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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

LUCAS DA SILVA MESQUITA

POTENCIAL DA IMPLANTAÇÃO DA METODOLOGIA BIM NO DEPARTAMENTO


DE ARQUITETURA E ENGENHARIA DA SEINF/RR

BOA VISTA, RR

2021
LUCAS DA SILVA MESQUITA

POTENCIAL DA IMPLANTAÇÃO DA METODOLOGIA BIM NO DEPARTAMENTO


DE ARQUITETURA E ENGENHARIA DA SEINF/RR

Trabalho de conclusão de curso


apresentado ao Departamento de
Engenharia Civil, do curso de
Engenharia Civil, da Universidade
Federal de Roraima (UFRR), como
requisito para aprovação na disciplina
TCC II e obtenção do título de
Bacharel em Engenharia Civil.

Orientadora Profª Drª Elaine Jaricuna


Pereira Albuquerque.

BOA VISTA, RR
2021
Catalogação da Publicação na Fonte. UFRR/Biblioteca Central da UFRR Divisão de
Serviços Técnicos

FICHA CATALOGRÁFICA (ESPAÇO RESERVADO)


SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

ATA DE DEFESA DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

“POTENCIAL DA IMPLANTAÇÃO DA METODOLOGIA BIM NO DEPARTAMENTO


DE ARQUITETURA E ENGENHARIA DA SEINF/RR.” Trabalho de Conclusão de
Curso apresentado por LUCAS DA SILVA MESQUITA, em 21 de maio de 2021 ao
Departamento de Engenharia Civil, considerado satisfatório para obtenção do
Título de Engenheiro Civil pela Universidade Federal de Roraima e aprovado pela
Banca Examinadora que lhe atribuiu à nota 9,8.

Profa. Dra. Elaine Jaricuna Pereira de Albuquerque


Departamento de Engenharia Civil/CCT/UFRR
Orientadora

Prof. Dr. Dirceu Medeiros de Morais


Departamento de Engenharia Civil/CCT/UFRR
Membro da Banca Examinadora

Prof. Me. Rondinelle Hudson Pereira de


Albuquerque
Universidade da Amazônia - UNAMAMembro da
Banca Examinadora

Eng. Civil Diego Rafael Bieger


Schwab & Bieger Engenharia
Membro da Banca Examinadora

Visto e permitida a impressão


Boa Vista – RR, 19 / 05 / 2021
AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, Nemias e Rosangela, dedico este trabalho a vocês. Seus esforços e
dedicação me proporcionaram as melhores condições de vida e de estudo. Obrigado
por tudo. Vocês foram fundamentais na minha formação e são essenciais na minha
vida.
E também à Marilene, que me educou e cuidou como o seu próprio filho.
À minha noiva e amor da minha vida, Victória Freitas, pelo seu amor, paciência e apoio
durante minha jornada acadêmica.
Aos meus amigos, especialmente ao Caio, Paulo Victor, Williams que me apoiaram,
compartilharam comigo os melhores momentos da minha vida e estiveram presente
nos dias de luta e de glória.
Aos meus professores do ensino fundamental e médio, pelos seus ensinamentos.
Aos professores do Departamento de Engenharia Civil da UFRR, pela contribuição na
minha formação profissional, em especial ao professor mestre João Bosco Pereira
Duarte, pela amizade e apoio durante esta jornada.
A minha orientadora Prof. Dra. Elaine Jaricuna Pereira de Albuquerque, pela ajuda e
auxílio nos projetos de pesquisa e neste trabalho de conclusão de curso.
Aos meus amigos de faculdade, e à turma de Engenharia Civil 2015.1, que dividiram
comigo momentos importantes ao longo dessa jornada.
Aos meus colegas da Defensoria Pública, Marcus e Vinícius, que contribuíram para
minha formação acadêmica, e também, para meu amadurecimento profissional.
Aos servidores da Secretária Estadual de Infraestrutura, pela contribuição para o
desenvolvimento deste trabalho.
“Para evitar desalinhamento entre os setores
público e privado. E para permitir que
pequenas organizações se beneficiem da
transformação digital, é necessário um motor
de adoção para coordenar todos os esforços”
(Bilal Succar)
RESUMO

O Building Information Modeling (BIM) surge como um processo que visa


otimizar o gerenciamento das informações ao longo de todo o ciclo de vida das
construções, desde a elaboração de projetos à operação e manutenção de edifícios.
A sua principal característica é um modelo digital integrado do edifício, que é
compartilhado entre os responsáveis pelos diferentes projetos e aprimorado durante
o decorrer do desenvolvimento que proporciona uma maior qualidade em todo
processo, economia de tempo, maior compatibilidade dos projetos, facilidade no
entendimento dos projetos, gerando, desta forma, economia para execução das
obras. Esta pesquisa apresenta um estudo sobre o potencial da implantação da
metodologia BIM no Departamento de Arquitetura e Engenharia (DAE) da Secretária
de Infraestrutura (SEINF) do estado de Roraima. Primeiramente, fez-se um
levantamento e revisão bibliográfica à literatura nacional e internacional, sobre BIM e
conceitos relacionados ao processo de implantação desta tecnologia. Em seguida,
deu-se início ao levantamento dos dados e informações necessárias para o
diagnóstico do departamento selecionado para o estudo de caso, por meio da
utilização de entrevistas e questionários direcionados aos servidores. O diagnóstico
abrangeu uma análise organizacional no DAE, de sua infraestrutura, os recursos
humanos disponíveis, o fluxo e processos de trabalho. Depois, fez-se uma palestra
para os servidores sobre a metodologia BIM, e em conjunto, definiu-se os usos e
objetivos BIM do DAE. Ao final do estudo, apresentou-se os resultados e análises, em
destaque, no diagnóstico e definição dos objetivos BIM, no departamento investigado,
além da conclusão desta pesquisa, retratando o potencial da aplicação da referida
metodologia, no processo de desenvolvimento de projetos do departamento em
estudo.

Palavras-chave: Building Information Modeling. Projeto. Potencial. Diagnóstico.


Implantação BIM.
ABSTRACT

The Building Information Modeling (BIM) methodology emerges as a process


that aims to optimize information management throughout the life cycle of
constructions, from the elaboration of projects to the operation and maintenance of
buildings. Its main tool is an integrated digital model of the building, which is shared
among those responsible for the different projects and improved during the course of
development that provides greater quality in projects, time savings, greater
compatibility of projects, ease of understanding of projects, thus generating savings for
the execution of the works. This research presents a study on the potential of
implementing the BIM methodology in the Department of Architecture and Engineering
(DAE) of the Secretary of Infrastructure (SEINF) of the state of Roraima First of all,
there is a survey and bibliographic review of national and international literature, on
BIM and concepts related to the process of implantation of this technology. Then, the
survey of the data and information necessary for the diagnosis of the department
selected for the case study began, through the use of interviews and questionnaires
directed to the servers. The diagnosis included an organizational analysis in the DAE,
of its infrastructure, the available human resources, the flow and work processes.
Then, a lecture was given to the servants about the BIM methodology, and together,
the BIM uses and objectives of the DAE were defined. At the end of the study, the
results and analyzes was presented, highlighted, in the diagnosis and definition of the
BIM objectives, in the investigated department, in addition to the conclusion of this
research, portraying the potential of the application of the referred methodology, in the
process of development of the projects of the department under study.

Keywords: Building Information Modeling. Project. Potential. Diagnosis. BIM


Implantation.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Os fundamentos do BIM. .......................................................................... 16
Figura 2 – Ciclos da Edificação com BIM .................................................................. 17
Figura 3 – Projetos Compatibilizados ........................................................................ 19
Figura 4 – Fluxo no processo BIM ............................................................................. 20
Figura 5 – Curva McLeamy ....................................................................................... 21
Figura 6 – Dimensões do BIM ................................................................................... 22
Figura 7 – Usos do BIM ............................................................................................. 28
Figura 8 – Levantamento de condições existentes com drone ................................. 29
Figura 9 – Estimativa de custos com BIM. ................................................................ 30
Figura 10 – Planejamento 4D .................................................................................... 31
Figura 11 – Análise local ........................................................................................... 32
Figura 12 - Validação de códigos com o software Solibri .......................................... 35
Figura 13 – Clash detection no software Navisworks ................................................ 36
Figura 14 – Planejamento de canteiro de obras. ....................................................... 37
Figura 15 – Principais utilizações do BIM. ................................................................. 40
Figura 16 – Processo de Implantação ....................................................................... 41
Figura 17 – Etapas BIP ............................................................................................. 43
Figura 18 – Fluxograma do trabalho ......................................................................... 46
Figura 19 – Organograma DAE ................................................................................. 50
Figura 20 – Fluxograma de desenvolvimento de projetos ......................................... 50
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Tópicos da palestra ................................................................................ 48
Quadro 2 – Requisitos mínimo x especificações disponíveis .................................... 52
Quadro 3 – Matriz de Maturidade em Tecnologia ..................................................... 53
Quadro 4 – Matriz de Maturidade em Processos ...................................................... 53
Quadro 5 – Matriz de Maturidade em Políticas ......................................................... 54
Quadro 6 – Matriz de Maturidade, estágios/escalas ................................................. 54
Quadro 7 – Índice de Maturidade BIM do DAE ......................................................... 56
Quadro 8 – Metas para implantação BIM .................................................................. 57
Quadro 9 – Valores potenciais e recursos necessários ............................................ 58
LISTA DE SIGLAS
ABDI Agência Brasileira de Desenvolvimento industrial

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

AEC Arquitetura, Engenharia e Construção

AIA American Institute of Architects

BAS Building Automation System

BIM Building Information Modeling

BIP BIM Implantation Plan

CAD Computer-Aided Design

CAVE Computer Assisted Virtual Environment

CIC Computer Integrated Construction

CBIC Câmara Brasileira da Indústria da Construção

DAE Departamento de Arquitetura e Engenharia

DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre

GIS Geographic Information System

IFC Industry Foundation Classes

LEED Leadership in Energy and Environmental Design

LOD Level of Development

LOI Level of information

SAC Secretaria Nacional de Aviação Civil

MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

MEP Mechanical, Electrical and Plumbing

SEINF Secretária de Infraestrutura


SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 12
1.1 JUSTIFICATIVA ...................................................................................................................... 13
1.2 OBJETIVOS ............................................................................................................................ 14
1.2.1 Objetivo Geral ............................................................................................................... 14
1.2.2 Objetivos Específicos .................................................................................................. 14
2 BUILDING INFORMATION MODELING (BIM) ...................................................................... 15
2.1 FUNDAMENTOS DO BIM ...................................................................................................... 15
2.2 CICLOS DE VIDA DAS EDIFICAÇÕES ................................................................................. 17
2.3 CONSTRUÇÃO VIRTUAL E O FLUXO BÁSICO NO PROCESSO DE PROJETO BIM
BIM 18
2.4 DIMENSÕES DO BIM ............................................................................................................. 21
2.5 NORMATIVO BIM NO BRASIL............................................................................................... 23
2.6 BENEFÍCIOS DO BIM ............................................................................................................ 25
2.7 USOS DO BIM ........................................................................................................................ 27
2.8 IMPLANTAÇÃO ...................................................................................................................... 40
2.9 DIFICULDADES DA IMPLANTAÇÃO ..................................................................................... 43
3 METODOLOGIA ..................................................................................................................... 46
3.1 ENTREVISTA.......................................................................................................................... 46
3.2 DIAGNÓSTICO ....................................................................................................................... 47
3.3 PALESTRA ............................................................................................................................. 47
3.4 OBJETIVOS BIM E USOS ...................................................................................................... 48
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS.............................................................................................. 49
4.1 DIAGNÓSTICO ....................................................................................................................... 49
4.1.1 Política ........................................................................................................................... 49
4.1.2 Processos ..................................................................................................................... 49
4.1.3 Pessoas ......................................................................................................................... 51
4.1.4 Tecnologia ..................................................................................................................... 52
4.1.5 Maturidade BIM ............................................................................................................. 53
4.2 OBJETIVOS E USOS DO BIM ............................................................................................... 56
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................... 61
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 63
ANEXO................ ................................................................................................................................... 66
APÊNDICE ............................................................................................................................................ 67
12

1 INTRODUÇÃO

As indústrias vêm assimilando cada vez mais as tecnologias no seu processo


produtivo. Na indústria da Construção Civil não é diferente. O uso de novas
tecnologias na área da Engenharia Civil vem renovando o cenário atual das obras no
Brasil e no mundo. O aumento da eficiência, redução de perdas e uma melhor gestão
das construções levaram o mercado a aderir progressivamente novas tecnologias que
facilitam a concepção de projetos, o planejamento, o controle e a execução de obras.
Neste contexto, o Building Information Modeling (Modelagem da Informação
da Construção) – BIM – surge como uma das principais alternativas para a
restauração do sucesso do setor no cenário mundial. O BIM é um conjunto de
políticas, processos e tecnologias que, combinados, geram uma metodologia para
gerenciar o processo de projetar uma edificação ou instalação e ensaiar seu
desempenho, gerenciar as suas informações e dados, utilizando plataformas digitais
(baseadas em objetos virtuais), através de todo seu ciclo de vida (ABDI, 2017).
Segundo Catelani e Santos (2016), implementação dessa tecnologia apresentou
resultados de sucesso no Reino Unido, Cingapura e Chile e se tornou uma estratégia
nacional para o desenvolvimento desses países.
Seguindo a tendência internacional, o Governo Federal do Brasil publicou o
Decreto nº 9.983, de 22/08/2019, com a intenção de promover um ambiente adequado
ao investimento em BIM; e sua difusão no país no período de dez anos. Já em 2020,
foi publicado o Decreto n° 10.306, de 02/04/2020, que estabelece a utilização do BIM
na execução direta ou indireta de obras e serviços de engenharia, realizados pelos
órgãos e entidades da administração pública federal. Este decreto visa incentivar o
desenvolvimento do setor da construção civil, com foco em economia para as compras
públicas e maior transparência nos processos licitatórios, além de favorecer a
otimização de processos de manutenção e gerenciamento de ativos.
Os benefícios do BIM são diversos, tais como: maior precisão de projetos
(especificação, quantificação e orçamentação); possibilidade de simulação das
diversas etapas da construção, permitindo a identificação e eliminação de conflitos
antes mesmo da construção e diminuindo retrabalhos e desperdícios (resíduos);
disponibilização de simulação de desempenho dos elementos, de sistemas e do
próprio ambiente construído; gestão mais eficiente do ciclo de obra; diminuição de
13

prazos e custos; e maior consistência de dados e controle de informações e


processos, resultando em maior transparência nas contratações públicas e privadas
(ABDI, 2017).
No Brasil, uso do BIM em obras públicas é um processo recente. Em alguns
casos os órgãos não estão preparados para receber, manipular e executar os projetos
modelados. Implantar processos na administração pública exige equipes capacitadas
e sistemas de informação para atuar em todo o ciclo de gestão financeira, o que inclui
o planejamento e orçamento, contabilidade e auditoria interna (AZEVEDO, 2015).

