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CAMPO MOURÃO
2019
ii
CAMPO MOURÃO
2019
iii
Ministério da Educação
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Câmpus Campo Mourão
Diretoria de Graduação e Educação Profissional
Departamento Acadêmico de Construção Civil
Coordenação de Engenharia Civil
TERMO DE APROVAÇÃO
Trabalho de Conclusão de Curso
ANÁLISE DA INTEROPERABILIDADE BIM ENTRE DOIS SOFTWARES PARA
ELABORAÇÃO DE PROJETOS ESTRUTURAIS EM CONCRETO ARMADO DE UM
EDIFICÍDIO RESIDENCIAL
por
Fernando Romeiro de Paula
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi apresentado às 10h20min do dia 10 de Dezembro de 2019
como requisito parcial para a obtenção do título de ENGENHEIRO CIVIL, pela Universidade
Tecnológica Federal do Paraná. Após deliberação, a Banca Examinadora considerou o trabalho
aprovado.
Prof. M.Sc. Angelo Giovanni Bonfim Prof. Dr. Marcelo Rodrigo Carreira
Corelhano
( UTFPR ) ( UTFPR )
Profª. Drª. Thelma Pretel Brandão Vecchi Prof. Dr. Douglas Fukunaga Surco
( UTFPR ) ( UTFPR )
Co-orientador Orientador
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus, pela minha vida e por permitir que eu chegasse até
aqui, através de sua graça e bondade proporcionando-me sabedoria e proteção.
Aos meus pais, Wilson e Sônia, e a meu irmão, Fábio, que são minha base, pela
educação, apoio, amor e carinho, proporcionando-me essa oportunidade de estudo. Sou
eternamente grato por todas as orações e confiança.
A toda minha família, que incentivaram meus estudos e contribuíram de alguma forma
para minha formação e, principalmente, pelo carinho.
Ao meu amigo de moradia, Iago, por estar sempre ao meu lado e por me aguentar nos
momentos difíceis em todos esses anos.
Aos meus colegas de turma e amigos, em especial ao Henry, Andrei e Ruan, por fazerem
os meus dias serem mais leves durante a graduação, pela vivência diária e experiências
compartilhadas.
Aos professores da UTFPR Campus Campo Mourão por todo conhecimento técnico
transmitido e adquirido ao longo destes anos de graduação.
A todos vocês, por fazerem parte da minha vida e por contribuírem para minha formação
humana e profissional, minha eterna gratidão.
vi
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE SIGLAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 17
3 MÉTODOS ........................................................................................................................ 48
1 INTRODUÇÃO
suas diversas disciplinas e profissionais capacitados é ponto essencial para que seja possível a
redução de custos durante todas as fases de uma nova construção.
Desta forma, a interoperabilidade entre softwares se faz cada vez mais necessário na
indústria da construção, e, dessa maneira, é importante realizar estudos e análises em relação a
qualidade e desenvolvimento dessa interoperabilidade, a qual pode ser entendida como “a
liberdade de desenvolver seus projetos de forma colaborativa, independente do software de
origem”. Com a primordialidade de melhorar o processo de trabalho da construção civil em
nível mundial, nasceu o BIM (Building Information Modeling), cuja aplicação revolucionou a
construção civil, através da criação de modelos 3D e da introdução dos conceitos de
Coordenação e Colaboração entre as disciplinas de projetos, proporcionando uma melhor
cooperação entre os profissionais, gerando uma plataforma que contempla todas as informações
do ciclo de vida de uma construção. A partir dessa plataforma foi criado um formato de arquivo
padrão, o IFC (Industry Foundation Classes), capaz de proporcionar a interoperabilidade entre
diversos softwares da indústria e uma melhor cooperação entre os diversos profissionais e
projetos.
Nesse cenário em que a cada dia surgem novas ferramentas e soluções, indaga-se qual
seria a melhor opção a ser utilizada em novos projetos estruturais. Sabe-se da existência de
dificuldades pelas limitações de cada aplicação, em relação a todas as disciplinas e a
coordenação de um projeto. Assim, a evolução dos padrões de arquivos para intercâmbio de
informações é fundamental.
Neste contexto, dentro das nuances de um projeto estrutural, este trabalho de conclusão
de curso tem como principal objetivo apresentar e comparar o funcionamento da
interoperabilidade BIM, ou seja, na interação entre os softwares, com avaliação do intercâmbio
de informações, soluções e características encontradas em dois programas computacionais para
o dimensionamento de um edifício de múltiplos pavimentos, levando em consideração os
Estados limites últimos (ELU) e Estados limites de serviço (ELS), e demonstrar uma pequena
revisão quanto ao arranjo estrutural, comportamento dos materiais, dimensionamento,
verificação de acordo com a NBR 6118:2014, e sobre a interoperabilidade entre softwares.
Assim sendo, o método utilizado para desenvolver este trabalho baseia-se em análises
computacionais em que, através de um projeto arquitetônico, é possível realizar a exportação
de acordo com as interações desenvolvidas entre os programas e desenvolver a modelagem
19
1.1 Objetivos
1.2 Justificativa
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Em 1867, Joseph Monier construía seus vasos de concreto armado com uma certa
similaridade do método utilizado por Lambot para a armação de sua canoa de concreto, fato
que leva a crer que o primeiro sofreu influência do segundo. Entretanto, existem divergências
quanto a este fato. O mais provável é que Monier, um jardineiro que fabricava vasos e tubos
de concreto desde 1849, ao considerar que seus vasos eram muito frágeis, começou a mergulhar
na massa de concreto uma malha de aço.
Na década de 1870, Hyatt, um fabricante americano de grades para calçada, teve contato
a primeira vez com o concreto armado na França, quando deixou seu país devido a problemas
políticos. Entusiasmado, lançou-se posteriormente a experimentar o concreto como nova
maneira de construir painéis para calçadas em Londres. Hyatt foi efetivamente o grande
precursor do concreto armado e, possivelmente, o primeiro a compreender profundamente a
necessidade de uma boa aderência entre os dois materiais, bem como o posicionamento correto
(nas áreas tracionadas) das barras de ferro para que este material pudesse colaborar
eficientemente na resistência do conjunto concreto-aço.
De acordo com Fusco (2008), a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) foi
criada em 1940, como consequência da elaboração da própria NB-1 (Norma para o projeto e
execução de estruturas de concreto armado). O CEB (Comitê Europeu do Concreto) foi criado
na década de 1950, do qual o Brasil passou a fazer parte. A FIP (Federação Internacional da
Protensão) também teve origem nessa época. Em trabalho conjunto coordenado pelo CEB,
24
abordando os mais variados temas técnicos e científicos ligados às estruturas de concreto, foi
feita a revisão total de todas as ideias referentes ao concreto estrutural.
A primeira síntese dos resultados obtidos pelo trabalho coordenado pelo CEB foi
elaborada em 1970, com a publicação das Recomendações Internacionais CEB-FIP/70.
Segundo a NBR 6118:2014 item 5.2.1, a qualidade da solução adotada deve ainda
considerar as condições arquitetônicas, funcionais, construtivas, estruturais e de integração com
os demais projetos (elétrico, hidráulico, ar-condicionado e outros), explicitadas pelos
responsáveis técnicos de cada especialidade, com a anuência do contratante.
Concepção estrutural
Essa etapa, uma das mais importantes no projeto estrutural, implica em escolher os
elementos a serem utilizados e definir suas posições, de modo a formar um sistema estrutural
eficiente, capaz de resistir aos esforços oriundos das ações atuantes e transmiti-los ao solo de
fundação.
