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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI

HEITOR PINHEIRO DE REZENDE

UM ESTUDO DE CASO DE INTRANET: SOB A PERSPECTIVA DO DESIGN DE


HIPERMÍDIA E DE INTERAÇÃO

São Paulo, 2009


HEITOR PINHEIRO DE REZENDE

UM ESTUDO DE CASO DE INTRANET: SOB A PERSPECTIVA DO DESIGN DE


HIPERMÍDIA E DE INTERAÇÃO

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-


Graduação Stricto Sensu em Design - Mestrado da
Universidade Anhembi Morumbi, como requisito
parcial para obtenção do título de Mestre em Design.

Orientadora: Profª Dra. Vânia Ribas Ulbricht


Mestrado em Design Anhembi Morumbi

São Paulo, 2009


HEITOR PINHEIRO DE REZENDE

UM ESTUDO DE CASO DE INTRANET: SOB A PERSPECTIVA DO DESIGN DE


HIPERMÍDIA E DE INTERAÇÃO

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-


Graduação Stricto Sensu em Design – Mestrado,
da Universidade Anhembi Morumbi, como requisito
parcial para obtenção do título de Mestre em
Design pela seguinte Banca Examinadora:

Aprovado em: 09/12/2009


Profº Dr Eduardo Toledo Santos
Examinador Externo
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo

Profº PhDº Jofre Silva


Coordenador
Mestrado em Design Anhembi Morumbi

Profª Drª Vânia Ribas Ulbricht


Orientadora
Mestrado em Design Anhembi Morumbi

Profª Drª Sandra Gavioli Puga


Suplente
Faculdade Veris/IBTA
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial do trabalho
sem autorização da Universidade, do autor e do orientador.

HEITOR PINHEIRO DE REZENDE

Bacharel em Publicidade e Propaganda pela


Universidade Anhembi Morumbi em 2006.
Desenvolve projetos voltados ao campo do
design de hipermídia e interação, com foco
em sistemas de intranet.

FICHA CATALOGRÁFICA

R356t Rezende, Heitor Pinheiro de


Um estudo de caso de intranet: sob a perspectiva do
design de hipermídia e de interação / Heitor Pinheiro de
Rezende. – 2009.
100f.: il.; 27,9 cm.

Orientador: Profª Dra. Vânia Ribas Ulbricht.


Dissertação (Mestrado em Design) - Universidade
Anhembi Morumbi, São Paulo, 2009.
Bibliografia: f.96-99.

1. Design de hipermídia. 2. Design de interação.


3. Intranet. 4. Intranet – Estudo de caso. I. Título.

CDD 741.6
5

DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho aos meus familiares pelo


amor, carinho e companheirismo que tiveram comigo. Aos
meus amigos Maria Brandão, Prof. João Garção e Lúcio
Sardinha, pessoas que incentivaram o início do meu
mestrado.
AGRADECIMENTOS

A professora Profª Dra. Vânia Ribas Ulbricht, que com uma


enorme dedicação e amizade, orientou-me durante a
produção da dissertação.
Aos professores do curso Mestrado em Design, que durante
todo curso me auxiliaram em diversas dúvidas, e com grande
maestria aumentaram o meu conhecimento no campo do
design.
A Universidade Anhembi Morumbi, por conceder a bolsa de
estudos para realização do curso.
11

RESUMO

A Internet oferece aos usuários o poder de navegação e acesso a informações


estruturadas em redes virtuais, possibilitando a troca de dados entre diferentes
locais espalhados pelo mundo, o que cria uma conectividade global. Entretanto,
existem modelos em que nem todas as informações encontram-se disponíveis ao
acesso universal, pois são dados restritos a uma parcela de usuários, de uma
determinada rede. Estes sistemas são denominados ‘intranet’ e são, principalmente,
utilizados por empresas. Os designs de hipermídia e de interação fornecem
ferramentas para a construção de redes de intranet, estabelecidas na criação de
projetos. Assim, busca-se, neste trabalho, criar diretrizes para a adequada produção
de uma intranet a partir de um referencial teórico embasado nas áreas supracitadas,
e atrelando esses conhecimentos ao estudo de caso de um sistema de intranet
utilizado por uma Instituição Particular de Ensino Superior (IPES). Como resultado
desta pesquisa, foi possível apontar diretrizes para o desenvolvimento de intranet
com vistas a proporcionar facilidade de uso e satisfação ao usuário

Palavras-chave: Intranet. Hipermídia. Interação.


12

ABSTRACT

The Internet gives users power navigation and access to structured information in
virtual networks, allowing people to exchange data along different locations around
the world, creating a global connectivity. However, there are models where not all
information is available for universal access, because data are limited to a portion of
users of a given network. These systems are called intranets and are mainly used by
businesses. The design of hypermedia and interaction provide tools for building
intranets, which are established in the creation of projects. Thus, we, in this work,
create guidelines for the proper production of an intranet using a theoretical
reference based on the above areas, and tying that knowledge to the case study of
an intranet system used by an institution of higher education. As a result of this
research, we can point out the guidelines for the development of intranets in order to
provide ease of use and satisfaction for the user.

Keywords: Intranet. Hypermedia. Interaction.


13

SUMÁRIO

1 - DESIGN DE HIPERMÍDIA E INTERAÇÃO ...................................................... .16


1.1 - Hipermídia. O canal de interferência dos usuários nos ambientes digitais .... .17
1.2 - O design de interação .................................................................................... .25

2 - O SISTEMA DE INTRANET.............................................................................. .31


2.1 - Sobre o sistema de intranet ........................................................................... .32
2.2 - Intranet, relação com os meios hipermidiáticos e interativos ......................... .37
2.3 - Aplicação do sistema de intranet nas empresas ............................................ .41

3 – ESTUDO DE CASO: SISTEMA DE INTRANET DE UMA UNIVERSIDADE .... .47


3.1 - Sistema de Intranet Global Career Center ..................................................... .48
3.2 - Deficiências do sistema de intranet Global Career Center............................. .57
3.2.1 - Avaliação das interfaces gráficas e funcionalidade do sistema de intranet
Global Career Center ............................................................................................. .59

3.3 - Projetos de melhoria do sistema de intranet GCC ......................................... .64


3.4 - Melhorias realizadas no sistema de intranet para os alunos.......................... .76
3.4.1 - Área de serviços exclusivos aos alunos...................................................... .79
3.4.2 - Recurso “Busca de Vagas” ......................................................................... .80
3.5 Melhorias realizadas no sistema de extranet para empresas........................... .83
3.5.1 Área de serviços exclusivos as empresas..................................................... .83
3.5.2 Resolução dos problemas de conexão.......................................................... .84
3.6 Resultados alcançados .................................................................................... .85

CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... .90


LISTA DE FIGURAS .............................................................................................. .92
LISTA DE GRÁFICOS............................................................................................ .94
LISTA DE QUADROS ............................................................................................ .95
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ....................................................................... .96
ANEXOS ................................................................................................................ 100
14

INTRODUÇÃO

Os designs de hipermídia e de interação utilizados nos websites dos sistemas


de Internet e na intranet das empresas são estruturados e projetados, muitas vezes,
de formas distintas, mas possuem importâncias equivalentes para os usuários que
usufruem de seus serviços.
Assim como um website é produzido e disponibilizado a usuários do mundo
inteiro, um sistema de intranet abarca o público interno de uma empresa,
oferecendo-lhes serviços e recursos interativos on-line. Como exemplo, pode-se citar
uma empresa com filiais localizadas em diferentes países, onde os distintos
escritórios se conectam, as informações são transferidas quase a custo zero e, o
mais importante, de forma segura.
Benett (1997) trata a intranet como um ambiente dinâmico e ativo que não
exige apenas um ótimo plano arquitetônico para lidar com a tecnologia, mas também
cooperação e desenvolvimento de relacionamentos humanos.
Tanto a Internet quanto a intranet são consideradas portas para a interação
entre o homem e o mundo. Para as corporações, os sistemas intranet são uma ponte
de conectividade entre seus integrantes, estando eles em diferentes departamentos
ou filiais localizadas em uma mesma região ou distantes geograficamente.
Esta conexão mistura informações oriundas de diversas políticas de trabalho,
culturas, perfis sociais, raças e religiões, despertando o interesse de uso de novos
usuários.
Para despertar o interesse de uso das pessoas e atender suas necessidades,
é preciso planejar e projetar intranets que se ajustem aos diversos tipos de públicos
multifacetados, garantindo a excelência da ferramenta durante a execução de suas
funções.
Dessa forma, procurando contribuir no desenvolvimento de intranets, este
trabalho coloca a seguinte questão de pesquisa: como os designs de hipermídia e de
interação auxiliam no processo de desenvolvimento de sistemas de intranet?
Para obter essa resposta, fixou-se como objetivo nesta pesquisa elaborar
diretrizes para a produção de uma intranet fundamentada no design de hipermídia e
no design de interação.
15

Para atingir a meta estabelecida utilizar-se-á de uma pesquisa exploratória,


visando proporcionar maior familiaridade do pesquisador com o problema, além de
melhor explicitá-lo (Gil, 1999). Os instrumentos de pesquisa utilizados foram a
pesquisa bibliográfica sobre Internet, intranet, design de hipermídia, design de
interação, e o estudo de caso de um sistema de intranet de uma universidade
particular, que agencia a busca e divulgação de vagas de trabalhos para alunos e
empresas.
O presente trabalho foi estruturado em três capítulos, a saber:
- Primeiro capítulo: fundamentação teórica do design de hipermídia e de
interação;
- Segundo capítulo: informações sobre os sistemas de intranet. Explora e
analisa as estruturas desses sistemas, relacionando seus mecanismos com o design
de hipermídia e design de interação;
- Terceiro capítulo: apresenta um estudo de caso de um sistema de intranet
mantido por uma Instituição Particular de Ensino Superior (IPES), universidade do
Estado de São Paulo, e focado no relacionamento com alunos e empresas que
possuem parceria com a instituição. Este sistema de intranet tem como foco principal
divulgar currículos, vagas de trabalho e informações relacionadas à empregabilidade
para os usuários.
16

DESIGN DE HIPERMÍDIA E DE INTERAÇÃO


17

1.1 Hipermídia. O canal de interferência dos usuários nos ambientes digitais

Com as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), novos espaços de


conhecimento foram criados baseados na informação. Dentre as TICs ressalta-se a
hipermídia, que combina hipertexto com multimídia em um único ambiente
informatizado. Nestes ambientes a interação é ponto crucial. A autora Ulbricht
(2006, p.15) reforça esse conceito com a seguinte percepção sobre a hipermídia:

“A utilização da hipermídia permite ao usuário, a livre


exploração de conteúdo apresentado em diversas mídias e
estruturado por ligações. Em um sistema de hipermídia, o
controle da interação depende do usuário, que define seu
processo de acordo com seus interesses, objetivos e ritmo”.

No ponto de vista de Moura (2003), a hipermídia é considerada um conjunto


de ações que abrange o hipertexto, imagens estáticas e dinâmicas, sons, animações
e filmes. Trata-se de uma área do design que abarca distintos mecanismos de
interação e linguagens com o usuário, permitindo que o mesmo possa se relacionar
no processo.
Fundamentando-se em Ulbricht (2006, p. 20):

“O hipertexto é um documento imaterial, e esta imaterialidade


lhe confere a propriedade de ambiguidade, uma vez que ele
pode ser compartilhado na rede por várias pessoas, cada qual
fazendo seu percurso e lendo de maneira diferente um dos
outros”.

Lévy (1998), considera o hipertexto uma teia de ‘nós’ ligados por conexões
que podem ser palavras, páginas, gráficos, ou partes de um gráfico, sequências
sonoras, documentos complexos que podem eles mesmos ser hipertextos.
Para Negroponte (1995), navegar em um hipertexto significa desenhar um
percurso em uma rede que pode ser bastante complicado, pois é possível que cada
link, por sua vez, contenha uma rede inteira de conexões.
A hipermídia pode ainda ser caracterizada como "um diálogo aberto”. Está é a
visão de krippendorff (2000, p.29), que classifica a hipermídia como um campo
aberto que não possui limites ou margens, uma vez que permite navegar de um link
para outro em uma estrutura infinita, não reconhecendo o início ou fim.
18

Para Moura (2006), a hipermídia representa a hibridização de linguagens, a


coexistência de métodos que interagem e organizam as informações aos usuários,
interferindo nos sentidos perceptivos dos seres humanos. Moura (2006, p.188)
afirma:

“Em virtude de sua riqueza, pluralidade e multiplicidade


podemos dizer que a hipermídia é uma linguagem desafiadora
e envolvente, pois se estabelece de forma aberta e
abrangente, propiciando o estabelecimento de inter-relações
de diversas linguagens com as questões da espacialidade, da
imersividade, da movimentação e dos sistemas de
estruturação e organização da informação ”

Segundo Leão (1999), a hipermídia se caracteriza por programar roteiros


baseados nas escolhas das pessoas. Antigamente, algumas ferramentas digitais
limitavam essas escolhas e ofereciam apenas elos direcionais. Com o advento da
tecnologia, os sistemas digitais atrelaram a seu desempenho o incerto e o aleatório,
transformando esses elementos em características do jogo de navegar na
hipermídia. “Até mesmo o mais simples clique sobre uma imagem implica comandos
que o programa deve executar” (LEÃO, 1999, p. 35).
Na visão de Santaella (2004), a hipermídia se caracteriza pela permissão e
organização reticular dos fluxos informacionais em arquiteturas hipertextuais. O
poder definidor da hipermídia está na possibilidade de transmutar-se em incontáveis
versões virtuais, que vão brotando na medida em que o usuário se coloca em
posição de autor.
De acordo com Amorim, Machado e Miskulin (2007), integrantes da
Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), a hipermídia pode ser
considerada uma forma de apresentação não-linear e heterogênea da informação, o
que dá flexibilidade a um conteúdo disponibilizado por uma instituição aos seus
usuários.
Bonsiepe (1997) coloca que a hipermídia oferece dinamismo e organização
na composição dos mecanismos digitais, construindo canais interativos que
promovem a propagação de informações e conhecimentos. As interatividades
oferecidas nos documentos digitais proporcionam ao usuário o poder de escolher
seu próprio caminho através de uma estrutura não linear. Sendo assim, o usuário
não apenas escolhe sua trajetória, mas também escolhe entre diferentes níveis de
complexidade de informações, tornando-se um canal que excede os limites do
19

design gráfico tradicional, que não permite a interação do receptor no processo de


leitura da informação.
Para Bonsiepe (1997), a construção de um mecanismo digital abarcado por
recursos hipermidiáticos é feita dentro de uma base virtual denominada ciberespaço,
entendido como um espaço dinâmico de informações que se comunicam de maneira
contínua, remetendo o usuário infinitamente para novas informações.
Moura (2006) classifica o ciberespaço como um termo que diz respeito ao
espaço virtual, ou seja, o que inclui a memória e a rede de computadores em
conexões através da Internet, das telecomunicações e da mídia digital como um
todo que se relaciona, se integra, se comunica e estabelece trocas por intermédio
dos acessos aos bancos de dados abertos e disponíveis em ambientes on-line.
Jungblut (2004) reforça que o ciberespaço é um ambiente que descarta a
necessidade de o ser humano estabelecer qualquer tipo de relacionamento e
comunicação presencial, dando ênfase ao artificial.
Ulbricht e Bugay (2000, p. 43) defendem a evolução de técnicas e produção
de conteúdos nas áreas hipermidiáticas, apontando que o computador deve tornar-
se cada vez mais uma ferramenta adaptável ao ser humano “proporcionando
satisfação e aumentando sua criatividade, resultando em maior produtividade”.
Para Machado (2002), a hipermídia representa as situações simuladas por
computador, os ambientes e seres virtuais que aparecem na tela podem ser
alterados, introduzidos, repostos e até destruídos pelo usuário.
Segundo Brusilowsky (2001), o conhecimento dos ambientes digitais no
sentido de que estes consigam cada vez mais atender os distintos perfis de usuários
e, principalmente, suas mais variadas necessidades, despertou as necessidades de
estudos de um novo conceito de hipermídia, a Hipermídia Adaptativa (HA).
Brusilowsky (2001, p.87) classifica a Hipermídia Adaptativa da seguinte forma:

“Os sistemas adaptativos mantêm um modelo com diversas


características dos seus usuários tais como objetivos,
interesses, preferências e nível de conhecimento. Este modelo,
denominado o modelo do usuário, é empregado como
referência para a construção de páginas especialmente
adaptadas a cada usuário do sistema”.
20

Brusilowsky (2001) acredita que as técnicas e metodologias empregadas com


o objetivo de desenvolver sistemas de hipermídia adaptativa devem seguir as
principais diretrizes de adaptação: a apresentação adaptativa, ou seja, interfaces
gráficas que possuem características e conteúdos informativos específicos para
determinado público, e a navegação adaptativa, que consiste em caminhos
customizados para o acesso do usuário aos conteúdos de um sistema virtual.
Para Ulbricht (2006), o desenvolvimento de plataformas digitais com base na
Hipermídia Adaptativa é um processo complexo, cujo desempenho do sistema que
está sendo construído depende do levantamento assertivo da real tarefa que este
mecanismo irá desempenhar em prol do usuário. “Para empregar determinada
técnica os sistemas adaptativos buscam identificar padrões no modelo do usuário
que justifiquem a execução de determinada função de adaptação” (ULBRICHT,
2006, p.58)
Conforme Marília e Elliot (2009), a hipermídia adaptativa é utilizada como
ferramenta cognitiva em ambientes de construção de conhecimento devido à
eficiência em conquistar usuários com tarefas significativas.Essas tarefas se
estabelecem em canais de interação desenvolvidos pelo design de hipermídia, que
promove a criação de recursos para a comunicação entre o sistema e o usuário.
Moura (2003, p.156) ratifica esse conceito, afirmando:

“Se por um lado, o acúmulo de informações presentes no


ciberespaço é repleto de valores muito significativos, e
indicam uma grande liberdade para a informação e para a
construção do conhecimento humano, por outro lado essa
imensa rede de possibilidades de informações pode levar
rapidamente qualquer ser humano a ficar imerso num grande
caos de desorganização e perder-se em uma miríade de
textos, imagens, sons, cliques e páginas. Neste aspecto o
design de hipermídia vem abarcar esta complexidade de
relações tanto na atividade projetual quanto no envolvimento
com o usuário”.

Dias (2003) defende que a flexibilidade de uso, interação simples e intuitiva,


informações perceptíveis, tolerância a falhas, e baixo esforço físico são
características que o design de hipermídia oferece na composição de ambientes
digitais.
Para Dias (2003), o design de hipermídia deve facilitar a navegação do
usuário pelas informações e controles oferecidos por um sistema on-line. Segundo a
21

autora, o design de hipermídia cuida do processo de desenvolvimento de interfaces


que possam ser usadas por pessoas com as mais variadas habilidades, operando
em ambientes, condições e circunstâncias mais amplas possíveis.
Na visão de Moura (2006), o design de hipermídia reúne constantes
mudanças no modo de produzir mecanismos digitais, permitindo a mobilidade de se
criar diversos caminhos para a construção de dispositivos on-line. Além disso,
apresenta uma nova linguagem de relacionamento com o usuário que se caracteriza
pelo hibridismo de informações não lineares com uma grande possibilidade de
navegabilidade, interatividade, manipulação e constantes atualizações, bem como
pelo estabelecimento de vários níveis de organização e busca de informações por
possibilidades combinatórias, contextuais e relacionais.
Neste contexto, Moura (2006, p.191) define o design de hipermídia da
seguinte forma:

“A definição do design de hipermídia diz respeito ao


desenvolvimento de projetos para a prática comunicativa em
rede e/ou para a solução de um problema destinado aos
sistemas digitais interativos. Esses projetos são desenvolvidos
com base nos princípios, características e elementos
hipermidiáticos e nos dados projetuais (fatores culturais,
formais, funcionais, metodológicos e simbólicos)”.

Segundo Ulbricht (2006), o designer que trabalha com conteúdos


hipermidiáticos precisa desenvolver projetos para a solução de problemas e criar
novas práticas comunicativas em rede, utilizando sistemas digitais e interativos com
conteúdos alinhados a fatores do cotidiano dos usuários. Esses conteúdos precisam
estar associados aos princípios e características de interatividade da hipermídia.
Para Ulbricht (2006, p.25 a 28):

“A navegação em um ambiente hipermídia é o deslocamento


do usuário no espaço formado pelos nós e pelas ligações. Para
que o usuário possa explorar esse espaço e se localizar
eficazmente o documento precisa ter uma estrutura clara (...).
Para o desenvolvimento de um ambiente hipermídia, é
necessário compor uma equipe multidisciplinar (designer,
especialista do domínio, ergonomista e programador)”.

Leão (1999) afirma que o design de hipermídia estabelece noções de


organização na complexidade dos sistemas digitais que representam momentos de
um percurso circular infinito. Dessa forma, para que a complexidade dos sistemas
22

hipermidiáticos torne-se interativa e operacional, o sistema deverá ser concebido


como uma organização estabelecida pelo designer de hipermídia.
Segundo Leão (1999, p.69), quando se fala em hipermídia, refere-se ao
campo das inter-relações, e é um processo organizado que possibilita que essas
relações ocorram. A organização se estabelece pelas seguintes etapas:

• “A abertura e o fechamento do sistema.


• A ordenação sequencial, bem como a não sequencial.
• As ligações aleatórias e as predeterminadas.
• A gravação do trajeto percorrido e a restauração do
percurso”.

De acordo com Moura (2006), o design de hipermídia não se resume apenas


ao desenvolvimento de técnicas para produção de mecanismos digitais, e nem é
restrito somente a questões da visualidade e do desenho. Para a autora, é nesse
campo que ocorrem as relações que norteiam o saber fazer e produzir design.
Moura (2006, p. 192) acredita que o design de hipermídia indica uma “nova
atitude de criação que se faz a partir e por meio de equipes interdisciplinares”, ou
seja, da relação entre diversas vivências e diferentes universos de conhecimento no
campo do design.
Por esse motivo, é válido destacar que o design de hipermídia não trilha
sozinho a construção dos ambientes digitais. Para que isso seja feito, este campo se
relaciona com outras áreas como o design de informação, de interfaces e,
principalmente, o design de interação. A união dessas áreas do design é
fundamental para o sucesso de um projeto.
Pesquisadores da Sociedade Brasileira de Design de Informação1 (2006)
denominam o design de informação da seguinte forma:

“Design de informação é uma área do design gráfico que lida


detalhadamente com o projeto da informação visual. Seu
objetivo principal é melhorar a forma como o usuário adquire
informação em sistemas de comunicação analógicos e
digitais”.

1
(Disponível em: http://www.sbdi.org.br/)
23

Segundo Batista e Menezes (2006), o design de informação age como um


campo que avalia e planeja o conteúdo de informações apresentadas em um sistema
on-line para determinado público. Essa noção de trabalho é essencial para a
construção de mecanismos digitais, uma vez que o serviço deve se adaptar às
necessidades e rotina dos usuários de uma instituição.
Para Moura (2006), o design de informação torna-se um campo importante
para a produção de ambientes digitais, pois normalmente um projeto de hipermídia
contempla uma grande quantidade de informações. O design de informação
possibilita ações de manutenção das informações, relacionando-as, vinculando-as e
conectando-as em um processo constante de alimentação de conteúdos existentes e
de outros que possam vir a compor a estrutura de um dispositivo on-line.
Batista e Menezes (2006) entendem que o design de informação visa
contribuir com a organização das imagens, ilustrações e textos de determinadas
instruções e informações para a execução de uma tarefa ou serviço oferecido pelo
sistema on-line. Essas informações, quando bem organizadas, desempenham um
papel importante na transmissão de uma mensagem permitindo a descrição de
ações passo a passo que devem ser feitas pelo usuário durante o uso dos serviços
oferecidos pelo sistema.
Moura (2003) conclui que não basta apenas adicionar informações e links
aleatórios em um sistema digital. Existe a necessidade de se estruturar essas
informações de modo a organizá-las no ciberespaço, visando a uma boa navegação
e interação.
Para Moura (2006, p. 193):

“Um projeto de hipermídia carece das estruturas do design de


informação para atingir seus objetivos e para possibilitar que os
usuários possam se localizar, conectar, percorrer um grande
número de complexas informações, estabelecendo relações”.

Na visão de Belluzzo e Prioste (2006 p. 91) o design gráfico possui um


considerável envolvimento na construção das interfaces dos sistemas on-line, pois é
responsável pelo desenvolvimento de menus, botões, links, animações entre outros
dispositivos que permitem ao usuário interagir com o sistema. Os autores descrevem
a interface gráfica de um sistema digital da seguinte maneira:
24

(...) “Elementos de uma interface gráfica de web podem ser


textos, imagens, cores, texturas e a própria diagramação, que
em peças digitais aparecem em forma de janelas, ícones,
botões, menus e quaisquer outras metáforas visuais colhidas
de equipamentos e aparelhos de uso cotidiano. As interfaces
digitais possibilitam, além dos elementos tradicionais das
mídias impressas, uma série de outros aspectos resultantes da
extrema maleabilidade de sua matéria-prima, os bits. As
interfaces gráficas para produções digitais, em sua essência,
podem ser totalmente redimensionadas, ou mesmo refeitas
sem que ocorra qualquer perda, comprometimento ou
degeneração daquele material”.

Lévy (1997, p.176) trata este campo como uma operadora de passagem, ou
seja, cada nova interface transforma a eficácia e a significação das interfaces
precedentes:

“Em suma, é sempre uma questão de conexões, de


reinterpretação de traduções de um mundo com multifacetas
onde nenhum efeito, nenhuma mensagem, pode propagar-se
magicamente nas trajetórias lisas da inércia, mas deve, pelo
contrário, passar pelas torções, transmutações e reescritas das
interfaces”.

Para Belluzzo e Prioste (2006, p. 92):

“Construir uma interface gráfica, seja ela em mídia impressa ou


digital é antes de qualquer outra coisa, criar configurações. (...)
São essas configurações que conduzirão o usuário por um
determinado conteúdo, fazendo-o vivenciar uma experiência
cognitiva nesse processo. (...) As configurações estabelecidas
numa interface gráfica passam a ser decisivas, pois, além de
serem responsáveis por intermediar o acesso àquele material
também podem acrescentar outros aspectos, fornecer outras
experiências ao explorar as características de determinados
suportes”.

Para Moura (2006), o design de interface proporciona uma ligação física ou


lógica entre sistemas distintos ou partes de um sistema que não poderiam ser
conectados diretamente. Trata-se de um local visualizado e manipulado pelo usuário
onde os dispositivos, sistemas, aplicativos ou programas trocam dados e sinais.
Moura (2006, p.194) aponta como se submetem as interfaces em um sistema
hipermidiático:

“Em um componente de hipermídia podem conviver diferentes


interfaces, desde a interface principal ou inicial (também
25

chamada de home-page ou página principal) até as interfaces


sequenciais ou subinterfaces, que também podem ser
denominadas de interfaces de área, até as interfaces de
transição, que indicam, alertam ou sinalizam a mudança de
uma área para outra”.

Uma referência para apontar a importância da interface gráfica, tratando esta


área como um mecanismo de interação no auxílio de usuários que utilizam os
sistemas intranet, é feita por Raskin (2004), quando afirma que os estudos para
elaboração de projetos gráficos são essenciais à construção de sistemas digitais.
Para o autor, uma boa ferramenta deve oferecer interação para o usuário através de
interfaces gráficas. Sendo assim, a razão primária está na qualidade da interface
para públicos diferentes e na utilidade determinada pela interação entre o ser
humano e o sistema.
Como relatado nos itens anteriores, o design de hipermídia cada vez mais se
aprofunda no desenvolvimento de novas técnicas para a organização da
complexidade de informações dispersas no ciberespaço. Ao proporcionar novas
experiências de imersão dos seres humanos no cenário digital, torna-se
imprescindível à construção de ambientes digitais.

1.2 O design de interação

Preece, Rogers, Sharp (2002) entendem por design de interação todos os


sistemas de troca de informações que forneçam suporte e auxiliem nas atividades
cotidianas das pessoas. O design de interação possui como foco principal o
desenvolvimento de projetos com ações interativas que se ajustem a qualquer forma
de necessidade, o que significa ações fáceis de executar e manipular,
proporcionando uma experiência agradável ao usuário. Para os autores, este tipo de
design consiste em encontrar maneiras de fornecer suporte aos usuários, colocando
como sua preocupação central, o desenvolvimento de produtos interativos.
Segundo Pinheiro (2008), a leitura e interpretação de uma mensagem enviada
por um sistema digital são influenciadas por diversos fatores, referentes tanto à
produção da mensagem quanto a sua recepção, tal como o contexto no qual se dá a
interação, as referências particulares dos indivíduos no processo de leitura e
influência nos códigos de escrita utilizados pelo sistema. Assim, percebe-se a
necessidade da mediação feita pelo design de interação ao conferir visualidade
26

entre um discurso originalmente formulado pelo sistema, e um usuário que realizará


o processo de interferência.
Saffer (2005) caracteriza o design de interação como um recurso que ajuda a
redefinir os problemas de um projeto digital e auxilia a resolvê-los, podendo ser
utilizado como uma ferramenta de pesquisa que entende novas áreas, como meio de
gerar novas idéias sobre assuntos relacionados às necessidades dos usuários. Para
Saffer (2005, p.03):

“O design de interação pode fornecer pistas para compreender


como os usuários do produto orientam-se, em suma, os
designers de interação podem criar mudanças de
comportamento”.

Os autores Preece, Rogers, Sharp (2002) mencionam que antes de iniciar um


projeto, o ideal é identificar o público e o local onde ele será utilizado. Para isso,
existem diversas maneiras de projetar o modo como os usuários podem interagir
com um sistema, por meio de menus, comandos, formulários, ícones, entre outros
mecanismos. Além disso, sempre estão surgindo formas de interação cada vez mais
inovadoras, que combinam dispositivos físicos com computação. Tudo isso
representa um grande número de escolhas e decisões com as quais o designer vai
se deparar quando estiver desenvolvendo produtos interativos.
Preece, Rogers, Sharp (2002, p.92) apontam a conduta de um designer de
interação para desenvolver um sistema:

• Considerar no que as pessoas são experientes ou não;


• Considerar o que pode auxiliar as pessoas na sua atual
maneira de realizar tarefas;
• Pensar nas formas de proporcionar experiências de
qualidade ao usuário;
• Ouvir as pessoas e envolvê-las no design;
• Utilizar técnicas baseadas no usuário (testadas e
aprovadas) durante o processo de design.