1.1 JUSTIFICATIVA

Na conjuntura de inovação e transformação tecnológica o BIM enquadra-se


como um novo processo baseado em modelos tridimensionais inteligentes para
criação, construção e gerenciamento de edifícios e infraestrutura.
O BIM já é um processo amplamente aceito em várias partes do mundo.
Estados Unidos, Reino Unido e Japão já usufruem das vantagens que essa
ferramenta proporciona. No Brasil, apesar de muitos membros do setor terem o
conhecimento da metodologia, a disseminação desta não tem sido intensa. Isto
decorre frequentemente por obstáculos culturais no meio da Construção Civil
brasileira, da necessidade de altos investimentos para implantação; ou por falta de
profissionais com conhecimento no assunto.
Entretanto, este cenário vem mudando ao passar dos últimos anos, devido as
políticas do Governo Federal para a disseminação do BIM, por meio da publicação
dos dois decretos mencionados anteriormente. Com isto, gradativamente, o interesse
dos participantes da indústria da construção civil aumentou a implementação desta
tecnologia, visando garantir melhorias dentro do processo construtivo como:
otimização da produção, redução do retrabalho, redução do desperdício e aumento
dos lucros.
No Brasil, alguns órgãos públicos já adotaram o processo BIM, por exemplo,
o Exército Brasileiro, a Caixa Econômica Federal, o Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transporte (DNIT), o Banco do Brasil, a Petrobras e a Infraero.
Destaca-se o estado de Santa Catarina que desempenhou um papel pioneiro
na implantação do BIM nacionalmente, para a execução de obras públicas, ao
14

disponibilizar um Caderno de Apresentação de Projetos em BIM com objetivo de


estabelecer os procedimentos de uso da tecnologia nas obras do referido estado.
Desta forma, o BIM pode ser um modelo muito útil para que os órgãos
públicos, com foco na infraestrutura e na construção civil, melhorem a eficiência e os
resultados de suas construções, com a otimização das fases de planejamento, projeto,
construção e operação dos empreendimentos, por exemplo. Isso facilita também a
gestão de recursos, pois diminui o desperdício, retrabalho e o superfaturamento.
Diante do contexto, a implantação da metodologia BIM, que já apresenta
resultados palpáveis pelo mundo inteiro, tem um grande potencial para otimizar as
atividades do Departamento Arquitetura e Engenharia (DAE) da Secretária de
Infraestrutura do estado de Roraima (SEINF). Assim, será realizado um estudo a fim
de avaliar o potencial das possibilidades proporcionadas pela implantação da
metodologia BIM no referido departamento.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

Este trabalho tem como objetivo geral analisar o potencial da implantação da


metodologia BIM no DAE/SEINF do estado de Roraima.

1.2.2 Objetivos Específicos

• Realizar levantamento de dados do DAE/SEINF através de entrevistas


com servidores;
• Diagnosticar da maturidade BIM no departamento em estudo;
• Realizar uma palestra com o tema “BIM: conceito e usos”, para os
servidores do DAE;
• Definir os usos do BIM e objetivos BIM para uma futura implementação,
conforme as necessidades do departamento;
• Indicar o valor potencial e recursos necessários dos usos do BIM
definidos.
15

2 BUILDING INFORMATION MODELING (BIM)

A General Services Administration (Administração de Serviços Gerais dos


Estados Unidos) – GSA – define o BIM como sendo o desenvolvimento e o uso de um
modelo digital de dados, não apenas para documentar o projeto de uma construção,
mas também para simular a construção e a operação de uma nova construção ou de
uma instalação já existente, que se deseje modernizar. O modelo de informações de
construção resulta de um conjunto de dados referentes aos objetos, que são
representações inteligentes e paramétricas dos componentes da instalação. A partir
desse conjunto de dados, vários usuários podem extrair visões apropriadas para
realizar suas análises específicas e o embasamento dos seus correspondentes
feedbacks que possibilitam a melhoria da concepção do projeto.
Segundo Eastman (2008), “BIM é uma tecnologia de modelagem associada a
um conjunto de processos para produzir, comunicar e analisar modelos de
edificações”. Um modelo BIM se caracteriza por:
- Os componentes da edificação são representados com
representações digitais inteligentes (objetos) que “sabem” o que são e
podem ser associados com gráficos computacionais, dados, atributos
e regras paramétricas;
- Componentes que incluem dados descritivos de seu comportamento
como necessário para análises e processos de projeto, tais como
levantamentos de quantitativos, especificações e análise energética;
- Dados consistentes e sem redundância de modo que alterações nos
componentes sejam representadas em todas as vistas do componente;
- Dados coordenados de modo que todas as vistas do modelo sejam
representadas de modo coordenado;
- Comunicação direta entre o BIM e softwares de fabricação de
componentes, uma vez que o BIM gera uma representação digital de
cada componente da edificação, que pode ser exportado para diversos
softwares.

2.1 FUNDAMENTOS DO BIM

O processo de projeto BIM tem sido classificado como uma inovação


disruptiva, pois altera as soluções técnicas profundamente, levando a novas soluções
16

e abordagens do mercado. Trata-se de uma mudança de cultura da organização e de


todos os participantes. Assim, é possível afirmar que a efetiva implantação da
metodologia BIM se baseia em três dimensões fundamentais: tecnologia, pessoas e
processos, concatenadas entre si por Procedimentos, Normas e Boas Práticas, como
mostra a Figura 1 (ABDI, 2017).

Figura 1 – Os fundamentos do BIM.

Fonte – ABDI (2017)

A tecnologia envolve a infraestrutura necessária para a operação, os


programas e equipamentos ou computadores, a conexão com a internet e a rede
interna, a segurança e o armazenamento de arquivos e o treinamento e o
aculturamento adequado de seus usuários no processo BIM (ABDI, 2017).
As pessoas são elementos fundamentais na estratégia de implantação. Os
profissionais devem ter a experiência necessária, capacidade de trabalhar bem tanto
com a equipe interna quanto com equipes externas, ser flexíveis a mudanças e se
manter atualizados na tecnologia, que tem avanços contínuos. Um dos pontos
principais do processo BIM é a otimização do projeto nas fases de concepção e de
desenvolvimento para reduzir ou eliminar imprevistos na obra ou na manutenção da
edificação. Desta forma, uma comunicação eficiente é essencial durante o processo
para evitar erros e retrabalho. Um processo virtual é tão bom quanto as pessoas que
o operam (ABDI, 2017).
O processo abrange não apenas os novos processos internos a serem
adotados como também os processos interempresariais. Compreende o plano de
trabalho: o fluxo de trabalho, o cronograma, a especificação dos entregáveis, o
17

método de comunicação, a definição de funções, o sistema de concentração de


dados, arquivos e informações, o nível de detalhe em cada fase e a especificação do
uso do modelo em todos os ciclos de vida da edificação (ABDI, 2017).
As três dimensões essenciais do BIM estão vinculadas mutuamente em um
conjunto de documentos que estabelece os procedimentos, normas e boas práticas.
É necessária uma reformulação estratégica da organização e mudar a maneira de
trabalhar, não apenas contratar novos colaboradores. A documentação adequada dos
procedimentos, compostos por descritivos, fluxogramas e outros documentos
apropriados é fundamental.

2.2 CICLOS DE VIDA DAS EDIFICAÇÕES

A tecnologia BIM permite o gerenciamento da informação ao longo do ciclo de


vida completo de uma edificação, desde a concepção até o descomissionamento, com
reuso ou demolição, como mostra a Figura 2 (COELHO e NOVAES, 2008).
Fonte – ABDI (2017)

Figura 2 – Ciclos da Edificação com BIM

Sobre o BIM no ciclo de vida das edificações Campestrine et al. (2015, p. 2)


explica que:
18

Modelagem da informação da Construção ou BIM deve ser entendida como


um novo paradigma de desenvolvimento de empreendimentos de construção
envolvendo todas as etapas do seu ciclo de vida, desde os momentos iniciais
de definição e concepção, passando pelo detalhamento e planejamento,
orçamentação, construção até o uso com a manutenção e mesmo as
reformas ou demolição. É um processo baseado em modelos paramétricos
da edificação visando à integração de profissionais e sistemas com
interoperabilidade de dados e que fomenta o trabalho colaborativo entre as
diversas especialidades envolvidas em todo o processo, do início ao fim.

Desta forma, a metodologia BIM abrange todas as etapas da construção,


planejamento e operação, e expõe a amplitude do BIM na cadeia da indústria da
construção em todo seu ciclo.

2.3 CONSTRUÇÃO VIRTUAL E O FLUXO BÁSICO NO PROCESSO DE


PROJETO BIM BIM

Para a transição do processo tradicional de projeto para a metodologia BIM é


importante entender o conceito de projeto e construção virtual. De acordo com ABDI
(2017), o conceito de projeto de construção virtual é definido da seguinte forma:

[...] integração multidisciplinar de dados do projeto, sua organização e os


processos envolvidos para o seu desenvolvimento através do que a
tecnologia da informação possibilita atualmente. O projeto é desenvolvido
agregando-se todas as informações pertinentes em cada fase da edificação,
satisfazendo todos os usos e atores do processo.

Portanto, o produto disso é um banco de dados composto pelo modelo


tridimensional completo, com todas as propriedades definidoras de seus
componentes, seus materiais e suas características específicas, os códigos dos
serviços associados às suas execuções, seu ciclo de manutenção, os parâmetros
para levantamento de quantidades, custos, análises energéticas, acústicas,
luminotécnicas, financeiras, estruturais e a conformidade com legislações e normas
(ABDI, 2017).
Destaca-se que o modelo não é apenas um desenho em 3D. Por meio desta
metodologia é possível desenvolver virtualmente um modelo capaz de simular a
construção com todos seus componentes, ou seja, compatibilizando: fundações,
arquitetura, estrutura, telhados, instalações hidrossanitárias, gás, elétricas, etc.
Também de permite-se associar essa construção a dados do seu entorno, a
construções adjacentes e topografia, assim como fluxos de pessoas, insolação e
ventos. Portanto, o modelo BIM considera as características do ambiente onde a obra
19

será inserida. A Figura 3 mostra a compatibilização dos projetos pela metodologia


BIM.

Figura 3 – Projetos Compatibilizados

Fonte – Autor (2021)

A metodologia viabiliza uma coordenação durante toda a concepção do


projeto, sendo vantajoso para prevenir e corrigir problemas antes da execução da
obra. Por meio da análise do modelo BIM da construção, é possível identificar
problemas, estudar a construtibilidade de cada opção, adotando a que apresenta o
melhor custo-benefício. Destarte, a documentação só é emitida após a correção das
incompatibilidades e depois que o modelo esteja validado e aceito como adequado
por todos os representantes de cada disciplina e pela coordenação do projeto, tendo
atendido todos os requisitos previstos para o modelo na etapa, como mostra a Figura
4.
20

Figura 4 – Fluxo no processo BIM

Fonte: ABDI (2017)

Desta forma, a atividade de compatibilização de projetos, que no Computer-


Aided Design (CAD), em português: Desenho Assistido por Computador, exige um
enorme esforço, no BIM fica reduzida a verificações pontuais, pois os conflitos
potenciais são evitados antes de surgirem. Nessa etapa se converge as decisões que
causam maior impacto, mas menor custo na alteração, conforme mostra curva de
McLeamy (Figura 5). Essa curva representa uma das principais mudanças no
processo de projeto de arquitetura, engenharia e construção (AEC). A capacidade de
simulação virtual por meio da plataforma BIM possibilita que o projeto esteja muito
mais coeso e desenvolvido antes das etapas que consomem a maior fatia dos
recursos e investimentos.
21

Figura 5 – Curva McLeamy

Fonte: CBIC (2016)

Sem esta vantagem, os métodos tradicionais necessitavam de profissionais


experientes que possuíam uma visão de projeto muito aguçada e muito engenho para
solucionar os erros de compatibilização. Existe no Brasil, a cultura “na obra a gente
corrige”, esse pensamento equivocado provoca contratempos na execução como:
desperdício de materiais, atraso no cronograma e aumento do custo final da obra.

