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I.1 – CONTRATO DE COMPRA E VENDA .......................................................................................................... 3
I.2 – CONTRATO DE MANDATO – 1157 CC ..................................................................................................... 3
I.2.1 – amplitude dos poderes do mandatário ........................................................................................... 3
I.2.2 – Mandato Comercial – 231 C. Comercial .......................................................................................... 4
I.3 – CONTRATO DE COMISSÃO – 266 C. COMERCIAL .................................................................................... 4
I.4 – CONTRATO DE AGÊNCIA ......................................................................................................................... 4
I.4.1 – Diferença com outras figuras ........................................................................................................... 4
I.4.2 – Caraterísticas ................................................................................................................................... 5
I.4.3 – Deveres do agente ........................................................................................................................... 5
I.4.4 – Direitos do agente............................................................................................................................ 5
I.4.5 – Formas de Cessação ......................................................................................................................... 6
I.4.6 – Consequências da cessação do contrato de agência ....................................................................... 6
I.4.7 – CONTRATO DE CONCESSÃO ................................................................................................................. 6
I.4.8 – CONTRATO DE FRANQUIA ................................................................................................................... 7
II – A PROTEÇÃO DA EMPRESA ........................................................................................................................... 7
III – PROPRIEDADE INDUSTRIAL .......................................................................................................................... 8
III.1 – ÂMBITO DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL ............................................................................................... 8
III.2 – ATRIBUIÇÃO DOS DIREITOS DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL ................................................................ 9
III.2.1 – efeitos da concessão ou registo..................................................................................................... 9
III.2.2 – processo de concessão e registo ................................................................................................... 9
III.2.3 – transmissão e licenciamento do direito – 31 e 32 ....................................................................... 10
III.2.4 – Extinção dos direitos – 33 a 38 .................................................................................................... 10
III.3 – INVENÇÕES.......................................................................................................................................... 10
III.3.1 – PATENTES ..................................................................................................................................... 10
III.4 – MODELOS DE UTILIDADE .................................................................................................................... 13
III.5 – DESENHOS OU MODELOS ................................................................................................................... 13
III.5.1 – PROTEÇÃO LEGAL......................................................................................................................... 13
III.6 – MARCAS .............................................................................................................................................. 14
III.6.1 – Constituição das marcas – 222 .................................................................................................... 15
III.6.2 – Registo da Marca ......................................................................................................................... 15
III.6.3 – Extinção do direito à marca ......................................................................................................... 16
III.7 – LOGOTIPOS – 281 e ss ......................................................................................................................... 16
III.8 – DENOMINAÇÕES DE ORIGEM E INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS – 305 ................................................... 17
III.9 – DOMINIOS ........................................................................................................................................... 17
DIREITO COMERCIAL – UAL – 4º ANO, 1º SEMESTRE - 1º TESTE
I – CONTRATOS DE DISTRIBUIÇÃO
Os contratos de distribuição são o resultado da crescente especialização dos industriais fabricantes no setor
produtivo, afastando-se da distribuição e venda aos consumidores dos produtos ou serviços resultantes da
sua atividade e deixando esse papel para outros agentes económicos especializados e melhor preparados
para essa função.
São vários os objetivos do produtor quando se socorre da intervenção de um terceiro para que este se ocupe
da função de distribuição dos seus produtos:
• Concentração de recursos naquela que é a sua atividade principal
• Criação de condições para atingir novos mercados aos quais não tem acesso por si só.
• Redução do risco da sua atividade, afastando-se das tarefas de colocação dos produtos no mercado
Distribuição Direta - Dependendo dos interesses particulares de cada fabricante, e do seu modelo de
negócios, estes poderão optar por realizar de forma integrada a distribuição dos seus produtos, devendo
para o efeito contar com os meios materiais e humanos e proceder à sua gestão.
Distribuição Indireta Simples – vender os bens a um distribuidor e ficar desvinculado com a política e plano
para o escoamento desses produtos entre os consumidores.
Distribuição indireta integrada – Atribuir a um terceiro a distribuição dos seus bens, mas manter certo
controlo sobre o processo de distribuição, sendo neste contexto que surgem os contratos de distribuição.