Para a SIGCHI2 (2005), maior e mais importante associação internacional de


profissionais ligados à área de interação entre usuários e computadores, pode-se
destacar o design de interação como um campo essencial para todas as disciplinas,

2
(Special Interest Group on Computer Human Interaction. Em português: Grupo de Interesse
Especial na Interação Humano - Computador.)
27

campos e abordagens que se preocupam em pesquisar e projetar sistemas


computacionais. O conceito interdisciplinar mais conhecido, a Interação Homem-
Computador ou IHC, é essencial para a compreensão deste campo do design. A
SIGCHI (2005), trata o conceito IHC como “o design, a avaliação e a implementação
de sistemas computacionais interativos para uso humano e com o estudo de
fenômenos importantes que os rodeiam”.
Segundo Saffer (2004), o design de interação se preocupa com o
comportamento dos mecanismos de uso e como eles funcionam. Assim, o designer
não deve esquecer que seu objetivo é facilitar a interação entre os humanos e os
mecanismos, criando conexões entre eles. O Design de Interação é uma arte de
facilitar e construir interações entre humanos e artefatos digitais, sendo que a
comunicação pode ser tanto um a um ou um a muitos. Para Saffer (2004), os
artefatos criados por designers de interação podem ser digitais ou analógicos, físicos
ou abstratos ou alguma combinação disso.
Para Preece, Rogers, Sharp (2002) o sucesso do design de interação se dá
pela importância de compreender como os usuários agem e reagem a determinadas
situações, e como se comunicam, aumentando a preocupação de projetar diferentes
tipos de mídias interativas de maneira eficaz e prazerosa, aos diferentes tipos de
usuários.
A figura 01 mostra a seqüência de informações relacionadas ao cotidiano dos
usuários e a forma que o sistema através do design de interação interpreta esses
dados para oferecer seus serviços.

Figura 01 - Ciclo de atividades exercidas pelos usuários. Fonte: USABILIDADE – http://www.usabilidoido.com.br


28

Segundo Pinheiro (2008), o design de interação se aplica na adequação de


um sistema às necessidades do usuário final, de maneira que este possa realizar
tarefas com o menor esforço físico ou cognitivo possível. Para Pinheiro (2008,
p.938):
“A eficiência passa a ser medida não só pela capacidade e
velocidade de processamento da máquina, mas pela facilidade
de uso dos sistemas pelo homem. Assim pode-se dizer que os
designers se ocupam de projetar as interfaces que permitem a
interação dos sujeitos com as máquinas e sistemas”.

Preece, Rogers, Sharp, (2002, p. 81) mostram que os consultores de


websites, empresas e indústrias de computação móvel classificam o design de
interação com um fator essencial para a produção de recursos on-line de sucesso.
Para que isso aconteça, é preciso fundamentar-se em quatro atividades básicas que
são:
1. Identificar necessidade e estabelecer requisitos;
2. Desenvolver projetos alternativos que preencham esses
requisitos;
3. Construir versões interativas dos projetos, de maneira que
possam ser comunicados e analisados;
4. Avaliar o que está sendo construído durante o processo.

Weiss (2008, p.43) aponta as funções do designer de interação durante a


construção de projetos digitais:

“O designer de interação (ou equipe de projeto) se esforça para


criar experiências ao usuário que melhorem a maneira como
estes se comunicam e interagem. Para fazer isso, o designer
de interação olha para os visitantes do site potencial, avalia o
projeto completamente, e se esforça para entender os usuários
(suas habilidades, necessidades, desejos, frustrações),
incluindo a forma como eles interagem uns com os outros, com
a tecnologia, e com a informação”.

Por design de interação, Preece, Rogers, Sharp, (2002, p. 36) colocam que o
campo trata do “design de produtos interativos que fornecem suporte as atividades
cotidianas das pessoas, seja no lar ou no trabalho”. Aplicada a definição na
produção de sistemas de digitais, isso significa desenvolver ações e experiências
que melhorem e estendam a maneira como as pessoas trabalham, comunicam-se e
interagem com a ferramenta.
29

Na atualidade, o design de interação utilizado nos sistemas on-line é muito


explorado pela área de negócios devido à assídua busca das grandes empresas por
novidades tecnológicas que atraiam seus usuários internos. Preece, Rogers, Sharp,
(2002) reforçam esse conceito, mencionando que os departamentos estratégicos das
grandes corporações estão percebendo como a marca, o número de acessos, o
índice de retorno do usuário e a sua satisfação são afetados pela usabilidade de um
website aberto ou fechado bem projetado. Para os autores, há poucos anos, quando
uma empresa desejava desenvolver uma interface para um serviço interativo,
procurava por designers de interface. Agora que os recursos interativos
diversificaram-se bastante, junto com a percepção de que é importante contar com
uma interface correta, um número considerável de profissionais começou a se
destacar.
Preece, Rogers, Sharp (2002. p.92) classificam os profissionais da seguinte
forma:

“Designers de interação (profissionais envolvidos no design de


todos os aspectos interativos de um produto, não somente no
design gráfico de uma interface);

Engenheiros de usabilidade (profissionais que avaliam os web


sites utilizando métodos e princípios de usabilidade);

Designers de interfaces (profissionais que desenvolvem e criam


design visual de web;

Arquitetos da informação (profissionais que têm idéias de como


projetar e estruturar produtos interativos, especialmente);

Designers de novas experiências (profissionais que realizam


todas as tarefas supracitadas, mas que também podem realizar
estudos de campo a fim de fomentar o design de produtos)”.

Recentemente, os profissionais do design têm se interessado em como


projetar produtos interativos que provoquem tipos específicos de respostas
emocionais aos usuários, motivando-os através dos mecanismos digitais a aprender,
a jogar e a ser criativos e sociáveis. Pinheiro (2008, p.939) reforça esse conceito
quando menciona:

“No design de interação interessa não apenas a interface gráfica,


mas o relacionamento do homem com o objeto, assim como a
30

interação entre os indivíduos potencializada pelos produtos


criados, levando em conta o entorno, a situação de uso”.

Para Preece, Rogers, Sharp (2002) a amplitude da interação de um website é


determinada pela quantidade de atributos do ambiente on-line que possam ser
manipulados pelos usuários, e pela quantidade de combinações existentes em cada
atributo oferecido por esse sistema. Sendo assim, para que uma ferramenta obtenha
sucesso dentro do ambiente digital, deve disponibilizar ao seu público uma grande
amplitude e segurança de informações, além de conforto na usabilidade dos serviços
on-line oferecidos. Isso se refere à quantidade de modificações interativas que o
sistema proporciona às pessoas. Quanto maior o número de parâmetros que podem
ser alterados, maiores serão as amplitudes de interatividade do sistema.
Verifica-se, desse modo, e por meio dos posicionamentos teóricos
apresentados sobre a hipermídia, design de hipermídia e de interação, que os
projetos digitais, neste caso as intranets, assunto que será apresentado no capítulo
seguinte, necessitam preocupar-se em entender o comportamento dos usuários
durante sua construção. Dessa forma, podem desenvolver e oferecer mecanismos
tecnológicos dinâmicos e interativos que se adaptem às necessidades de seu
público-alvo, permitindo o máximo de interferência no processo de execução do
sistema.
31

O SISTEMA DE INTRANET
32

2.1. Sobre o sistema de intranet

Boghi & Shitsuka (2005) declaram que uma intranet é uma rede restrita de
computadores que segue os mesmos padrões de comunicação e dados da Internet.
Uma intranet é uma rede utilizada no ambiente interno das empresas com
transmissão de dados e comunicação dentro dos padrões da World Wide Web
(www), o que possibilita oferecer uma comunicação em rede dentro das
corporações, onde dados são transmitidos entre os diversos setores e distintos
usuários.
Sousa (2002) reforça esse conceito, concebendo uma intranet como uma web
interna de uma instituição, ou seja, uma rede privada. Trata-se de uma rede que
conecta um grupo de usuários de um mesmo local. A figura 02 ilustra um sistema de
intranet:

Figura 02 - Intranet com conexão à Internet


Fonte: Cyclades Corporation – Guia Internet de Conectividade: Editora Cyclades Brasil, 1997. p.21

O’Brien (2003, p.G-14) caracteriza a intranet como:

“Uma rede de tipo Internet dentro de uma organização. (...)


Software de navegação na Web que fornece acesso fácil aos
sites internos estabelecidos por unidades de negócios, equipes
de indivíduos e outros recursos e aplicações na rede”.
33

Na visão de O’Brien (2003), muitas empresas possuem intranets sofisticadas


e amplas que oferecem uma relação detalhada de dados, ferramentas de
colaboração e personalização para os usuários.
Para O’Brien (2003, p.172) “as empresas acreditam que investir na intranet é
tão fundamental quanto dar um telefone a seus funcionários”.
Laudon & Laudon (2001) entendem que a intranet assume papéis importantes
e de destaque no que se refere à eficiência empresarial, simplificando e integrando
os processos empresariais que atravessam mais de uma área funcional, já que
todas as atividades podem ser administradas eletronicamente. Como resultado,
aumentam a eficiência organizacional.
De acordo com Sousa (2002), as intranets oferecem ferramentas, técnicas e
soluções voltadas para o suporte do trabalho colaborativo de grupos de pessoas,
dentro do ambiente de negócios das empresas, onde todo fluxo de trabalho pode ser
feito eletronicamente.
O’Brien (2003, p.173) define que uma intranet estabelece meios de
comunicação entre os usuários e a empresa:

“Intranets podem melhorar significativamente as comunicações


e a colaboração dentro de uma empresa. (...) Por exemplo,
você pode utilizar seu navegador de intranet em seu
computador ou estação de trabalho para enviar e receber
correio eletrônico (e-mail), mensagem de voz, e páginas de
informações para comunicar-se com outros dentro de sua
organização”.

Dias (2003) classifica a intranet como um sistema capaz de reunir, em uma


página web personalizada, informações e ferramentas de produtividade relevantes
aos usuários de uma instituição, integrando ainda ferramentas dinâmicas. A intranet
pode ser considerada como um portal corporativo no mundo institucional, que deve
ter como propósito a exposição e o fornecimento de informações específicas de
negócio, ajudando as pessoas a encontrarem as informações de que precisam,
aumentando o índice de conforto, satisfação e desempenho na interação destas com
o sistema.
Na visão de Dias (2003, p.12), o portal corporativo de uma instituição deve
possuir como propósito:
34

“(...) gerenciar as informações necessárias aos negócios de


uma instituição, seja ele um portal de apoio à decisão ou de
processamento cooperativo”.

Segundo O’Brien (2003), a intranet fornece uma síntese de capacidades de


computação e comunicação que adicionam valores, diminuem o tempo e,
principalmente, reduzem custos de cada parte do ciclo empresarial. As empresas
poupam dinheiro cada vez que os usuários utilizam a intranet para se comunicar, ao
invés de recorrerem ao sistema de suporte telefônico da companhia, papéis ou
viagens, por exemplo.
Conforme Sousa (2002, p.455):

“O objetivo básico de uma intranet é reduzir custos, economizar


tempo e dar maior produtividade ao fluxo de trabalho,
permitindo uma melhor tomada de decisões e melhor
habilidade nas respostas aos clientes”.

Para Laudon, & Laudon (2006, p.20), os sistemas de intranet substituem,


progressivamente, os procedimentos manuais em ações automatizadas de trabalho,
reduzindo os custos de operações, ao organizar melhor o fluxo de trabalho e os
conteúdos corporativos em ambientes digitais, além de dispensar as rotinas manuais
e de papel envolvidas na execução de projetos. “O melhor gerenciamento do fluxo
de trabalho permitiu que muitas empresas reduzissem uma parcela significativa de
seus custos”.
Na visão de Sousa (2002), a intranet automatiza os processos entre
departamentos de uma empresa, ocasionando uma grande economia de papel e
tempo, o que faz o retorno do investimento de uma intranet ser muito rápido. Uma
economia que pode ser obtida é a implantação de formulários eletrônicos, nos quais
os papéis preenchidos e enviados manualmente passam a ser preenchidos e
encaminhados por meio de sistemas específicos de software instalados na rede
utilizada pelos usuários.
Sousa (2002, p.453) afirma:

“As intranets eliminam burocracia e agilizam processos. (...) O


retorno do investimento em uma intranet é rápido, em
economia de tempo, diminuição do papel desnecessário,
acesso mais rápido e amigável das informações da empresa e
35

na redução, praticamente a zero, dos erros ocorridos no fluxo


de documentos”.

Segundo Sousa (2002, p.455), um dos objetivos na implantação de uma


intranet dentro de uma empresa é criar uma fonte única de informação baseada em
plataforma digital, reduzindo custos nos processos de comunicação.

“Muitas empresas obtiveram economias de dezenas de


milhões de dólares anuais com a implementação de intranets,
pela substituição de papéis, impressão gráfica e do transporte
de documentos e manuais por meios eletrônicos da intranet”.

O’Brien (2003) menciona que a intranet de uma empresa também pode ser
acessada por intranets de clientes, fornecedores e outros parceiros de negócios por
meio de conexões ‘extranet’. As extranets são conexões de rede que utilizam as
tecnologias da Internet para interconectar a intranet de uma empresa, como as
intranets de seus clientes, fornecedores, ou outros parceiros de negócios. As
companhias podem estabelecer conexões diretas entre suas próprias redes privadas
ou criar conexões seguras de Internet para transferência de informações entre
distintos locais. Assim, as extranets possibilitam aos usuários de companhias
parceiras terem acesso a websites selecionados de intranet e a outros bancos de
dados de empresas.
Tipton, & Krause (2006, p. 2111) reforçam esse conceito afirmando:

“Extranet permite um fluxo seletivo de informações entre os


parceiros comerciais e clientes, com ênfase no controle de
acesso granular e autenticação forte”.

Para O’Brien (2003), o sistema de extranet permite aos parceiros de uma


empresa a entrada remota a aplicativos de seus sistema de intranet, utilizando
navegadores de rede interligados a qualquer computador, independente do local de
acesso.
Sousa (2002, p.12) classifica a extranet da seguinte forma:

(...) “podem ser definidos como aplicativos que possibilitam as


companhias fornecerem acesso às informações armazenadas
interna e externamente, e ainda oferecem, aos usuários
internos e externos, uma única janela para as informações
36

personalizadas necessárias para a tomada de decisões de


negócios”.

A figura 03 ilustra o sistema de extranet:

Figura 03 - Modelo de uma conexão Extranet


Fonte: http://www.cti.com.br

Para O’Brien (2003), a tecnologia das extranets torna o acesso aos recursos
da intranet mais fácil e mais rápido para parceiros externos, permitindo que uma
companhia ofereça para seus parceiros de negócios novos tipos de serviços
interativos que operam em rede. As extranets tornam-se uma forma alternativa para
as empresas poderem construir e fortalecer relações estratégicas com outras
instituições.
O’Brien (2003, p.175) afirma:

“Ao usar continuamente tecnologias da Internet, as extranets


melhoram a comunicação com os clientes e parceiros”. “As
empresas podem obter muitas vantagens competitivas ao
longo do caminho, no desenvolvimento do produto, economia
de custo, marketing, distribuição e expansão de suas
parcerias”.

Entende-se, com as informações apresentadas sobre o sistema de intranet e


seus recursos de navegação fora do ambiente corporativo denominados extranets,
37

que esses mecanismos digitais facilitam os processos de comunicação e execução


de tarefas entre os colaboradores de uma instituição e suas filiais, assim como
empresas parceiras de negócios. Por esse motivo, torna-se uma ferramenta cada
vez mais procurada pelas instituições, pois garante de forma efetiva o envolvimento
dos usuários com as relações estratégicas das corporações, promovendo uma
grande economia de custos nos processos de troca de informações departamentais
e programas de gestão de conhecimento.