2.4 DIMENSÕES DO BIM

O CAD diferencia-se do BIM quanto às dimensões de informações que os


mesmos possuem, o primeiro se delimita na representação gráfica de elementos, já o
BIM procura associar elementos gráficos a dados técnicos, parametrizando os
objetos. Os softwares com tecnologia BIM, são considerados multidimensionais, como
apresentado na Figura 7.
22

Figura 6 – Dimensões do BIM

Fonte: GARIBALDI (2020)

As dimensões do BIM são:


- BIM 3D: trata-se de um modelo 3D consolidado de todo o projeto, ou
seja, englobando tanto o aspecto arquitetônico como elementos
mecânicos, hidráulicos e elétricos. Neste modelo têm-se todas as
informações para a caracterização do projeto e posicionamento
espacial dele. Além da melhor visualização espacial, o BIM 3D traz
como grande benefício o poder de compatibilização de projetos, onde
se pode ver onde estão os conflitos entre eles. Por exemplo: uma
escada mal posicionada, ou um tubo colidindo com uma parte
importante do projeto estrutural.
- BIM 4D: Adiciona a variável temporal ao projeto, assim, é possível
incorporar ao modelo, informações sobre cronograma da obra,
sequência e fases de implementação. O BIM 4D além de permitir a
visualização virtual e de forma mais fácil o progresso da obra, permite
um controle mais preciso sobre os prazos de execução. Essa maior
precisão é dada porque é permitido explorar as diversas possibilidades
de execução da obra, alternando métodos e sistemas construtivos para
chegar a um melhor resultado. Além de permitir elaborar o
planejamento geral da obra, o BIM 4D permite simular a execução de
uma etapa específica.
23

- BIM 5D: Agrega os custos da obra ao modelo tridimensional com o


planejamento, por meio do controle dos dados referentes ao custo dos
serviços como, tais como: materiais, mão de obra, equipamentos e
despesas indiretas. Assim, cada elemento do projeto realizado passa
a ser vinculado a um custo. Isto possibilita planejar e evitar
desperdícios, analisando as diversas possibilidades que se tem ao
planejar uma obra e então estimar os custos por fases dela, criando um
cronograma físico-financeiro mais preciso.
- BIM 6D: Traz a análise do ciclo de vida do projeto e a gestão das
instalações, permitindo controlar a garantia dos equipamentos, planos
de manutenção, dados de fabricantes e fornecedores, custos de
operação e até mesmo fotos. Pode resultar em uma rápida e fácil
substituição de peças, cumprindo e otimizado uma gestão
racionalizada do ciclo de vida de ativos ao longo do tempo.
- BIM 7D: Permite a análise da eficiência energética e está fortemente
ligado a questões de sustentabilidade. A utilização desta tecnologia
pode resultar em estimativas de gastos energéticos mais completas e
precisas no início do processo de design.

Em resumo, as dimensões do BIM referem-se aos níveis de informações e


dados inseridos em um modelo 3D, usando o software BIM e inclui dados do modelo
3D, dados de tempo, custos e sustentabilidade.

2.5 NORMATIVO BIM NO BRASIL

No Brasil, a disseminação da metodologia BIM está se desenvolvendo de


forma topdown, ou seja, de cima para baixo. O Governo Federal instituiu políticas
visando promover um ambiente adequado ao investimento em Building Information
Modeling por meio do Decreto N° 9.983/2019, que estabelece a Estratégia BIM BR.
Os objetivos da Estratégia BIM BR, conforme o art. 2° do decreto mencionado,
são:
- Difundir o BIM e seus benefícios;
- Coordenar a estruturação do setor público para a adoção do BIM;
- Criar condições favoráveis para o investimento, público e privado, em BIM;
24

- Estimular a capacitação em BIM;


- Propor atos normativos que estabeleçam parâmetros para as compras e as
contratações públicas com uso do BIM;
- Desenvolver normas técnicas, guias e protocolos específicos para adoção do
BIM;
- Desenvolver a Plataforma e a Biblioteca Nacional BIM;
- Estimular o desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias relacionadas
ao BIM;
- Incentivar a concorrência no mercado por meio de padrões neutros de
interoperabilidade BIM.

O Decreto BIM 2020 também define os órgãos que serão vinculados às ações
de disseminação da estratégia, sendo eles: Ministério da Defesa (Exército, Marinha e
Aeronáutica), Ministério da Infraestrutura (Secretaria Nacional de Aviação Civil - SAC)
e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
Além disso, o referido decreto define a forma que essa tecnologia será
implantada. O art. 4 deste decreto estabelece as três fases de implantação com seus
respectivos objetivos:
I. Primeira fase: a partir de 01/01/2021, o BIM deverá ser utilizado no
desenvolvimento de projetos de arquitetura e engenharia, referentes a
construções novas, ampliações ou reabilitações, e abrangerá, no mínimo:

a) a elaboração dos modelos de arquitetura e de engenharia referentes às


disciplinas de: estruturas, instalações hidráulicas, instalações de
aquecimento, ventilação e ar condicionado, e instalações elétricas;
b) a detecção de interferências físicas e funcionais entre as diversas
disciplinas e a revisão dos modelos de arquitetura e engenharia, de modo a
compatibilizá-los entre si;
c) a extração de quantitativos; e
d) a geração de documentação gráfica, extraída dos modelos a que se refere
este inciso;

II. Segunda fase: a partir de 01/012024, o BIM deverá ser utilizado na execução
direta ou indireta de projetos de arquitetura e engenharia e na gestão de obras,
25

referentes a construções novas, reformas, ampliações ou reabilitações, e


abrangerá, no mínimo:

a) os usos previstos na primeira fase;


b) a orçamentação, o planejamento e o controle da execução de obras; e
c) a atualização do modelo e de suas informações como construído (as built),
para obras cujos projetos de arquitetura e engenharia tenham sido
realizados ou executados com aplicação do BIM;

III. Terceira fase: a partir de 01/01/2028, o BIM deverá ser utilizado no


desenvolvimento de projetos de arquitetura e engenharia e na gestão de obras
referentes a construções novas, reformas, ampliações e reabilitações, e
abrangerá, no mínimo:

a) os usos previstos na primeira e na segunda fase; e


b) o gerenciamento e a manutenção do empreendimento após a sua
construção, cujos projetos de arquitetura e engenharia e cujas obras tenham
sido desenvolvidos ou executados com aplicação do BIM.

Estas políticas públicas visando à disseminação BIM são precisas e tardias.


Desse modo, é importante que existam políticas públicas que estimulem os estados
a adotar metodologia para melhorar a qualidade e a transparência das obras
públicas estudais como também estimular o setor da construção civil.

2.6 BENEFÍCIOS DO BIM

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção – CBIC(2016), na sua


coletânea de Implantação do BIM para construtoras e incorporadores, lista os
principais benefícios que poderão ser alcançados pelas empresas que decidirem
adotar o BIM como plataforma de trabalho:
- A visualização em 3D do que está sendo projetado;
- O ensaio da obra no computador;
- A extração automática das quantidades de um projeto;
- A realização de simulações e ensaios virtuais;
26

- A identificação automática de interferências (geométricas e


funcionais);
- A geração de documentos mais consistentes e mais íntegros;
- A capacitação das empresas para executarem construções mais
complexas;
- A viabilização e a intensificação do uso da industrialização;
- O complemento do uso de outras tecnologias;
- O preparo das empresas para um cenário futuro;
- As análises de construtibilidade;
- O desenvolvimento de maquetes eletrônicas;
- O registro e o controle visual de diferentes versões dos modelos;
- A verificação das condições de acesso para manutenção e
ergonomia;
- A coordenação e o controle de contratados;
- O rastreamento e o controle de componentes;
- Modelos BIM podem embasar processos de gestão de ativos;
- A fabricação digital;
- As verificações de locações e níveis da obra, baseadas em modelos
BIM, podem ser realizadas por uma única pessoa.

Eastman et. al. (2008) cita outros benefícios correspondentes a cada fase do
projeto:
a) Benefícios na fase de pré–construção: O desenvolvimento de um modelo
esquemático antes de um detalhado pode gerar grandes benefícios referentes
à análise e simulações, visando a atender os requisitos dos clientes. Uma base
de dados de orçamento pode ser de grande ajuda ao proprietário, evitando
assim, gastos e retrabalhos;

b) Benefícios no projeto: O modelo 3D permite a visualização precisa do projeto,


em qualquer etapa, possibilitando correções automáticas por meio da
parametrização dos objetos e a integração antecipada das diversas disciplinas
do projeto. A extração automatizada dos quantitativos e das pranchas 2D
permite também um melhor controle dos custos da obra e da documentação da
mesma;
27

c) Fase de execução: sincronização dos elementos do projeto ao cronograma da


obra, detecção de interferências entre os diversos sistemas da construção e de
erros de omissões antes da execução dos serviços, melhor gerenciamento no
processo de modificações no projeto, possibilidade de usar o modelo do projeto
como base para pré-fabricação, melhor implementação da metodologia de
construção enxuta, sincronização das aquisições de materiais com o projeto e
construção;

d) Fase de operação: melhor gerenciamento, operação e controle das edificações.

2.7 USOS DO BIM

O estudo realizado pela Pennsylvania State University, publicado no


Computed Integrated Construction (CIC) Research Program (2011), documentou 25
usos do BIM, organizados em 4 fases: planejamento, concepção, construção e
operação, que foram identificados, através de entrevistas com profissionais, análises
de implantação de estudos de caso e revisão bibliográfica.
Os 25 usos do BIM identificados pelo estudo estão resumidos na Figura 9,
estão organizados de acordo com as fases do ciclo de vida da edificação. A seguir, os
tópicos 2.9.1 a 2.9.21 abordam os usos do BIM. Salienta-se que os usos de análise
estrutural, luminotécnica, energética, mecânica e outras engenharias estão descritas
no mesmo tópico.
28

Figura 7 – Usos do BIM

Fonte: CBIC (2016)

2.7.1 Modelagem de condições existentes

Usando abordagens de captura de informações 3D e software de autoria BIM,


desenvolve-se um modelo 3D das condições existentes para um local, instalações em
um local ou uma área específica dentro de uma instalação. Este modelo pode ser
desenvolvido usando vários métodos, inclusive digitalização a laser, fotogrametria
(Figura 8), ou abordagens tradicionais de levantamento. O modelo pode ter vários
níveis de informações, dependendo do uso pretendido para o mesmo, incluindo
geometria 3D e outras informações de ativos (MESSNER et al., 2011).
29

Figura 8 – Levantamento de condições existentes com drone

Fonte: OLIVEIRA (2017)

2.7.2 Estimativa de custos

Processo no qual o BIM pode ser usado para auxiliar na geração de


estimativas de quantidade e custos precisas ao longo do ciclo de vida de um projeto.
Esse processo permite que a equipe de projetistas veja os efeitos de custo de suas
mudanças, como mostra na Figura 9, durante todas as fases, o que pode ajudar a
conter custos excessivos de orçamento devido a modificações no
projeto. Especificamente, o BIM pode fornecer efeitos de custo de adições e
modificações, com potencial para economizar tempo e dinheiro e é mais benéfico nos
estágios iniciais de design de um projeto (MESSNER et al., 2011).
30

Figura 9 – Estimativa de custos com BIM.

Fonte: ABDI (2017)

2.7.3 Planejamento 4D

Processo no qual um modelo 4D (modelos 3D com a dimensão de tempo


adicionada) é utilizado para planejar efetivamente a ocupação em fases em uma
renovação, retrofit, adição ou para mostrar a sequência de construção e os requisitos
de espaço em um canteiro de obras. A Figura 10 mostra o uso do software Navisworks
para a elaboração do planejamento 4D. A modelagem 4D é uma ferramenta poderosa
de visualização e comunicação que pode dar a uma equipe de projeto, incluindo o
proprietário, uma melhor compreensão dos marcos do projeto e planos de construção
(MESSNER et al., 2011).
31

Figura 10 – Planejamento 4D

Fonte: DARÓS (2019)

2.7.4 Programação espacial

É usada para avaliar com eficiência e precisão o desempenho do projeto em


relação aos requisitos espaciais. O modelo BIM desenvolvido permite que a equipe
do projeto analise o espaço e compreenda a complexidade dos padrões e
regulamentos de espaço. As decisões críticas são tomadas nesta fase de design e
trazem mais valor para o projeto quando as necessidades e opções são discutidas
com o cliente e a melhor abordagem é analisada (MESSNER et al., 2011).

2.7.5 Análises locais

Processo no qual ferramentas como BIM e GIS (Sistema de Informação


Geográfica) são usadas para avaliar propriedades em uma determinada área, para
definir a localização ideal para implantação de um projeto futuro, como mostra a Figura
11. Os dados coletados do local são usados para primeiro selecionar o local e, em
seguida, posicionar o edifício com base em outros critérios (MESSNER et al., 2011).
32

Figura 11 – Análise local

Fonte: NEWARCHDESIGN (2021)

2.7.6 Revisão de projetos

A revisão de projetos com as partes interessadas do projeto é necessária para


obter seu feedback e validar o design, a construção e/ou os aspectos operacionais de
um projeto. As revisões podem incluir a avaliação dos requisitos programáticos,
prevendo a estética e o layout do espaço em um ambiente virtual e definindo critérios
como layout, linhas de visão, iluminação, segurança, ergonomia, acústica, texturas e
cores, etc. Este uso do BIM pode ser feito usando apenas software de computador ou
com recursos de mock-up 1virtuais especiais, como CAVE2 (Computer Assisted Virtual
Environment) e laboratório imersivo. Maquetes virtuais podem ser executadas em
vários níveis de detalhes, dependendo das necessidades do projeto. Um exemplo
disso é criar um modelo altamente detalhado de uma pequena parte do edifício, como

1 São maquetes ou representações de objetos e produtos, em seu tamanho natural ou em uma


grande escala.
2 Chamada de caverna digital, é uma sala onde são projetados gráficos em 3 dimensões.
33

uma fachada para analisar rapidamente alternativas de projeto e resolver problemas


de projeto e construtibilidade (MESSNER et al., 2011).

