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TEMA: 2.

LICITAÇÕES – MODALIDADES E PROCEDIMENTOS: Concorrência;


Tomada de Preços; Concurso; Leilão; Pregão.

O que é Licitação?

É um procedimento administrativo para a contratação de fornecedores do Estado.

Por que que existe uma licitação? Por que o Estado tem que fazer licitação e uma
empresa privada não?

Há uma razão importante para isso, pessoa física usa dinheiro próprio, como e o
quanto desejar desejar gastar. Exemeplo: Água mineral.
Já o Estado não, pois ele está lidando com o dinheiro público, dos contribuintes de
tributos. Em razão disso, o Direito brasileiro, obriga o Estado a contratar não quem
tenha o melhor preço, ou quem tenha o melhor amigo da Administração ou da
empresa que o administrador público quiser. Não! O Estado é obrigado a fazer uma
competição entre as empresas que tem aquilo que o Estado necessita, sendo o Estado
obrigado a contratar o vencedor da disputa. Por duas razões.
Princípios: Impessoalidade (sem favoritismo) e Publicidade (transparência), segundo
a constituição. Essa é a razão de existir a licitação.

A licitação é uma sequência encadeada de atos, é denominada de procedimentos ou


rito. Isso quer dizer que, abrir uma competição como uma licitação para atrair os
interessados para participar da disputa é um processo que a legislação disciplina.
Não pode a Administração pública contratante, escolher como que será esse rito. Pelo
contrário, a Administração está sujeita à forma como o legislador define esse
procedimento. Isso decorre de uma outra previsão constitucional que é o devido
processo legal. O procedimento licitatório é um processo criado por lei, daí o nome
devido processo legal.
Exemplo/Analogia: A ideia de um projeto fixado pela lei é como se a Administração
fosse um trem, a previsão do processo legal fosse o trilho e a decisão que a
Administração fosse tomar fosse o destino desse trem. Sendo assim, se a
Administração é o trem, ela não pode escolher o caminho que quiser ou cortar
caminho, não escolhe o caminho para a contratação de quem tiver a melhor proposta
ou mais vantajosa. Esse caminho é fixado pelo legislador, o devido processo legal.

Quem que tem a obrigação de fazer uma licitação?


A constituição federal de 88 disciplina o chamado dever de licitar (é o estudo sobre
quem está obrigado a fazer a licitação).
Regra de Ouro: Se um Órgão ou Entidade fizer parte da estrutura do Estado, tem que
fazer licitação.
O poder de licitar vincula principalmente entidades e ógãos que estão dentro da
estrutura do Estado.
Já os que estão fora, nós particulares, empresas privadas, mesmo concessionárias e
permissionárias que não integram a estrutura da Administração Pública, como regra,
não precisam se sujeitar a esse procedimento.

Dentro do Estado: Precisa licitar.


Fora do Estado: Não tem esse dever de licitar.
No direito Administrativo existe a diferença de Órgãos e Entidades Estatais:
Órgãos: Também integra a estrutura do estado mas não é uma pessoa jurídica. É uma
parte de uma pessoa jurídica.
Analogia: A palavra órgão não nasceu do ordenamento jurídico, foi importada da
linguagem da anatomia humana e por isso essa analogia muito importante. Uma
entidade estatal é como uma pessoa física, um conjunto de órgãos que faz uma pessoa
(braços, pernas, cabeça, etc), órgão público é a mesma coisa, sendo apenas um dos
órgãos da pessoa, ou seja, uma parte de uma pessoa jurídica estatal.
Exemplos: Ministérios: da União, da saúde, da educação, da justiça.
Distrito federal: secretarias de segurança pública, secretarias de transportes;
Tribunais; casas legislativas como senado e câmara dos deputados, câmara municipal;
Tribunal de contas, Ministério Público; Defensoria.

Entidades: Pessoa Jurídica Estatal: União, Estados, Distrito Federal, Municípios,


Autarquias, Agências Reguladoras, Empresas Públicas.

Resumindo: Entidades é a Pessoa Jurídica Estatal e Órgãos são as divisões internas


dessa Pessoa Jurídica Estatal.

É por isso, que como regra o dever de licitar vincula entidades e órgão estatais.
Assim, todos os órgão e entidades citados tem o dever de licitar antes de escolher
quem vai ser o contratado.

