego dos termos e no uso das modalidades licitatórias como salienta Dallari
em sua referida obra, ao citar Nascimento Franco e Niske Gondo, p. 90
8
Considerada por muitos doutrinadores, dentre eles Dallari, como uma introdução viciada e esdrúxula, por ter a Constituição
vedado a criação de modalidade licitatória privativa da União, que fora justamente o que intentou tal medida, sendo, como citado no
texto, posteriormente convertida a Medida em lei o que a alçou ao patamar legal.
autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e nas entidades
controladas direta e indiretamente.

A problemática central reside no objeto disposto na lei para realização do Pregão e o


que ora se visualiza em uso. Sendo, não obstante, diversos um do outro, como se
comentará mais adiante. Podemos traçar um breve comentário a cerca desta celeuma
tomando por fio condutor as palavras de Hely Lopes Meireles(2001, p.246) ao tratar da
natureza dos bens e serviços que serão objeto do pregão: “O que caracteriza bens e
serviços comuns é sua padronização, ou seja, a possibilidade de substituição de uns por
outros com o mesmo padrão de qualidade e eficiência. Isto afasta desde logo os serviços
de engenharia”.

Muito acertadamente, Hely, usou os serviços de engenharia para exemplificar as


vedações que eventualmente se constituíram ao uso desta modalidade licitatória, a
saber, as que envolvessem serviços ou bens cuja avaliação dispendesse complexidade e
cuja percepção da discrição não fosse comum, usual no mercado.

Outro aspecto que devemos fazer menção é o fato de o Pregão ser modalidade de
licitação cujos bens a serem adquiridos não possuem qualquer patamar de valor, nem
mínimo, muito menos máximo 9 , apenas estabelecendo limites para os tipos de
divulgação do aviso licitatório10.

Ainda em tempo, citamos umas das características inovadoras do pregão, qual seja a
inversão de fases, isto é, a abertura das propostas anteriormente à fase de habilitação,
diferente das demais modalidades de licitação, visando aperfeiçoar o procedimento.

Com propriedade, Maria Sylvia Zanella Di Pietro, define a modalidade pregão:

“um procedimento que se desenvolve por meio de vários atos da

                                                                                                               
9
Detalhe amplamente rechaçado pela doutrina, vez que abre uma larga possibilidade de mal uso da modalidade. A critica foi
imediata e acertada pois como se verá no decurso do texto, o instituto caiu em mal uso, pelo fato de se enquadrar, indevidamente,
como objeto os mais diversos serviços e bens que de fato não deveriam ser adquiridos por meio do pregão.
10
O anexo I do Decreto nº3.555/2000 (art.11, I, a, b e c) estabelece como limites para divulgação os valores de até R$ 160.000,00
nas convocações pelo DOU e eletronicamente, de R$ 160.000,01, na internet, a R$ 650.000,00 no DOU, internet e jornal de grande
circulação, não se especificando quantas publicações são exigidas, tendo oito dias como prazo mínimo .
Administração e dos licitantes, todos eles constando do processo respectivo;
compreende uma fase interna (chamada de fase preparatória pelo artigo 3º da
Lei n. 10.520), que precede a abertura do procedimento ao público, e uma fase
externa, que se inicia com a publicação do aviso do edital de convocação”. (DI
PIETRO, 2002, p. 208)

A modalidade de licitação denominada Pregão teve sua origem com a entrada em vigor
da Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, que dispunha sobre a organização dos serviços
de telecomunicações, a criação e funcionamento de um órgão regulador e outros
aspectos institucionais, nos termos da Emenda Constitucional nº 8, de 1995. Esta Lei foi
comumente chamada de Lei Geral das Telecomunicações (LGT), criando a autarquia
especial denominada Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), impondo-lhe
um regime próprio para suas contratações.

Em seguida, esta modalidade de licitação foi instituída, no âmbito da União, Estados e


Municípios, por intermédio da Medida Provisória nº 2.026, de 04 de maio de 2000, que
em 2001, passou a ter o número 2.182, ostentava então, o nº 2.182-18, sendo por fim
convertida na Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002. Ao contrario das medidas
provisórias anteriores a nova lei não define a modalidade, afirmando apenas ser
aplicável para aquisição de bens e serviços comuns. No entanto, parte da doutrina11
defende estar a definição dos bens e serviços comuns contida no Decreto nº 3.784, de 6
de abril de 2001, que especifica quais são os bens e serviços comuns que podem ser
contratados em pregão12.