2.7.7 Design Autoral

Processo em que o software 3D é usado para desenvolver um Modelo de


Informação da Construção baseado em critérios que são importantes para a tradução
do projeto do edifício. Dois grupos de aplicativos estão no centro do processo de
design baseado no BIM, são estes: ferramentas de criação de design e ferramentas
de auditoria e análise. As primeiras, criam modelos, enquanto as segundas, estudam
ou adicionam riqueza de informações aos modelos. A maioria das ferramentas de
auditoria e análise pode ser usadas para a Revisão do Projeto e a Análise de
Engenharia. Ferramentas de projeto de autoria são o primeiro passo para a o BIM e a
chave é conectar o modelo 3D com um poderoso banco de dados de propriedades,
quantidades, metodologias construtivas, custos e cronogramas (MESSNER et al.,
2011).

2.7.8 Análises estruturais, luminotécnica, energética, mecânicas e outras


engenharias

Processo no qual o software de modelagem inteligente usa o modelo BIM para


determinar o método de engenharia mais eficaz com base nas especificações do
projeto. O desenvolvimento dessas informações é a base que será repassada ao
proprietário e/ou operador, para uso nos sistemas do edifício, ou seja, análise de
energia, análise estrutural, planejamento de evacuação de emergência, etc. Essas
ferramentas de análise e simulações de desempenho podem melhorar
significativamente o projeto da instalação e seu consumo de energia durante seu ciclo
de vida no futuro (MESSNER et al., 2011).

2.7.9 Avaliação LEED Sustentabilidade

Processo no qual um projeto BIM é avaliado com base no Leadership in


Energy and Environmental Design - LEED (Liderança em Energia e Design Ambiental)
ou outros critérios sustentáveis. Este processo deve ocorrer durante todos os estágios
da vida das instalações, incluindo planejamento, projeto, construção e operação.
34

Aplicar recursos sustentáveis a um projeto nas fases de planejamento e design inicial


é mais eficaz (capacidade de impactar o design) e eficiente (custo e cronograma de
decisões). Este processo abrangente requer que mais disciplinas interajam com
antecedência, fornecendo percepções valiosas. Essa integração pode exigir
integração contratual na fase de planejamento. Além de atingir metas sustentáveis,
ter um processo de aprovação LEED, adiciona certos cálculos, documentação e
verificações. Simulações, cálculos e documentações podem ser executados em um
ambiente interativo quando as responsabilidades são bem definidas e claramente
compartilhadas (MESSNER et al., 2011).

2.7.10 Validação de códigos

Processo em que um software de validação de normas é utilizado para


verificar os parâmetros do modelo específico com relação aos códigos nacionais
vigentes. A validação normativa está atualmente em sua fase infantil de
desenvolvimento dentro os EUA e não está em uso generalizado. No entanto, como
as ferramentas de verificação de modelos continuam a se desenvolver, a validação
de códigos deverá tornar-se mais prevalente dentro da indústria de design (MESSNER
et al., 2011).
A validação normativa vem se desenvolvendo a cada dia e o seu uso é de
grande valia na redução de erros contratuais e normativos. Um exemplo prático é o
software AutoCAD Civil 3D (versão 2016) que já está de acordo com as normas do
DNIT, para a modelagem de estradas e rodovias. Com essa funcionalidade,
engenheiros e arquitetos passam a se preocupar mais com a concepção criativa do
que com detalhamento (FEITOSA, 2016). A Figura 12 mostra o uso do software Solibri
para validação de códigos.
35

Figura 12 - Validação de códigos com o software Solibri

Fonte: MANZIONE (2017)

2.7.11 Coordenação espacial 3D

É utilizado um software de coordenação 3D para compilar um modelo


federado de modelos de design a fim de realizar detecção de colisão 3D automatizada
(Figura 13), revelando os possíveis problemas de coordenação, junto com a
realização de uma análise visual com o objetivo de identificar possíveis problemas de
design espacial. O modelo federado pode incluir elementos de design permanentes,
elementos de construção temporários e elementos operacionais potenciais, incluindo
folgas ou outros móveis (MESSNER et al., 2011).
36

Figura 13 – Clash detection no software Navisworks

Fonte: MEDBIM (2018)

2.7.12 Planejamento de utilização

Criação de um modelo de instalações permanentes e temporárias em um local


durante várias fases do processo de construção para comunicar as condições físicas
do local e planejar a logística geral (Figura 14). Também pode ser vinculado ao
cronograma de atividades da construção para transmitir os requisitos de espaço e
sequenciamento. Informações adicionais incorporadas ao modelo podem incluir
recursos de mão de obra e materiais, com entregas associadas e localização do
equipamento. Como os componentes do modelo 3D podem ser diretamente
vinculados à programação, as funções de gerenciamento do local, como planejamento
visualizado, replanejamento de curto prazo e análise de recursos, podem ser
analisadas em diferentes dados espaciais e temporais (MESSNER et al., 2011).
37

Figura 14 – Planejamento de canteiro de obras.

Fonte: FEITOSA (2016)

2.7.13 Projeto do Sistema Construção

O BIM é utilizado para criar o projeto dos sistemas temporários necessários


para a construção dos sistemas de construção permanentes. Esses sistemas
temporários podem incluir fôrmas para concreto, andaimes, suporte de sistemas de
escavação, escoramento temporário, aquecimento temporário, iluminação temporária
ou outros sistemas de construção temporária projetados (MESSNER et al., 2011).

2.7.14 Fabricação Digital

É possível informações de um modelo para fabricar materiais de construção,


conjuntos ou módulos. Os exemplos incluem fabricação de chapa/tubo, fabricação de
aço estrutural, fabricação de painel de parede e fabricação de montagem de parede
(MESSNER et al., 2011).

2.7.15 Planejamento de Controle 3D

Através das informações do modelo BIM é possível organizar montagens de


instalações ou automatizar o controle de equipamentos automatizados em um projeto
de construção (MESSNER et al., 2011). Por exemplo, máquinas de obras de
38

infraestrutura controladas por uma central com as informações obtidas dos modelos
BIM sem a necessidade de operador nas máquinas.

2.7.16 Modelagem de Registros

Processo para obter informações sobre os elementos da instalação,


condições ambientais e ativos de um edifício. O modelo de registro deve, no mínimo,
conter informações relacionadas aos sistemas arquitetônicos, estruturais e MEP
(Mecânico, Elétrico e Hidrossanitário) (MESSNER et al., 2011).

2.7.17 Planejamento de Manutenção

Por meio de modelos BIM das instalações (ar-condicionado, elétrico,


hidrossanitário, etc) é possível monitorar o status das mesmas e programar as
atividades de manutenção (MESSNER et al., 2011).

2.7.18 Análise do Sistema de Construção

De acordo com Messner et al. (2011), a análise de sistemas de construção é


uma aplicação do BIM que utiliza modelos analíticos e dados de sensores de uma
instalação para avaliar e modelar o desempenho funcional geral, por exemplo,
estrutural, mecânico, elétrico, hidráulico, segurança e proteção contra incêndio.

2.7.19 Gestão de Ativos

Processo no qual um sistema de gestão organizado é bidirecionalmente


vinculado a um modelo de registro para auxiliar de forma eficiente na manutenção e
operação de uma instalação e seus ativos. Esses ativos, que consistem no edifício
físico, sistemas, ambiente circundante e equipamentos, devem ser mantidos,
atualizados e operados com eficiência que satisfaça o proprietário e os usuários da
maneira mais econômica. Ele auxilia na tomada de decisões financeiras, no
planejamento de curto e longo prazo e na geração de ordens de serviço programadas.
O gerenciamento de ativos utiliza os dados contidos em um modelo de registro para
preencher um sistema de gerenciamento de ativos que é usado para determinar as
implicações de custo da mudança ou atualização de ativos de construção, segregar
custos de ativos para fins fiscais financeiros e manter um banco de dados abrangente
39

e atualizado que possa produzir o valor dos ativos de uma empresa. O link bidirecional
também permite que os usuários visualizem o ativo no modelo antes de fazer a
manutenção, reduzindo potencialmente o tempo de serviço (MESSNER et al., 2011).

2.7.20 Gerenciamento de Espaços/Rastreamento

Processo no qual o BIM é utilizado para distribuir, gerenciar e rastrear com


eficácia os espaços apropriados e os recursos relacionados dentro de um edifício. Um
modelo de informações de construção de instalações permite que a equipe de
gerenciamento de instalações analise o uso existente do espaço e aplique
efetivamente o gerenciamento de planejamento de transição para quaisquer
mudanças aplicáveis. Essas aplicações são particularmente úteis durante a
renovação de um projeto, onde segmentos de construção devem permanecer
ocupados. O gerenciamento e rastreamento do espaço garantem a alocação
adequada dos recursos espaciais ao longo da vida da instalação. Para o uso desta
aplicação BIM é necessário integração com software de rastreamento espacial
(MESSNER et al., 2011).

2.7.21 Planejamento contra Desastres

Um processo no qual os atendentes de emergência teriam acesso a


informações críticas do edifício na forma de um modelo e sistema de informações. O
BIM forneceria informações essenciais do edifício aos respondentes que melhorariam
a eficiência da resposta e minimizariam os riscos de segurança. As informações
dinâmicas da construção seriam fornecidas por um Building Automation System
(sistema de automático predial) – BAS – enquanto as informações estáticas da
construção, como plantas baixas e esquemas de equipamentos, residiriam em um
modelo BIM. Estes dois sistemas seriam integrados por meio de uma conexão sem
fio e as equipes de resposta a emergências seriam conectadas a um sistema geral. O
BIM junto com o BAS seria capaz de mostrar claramente onde a emergência estaria
localizada dentro do prédio, possíveis rotas para a área e quaisquer outros locais
perigosos dentro do prédio (MESSNER et al., 2011).
Messner et al. (2011) resume a utilização dos usos do BIM, classificando-os
em um ranking, de acordo com a frequência do uso e o benefício atrelado, como pode-
se ver na Figura 15.
40

Figura 15 – Principais utilizações do BIM.

Fonte: CBIC (2016)

2.8 IMPLANTAÇÃO

De acordo com Eastman et al. (2008), a aquisição de softwares, treinamentos


e atualização de equipamentos são algumas das etapas para transição de um
ambiente CAD para BIM, porém para a efetiva implantação da metodologia BIM é
necessário ir além de fazer as mesmas coisas de modo diferente, são necessárias
mudanças na empresa que afetam em vários aspectos. Para isto, há a necessidade
de um profundo entendido e a elaboração de um plano de implementação BIM. De
acordo com Succar et al. (2012), a implantação bem-sucedida deve considerar os
fatores processos, tecnologia e política.
A Coletânea Guias BIM ABDI-MDIC (2017) em seu guia de número 6,
apresenta orientações para o planejamento da implantação de BIM nas organizações.
41

Inicia-se a implantação BIM com o diagnóstico da organização, com objetivo de


identificar as condições atuais da empresa em termos de qualificação, estrutura
técnica, equipe, processos e nível de documentação formalizada ou boas práticas
consolidadas. E com base no diagnóstico, pode-se desenvolver o plano estratégico
para implantação, podendo definir os objetivos BIM da organização, o cronograma e
os recursos a serem utilizados. Também se deve destacar quais os benefícios que se
pretende obter com a implantação do BIM. A partir da estratégia estabelecida pela
diretoria da organização deve ser elaborado o BIM Implantation Plan (Plano de
Implantação BIM) – BIP. O BIP é um roteiro detalhado de todas as ações nas quatro
dimensões a serem desenvolvidas: o processo, a infraestrutura tecnológica, a
qualificação e motivação das pessoas e a documentação ou consolidação das boas
práticas (ABDI, 2017).
A Figura 16 esquematiza todo o processo de implantação BIM definido pelo
Guia da ABDI.

Figura 16 – Processo de Implantação

Fonte: Adaptado ABDI (2017)


42

O guia número 2 da coletânea de implantação do BIM para construtoras e


incorporadoras publicada, pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção, define
uma metodologia de implantação BIM em empresas, que pode ser resumida conforme
os tópicos a seguir (Figura 17):
- Localizar em quais fases do ciclo de vida do empreendimento a
empresa atua;
- Definir os objetivos de implantação do BIM na empresa;
- Definir à equipe e a estrutura de implementação BIM e realizar a
escolha e a capacitação de um gerente BIM.
- Definir os casos de usos BIM as quais serão abordados na
implantação;
- Estabelecer um projeto-piloto que represente os casos mais típicos
desenvolvidos pela empresa;
- Realizar o mapeamento das principais informações necessárias para
cada um dos processos;
- Definir a infraestrutura de tecnologia que será necessária (Softwares
e Hardware);
- Elaborar da padronização dos procedimentos e escopos de
contratação de empresas, bem como à criação de manuais e
documentos para padronização de procedimentos específicos para a
garantia da qualidade dos modelos.
43

Figura 17 – Etapas BIP

Fonte: CBIC (2016)

2.9 DIFICULDADES DA IMPLANTAÇÃO

Por ser uma metodologia disruptiva, o BIM demanda um grande esforço para
o sucesso da sua implantação e as causas que impedem a adoção BIM de uma forma
mais ampla são diversas. Nesta perspectiva, o estudo apresentado na coletânea da
CBIC, no guia 2, identificou os principais entraves, compilou e organizou da seguinte
forma:
Inércia e a resistência às mudanças por partes das organizações e pessoas
envolvidas:
- O ser humano geralmente rejeita o que é desconhecido, e o BIM ainda
é pouco conhecido;
- A maioria das pessoas tem dificuldades com as mudanças, e alguns
de fato, não querem mudar ou não querem sair da sua zona de
conforto.

