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Centro Universitário
Bacharelado em Engenharia Civil
Paripiranga
2021
ISAIAS SOUZA CLEMENTINO
Paripiranga
2021
Clementino, Isaias Souza, 1999
O BIM COMO PROPULSOR DA ACEITAÇÃO DOS PROJETOS E
SERVIÇOS TÉCNICOS NO MERCADO: Estudo de caso aplicado
nas mesorregiões do leste e agreste sergipanos
/ Isaias Souza Clementino. – Paripiranga, 2021.
BANCA EXAMINADORA
A DEUS, que é meu PAI, meu confidente, meu fundamento e minha esperança!
Agradeço ao TODO PODEROSO porque, sem ELE, sequer poderia ter escrito este
trabalho de conclusão de curso. Pude ver, claramente, a Sua mão me fortalecendo
me direcionando e cuidando das peculiaridades do meu viver, de maneira milagrosa.
Sou grato à minha família: meu pai João Adenilton, minha mãe, Josefa - que
nunca mediu esforços para me ajudar em meio às dificuldades -, minha mana, Quezia,
uma psicóloga nata que aprendi a chamar de amiga; meu irmão Adaías, pelas
interseções.
Também sou grato aos parentes que me apoiaram, vó Maurina, tia Juliana, tia
Ortência, tia Zefinha e tia Marta e a todos que, direta ou indiretamente, me apoiaram
em minha jornada, notadamente os que me apresentaram ao SENHOR, em oração.
“Porque sou eu que conheço os planos que
tenho para vocês”, diz o SENHOR, “planos de
fazê-los prosperar e não de lhes causar dano,
planos de dar-lhes esperança e um futuro”.
Bíblia Sagrada
RESUMO
O Presente trabalho tem como proposta avaliar se a tecnologia BIM tem o potencial
de tornar aceitáveis os projetos e serviços dos engenheiros civis à vista do cliente
autoconstrutor. Para tal, foram explanados conceitos fundamentais, como a Building
Information Modeling (BIM) - tecnologia da construção civil, que aproxima o projeto de
sua realidade em obra, mediante virtualização, modelagem e gerenciamento das
informações. Conceituou-se também o ciclo de vida do edifício, que permanece como
projeto até os primeiros 4 anos e, como construído, de 20 a 50 anos, demandando
que a manutenção também seja contemplada no modelo. É de uma eficiente gestão
da comunicação e informação que surgem os processos BIM, discriminados em 4
etapas macro: plano, projeto, construção e operação, nas quais são exploradas
ferramentas diversas. Também se explicou como funciona a parametria nos objetos
virtuais, que - sendo gerenciadores de bancos de dados, permitem o desenvolvimento
de ferramentas inteligentes. Estas, por sua vez, podem servir nos processos de
projeto - como o Revit; de análise, coordenação, revisão e visualização - como o
Navisworks; de planejamento e de custo - como o Vico. Foi desenvolvida também a
noção de maturidade ou níveis de desenvolvimento do BIM, bem como as principais
classificações internacionais, de modo a extrair orientações para a implantação e
evolução da metodologia. Em seguida, foram abordadas como vantagens capitais do
BIM, na concepção do consumidor final, a visualização do edifício em 3D, ensaio da
obra no computador, simulações e ensaios virtuais, extração automática de
quantitativos, consistência e integridade dos documentos. Acrescenta-se ainda o
atendimento de construções complexas, industrialização, gerenciamento de facilities,
entrega ágil dos projetos, atualização do modelo e compartilhamento de dados em
tempo real, redução de riscos e outros benefícios. Para mais, o conceito de
autoconstrução brasileira foi apresentado como uma tradição desvantajosa ao
consumidor, fruto da exclusão da habitação dos custos do empreendedor e
perpetuada pela reprodução histórico-social. Para verificação dessas afirmações, foi
desenvolvida uma pesquisa de campo, que – mediante um questionário – coletou
informações de ordem econômica e administrativa das obras dos autoconstrutores
das mesorregiões leste e agreste sergipanas. Com essas informações, outro
questionário permite que as pessoas selecionadas como hostis a projetos e serviços
experimentassem e compreendessem uma faceta dos benefícios do BIM, deixando
seu feedback, ao final, pela resposta a 3 perguntas. O resultado confirmou a
proposição inicial, de que – com o BIM – os projetos e serviços ganham maior
aceitabilidade por parte dos consumidores na região estudada.