Sistema estrutural
Inúmeros são os tipos de sistemas estruturais que podem ser utilizados. A escolha do
sistema estrutural depende de fatores técnicos e econômicos, dentre eles: capacidade do meio
técnico para desenvolver o projeto e para executar a obra, e disponibilidade de materiais, mão-
de-obra e equipamentos necessários para a execução.
Segundo Carvalho e Figueiredo Filho (2007), elementos estruturais são peças como
lajes, vigas e pilares que compõem uma estrutura, geralmente com uma ou duas dimensões
preponderantes sobre as demais. O modo como são arranjadas pode ser chamado de Sistema
Estrutural.
Conforme Carvalho e Figueiredo Filho (2007), uma estrutura pode ser imaginada como
a de uma garagem de carros como mostra a Figura 1, onde a laje de concreto (plana) suporta
seu peso, revestimentos e mais algumas cargas acidentais. As vigas recebem os esforços das
lajes e transmitem esse carregamento, juntamente com seu peso próprio, para os pilares que
recebem todas as cargas (com o peso próprio) e descarregam nas fundações.
27
Sistema real:
Concluindo, o sistema estrutural de um edifício deve ser projetado de modo que seja
capaz de resistir não só às ações verticais, mas também às ações horizontais que possam
provocar efeitos significativos ao longo da vida útil da construção. É importante destacar que
28
os cálculos devem seguir a seguinte sequência: lajes, vigas, pilares e fundações chegando ao
esforço que a fundação transmite no solo. No entanto quando se trata de execução a sequência
é inversa.
− Lajes
Em termos gerais, as lajes são classificadas como elementos planos bidimensionais, que
são aqueles onde duas dimensões, o comprimento e a largura, são da mesma ordem de grandeza
e muito maiores que a terceira dimensão, a espessura. Para cálculo de lajes deve-se levar em
conta a NBR 6118:2014 item 13.2.4.
− Vigas
Vigas são “elementos lineares em que a flexão é preponderante” NBR 6118:2014 item
14.4.1.1. Portanto, os esforços predominantes são: momento fletor e força cortante. Nos
edifícios, em geral, as vigas servem de apoio para lajes e paredes, conduzindo suas cargas até
os pilares.
As cargas a serem consideradas são o peso próprio da viga, as cargas aplicadas através
das lajes, as paredes sobre essas vigas, eventualmente pilares e outras vigas que aplicam carga
concentrada sobre elas. São três tipos de apoios a serem considerados: primeiro gênero
(simples), segundo gênero (rótulas) e terceiro gênero (engaste), mas deve-se ter em mente que
essa classificação é teórica já que na prática não ocorre exatamente conforme essa concepção
(ADÃO e HEMERLY, 2010).
− Pilares
Segundo Pinheiro (2007), pilares são elementos estruturais lineares de eixo reto,
usualmente dispostos na vertical, em que as forças normais de compressão são preponderantes
e cuja função principal é receber as ações atuantes nos diversos níveis e conduzi-las até as
fundações. Junto com as vigas, os pilares formam os pórticos, que na maior parte dos edifícios
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são os responsáveis por resistir às ações verticais e horizontais e garantir a estabilidade global
da estrutura.
Análise estrutural
Trata-se, com toda a certeza, da etapa mais importante de todo o processo de elaboração
de um projeto estrutural, pois são com seus resultados que o dimensionamento e detalhamento
dos elementos são realizados, bem como o comportamento em serviço do edifício avaliado
(KIMURA, 2007).
A análise elástica linear é o primeiro tipo de análise que se aprende durante a graduação.
Nesse tipo de análise, considera-se que os materiais que constituem a estrutura assumem
comportamento elástico linear.
30
Para a massa especifica segundo NBR 6118:2014 para efeito de cálculo, pode-se adotar
para o concreto simples o valor 2400 kg/m3 e para o concreto armado 2500 kg/m3 .
Segundo Pinheiro (2007), sabe-se da Resistência dos Materiais que a relação entre
tensão e deformação, para determinados intervalos, pode-se considerar linear (Lei de Hooke),
ou seja, 𝜎 = 𝐸𝜀, sendo 𝜎 a tensão, ɛ a deformação específica, e o 𝐸 o módulo de Elasticidade.
A NBR 6118:2014 item 8.2.8, apresenta valores estimados para modulo de elasticidade em
função do 𝑓𝑐𝑘 , em que as classes de resistência a compressão varia de 0 a 90 MPa na norma
brasileira.
32
Métodos clássicos
𝑹𝒅 ≥ 𝑺𝒅 (1)
2.1.5 Estados-limite
Estados-limites últimos:
São aqueles que correspondem à máxima capacidade portante da estrutura, ou seja, sua
simples ocorrência determina a paralização ou o esgotamento da capacidade resistente, no todo
ou em parte, do uso da construção. São exemplos:
Estados-limites de serviço:
Para o cálculo de um edifício, devem ser consideradas todas as ações que irão produzir
efeitos significativos na sua estrutura. Ações são causas que provocam esforços ou deformações
nas estruturas. Na prática, as forças e as deformações impostas pelas ações são consideradas
como se fossem as próprias ações, sendo as forças chamadas de ações diretas e as deformações,
ações indiretas (PINHEIRO, 2007).
Quanto as ações variáveis são aquelas cujos valores têm variação significativa em torno
da média, durante a vida da construção, e atuam somente por um período da vida da edificação.
Este assunto está detalhado na NBR 6118:2014 item 11.4.
Um carregamento é definido pela combinação das ações que têm probabilidades não
desprezíveis de atuarem simultaneamente sobre a estrutura, durante um período
preestabelecido. Em todas as combinações, as ações permanentes devem ser tomadas em sua
totalidade; das ações variáveis devem ser tomadas apenas as parcelas que produzem efeitos
desfavoráveis para a segurança (CARVALHO e FILHO, 2007).
Figura 5: Combinações.
2.1.8 Estádios
Uma peça linear de concreto armado em uma situação normal é requerida em diferentes
estados-limites últimos e modos de ruptura, conforme as dimensões da peça e características
dos materiais utilizados. Um ELU (Estado Limite Último) acontece quando a deformação
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Os softwares mais utilizados no Brasil para projetos estruturais em concreto armado são
o CAD/TQS® da empresa TQS Informática® e o Eberick® da empresa AltoQi®.
2.2.1 CAD/TQS®
moldadas. É desenvolvido pela TQS informática Ltda.®, que lançou sua primeira versão do
programa CAD/TQS® na década de 80.
2.2.2 Eberick®
Outro software proposto como solução para projetos estruturais pautado neste trabalho
é o Eberick®, desenvolvido desde 1996 para ambiente Windows, da AltoQi® fundada em 1989
cujo primeiros produtos foram o PROVIGA, PROPILAR, PROLAJE e PROINFRA. O eberick
é vinculado a plataforma BIM para elaboração de projetos em concreto armado moldado in-
loco, pré-moldado, alvenaria estrutural e estruturas mistas com recursos que abrange todas as
etapas do projeto. Este programa faz a modelagem da estrutura, a análise, o dimensionamento
das peças estruturais, a compatibilização com as demais disciplinas do projeto e a geração de
pranchas finais, contendo os detalhamentos das armaduras e plantas de formas.
