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PORTO ALEGRE
2008
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RESUMO
Abstract
This work is about biddings, approaching the wide defense and the
respective request appeals. On its elaboration, it has been chosen for
organize it in 3 (three) blocks, objecting the easy understanding of the
subject. The initial block deals with the modes of the biddings which are
present in Law 8.666/93 and in Law 10.520/02. The second block deals
appeals in the scope of biddings, in Law 8.666/93 and in the choice for the
lowest price present and electronic. Finally, the third block deals with the
principle of wide defense and the contradictory, showing the relationship
of these principles with the repeal and the annulment of the bidding, as
well as other that relates with themselves.
keywords: wide defense, contradictory, appeal, choice for the lowest price
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................12
2 PROCEDIMENTO NA LICITAÇÃO........................................................................14
2.1. LICITAÇÃO.........................................................................................................14
2.2. MODALIDADES DE LICITAÇÃO .......................................................................17
2.2.1. Concorrência.........................................................................................17
2.2.2. Tomada de Preços................................................................................18
2.2.3. Convite..................................................................................................18
2.2.4. Concurso...............................................................................................19
2.2.5. Leilão.....................................................................................................19
2.2.6. Pregão...................................................................................................20
2.3. ETAPAS DO PROCEDIMENTO.........................................................................20
2.3.1. Edital.....................................................................................................21
2.3.2. Habilitação.............................................................................................22
2.3.3 . Classificação das Propostas.................................................................23
2.3.4. Homologação e Adjudicação................................................................24
2.3.5. Fases do Pregão...................................................................................25
2.3.5.1. Edital e Credenciamento .........................................................25
2.3.5.2. Classificação das Propostas...................................................25
2.3.5.3. Habilitação ..............................................................................26
2.3.5.4. Adjudicação e Homologação...................................................26
3 RECURSOS NA LICITAÇÃO................................................................................27
3.1. CONCEITO.........................................................................................................27
3.1.1 Recurso na Lei 8.666/93...................................................................................27
3.1.2. Pressupostos Recursais........................................................................29
3.1.3. Cabimento..............................................................................................29
3.1.4. Legitimidade para recorrer.....................................................................29
3.1.5. Interesse para recorrer..........................................................................29
3.1.6. Tempestividade................................................................................ .....30
3.1.7. Regularidade Formal e Material...........................................................30
3.1.8. Procedimento Recursal.........................................................................31
3.1.9. Juízo de Admissibilidade e Mérito.........................................................31
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1. INTRODUÇÃO
2. PROCEDIMENTO DA LICITAÇÃO
2.1 LICITAÇÃO
2.2.1 CONCORRÊNCIA
2.2.3 CONVITE
2.2.4 CONCURSO:
2.2.5 LEILÃO
2.2.6 PREGÃO
2.3.1 EDITAL
2.3.2 HABILITAÇÃO
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qualquer vício que seja sanável. Se não for sanável, pode até anular o procedimento
licitatório.
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A partir deste momento fundamentar-se-á pela Lei nº10.520/02 e Decretos ns. 3.555/00 e 5.450/05.
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2.3.5.3 HABILITAÇÃO
7
A Lei 8.666/93 é subsidiária ao se tratar de pregão presencial e eletrônico, já que a Lei 10.520/02 e
os Decretos nºs 3.555/00 e 5.450/05 que regulam o Pregão não são exaustivos.
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3. RECURSOS NA LICITAÇÃO
3.1 CONCEITO
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No Pregão, tanto eletrônico quanto presencial, ocorre uma inversão da adjudicação e homologação
em relação à Lei 8.666/93
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Art. 109. Dos atos da Administração decorrentes da aplicação desta Lei cabem:
I - recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da intimação do ato ou da lavratura da ata, nos
casos de:
a) habilitação ou inabilitação do licitante;
b) julgamento das propostas;
c) anulação ou revogação da licitação;
d) indeferimento do pedido de inscrição em registro cadastral, sua alteração ou cancelamento;
e) rescisão do contrato, a que se refere o inciso I do art. 79 desta Lei;
f) aplicação das penas de advertência, suspensão temporária ou de multa;
As alíneas “e” e “f” dizem respeito ao âmbito contratual, fora da nossa exposição.
29
3.1.3 CABIMENTO
3.1.6 TEMPESTIVIDADE
Art. 11. [...] XVII - a manifestação da intenção de interpor recurso será feita
no final da sessão, com registro em ata da síntese das suas razões,
podendo os interessados juntar memoriais no prazo de três dias úteis;
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3.2.2 CABIMENTO
procedimental licitatória. É o próprio licitante que está habilitado para recorrer, ele
mesmo é quem pode interpor o recurso.
3.2.5 TEMPESTIVIDADE
3.2.10 CONCLUSÃO
relacionar com várias decisões que foram feitas durante a sessão pública. Mas aqui,
também, pode ocorrer o desfazimento do procedimento. Se a anulação ocorrer antes
da fase recursal, concentrada no final, quando do anúncio do vencedor do certame,
o pregoeiro deve abrir oportunidade para a participação dos licitantes exercerem a
ampla defesa e o contraditório prévios e, só a partir daí, chegar a uma decisão sobre
a anulação. E, após, dando oportunidade para recurso tendo por base a anulação do
procedimento licitatório.