Dificuldade de entendimento e compreensão do que é BIM:


- Porque não é muito fácil, tampouco simples, compreender o que é
BIM e qual o seu significado;
44

- Porque não é fácil entender os potenciais benefícios que a adoção


BIM pode proporcionar e os envolvidos num empreendimento, num
primeiro momento, não conseguem enxergar que eles já pagam uma
conta muito alta devido a erros, retrabalhos, atrasos, demandas e
processos;
- Porque os proprietários e investidores brasileiros ainda não se deram
conta de que eles seriam os principais beneficiários da adoção BIM;
- Porque os bancos e demais agentes financiadores e seguradoras
ainda não perceberam que a maior precisão garantida pelos processos
BIM possibilita a prática de taxas mais baixas, em consequência da
redução dos riscos dos empreendimentos.
Questões culturais e particularidades do ambiente e do mercado brasileiro:
- Não se costuma valorizar o planejamento nos nossos
empreendimentos construtivos brasileiros;
- Ainda não se tem um número de profissionais suficientemente
capacitados em BIM no nosso mercado brasileiro;
- Ainda se acredita e se aposta em soluções ‘rápidas e baratas’;
- O atual modelo de contratação de projetistas utilizado no Brasil. Os
maiores beneficiados pela adoção BIM são os contratantes, que
respondem pelo produto final construído perante os clientes, mas o BIM
precisa ser aplicado ainda na fase do desenvolvimento dos projetos.
Sem isso não existe BIM. Para os arquitetos e projetistas, entretanto, a
exigência do BIM acaba representando, além da necessidade de
investimento e capacitação, um aumento substancial de escopo e
responsabilidades, sem que sua remuneração seja adequadamente
revista em conformidade ao novo escopo ampliado;
- Nem todos que atuam na indústria da construção civil no Brasil, se
interessam verdadeiramente por processos mais eficazes e
transparentes. Muitos se valem da indefinição de projetos para tirar
proveito dela;
- As margens de lucro dos empreendimentos da Construção Civil no
Brasil ainda são relativamente altas (comparadas com mercados mais
maduros) e os erros e desperdícios, mesmo grandes, já estão
45

incorporados aos orçamentos e, historicamente, acabaram aceitos pela


indústria;
- O investimento para viabilizar a implementação BIM é
desproporcional aos atuais valores de remuneração dos projetistas,
especialmente na área de instalações (os projetos de instalações são
sub-remunerados);
- Em geral, não há interesse pelo trabalho colaborativo – cada um se
preocupa só com sua parte;
- Não se tem incorporada, na cultura da indústria da construção civil, a
utilização da Tecnologia da Informação (TI);
- Algumas pessoas são céticas e pensam que BIM pode ser um
‘modismo’ passageiro;
- Os modelos educacionais da maioria das universidades brasileiras
constituem barreiras à disseminação da tecnologia BIM. As mudanças
nas grades curriculares são difíceis, exigem processos longos, e os
professores, de modo geral, não são estimulados às inovações;
- Há personagens no mercado que difamam iniciativas inovadoras;
- O risco de perder profissionais após o investimento e o esforço do
treinamento e da capacitação;

Especificidades e os aspectos intrínsecos da tecnologia BIM:


- A adoção BIM requer esforço, aprendizado e investimento;
- Não é simples nem fácil calcular e comprovar o Return of Investiment
(Retorno de Investimento – ROI) no BIM;
- É difícil mensurar alguns dos principais benefícios oferecidos pelo
BIM, que é justamente o aumento da precisão dos projetos e do
planejamento. O custo de um erro é mais fácil de ser percebido e
avaliado que o valor dos ‘acertos’, porque ‘acertos’ não costumam
chamar a atenção das pessoas.
46

3 METODOLOGIA

Este capítulo apresenta os procedimentos metodológicos escolhidos para


este trabalho, e descreve cada uma das etapas. A Figura 18 mostra o fluxograma do
desenvolvimento das atividades.

Figura 18 – Fluxograma das atividades deste trabalho

ENTREVISTA E APLICAÇÃO DE QUESTIONÁRIO

DIAGNÓSTICO DO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA


E ENGENHARIA (DAE)

PALESTRASOBRE BIM

DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS BIM DA SECRETÁRIA

Fonte: Autor (2021)

3.1 ENTREVISTA

Antes da implantação da metodologia BIM foi necessário entender o


funcionamento da organização, saber sua estrutural organizacional, entender seu
fluxo de trabalho, entre outros aspectos. Assim, através de entrevistas
semiestruturadas e aplicação de um questionário (Apêndice A) foi realizado o
levantamento destes dados. Foram realizadas 19 entrevistas com os servidores do
DAE, mediante visitas técnicas. As perguntas do questionário visam entender o
método de trabalho de cada servidor, seu papel no processo de desenvolvimento dos
projetos, os fatores que prejudicam o desempenho das atividades no seu ponto de
vista e, também, seu nível de conhecimento quanto ao BIM.
47

3.2 DIAGNÓSTICO

O diagnóstico é uma etapa essencial para definir os objetivos BIM de acordo


com as necessidades de organização. Nesta etapa, foi realizado um diagnóstico
utilizando-se dos resultados obtidos com as entrevistas, de documentos públicos e
visitas técnicas. O diagnóstico visava avaliar 4 pontos: políticas, tecnologia, pessoas
e processos, a fim de apontar seus pontos fortes e fracos e, também, a maturidade
BIM.
Para determinar a maturidade BIM do DAE, utilizou-se a matriz de maturidade
BIM desenvolvido por Bilal Succar. A mencionada matriz é uma ferramenta de
conhecimento para identificar a maturidade BIM de uma organização ou equipe de
projeto. Neste trabalho utilizou o documento BIM Exellency Initiative. 301in.PT BIM da
BIMe iniciative (Anexo A).
A metodologia de Succar analisa um conjunto de competências em BIM
(dentro dos campos de tecnologia, pessoas, processos e políticas), as quais são
avaliadas em uma Matriz de Maturidade. Esta matriz pode ser resumida em um índice,
um número capaz de compilar e mensurar o quadro global da organização. Os cinco
níveis de maturidade BIM são pontuados, do inicial com 0 (zero) pontos ao Otimizado,
com 40 (quarenta) pontos (RODRIGUES, 2018).

3.3 PALESTRA

A realização de palestra sobre a metodologia BIM para os servidores do DAE


teve como objetivo apresentar o conceito de BIM e suas aplicações no ciclo de vida
de um edifício a fim de definir, em conjunto, quais seriam as prioridades BIM para a
organização numa futura implementação. A palestra abordou os tópicos resumidos na
Quadro 1.
48

Quadro 1 – Tópicos da palestra

BIM: O que é?

BIM: O que não é.

Vantagens e Desvantagens

Pilares e fundamentos

Dimensões do BIM

Interoperabilidade

LOD e LOI

Modelo Federado

Quem se beneficia

Usos do BIM

Fonte – Autor (2021)

3.4 OBJETIVOS BIM E USOS

A partir dos objetivos BIM e os usos definidos em conjunto com os servidores


na palestra foi realizado o levantamento do potencial que a implantação desses usos
possibilitaria para os projetos do DAE, e também, os recursos necessários.
49

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

O presente capítulo trata da descrição dos dados e discussão dos resultados.


Os resultados obtidos são exportas de forma resumida a seguir.

4.1 DIAGNÓSTICO

A SEINF é uma secretaria da administração direta do Governo de Roraima.


Entre suas competências, está a elaboração de projetos, coordenação, fiscalização e
execução de obras estaduais sejam elas de construção e/ou reforma. As obras
realizadas atendem as unidades de saúde, escolas, ginásios, pontes, estradas e
unidades prisionais por todo o estado. A SEINF também tem como função o
desenvolvimento de projetos e fiscalização de obras de saneamento e redes de
energia elétrica.
Dentro da SEINF há uma departamentalização por atividade para promover
um melhor desempenho na execução das atividades da secretária. O departamento
do estudo de caso deste trabalho foi o DAE, competente na elaboração de projetos
de arquitetura, paisagismo e engenharia. Assim, este departamento é responsável
pela elaboração de projetos de construção e reforma em todo estado de Roraima,
tendo, constantemente, uma alta demanda de projetos.
O diagnóstico do DAE será dividido entre: política, processos, pessoas e
tecnologia.

4.1.1 Política

No DAE há uma ausência de documentação e padrões de modelagem. O


controle de qualidade é informal; nem para modelos 3D nem para a documentação
dos projetos. Não há nenhum valor de referência de desempenho dos processos,
produtos ou serviços. Não existe um plano de capacitação para os servidores lotados
neste departamento. Conforme relato dos servidores consultados nesta pesquisa,
nunca houve uma capacitação ou treinamento.

4.1.2 Processos

Na estrutura organizacional da SEINF/RR, o DAE é subordinado


hierarquicamente unicamente ao seu secretário e ao seu adjunto. O secretário recebe
50

as demandas por projeto do governo ou outras secretarias, e define as prioridades.


Em seguida, solicita do DAE a elaboração dos projetos e orçamentos. Dentro do DAE,
a hierarquia é simples, com apenas um diretor e abaixo dele os projetistas, a Figura
19 representa o organograma do DAE.

Figura 19 – Organograma do DAE/SEINF/RR

Fonte: Autor (2021)

Na DAE, as demandas são distribuídas de acordo com a disponibilidade dos


servidores lotados no departamento. Conforme o relato dos servidores, o processo de
desenvolvimento dos projetos ocorre de acordo com o fluxograma na Figura 20.

Figura 20 – Fluxograma de desenvolvimento de projetos no DAE

Fonte: Autor (2021)


51

De acordo com os servidores consultados, o DAE não possui um plano de


trabalho que especifique o fluxo de trabalho, o cronograma, a especificação dos
entregáveis, o método de comunicação, o sistema de concentração de dados,
arquivos e informações e o nível de detalhe em cada fase.
Os entrevistados relatam que em diversas ocasiões houve uma troca na
prioridade da conclusão de projetos. Esta medida interfere no fluxo de
desenvolvimento dos projetos. Os motivos da troca de prioridade foram sempre por
fatores externos à SEINF.
Outro problema relatado, que ocorre frequentemente, é a troca do escopo do
projeto durante seu o desenvolvimento pelo solicitante, provocando retrabalhos e
atrasos.
A colaboração entre os projetistas não era muito eficiente. Era realizada por
meio de arquivos no formato CAD, que ficavam armazenados numa pasta central na
rede lógica interna que possuía grande instabilidade.

4.1.3 Pessoas

A partir dos relatos dos servidores nas entrevistas, foi possível entender a
experiência da equipe, maturidade BIM, visões e disposição para mudança.
Entre a equipe de projetistas há um mix de experiência, uma situação
favorável para uma implantação, pois os profissionais mais jovens tendem a aprender
uma nova metodologia mais rápido sobre as orientações de profissionais sêniores,
conforme Eastman (2008).
Parte da equipe possui conhecimentos de modelagem BIM no software Revit,
porém é uma habilidade pouco aproveitada dentro do DAE. Os servidores relataram
que nunca houve nenhuma capacitação em novos softwares visando aumentar a
produtividade. A falta de capacitação era um ponto de insatisfação para os servidores.
Sobre a maturidade BIM média da equipe, a maioria dos servidores tinha
pouco conhecimento sobre o potencial da metodologia BIM, apesar de usarem alguns
softwares BIM. A equipe está no nível pré-BIM, pois a maioria dos projetos era
desenvolvidos em softwares CAD ou o arquivo de colaboração de tipo CAD. Entre os
servidores havia um profissional que se destacava pela sua grande experiência de
modelagem BIM no software Revit, e também, por cursar uma pós-graduação, cuja
linha de pesquisa era de coordenação e gestão BIM.
52

Os relatos apontaram como fatores que prejudicam a produtividade, o clima


organizacional e na qualidade dos projetos: alta demanda e a pressão interna e
externa para finalizar os projetos.

4.1.4 Tecnologia

A tecnologia também é um ponto essencial para o sucesso de uma


implementação da metodologia BIM. Além de profissionais capacitados é necessário
equipamentos adequados para o desenvolvimento dos projetos.
Um problema relatado pela maioria dos servidores do DAE foi a falta de
estabilidade da internet. Este problema prejudica atividades que necessitam de
acesso à internet.
A maioria dos computadores eram novos e possuíam as especificações
técnicas necessárias para uso de softwares BIM de forma eficiente. Para a
comparação demonstrada no Quadro 2, utilizou-se os requerimentos para utilização
do software Revit 2022 da Autodesk, uma ferramenta BIM de modelagem
arquitetônica, estruturas e instalações hidrossanitárias, elétricas e mecânicas.

Quadro 2 – Requisitos mínimos versus especificações disponíveis nos


equipamentos do DAE
Requisitos mínimos de Especificação
entrada Computadores DAE
Tipo de CPU 2,5 GHz ou superior. 3,0 GHz (Atende)
Memória 8 GB RAM 16 GB (Atente)
Resoluções do monitor de 1280 x 1024 com True Color 1920 x 1080 (Atende)
vídeo
Adaptador de vídeo Placa gráfica compatível com Placa de vídeo Integrada
DirectX® 11 com Shader Intel 630 (Atende
Model 5 e, no mínimo, 4 GB parcialmente)
de memória de vídeo
Espaço em disco 30 GB de espaço livre em Superior à 30 GB (atende)
disco
.NET Framework .NET Framework, versão 4.8 .NET Framework, versão
ou posterior. 4.9 (Atende)
Fonte: Autor (2021)
53

4.1.5 Maturidade BIM

A seguir, para facilitar a visualização da avaliação, foi feita uma adaptação da


Matriz de Maturidade BIM, em quadros gradativas com três escalas, conforme os
Quadros de 3 a 6. A pontuação nos quadros abaixo foi justificada pelos relatos
colhidos e resumidos nos itens anteriores.