De acordo com Trazzi e Sovat (2016), esse modelo possui um conceito importante que
são os objetos paramétricos, em que as informações se encontram interligadas por via de
relações paramétricas o que significa que as alterações nas geometrias associadas dos objetos
são processadas em tempo real em todo o modelo, evitando a propagação de erros e
dinamizando os processos de atualização. Os objetos têm também a habilidade de se vincular
ou receber, divulgar ou exportar conjuntos de atributos, como materiais da estrutura, geometria,
dados térmicos, e outras informações para diferentes aplicações de modelos.
Assim, a indústria da construção ao longo dos últimos anos tem apresentado vários
avanços tecnológicos, o que fez com que os intervenientes no ciclo de vida do projeto se fossem
adaptando à realidade e encontrassem uma via de procura sucessiva de novos desafios e
tecnologias.
Algumas das soluções que não são definidas por padrão proprietário de um software ou
empresa, podem ser caracterizadas como OpenBIM. De acordo com a BuildingSMART , o
OpenBIM é uma abordagem universal a respeito da colaboração das diversas etapas de projeto,
execução e operação de produtos da construção baseada em padrões e fluxos de trabalho abertos
(KRETSCHMER, 2018).
Essa abordagem permite versatilidade nos processos por não depender de softwares
específicos, viabiliza uma base de dados universal acerca dos produtos fornecidos, bem como
possibilita e facilita o acesso para avaliação do ciclo de vida dos empreendimentos. Dada a
oferta de várias empresas em serviços de OpenBIM, o setor tende a ser mais competitivo
(BUILDINGSMART, 2018, KRETSCHMER, 2018).
Nenhum programa pode suportar sozinho todas as tarefas pertencentes aos projetos e
produções da indústria da construção. A fim de melhorar a colaboração da equipe de
41
A primeira normalização do formato IFC foi difundida em 1997 e desde então, está
sendo alvo de melhorias com o lançamento de novas versões conforme mostra a Figura 7. A
versão mais recente do modelo de dados da buildingSMART é designada por IFC4
(BuildingSMART, 2014, BARBOSA, 2014).
43
O BIM tem ênfase na modelagem 3D em todas as disciplinas, sendo que cada elemento
possui informações atreladas a ele. Em BIM tem-se a possibilidade de se trabalhar em um
modelo único, em que toda a cadeia de profissionais que desenvolvem o modelo pode estar
trabalhando em cima de um mesmo conceito.
Conforme Lima (2018) a TQS® trabalha com BIM desde a versão 14 (V14, 2008),
possuindo dois meios principais de troca de informações com outros programas: via arquivo
IFC (principal formato de interoperabilidade) e comunicação direta com outros programas via
plugin com Revit, Tekla e SketchUp.
Conforme Lima (2018) a importação da arquitetura também é possível via IFC, não só
do Revit, mas também de outros softwares de modelagem BIM, trazendo para o TQS com as
referências e informações 2D e 3D.
O plugin pode ser usado para a exportação do modelo estrutural do Revit para o TQS
compatibilizando toda a estrutura sem que precise do lançamento estrutural no software
CAD/TQS® e apenas fazer edições necessárias a verificação da estrutura e lançamento de
cargas. Além da abundância de informações, na atual versão do programa e do plugin, algumas
formas de modelagem mais complexas já são suportadas. No TQS® v21 já é possível lançar
escadas denominadas somente volume, apenas para fins de compatibilização, não sendo
conferido detalhamento a elas. Quanto à exportação de elementos, supre-se de forma satisfatória
as necessidades de obras comuns (TQS, 2018ª, KRETSCHMER, 2018).
Segundo a AltoQi® (2019b) o Eberick possui recursos que permite importar e exportar
o modelo estrutural em formato IFC (OpenBIM), contendo as informações geométricas dos
elementos estruturais, bem como classe de concreto, cobrimento, classe de agressividade, taxa
de armadura para as vigas e pilares, entre outros dados para realizar a compatibilização BIM
com as demais disciplinas. Estes arquivos são compatíveis com uma vasta diversidade de
softwares de compatibilização de projetos existentes no mercado permitindo a detecção de
interferência e a análise de todo o ciclo de vida da construção.
No trabalho de conclusão de curso realizado por Silva e Cruz (2017) cujo título é
“Estudo comparativo de dimensionamento estrutural de um edifício em concreto armado entre
dois softwares” faz-se a comparação entre os programas Eberick®, e o CAD/TQS®, dizendo
que basicamente executam as mesmas funções de dimensionamento estrutural, constatando
algumas particularidades nos resultados.
e normativo, que associado à experiência trará sucesso na elaboração de uma estrutura racional
e econômica.
Ainda de acordo com Vergutz e Custódio (2010), os softwares de cálculo estrutural para
estruturas de concreto armado mais utilizados no Brasil atualmente são o Eberick®, o
CYPECAD® e o CAD/TQS®. Excelentes programas do ramo e muito reconhecidos no mercado.
Atualmente, permitem a integração com a plataforma BIM e são específicos para análise
estrutural, sendo dispensáveis à confecção de um projeto arquitetônico e outros projetos
complementares.
Tem-se também outro trabalho semelhante, descrito por Silva (2018), cujo título é
“Análise comparativa entre dois softwares de dimensionamento estrutural em concreto armado:
Estudo de caso de uma obra de pequeno porte”, em que utiliza dois programas comerciais
utilizados no Brasil sendo eles CYPECAD® e Eberick®. O estudo de Silva (2018) tomou-se
como base uma estrutura real no qual utilizou os mesmos parâmetros para o lançamento da
estrutura. Ideia semelhante será considerada como parte do método utilizado neste presente
trabalho.
Assim como uma das proposta desse trabalho é o dimensionamento para os Estados
Limites Últimos, e Estados Limites de Serviço, Silva (2018) utilizou-se dos mesmos para o
dimensionamento e como resultados observou-se que o programa CYPECAD®, apresentou-se
um dimensionamento mais conservador.
No Capítulo 2.5 foi exposto alguns trabalhos correlacionados à proposta desse trabalho
de conclusão de curso, trazendo as principais ideias semelhantes e conclusões dos resultados
47
3 MÉTODOS
Para fazer o uso da interoperabilidade BIM, é necessário criar o arquivo tipo IFC de
forma que sejam utilizadas as informações do projeto arquitetônico em outros softwares para a
elaboração dos projetos complementares. Neste trabalho serão utilizados os softwares de
dimensionamento estrutural TQS® e Eberick®, que utilizarão o arquivo IFC gerado partir do
software Revit®.
4 ESTUDO DO CASO
4.2 Carregamentos
Carga acidental
Categoria de uso considerada
(kN/𝒎𝟐 )
Sacada 2,50
Dormitório, banheiro, sala, cozinha e corredor interno 1,50
Lavanderia 2,00
Corredor com acesso ao público e escadas 3,00
Casa de Máquinas 7.50
Carga acidental de coberturas 1,00
Carga Acidental Barrilete 1,50
Peso Revestimento
Espessura
Camadas específico por camada
(cm)
(kN/𝒎𝟑 ) (kN/𝒎𝟐 )
Revestimentos de pisos de
edifícios residenciais e
comerciais (Piso + camada 5 - 1,00
de regularização)
Revestimento 2 19,00 0,38
Peso total (kN/𝒎𝟐 ) 1,38
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Cobertura
Revestimento
Espessura Peso específico
Camadas por camada
(cm) (kN/𝒎𝟑 )
(kN/𝒎𝟐 )
Telhamento - - 1,00
Revestimento 2,0 19,00 0,38
Peso total considerado (kN/𝒎𝟐 ) 1,38
Paredes
As paredes são constituídas de blocos cerâmicos descrito como tijolo furado na NBR
6120:2019 na tabela 2. Para as cargas lineares, como peso da alvenaria sobre a viga, foi adotado
para o dimensionamento o peso específico de 14,00 kN/𝑚3 .