Já Gustavo Pamplona Silva apud Airton Rocha Nóbrega, utiliza-se de critério de


exclusão, em relação aos serviços técnicos, para encontrar o rol dos serviços comuns,
sendo para os efeitos da lei, segundo ele, todos aqueles que não estejam compreendidos
no art. 13 da Lei nº 8.666/93:

"Art. 13 Para os fins desta Lei consideram-se serviços técnicos especializados


os trabalhos relativos a:
I - estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos;
II - pareceres, perícias e avaliações em geral;

                                                                                                               
11
Dentre eles Edmir Netto de Araújo, Curso de Direito Administrativo, p. 560
12
Mais uma vez a doutrina critica severamente o uso desta definição para os bens e serviços adquiridos no pregão, por ser ampla
demais a definição, abarcando inevitavelmente bens que deveriam ser alvo de outras modalidade de licitação, e este aspecto somado
a não existência de limites de valores quando da aquisição, abriu a possibilidade para o uso indiscriminado desta espécie licitatória,
o que para parte da doutrina fere diretamente a idoneidade do procedimento.
III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras e tributárias;
IV - fiscalização, supervisão ou gerenciamento e obras e serviços;
V - patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;
VI - treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
VII - restauração de obras de arte e bens de valor histórico."

Sobre o assunto, vejamos o entendimento do Tribunal de Contas União, abaixo


transcrito:

"(...) 4. Ainda como razões de decidir, recordo que a Lei nº 10.520, de 2002,
condiciona o uso da modalidade Pregão somente aos serviços comuns, não
excluindo previamente quaisquer espécies de serviços e contratações, e o rol de
bens e serviços comuns previstos no decreto regulamentar é meramente
exemplificativo. Assim, a existência de bens e serviços comuns deverá ser
avaliada pelo administrador no caso concreto, mediante a existência de
circunstâncias objetivas constantes da fase interna do procedimento licitatório."
(TCU, Acórdão nº 817/2005).

A cerca da principiologia das licitações, aplicam-se todos os referidos princípios ao


pregão, todavia, Para Niebuhr, o princípio mais importante para a licitação pública é o
da isonomia ou igualdade, uma vez que ele é a própria causa da licitação, impondo à
Administração uma série de formalidades para escolher futuros contratados. Segundo
este autor, a eficiência em licitação pública está em torno de três aspectos fundamentais:
preço, qualidade e celeridade. Daí decorrerem outros princípios, tais como o do justo
preço, o da seletividade, o da celeridade e o da finalidade.

Por justo preço, a Administração não poderá assumir compromissos com preços fora de
mercado. A seletividade requer cuidados na escolha do contratante e da proposta. O da
celeridade impõe que o certame licitatório ocorra o mais breve possível, enquanto que o
da finalidade estabelece que a Administração busque sempre satisfazer os interesses da
coletividade, Niebuhr apud Hely Lopes Meirelles afirma sabiamente que o edital é a lei
interna das licitações. Logo, para este autor o princípio da vinculação ao edital nada
mais é que a consignação no edital, pela Administração Pública, do que pretende
contratar, ou seja, a definição do objeto do contrato, com todas as suas especificações,
não podendo dele se afastar.

Para Gustavo Pamplona, o princípio da impessoalidade estabelece que o interesse


público deva estar acima dos interesses pessoais, e o da moralidade impõe que a
licitação deverá ser realizada em estrito cumprimento dos princípios morais. Este autor
destaca que o gestor público deve ser honesto no cumprimento de seus deveres, de onde
se infere o princípio da probidade administrativa.

Sobre os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, Niebuhr salienta que são


fundamentais para o controle da discricionariedade, uma vez que, na modalidade
pregão, os agentes praticam uma série de atos no exercício de competência
discricionária. Logo, atos arbitrários e injustos devem ser rechaçados, por serem
incompatíveis com o interesse público.

3.1 PREGÃO ELETRÔNICO E PREGÃO PRESENCIAL

Em 21 de dezembro de 2000, tendo ainda a vigência da sétima reedição da Medida


Provisória nº 2.026/2000, fora editado o Decreto nº 3.697, que regulamentou à época, o
pregão em sua forma eletrônica, estabelecendo normas e procedimentos a serem
realizados para que se procedesse as licitações na modalidade pregão, por meio da
utilização de recursos de tecnologia da informação, tendo como destinação à aquisição
de bens e serviços comuns, no âmbito da União.