This work has as purpose to evaluate whether the BIM technology has the potential to
become civil engineers’ projects and services acceptable to the self-builder customer.
To this end, fundamental concepts were explained, such as Building Information
Modeling (BIM) - civil construction technology, which brings the project closer to its
reality on the work, through virtualization, modeling and information management. The
building’s life cycle was also conceptualized, which remains as a project until the first
4 years and, as built, from 20 to 50 years, demanding that maintenance is also included
in the model. It’s from an efficient management of communication and information that
BIM processes emerge, broken down into 4 macro stages: plan, project, construction
and operation, in which different tools are explored. It was also explained how
parametry works in virtual objects, which - being database managers, allow the
development of intelligent tools. These ones, in turn, can serve in project processes -
such as Revit; analysis, coordination, review and visualization - such as Navisworks;
planning and costing - like Vico. The notion of BIM maturity or levels of development
was also developed, as well as the main international classifications, in order to extract
guidelines for the implementation and evolution of the methodology. Then, the main
advantages of BIM, in the final consumer’s conception, such as the visualization of the
building in 3D, testing of the work on the computer, simulations and virtual tests,
automatic extraction of quantities, consistency and integrity of documents, were
discussed. There are also service of complex constructions, industrialization, facilities
management, agile project delivery, model updating and real-time data sharing, risk
reduction and other benefits. Furthermore, the concept of Brazilian self-construction
was presented as a disadvantageous tradition for the consumer, the result of the
exclusion of housing from the entrepreneur’s costs and perpetuated by historical-social
reproduction. In order to verify these assertions, a field research was developed, which
– through a questionnaire – collected information of an economic and administrative
nature about the works of self-builders in Sergipe’s eastern and rural mesoregions.
With this information, another questionnaire allows people selected as hostile to
projects and services to experience and understand a facet of the benefits of BIM,
leaving their feedback, at the end, by answering 3 questions. The result confirmed the
initial proposition that – with BIM – projects and services get greater acceptance by
consumers in the studied region.
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 46
3.1 Questionário do perfil dos clientes ................................................................... 46
3.2 Entrevista da opinião sobre os projetos e serviços em BIM ............................. 46
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 57
APÊNDICES ............................................................................................................. 59
13
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Uma das afirmações mais consistentes sobre o BIM é que ele consiste em
políticas, processos e tecnologias, cuja conjuntura é uma metodologia para o processo
de projeto da edificação, ensaio do desempenho e gerenciamento das informações,
com base em objetos virtuais, por todo o seu ciclo de vida.
A tecnologia BIM dispõe, também, de softwares para a elaboração de modelos
autorais, seja de edificações, estruturas ou instalações, os quais utilizam bibliotecas
de objetos virtuais, correspondentes aos componentes da construção real. Estes
objetos possuem todas as informações geométricas, materiais constituintes, normas
atendidas e outros dados semelhantes, que permitem a correta especificação e
desempenho da edificação, bem como a sua visualização 3D.
Por esses objetos serem dotados de parametria, as medidas e características
podem ser alteradas facilmente e todas as informações dos objetos e suas
interrelações serão atualizadas, já que também possuem inteligência. Com isso, são
mantidas a consistência técnica e a coerência construtiva e, como esses componentes
atuam qual banco de dados, os modelos podem servir a fins específicos, como a
gestão da manutenção do edifício (CATELANI, 2017).
Para melhor entender a parametria, dos modelos CAD matemáticos e
mecânicos, temos a noção elementar de que parâmetros são números ou relações
17
conhecidas como CAD paramétrico PTC, tendo sua utilização principiada pela
indústria mecânica e aeroespacial, que se tornam enormes potenciais
nessas ferramentas em termos de projetos com menos erros, integração de
capacidades de análises e para automação de fabricação.
A indústria da construção não enxergou esses benefícios no início e foi na
direção das ferramentas de CAD para geração de desenhos convencionais em 2D.
Foi a partir do desenvolvimento da capacidade de parametria orientada a objetos
refinados na indústria mecânica, que houve um crescimento das ferramentas de BIM
atualidade.