Elevador
O elevador social considerado neste trabalho foi da marca Atlas Schindler S. A., com
capacidade de 600 kg (8 pessoas), percurso máximo de 60 metros e velocidade de 1,00 m/s.
Possui um motor de pequeno porte, utilizando menor espaço e dispensa-se a construção da casa
de máquinas, como mostra a Figura 11, de acordo com o catálogo apresentado no site do
fabricante. As cargas a serem consideradas de aplicação no poço do elevador e casa de máquinas
foram consideras segundo o fabricante da “Planta de Instalação – Dimensões Gerais”.
− Poço do elevador
− Casa de Máquinas
4.3.1 Revit-TQS
Após clicar em “Exportar RTQ”, aparecerá uma janela em que é necessário fazer
algumas configurações de acordo com suas peculiaridades, conforme descrito na Figura 14.
Ao clicar “Exportar” automaticamente pedirá para salvar o RTQ em uma pasta que seja
de seu conhecimento para abri-la no programa TQS® posteriormente. Se tudo for exportado
corretamente aparecerá uma mensagem dizendo que a exportação foi feita com sucesso.
4.3.2 Revit-Eberick
Será gerado o arquivo IFC de forma genérica a partir do software Revit. O processo para
o início da geração será mostrado na Figura 15 e Figura 16.
Após clicar em “Exportar”, se não ocorrer nenhum erro, não aparecerá nenhuma
mensagem, apenas esperar o Revit® gerar o arquivo IFC.
A nova versão do TQS® V21 utilizada para o desenvolvimento deste trabalho conta com
uma interface baseada num conceito bastante importante da área de desenvolvimento de
sistemas profissionais, chamado WYSIWYG (What You See Is What You Get - o que você vê
é o que você tem), em que, no Modelador Estrutural, o trabalho de definir uma estrutura fica
muito mais claro e agradável, atualizado, seguindo as tendências do mercado mundial de
programas de cálculo, proporcionando uma experiência intuitiva e satisfatória.
Vigas”, “TQS Pilar”, “TQS Fundação” em que, ao clicar em qualquer um dos subsistemas, ele
abre novas ferramentas referentes ao subsistema escolhido, podendo-se fazer o
dimensionamento e detalhamento dos elementos separadamente. Por isso, os chamados
“Sistemas TQS” de forma global, agregam todas as ferramentas necessárias para criar o modelo,
calcular, analisar, dimensionar e gerar o detalhamento da estrutura de concreto armado.
No menu “Edifício” (ver Figura 18) pode-se criar um edifício e editá-lo. Esse menu
possui critérios gerais que podem ser utilizados; o processamento da estrutura globalmente pode
ser feito. Além disso, o menu apresenta resumo estrutural, visualização 3D, dentre outras séries
de ferramentas.
Ao Abrir o RTQ aparece a mensagem da Figura 20, e, ao clicar “Sim” aparecera a Figura
21. Então, os pavimentos devem ser escolhidos para que sejam importados e criados no TQS®.
Neste trabalho foram importados desde a planta térreo até a planta da caixa d’água.
Outra opção pode ser feita utilizando o arquivo “IFC”. Cabe ao profissional definir o
fluxo de trabalho que melhor lhe atende, caso venha a usar algum desses programas.
Após os processos citados anteriormente serem realizados com êxito, através das plantas
apresentadas, realiza-se a entrada de dados no sistema clicando no item “Editar Edifício” em
suas respectivas abas como mostra Figura 23.
62
4.4.1.4.1 Pilar
Para a inserção dos pilares no Sistema CAD/TQS® conforme Figura 27 edita-se dentro
da aba de pilares (1) “Dados de pilares” (2) os formatos e detalhes do pilar que será inserido
clicando em OK. Durante o lançamento (3) é possível fazer a alteração do ponto de inserção
dos pilares em que o cursor localiza os pontos de intersecção da referência 2D tendo nove
opções de localização do pilar apenas apertando a tecla “F2”, assim como a sua orientação
apertando “F4”, agilizando o lançamento de pilares de mesmas dimensões com diferentes
orientações.
4.4.1.4.2 Vigas
Para o lançamento de vigas, conforme Figura 29, edita-se (1) a viga define-se a
geometria da viga primeiramente e coloca as cargas de alvenaria no valor já absoluto por metro
(2) clicando em “OK”, e em (3) faz-se o lançamento em que o sistema CAD/TQS® detecta
automaticamente os apoios e cruzamentos entre vigas. Durante o lançamento é possível fazer a
alteração do ponto de inserção das vigas, pela face ou pelo eixo, facilitando o processo.
Devido à importação do arquitetônico via plugin pode-se fazer a inserção das cargas de
alvenaria direto em toda a estrutura através da sequência dentro do modelador estrutural:
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“Instalações – Paredes – Importar” como mostra Figura 31, escolhendo o mesmo “RTQ”
importando do arquitetônico e configurando o valor de tf/m2 para gerar o valor de carga linear
a ser aplicada. Deve-se tomar cuidado pois as cargas serão aplicadas de acordo com a altura e
largura que a parede foi modelada no projeto arquitetônico sem desconto das alturas das vigas.
4.4.1.4.3 Lajes
Uma vez que a estrutura (vigas e pilares) do pavimento tipo estão de acordo com o
projeto arquitetônico como mostra Figura 32 serão lançadas as lajes. O “Modelador Estrutural”
detecta automaticamente os contornos fechados para o lançamento da laje e no caso de lajes em
balanço usa-se a ferramenta para definição de bordo livre.
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No caso das lajes é possível o lançamento de diversos tipos de lajes conforme Figura
34, sendo que nesse projeto utilizou-se de lajes pré-fabricadas treliçadas e lajes maciças em
balanço. Nas lajes treliçadas, pode-se fazer o posicionamento das nervuras para trazer a
modelagem parecida com a realidade. Sobre as lajes já foram lançadas todas as sobrecargas
distribuídas permanentes e acidentais como mostra Figura 34.
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Após os lançamento das lajes possui a possibilidades de alteração posterior dos vínculos
que foram considerados pelo programa para apoiadas como no caso de lajes treliçadas, dentro
do modelador estrutural, de lajes “Vincular” como mostra a Figura 35.
4.4.1.4.4 Escadas
4.4.1.4.5 Fundações
Para o lançamento das fundações primeiramente deve-se analisar quantas estacas irão
em cada bloco, e para isso precisa-se da planta de cargas da fundação, observando qual é a
reação de apoio de cada pilar. Para obter-se essa planta primeiramente faz-se um processamento
global da estrutura de “Somente esforços”. Essa planta pode-se obter conforme a sequência:
“Sistemas - Pórtico-TQS - Plantas de Carga”. A obter a planta de acordo com a combinação
para cargas de fundações e analisando os valores dentro da pasta “Espacial” do edifício com o
nome de “Reações de pórticos em desenho” tenho extensão em .dwg com o nome de
PORLID.dwg.
72
Após análise dos valores e detectado a quantidade de estacas por blocos e definindo os
valores geométricos destes de acordo com os estudos e sondagens realizadas no solo, dentro do
“Modelador estrutural”, primeiramente converte-se os vínculos dos pilares que nascem de
“Vinculado na fundação/Solo” para “Em pilar/bloco/sapata/tubulão”.
Após esse procedimento faz o lançamento dos blocos com as dimensões desejadas pelos
projetistas e quantidade de estacas com diâmetros e profundidade necessárias por blocos.