O Pregão Eletrônico, realizar-se-ia por meio da utilização de tais meios eletrônicos, nos
termos de regulamentação específica, a qual se deu por meio do Decreto nº 3.697, de
21 de dezembro de 2000, aplicando-se subsidiariamente as regras do pregão presencial,
o que inicialmente ocasionou inúmeras dúvidas em se tratando de sua aplicação.

Diógenes Gasparini apud Marçal Justen Filho ensina que a peculiaridade do pregão
eletrônico residirá na ausência da sessão coletiva, reunindo a presença física do
pregoeiro, de sua equipe de apoio e dos representantes dos licitantes num mesmo local
determinado. Não ocorrendo também, entrega material de propostas e seu consequente
exame, nem lances orais por palavras, ou seja, todas as comunicações devem ocorrer
por via eletrônica, onde cada interessado, utilizando um terminal de computador,
conectar-se-á aos serviços da Administração. Já no pregão presencial, haverá em data
estabelecida no edital para realização de sessão publica, onde cada licitante apresentará
os documentos de credenciamento e comprovará as habilitações.

Frise-se que, em razão de possível incidência de fusos horários diversos, o § 5º do artigo


17 do Decreto nº 5.450/2005, estabeleceu o horário de Brasília para todos os atos.

Não é segredo que o Pregão se solidificou como a modalidade licitatória preferencial da


Administração Pública em todas as esferas governamentais para a contratação de bens e
serviços comuns no país.

Inegavelmente, com o advento do Pregão, os processos e os procedimentos licitatórios


tornaram-se mais céleres, desburocratizados e, principalmente, bem mais econômicos,
fatores estes que se traduziram na maior eficiência na gestão, evitando assim dispêndio
dos recursos públicos.

De fato, tal modalidade licitatória confere ao ente licitante uma plêiade de vantagens
sobre as demais modalidades licitatórias usualmente utilizadas. Dentre elas, podem ser
citadas, de modo resumido: o prazo significativamente menor entre a divulgação do
edital e abertura do certame, regras bem mais flexíveis quanto à limitação de valores
para contratação, inversão das fases13, obtenção de preços extremamente vantajosos
com a instauração da fase de lances entre os participantes, fase recursal única e um rito
procedimental extremamente simplificado, onde apenas a aferição do menor preço
ofertado constitui-se como o critério para julgamento dos participantes.

Todo este arcabouço de vantagens contribuiu obviamente, para que o Pregão se tornasse
a primeira opção do gestor público quando das aquisições e contratações de bens e
serviços comuns. No entanto o que se percebe na pratica da administração pública é o
uso indiscriminado desta modalidade, configurando como intencional a seleção de
objeto, inserindo na modalidade pregão, presencial ou eletrônico, bens e serviços de
complexidade vedada pela previsão legal, com o fulcro de trazer celeridade ao processo
administrativo, afrontando diretamente a legalidade e probidade do certame.
                                                                                                               
13
Inverte-se as fases de habilitação e julgamento, com intuito de acarretar maior rapidez e eficiência ao certame.
4. PREGRÃO ELETRONICO, CONCEITO E VANTAGENS

O pregão eletrônico se dá por meio de sessão pública, que se efetiva no meio eletrônico,
comumente chamada internet, com a utilização pelo poder público dos recursos de
tecnologia da informação. Proporcionando a interação entre os agentes públicos
responsáveis pela realização da licitação, a saber, o Pregoeiro e a Equipe de Apoio, e os
licitantes/forneceres. O que amplia consideravelmente o número de potenciais
participantes, materializando assim a pretensão perquirida pelo principio da isonomia.

Importa que se destaque não ser o pregão eletrônico nova modalidade licitatória, em
lugar disto, apenas uma das formas pela qual este certame competitivo pode se realizar,
sendo presencial a outra forma, ou seja, meras espécies do gênero pregão.

Em sede das grandes possibilidades que o meio virtual pode ocasionar, a administração
pública, valendo-se de tais recursos tecnológicos, adquire no pregão eletrônico, uma
celeridade não vista antes nas demais modalidades licitatórias, além da evidente
transparência que o processo virtual poderia ocasionar, dai as razões pelas quais se
popularizou o uso desta, além de ser extremamente vantajoso para o particular, uma vez
que abre o leque de possibilidade outrora inexistente para um sem numero de potenciais
licitantes, não obstante a redação do art. 3º, do Anexo II, do Decreto nº 3.555/2000,
deixa pairar a impressão de ser a intenção legal, dar preferencia ao uso desta
modalidade licitatória quando o objeto da contratação tratasse de bem ou serviço
comum14.