Quadro 3 – Matriz de Maturidade em Tecnologia

MATRIZ DE MATURIDADE EM BIM – DAE


CONJUNTO DE CAPACIDADES - TECNOLOGIA
áreas chave de INICIAL DEFINIDO GERENCIADO INTEGRADO OTIMIZADO
maturidade (pts.0) (até 10 pts.) (até 20 pts.) (até 30 pts.) (até 40 pts.)
Software 0
Hardware 0 5
Rede 0 5

Fonte: Adaptado BIM EXELLENCY INITIATIVE

Quadro 4 – Matriz de Maturidade em Processos

MATRIZ DE MATURIDADE EM BIM – DAE


CONJUNTO DE CAPACIDADES - PROCESSOS
áreas chave de INICIAL DEFINIDO GERENCIADO INTEGRADO OTIMIZADO
maturidade (pts.0) (até 10 pts.) (até 20 pts.) (até 30 pts.) (até 40 pts.)
recursos 0 5
atividades e fluxo de
trabalho
0 10
produtos e serviços 0
liderança e gerencia-
mento
0

Fonte: Adaptado BIM EXELLENCY INITIATIVE


54

Quadro 5 – Matriz de Maturidade em Políticas


MATRIZ DE MATURIDADE EM BIM – DAE
CONJUNTO DE CAPACIDADES - POLÍTICAS
áreas chave de INICIAL DEFINIDO GERENCIADO INTEGRADO OTIMIZADO
maturidade (pts.0) (até 10 pts.) (até 20 pts.) (até 30 pts.) (até 40 pts.)
preparatória 0
regulatória 0
contratual 0

Fonte: Adaptado BIM EXELLENCY INITIATIVE

Quadro 6 – Matriz de Maturidade, estágios/escalas


MATRIZ DE MATURIDADE EM BIM – DAE
CONJUNTO DE CAPACIDADES – ESTÁGIOS/ESCALAS
áreas chave de INICIAL DEFINIDO GERENCIADO INTEGRADO OTIMIZADO
maturidade (pts.0) (até 10 pts.) (até 20 pts.) (até 30 pts.) (até 40 pts.)
estágio 01 0
estágio 02
estágio 03
micro 0
meso

Fonte: Adaptado BIM EXELLENCY INITIATIVE

Para justificar a pontuação e explicar ponto a ponto, foi visto que:

a. Software: estava na fase inicial pois o uso de softwares não era monitorado
e regulamentado. Os modelos 3D eram utilizados principalmente para gerar
representações precisas em 2D. O uso de dados, armazenamento e trocas
não eram definidos dentro das organizações ou das equipes de projeto.
b. Hardware: foi considerado parcialmente o nível Definido, pois apesar de
possuírem computadores novos, as atualizações e substituições de
hardware não eram itens de custo bem definidos.
c. Rede: foi considerado parcial o nível Definido, visto que a equipe identificava
as suas necessidades de compartilhamento de dados/informações, mas
não possuíam uma infraestrutura de TI estável.
55

d. Recursos: foi identificado que atendeu parcialmente o nível definido, já que


as ferramentas de trabalho, o ambiente e o local de trabalho eram
identificados como fatores que afetavam a motivação e a produtividade,
porém não eram tomadas medidas para sanar os problemas.
e. Atividades e Fluxo de trabalho: foi considerado no nível Definido, pois, as
funções eram definidas informalmente. Não havia planejamento BIM do
projeto e a produtividade era ainda imprevisível.
f. Produtos & Serviços: considerado em nível Inicial, pois, decorriam níveis
inconsistentes de detalhe e desenvolvimento dos projetos e dependiam de
cada projetista.
g. Liderança & Gerenciamento: considerado no nível Inicial, por que os líderes
não dominavam o conceito do BIM e suas vantagens. Não existia qualquer
tentativa de implementação do BIM e a inovação não era valorizada.
h. Preparatória: o departamento estava parcialmente no nível Inicial, já que a
capacitação e treinamento da equipe envolvida não eram vistas como meios
para alcançar os resultados solicitados.
i. Regulatória: considerado no nível Inicial, por causa da inexistência de
diretrizes para o BIM, documentação de protocolos ou padrões de
modelagem. Havia uma ausência de documentação e padrões de
modelagem. O controle de qualidade não existia ou era informal;
j. Contratual: estava no nível Inicial pois os contratos seguiam os modelos
convencionais pré-BIM. Os riscos relacionados com base em modelos de
colaboração não eram reconhecidos ou eram ignorados.
k. Estágio 1: considera-se que o departamento estava no nível Inicial visto que,
não existia a implementação de uma ferramenta de modelagem baseada
em objetos.
l. Micro: considera-se no nível Inicial uma vez que não havia nenhuma
tentativa de implementação do BIM.

Conforme a metodologia de Succar, foi feita a soma da pontuação dos itens


conforme Quadro 7 de Índice de Maturidade.
56

Quadro 7 – Índice de Maturidade BIM do DAE


MATRIZ DE MATURIDADE EM BIM – DAE
áreas chave de INICIAL DEFINIDO GERENCIADO INTEGRADO OTIMIZADO
maturidade (pts.0) (até 10 pts.) (até 20 pts.) (até 30 pts.) (até 40 pts.)

Software 0
Hardware 0 5
Rede 0 5
recursos 0 5
atividades e fluxo 0 10
de e
produtos 0
trabalho
serviços e
liderança 0
gerencia-
preparatória 0
mento
regulatória 0
contratual 0
estágio 01 0
estágio 02
estágio 03
micro 0
meso
TOTAL DE PONTOS = 25
GRAU DE MATURIDADE = 25/16 = 1,66
ÍNDICE DE MATURIDADE: 25/600 = 4,16 %
Fonte: Autor (2021)

A partir dos resultados apresentados foi possível constatar que DAE estava
no nível de maturidade baixa. Vale destacar que independentemente da situação do
BIM da organização, a determinação dos objetivos do BIM, era necessário que eles
fossem evidentes para todos os servidores, e bem como, atrelados às políticas do
departamento. A autoavaliação, autopercepção e determinação de metas são
fundamentais para a evolução, conforme demonstrado por diversos autores citados
na revisão bibliográfica deste trabalho.

4.2 OBJETIVOS E USOS DO BIM

Segundo Messner et al.(2011), a definição clara do valor potencial do BIM no


projeto e para os membros da equipe do projeto, por meio da definição dos objetivos
gerais, é uma das etapas mais importantes no processo de planejamento da
implementação BIM.
Inicialmente, foi feito um alinhamento com a visão organizacional do
departamento, descrevendo o seu posicionamento quanto ao uso da tecnologia.
Assim, o DAE almejou ser um departamento reconhecido por sua produtividade e pela
57

qualidade dos projetos para todo o Estado de Roraima, onde o BIM surge como
metodologia para auxiliar na gestão da informação, coordenação de projeto e
elaboração de documentação técnica.
Após a capacitação teórica sobre BIM, foram definidos, em conjunto com os
servidores DAE, os objetivos BIM, de forma que estes fossem as soluções para os
problemas diagnosticados anteriormente. Através destes objetivos se pode definir os
potenciais usos do BIM na organização em estudo. Para facilitar este processo, foi
utilizado o estudo desenvolvido pela Pennsylvania State University, publicado no
Computed Integrated Construction (CIC) Research Program (2011), que define vinte
e cinco utilizações BIM que podem ser praticadas durante as fases do ciclo de vida de
um edifício. Desta forma, mapearam-se os objetivos BIM e os potenciais de usos BIM
para o caso em questão, de acordo com o a Quadro 8.

Quadro 8 – Metas para implantação BIM


Objetivos BIM Potenciais usos do BIM
Design autoral, análise de engenharia,
Aumentar a eficiência e produtividade
validação de códigos/regras, revisão de
durante a elaboração dos projetos
projetos.
Aumentar a eficiência dos
Estimativa de custos, programação.
quantitativos e orçamentos
Análise de variações de custos
Estimativa de custos, programação.
associado a diferentes soluções
Análise e Detecção de Conflitos em Modelagem de condições existentes,
projetos coordenação espacial 3D.
Desenvolvimento de projetos
Design autoral, análise de engenharia.
integrados e colaborativos.
Fonte: Autor (2021)

Os usos BIM indicados para o DAE, de acordo com os seus objetivos BIM
para uma futura implementação são: estimativa de custos, design autoral, revisão de
projetos, análise de engenharia e modelagem de condições existentes. Na Quadro 9
são apresentados os valores potenciais destes usos e os recursos necessários para
implementação.
58

Quadro 9 – Valores potenciais e recursos necessários


ESTIMATIVA DE CUSTOS
Valor potencial:
• Quantificar com precisão os materiais modelados;
• Gera de quantitativos rapidamente para auxiliar no processo de tomada de
decisão;
• Gera de estimativas de custo em uma taxa mais rápida;
• Melhora a representação visual dos elementos de projeto e construção que
devem ser estimados;
• Fornece informações de custo ao proprietário durante a fase inicial de
tomada de decisão do projeto e durante todo o ciclo de vida, incluindo
mudanças durante a construção;
• Economiza o tempo do orçamentista reduzindo o tempo de retirada de
quantitativos;
• Permite que o orçamentista se concentre em mais atividades de agregação
de valor na estimativa, tais como: identificação de conjuntos de construção,
geração de preços e riscos de fabricação, que são essenciais para
estimativas de alta qualidade;
• Exploração mais fácil de diferentes opções de design e conceitos dentro do
orçamento do proprietário;
• Determinar rapidamente os custos de objetos específicos;
Recursos necessários:
• Software de estimativa baseado em modelo;
• Software de autoria de design;
• Um modelo de design construído com precisão;
• Dados de custo.
DESIGN AUTORAL
Valor potencial:
• Transparência do design para todas as partes interessadas;
• Melhorar o controle e o controle de qualidade do projeto, custo e cronograma;
• Habilite a visualização de design poderosa;
• Permitir a verdadeira colaboração entre as partes interessadas do projeto e
usuários BIM;
• Melhorar o controle de qualidade e garantia.
Recursos necessários:
• Software de autoria de design;
ANÁLISE DE ENGENHARIA
Valor potencial:
• Automatizando a análise e economizando tempo e custos;
• As ferramentas de análise são menos caras do que as ferramentas de autoria
BIM, mais fáceis de aprender e implementar e menos perturbadoras para o
fluxo de trabalho estabelecido;
• Melhorar a experiência especializada e os serviços oferecidos pela empresa
de design;
• Obtenha uma solução eficiente e ideal aplicando várias análises rigorosas;
• Retorno mais rápido do investimento aplicando ferramentas de auditoria e
análise para análises de engenharia;
• Melhorar a qualidade e reduzir o tempo de ciclo das análises de projeto.
Recursos necessários:
59

• Ferramentas de autoria de design


• Ferramentas e software de análise de engenharia
REVISÃO DE PROJETO
Valor potencial:
• Eliminação de maquetes de construção tradicionais;
• Diferentes opções e alternativas de design podem ser facilmente modeladas
e alteradas em tempo real durante a revisão do design com base nos
comentários dos usuários finais e/ou do proprietário;
• Criação de design mais curto e eficiente e um processo de revisão de design;
• Avaliação da eficácia do design em atender aos critérios do programa de
construção e às necessidades do proprietário;
• Melhorar o desempenho de saúde, segurança e bem-estar de seus projetos
(por exemplo, o BIM pode ser usado para analisar e comparar componentes
de emergência resistentes ao fogo, projetos de sistema de sprinklers
automáticos e layouts de escada alternativos);
• Comunicar facilmente o projeto ao proprietário, equipe de construção e
usuários finais;
• Obtenha feedback instantâneo sobre como atender aos requisitos do
programa, necessidades do proprietário e construção ou estética do espaço;
• Aumente muito a coordenação e a comunicação entre as diferentes
partes. Mais propensos a gerar melhores decisões para design;
Recursos necessários:
• Software de revisão de design;
• Espaço de revisão interativo;
• Hardware que é capaz de processar arquivos de modelos grandes em
potencial.
MODELAGEM DE CONDIÇÕES EXISTENTES
Valor potencial:
• Aumenta a eficiência e precisão da documentação das condições existentes;
• Fornece documentação do ambiente para usos futuros;
• Auxilia na modelagem futura e coordenação de design 3D;
• Fornece uma representação precisa do trabalho que foi colocado em prática;
• Verificação de quantidade em tempo real para fins contábeis;
• Fornece informações detalhadas de layout;
• Planejamento pré-desastre;
• Registro pós-desastre;
• Use para fins de visualização.
Recursos necessários:
• Software de modelagem de modelo de informação de construção;
• Software de manipulação de nuvem de ponto de varredura a laser;
• Digitalização 3D a laser;
• Equipamento de levantamento convencional.
COORDENAÇÃO 3D
Valor potencial:
• Reduz ou elimina conflitos de campo;
• Reduz o custo do projeto;
• Reduz o cronograma do projeto;
• Aumenta a qualidade do projeto;
60

• Aumenta a produtividade da força de trabalho;


• Reduz o desperdício de construção;
• Reduz solicitações de informações geradas por campo;
• Aumenta a confiabilidade espacial;
• Permite maiores níveis de pré-fabricação e modularização;
• Permite a instalação de esperas para componentes de instalações ou
elementos estruturais antes do lançamento do concreto;
• Melhora a qualidade das informações as-built.
Recursos necessários:
• Modelos de design;
• Software de coordenação 3D para federação e análise espacial de modelos.
Fonte: Autor (2021)

Os usos definidos em conjunto com os servidores, caso implantados,


possibilitarão a melhora na qualidade dos projetos, orçamentos mais precisos,
previsão de conflitos e aumento da produtividade na elaboração dos projetos. Para
implementação destes usos, será necessário um alto investimento para aquisição de
softwares e capacitação dos servidores, além de enfrentar outras dificuldades
conforme apresentadas no tópico 2.9 deste trabalho.
61