4.4.1.4.7 Elevador
Como mostra a Figura 45 foram lançado vigas na altura de 220 cm conforme mostra a
Figura 46 segundo as especificações do fabricante.
4.4.1.4.8 Visualizador 3D
De acordo com TQS® Infomática (2019) a análise estrutural realizada pelo CAD/TQS é
baseada num modelo integrado (grelhas + pórticos espaciais) que considera: ligações viga-pilar
flexibilizadas, não-linearidade física (fissuração do concreto), não-linearidade geométrica
(Gama-Z ou P-Delta), processo construtivo, offsets-rígidos automáticos, modelos especiais
para vigas de transição, plastificações automáticas nos apoios, dentre outras características. As
configurações de critérios são feitas de forma automática pelo software para atender melhor as
condições de projeto, e aparentemente tudo já vem predefinido conforme a norma, entretanto,
o TQS dá a permissão para que esses critérios possam ser configurados de forma manual, desde
a entrada de dados, dimensionamento e o detalhamento das armaduras. Existem inúmeros
critérios de projeto e desenho permitindo que o cálculo da estrutura seja gerado inteiramente de
forma customizada e de acordo com as regras definidas pelo engenheiro estrutural.
77
Ao fim de todo lançamento da estrutura, ajustes dos critérios e dados lançados, etapas
essas de responsabilidade do projetista, basta então processar a estrutura, com um simples
comando chamado “Processamento Global”. Os cálculos são realizados de forma automática,
sendo possível já ativar o dimensionamento e detalhamento, porém, é recomendado que seja
feito um processamento antes do dimensionamento, para que o engenheiro análise e verifique
a estrutura e os resultados gerados pelos cálculos e realizar alterações se necessário. Se tudo
estiver correto, basta gerar um novo processamento global com a opção de dimensionamento e
detalhamento selecionada.
Os avisos/erros são classificados de acordo com a sua gravidade em: Leve, Médio e
Grave. Os erros definidos como “Grave” obrigatoriamente precisam ser verificados e
solucionados pelo Engenheiro, pois podem comprometer a segurança da estrutura.
por tipo e direção é controlada por parâmetros que podem ser ligados e desligados a qualquer
momento.
A visualização pode ser feita por diversos tipos de vista: espacial, lateral, em planta ou
em uma perspectiva qualquer. Todos os diagramas podem ser visualizados através de um
esquema de gradiente de cores. Através de cercas, é possível selecionar graficamente uma
região da estrutura a ser visualizada e na visualização do pórtico espacial, é possível fazer a
seleção dos pisos a serem mostrados. No visualizador do pórtico espacial, para edifícios
calculados com o Modelo VI, além das vigas e pilares, é possível ativar o desenho das barras e
os respectivos diagramas de deslocamentos e solicitações nas lajes.
gerados dois pórticos espaciais, ELU e ELS, cada qual direcionado para um tipo de verificação
específica.
Com o Pórtico ELU, é avaliada a estabilidade global e são obtidas as solicitações para
o dimensionamento das vigas, pilares e lajes. O Pórtico ELS, são verificados os deslocamentos
laterais do edifício e as vibrações geradas pelo vento. Também com o modelo ELS, agora com
a presença das lajes, avaliam-se as flechas e vibrações nos pavimentos.
Dentro de cada pavimento temos os arquivos de modelos de grelhas para análises dos
esforços do “Modelo ELU” do “Modelo ELS” sendo esse modelo um conjunto de mini vigas
que formam uma estrutura plana trazendo valores próximos da realidade.
Figura 51: Análise de grelha por paviemento lajes treliçada unidirecional e maciça.
81
Conforme a TQS® Infomática (2019), quanto ao detalhamento, apesar dos desenhos das
armações dos elementos sejam gerados de forma completa, o engenheiro pode otimizar e refinar
o dimensionamento e detalhamento das armaduras através de editores gráficos inteligentes,
tendo a possibilidade inclusive de fazer uma verificação local das alterações realizadas.
82
TQS-Pilar
Com este editor pode-se escolher o pilar e o lance que quer analisar escolhendo quantos
lances quer analisar na mesma tela da interface. Dentro dessa interface são apresentados todos
detalhamentos das barras de armadura podendo fazer edições alterando os diâmetros de
armaduras e fazer a verificação das novas armaduras colocadas através da aba “Cálculos”;
83
“Verificar seção”. É possível, avaliar a alteração do fcks, criar esforços diretamente no pilar,
visualizar as curvas de iteração dos esforços ao longo do pilar, a verificação do
dimensionamento de um pilar pelos diversos métodos disponíveis em atendimento à NBR
6118:2014, inclusive efeitos localizados em faixas de uma lâmina de um pilar de seção
qualquer.
TQS-Vigas
Os esforços nas vigas são obtidos através de um modelo de pórtico espacial, carregado
com ações de vento, ações de peso próprio da estrutura (lajes-grelha, vigas e pilares) e possíveis
sobrecargas. Os esforços obtidos do Pórtico-TQS (forças cortantes, momentos fletores e
torsores e forças normais) são então transferidos para o CAD/Vigas para o dimensionamento e
detalhamento dos elementos. Esses esforços são transferidos em forma de envoltórias de
diversos carregamentos e o dimensionamento são calculadas armaduras longitudinais (positivas
e negativas) e transversais de acordo com a envoltória de esforços da viga.
Dentro da interface “Edição Rápida de Armadura” seleciona-se a viga que quer analisar
de determinado pavimento. Pode-se analisar o detalhamento do dimensionamento com ou sem
os digramas separados. Como mostra a figura acima, é possível alterar o espaçamento dos
estribos, alterar a bitola de uma barra, unir duas barras, acrescentar barras, estribos ou grampos
etc. Ainda dentro do Editor Rápido de Armaduras existem calculadoras de flexão e
cisalhamento, para conferência das armaduras alteradas. Para casos de alteração de armaduras
de flexão de uma viga a verificação à flexão composta de todas as seções pode ser feita
automaticamente.”
Para conferência dos dados e resultados, é possível ter acesso a um Relatório Geral que
apresenta os principais dados utilizados nos dimensionamentos feitos pelo CAD/Vigas em que
são gerados ainda relatórios de dimensionamento separados, para cada etapa do
dimensionamento. Em caso de problemas de dimensionamento, o sistema apresenta uma
mensagem de erro no desenho dessas vigas através de uma tarja de aviso, com a mensagem
“IMPOSSÍVEL DIMENSIONAR”, sem que o processamento seja interrompido. Assim o
usuário pode saber onde houve o erro e tomar os procedimentos adequados para sua solução.
TQS-Lajes
No sistema CAD/TQS, projetos estruturais pode também ser compostos por lajes
treliçada. Desde o lançamento de dados, passando pela análise de esforços, dimensionamento e
detalhamento; e finalmente, gerando as tabelas de quantitativos e os desenhos finais. Possui um
catálogo de armações treliçadas e blocos de enchimentos tornando a entrada de dados facilitada,
e com a possibilidade de editar de acordo com a região no qual seu projeto estrutural será
efetuado.