2.2. Intranet, relação com os meios hipermidiáticos e interativos

Segundo Campestrini (2006), os recursos hipermídiaticos possibilitaram o


desenvolvimento de aplicativos on-line, melhorando e sofisticando as interfaces de
sistemas web, neste caso as intranets.
Campestrini (2006, p.3) aponta os recursos oferecidos pela hipermídia no
processo de construção de um sistema on-line:

“A Hipermídia já existia antes mesmo das aplicações da Web,


mas, nas últimas décadas, o avanço tecnológico disseminou
novas linguagens comunicacionais que, por sua vez, geraram
novas funcionalidades de sistemas, que integram recursos
provenientes de variadas mídias, como imagens, sons,
animações, gráficos, links e hipertextos oferecendo um novo
perfil de informações aos usuários.”

No ponto de vista de Campestrini (2006), os meios hipermidiáticos, através de


seus recursos, organizam o acesso não-linear feito pelos usuários às informações,
criando sistemas direcionados para a divulgação de dados, a fim de tornar a
experiência do usuário mais atrativa.
Almeida e Rosa (2000) colocam que a estrutura de navegabilidade de uma
intranet se estabelece pelos meios hipermidiáticos abarcados por um sistema web,
que é um conjunto de canais de navegação interligados, por onde os usuários
navegam na busca e obtenção de informações.
Almeida e Rosa (2000) complementam, ao avaliar que o sistema web
estabelecido pelos meios hipermidiáticos cria uma estrutura digital que conecta
documentos e páginas de acesso do usuário ao sistema.
38

A figura 04 ilustra a estrutura de navegação de um sistema de intranet, que,


por meio de links, conecta uma “página inicial” a subpáginas relacionadas entre si.

Links, conectividade entre as páginas.

Tela Tela Tela Tela


secundária secundária secundária secundária
1 3 5 7
Tela inicial

Tela Tela Tela Tela


secundária secundária secundária secundária
2 4 6 8

Figura 04 - Mapa de navegação de um sistema de intranet


Fonte: O poder da Tecnologia Internet na sua Empresa, infnet, 1998. 1 CD-ROM

França (2006) coloca que além da organização e navegabilidade nos


sistemas on-line, os meios hipermidiáticos são responsáveis pela produção de
recursos digitais para condução de informações que serão acessadas pelos
usuários, favorecendo políticas de aprendizagem. França (2006, p.40) trata os
meios hipermidiáticos da seguinte forma:

“Conjunto de ferramentas tecnológicas que proporcionam a


possibilidade de distribuição de conteúdo, gerenciamento da
informação e outros fatores relacionados às interações gerais
para a produção de conhecimento”.

Para Preece, Rogers, Sharp (2002) todo conteúdo informativo disponibilizado


em um sistema on-line, deve ser transmitido de forma interativa, organizada e
dinâmica. Para isso, é preciso que o profissional designer durante a construção de
um sistema digital utilize parâmetros de conhecimento oriundos do design de
interação.
Preece, Rogers, Sharp (2002, p.149) tratam o design de interação neste caso,
como “um projeto de espaços para comunicação e interação humana”, o que remete
ao sentido de encontrar formas de fornecer suporte ao público e criar projetos
interativos on-line. Para que isso seja feito, é preciso apurar um levantamento do
perfil dos públicos que irão utilizá-los e onde serão aplicados, além de se
compreender o tipo de atividades que as pessoas realizam. Com base nestas
39

informações o design de interação auxilia no planejamento e customização das


interfaces da intranet, conciliadas com seus dispositivos de entrada e saída de
informação que vão oferecer uma gama de suportes distintos à necessidade
específica de cada usuário.
Lins (2009) coloca que a intranet deve ser um projeto atraente, que desperte
aceitação do público interno. Necessita envolver o maior número de pessoas em sua
construção, atualização e manutenção, determinando como primeiro passo para a
elaboração do projeto o levantamento do perfil do usuário que irá utilizar a
ferramenta.
Consultores do Instituto de Formação em Internet INFNET3 desde 1998
destacam que para o adequado desempenho de um projeto digital é preciso, desde
o início de seu desenvolvimento, aproveitar as sugestões e as críticas dos públicos
formadores de opinião, valorizando as considerações feitas por todas as pessoas
participantes.
Evans (1996), já abordava nesta época que antes da elaboração de um
sistema de intranet é preciso realizar um levantamento minucioso de informações
institucionais, departamentais e funcionais de uma empresa. Com base nessas
informações, é possível definir e indicar quais serão os objetivos estratégicos para o
desenvolvimento desta tecnologia.
Evans (1996) acredita que a elaboração de uma lista com base nessas
informações é uma ação que facilita e oferece maior orientação sobre o sistema que
será apresentado aos usuários, pois a equipe que o desenvolverá poderá consultar
esta lista à medida que avança com o andamento do projeto.
Evans (1996, p.15) afirma que devem ser listados quais os objetivos do
projeto:

• “Identificar os clientes de sua empresa para os quais a intranet


é projetada;
• Determinar o tipo de informação que ficará disponível na
intranet;
• Decidir quem em sua empresa ou organização (ou qual
componente organizacional) é o melhor guardião de sua
intranet;
• Identificar e orientar os clientes de sua Intranet e vender a eles
a idéia de uma intranet”.

3
Instituto de Formação na Internet;
40

Para Evans (1996), os tópicos listados estão inter-relacionados, e, portanto, a


leitura e a execução de cada uma dessas tarefas, inevitavelmente, afetarão as
demais. Dessa maneira, a construção de um sistema de intranet não é um processo
simples, e, para que seja sucesso, depende de um considerável conteúdo de
informações, além do grande envolvimento do público interno que utilizará a
ferramenta.
De forma similar, consultores da INFNET recomendam para o
desenvolvimento de intranet, a parceria do profissional designer com grupos de
pessoas que administrem os serviços base da empresa, mantendo um
relacionamento ativo mesmo depois de o sistema estar pronto e funcional. Para os
consultores do INFNET, a empresa ou instituição poderá receber um retorno ainda
mais valioso de seus usuários se a equipe que cuida do sistema sempre se atualizar
com as sugestões vindas do público. Após a familiarização dos usuários com a
tecnologia, e em seu uso no trabalho diário, é provável que muitos deles comecem a
emitir uma série de sugestões de mudanças e pedidos de novas informações.
Evans (1996, p.83) traz a importância dos funcionários para o
desenvolvimento e atualizações no sistema de uma intranet, pois geralmente
possuem boas idéias sobre como executar suas tarefas, já que são eles os mais
familiarizados com as atividades. Para elucidar a importância dos funcionários de
uma empresa na produção de um sistema de intranet, o autor simula uma situação:

“Se você já projetou um aplicativo de banco de dados, então


conhece este processo. Mesmo tendo atravessado um
processo formal de solicitação de dados do usuário em seu
aplicativo antes de ter iniciado seu projeto, minutos depois de
sentar um usuário diante de seu protótipo ele estará fazendo
perguntas como:

• Se posso fazer uma consulta desta maneira, não posso


fazer uma consulta de outra também?
• Na tela de inclusão de dados não seria melhor se a
posição desta ou daquela caixa fosse invertida?
• Este é um relatório bom, mas não pode ser colocado
em uma só página? E já que estamos com a mão na
massa, que tal incluir dados trimestrais também?

Em outras palavras, usuários reais trabalhando com seu


aplicativo, seja ele um banco de dados ou uma intranet,
rapidamente terão idéias de como melhorá-los. A maioria delas
são boas”.
41

Rodrigues (2000) sugere que os departamentos responsáveis pela


implantação do sistema de intranet compartilhem com seus colegas de trabalho
desenhos e plantas, arquivos de dados de aplicativos e relatórios técnicos, incluindo
a opinião dos interessados no projeto. Para Rodrigues (2000), independentemente
do modelo administrativo escolhido para a gestão do projeto, é importante facilitar a
contribuição dos usuários, e mantê-los envolvidos após a implantação da
ferramenta.
Em suma, os pesquisadores Ulbricht (2006) e Preece, Rogers, Sharp (2002)
apontam que a criação de um bom projeto digital, neste caso a intranet, depende do
desenvolvimento de mecanismos hipermidiáticos alinhados com o levantamento de
informações feitas pelo profissional designer sobre as necessidades dos usuários,
na questão de se estabelecer a prática e ações de um projeto.
Isso é feito a partir da pesquisa de elementos e dados relacionados ao público
que irá utilizar a ferramenta considerando fatores culturais, formais, funcionais,
metodológicos e simbólicos associados aos princípios e características da
hipermídia, fornecendo através deste relacionamento suportes interativos a múltiplos
indivíduos que estejam utilizando juntos sistemas computacionais. Neste sentido, é
válido considerar a utilização dos campos da hipermídia e interatividade para o
melhor desempenho de usabilidade entre os usuários de uma instituição e a intranet.

2.3 Aplicação do sistema de intranet nas empresas

Para Terra e Gordon (2002), os sistemas de intranet estão com uma agilidade
gigantesca, tornando-se um mecanismo essencial de vantagem competitiva entre as
empresas.
Terra e Gordon (2002, p.25) apontam a importância dos sistemas de intranet
para as empresas nos dias atuais:

“Num passado não muito distante a competitividade de uma


empresa era menos dependente do recurso conhecimento.
Sua localização física e acesso à mão-de-obra barata,
recursos naturais e capital financeiro eram uma preocupação
relativamente bem maior (em termos de vantagem competitiva)
do que a gestão explícita de ativos intangíveis ou do
conhecimento. Agora, no entanto, há poucas dúvidas de que
42

para apoiar e manter o crescimento, a alta administração deve


desempenhar um visível papel de liderança na gestão dos
ativos intelectuais. Portais de Conhecimento (intranets),
realmente dependem de forte apoio da alta administração”.

Terra e Gordon (2002), assim como Dias (2003), classificam a intranet como
um portal corporativo, e quando aplicada com um foco em gestão de conhecimento
na empresa, pode causar uma mudança positiva no comportamento dos
colaboradores, além de melhorar o desempenho organizacional e funcional de uma
instituição. Terra e Gordon (2002, p.12) afirmam:

“Acima de tudo, é importante ressaltar que, diferentemente de


muitos outros investimentos em tecnologia da informação, a
implementação dos portais corporativos está sendo executada
basicamente para atender às necessidades dos funcionários,
das comunidades, e até mesmo da extensa rede que vai além
das paredes das organizações”.

Para O’Brien (2003) as tecnologias da intranet possibilitam que os


departamentos forneçam serviços em tempo integral para os seus colaboradores,
disseminando informações úteis com mais rapidez do que por meio de canais já
existentes nas empresas.
Segundo Sousa (2002) as intranets oferecem recursos on-line para os
funcionários, permitindo que executem suas tarefas com mais rapidez. Sousa (2002,
p.453) afirma:

“A intranet deve ser uma tecnologia que ajude o funcionário a


trabalhar melhor e voltada para alcançar os negócios da
empresa. Assim, dentro de uma empresa, seus funcionários
poderão:
• Compartilhar e criar arquivos de uso diário.
• Ter acesso a informações e políticas da empresa.
• Efetuar comunicações e treinamentos via Intranet.
• Eliminar papéis que passam a circular eletronicamente
pela rede.
• Compartilhar documentos e informações para a tomada
de decisões.
• Ter uma interface única para acesso às aplicações da
empresa.
43

O’Brien (2003) reforça que a utilização de um sistema de intranet torna-se


vantajosa para empresa, porque acelera o processo de trabalho dos departamentos,
disponibiliza informações mais seletivas e evita a navegação excessiva de seus
usuários pelos websites da Internet e da empresa. Isso faz com que eles recebam e
encontrem informações e serviços que necessitam, melhorando, assim, a
produtividade da mão-de-obra.
Segundo O’Brien (2003), outro benefício da implantação da intranet nas
empresas é que o sistema pode funcionar como uma ferramenta superior de
treinamento. O’Brien (2003, p.229) afirma:

“Os funcionários podem facilmente descarregar para seus


micros instruções e processos para obterem as informações ou
a formação de que necessitam. Além disso, os funcionários
que utilizam a nova tecnologia podem assistir a vídeos de
treinamento mediante solicitação à intranet. Dessa forma, a
intranet elimina a necessidade de emprestar e localizar vídeos
de treinamento”.

Na visão de Lins (2009), a intranet é uma realidade presente na gestão de


negócios de muitas corporações e, por se tratar de investimento tecnológico, exige
análise da relação "custo versus benefício" na tomada de uma decisão para sua
implantação. Mas o planejamento de uma intranet não é uma tarefa simples,
tornando-se algumas vezes um projeto mais árduo do que a construção de um portal
para o público externo.
Para Sousa (2000), durante a elaboração de um sistema de intranet é
importante criar um projeto com cronograma, alocação de tarefas e orçamentos,
elaborar uma documentação de todos os processos a serem colocados na intranet,
dar treinamento aos usuários, montar uma equipe de suporte e efetuar uma
divulgação massiva na empresa, tendo, obrigatoriamente, o comprometimento e a
ajuda da direção da empresa.
Para os consultores da INFNET (1998), uma ótima iniciativa para o
desenvolvimento seguro de uma intranet é planejar a sua implantação em etapas, de
forma minuciosa e contínua. Recomenda-se iniciar o desenvolvimento de uma
intranet apenas como um protótipo, com poucos serviços, os que realmente são
importantes para a instituição. Estes serviços devem ser utilizados por um grande
número de colaboradores. Com este procedimento, é possível despertar o interesse
44

de uso e participação de todos os usuários da empresa e avaliar melhor os custos


utilizados para a contratação de profissionais e software para a produção da intranet.

Sousa (2002, p.77) reforça o conceito sobre importância de se construir


plataformas piloto antes da produção de uma versão final:

“Os testes, numa plataforma piloto, simulando a situação real,


mostram os problemas que poderão ocorrer na implantação,
evitando surpresas desagradáveis posteriormente.
Normalmente, em um piloto de projeto podemos constatar:
• Se todos os itens previstos foram atendidos;
• Problemas de erros de programação no software;
• Problemas de defeitos em hardware;
• Adequação da plataforma ao ambiente do usuário;
• Se os procedimentos operacionais atendem à empresa;
• Treinamento prévio que podem ser feitos junto aos
operadores e usuários”.