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao final do presente trabalho, a partir do referencial teórico pode-se concluir


que o BIM possui um universo de atuação muito amplo e sua utilização por órgãos
públicos, em especial no processo de desenvolvimento de projetos, possuem um
grande potencial.
Estes pontos trouxeram a esta pesquisa uma base de informações para
alcançar o objetivo proposto inicialmente, a análise dos benefícios e as dificuldades
da implantação da metodologia BIM no DAE. De posse das informações acerca do
BIM, foi possível estabelecer uma relação entre as eventuais vantagens do uso da
metodologia e como ela poderia solucionar os principais problemas apresentados no
diagnóstico do e otimizar as atividades do DAE.
Os resultados apresentados neste trabalho foram satisfatórios de acordo com
os objetivos estabelecidos. Realizou-se um diagnóstico embasado pela metodologia
Succar et al. (2012) e apontou-se os principais gargalos no processo de elaboração
dos projetos. Assim, definiram-se os usos do BIM e objetivos BIM, em conjunto com
os servidores do departamento em estudo, que auxiliem transpor as barreiras
apontadas no diagnóstico. Mostrou-se os benefícios dos usos e os recursos
necessários para sua implementação. Assim, este trabalho poderá servir de base para
o desenvolvimento do BIP em uma futura implementação da metodologia BIM.
Em contrapartida, as mudanças necessárias para uma efetiva implementação
do BIM, no DAE, geram grandes desafios para a SEINF/RR e o governo estadual. É
necessário grande investimento em equipamentos adequados e capacitação dos
servidores para trabalhar com a tecnologia, visto que a maioria das universidades não
preparam os estudantes da arquitetura e engenharia para o uso dessa nova
metodologia, além de existir uma grande dificuldade na mudança de cultura dos
profissionais para o estudo e adoção da metodologia.
Após estudos realizados neste trabalho, entendeu-se que o BIM é uma
inovação disruptiva que revoluciona a forma de projetar, gerenciar a construção e a
manutenção das edificações públicas e privadas que proporciona a redução de
custos, o aumento da produtividade, a redução do desperdício de material e mão de
obra e melhora na qualidade dos projetos.
62

Como sugestão para futuras investigações, espera-se que este trabalho


incentive o desenvolvimento de outras pesquisas e recomendam-se as seguintes
pesquisas:
• Realizar o diagnóstico e determinar os objetivos BIM dentro dos outros
departamentos da SEINF/RR;
• Desenvolver o Plano de Implementação BIM para o DAE;
• Desenvolver um trabalho de disseminação sobre a metodologia BIM em outros
órgãos públicos.
63

REFERÊNCIAS
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orçamentação, planejamento e gestão de serviços da construção - Guia 03.
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processos BIM - Guia 06. Brasília: 2017.

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porte em São Paulo. Revista de Contabilidade. Contabilidade e Organizações 26,
São Paulo, p.63-76, 2016.

AZHAR, S.; NADEEM, A.; MOK, J.; LEUNG, B. Building Information Modeling (BIM):
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C. D.; Entendendo BIM. 1 ed. Curitiba, 2015.

CATELANI, Wilton; SANTOS, Eduardo. Normas Brasileiras sobre BIM. Concreto &
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CIC - Computer Integrated Construction Research Program. The Pennsylvania State


University (2011). BIM Project Execution Planning Guide, v. 2.1, 125 p

CBIC. Câmara Brasileira da Indústria da Construção. Coletânea Implementação de


BIM para Construtoras e Incorporadoras – Building Information Modeling. Vol 1 .
Brasília, 2016.
64

COELHO, S. S.; NOVAES, C. C. Modelagem de Informações para Construção


(BIM) e ambientes colaborativos para gestão de projetos na construção civil.
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https://utilizandobim.com/blog/bim-4d-cronograma> Acesso em: 15 fev. 2021.
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EASTMAN, C.; TEICHOLZ, P.; SACKS, R.; LISTON, K. BIM Handbook: a Guide to
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da cidade de João Pessoa-PB. João Pessoa. 2016.

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KREIDER, R.; LEICHT, R.; SALUJA, C.; ZIKIC, N.; BHAWANI, S. The BIM Project
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>Acesso em: 20 fev 2021.

NEWARCHDESIGN. Disponível em: <https://newarchdesign.com/portfolio-item/tata-


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65

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onde começar, 2017. Disponível em:< https://mundogeo.com/2017/11/01/drones-
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RODRIGUES, A. R. S. Grau de Maturidade em BIM: Estudos de Caso em


empresas projetistas de Arquitetura na cidade de São Paulo. São Paulo, 2018.

SUCCAR, B.; SHER, W.; WILLIAMS, A. Measuring BIM performance: Five


metrics. Architectural Engineering and Design Management, [s. l.], v. 8, n. 2, p.
120-142, 2012.
66

ANEXO A
A Matriz de Maturidade BIM é baseada em revisão por pares. Para mais informações ver em:
 Succar, B. (2009). Building information modelling framework: a research and delivery foundation for
industry stakeholders. Automation in Construction, 18(3), 357-375. http://bit.ly/BIMPaperA2
 Succar, B. (2010). Building Information Modelling maturity matrix. In J. Underwood & U. Isikdag (Eds.),
Handbook of research on Building Information Modelling and construction informatics: concepts and
technologies (pp. 65-103): Information Science Reference, IGI Publishing. http://bit.ly/BIMPaperA3
 Succar, B., Sher, W., & Williams, A. (2012). Measuring BIM performance: five metrics. Architectural
Engineering and Design Management, 8(2), 120-142. http://bit.ly/BIMPaperA5

A Matriz BIM de Maturidade destina-se para uma auto-avaliação organizacional com baixo nível de
detalhe (Descoberta Organizaciona, Granularidade Nível 1). Para resultados melhores, por favor siga os
seguintes passos recomendados:

 Identifique a melhor pessoa para liderar o esforço de avaliação – alguém com experiência relevante
em ferramentas BIM, processos de trabalho e protocolos e suficiente visão do sistema e cultura
organizacionais.
 Conduza essa avaliação como uma atividade de grupo – por exemplo um grupo de trabalho com 3-8
indivíduos representando diferentes papéis na organização, disciplinas e níveis de senioridade.
 Reserve entre 60-90 minutos para completar o exercício de auto-avaliação e as discussões com os
retornos.

 Para cada Conjunto de Capacidade (p.ex. Software), leia a linha toda dentro da Matriz antes de
selecionar a célula que melhor descreve o Nível de Maturidade BIM corrente da organização.
 Use as pontuações recomendadas (10-40) ou – para uma avaliação mais granular – use cores para
iluminar o que foi conseguido até aquela data. Por exemplo, use a Cor A se a maturidade descrita
dentro da célula não foi atingida até a data. A Cor B se a maturidade foi parcialmente atingida; e a Cor
C se a maturidade descrita foi totalmente atingida.
 A Maturidade é progressiva – nenhuma pontuação ou cor pode ser aplicada em uma célula caso a
célula precedente a ela (a sua esquerda) tem nenhuma ou parcial maturidade.
 Evite calcular pontuações totais (por linhas ou colunas) pois esses totais podem ser enganosos.

 Discuta os resultados para identificar os melhores passos para melhorar o desempenho da


organização. Quando discutir melhorias, tenha por objetivo melhorias globais mais do que excelência
em uma simples área.
 Repita a auto-avaliação a cada 6-12 meses para estabelecer se as melhorias foram atingidas ou é
requerida uma nova abordagem.
Isenção: baseado em 5 anos de testes, o processo acima renderá resultados precisos. Entretanto,
ChangeAgents não pode se responsabilizar por como a pontuação é atribuída e os resultados interpretados.
Se você requer uma assistência profissional, por favor entre em contato para uma ajuda complementar.
Áreas–chave de a b c d e
maturidade - INICIAL DEFINIDO GERENCIADO INTEGRADO OPTIMIZADO
Granularity level1 (pts. 0) (max pts. 10) (max pts. 20) (max pts. 30) (max pts. 40)
Software: aplicações, O uso de softwares não é O uso e a introdução de software A seleção e o uso de softwares é A seleção e a implantação de A seleção e o uso de ferramentas
entregáveis e dados monitorado e regulamentado. Os é unificada dentro da gerenciada e controlada de softwares seguem os objetivos de software são continuamente
modelos 3D são utilizados organização ou das equipes de acordo com o tipo de entregáveis estratégicos da empresa e não revistos para aumentar a
principalmente para gerar projeto. Os modelos 3D são definidos. Os modelos BIM são somente os requisitos produtividade e alinhar com os
representações precisas em 2D. produzidos para gerar bases para as vistas 3D, operacionais. O processo de objetivos estratégicos. Os
O uso de dados, armazenamento entregáveis em 2D bem como representações 2D, modelagem e seus entregáveis entregáveis do processo de
baseadas no conjunto de capacidades v5.0

e trocas não são definidas dentro em 3D. O uso de dados, quantificações, especificações e são bem sincronizados através modelagem BIM são otimizados
das organizações ou das equipes armazenamento e trocas são estudos analíticos. O uso de dos projetos e firmemente e revisados ciclicamente para se
CONJUNTO DE CAPACIDADES EM BIM

de projeto. As trocas sofrem de bem definidos dentro da dados, armazenamento e as integrados com os processos do beneficiarem de novas
uma grande falta de organização e das equipes de trocas são monitorados e negócio. O uso de dados funcionalidades dos softwares e
interoperabilidade projeto. A interoperabilidade é controlados. O fluxo de dados é interoperáveis, o armazenamento suas extensões disponíveis.
definida e priorizada. documentado e bem gerenciado. e as trocas são regulamentados e Todos os assuntos relacionados
A interoperabilidade é obrigatória executados como parte global da ao armazenamento, uso e troca
e monitorada de perto. organização ou como estratégia de dados interoperáveis são
de uma equipe de projetos. documentados, controlados,
refletidos e proativamente
reforçados.
pontos pontos pontos pontos pontos
Hardware: Os equipamentos para uso do As especificações dos Existe uma estratégia As implantações de Os equipamentos existentes e as
equipamento, BIM são inadequados; as equipamentos – apropriadas para estabelecida para documentar, equipamentos são tratadas como soluções inovadoras são
especificações técnicas a entrega de produtos e serviços gerenciar e manter o viabilizadoras do BIM. O continuamente testadas,
entregáveis, existentes são muito baixas para em BIM - são definidas, orçadas e equipamento para uso do BIM. O investimento em equipamentos é atualizadas e implantadas. O
localização a organização. A troca ou normalizadas em toda a investimento em hardware é bem integrado firmemente com os hardware torna-se parte da
mobilidade atualização dos equipamentos organização. As atualizações e orientado para melhorar a planos financeiros, as estratégias vantagem competitiva da
são tratados como itens de custo substituições de hardware são mobilidade do pessoal (quando de negócios e com os objetivos organização ou da equipe do
e realizados apenas quando são itens de custo bem definidos. necessário) e aumentar a de desempenho. projeto.
inevitáveis. produtividade do BIM.
pontos pontos pontos pontos pontos
TECNOLOGIA

Rede: soluções, As soluções de rede são As soluções para As soluções de rede para a As soluções de rede permitem As soluções de rede são
entregáveis e inexistentes ou provisórias. compartilhamento de coleta, armazenamento e múltiplas facetas do processo continuamente avaliadas e
Indivíduos, organizações (único informações e controle de compartilhamento do BIM para ser integrado através do substituídas pelas últimas
segurança e local / dispersos) e equipes de acesso são identificadas dentro e conhecimento dentro e entre as compartilhamento em tempo real inovações testadas. As redes
controle de acesso projeto usam qualquer que seja a entre organizações. No projeto, organizações são geridas através de dados, informações e facilitam a aquisição de
ferramenta para se encontrar, as partes identificam as suas de plataformas comuns. As conhecimento. As soluções conhecimento, armazenamento e
comunicar e compartilhar dados. necessidades de ferramentas de gerenciamento incluem redes/portais de projeto compartilhamento entre todas as
As partes interessadas não têm a compartilhamento de de conteúdo e de ativos são específicos que permitem o partes interessadas. A otimização
infraestrutura de rede necessária dados/informações. As implantadas para regular os intercâmbio de dados intensivos dos canais de dados, processos e
para coletar, armazenar e organizações e as equipes de são dados através de conexões de (troca interoperável) entre as comunicações integradas é
compartilhar conhecimento. conectadas por meio de banda larga. partes interessadas. rígida.
conexões de banda
relativamente baixas.
pontos pontos pontos pontos pontos
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Granularity level1 (pts. 0) (max pts. 10) (max pts. 20) (max pts. 30) (max pts. 40)
Recursos O ambiente de trabalho não é As ferramentas de trabalho, o O ambiente de trabalho é Os fatores ambientais internos Os fatores físicos no local de
Infraestrutura Física reconhecido como fator de ambiente e o local de trabalho controlado, modificado e seus e externos são integrados em trabalho são revisados para
e de Conhecimento satisfação pessoal ou pode não são identificadas como fatores critérios são gerenciados para estratégias de desempenho. O garantir a satisfação pessoal e
ser favorável à produtividade. que afetam a motivação e a aumentar a produtividade, a conhecimento é integrado em um ambiente propício à
O conhecimento não é produtividade. O conhecimento satisfação e a motivação do sistemas organizacionais é produtividade. As estruturas de
reconhecido como um ativo; O é reconhecido como um ativo pessoal. O conhecimento é acessível e facilmente conhecimento responsáveis
baseadas no conjunto de capacidades v5.0

conhecimento em BIM é compartilhado, recolhido, documentado e recuperável. pela aquisição, representação e