TQS-Fundações
É possível verificar os esforços atuantes nos blocos sobre estacas e sapatas através de
relatórios detalhados, gerados após o processamento, sendo possível também o "rastreamento"
das cargas desde suas origens até as aplicações no modelo (o pórtico espacial) analisando qual
reação ele utilizou de todas as envoltórias criadas pelo software dimensionando para a mais
crítica de normal e momentos atuantes. Também no relatório analisa-se os critérios de normas
que software utilizou para o dimensionamento, critérios estes que podem ser editados. Assim
como todos os outros elementos estruturais possui Editor Rápido de Armaduras de Blocos que
é possível incluir, alterar ou excluir algumas configurações das armaduras nos detalhamentos
nos desenhos de amaduras de blocos.
entrada para cada bloco, a altura da fundação, as dimensões do bloco (comprimento, largura e
altura), a quantidade e o diâmetro das estacas. O dimensionamento dos blocos é feito por dois
métodos: Para blocos com até 6 estacas: utiliza-se o Método Simplificado das Bielas em Blocos
Considerados Rígidos (com ângulo ótimo entre 45 e 55º); para blocos com mais de 6 estacas:
utiliza-se um dimensionamento à Flexão Normal.
4.4.1.9 Plotagem
Para extração de plantas de formas no TQS, após fazer todas as alterações (criação de
informações) desejadas dentro do modelador estrutural na aba “Acabamentos” pode-se então
dentro do mesmo layout, no item “Salvar desenho atual (DWG)” salvar a planta em uma pasta,
em que dentro do layout principal do TQS ele apresentara essas plantas criadas no item “Outros
desenhos”. Para fazer a edição de desenho dessa planta criada, clique duas vezes, para que ela
abra em um outro layout, onde não trabalhara com elementos estruturais, e sim trabalhara com
linhas textos e hachuras que representam os elementos, podendo assim fazer a limpeza desejada
de acordo com os critérios do projetista para facilitar a leitura das plantas.
Pode-se também fazer a montagem desses desenhos editados em pranchas. Para geração
de plantas, dentro do layout principal, no item “Plotagem”; “Geração de plantas”, em que ele
abrira os critérios que o software usa para geração das informações dessas plantas, podendo
90
editá-los. Para editar as plantas vá em “Plotagem”; “Editor de Plantas” em que ele abrirá uma
interface para realizar as montagens das plantas.
A nova versão do Eberick® 2020 utilizada para o desenvolvimento deste trabalho conta
com uma nova interface com ribbons de acesso rápido aos comandos, moderna e mais atual
seguindo as tendências mundiais de software, tendo-se uma experiência de uso agradável e
intuitiva.
4.4.2.1 Interface
Dispõe de uma base CAD, um menu com diversos botões e ferramentas de captura que
nos auxiliam a realizar o lançamento estrutural, sem a necessidade de parâmetros especiais,
sendo possível configurar as teclas de atalho que reduzem o tempo gasto no lançamento. Possui
ainda uma visualização atualizada do pórtico tridimensional que favorece o entendimento da
92
Figura 60: Etapa 2 de 3 com dados dos pavimentos e suas respectivas alturas
Na etapa 3 de 3 mostrada na Figura 61 está informado à altura do corte para gerar as máscaras
(2D) de cada pavimento o que ajudará o lançamento da estrutura.
Após clicar em “Ok” ele cria a edificação e traz o modelo arquitetônico em 3D como
referência para poder analisar a compatibilização entre o modelo estrutural e arquitetônico após
o lançamento. Dentro do menu “Estruturas” ao pedirmos para gerar o modelo 3D, ele gerara o
3D do modelo arquitetônico do arquivo carregado.
94
Figura 62: Modelo 3D visualizado apartir do arquivo IFC com os pavimentos definidos (janela direita)
4.4.2.3.1 Pilar
4.4.2.3.2 Vigas
4.4.2.3.3 Lajes
Uma vez que a estrutura (vigas e pilares) do pavimento tipo esteja de acordo com o
projeto arquitetônico, pode-se lançar as lajes (Figura 71) em que o programa detecta
automaticamente o contorno para o lançamento como mostra a Figura 70.
99
Quanto as lajes, o programa traz inúmeras opções, conforme a Figura 72. Para esse
edifício utilizou-se das lajes pré-moldadas treliçada, com a configuração mostrada na Figura
73, definindo as cargas sobre elas.
100
4.4.2.3.4 Escada
Após verificar todo o lançamento através dos itens disponibilizados pelo software, faz-
se a cópia dos elementos estruturais para os pavimentos que os possuem nas mesmas posições,
ou seja, copia-se os pavimentos tipos. Realiza-se dentro da aba “Edificação” clica-se com o
botão esquerdo do mouse em “Croqui” e selecione no submenu “Copiar croqui”, seleciona para
quais os pavimentos serão copiados como a Figura 78.
4.4.2.3.6 Fundação
A cópia da estrutura para pavimento Térreo será apenas os “Pilares” para fazer o
lançamento das vigas conforme o projeto arquitetônico e transformar os pilares em pilares de
fundação.
Para o lançamento dos pilares de fundação deve-se converter todos os pilares que
nascem no térreo em pilares de fundação, clicando com o botão esquerdo no pilar e escolhendo
conforme mostra a Figura 80.
Os pilares de fundação, são com o vínculo de apoios rotulado, cuja altura do pilar é
configurada automática de acordo com o nível do térreo estabelecidos no início do projeto,
colocando as dimensões do pilar e escolhendo o tipo de fundação, que para esse estudo foi
blocos sobre estaca.
105
4.4.2.3.7 Elevador
Como mostra a Figura 83, foram lançadas as vigas na altura de 220 cm, segundo as
especificações do fabricante.
106
4.4.2.3.8 Visualizador 3D
O modelo criado (lançado) em cada pavimentos podem ser gerado em um pórtico 3D,
que permite visualizar a estrutura inteira, destacar regiões para facilitar o entendimento da
geometria proposta, e visualizar a estrutura juntamente com outras disciplinas como o
arquitetônico importadas através de um arquivo IFC.
Em uma situação como esta, deve-se analisar e corrigir o erro indicada da melhor
maneira possível. Após o processamento da estrutura pode-se analisar os resultados dentro na
aba “Estruturas” em “Análises” e pode gerar relatórios dentro dessa aba quando aberta.
108
Pode-se também fazer a análise de grelha por pavimento. Na aba “Edificação” dentro
do pavimento que quer analisar, entra em “Lajes” e clique na opção “Grelha”. O programa
utiliza o método de analogia de grelhas que são paneis constituídos por “vigotas” que se
entrelaçam criando faixas com solicitações de esforços para cada linhas. Dentro da visualização
das grelhas pode-se analisar os seguintes modelos: “Modelo elástico”, “Modelo Fissurado”,
“Modelo dimensionamento” e “Modelo cisalhamento”.
No “Modelo Integrado” não existe a separação da análise das grelhas das lajes e do
pórtico, sendo um modelo único dos pórticos trabalhando juntamente com as grelhas, gerando
análises mais refinadas e mais próximas do comportamento real da estrutura.
110
Uma vez realizada a modelagem, edifício calculado e verificado os valores dos pórticos
unifilares, o programa faz o dimensionamento dos elementos estruturais pelo método dos
estados limites últimos de acordo com a NBR 6118:2014.
Quanto aos elementos com erros de dimensionamento, serão destacados nas janelas de
dimensionamento sendo que para cada erro apresenta-se informações que auxiliam na solução
dos problemas.
Pilares
com base na armadura previamente dimensionada (aqui chamado “processo da linha neutra”).
O princípio básico deste processo é o de pesquisar uma posição da linha neutra para que deixe
a seção em equilíbrio, ou seja, a somatória das cargas verticais (carga aplicada e reações no
concreto e na armadura) igual a zero e somatória dos momentos em qualquer direção também
igual a zero. Com isto, obtém-se os momentos resistentes e comparam-se aos momentos
aplicados. Caso forem maiores, a seção será considerada suficiente para resistir aos esforços
aplicados.