A obrigatoriedade fixada pelo Decreto nº 5.450/2005 da aplicabilidade do Pregão para a


contratação de bens e serviços comuns, e a adoção da forma eletrônica com instrumento
preferencial, configura-se, de fato, como uma verdadeira inovação em relação ao
processo licitatório, o que consolida também a credibilidade da aludida modalidade
licitatória.

                                                                                                               
14
Preferência esta que, como já citado, gerou numerosas criticas por parte da doutrina.
A adoção do Pregão, e a implementação de sua forma eletrônica viabilizaram um
notável incentivo à competitividade, pela possibilidade de participação não presencial
dos potenciais licitantes, além da normal ampliação da disputa entre fornecedores, que
beneficia diretamente a administração pública na obtenção da melhor proposta, do
melhor lance no certame. Alega-se também ser uma grande forma de redução de
fraudes, conluios e demais meios escusos de burlar os procedimentos legais.

4.1 FUNCIONAMENTO DO SISTEMA ELETRÔNICO

O credenciamento no provedor de sistema é pré-requisito essencial para


operacionalização do certame eletrônico, que se dá no Serviço Federal de
Processamento de Dados (SERPRO). Efetuando-se por meio de chave de identificação e
senha, as quais poderão ser utilizadas em qualquer pregão eletrônico. Os sistemas
eletrônicos mais recorrentes no Brasil são os ofertados pelo Governo Federal, como o
COMPRASNET2, através do endereço eletrônico www.comprasnet.gov.br, e pelo
Banco do Brasil, por meio do endereço www.licitacoes-e.com.br.

Um outro registro se faz obrigatório, qual seja o registro atualizado no SICAF (Sistema
de Cadastramento Unificado de Fornecedores), e em conformidade com o artigo 3º,
parágrafo 2º, do Decreto nº 5.450/05 todos aqueles que utilizarem o COMPRASNET,
encontram-se obrigados a essa exigência.

4.1.1 FASE INTERNA

Por se tratar de procedimento licitatório, o pregão eletrônico não se exima da divisão de


fases em interna e externa. Sendo que na fase interna, como bem descreve Fernandes
(2006), se desenvolvem os atos iniciais como a definição do objeto15, os preparatórios
da convocação, as regras do desenvolvimento do certame e da futura contratação.

                                                                                                               
15
Atendendo para tanto, as caracterizações de objeto, quais sejam bens e serviços comuns.
É, em suma, a preparação para o ato convocatório. Deve-se definir as exigências para
habilitação, havendo como diferença essencial em relação ao pregão presencial, a
exigência do fornecedor ter cadastro atualizado no SICAF, como já mencionado.
Quanto aos critérios de aceitação das propostas, cabe ao pregoeiro apreciar a relação de
pertinência entre o que é apresentado pelo licitante e aquilo que é exposto no edital,
bem como definir as sanções por inadimplemento, em sede das regras próprias
existentes para tais situações.

Depois de fixadas as sanções serão definidas as cláusulas contratuais, levando-se em


conta as regras do artigo 55 da Lei 8.666/93, uma vez que as regras específicas do
pregão eletrônico, são aplicáveis apenas até o momento do termino do procedimento,
vigorando subsequentemente as regras da lei das licitações e contratos.

Por fim, deve conter o edital, o endereçamento eletrônico no seu preâmbulo, as


informações relativas à participação no certame, de forma clara e objetiva, como
definidas no inciso I do Art. 3º da Lei 10.520/02. Além da escolha do pregoeiro e da
equipe de apoio que é feita por autoridade competente dentre os servidores do órgão ou
entidade que ora promove o pregão.

4.1.2 FASE EXTERNA

Após publicado o edital, inicia-se a fase externa. Todas as etapas posteriores serão
regidas de acordo com o método definido pelo pregoeiro, visto que a lei fora omissa no
tocante a este aspecto.

Em regra segue-se a convocação através do aviso do edital. Os licitantes enviarão


eletronicamente suas propostas até a data e hora marcada para a abertura da sessão,
existindo a prerrogativa para os licitantes de alteração das propostas até este momento.
Em dia e horário estipulados pelo edital é aberta a sessão pública que ocorrerá no meio
16
virtual , Procedendo-se a seguinte sequência: início da sessão, exame de
conformidades das propostas, seleção dos lançadores, etapas de lances, condições para o
lance, enceramento da fase de lances, negociação, desconexão do sistema, exame de
habilitação, recurso e saneamento.