compartilhado informalmente documentado e assim adequadamente armazenado. divulgação são revistas e
entre pessoal (através de dicas, transferido de tácito para reforçadas sistemicamente
técnicas e lições aprendidas). explícito.
pontos pontos pontos pontos pontos
Atividades & Fluxo Ausência de processos As funções são informalmente Aumenta a cooperação interna As funções e os objetivos de Os objetivos de competência
de trabalho definidos; as funções são são definidas. Cada projeto BIM dentro da organização e são competência fazem parte dos são continuamente atualizados
Conhecimento, ambíguas, as é planejado disponibilizadas ferramentas valores da organização. As para corresponder com os
estruturas/dinâmicas das independentemente. A de comunicação para projetos equipes tradicionais são avanços tecnológicos e alinhar
habilidades,
equipes são inconsistentes. O competência é identificada e; o transversais. O fluxo de trocadas por equipes com os objetivos
experiência, papéis e desempenho é imprevisível e a heroísmo se dilui conforme informação é estabilizado; as orientadas ao BIM na medida organizacionais. As práticas em
dinâmicas relevantes produtividade depende do aumenta a competência, mas a funções em BIM são visíveis e que os novos processos se relação ao RH são revisadas
heroísmo individual. Uma produtividade é ainda os objetivos são atingidos de tornam parte da cultura. A proativamente para garantir
mentalidade de 'dar voltas ' imprevisível. forma mais consistente. produtividade é consistente e que o capital intelectual
ocorre na organização. previsível. corresponda com as
necessidades dos processos.
pontos pontos pontos pontos pontos
Produtos & Serviços As entregas de modelos 3D Existem diretrizes para a Adoção de produtos e serviços Os produtos e serviços são Os produtos em BIM são
Especificação, (um produto BIM) sofrem de quebra dos modelos e nível de de forma similar ao Modelo de especificados e diferenciados constantemente avaliados e
diferenciação e P&D muitos altos ou muito baixos e detalhes. Passa a existir progressão de especificações de acordo com o Modelo de ciclos de retroalimentação
níveis inconsistentes de preocupação em se manter a (AIA 2012) ou similares. A progressão de especificações. promovem melhorias
detalhe e desenvolvimento. coerência comercial com a inovação passa a ser um valor A inovação é incorporada nas contínuas. A empresa passa a
PROCESSOS

técnica. a ser perseguido como ações estratégicas e de ser reconhecida como padrão
diferencial. marketing da organização. de referência de mercado.
pontos pontos pontos pontos pontos
Liderança & Líderes sêniores e gerentes Líderes sêniores e gerentes A visão para a implementação A visão é compartilhada Os agentes externos
Gerenciamento tem visões variadas a respeito adotam uma visão comum do BIM é comunicada e através de toda a equipe da internalizaram a visão do BIM. A
Organizacional, do BIM. A implementação do sobre BIM. A implementação entendida pela maioria dos organização e pelos parceiros estratégia de implementação
BIM é conduzida sem uma BIM sofre por falta de detalhes. colaboradores. A externos de projetos. A do BIM é continuamente revista
estratégico,
estratégia e através de O BIM é tratado como uma implementação do BIM é implementação do BIM, seus e realinhada com outras
gerencial e atributos "tentativa e erro". O BIM é mudança de processos casada com planos de ações requisitos, processos e estratégias.
de comunicação; tratado como uma tecnologia; baseada em tecnologia. detalhados e com um regime inovações de produtos e
inovação e a inovação não é reconhecida de monitoramento. serviços são integrados na
renovação como um valor. estratégia.
pontos pontos pontos pontos pontos
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maturidade - INICIAL DEFINIDO GERENCIADO INTEGRADO OPTIMIZADO
Granularity level1 (pts. 0) (max pts. 10) (max pts. 20) (max pts. 30) (max pts. 40)
Preparatória: Muito pouco ou nenhum Os requisitos de treinamento Os requisitos de treinamento O treinamento é integrado nas O treinamento é
pesquisa, programas treinamento disponível ao são definidos e fornecidos são gerenciados para aderirem estratégias organizacionais e continuamente avaliado e
de treinamento pessoal do BIM. Os meios para quando necessários. Os aos amplos objetivos de metas de desempenho. O melhorado. A disponibilidade
a educação e formação não treinamentos são variados, competência e desempenho treinamento é tipicamente de treinamento e seus
baseadas no conjunto de capacidades v5.0

educacional
são adequados para alcançar permitindo flexibilidade na pré-definidos. Os treinamentos baseado nas funções e seus métodos de entrega são
os resultados buscados. entrega do conteúdo. são adaptados para atingirem respectivos objetivos de adaptados para permitir o
os objetivos de aprendizagem competência. Os meios de aprendizado contínuo e
de uma maneira rentável. treinamento são incorporados multimodal.
ao conhecimento e aos canais
de comunicação.
pontos pontos pontos pontos pontos
Regulatória: códigos, Não existem diretrizes para o As diretrizes básicas do BIM As linhas-guia detalhadas do As diretrizes do BIM são As linhas-guia do BIM são
regulamentações, BIM; documentação de estão disponíveis (ex.: manual BIM estão disponíveis integradas nas políticas e continua e proativamente
padrões, protocolos ou padrões de de treinamento e padrões de (treinamento, padrões, fluxo de estratégias de negócios. Os refinadas para refletir as lições
modelagem. Há uma ausência entrega do BIM). Os padrões de trabalho). A modelagem, padrões em BIM e critérios de aprendidas e as práticas
classificações,
de documentação e padrões modelagem e documentação representação, quantificação, desempenho são incorporados recomendadas do setor. A
linhas-guia e valores de modelagem. O controle de estão bem definidos de acordo especificações e propriedades em sistemas de melhoria de melhoria da qualidade e a
de referência qualidade não existe ou é com os padrões aceitos no analíticas dos modelos 3D são gestão da qualidade. adesão aos regulamentos e
(benchmarks) informal; nem para modelos 3D mercado. As metas de gerenciadas através de planos códigos são continuamente
nem para a documentação. qualidade e as avaliações de de qualidade e padrões de alinhados e refinados. Os
Não há nenhum valor de desempenho estão definidas. modelagem detalhados. O valores de referência são
referência de desempenho dos desempenho em relação aos revistos repetidamente para
processos, produtos ou valores de referência é garantir a melhor qualidade
serviços. rigidamente monitorado e possível em processos,
controlado. produtos e serviços.
POLÍTICAS

pontos pontos pontos pontos pontos


Contratual: Os contratos seguem os Os requisitos do BIM são Há um mecanismo para A organização está alinhada As responsabilidades os riscos
responsabilidades, modelos convencionais pre- reconhecidos. "Declarações gerenciar a propriedade através de confiança e e as recompensas são
recompensas e BIM. Os riscos relacionados definindo a responsabilidade intelectual compartilhada do dependência mútua, indo além continuamente revistos e
com base em modelos de de cada interessado em BIM e existe um sistema de das barreiras contratuais. realinhados. Os modelos
alocação de riscos
colaboração não são relação à gestão de resolução de conflitos do BIM. contratuais são modificados
reconhecidos ou são informação" estão agora para conseguirem as melhores
ignorados. disponíveis. práticas e o maior valor à todas
as partes interessadas.
pontos pontos pontos pontos pontos
Modelagem baseada Implementação de uma Os projetos-piloto são Os processos e políticas em As tecnologias, processos e As tecnologias, processos e
em objetos: simples ferramenta de modelagem concluídos. São identificados BIM são estimulados, políticas do BIM são integrados políticas do BIM são revistas
ESTÁGIO 1

disciplina utilizada baseada em objetos. Nenhuma os requisitos de processo e padronizados e controlados. na estratégia organizacional e continuamente para se
alteração de processo ou política do BIM. São preparados nos objetivos do negócio. beneficiarem da inovação e
em uma fase do
política identificada para planos detalhados e sua adquirir alvos de alto
ciclo de vida acompanhar essa estratégia de implementação. desempenho.
implementação.
pontos pontos pontos pontos pontos
Áreas–chave de a b c d e
maturidade - INICIAL DEFINIDO GERENCIADO INTEGRADO OPTIMIZADO
Granularity level1 (pts. 0) (max pts. 10) (max pts. 20) (max pts. 30) (max pts. 40)
Colaboração A colaboração em BIM acontece A colaboração em BIM está bem A colaboração é proativa e A colaboração de vários A equipe multidisciplinar inclui
baseada na para um fim específico; as definida, mas ainda é reativa. multidisciplinar; os protocolos segmentos inclui agentes a todos os agentes-chave em um
ESTÁGIO 2

capacidades de colaboração Existem sinais identificáveis de são bem documentados e jusante do processo. Caracteriza- ambiente caracterizado pela boa
modelagem: internas à empresa são confiança e respeito entre os gerenciados. Há confiança se pelo envolvimento dos vontade, confiança e respeito.
multidisciplinar, incompatíveis com os parceiros participantes do projeto. mútua, respeito e partilha de principais participantes durante
intercâmbio de projeto. Pode haver falta de riscos e recompensas entre os as primeiras fases do ciclo de
acelerado de confiança e respeito entre os participantes do projeto. vida dos projetos.
modelos participantes do projeto.
pontos pontos pontos pontos pontos
Integração baseada Os modelos integrados são Modelos integrados são gerados Os modelos integrados (ou Os modelos integrados são A integração dos modelos e dos
em rede: gerados por um conjunto limitado por um grande subconjunto dos partes) são gerados e gerados e gerenciados por todos fluxos de trabalho é
de agentes interessados do agentes envolvidos no projeto. A gerenciadas pela maioria dos os agentes envolvidos no projeto. continuamente revista e
intercâmbio projeto - possivelmente por trás integração segue guias de agentes envolvidos no projeto. As A integração baseada em rede é otimizada. As novas eficiências,
simultâneo e
ESTÁGIO 3

dos firewalls corporativos. A processo predefinidas, padrões e responsabilidades são claras a norma e o foco não é mais alinhamentos, e os resultados são
interdisciplinar de integração ocorre com pouco ou protocolos de intercâmbio. As dentro de alianças temporárias sobre como integrar modelos e ativamente perseguidos por uma
modelos nD através nenhum processo pré-definido, responsabilidades são do projeto ou parcerias de longo fluxos de trabalho, mas equipe de projeto interdisciplinar
das fases do ciclo de normas ou protocolos de distribuídas e o riscos são prazo. Os riscos e as proativamente detectando e firmemente unida. Os modelos
intercâmbio. Não há nenhuma atenuados através de recompensas são ativamente resolvendo a tecnologia, os integrados contribuem para
vida da edificação resolução formal dos papéis e mecanismos contratuais. gerenciados e distribuídos. processos e os desalinhamentos muitos agentes envolvidos ao
responsabilidades dos agentes das políticas. longo da cadeia produtiva.
envolvidos.
pontos pontos pontos pontos pontos
Organizações: A liderança no processo BIM não A liderança no processo BIM é As funções pré-definidas no As funções no processo BIM são A liderança no processo BIM se
Dinâmicas e existe e a implementação formalizada; os diferentes papéis processo BIM se complementam integradas em estruturas de alterna continuamente para
MICRO

depende de “campeões” da são definidos dentro da na gestão do processo de liderança da organização. permitir novas tecnologias,
entregáveis em BIM tecnologia. implementação. implementação. processos e resultados.
pontos pontos pontos pontos pontos
Equipes de projeto: Cada projeto é executado de As partes interessadas pensam A colaboração entre várias Os projetos colaborativos são Os projetos colaborativos são
(múltiplas forma independente. Não existe além de um único projeto. Os organizações ao longo de vários realizados por organizações realizados pela auto otimização
MESO

organizações): acordo entre as partes protocolos de colaboração entre projetos é gerenciada através de interdisciplinares ou equipes de das equipes de projeto
ESCALA

dinâmicas inter interessadas para colaborar além os participantes do projeto são alianças temporárias entre as projeto multidisciplinar; uma interdisciplinar e inclui a maioria
do seu projeto atual em comum. definidos e documentados. partes interessadas. aliança de muitos agentes-chave. das partes interessadas.
organizacionais e
entregáveis em BIM pontos pontos pontos pontos pontos
Markets: dinâmicas e Muito poucos fornecedores de Os componentes BIM gerados Os componentes BIM estão Os acessos aos repositórios de O intercâmbio de componentes
entregáveis em BIM componentes gerados pelo BIM por fornecedores estão cada vez disponíveis através de componentes são integrados aos BIM é dinâmico, de vários
(bibliotecas virtuais de mais disponíveis bem como os repositórios centrais altamente softwares de modelagem BIM. caminhos entre todos os agentes
(Aplique esse tópico componentes e materiais). A fabricantes e fornecedores acessíveis e pesquisáveis. Os Os componentes são envolvidos através de
MACRO

apenas assessorado maioria dos componentes são identificam os benefícios do componentes não são interativamente ligados aos repositórios centrais ou
por um consultor) preparadas pelos usuários finais negócio. interativamente conectados às bancos de dados de origem (por mesclados.
e os desenvolvedores de bases de dados dos preço, disponibilidade, etc....).
software. fornecedores.
pontos pontos pontos pontos pontos
67

APÊNDICE A
QUESTIONÁRIO

1. Nome;
2. Descrição do cargo e função;

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES:

3. Como você descreve suas atividades?


4. Tipo de projeto ou atividade exerce;
5. Como recebe: (tipo de arquivo e fase);
6. Normas ou diretrizes de desenvolvimento;
7. Comunicação;
8. Prazo;
9. Entregáveis;
10. Colaboração;
11. Ferramentas utilizadas;
12. Softwares utilizados;
13. Fluxo do Projeto;
14. Quais os principais entraves e dificuldades na sua atividade, e qual a
frequência delas?

CONHECIMENTO DE BIM:

15. Verificar se ele utiliza algum software BIM e seu nível?


16. Possui alguma capacitação em software BIM?
17. Verificar se ele sabe diferenciar BIM de software?

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