Vigas
Conforme AltoQi® (2019c), O dimensionamento das vigas é feito pelo ELU de acordo
com a normas vigente baseado nos seguintes pontos (simplificadamente):
− No meio de cada vão e sobre os apoios são tomados momentos fletores máximos para
dimensionamento;
− Calcula-se a armadura necessária para resistir a cada um destes momentos máximos;
− Devido à variação no diagrama, pode-se cortar algumas das barras, apenas cobrindo o
diagrama.
Conforma mostra figura acima, foi tomado como exemplo a viga 5, alterando as
armaduras fornecidas pelo dimensionamento do programa, pelas armaduras que o próprio
programa traz como opções para alterar, dentro dos campos “As pos inferior” e “As pos
superior” no campo “Vão”, e no campo “Nó”, alterou-se em “As negativo superior”. Essas
alterações são feitas de acordo a experiência do projetista.
114
Lajes
O detalhamento das lajes, pelo Modelo Completo, inclui, além da armadura positiva das
lajes e da armadura negativa nas continuidades, regiões de armadura superior em qualquer
ponto da laje no qual exista a ocorrência de um momento negativo não coberto pela armadura
das continuidades, como, por exemplo, sobre pilares ou em cantos reentrantes da laje.
Fundação
Segundo AltoQi® (2017) o dimensionamento das fundações é efetuado pelo Método das
Tensões Admissíveis. Por isso, os valores de carregamento apresentados referem-se às
combinações não majoradas. As combinações de fundação podem ser verificadas no menu
“Configurações – Ações – Combinações - Definir combinações”, na aba “Fundações” mostra
as combinações de carga para fundações que serão relacionadas na “Planta de Cargas”.
De acordo AltoQi® (2017) com o vínculo personalizado permite que defina quais os
tipos de restrição a sua fundação terão. Selecionando-o, você pode clicar em “...” para definir
essas características. Na janela que se abre, é possível definir cada uma das direções como livre,
fixa ou elástico. Tanto o apoio Elástico quanto o vínculo Elástico podendo simular a interação
117
solo estrutura adotando coeficientes de mola. Estes coeficientes podem ser determinados com
base em valores padronizados (tabelas e ábacos), ensaio de prova de carga em placa ou através
do deslocamento da fundação (recalque).
Pode-se lançar o bloco de fundação com geometria fixa, em que será considerado para
a análise da edificação, a presença das estacas no modelo estrutural. Dessa forme consegue-se
analisar a estrutura no modelo de pórtico unifilar 3D, como mostra a Figura 95.
Fonte: https://suporte.altoqi.com.br/hc/pt-br/articles/360008096153-Impacto-da-consideração-das-estacas-na-
análise-estrutural, (2019).
118
Para estudo deste trabalho, o vínculo de fundação com o solo foi considerado rotulado,
em que a fundação é travada a deslocamentos verticais e horizontais, porém não estão travadas
a rotação. Após processamento da estrutura dentro da aba “Edifício” dentro de “Térreo”
encontra o item “Blocos” abrindo a aba de dimensionamento dos blocos sobre estacas de acordo
com a figura a seguir:
4.4.2.7 Plotagem
De acordo com a AltoQi® (2019c) o programa gera as plantas de forma de acordo com
a geometria da estrutura permitindo incluir algumas informações automáticas como:
Todos os desenhos podem ser exportados em extensão .dwg e .dxf caso o projetista
queira fazer a montagem das plantas e pranchas em outros programas dentro do menu
“Arquivos – Exportar - Exportar DWG/DXF”.
Segundo a AltoQi® (2019c) a análise estrutural é feita pelo método matricial da rigidez
direta, cujo objetivo é determinar os efeitos das ações na estrutura para que possam ser feitas
as verificações dos estados limites últimos e de utilização. Os resultados da análise,
basicamente, são os deslocamentos nodais, os esforços internos e as reações nos vínculos de
apoio.
− O sistema considera que os materiais tenham comportamento físico elástico linear para
todos os pontos da estrutura, isto é, supõe que em nenhum ponto sejam ultrapassados os
limites de proporcionalidade do material para tensões em serviço.
− O sistema não leva em conta ações que variam com o tempo, decorrente de vibrações,
sismos etc.
− O sistema analisa apenas uma hipótese de carga, ficando, portanto, restrito aos casos em
que a alternância de cargas variáveis pode ser considerada desprezível. De modo geral,
isso ocorre nas edificações em que as cargas variáveis representam, no máximo, 20% do
valor da carga total do edifício.
− O sistema não leva em conta a variação da estrutura devido às ações na determinação dos
resultados dos deslocamentos e dos esforços. Os deslocamentos obtidos a partir das ações,
em um primeiro cálculo, modificam a geometria inicial da estrutura. O efeito das ações,
que permanecem atuando nesta estrutura deformada, iria alterar novamente todos os
esforços internos, inclusive os deslocamentos. Esse efeito é conhecido como efeito de 2ª
ordem. Caso ocorram variações superiores a 10% nos valores dos esforços internos, este
efeito passa a ser importante e não deve ser desprezado. Nestes casos, a interação entre
as cargas normais e os momentos fletores pode ser importante.
121
− Para o modelo de estrutura deformada, o equilíbrio deverá ser verificado por um processo
de estabilidade global que avalie os efeitos de segunda ordem, que podem surgir na
estrutura devido a deslocamentos horizontais que alterem de maneira significativa os
esforços internos. O processo de verificação utilizado pelo Eberick é simplificado,
baseado na norma NBR 6118:2014. Caso o coeficiente Gama-Z seja superior ao valor
limite, a estrutura pode ser considerada deslocável.
Todos os resultados obtidos foram adquiridos dos resumos e relatórios fornecidos pelos
programas em estudo.
5.1.1 Diferenciais
Concreto (m3)
Pavimentos
TQS Eberick
Casa de Máquinas 3,00 3,40
Cobertura 35,40 36,10
Pavimento Tipo 4 35,40 36,10
Pavimento Tipo 3 35,40 36,10
Pavimento Tipo 2 35,40 36,10
Pavimento Tipo 1 35,40 36,10
Térreo 13,80 16,60
Total 193,80 200,5
Relação
1,035
Eberick/TQS
Aço (Kg)
Pavimentos
TQS Eberick
Casa de Máquinas 226,90 250,29
Cobertura 1734,70 1651,86
Pavimento Tipo 4 2421,73 2206,62
Pavimento Tipo 3 2421,73 2347,65
Pavimento Tipo 2 2421,73 2463,12
Pavimento Tipo 1 2421,73 2675,52
Térreo 1145,00 1228,95
Total 12793,50 12824,01
Relação
1,002
Eberick/TQS
125
Tendo em vista os dados das tabelas anteriores observamos que, quanto ao consumo de
aço os valores são próximos e, quanto ao volume concreto, houveram diferenças em torno de
3% em relação a estrutura como um todo.
5.1.3 Lajes
Os resultados para momentos positivos finais foram calculados obtendo a Tabela 10,
contendo a comparação Eberick x TQS.
Os dois softwares apresentam suas diferenças, como é possível visualizar na Tabela 11,
onde o TQS® obteve valores menores na laje L15 e L16. Analisando as flechas os dois
programas fazem o cálculo da flecha total em laje levando em conta a fluência do concreto, ou
seja, é a soma da flecha instantânea mais a flecha diferida, trazendo valores de deslocamentos
mais próximos a realidade. É uma análise complexa com a necessidade de aprofundamento
sobre o estudo em cada software.