Em 2002, com a evolução da tecnologia da modelagem paramétrica, o
desenvolvimento da inteligência dos objetos e a possibilidade de associação de
informações aos objetos, originou-se a tecnologia BIM, que passou a contar
com ferramentas de modelagem paramétrica de arquitetura, estrutura, hidráulica,
elétrica, ar-condicionado, incêndio entre outras para outros usos do BIM. Para
compreender claramente as ferramentas e suas aplicações, é conveniente apresentá-
los, relacionando as suas respectivas fases do projeto, mencionadas no ciclo de vida
das edificações.
Durante o seu ciclo de vida, o projeto passa por inúmeras análises a fim de que
o modelo atenda com máxima integridade as condições reais de construção, operação
e manutenção do empreendimento. Dentro dessa abordagem, serão mencionadas a
análise estrutural, análise de engenharia, análise de consumo de energia e análise de
luminotécnica. Tomando por base o que diz Messner et al. (2021), na etapa de projeto,
são reconhecidas subdivisões para as atividades, quais sejam design do autor,
revisão do modelo de design, análise do desempenho estrutural, da iluminação,
energético, da engenharia e da sustentabilidade.
Para a análise da estrutura, é comum a utilização dos softwares TQS e o Eberic
da AltoQI®, que – além da modelagem – realizam a análise de estruturas de concreto
e metálicas, permitindo ainda integração com outras ferramentas de modelagem.
Desta forma, é possível levar um modelo gerado nele para ser analisado pelo
seguimento das seguintes etapas: projeto estrutural, carregamento de esforços,
análise, otimização em função dos resultados da análise estrutural. Para
compreensão do comportamento da estrutura, é feito o carregamento de vários tipos
de cargas, a exemplo das cargas livres e cargas de ventos. Em seguida, é feita a
análise estrutural, a partir da geração de malhas de elementos finitos e do modelo
analítico. Os resultados das análises são exibidos de diversas formas, seja por
visualização gráfica, com tabela de esforços em cores, tabelas e exibição gráfica das
informações. Com os resultados das análises, é feita a atualização do modelo, que
gera o detalhamento da estrutura e documentação.
Como já fora dito, a tecnologia BIM se vale de seus objetos 3D, que são
paramétricos e inteligentes, dispondo de informações sobre si próprios e sobre o seu
comportamento para com outros objetos, além de sua relação com o entorno. Um
exemplo prático é o fato de que, ao se inserir uma janela, ela identifica que deve ser
hospedada em uma parede, adaptando-se à sua espessura e mesmo que seja
alterada a espessura de tal parede, a família janela identifica a mudança e se altera
automaticamente, acomodando-se à nova situação. Como os objetos interagem de
forma automática automáticas não há motivos para se preocupar com a consistência
e confiabilidade do que está sendo projetado, refletindo também sobre todos os
desenhos, detalhes, tabelas e outros documentos do projeto, diferentemente do
processo CAD, altamente dependente da intervenção humana.
Para mais, cabe ressalvar que, consoante afirma Oliveira (2021), a
automaticidade da extração dos quantitativos a partir de construções virtuais possui
toda uma estrutura responsável pelas projeções de custos realistas. O autor destaca
a importância e se entender a criação dos dados e o processo de transformação dos
mesmos em informação vinculáveis à contratação de serviços e compra de insumos,
36
De acordo com Plataforma BIM (2018), uma das vantagens trazidas pela
ferramenta BIM é o aumento de agilidade em projetos estruturais, motivo pelo qual a
Prefeitura Municipal de Aracajú estará mudando as práticas construtivas de suas
obras. Para o técnico da Cogetin, Mailton Araújo da Silva, mencionado na matéria
supracitada e um dos responsáveis pela gestão e negociação do projeto, o uso
exclusivo do AutoCAD condiciona o município a um subaproveitamento de seu
potencial. Uma vez que a prefeitura já possua todos os produtos suficientes para
utilizar a metodologia BIM e deu o primeiro passo para que todas as secretarias
possam usá-la, os projetos atenderão às exigências do Governo Federal, com
geração de impacto na desburocratização da aprovação digital de projetos de
construção.
devido os pontos cegos. Os sistemas ainda podem sinalizar quando uma atividade
proibida está sendo executada.