Para Sousa (2002), todas essas avaliações são feitas a partir da primeira
experiência do usuário com o protótipo, que costuma ser muito informativa e
enriquecedora.
Lins (2009), acredita que as iniciativas para manter o sistema de intranet ativo
na empresa fracassam, em alguns casos, por falta de acesso, abandono e
desinteresse dos usuários. Isso se deve pela falta de atualização de informações,
além da carência de um conteúdo confiável e atrativo, abastecido por fontes
departamentais.
Miano (2009) acredita que os problemas de uma intranet não estão
relacionados à falta de capacidade da tecnologia, mas sim da falta de planejamento
e de valorização da ferramenta por parte dos departamentos. A intranet precisa,
assim como um website para o público externo, de planejamento constante, feito por
uma equipe concentrada em manter a plataforma atrativa, medindo seus resultados
e direcionando seu futuro.
Segundo Lins (2009), existem funcionalidades e conceitos que podem ser
interessantes para o processo de criação de uma intranet. Essas informações estão
relacionadas à criação de medidas tecnológicas para um processo permanente de
motivação das pessoas ao uso do sistema, gerando uma reflexão sob visão dos
usuários e não necessariamente da estrutura organizacional da empresa.
45

Miano (2009) conclui que a intranet precisa oferecer serviços necessários


para o dia-a-dia do usuário, despertando nas pessoas a necessidade de uso
frequente do sistema para a conclusão de suas atividades.
Evans (1996) acredita que as empresas almejam a implantação do sistema de
intranet como uma solução tecnológica para viabilizar a migração de um modelo de
produção manual para um ambiente de trabalho virtual on-line, onde a rede é o
próprio ambiente de trabalho, gerando assim um excelente mecanismo para a
redução de tempo e interação entre os usuários e as corporações,
consequentemente, aumentando a produtividade dos colaboradores.
Segundo Mendes (2006), as empresas buscam no sistema de intranet a visão
global de um sistema que serve de fonte de informação para toda a instituição, pois
a intranet facilita a conexão das pessoas em uma única rede, servindo de base para
automação de processos e divulgação de informações que podem agregar valor.
Para Mendes (2006), a tecnologia da intranet é comprovadamente eficiente tanto
como meio de reunir informações dos usuários, como de transmitir informações a
esses mesmo usuários.
Na visão de O’Brien (2003), em muitas organizações a intranet torna-se a
base de conhecimento, armazenamento e disseminação de informações
corporativas. A intranet assume a forma de melhores práticas, políticas e soluções
de projetos, equipe, unidade de negócios e níveis do empreendimento da empresa.
Para O’Brien (2003), a intranet detém um importante papel na corporação podendo
ser considerada como um “sistema para disseminar o conhecimento em apoio ao
processo de tomada de decisão na empresa” O’Brien (2003, p.295).
Na visão de Mendes (2006), o sistema de intranet nada mais é do que uma
evolução que faz com que empresas caminhem para novas metodologias de
trabalho, gerando assim a organização de estruturas de serviços que são
incorporados no ambiente digital de comunicação interna.
Brum (2003) reforça que nos dias atuais as empresas buscam melhorias em
seu ambiente organizacional e que a relação no ambiente de trabalho não pode ser
encarada pelas pessoas como uma tortura. Assim, a intranet surge como uma
excelente ferramenta para viabilizar as medidas de melhorias adotadas pelas
corporações na questão de comunicação interna, ou no oferecimento de recursos e
serviços on-line ou em plataformas de treinamento para os usuários.
46

Desde a década passada, Eltz (1994) já preconizava que a organização tem


por obrigação estratégica tratar seus funcionários como cliente interno. Só assim
conseguirá valorizar os seus clientes externos, ratificando a necessidade das
empresas de estimular seus colaboradores ao conhecimento das políticas internas
de gestão. Mendes (2006) menciona que o sistema de intranet pode ser considerado
um excelente recurso de oferecimento de serviços para os clientes internos, ou seja,
usuários de uma empresa ou instituição.
Mendes (2006) conclui que as empresas têm cada vez mais a necessidade de
desenvolver estratégias organizacionais e de comunicação. Esses elementos
estratégicos possuem seus processos revolucionados pela intranet, pelo fato de
ultrapassar-se o conceito de "fronteiras territoriais" e criar-se novas formas de
relacionamento entre as organizações e seus empregados, tornando-se uma
ferramenta poderosa com a capacidade de transformar a cultura da organização.
Pode-se prever que os estudos, discussões e exemplos dos autores
supracitados sobre os temas relacionados à intranet, abarcando o seu envolvimento
com os meios hipermidiáticos e interativos, assim como critérios para a sua correta
aplicação nas empresas, são assuntos de extrema importância para a construção
desses ambientes digitais. Ao mesmo tempo, estimulam o surgimento de ações
voltadas a iniciativas de inovações tecnológicas, reestruturações e melhorias em
intranets obsoletas e com problemas em seus mecanismos de interação com o
usuário, conforme será demonstrado no próximo capítulo.
47

ESTUDO DE CASO: SISTEMA DE INTRANET DE


UMA UNIVERSIDADE
48

3.1 Sistema de Intranet Global Career Center

O estudo de caso apresentado neste trabalho, é parte de uma série de


serviços restritos oferecidos pela intranet de uma Instituição Particular de Ensino
Superior brasileira (IPES), que pertence a um grupo internacional de IPES. Dessa
forma, é considerado pela instituição como um “sistema de intranet”.
O grupo não permitiu a sua identificação e exibição do logotipo, restringindo
apenas a apresentação do serviço oferecido pela intranet, assim como nome do
mecanismo, logotipo, imagem das telas e a identificação das empresas usuárias da
ferramenta. A permissão4 para o estudo de parte do sistema de intranet foi feita pela
sede do grupo no Brasil.
O estudo consiste em acompanhar a trajetória da construção do sistema de
intranet, assim como a sua implantação no ambiente digital de uma IPES. Além
disso, tem como objetivo relatar os principais problemas, que o sistema apresentava
no início do seu processo de uso, e as melhorias e ajustes feitos no decorrer de sua
existência, relacionados às informações com fundamentações e estudos de autores
da área do design de hipermídia e de interação. Apontando a extrema necessidade
de estudos relacionados a estes campos do conhecimento que atuam de forma
indispensável para a composição de qualquer tipo de mecanismo digital interativo.
O sistema de intranet nomeado de Global Career Center, que significa em
português Centro Global de Carreiras, foi desenvolvido exclusivamente para
estudantes integrantes da rede de IPES pertencentes ao grupo americano e
empresas parceiras dessas instituições. A ferramenta oferece subsídios para os
alunos cadastrarem seus currículos, buscarem por vagas de trabalho e acessarem
conteúdos de aprimoramento profissional. Para as empresas dispõe de uma extranet
que é utilizada para a publicação de vagas de trabalho e busca de currículos dos
estudantes.
Esse sistema de intranet que recebeu de seus proprietários a abreviação
(GCC), foi projetado no ano de 2003 na Cidade do México, por uma IPES integrante
do grupo. O intuito inicial da IPES mexicana era de atender apenas estudantes de
seu país. Contudo, devido o grande número de aquisições internacionais de outras

4
(Cópia anexada na página 100 desta deste trabalho).
49

IPES feitas pelo grupo, foi instaurada uma política de disseminação, e customização
do sistema para todas as instituições adquiridas.
Versões do sistema GCC, foram implantadas em 45 instituições de ensino,
presentes na América do Norte, América Central, América do Sul, Ásia, Europa e
Oceania. No Brasil, o GCC foi implantado no ano de 2005, período em que houve a
aquisição de uma IPES localizada na cidade de São Paulo.
Segundo a sede do grupo no Brasil, as diretorias de tecnologia das IPES
integrantes da rede não possuíam uma política de compartilhamento de informações
ou históricos de projetos digitais, sendo assim a metodologia para implantação do
sistema na IPES não foi a mesma utilizada em outros países. A figura 05 apresenta
a tela inicial do sistema de intranet GCC utilizada pela IPES brasileira durante os
anos de 2005 a 2007:

Figura 05- Tela inicial do sistema GCC. Versão utilizada de 2005 a 2007.
Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center

De modo geral, o GCC possui dois canais de interação com os usuários. O


primeiro canal é fechado e exclusivo para estudantes que acessam e utilizam os
recursos do GCC na rede interna da universidade.
50

O segundo canal é um acesso aberto que através de uma extranet permite as


empresas parceiras publicarem oportunidades de trabalho e buscarem currículos de
alunos.
O acesso do estudante ao sistema é feito através da emissão do número da
matricula escolar e senha disponibilizada pela IPES através da tela inicial da
ferramenta. O sistema de intranet pode ser acessado através dos computadores
localizados em laboratórios ou conexão sem fio oferecida na universidade. O usuário
durante o seu primeiro acesso ao sistema deve preencher um pré-cadastro que
futuramente irá compor a lista de informações de seu currículo on-line.
A seguir, a relação das informações que são preenchidas pelos usuários
durante o primeiro acesso:

• Pretensão salarial;
• Nome completo;
• Número do usuário (matricula do aluno na universidade);
• Estado Civil;
• Sexo;
• Idade;
• Nacionalidade
• Endereço (número da rua, bairro, cidade, estado, CEP, país);
• Telefone para contato;
• E-mail;
• Nível de experiência profissional;
• Permissão para que as informações fiquem disponíveis para a empresa.

Na seqüência, a figura 06 mostra a tela inicial que os usuários visualizam para


realizar o cadastramento de suas informações pessoais. É necessário preencher
todos os campos da tela.
51

Figura 06- Sistema Global Career Center – Tela de cadastro do usuário. Versão utilizada de 2005 a 2007.
Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center

Após o preenchimento do cadastro inicial, os usuários podem usufruir dos


seguintes recursos do sistema de intranet:

• Área para a elaboração de um currículo digital que fica disponível para as


empresas que utilizam a extranet do Global Career Center na busca de
candidatos;
• Busca de vagas de trabalho ou estágio através de filtros de pesquisa como:
o Área de interesse. Busca de áreas do mercado de trabalho em que
deseja trabalhar;
o Pesquisa dos nomes dos cursos para os quais as empresas desejam
divulgar vagas de trabalho;
o Nível hierárquico do cargo que o usuário deseja atuar;
o Nível de formação técnica ou superior que as empresas buscam;
52

o Estados no Brasil onde as empresas estão localizadas;


o Busca por palavras chave;
• Relatório das atividades exercidas no trabalho;
• Acesso à relação de empresas interessadas no currículo cadastrado;
• Painel de discussão sobre o mercado de trabalho;
• Consultoria de carreiras on-line para perguntas e dúvidas;
• Eventos e novidades sobre o mercado;
• Artigos relacionados à empregabilidade global;
• Acesso a sites de busca de emprego no exterior.

Tela inicial do principal serviço utilizado pelos usuários (figura 07) trata-se da
área para pesquisa de vagas de trabalho:

Figura 07-Tela Pesquisa Avançada por Oportunidades de Trabalho. Versão utilizada de 2005 a 2007.
Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center

O acesso das empresas ao sistema GCC, é feito através de um endereço


eletrônico disponibilizado pela universidade. Este link direciona as corporações a
uma extranet, e o uso dos seus respectivos serviços são gratuitos e exclusivos para
as empresas que firmaram contratos com a IPES para utilização do sistema.
Assim como os estudantes, os representantes das empresas necessitam
preencher informações cadastrais para o uso da ferramenta. Antes da realização do
53

cadastro, as corporações são obrigadas a ler e aceitar as condições estipuladas por


um termo de privacidade de informações do GCC. Este termo aborda questões
relacionadas a leis trabalhistas e confidencialidade de informações dos usuários
como endereços residenciais, telefones e endereços de correios eletrônicos.
Na seqüência, as informações cadastrais que devem ser preenchidas pelas
empresas para ingressarem ao sistema do GCC:

• Nome da Empresa;
• Razão Social;
• Identificação sugerida pela empresa;
• Descrição da empresa:
o Trata-se de uma matriz ou subsidiária?
o Nacional: Quando o capital, estrutura e atividades da empresa estão
no país;
o Internacional: Quando a empresa possui escritórios ou operações em
diversos países;
• Descrição do negócio central da companhia:
o Ramo de Atividade;
• Endereço:
o Rua e número;
o Bairro;
o Cidade;
o CEP;
o Estado;
• Nome completo do gerente de recursos humanos;
• Nome completo do contato;
• Cargo;
• Telefone: DDD:
o Ramal 1;
o Ramal 2;
o Fax;
• E-mail do contato;
• Confirmação do e-mail do contato;
54

• E-mail da empresa;
• Endereço da página na web;
• Senha (mínimo quatro caracteres);
• Confirmação da senha.

A figura 08 representa a tela acessada pelos representantes das empresas para


a realização do cadastro no sistema Global Career Center:

Figura 08-Tela para cadastro das empresas. Versão utilizada de 2005 a 2007.
Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center

Após o cadastramento no sistema, as empresas obtêm acesso a serviços


relacionados à contratação de alunos e veiculação de vagas de trabalho, como os
que seguem:
55

• Publicação de oportunidades de trabalho;


• Procura de candidatos;
• Candidatos interessados na oportunidade de trabalho;
• Relatório de contratação;
• Modificação da oportunidade de trabalho;
• Modificação de senha;
• Cancelamento do registro de uso no sistema;
• Modificação dos dados corporativos da empresa.

Na figura 09, apresenta-se a tela do serviço mais utilizado pelas empresas:


“Área para publicação de oportunidades de trabalho”.

Figura 09-Tela para publicação de vagas de trabalho. Versão utilizada de 2005 a 2007.
Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center

Para que o sistema Global Career Center promova a condução das


informações cadastradas pelos canais de estudantes e empresas, existe uma linha
tecnológica que cruza as informações postadas por ambos os públicos, e distribui os
56

dados nas telas de serviços exclusivos para os usuários. A figura 10 ilustra esta
ação:

Figura 10- Fluxograma de entrada, cruzamento e envio de informações cadastradas pelos usuários.
Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center

Em suma, a IPES brasileira pretendia com a implantação do sistema de


intranet GCC, intensificar o relacionamento dos estudantes com o mercado de
trabalho, almejando tornar o sistema um diferencial nos serviços oferecidos pela
instituição.
Contudo, falhas relacionadas ao planejamento e customização do projeto
original vindo México para o cenário da universidade brasileira, não permitiram a
conquista deste resultado.

3.2 Deficiências do sistema de intranet Global Career Center


57

O sistema de intranet GCC desde sua implantação, no ano de 2005 até o mês
de abril de 2008, apresentou problemas em sua funcionalidade. Por este motivo, no
período dos meses de março a novembro de 2008, foi realizado pela IPES brasileira
um projeto de análise do sistema, com o intuito de encontrar os desacertos do GCC
e com base nessas informações estabelecer projetos para melhoria e correção do
sistema.
As informações coletadas para a composição deste trabalho vieram de fontes
relacionadas ao departamento de tecnologia da IPES brasileira que implantou a
ferramenta vinda do México, e o departamento responsável pelo gerenciamento do
sistema de intranet GCC no Brasil.
De acordo com o departamento de tecnologia da universidade brasileira que
implantou o sistema de intranet GCC no ano de 2005, não havia uma política de
troca de informações tecnológicas entre as universidades integrantes da rede. Por
esse motivo, foi discutida a hipótese da criação de um projeto de troca de dados
com instituições no exterior, objetivando um maior conhecimento sobre os
procedimentos adotados por essas instituições durante a implantação e
conseqüentemente customização do sistema de intranet GCC no país.
Contudo, neste período o departamento de tecnologia contava com uma
verba restrita para a contratação de profissionais que auxiliariam no estudo dos
históricos de implantação do GCC por IPES do exterior, pesquisas para o
levantamento do perfil, necessidades e expectativas dos usuários brasileiros, assim
como o desenvolvimento de um plano estratégico para a implantação do sistema no
Brasil.
Diante deste cenário, a equipe de tecnologia decidiu entrar em contato
apenas com a IPES mexicana que disponibilizaria o sistema original do GCC para a
customização aos usuários brasileiros.
Sendo assim, as únicas ações adotadas pela instituição do Brasil para a
implantação do GCC, foi a de utilizar à mesma estrutura tecnológica e informacional
do Global Career Center México, realizando apenas a tradução dos conteúdos, do
espanhol para o português, não se preocupando com um planejamento adequado
para aplicação do sistema ao publico de estudantes e empresas brasileiras.
58

Essa medida adotada pelo departamento de tecnologia da IPES brasileira,


não condiz com a correta metodologia para a implantação de sistemas digitais
mencionadas por Preece, Rogers, Sharp, (2002), que apontam o envolvimento de
profissionais designers de interação para a formação de uma equipe multidisciplinar
composta neste caso por profissionais de tecnologia, designers de interface, e de
informação, além de representantes de empresas parcerias, estudantes e docentes
para o levantamento de opiniões e informações relevantes para a customização da
ferramenta, atendendo as necessidades e expectativas dos usuários.