Contrato de Distribuição – Consiste no negócio jurídico celebrado entre duas ou mais partes com caráter
duradouro, sendo que o fabricante/produtor permite ao distribuidor (agente, franquiado ou concessionário)
que promova a venda dos seus bens ou serviços, devendo nesse processo obedecer determinadas diretrizes
do produtor/fabricante.
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DIREITO COMERCIAL – UAL – 4º ANO, 1º SEMESTRE - 1º TESTE
É um contrato típico e nominado, que não exige forma especial. É um contrata oneroso e sinalagmático.
Tem efeitos reais de transferência da propriedade e efeitos obrigacionais uma vez que constitui obrigações
para as duas partes.
Obrigações do mandante
• Fornecer os meios necessários à execução do mandato
• Pagar a retribuição devida
• Reembolsar o mandatário das despesas que este tenha efetuado
• Indemnizar o mandatário pelos prejuízos que eventualmente tenha sofrido.
Extinção
• Pelo cumprimento das obrigações de gestão assumidas pelo mandatário
• Revogação
• Denuncia
• Caducidade
• Resolução
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DIREITO COMERCIAL – UAL – 4º ANO, 1º SEMESTRE - 1º TESTE
Obrigações do mandatário
• Cumprir o contrato de acordo com as instruções recebidas – 238
• Informar o mandante de todos os factos relevantes que possam levá-lo a modificar ou revogar o
mandato – 238
• Avisar o mandante logo que executado o mandato – 240
• Pagar juros das quantias recebidas do mandante – 241
Obrigações do mandante
• Fornecer ao mandatário os meios necessário ao exercício do mandato – 243
• Pagar-lhe a remuneração acordada
• Reembolsar o mandatário das despesas por este efetuadas.
O comissário age sem estar munido de poderes de representação, por isso os negócios por si celebrados
vinculam-no exclusivamente a ele próprio, obrigando-se a transmitir para o comitente os bens que tenha
adquirido ou os efeitos dos negócios que tenha celebrado no interesse deste - 268.
O agente é um profissional liberal que atua com autonomia por conta do principal, não sendo um trabalhador
subordinado, agindo assim em nome próprio, mas no interesse do agenciado.
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No contrato de comissão o comissário celebra contratos por si e em seu nome, não do comitente,
ainda que por conta daquele.
O agente, tipicamente, promove a celebração de contratos diretamente entre o cliente e o principal.
O agente não assume obrigações ou adquire direitos decorrentes dos atos materiais praticados
I.4.2 – Caraterísticas
Atuação por conta do principal: o agente pratica atos que se destinam a produzir efeitos na esfera
jurídica do principal, agindo em benefício deste. Nos contratos de franquia e de concessão o
franquiador e o concessionário atuam por conta própria.
Autonomia – o agente promove os negócios do agenciado com a sua própria estrutura sendo
responsável por todas as despesas decorrentes da promoção dos negócios do agenciado. É o agente
que define a sua estratégia de abordagem aos potenciais clientes. É ele que define como, quando e
se atua face a cada uma das situações negociais que se lhe depara. No entanto o agente tem que
coordenar a sua atividade com a estratégia do principal.
Estabilidade – a duração do contrato de agência pode ser variável (com ou sem prazo), mas não se
reduz à prática de atos isolados, o que acontece nos contratos de mediação, onde o mediador
intervém apenas na preparação de um negócio concreto.
Onerosidade – como contrapartida dos serviços prestados pelo agente recebera do agenciado as
correspondentes comissões resultantes da angariação de clientes que venham a celebrar com ele
contratos de compra e venda ou aquisição de serviços.
Exclusividade – existe a possibilidade de que o agenciado atribua ao agente uma zona geográfica ou
um conjunto de clientes exclusivos para o desenvolvimento da sua atividade.