Através desses resultados conclui-se que no TQS trouxe resultados mais econômicos
quanto ao dimensionamento das vigotas treliçadas, para valores de momentos houve uma certa
alternância entre os programas, chegando a valores iguais em determinados casos e quanto aos
valores de flechas totais observa-se valores desiguais, no entanto são valores que caso editar
alguns critérios específicos dos programas, valores customizados de acordo com engenheiro
projetista podem alterar totalmente o deslocamento final.
5.1.4 Vigas
Nos programas através dos relatórios do dimensionamento das vigas para o primeiro
efeito comparativo será através dos momentos fletores máximos e “As” calculado para os
momentos máximos nos vãos da Viga V1 descritos na Tabela 13.
128
Tabela 13: Momento fletor máx. positivo, AS calculado viga V1, barras sm edição.
Para segundo efeito comparativo, será feito o estudo da viga baldrame VB9, devido ao
caso de possuírem as mesmas dimensões e os mesmos carregamentos lineares, sem aplicação
de lajes, como mostra os valores da Tabela 14 e Tabela 15.
Apesar de números próximos pode-se analisar que essa diferença nos momentos
negativos, em maior parte, se dá pela forma como os softwares consideram a ligação viga-pilar.
Observa-se também que a estrutura entre os esforços gerados pelos programas conduz
a escolha de bitolas de armaduras diferentes, e desta forma essas diferenças podem refletir, de
maneira indireta no custo da estrutura.
5.1.5 Pilares
Através dos relatórios de cálculos, foi se analisado também a taxa (%) de armadura
considerado nos pilares do pavimento tipo 1 nos dois softwares, como mostra a Tabela 16:
Tendo em vista os resultados da Tabela 16, os quais foram consultados nos memoriais
de cálculo dos programas, observa-se que houve em grande parte dos pilares taxas de armaduras
semelhantes, embora forças normais de cálculo diferente apresentaram resultados de aço finais
próximos, apresentando-se uma maior diferença nos pilares P9 e P12.
5.1.6 Fundações
Para efeito de comparação deve-se levar em consideração sobre alguns itens normativos.
Conforme a NBR 8681:2003 - Ações e segurança nas estruturas preconiza, no item 4.3.1, diz
que: “Um tipo de carregamento é especificado pelo conjunto das ações que têm probabilidade
não desprezível de atuarem simultaneamente sobre uma estrutura durante um período de tempo
preestabelecido”; “Em cada tipo de carregamento as ações devem ser combinadas de diferentes
maneiras, a fim de que possam ser determinados os efeitos mais desfavoráveis para a estrutura.
Devem ser estabelecidas tantas combinações de ações quantas sejam necessárias para que a
segurança seja verificada em relação a todos os possíveis estados limites da estrutura”.
E conforme a NBR 6122:2010 – Projeto e execução de fundações, no item 5.1, diz que:
“Para o caso do projeto de fundações ser desenvolvido em termos de fator de segurança global,
devem ser solicitados ao projetista estrutural os valores dos coeficientes pelos quais as
solicitações em termos de valores de projeto devem ser dividas, em cada caso, para reduzi-las
às solicitações características”; “Os esforços devem ser fornecidos no nível do topo das
fundações (...), devendo ficar bem caracterizado esse nível”.
Com relação à ligação da estaca com o fundo do bloco normalmente é admitido que a
estaca tenha seu topo rotulado.
No caso do TQS® não há opção de edição para rotular ou não o topo das estacas (exceto
SISE’s), dessa forma são consideradas sempre rotuladas. No entanto, a vinculação dos blocos
também pode ser definida no editor de fundações em função do número de estacas, assim, os
blocos (conjunto de estacas) é que serão admitidos como um vínculo. Pode-se rotular em x e y
bloco sobre uma estaca, rotular x ou y bloco sobre duas estacas e engastar x e y para blocos
sobre 3 ou mais estacas não colineares.
131
No caso do Eberick® configura-se qual é o vínculo a ser adotado na ponta da estaca das
fundações. Para esse projeto em questão foi considerado o vínculo rotulado em que as
fundações se encontram travadas a deslocamentos verticais e horizontais, porém não estão
travadas à rotação, podendo rotacionar livremente.
A seguir (Tabela 17), observa-se os valores das cargas axiais com valores características
emitidas dos pilares à fundação conforme as envoltórias e resultados retirados dos relatórios
dos softwares, com a comparação Eberick x TQS.
140
120
ORÇAS NORMAIS (tf)
100
80
60
40
20
Pilares
TQS Eberick
A comparação (Figura 99) mostra semelhança nos valores entre os modelos das cargas
axiais calculados pelo Eberick® e TQS®. Segundo os relatórios, os pilares P17, P18, com
maiores carregamentos em ambos os softwares obtiveram diferenças em torno de 9%. Como
observado no resultado final ao somar todas as cargas obtém-se resultado com diferenças em
torno de 3%.
5.1.7 Gama-Z
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
No caso do Eberick® observa-se uma boa interoperabilidade entre eles, com praticidade
e qualidade utilizando o formato IFC é possível trocar dados de projetos do programa Revit,
mantendo propriedades com boa qualidade para a geometria. Concluiu-se que o formato IFC
proporciona compatibilidade entre esses dois programas de boa qualidade para os aspectos
geométricos e dimensionais, sem apresentar nenhum erro, permitindo a reimportação do
arquivo IFC caso haja alterações na arquitetura.
No caso do TQS® ressalta-se que o plugin consegue captar e transmitir dados em ambos
os sentidos de importação e exportação. O recurso de importação de paredes se mostrou de
grande valia ao processo detectando as três dimensões e é necessário informar o peso de parede
por m2. Permite-se a alteração dinâmica do carregamento, sendo a atualização automática
provida em todas as instâncias de carregamentos posicionados, bem como a exclusão e
reimportação no caso de alterações na arquitetura.
comparativa constatou particularidades e nota-se que para suas utilizações é importante que o
usuário conheça muito bem a ferramenta, sabendo manipulá-lo de maneira correta
principalmente no surgimento de erros.
Em vista do que foi estudado fica a sugestão para trabalhos futuros: i) compatibilização
(BIM 3D) dos projetos arquitetônico, estrutural e complementares; ii) gerar quantitativos para
fins de orçamento e programação de obra (BIM 4D e 5D).
136
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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2015. Disponível em: <http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/pag_concreto1.htm>
KRAUSS, Paulo Fernando; RIBEIRO, Sandra Albino. Análise comparativa entre versões de
arquivos IFC utilizando a verificação de interferência. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA CONSTRUÇÃO, 2,
Campinas. Anais [...]. Porto Alegre: ANTAC, 2019. Disponível em:
<https://antaceventos.net.br/index.php/sbtic/sbtic2019/paper/view/117 >
138
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<https://www.schindler.com/br/internet/pt/solucoes-em
mobilidade/produtos/elevadores/schindler-3300-new-edition.html>. Acesso em: 6 set. 2019.
MARTHA, Luiz Fernando. Métodos Básicos da Análise De Estruturas. Rio de Janeiro: PUC-
Rio, 2017.
SILVA, Vinycius Rufino dos Santos. Análise comparativa entre dois softwares de
dimensionamento estrutural em concreto armado: estudo de caso em uma obra de
pequeno porte. 2018. Universade Estadual da Paraíba - UEPB, Araruna-PB, [s. l.], 2018.