Quem não tem dever de licitar: São pessoas físicas e jurídicas fora da Administração
Pública além das empresas privadas que antes de serem foi aberto licitação até
ganhar: Concessionárias: Contrato de concessão: Exemplo Concessionária de
rodovias
Permissionárias: Contrato de permissão: taxista.
Entes/entidades de cooperação (voluntariado): Ongs de preservação ambiental.

Uma entidade da iniciativa privada não integra a estrutura estatal deverá fazer
licitação, quando ela receber dinheiro público e for aplicar esse dinheiro, caso
excepcional. Exemplo: o governo deu 10.000 para uma ong para ajudar na
preservação do meio ambiente. O poder de licitar está vinculado ao critério subjetivo
de licitar, vinculado ao dinheiro público. Onde o dinheiro for, o critério de licitar o
acompanha. Atrelado ao recurso publico. Garantindo a impessoalidade e a
transparência (Publicidade).

Modalidades de Licitação:
São os diferentes ritos ou procedimentos que a legislação brasileira obriga o Poder
Público licitante a licitar.

Modalidades: Concorrência, Tomada de preços, Convite, concurso, leilão e Pregão.

Cuidado: Nunca confunda Modalidades de licitações com Tipos.


Tipos de licitação são os diferentes critérios de julgamentos que são: melhor proposta;
melhor técnica; melhor preço; melhor técnica e preço; maior lance ou oferta; menor
lance.
Quando o Poder público quer contratar alguma coisa, faz-se uma pesquisa de
mercado, o que tem relação com o preço para saber quanto que vai custar em mévia
de forma prévia. Exemplo: A União quer comprar vassouras, para deixar em todas as
repartições públicas federais. Para saber em média o valor total do quanto que será
gasto. Critério quantitativo para diferenciar as modalidades licitatórias. Sendo
necessário respeitar os limites dos valores permitidos a cada tipo de licitações atuais.

Limites de Modalidades Quantitativas (preço da contratação):


Concorrência: Obras de serviços de engenharia e demais objetos de grande valor:
acima de 3.300.000
Tomada de preço: Obras e serviços de engenharia e demais objetos de valor
intermediário de até 3.300.000
Convite: Objetos de valores menores abaixo de 3.300.000

Modalidades Qualitativas (Não importa o valor do objeto):


Leilão:
Pregão: para contratação de bens e serviços comuns (de pouca ou alta complexidade,
desde que seja padronizado no mercado, comum); critério de menor lance ou oferta.
Exemplo: O ministério precisa comprar canetas, objeto padronizado.
Exemplo: programa de Autocad sofisticado, complexo, mas padronizado no mercado.
Concurso:

Tipos de licitação: São critérios de julgamento. São eles:


Melhor Preço: menor valor. Exemplo: Água mineral
Melhor Técnica: melhor qualidade. Exemplo: Colchão
Melhor Técnica e Preço: Custo e Benefício.
Maior Lance ou Oferta: Quando o Estado quer vender ou alienar um bem público
(Leilão)
Menor Lance ou Oferta: O estado quer comprar e é oferecido o menor preço para a
compra (Leilão).

A lei geral de licitações 8.666/93 prevê que o Estado deve abrir licitações e celebrar
contratos no âmbito geral. Mas há casos em que o Estado poderá fazer a contratação
direta de bens e serviços sem a necessidade de licitação.

Contratação direta sem licitação: diferenças


Dispensa de Licitação: Prevê um rol taxativo com exemplos em que somente o que
está escrito na lista fechada onde há exemplos de casos onde poderá dispensar
licitações. Sendo possível a dispensa de licitação, mas não é obrigatório pela lei.
Exemplo: Pneu para a viatura do prefeito de R$1.000. Mais fácil comprar direto sem
licitação.

Inexibilidade: está numa lista aberta, um conjunto exemplificativo de casos onde a lei
descreve casos em que pode ser inexigível a licitação, podendo a lei acrescentar novos
exemplos. Exemplo: Contratação da Ivete Sangalo para show de encerramento de
final de ano, artista de renome, artista consagrado. Devido a inviabilidade de
competição.

Lei de Licitações de 8.666/1993 (lei geral, exceto de pregão)


Lei do pregão de 10.520/2002 (lei própria)

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