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DIREITO COMERCIAL – UAL – 4º ANO, 1º SEMESTRE - 1º TESTE
• Pagamento da retribuição/comissões – 16
• Compensação pela obrigação pela não concorrência
• Aviso de falta de disponibilidade para celebração de mais contratos – 14
• Indemnização de clientela – 33
Constitui um contrato-quadro desprovido de regime jurídico próprio e sendo, nessa medida, embora
socialmente típico, um contrato legalmente atípico, que em termos gerais se pode definir como um contrato
inominado pelo qual uma das partes (concessionário) se obriga a comprar a outra (concedente) para revenda
numa determinada zona, com carater duradouro, bens produzidos ou distribuídos pelo concedente, e do
qual resulta uma relação obrigacional complexa em que o concessionário assume ainda determinadas
obrigações no tocante à sua organização, à política comercial e à assistência a prestar aos clientes,
sujeitando-se a um certo controlo e fiscalização do concedente.
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O concessionário atua em nome próprio e por conta própria, adquirindo para si a propriedade dos produtos
que irá colocar nos mercados por si explorados. O concessionário assume diretamente o risco de
comercialização.
No contrato de franquia a obrigação assumida pelo franquiador é de “obrigação de meios” devido ao risco
inerente à natureza do negócio; assim, o sucesso do negócio não faz parte das obrigações a que se encontra
vinculado o franquiador.
Um dos elementos essenciais do contrato de franquia consiste na transmissão de um certo “saber-fazer” que
permitirá ao franquiado manter a reputação e a imagem da marca do franquiador. O franquiador está apenas
adstrito a transmitir o capital técnico necessário à prossecução do fim do contrato
II – A PROTEÇÃO DA EMPRESA
A concorrência constitui um fenómeno dinamizador das atividades comerciais, traduzindo-se na competição
entre as empresas pela conquista da clientela e de mercados, através da qualidade e atratividade dos
produtos, da propaganda e de outros meios de marketing. É uma emanação direta da liberdade de iniciativa
económica, isto é, a possibilidade de quem quer que seja ter acesso às diversas atividades económicas.
Desta forma a concorrência é desejada pelos poderes públicos que procuram criar condições para o seu
desenvolvimento, através das normas de defesa da concorrência, sendo que estas têm por objetivo garantir
a liberdade de acesso ao mercado, assegurar a transparência do mercado e reforçar a competitividade dos
agentes económicos, os quais deverão contribuir para a prossecução dos fins últimos de salvaguardar os
interesses dos consumidores e favorecer os objetivos gerais de desenvolvimento económico e social.
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DIREITO COMERCIAL – UAL – 4º ANO, 1º SEMESTRE - 1º TESTE
Para realizar tais finalidades o legislador proíbe e combate determinadas condutas que impediriam o livre
funcionamento da concorrência.
A defesa da lealdade da concorrência e dos legítimos interesses das empresas comerciais com elas
relacionadas é obtida em via preventiva através da criação, concessão e proteção de direitos privativos sobre
determinados elementos objetivos de carater imaterial, integrantes do estabelecimento comercial: as
invenções, os modelos de utilidade, os modelos e desenhos industriais, as marcas, as recompensas, os
logotipos e as denominações de origem entre outras.
Estas criações e sinais distintivos são bens jurídicos incorpóreos que fazem parte dos estabelecimentos
comerciais dos respetivos titulares, podendo ser alienados ou onerados, o que lhes confere um valor próprio
e independente. O valor dos mesmos baseia-se na importância que estes têm para a salvaguarda dos
relevantes interesses da empresa. Estes interesses são:
• Criações novas – utilização exclusiva de ideias e soluções inovadoras referentes aos seus produtos e
aos processos de os fabricar, ideias estas que os concorrentes ficarão proibidos de utilizar.
• Sinais distintivos – promoção da imagem da empresa, fator decisivo para projetar face às suas
concorrentes no mercado.
III.1 – ÂMBITO DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL
Art.º 1º - A propriedade industrial desempenha a função de garantir a lealdade da concorrência, pela
atribuição de direitos privativos sobre diversos processos e técnicas de produção e desenvolvimento da
riqueza.