A jurisprudência só reconhece o direito de participação do licitante no
procedimento de anulação, não o reconhecendo para o de revogação. Há decisões
judiciais importantes acerca da revogação e a anulação dos atos licitatórios.
O Supremo Tribunal Federal ao julgar o Agravo Regimental em
Recurso Extraordinário número 342.593-5/SP decidiu que, para a anulação do
procedimento licitatório é necessário previamente ocorrer procedimento com
garantia de ampla defesa e contraditório. Ademais, segundo o Ministro Mauricio
Correa não basta que haja um procedimento administrativo com ampla defesa e
contraditório, mas que, resultando uma decisão desfavorável ao licitante, esse possa
ainda interpor recurso para a instância superior, a fim de que sua inconformidade
seja reexaminada. A simples interposição de recurso não basta para suprir o ato
anulatório no qual não teve participação o licitante, é necessário um procedimento
prévio que garanta a ampla defesa e o contraditório e, então, sendo a decisão
desfavorável, ainda interpor recurso para a instância superior. Este Acórdão faz uma
interpretação sistemática dos artigos 49, § 3º, com o artigo 109 da Lei de Licitações,
que trata dos recursos, o que na verdade já tinha sido realizado pelo Acórdão do
TJSP. A decisão foi assim ementada:
qualquer pessoa do povo que se interesse pela legitimidade e legalidade dos atos
estatais. Nesse aspecto, publicidade se confunde com transparência. Assim, se
previnem fraudes ou se utiliza os meios jurídicos disponíveis para impedir um dano
maior ao serviço e patrimônio público.
Um exemplo jurisprudencial sobre o princípio da publicidade é o
seguinte, considerando uma parte de sua ementa, pois a outra diz respeito a
questões processuais:
Ou, ainda, outro caso em que a forma de publicidade não seguiu o que
está prescrito na Lei 8.666/93. Não houve esclarecimento ao licitante sobre a
eventual existência de recurso contra a sua habilitação e nem de quem era este
recurso. O aviso aos licitantes sobre o recurso tem que ser específico, possibilitando
a apresentação de contra-razões.
4. 4 PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO
principalmente, na fase recursal. Isso ocorre por causa de uma questão empírica e
não propriamente jurídica.
Apesar da celeridade ser uma característica do pregão presencial,
neste não há o problema do meio físico interferir no andamento do certame
licitatório, já que todos estão presentes e a interposição de recurso é realizada de
viva voz. Por causa do sistema eletrônico é que surge o problema do princípio da
celeridade atrapalhar o direito de recorrer e, por conseqüência, a ampla defesa e o
contraditório.
Será que na prática todos os portais da internet, que são meios para
realizar as compras governamentais, têm condições de aceitar em campos
apropriados a interposição de recurso administrativo licitatório, seus motivos, e, além
disso, a apresentação das razões e contra-razões recursais no próprio portal?
Na verdade, temos sérias duvidas sobre o pregão eletrônico e seu
desenrolar. Na consulta aos autos do procedimento, via eletrônica, é disponibilizado
apenas o relatório e a ata da sessão pública ou são disponibilizados todos os dados
do procedimento? Utiliza-se o meio eletrônico num momento e em outro fac-símile
ou e-mail para a comunicação do pregoeiro com os licitantes?
São questões pertinentes que estão relacionadas com o
desenvolvimento tecnológico e a dificuldade ainda de se utilizar a internet e portais
para um fiel cumprimento do procedimento licitatório. Seja como for, somente com o
avanço da tecnologia é que essas indagações vão ser respondidas.
5. CONCLUSÃO:
várias decisões tomadas pelo pregoeiro. Por isso, o pregão, tanto eletrônico quanto
presencial é mais célere. A tendência é que várias inovações, como a inversão das
fases do procedimento, habilitação e julgamento das propostas, exame da proposta
apenas do licitante vencedor sejam estendidas as demais modalidades.
O recurso licitatório é um meio de impugnar as decisões proferidas na
instância inferior administrativa, fazendo com que se obtenha uma outra apreciação
da decisão pela autoridade superior.
A ampla defesa e o contraditório são exercidos na fase recursal, pela
confrontação das alegações do licitante recorrente com as alegações do licitante que
contra-arrazoa. A autoridade superior é quem julga o recurso, chegando a uma
decisão definitiva e fundamentada sobre a melhor solução para o certame .
A ampla defesa e o contraditório são exercidos não só na fase recursal,
mas por ocasião da anulação do certame licitatório.
Os princípios da motivação, da publicidade e da celeridade se
relacionam com o da ampla defesa e do contraditório. Não sendo bem concretizados
pela administração, a ampla defesa e o contraditório podem ser atingidos e, com
isso, ocorrer cerceamento de defesa.
Por fim, conclui-se que o pregão trouxe uma série de benefícios para a
Administração Pública Brasileira, tais como, redução dos prazos, mas
principalmente, redução dos valores médios dos bens adquiridos pela
Administração.
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REFERÊNCIAS
BRUNO, Reinaldo Moreira. Recursos do Processo Licitatório. Minas Gerais: Del Rey,
2005.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 1999.