Fundamentando-se nos autores Preece, Rogers, Sharp (2002, p.33), o


processo inicial adotado para implantação do sistema de intranet GCC, na IPES
brasileira deveria se estabelecer em duas atividades básicas:

“1-Desenvolver e adaptar designs alternativos que preencham


os requisitos dos usuários”.
“2-Avaliar o que está sendo construído durante o processo”.

Após a implantação do sistema de intranet GCC, foi criado um departamento


presencial dentro da IPES brasileira que contava com uma equipe de profissionais
que ofereciam suporte aos usuários em dúvidas, reclamações e sugestões. Porém,
não existia nesta equipe um profissional voltado para área do design, fato que
segundo o departamento que cuidava do GCC, prejudicou o desempenho das
correções dos problemas encontrados no sistema.
Krippendorff (2000, p.93), aponta que o entendimento necessário ao designer
para com os usuários é um “entendimento não somente da tecnologia envolvida,
mas também do que a tecnologia significa para as pessoas”.

3.2.1 Avaliação das interfaces gráficas e funcionalidade do sistema de intranet


Global Career Center
59

3
1

Figura 11- Tela inicial do sistema GCC. Versão utilizada de 2005 a 2007.
Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center

A interface gráfica da tela inicial do sistema de intranet GCC, mostrada na


figura 11, era apresentada de forma semelhante para os públicos de estudantes e
empresas, não havendo uma distinção no conteúdo de informações.
Segundo a equipe de suporte do GCC, ambos os públicos encontravam muita
dificuldade para localizar a área de acesso aos serviços exclusivos (estudantes e
empresas) sinalizados nos retângulos vermelhos número 01 e 02 na figura 11. A
justificativa dos usuários foi a de que não existia um destaque visual nos links de
acesso como, por exemplo, menus com botões.
Norman (2002) aponta que a usabilidade de um sistema digital, se dá em
termos de como os usuário, identificam os próximos passos durante a sua
navegação, ou seja, quanto mais visíveis forem as funções, mais os usuários
saberão como proceder. Por outro lado, quando as funções estão fora de alcance,
torna-se mais difícil encontrá-las e saber como utilizá-las.
Outra preocupação que existia na página inicial do GCC era a falta de
interesse dos estudantes no acesso aos conteúdos relacionados às oportunidades
de trabalho, apontado no retângulo verde número 03 na figura 11.
60

Na visão do departamento de tecnologia da universidade brasileira, havia um


número muito baixo de cliques nos links dessas informações, surgindo à dúvida se
era preciso criar algum mecanismo de maior interação nesta área para despertar o
interesse dos estudantes. Além dos problemas relacionados à visualização e
interesse no conteúdo informativo, existiam imagens distorcidas e com baixa
resolução conforme mostra o retângulo azul número 04 na figura 11.
Segundo a equipe de suporte do sistema de intranet GCC, o cenário de
problemas relacionados à interface gráfica das telas, e reclamações dos usuários
sobre a funcionalidade do sistema, foi além da página inicial da ferramenta,
atingindo a área administrativa dos serviços para alunos e empresas.
A seguir, relatasse os problemas encontrados na área de serviços aos alunos.

Figura 12- Tela “Área de serviços exclusivos aos alunos”. Versão utilizada de 2005 a 2007.
Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center

A interface gráfica da área de serviços aos alunos indicado na figura 12, não
agradava aos usuários que reclamavam do excesso de informações que não eram
pertinentes aos seus interesses e necessidades conforme é apresentado no
retângulo vermelho número 01 na figura 12. Segundo o departamento que cuida do
sistema de intranet GCC, os estudantes queriam visualizar na tela inicial da
ferramenta, oportunidades de trabalho publicadas pelas empresas e não somente
informações institucionais relacionadas à IPES.
61

Para Krippendorff (2000), as interfaces gráficas devem permitir que os


usuários projetem os seus próprios mundos no sistema, permitindo a relação de seu
cotidiano com as telas de navegação de um aplicativo digital. Trazendo este
conceito para o sistema de intranet GCC, este deveria proporcionar aos usuários o
acesso a informações customizadas, de forma organizada e ergonômica.
Para que os alunos visualizassem a relação de vagas de trabalho publicadas
pelas corporações, era preciso acessar a opção “Empresas interessadas em meu
currículo” no menu superior sinalizando pelo retângulo vermelho número 01 na figura
13.

Figura 13- Tela “Empresas interessadas no meu currículo”. Versão utilizada de 2005 a 2007.
Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center

Contudo, na área “Empresas interessadas no meu currículo”, existia um erro


relacionado à exibição da listagem de vagas de trabalho compatíveis aos currículos
cadastrados pelos estudantes. Quando os usuários utilizavam este recurso, era
exibida a mensagem “Nenhuma informação registrada”, indicado no retângulo azul
número 02 na figura 13.
Isso acontecia por que o sistema não cruzava as informações registradas
pelas empresas com o perfil dos currículos cadastrados pelos estudantes. O fato é
que na área dos estudantes, os códigos de programação que compunham os
campos que recebiam as informações cadastradas pelas empresas, possuíam
nomenclaturas em espanhol, oriundas de uma falha na customização da ferramenta
mexicana para a língua portuguesa, resultando em uma divergência no recebimento
das informações enviadas pelos representantes das corporações conforme mostra a
figura 14 a seguir.
62

Figura 14- Esquema da falha no envio das informações das empresas para os alunos.
Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center

O recurso “Busca de Vagas” era outra ferramenta utilizada pelos estudantes


nas pesquisas de oportunidades de trabalho publicadas pelas empresas. O serviço
supria a falha do sistema em relacionar a lista de vagas de trabalho compatíveis com
o currículo cadastrado pelos usuários. Na seqüência a figura 15 da tela do serviço
“Busca de Vagas”:

Figura 15- Tela “Busca de Vagas – Pesquisa Avançada por Oportunidades de Trabalho”. Versão utilizada de 2005 a 2007.
Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center
63

Em alguns momentos o recurso “Busca de Vagas” apresentava erros em seus


serviços, conforme mostra o retângulo verde número 1 na figura 16 a seguir, não
atendendo completamente os usuários durante a consulta das informações no
sistema.

Figura 16- Tela “Busca de Vagas - Pesquisa Avançada por Oportunidades de Trabalho”. Versão utilizada de 2005 a 2007.
Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center

Com relação à área administrativa dos serviços para empresas, de modo


geral os problemas eram inferiores em comparação a área dos estudantes,
restringindo-se apenas a quedas de conexão no momento em que os representantes
das corporações parceiras da IPES brasileira clicavam no link para acesso a
extranet do GCC, conforme mostra a figura 17.

Figura 17 - Tela “Área de serviços exclusivos as empresas”. Versão utilizada de 2005 a 2007.
Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center

Segundo o departamento de tecnologia do Global Career Center, a conexão


de rede da IPES brasileira, não suportava o volume de acessos remotos das
64

empresas que utilizavam a extranet. Por esse motivo, o sistema ficava fora do ar
constantemente.
Compreende-se com as informações apresentadas que aliadas aos erros de
programação, a ausência de técnicas baseadas no design de hipermídia e de
interação, durante a customização do sistema de intranet GCC, prejudicou o
desempenho da ferramenta que apresentava erros, gerando a insatisfação dos
usuários.
Percebe-se que os campos do design de hipermídia e interação são
necessários para o bom andamento do sistema, não somente durante a sua
construção, mas no processo de implantação e suporte contínuo as necessidades
dos usuários.

3.3 Projetos de melhoria do sistema de intranet GCC

Como parte do processo de reestruturação do sistema de intranet GCC, foi


criado em março de 2008 um comitê multidisciplinar composto por designers,
profissionais de tecnologia, estudantes e integrantes de empresas parceiras da IPES
brasileira para a elaboração de um questionário para avaliar a satisfação do usuário
com relação ao sistema de intranet GCC, esse procedimento seguiu a linha de
estudo de Preece, Rogers, Sharp (2002, p.33) que estabelecem a “necessidade de
Identificar as necessidades dos usuários e estabelecer requisitos”.
O propósito foi identificar os problemas e sugestões feitas pelos usuários, de
forma a auxiliar parte do processo de melhoria do sistema.
O questionário foi aplicado para o publico de alunos e empresas, tendo como
objetivo mensurar a resposta de ambos os entrevistados. A seguir as informações
relacionadas aos estudantes.
Apesar de a IPES brasileira possuir 28.000 alunos matriculados, somente
5.551 estudantes estavam cadastrados no sistema de intranet GCC entre os anos
de 2005 a 2008. O universo da pesquisa foram os alunos cadastrados no sistema de
intranet GCC.
Esta pesquisa foi enviada para o correio eletrônico dos 5.551 estudantes que
possuíam cadastro no serviço, deste número, 4031 responderam à pesquisa
perfazendo 76,2% de respostas como citado no gráfico 01 a seguir.
65

76,2%

23,8%

Número de alunos que responderam Número de alunos que não responderam


a pesquisa a pesquisa
Gráfico 01 – Número de alunos que responderam o questionário.
Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center

O instrumento da pesquisa foi um questionário com seis questões, formado


por cinco perguntas fechadas e uma aberta, conforme apresenta o quadro 01:
QUADRO 01: PESQUISA PARA ALUNOS
1- Você já conseguiu trabalho ou estágio via Global Career Center (GCC)?
Sim (__) Não (__)

2- Como você avalia o GCC?


Excelente (__) Bom (__) Regular (__) Insatisfatório (__)

3- O GCC facilita o seu relacionamento com o mercado de trabalho?


Sim (__) Não (__)

4- Selecione o serviço que melhor atende as suas necessidades:


Área para a elaboração de seu currículo digital (__)
Área para busca de vagas de trabalho ou estágio (__)
Relatório das atividades exercidas no seu trabalho (__)
Acesso à relação de empresas interessadas no seu currículo (__)
Painel de discussão sobre o mercado de trabalho (__)
Consultoria de carreiras on-line para perguntas e dúvidas (__)
Eventos e novidades sobre o mercado (__)
Artigos relacionados à empregabilidade global (__)
Acesso a sites de busca de emprego (__)

5- Você indicaria o GCC para seus colegas da universidade?


Sim (__) Não (__)

6- Para a constante melhoria do GCC descreva suas sugestões de mudança na ferramenta:


(_______________________________________________________________)
Quadro 01- Pesquisa para alunos. Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center
66

A seguir, o resultado da pesquisa realizada com os estudantes. Os


indicadores foram representados por gráficos que consideram a significância dos
resultados.
Na Questão 01 foi perguntado: Você já conseguiu trabalho ou estágio via
Global Career Center (GCC)?

99,68%

0,3%

Gráfico 02 - Você já conseguiu trabalho ou estágio via Global Career Center?


Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center

As respostas indicaram que a quase totalidade (99,7%) dos alunos não


conseguiram colocação no mercado de trabalho através do sistema de intranet
GCC. Apenas 13 estudantes (que representa 0,3%) conquistaram trabalho utilizando
a ferramenta. Este indicador mostra a precariedade do mecanismo para o
atendimento dos usuários.
67

A seguir, a questão 02 solicitava uma avaliação: Como você avalia o GCC?

99,6%

0,14% 0,25%

Gráfico 03 - Como você avalia o GCC?


Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center

Verifica-se que 99,6% dos entrevistados, estão insatisfeitos com o GCC, pois
nenhum apontou excelente para o sistema, somente 06 (0,14%) apontaram que o
serviço é bom e 10 alunos (0,25%) sinalizaram que o serviço é regular.

Na Questão 03 foi solicitada a informação: O GCC facilita o seu relacionamento com


o mercado de trabalho?

99,78%

0,22%

Gráfico 04 - O GCC facilita o seu relacionamento com o mercado de trabalho?


Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center

A pesquisa mostra o absoluto descrédito dos usuários com o sistema de


intranet, 4022 entrevistados, 99,78% responderam que o GCC não facilita a entrada
68

no mercado de trabalho, apenas 09, 0,22% estudantes manifestaram uma posição a


favor da ferramenta.
Questão 04 - Selecione o serviço que melhor atende as suas necessidades:

30%
29%

16%
12%
09%

02% 01 % 0,79 %

Gráfico 05 - Selecione o serviço que mais atende as suas necessidades.


Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center

Considerando as respostas referentes aos serviços que melhor atendem os


usuários, verifica-se que 59% dos entrevistados concentram a realização de suas
tarefas em apenas duas ferramentas. A primeira é “Área para elaboração do seu
currículo digital” apontada na pesquisa por 1206 alunos, 30% e a segunda trata-se
da “Área para busca de vagas de trabalho ou estágio”, indicado por 1156 alunos,
29% do publico. Na seqüência dos serviços mais utilizados seguem “Acesso a sites
de busca de empregos” com 629, 16% das respostas; “Relatórios de atividades
exercidas no seu trabalho” com 492, 12% das indicações; “Painel de discussão
sobre o mercado de trabalho” com 371, 09% das citações, “Eventos e novidades
sobre o mercado” com 101, 02% das respostas; “Artigos relacionados à
empregabilidade global” com 41, 1% das indicações e “Consultoria de carreiras on-
line para perguntas e dúvidas” com 32 citações, representando 0,79% dos
entrevistados.
69

Percebe-se que o recurso “Acesso a relação de empresas interessadas no


seu currículo”, não obteve indicação dos usuários. Isso se deve pelo fato da
ferramenta ter funcionado precariamente, devido ao erro no processo de cruzamento
de dados supramencionado.

A Questão 05 indaga se o usuário indicaria o GCC para seus colegas da


universidade? Esta questão reforça a questão 02 que solicitava uma avaliação do
GCC.

99%

1%

Gráfico 06 - Você indicaria o GCC para seus colegas da universidade?


Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center

Somente 22 usuários, 1% afirmaram que indicariam o sistema de intranet


para outros colegas da universidade, contra 4099 usuários, 99% dos entrevistados
que não indicariam os serviços do sistema de intranet GCC para outros estudantes.

A Questão 06 a seguir, solicita sugestões para melhoria do sistema - Para a


constante melhoria do GCC, descreva suas sugestões de mudança na ferramenta:
(Levantamento das 05 sugestões mais comentadas pelos alunos).
70

34%
32%

17%

9%
8%

Gráfico 07 - Para a constante melhoria do GCC descreva suas sugestões de mudança na ferramenta.
Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center

Com relação às sugestões para melhoria do sistema de intranet GCC,


verifica-se que 1361 34% dos estudantes apontaram melhorias nas telas dos
serviços de pesquisa de informações, 1289, 32% indicam ajustes nas interfaces
gráficas das telas, 629, 17% apontaram organização das informações, 379, 9%,
solicitam reprogramação do serviço “Acesso a relação de empresas interessadas no
seu currículo”, e 306, 8% informaram a correção de links de acesso aos serviços do
sistema que não funcionam.
De forma análoga a pesquisa realizada com os alunos, a pesquisa feita com
as empresas utilizou o correio eletrônico de 3.400 representantes de empresas que
possuíam cadastro no sistema de intranet GCC. Deste número, 223 gestores de
empresas responderam à pesquisa totalizando uma amostra de 06%, conforme
mostra a gráfico 08

76,2%

23,8%

. Representantes de empresas que Representantes de empresas que não


responderam a pesquisa responderam a pesquisa

Gráfico 08 – Número de empresas que responderam o questionário.


Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center
71

O instrumento da pesquisa realizada com as empresas foi um questionário


similar ao utilizado com os estudantes, formado por seis questões, cinco fechadas e
uma aberta, conforme indica o quadro 02 a seguir.

QUADRO 02: PESQUISA PARA EMPRESAS

1- Você já conseguiu contratar estudantes via Global Career Center (GCC)?


Sim (__) Não (__)

2- Como você avalia o GCC?


Excelente (__) Bom (__) Regular (__) Insatisfatório (__)

3- O GCC facilita o relacionamento entre a sua empresa e os alunos?


Sim (__) Não (__)

4- Selecione o serviço que melhor atende as suas necessidades:


Publicação de oportunidades de trabalho (__)
Procura de candidatos (__)
Candidatos interessados na oportunidade de trabalho (__)
Relatório de contratação (__)
Modificação da oportunidade de trabalho (__)
Modificação de senha (__)
Cancelamento do registro de uso no sistema (__)
Modificação dos dados corporativos da empresa (__)

5- Você indicaria o GCC para outras empresas?


Sim (__) Não (__)

6- Para a constante melhoria do GCC, descreva suas sugestões de mudança na ferramenta:


(_______________________________________________________________)

Quadro 02 – Pesquisa para empresas.


Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center

A seguir o resultado da pesquisa realizada com os representantes das


empresas. Os gráficos revelam um resultado semelhante à pesquisa aplicada aos
alunos.
72

Questão 1 - Você já conseguiu contratar estudantes via Global Career Center


(GCC)?

86%

14%

Gráfico 09 - Você já conseguiu contratar estudantes via Global Career Center (GCC)?
Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center

A pesquisa mostra que a 192 entrevistados, 86%, não conseguiram realizar a


contratação de estudantes através da extranet GCC. Somente 31 empresas, 14%
realizaram este feito.

Questão 2 - Como você avalia o GCC?

57%

28%

15%

Gráfico 10 - Como você avalia o GCC?


Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center
73

A pesquisa revelou que 127 representantes de empresas, 57% do publico


entrevistado, esta insatisfeito com a extranet, em seguida 63, 28%, citaram que o
serviço era regular, e 33, 15%, classificavam a ferramenta como boa, o que indica
uma aceitação maior do sistema pelas empresas, em comparação aos alunos.
Nenhum dos entrevistados classificou a extranet como excelente.

Questão 3 - O GCC facilita o relacionamento entre a sua empresa e os alunos?

80%

20%

Gráfico 11 - O GCC facilita o relacionamento entre a sua empresa e os alunos?


Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center

Um público de 178 representantes de empresas, 80% do número de


entrevistados indicaram que a ferramenta não auxilia no processo de relacionamento
com os alunos da universidade, enquanto 45 entrevistados, 20 %, citaram que se
beneficiam do sistema.
74

Questão 4 - Selecione o serviço que mais atende as suas necessidades:

25%
24%

13%
12% 11%
10%

05%

Gráfico 12- Selecione o serviço que mais atende as suas necessidades.


Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center

O gráfico acima mostra que 55 entrevistados, 25% mencionaram o serviço


“Publicação de oportunidades de trabalho” como o recurso que mais atende suas
necessidades, em seguida 54, 24% apontaram o recurso “Procura de candidatos”,
30, 13% sinalizaram “Candidatos interessados na oportunidade de trabalho”, 26,
12% citaram “Modificação de senha”, 24, 11% informaram “Relatório de
contratação”, 22, 10% indicaram “Modificação da oportunidade de trabalho”, e 12,
5% mencionaram o recurso “Cancelamento do registro de uso no sistema”. Nenhum
dos entrevistados sinalizou os serviços “Modificação dos dados corporativos da
empresa” e “Acesso à relação de empresas interessadas no seu currículo”.
Identifica-se que os serviços da extranet oferecidos aos representantes das
empresas, atendiam melhor a necessidade dos usuários em comparação aos
serviços para os alunos. Isso se deve pelo fato de que o sistema de intranet do GCC
possuía um número maior de problemas tecnológicos em comparação a extranet,
que apresentava apenas problemas de conexão durante o acesso remoto dos
usuários, conforme mostrou a figura 17 supramencionada.
75

Questão 5 - Você indicaria o GCC para outras empresas?

56%

44%

Gráfico 13 - Você indicaria o GCC para seus colegas da universidade?


Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center

Com um resultado mais favorável em comparação ao publico de estudantes


entrevistados, 98 representantes de empresas, 44%, informaram que indicariam o
sistema de intranet para outras empresas, enquanto 125 entrevistados 56% citaram
que não recomendariam os serviços do GCC.

Questão 6 - Para a constante melhoria do GCC descreva suas sugestões sobre a


ferramenta. (Levantamento das 05 sugestões mais comentadas pelas empresas).

33%

20%
17% 16%
14%

Gráfico 14 - Para a constante melhoria do GCC descreva suas sugestões ou criticas sobre a ferramenta.
Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center
76

Sobre as sugestões de melhoria da extranet do GCC, comprova-se que 74


entrevistados, 33%, solicitaram os ajustes dos problemas de conexão da extranet,
na seqüência 44, 20%, indicaram a correção das interfaces gráficas das telas de
acesso, 38, 17%, sugeriram organizar melhor as informações apresentadas no
sistema, 36, 16%, pediram para que o sistema apresente na tela inicial da área
administrativa a lista de currículos compatíveis com as vagas cadastradas, e 31,
14%, solicitaram a melhoria do sistema para cadastramento de vagas de trabalho.
Com base nas informações adquiridas através das pesquisas realizadas com
os alunos e os representantes das empresas, e no conhecimento dos profissionais
designers nas áreas do design de hipermídia e de interação, foram estabelecidas
melhorias no sistema de intranet GCC, conforme será mostrado a seguir.

3.4 Melhorias realizadas no sistema de intranet para os alunos:

Em vista do resultado da pesquisa de campo no ano de 2008, o sistema de


intranet GCC foi totalmente reestruturado, recebendo melhorias em sua interface
gráfica, conteúdo de informações e processos interativos. A mudança pode ser
visualizada durante a comparação das figuras 18 “Versão antiga” e 19 “Versão
atual”:

Figura 18 Figura 19
Tela inicial do sistema de intranet GCC. Tela inicial do sistema de intranet GCC.
Versão utilizada de 2005 a 2007 Versão reformulada no ano de 2008
Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center
77

Para que os ajustes no sistema de intranet GCC acontecessem, foram


contratados profissionais designers para compor a equipe de tecnologia da IPES
brasileira.
Estes profissionais, através do conhecimento dos designs de hipermídia e de
interação, determinaram quais mudanças iriam acontecer na ferramenta, criando
novos princípios para a concepção gráfica e funcional do sistema de intranet GCC,
determinando quais funções esse mecanismo deveria apresentar aos usuários.
Essas diretrizes seguiram uma linha similar mencionada por Dias (2003,
p.20), que estabelece quais características uma intranet deve apresentar, sinalizado
no quadro 03 a seguir.

QUADRO 03: CARACTERÍSTICAS BÁSICAS QUE DEVE COMPOR UMA INTRANET


Os usuários devem conseguir localizar e acessar facilmente as
informações do sistema, com o mínimo de treinamento, não
Fácil acesso as
importando o local de armazenamento desses conteúdos. Encontrar
informações
informações na intranet deve ser tão simples quanto usar um
navegador web (aberto).
A intranet deve ser capaz de indexar e organizar as informações da
Classificação e pesquisa empresa. Seus recursos de busca devem refinar e filtrar as
intuitiva informações, suportar palavras chave e apresentar o resultado da
pesquisa em categorias de fácil compreensão.
A intranet deve permitir aos usuários publicarem, compartilharem e
Compartilhamento receberem informações de outros usuários. Durante a publicação, o
cooperativo sujeito deve poder especificar os grupos que terão acesso a seus
documentos/objetos.
Por meio de sistemas inteligentes, a intranet deve permitir o acesso
Acesso dinâmico aos
dinâmico às informações nele armazenadas, fazendo com que os
recursos informacionais
usuários sempre recebam informações atualizadas.

Para um melhor balanceamento da carga de processamento, o portal


Serviços distribuídos
deve distribuir os serviços por vários computadores ou servidores.

A intranet deve ser capaz de se comunicar com outros aplicativos e


Interfaces externas
sistemas fora da rede interna. (Extranet).

A intranet deve prover um meio de gerenciar todas as informações


corporativas e monitorar o funcionamento do portal de forma
centralizada e dinâmica. Deve ser de fácil instalação, configuração e
Fácil administração
manutenção, e aproveitar, na medida do possível, a base instalada de
hardware e software adquirida/controlada anteriormente pela
organização.
O administrador do portal deve ser capaz de customizá-lo de acordo
com as políticas e expectativas da organização, assim como os
Customização e
próprios usuários devem ser capazes de personalizar sua interface
personalização
para facilitar e agilizar o acesso as informações consideradas
relevantes.
Quadro 03 - Características básicas que deve compor uma intranet
78

7
2

6 8
4

Figura 20 - Tela inicial do sistema GCC. Versão utilizada de 2008 a 2009.


Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center

As ações para melhoria das interfaces gráficas do sistema de intranet GCC,


apresentado na figura 20, se estabeleceram na criação de recursos para destacar
visualmente a área de acesso aos serviços exclusivos para alunos e empresas
conforme é sinalizado no retângulo vermelho número 01 na figura 20, facilitando a
percepção dos usuários às informações da ferramenta. Esses ajustes estão
alinhados as características determinadas por Dias (2003) no quadro 03
supramencionado, que menciona a obrigação de uma intranet permitir a localização
e acesso as informações de maneira simples e rápida, tornando a navegação do
usuário em um sistema de intranet, uma ação tão fácil quanto usar um navegador
web.
79

Foram projetados na página inicial do sistema de intranet GCC, botões e


menus para destacar os links de acesso aos serviços e informações oferecidos pela
ferramenta, mostrados nos retângulos amarelos número 02 e 03 na figura 20. Além
disso, foi desenvolvido para os alunos um sistema randômico para divulgação de
oportunidades de trabalho, conforme mostra o retângulo verde número 04 na figura
20. Para os representantes das empresas, foram oferecidos conteúdos relacionados
a documentos para contratação de alunos, informações institucionais da IPES e
sobre o mercado de trabalho conforme sinaliza o retângulos laranjas número 07 e 08
na figura 20.
Este mecanismo permite a passagem seqüencial de distintas oportunidades de
emprego que podem ser manipuladas pelos usuários com um simples clique sob as
informações. Além do uso deste recurso, os estudantes podem consultar
informações relacionadas ao mercado de trabalho que são atualizadas
constantemente pelo sistema, conforme mostra o retângulo verde número 05 na
figura 20 e acessar vídeos de treinamento com entrevistas de profissionais de
destaque no mercado, sinalizado no retângulo azul número 06 na figura 20.
Nota-se que os novos recursos oferecidos pelo sistema de intranet GCC aos
usuários, assimilam-se aos fundamentos estabelecidos por O’Brien (2003), que
classifica a interface gráfica de uma intranet como um canal que permite o acesso a
uma variedade de aplicações e serviços exclusivos.
De modo geral, as novas funções delineadas pelos designs de hipermídia e de
interação nesse sistema, tornaram os usuários da ferramenta autores de diferentes
caminhos para a realização de tarefas, determinando ao sistema de intranet GCC a
forma que desejam se relacionar.
Moura (2006, p.192) ratifica esse conceito quando menciona que o design de
hipermídia indica uma “nova atitude de criação” transformando o usuário em agente
nesse processo, criando interferências no projeto digital e abrindo possibilidades de
novos caminhos e leituras do sistema em questão.

3.4.1 Área de serviços exclusivos aos alunos.

O excesso de informações apresentadas de forma desorganizada na tela


inicial da área de serviços exclusivos aos alunos na versão antiga do sistema,
indicado na figura 21 a seguir, foi substituído por uma nova interface, que dispõem
80

de links e filtros de pesquisa que, de forma interativa, realizam buscas de


informações através de palavras chaves digitadas pelos usuários, indicado no
retângulo vermelho número 01 na figura 22 na sequência. Esse procedimento
proporcionou uma navegação dinâmica baseada na exibição de informações de
acordo com a determinação do usuário. As mudanças realizadas
acompanham o discurso de Moura (2006), na questão do desenvolvimento de
interfaces gráficas organizadas e de agradável interação para os usuários. Moura
(2006, p.193) afirma:

“Não basta, porém, apenas adicionar as informações e os links


aleatoriamente. Existe a necessidade de estruturar as
informações de modo a organizá-las no espaço, visando a uma
boa navegação e interação”.

Figura 21 - Tela “Área de serviços exclusivos aos alunos”. Figura 22 - Tela “Área de serviços exclusivos aos alunos”.
Versão utilizada de 2005 a 2007 Versão utilizada de 2008 a 2009

Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center

Com base nas solicitações dos alunos que indicaram o recurso “Busca de
Vagas de Trabalho” como o principal serviço utilizado no sistema, foi incluído este
mecanismo no topo da lista de ferramentas dos usuários para que seja melhor
visualizado e utilizado, conforme sinaliza o retângulo verde número 02 na figura 22.

3.4.2 Recurso “Busca de Vagas”.


81

O recurso “Busca de Vagas” do sistema antigo apresentado na figura 23,


oferecia poucos filtros para pesquisa de informações que muitas vezes eram
apresentadas de forma desorganizada e com erros. Após a reestruturação da
ferramenta, os usuários puderam contar com um sistema de pesquisa avançado,
com uma interface gráfica de fácil manipulação, permitindo que a busca de vagas de
trabalho fosse feita de maneira dinâmica, através de mapas segmentados por
regiões em todo o Brasil, conforme mostra a figura 24.

Figura 23 - Tela “Busca de Vagas - Pesquisa Avançada por Oportunidades de Trabalho”. Versão utilizada de 2005 a 2007.
Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center

Figura 24 – Tela “Busca de Vagas Pesquisa Avançada por Oportunidades de Trabalho”. Versão utilizada de 2005 a 2008.
Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center

Os novos recursos seguiram a metodologia estabelecida por Almeida e Rosa


(2000), que defendem a produção de mecanismos de pesquisa que auxiliem o
usuário na busca de informações, fornecendo ao leitor uma idéia concisa do que ele
vai encontrar no ambiente digital. Para Almeida e Rosa (2000, p.113), “todo site
82

necessita de um espaço relativamente grande para poder transmitir todas as


informações pretendidas, como isso não pode ser feito de forma organizada, é
necessário criar recursos de pesquisa que exibam as informações em etapas”.
Os constantes erros durante a exibição da listagem de vagas de trabalho
publicadas pelas empresas na versão antiga do sistema, sinalizado no retângulo
vermelho número 01 na figura 25, foram corrigidos. Como resultado, o sistema
transformou-se em um efetivo mecanismo de listagem de vagas, conforme mostra a
figura 26.

Figura 25 - Tela “Busca de Vagas - Pesquisa Avançada por Oportunidades de Trabalho”. Versão utilizada de 2005 a 2007.
Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center

Figura 26 – Tela “Busca de Vagas Pesquisa Avançada por Oportunidades de Trabalho”. Versão utilizada de 2008 a 2009.
Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center
83

3.5 Melhorias realizadas no sistema de extranet para empresas:

3.5.1 Área de serviços exclusivos as empresas.

Atendendo ao pedido dos representantes da empresas, foi disponibilizada na


tela inicial da extranet do GCC, a listagem de currículos compatíveis com as vagas
cadastradas, apresentada na figura 27.