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DIREITO COMERCIAL – UAL – 4º ANO, 1º SEMESTRE - 1º TESTE
Tem um âmbito específico, referente ao conteúdo dos vários bens, que tipifica e protege em ordem à
proteção dos interesses das empresas associadas a cada um deles, tendo em vista defender o exclusivismo
do seu uso pelo respetivo titular.
A concorrência desleal tem um âmbito mais vasto e mais exigente nos seus requisitos, destinado à
preservação da ética comercial contra as condutas que possam violar os seus princípios e regras.
A propriedade industrial pressupõe o registo dos respetivos objetos, sendo delimitada pelo conteúdo e
eficácia desse registo.
Para a concorrência desleal é indiferente a existência do registo, sendo que a mesma depende de que o ato
praticado seja um ato de concorrência suscetível de causar prejuízos à empresa concorrenciada e que
envolva a violação de regras de lealdade mercantil.
De referir, ainda, que a Propriedade industrial se aplica a todas as empresas e não só às comerciais e a todas
as pessoas físicas ou jurídicas.
A regra geral consta do artº 4/2, trata-se de uma presunção ilidível, quer por via do recurso – 39 e ss, quer
por via da declaração de nulidade – 33 e ss.
O registo tem efeitos acessórios: o registo de marcas, logotipos e denominações de origem e indicação
geográfica constitui fundamento para a recusa ou anulação das firmas confundíveis com aqueles sinais – 4/4
e 5. A anulação está sujeita a um prazo de caducidade de 10 anos.
Embora a eficácia constitutiva dos direitos de propriedade industrial resida nos atos de concessão ou registo
importa ressaltar a importância dos respetivos títulos como meios de prova de tais direitos – 7/1. Estes títulos
revestem a forma de documentos escritos.
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DIREITO COMERCIAL – UAL – 4º ANO, 1º SEMESTRE - 1º TESTE
Da apresentação de cada pedido é publicado pelo INPI aviso no boletim da propriedade industrial, de onde
decorrem 2 efeitos importantes:
• Proteção provisória – 5/1
• A partir da data da publicação corre o prazo para reclamações.
Das decisões do INPI cabe recurso judicial, que pode ser interposto para o tribunal da propriedade intelectual
no prazo de 2 meses a contar da publicação do despacho – 41 a 47.
As alienações por atos entre vivos devem provar-se por documento escrito – 31/5.
Existe o contraste de concessão de licença de exploração – 32/1. Este contrato, que pode ser gratuito ou
oneroso não transmite ao licenciado a titularidade do direito, já que o licenciador conserva o direito de
explorar o respetivo objeto – 7
O contrato de transmissão do direito de propriedade industrial, ainda que com carater temporário implica
que o transmitente se demita da titularidade do direito e por conseguinte da possibilidade de explorar o
respetivo objeto.
O contrato de licença confere o gozo de todas as faculdades que assistem ao titular do direito – 32/4, com
algumas ressalvas:
• A duração da licença é a que resultar do contrato;
• A posição do licenciado não é alienável sem o consentimento escrito do licenciador;
• A licença pode ser exclusiva.
III.3 – INVENÇÕES
Resultado de uma atuação criativa do espirito humano, consistente em um novo produto, ou um novo
processo ou meio técnico para obtenção de produtos – 51
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DIREITO COMERCIAL – UAL – 4º ANO, 1º SEMESTRE - 1º TESTE
próprio recorte do objeto da invenção, o qual, de acordo com o 97/1, é determinado pelo conteúdo das
reivindicações, servindo a descrição e os desenhos para as interpretar.
Não são patenteáveis (53) as invenções cuja utilização seja contrária à lei, à ordem pública, à saúde pública
e aos bons costumes.
Da concessão de uma patente resulta uma situação jurídica complexa, que envolve direitos e deveres:
Lado Ativo – adquire um direito vigente por 20 anos (99), sendo que este direito compreende os seguintes
poderes:
• Direito Exclusivo de explorar o invento – 101/1
• Direito de impedir terceiros – 101/2
• Direito de transmitir a patente ou conceder licenças
• Direito de usar a expressão “patenteado” – 100
Lado Passivo
• Obrigação de explorar a invenção patenteada
• A exploração deve iniciar-se no prazo de 4 anos a contar do pedido da patente – 106
• Atribuição de licenças de exploração obrigatórias nos casos previstos no 107
o Falta ou insuficiência de exploração da invenção patenteada – 110
o Dependência entre patentes – 109
o Interesse público - 110
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III.3.1.2 – Transmissão
O direito emergente da patente pode ser objeto de transmissão – 80/3. Pode ser objeto de penhora e de
expropriação por utilidade pública – 105.