Com o termino da sessão prossegue-se à fase recursal, na qual o pregoeiro não poderá
adjudicar a licitação, na possibilidade de existência de recurso e em tendo este
provimento. Estando o recurso desprovido de devida motivação, adjudicará o pregoeiro,
o licitante vencedor. Caso contrário, a adjudicação é feita pela autoridade superior.

Os fatos reputados relevantes pelo pregoeiro são registrados em Ata que será elaborada
pela administração, devendo estar disponível aos licitantes do certame, bem como para
todos os interessados, no meio virtual, para se dê publicidade ao procedimento
licitatório. Mediante isto, o procedimento tem seu término com a homologação pela
autoridade competente e posterior convocação do licitante vencedor para assinatura do
contrato.

5. DISPOSIÇÕES FINAIS

Por conseguinte, continuam a existir as demais modalidades licitatórias previstas na Lei


nº 8.666/93, que não foram revogadas, com o advento do pregão, nem tampouco os
princípios e pressupostos de sua aplicação, de modo que o pregão é apenas mais uma
modalidade de licitação e poderá ser utilizado nas hipóteses em que seria cabível
concorrência, tomada de preços ou convite. A opção pelo pregão é facultativa, o que
evidencia que não há um campo específico, próprio e inconfundível. Não se trata de
uma modalidade cuja existência exclua a possibilidade de adotar aquelas elencadas na
Lei n. 8.666/93, mas se destina a substituir a escolha de tais modalidades, nos casos em
que assim seja considerado adequado e conveniente pela Administração.

                                                                                                               
16
Um dos sistemas da União mais utilizados para realização de pregões eletrônicos, é o COMPRASNET.
Este novo procedimento de seleção, aberto à participação de qualquer interessado, que
não se impõem requisitos mais aprofundados acerca da habilitação do fornecedor, nem
exigências acerca de um objeto sofisticado, poderá revelar-se uma solução satisfatória e
adequada, desde que utilizado com adequado discernimento e cautela, com vistas à
eficiência e moralidade administrativas.

É notória a necessidade de desburocratização de procedimentos da Administração


Pública. O Pregão, presencial ou eletrônico, representa um marco para uma nova fase
nas compras do serviço público. Espera-se que com esta nova modalidade os gestores
possam caminhar com melhores meios, tanto jurídicos como administrativos para a
efetividade nos serviços oferecidos aos cidadãos.

6. REFERÊNCIAS

BRASIL, Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: 1988. 17. ed; Brasília:
Câmara dos Deputados, coordenação de publicações, 2001;

BRASIL. Lei nº 8.666 de 21 de junho de 1993. Dispõe sobre o artigo 37, XXI, da Constituição Federal e
institui normas para licitação e contratos da Administração Pública e dá outras providências.

BRASIL, Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002. Institui no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, nos termos do art.37, inciso XXI, da Constituição Federal, modalidade de licitação
denominada Pregão, para a aquisição de bens e serviços comuns, e dá outras providências.

BRASIL. Tribunal de Contas da União. Licitações e Contratos: orientações básicas/ Tribunal de


Contas da União. Brasília: TCU, secretaria de Controle Interno, 2003.

MEIRELES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo – Malheiros Editores, 2001.

MONTEIRO, Washington de Barros, Curso de Direto Civil. – 17. ed. São Paulo: Saraiva, 1978. pg. 273;

MOTTA, Carlos Pinto Coelho. Eficácia nas Licitações e Contratos: estudos e comentários sobre as leis
8.666/93 e 8.987/95, com a redação dada pela lei 9.648 de 27/5/98. Carlos Pinto Coelho Motta. – 7. Ed.,
rev.atual. e ampl. – Belo Horizonte: Del Rey, 1998.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 14ª ed., São Paulo: Atlas, 2002.

DALLARI, Adilson Abreu. Aspectos Jurídicos da Licitação. 7ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2007.

ARAÚJO, Edmir neto. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Saraiva, 2005.
FONSÊCA, Marco Adriano Ramos. Pregão Eletrônico: uma análise de sua aplicabilidade e eficácia
na Administração Pública Federal. Campinas: Impactus, 2007.

PENA, C.B.; FELICIDADE, R.S.N.; MONTEIRO, J..Licitação por Pregão Eletrônico:


economicidade, celeridade e transparência na Secretaria de Estado da Fazenda do Pará - SEFA,
Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia, 2010.
<http://www.aedb.br/seget/artigos10/295_TCC%20Simposio%20de%20Gestao%20e%20Excelencia%20
em%20Tecnologia.pdf>. Acesso em:15 de maio de 2013.

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