Figura 27 – Tela “Área de serviços exclusivos as empresas”. Versão utilizada de 2008 a 2009.
Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center

Essa medida de customização da ferramenta faz referencia aos estudos de


O’Brien (2003), que defende a adaptação ou personalização das extranets para
compreender as necessidades, culturas e serviços de usuários individuais de
empresas ou de grupos de usuários externos.
Seguindo as sugestões de melhorias mencionadas pelas empresas na
pesquisa, foi desenvolvida uma interface gráfica ergonômica e interativa para as
84

ferramentas disponíveis na área de serviços exclusivos para empresas, conforme é


exibido na figura 28 a seguir.

Figura 28 – Tela “Área de serviços exclusivos as empresas”. Versão utilizada de 2008 a 2009.
Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center

3.5.2 Resolução dos problemas de conexão:

Para o ajuste do problema de conexão durante o acesso remoto dos


representantes das empresas a extranet do GCC, indicado na figura 29 a seguir, foi
contratado o serviço de uma empresa terceirizada que oferece servidores robustos
para suportar o grande número de acessos externos na ferramenta, garantido a
qualidade do usufruto do serviço.

Figura 29 – Tela “Área de serviços exclusivos as empresas”. Versão utilizada de 2005 a 2007.
Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center
85

Percebe-se que os ajustes realizados na extranet do GCC, permitiram uma


maior troca de informações entre a ferramenta e os representantes das empresas.
Tal fato se relaciona aos estudos de Tipton, & Krause (2006), que apontam a
extranet como um canal que deve permitir o fluxo seletivo de informações entre
parceiros comerciais, com ênfase no controle dos acessos remotos.
Com base na análise do sistema de intranet e extranet do GCC, atrelando os
ajustes e melhorias realizadas com estudos de autores das áreas dos designs de
hipermídia e de interação, certifica-se que estas áreas do design foram responsáveis
pela melhoria das interfaces gráficas da ferramenta e funções operacionais de seu
sistema.

3.6 Resultados alcançados.

No mês de setembro de 2009, foi identificado pelo departamento de


tecnologia da IPES brasileira o aumento no número de cadastros dos estudantes no
sistema de intranet GCC, conforme mostra o gráfico 15:

58%

Número de alunos cadastrados no Número de alunos cadastrados


sistema GCC nos anos de no sistema GCC durante o
2005 a 2008 ano de 2009

Gráfico 15- Crescimento do número de alunos cadastrados no sistema de intranet Global Career Center.
Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center
86

O número de 5.551 alunos cadastrados entre os anos de 2005 a 2008 evoluiu


para 8.790 cadastrados no ano de 2009 registrando-se um aumento de 58%.
Para mensurar o número de alunos que conseguiram trabalho através do
GCC após as reestruturações e melhorias feitas na ferramenta, foi elaborado pelo
departamento de tecnologia da IPES brasileira no mês de setembro de 2009 duas
perguntas, sendo uma fechada e uma aberta, que foram aplicadas para o universo
de 8.790 alunos, número total de alunos cadastrados no sistema de intranet do GCC
de 2005 a 2009, conforme mostra o quadro número 04:

QUADRO 04: PERGUNTA AOS ALUNOS

1 - Você já conseguiu trabalho ou estágio com o auxílio do Global Career Center (GCC)?
Sim (__) Não (__)
2 - Em caso positivo, indique a data (_______).

Quadro 04- Pergunta aos alunos.


Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center

A pesquisa obteve uma amostra de 5.453 respostas, 62% do total de


entrevistados. Deste número 2.921 alunos, 53% indicaram que conseguiram se
empregar utilizando os serviços do sistema de intranet GCC. As respostas foram
distribuídas pelos meses e anos indicados pelos estudantes conforme mostra o
gráfico 16 a seguir.

Gráfico 16- Você conseguiu trabalho ou estágio com o auxílio do Global Career Center (GCC)?
Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center
87

Segundo o departamento de tecnologia da IPES brasileira, não houve nesta


pesquisa registros de alunos que conseguiram emprego nos anos anteriores a 2009.
Nota-se que ocorreu um expressivo aumento no número de alunos que
afirmaram ter conseguido trabalho utilizando os recursos da nova versão do sistema
de intranet GCC, em comparação a primeira pesquisa realizada no mês de março de
2008, chegando a um surpreendente resultado de 2.921 alunos contratados. Houve
um crescimento em comparação a versão antiga da ferramenta de 22.369%,
conforme mostra o gráfico 17 a seguir:

2.921
22.369%
13

Número de alunos contratados através do uso do Número de alunos contratados através do uso do
sistema GCC nos anos de 2005 a 2008 sistema GCC no ano de 2009

Gráfico 17- Crescimento do número de contratados pelo sistema de intranet Global Career Center.
Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center

Sobre as empresas, identificou-se um cenário favorável ao aumento do


número de cadastros, conforme mostra o gráfico 18:

50,5%

Número de empresas cadastradas no Número de empresas cadastradas


sistema GCC nos anos de 2005 a 2008 no sistema GCC durante o ano de 2009

Gráfico 18- Crescimento do número de empresas cadastradas no sistema de intranet Global Career Center.
Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center
88

O número de 3.400 representantes de empresas cadastrados no GCC entre


os anos de 2005 a 2008 evoluiu para 6.730 cadastrados durante o ano de 2009
estabelecendo-se um aumento de 50,5%.
Após o levantamento do número de empresas cadastradas no GCC, buscou-
se o conhecimento do número de vagas de trabalho publicadas pelos representantes
das empresas. O intuito era realizar uma análise comparativa do número de
publicações de vagas de trabalho, e a quantidade de alunos que ingressaram no
mercado graças às essas informações.
A seguir o gráfico 19 apresenta o número de vagas publicadas durante os
meses de janeiro a setembro de 2009. O departamento de tecnologia da IPES
brasileira não incluiu informações dos anos anteriores a 2009

Gráfico 19- Entrada de vagas de trabalho publicadas pelas empresas.


Fonte: Equipe de tecnologia do sistema de intranet Global Career Center

Através do gráfico, percebe-se que cada vez mais as empresas publicam


vagas de trabalhando através da extranet do GCC, o que reforça a credibilidade de
seus representantes no uso do mecanismo remoto.
Percebe-se nas amostras supramencionadas, a repercussão e efetividade
das vagas de trabalho cadastradas pelas empresas, já que para 2.385 vagas
publicadas 2.921 alunos foram contratados, ou seja, mais de um aluno foi
selecionado para trabalhar na empresa com a divulgação de apenas uma
oportunidade de trabalho.
89

Mesmo sem uma nova pesquisa de satisfação aplicada aos públicos de


estudantes e empresas, identifica-se que após a reformulação do sistema de intranet
e extranet do GCC, abarcados pelos princípios dos designs de hipermídia e de
interação, houve um crescimento no número de alunos contratados, assim como na
quantidade de vagas de trabalho publicadas pelas empresas, o que remete a
conclusão de que o sistema atende de forma efetiva as necessidades e expectativas
dos usuários.
90

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os designs de hipermídia e de interação exercem um papel importante na


construção de intranets, pois permitem o desenvolvimento adequado de
mecanismos digitais que interagem com os usuários, atendendo suas necessidades
desejos e comandos.
Neste trabalho, buscou-se compreender como o design de hipermídia
introduzido de forma apropriada na elaboração de uma intranet, pode auxiliar na
construção de interfaces gráficas, e mecanismos de interação que ofereçam aos
usuários diversas possibilidades e caminhos para o acesso as informações,
facilitando a tomada de decisões e execução de tarefas.
Para que este cenário tecnológico possa ser concebido foram apresentados
em conjunto dos conceitos sobre o design de hipermídia, estudos voltados ao design
de interação, linha do conhecimento que é responsável pelo desenvolvimento de
técnicas e projetos para a noção dos perfis de multifacetados públicos que utilizam
ou irão utilizar recursos digitais, com o objetivo de estabelecer regras e metodologias
para a produção customizada de sistemas que estejam totalmente alinhados aos
anseios, culturas e expectativas dos usuários.
Este trabalho concluiu o objetivo de expor estudos sobre os designs de
hipermídia e de interação relacionando-os com o desenvolvimento de sistemas
digitais, assim como com os procedimentos tecnológicos para a construção de uma
intranet.
As coletas de dados para a explanação desse estudo vieram do levantamento
exploratório de bibliografias sobre os designs de hipermídia, de interação e sistemas
de intranet. Para elucidar a importância dessas informações, foi apresentado o
estudo de caso de um sistema de intranet de uma IPES brasileira, que foi concebida
de forma adversa aos conhecimentos e técnicas apontadas nas fundamentações
teóricas mostradas neste trabalho, como conseqüência, tornando-se um sistema que
não atendia seus usuários. Foi mostrado também, o projeto de reformulação deste
sistema de intranet, alinhado ao estudo do design de hipermídia e de interação
resultando na correção de todos os problemas da ferramenta, tornando-a utilizável.
Com base nos estudos apresentados neste projeto, pode-se afirmar que este
trabalho contribuiu para a resposta de como os designs de hipermídia e de interação
91

auxiliam no desenvolvimento de uma intranet, melhorando o processo interativo do


usuário com a ferramenta.
É certo, que este trabalho irá proporcionar um maior conhecimento dos
ambientes hipermidiáticos e interativos, trazendo noções de como essas áreas do
design são importantes para a caracterização de uma intranet, por isso recomenda-
se utilizá-lo a título de subsídio para a produção de futuros projetos relacionados à
aplicação de técnicas estabelecidas pelos designs de hipermídia e de interação na
composição desses sistemas.
92

LISTA DE FIGURAS

Figura 01: Ciclo de atividades exercidas pelos usuários.................................... 27


Figura 02: Intranet com conexão a Internet........................................................ 32
Figura 03: Modelo de uma conexão Extranet..................................................... 36
Figura 04: Mapa de navegação de um sistema de intranet................................ 38
Figura 05: Tela inicial do sistema GCC. Versão utilizada de 2005 a 2007......... 49
Figura 06: Sistema Global Career Center – Tela de cadastro do usuário.
Versão utilizada de 2005 a 2007 ....................................................... 51
Figura 07: Tela Pesquisa Avançada por Oportunidades de Trabalho.
Versão utilizada de 2005 a 2007 ....................................................... 52
Figura 08: Tela para cadastro das empresas. Versão utilizada de 2005 a 2007
............................................................................................................................... 54
Figura 09: Tela para publicação de vagas de trabalho. Versão utilizada de 2005 a
2007. ................................................................................................. 55
Figura 10: Fluxograma de entrada, cruzamento e envio de informações
cadastradas pelos usuários............................................................... 56
Figura 11: Tela inicial do sistema GCC. Versão utilizada de 2005 a 2007........ 59
Figura 12: Tela “Área de serviços exclusivos aos alunos”. Versão utilizada de
2005 a 2007 ...................................................................................... 60
Figura 13: Tela “Empresas interessadas no meu currículo”. Versão utilizada de
2005 a 2007 ...................................................................................... 61
Figura 14: Esquema da falha no envio das informações das empresas para os
alunos................................................................................................ 62
Figura 15: Tela “Busca de Vagas – Pesquisa Avançada por Oportunidades de
Trabalho”. Versão utilizada de 2005 a 2007...................................... 62
Figura 16: Tela “Busca de Vagas - Pesquisa Avançada por Oportunidades de
Trabalho”. Versão utilizada de 2005 a 2007...................................... 63
Figura 17: Tela “Área de serviços exclusivos as empresas”. Versão utilizada de
2005 a 2007. ..................................................................................... 63
Figura 18: Tela inicial do sistema de intranet GCC. Versão utilizada de 2005 a
2007 .................................................................................................. 76
93

Figura 19: Tela inicial do sistema de intranet GCC. Versão reformulada no ano de
2008 .................................................................................................. 76
Figura 20: Tela inicial do sistema GCC. Versão utilizada de 2008 a 2009......... 78
Figura 21: Tela “Área de serviços exclusivos aos alunos”. Versão utilizada de
2005 a 2007 ...................................................................................... 80
Figura 22: Tela “Área de serviços exclusivos aos alunos”. Versão utilizada de
2008 a 2009 ...................................................................................... 80
Figura 23: Tela “Busca de Vagas - Pesquisa Avançada por Oportunidades de
Trabalho”. Versão utilizada de 2005 a 2007..................................... 81
Figura 24: Tela “Busca de Vagas Pesquisa Avançada por Oportunidades de
Trabalho”. Versão utilizada de 2005 a 2008...................................... 81
Figura 25: Tela “Busca de Vagas - Pesquisa Avançada por Oportunidades de
Trabalho”. Versão utilizada de 2005 a 2007..................................... 82
Figura 26: Tela “Busca de Vagas Pesquisa Avançada por Oportunidades de
Trabalho”. Versão utilizada de 2008 a 2009...................................... 82
Figura 27: Tela “Área de serviços exclusivos as empresas”. Versão utilizada de
2008 a 2009. ..................................................................................... 83
Figura 28: Tela “Área de serviços exclusivos as empresas”. Versão utilizada de
2008 a 2009. ..................................................................................... 84
Figura 29: Tela “Área de serviços exclusivos as empresas”. Versão utilizada de
2005 a 2007. ..................................................................................... 84
94

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01: Número de alunos que responderam o questionário ....................... 65


Gráfico 02: Você já conseguiu trabalho ou estágio via Global Career Center?.. 66
Gráfico 03: Como você avalia o GCC? .............................................................. 67
Gráfico 04: O GCC facilita o seu relacionamento com o mercado de trabalho? 67
Gráfico 05: Selecione o serviço que mais atende as suas necessidades. ......... 68
Gráfico 06: Você indicaria o GCC para seus colegas da universidade? ............ 69
Gráfico 07 Para a constante melhoria do GCC descreva suas sugestões de
mudança na ferramenta.. ............................................................... 70
Gráfico 08 Número de empresas que responderam o questionário.................. 70
Gráfico 09 Você já conseguiu contratar estudantes via Global Career Center
(GCC)?.. ........................................................................................... 72
Gráfico 10 Como você avalia o GCC? .............................................................. 72
Gráfico 11 O GCC facilita o relacionamento entre a sua empresa e os alunos?
............................................................................................................................... 73
Gráfico 12 Selecione o serviço que mais atende as suas necessidades. ......... 74
Gráfico 13 Você indicaria o GCC para seus colegas da universidade? ............ 75
Gráfico 14 Para a constante melhoria do GCC descreva suas sugestões ou
criticas sobre a ferramenta.. ............................................................ 75
Gráfico 15 Crescimento do número de alunos cadastrados no sistema de intranet
Global Career Center... ................................................................... 85
Gráfico 16 Você conseguiu trabalho ou estágio com o auxílio do Global Career
Center (GCC)?... ............................................................................. 86
Gráfico 17 Crescimento do número de contratados pelo sistema de intranet
Global Career Center ...................................................................... 87
Gráfico 18 Crescimento do número de empresas cadastradas no sistema de
intranet Global Career Center.......................................................... 87
Gráfico 19 Entrada de vagas de trabalho publicadas pelas empresas... .......... 88
95

LISTA DE QUADROS

Quadro 01: Pesquisa para alunos ...................................................................... 65


Quadro 02: Pesquisa para empresas................................................................. 71
Quadro 03: Características básicas que deve compor uma intranet ......................... 77
Quadro 04: Pergunta aos alunos .......................................................................... 86
96

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100

ANEXOS

Anexo 01 – Autorização do estudo de caso do sistema de intranet Global Career Center


Fonte: Sede do grupo americano no Brasil, proprietária do sistema de intranet Global Career Center

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