Se a nova patente sobre a mesma invenção for concedida pode ser declarada nula – 33/1/a), 35, 113/1/a)
Quem fizer uso indevido do invento patenteado ficará sujeito a penas criminais – 321.
III.3.1.4 – Extinção
• Declaração de nulidade da patente – 33 + 35 + 36 + 113
• Anulação da patente – 34 e 35
• Caducidade por
o Termo do prazo de 20 anos – 37/1/a) e 99
o Falta de pagamento de taxas – 37/1/b)
• Renuncia do titular
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Tem o inconveniente de obrigar o inventor que deseja a proteção do seu invento em vários países a
apresentar em cada um destes um pedido independente, o que representa onerosas despesas e trabalho
intenso.
O seu objeto é uma invenção, residindo a diferença para a patente na maior simplificação e celeridade do
processo do modelo de utilidade – 117/2.
Os modelos e desenhos apresentam afinidades com as obras de arte e que têm um regime diferente do
modelo de utilidade.
Constitui uma via de proteção menos ambiciosa para proteger produtos que sem representar uma genuina
invenção revistam carater inovador, tendo como carateristicas mais aperfeiçoadas, que lhe aumentam a
utilidade ou melhoram o desempenho
As invenções distinguem-se dos desenhos ou modelos dado que aquelas constituem descobertas de utilidade
industrial, ao passo que estes limitam-se a dar nova apresentação a um produto conhecido, visando torna-lo
esteticamente mais agradável, à imagem de considerações de utilidade intrínseca do objeto.
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DIREITO COMERCIAL – UAL – 4º ANO, 1º SEMESTRE - 1º TESTE
O direito à obtenção do registo obedece às mesmas regras das patentes, por força da remissão dos artº 181,
182 e 183.
A proteção legal obtém-se mediante o registo do modelo ou desenho, de acordo com o 184 a 198, o qual
confere:
• Direito exclusivo ao seu uso – 203
• Direito de autorizar ou proibir atos de utilização – 203/1
• Direito de identificar o desenho ou modelo protegido – 202
Os efeitos do registo vigoram por 5 anos, renováveis por iguais períodos até ao limite de 25 – 201.
Podem ser protegidas como modelos de utilidade as invenções novas, implicando atividade inventiva, se
forem suscetíveis de aplicação industrial.
Os modelos de utilidade visam a proteção das invenções por um procedimento administrativo mais
simplificado e acelerado que o das patentes
A proteção de uma invenção que respeite as condições estabelecidas no nº1 pode ser feita por opção do
requerente, a titulo de modelo de utilidade ou de patente.
III.6 – MARCAS
Marca é um sinal utilizado para distinguir os produtos sobre os quais incide. É um sinal distintivo dos
produtos, serve para referenciar os produtos ou serviços distinguindo-os dos outros. É um fator de
publicidade indispensável – 222.
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A constituição das marcas é livre, podendo o empresário compô-las a seu arbítrio. A lei, no entanto,
estabelece algumas restrições resultantes dos princípios que regem a composição das marcas:
• Independência do produto – A marca não pode ser um elemento constitutivo do produto;
• Eficácia distintiva – A marca deve ser capaz de distinguir o produto dos de outros empresários
• Verdade – 239/1/b) e 239/2/a) e c)
• Licitude
• Novidade e especialidade – exige-se que a marca seja nova – 239/1/a)
Quando uma marca não é nova aquele que a adota pratica. Uma usurpação, que pode revestir duas
modalidades:
• Contrafação ou reprodução – cópia integral da marca anterior
• Imitação – adoção de uma marca confundível com outra.
O registo da marca confere ao seu titular o direito ao uso exclusivo por 10 anos, renovável indefinidamente
– 255.
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Quanto à marca de facto, não registada, ela não é objeto de um direito de propriedade legalmente titulado,
o que não invalida que não seja conferida alguma proteção ao seu titular:
• Uso do direito de prioridade – 12º
• Opor-se ao registo de outra marca semelhante com fundamento na falta de novidade ou
concorrência desleal – 239/a)
Os direitos emergentes dos registos de marcas podem ser alienados, a titulo gratuito ou oneroso, total ou
oneroso, total ou parcialmente – 31/1
Destina-se a identificar e a propagandear uma entidade que preste serviços ou comercialize produtos,
devendo ser utilizada, nomeadamente em estabelecimentos, anúncios, impressos ou correspondência
Pode ser constituído livremente. Este princípio da liberdade sofre as restrições constantes do 285:
• Eficácia distintiva
• Verdade
• Novidade
• Licitude
• Unidade
A duração do registo do logotipo é de 10 anos, sendo renovável indefinidamente por iguais períodos.
Trata-se de um direito de propriedade industrial, podendo o empresário fazer daquele sinal qualquer uso
conforme à natureza e função jurídica do mesmo
O titular pode valer-se da proteção legal do seu direito, impedindo terceiros de usar qualquer sinal idêntico
– 304-N, designadamente:
• Pedindo a declaração de nulidade do logótipo registado posteriormente – 33/1/a9 e 35
• Desencadeando a aplicação de coimas – 334 e 337
• Indemnização – 316
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DIREITO COMERCIAL – UAL – 4º ANO, 1º SEMESTRE - 1º TESTE
O logótipo só pode ser transmitido em conjunto com o estabelecimento a que estiver ligado – 304-P/3
Extingue-se por:
• Nulidade – 33
• Anulação – 34
• Caducidade – 37
III.8 – DENOMINAÇÕES DE ORIGEM E INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS – 305
As denominações de origem destinam-se a assinalar certos produtos como originários da certa área
geográfica – 305/1 e 2
As indicações geográficas são definidas de forma similar à primeira aceção das denominações de origem –
305/3.
Denominação de Origem – nome de uma região que serve paras designar ou identificar um produto originário
dessa região, cuja qualidade ou caraterísticas se devem, essencialmente ao meio geog´rafico, incluindo os
fatores naturais e humanos e cuja produção, transformação e elaboração ocorrem nessa área.
Ambas pertencem em comum aos efetiva e seriamente residentes ou estabelecidos naquela área geográfica
e podem ser usados por todos os que nela exploram qualquer ramo de produção caraterística – 305/4. Há
dois requisitos para o uso destes sinais:
• Residência ou estabelecimento na área
• Exploração do ramo de produção caraterístico da e na área.
A propriedade das denominações de origem e indicações geográficas, por tempo indeterminado, adquire-se
independentemente do registo, o qual poderá ser requerido e passado em nome da entidade representativa
dos produtores da localidade, área ou região, e que confere os direitos especificados pelo artº 312.
A proteção não se restringe ao uso do sinal em si mesmo, antes o transcende, pois abrange:
• Qualquer meio pelo qual um terceiro designe ou apresente um produto, por forma a indicar ou
sugerir uma origem geográfica inverídica, por forma a induzir em erro o público.
• Qualquer outra forma de utilização qua constitua concorrência desleal
• O uso por quem não esteja autorizado pelo titular do registo.
Além disso só os produtos provenientes da zona geográfica considerada é que podem utilizar a respetiva
denominação de origem ou indicação geográfica – 312/2.
III.9 – DOMINIOS
A net está construída tecnicamente com base em 2 elementos:
• Um protocolo de comunicação TCP/IP que estabelece uma linguagem de comunicação comum entre
as múltiplas redes e computadores autónomos.
• Um sistema de denominação e endereçamento – sistema de nomes e domínios – que permite a
identificação e o contacto de cada computador na rede em que se localiza, através do respetivo
endereço eletrónico.
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O nome do domínio é um sinal distintivo nominativo que identifica de forma universal e unívoca um site e
que se presume facilitar a identificação e memorização dos endereços.
O registo de nomes de domínio obedece a regras substancialmente idênticas em todas as entidades nacionais
ou internacionais, nomeadamente quanto aos seus dois princípios essenciais:
• Princípio da novidade ou exclusivo
• Princípio da prioridade
O legislador procurou criar uma proteção geral contra as condutas que fora do âmbito da proteção dos
direitos específicos da propriedade industrial podem coloca-las em risco de sofrer prejuízos ou mesmo
desaparecer em virtude de condutas de outrem que implicam violação dos princípios da ética comercial.
• O ato de concorrência desleal terá de ser um ato de concorrência, isto é, um ato de captação da
clientela de certo ou certos produtos ou serviços para outro ou outros análogos de outra empresa.
Logo é necessário que as empresas exerçam atividades idênticas ou afins:
o Idênticas – se produzirem ou comercializarem os mesmo bens económicos
o Afins – se se referirem a bens diversos mas destinados a satisfazerem a mesma necessidade.
• O ato de concorrência pode ou não produzir efeito, pode ou não captar a clientela, mas o seu sucesso
ou insucesso é irrelevante para a lei, que não exige a efetividade do prejuízo da empresa
concorrênciada.
• É necessário que o ato ou conduta do concorrente viole as normas e usos honestos da atividade –
347
• Há que distinguir a concorrência desleal da concorrência ilícita, proibida ou não autorizada.
o Concorrência desleal – uso excessivo e anti-ético da liberdade da concorrência
o Concorrência ilícita – violação de norma legal ou de contrato
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DIREITO COMERCIAL – UAL – 4º ANO, 1º SEMESTRE - 1º TESTE
IV – TÍTULOS DE CRÉDITO
O crédito é essencialmente a troca de uma prestação presente por uma prestação futura, ou seja, o
diferimento no tempo de uma contraprestação.
O crédito constitui um fator fundamental para o desenvolvimento das atividades comerciais já que permite
ao comerciante obter dos seus credores a disponibilização antecipada dos bens capitais de que aquele carece
para investir ou fazer girar na sua empresa. Trata-se de viabilizar e acelerar a criação da riqueza através da
criação de oportunidades.
Destinam-se a tornar mais simples, rápida e segura a circulação da riqueza e a concessão de crédito.
A confiança constitui a base do desempenho da função dos títulos de crédito, e para. Que essa confiança
exista é essencial que o regime jurídico proteja os interessados da titulação do direito, do devedor e de quem
venha a adquirir de boa fé. Para isso é necessário que haja absoluta confiança em que:
• O titular é quem tem o titulo em seu poder
• O titular poderá transmitir esse titulo;
• O teor literal do titulo corresponde ao direito que ele representa
• A posição do atual detentor do titulo não pode ser posta em causa
São documentos que titulam uma obrigação de pagar, i.e., representativa de dinheiro com as seguintes
caraterísticas:
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DIREITO COMERCIAL – UAL – 4º ANO, 1º SEMESTRE - 1º TESTE
Abstração – A partir do momento em que começa a circular o título fica desligado da relação causal inicial.
IV.2 – TIPOLOGIA
Critério da causa-função
• Causais – destinam-se a realizar uma típica e única causa-função. Inerente a um determinado tipo de
negócio jurídico do qual resultam direitos cuja transmissão e exercício o titulo se destina a viabilizar.
• Abstratos – não têm uma causa-função típica
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DIREITO COMERCIAL – UAL – 4º ANO, 1º SEMESTRE - 1º TESTE
Letra – Titulo através do qual o emitente do titulo – sacador – dá uma ordem de pagamento – saque – de
uma dada quantia, em dadas circunstâncias, a um devedor – sacado – a favor de uma determinada pessoa –
tomador. O sacador (quem emite a letra) obriga-se a pagar a mesma.
Livrança – promessa de pagamento de uma certa quantia pelo seu subscritor ou emitente a favor do
tomador. É um titulo à ordem, transmissível por endosso e rigorosamente formal.
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