2.8 A autoconstrução
Outrossim, como a presente pesquisa tem foco no público sergipano que não
simpatiza com a contratação de projetos, é importante conhecer o funcionamento da
autoconstrução no Brasil, partindo de suas raízes histórico-sociais. De acordo com
Oliveira (2004), em épocas remotas, notavelmente na economia agrária, a habitação
já foi arcada pelo empresário nas grandes culturas comerciais, quais sejam engenhos,
usinas e fazendas de café. Contudo, passando-se o tempo, a população rural do Brasil
passou a ser responsabilizada por sua própria habitação, já que esta não mais se
incorporava no produto do semi-campesinato brasileiro, efeito que foi sentido também
na cidade, na década de 1970.
Em sua pesquisa, Oliveira (2004) identifica que a maioria das habitações
populares eram próprias construídas em mutirões ou autoconstrução, que, conforme
a tradição, o trabalhador em que se chama o compadre no fim de semana, ao tempo
em que se confraterniza vai fazendo a casa aos pouquinhos. Com isso, a
industrialização permitia um rebaixo do custo de reprodução da força de trabalho, de
maneira que - nas pesquisas de custo de vida, o item habitação perdeu sua
frequência, com reflexo sobre o salário mínimo - que legalmente se restringe à
reprodução de uma família básica de tipo nuclear.
Com isso tinha-se um mecanismo de acumulação primitiva, já que o trabalhador
dispendia parte do salário que se destinava à subsistência de sua família para
construir sua moradia. Por conseguinte, parte de seu capital não poderia ser mais
reproduzido, posto que fora incorporado ao edifício, e, contudo, ele se via sem
condições de aderir aos métodos construtivos já consolidados no mercado, a saber o
desenvolvimento de projetos e acompanhamento de execução por profissionais
habilitados.
Este cenário, embora te9ndo iniciado há muito tempo, perdura em nossa
sociedade com uma nova roupagem, já que as pessoas que menos optam por
contratar um profissional ou equipe de profissionais para procederem com a
construção de sua habitação ainda são os trabalhadores da base econômica do país.
Coutinho (2015, p. 19) explica:
44
Para mais, Dias (2020) afirma que, somente a partir dos anos 1930, por ocasião
do intenso crescimento industrial e redução da oferta de trabalho no campo, houve o
surgimento de um excedente de força de trabalho, que demandava a permanência do
operário na empresa, em departamentos que tomavam a forma de vilas operárias. A
priori dessa fase, no entanto, segundo Lima (2005) citado por Dias (2020),
autoconstrução no meio urbano foi precedida pelo fim da escravidão, onde a moradia
que era assegurada pelo dono do escravo, passou a ser uma responsabilidade dele
próprio. Então, ele passa a desfrutar de uma liberdade que lhe privaria das condições
financeiras fundamentais ao custeio do seu imóvel, fazendo-o usar maneiras pouco
adequadas para lidar com isso, ocorrendo – assim – a primeira versão da
autoconstrução.
Para mais, é conveniente entender com que características a autoconstrução
se distingue na atualidade, o que será útil à instrução da pesquisa junto ao público-
alvo deste trabalho. Para tanto, é válido o que afiança Dias (2020) a respeito das
moradias autoconstruídas. Para o mencionado pesquisador, trata-se de obras,
geralmente, construídas por etapas, marcadas por ampliações sempre que a família
cresce ou ocorrem melhorias das condições de vida.
Assim, o modelo típico de residência autoconstruída consiste,
fundamentalmente, em um núcleo principal ou introdutório, variando desde o cômodo
unitário ao complexo de muitos cômodos distribuídos aleatoriamente e acompanhados
de acoplamentos externos. Observa-se a ausência de um planejamento prévio, que
por – de forma recorrente – impele aos moradores a trabalhos de demolição e
reconstrução pela incapacidade de oferecer salubridade aos seus moradores.
A constituição elementar dessas casas consiste, fundamentalmente, em
alvenaria de tijolos ou bloco de cimento, com argamassa usual e constituída de cal e
areia, usada sem distinção tanto para o assentamento da alvenaria quanto na
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execução do reboco das paredes. O concreto armado, quando vem ao caso, é usado
sem calculo racional, uma vez que o proprietário se apropria apenas da experiência
do autoconstrutor ou do pedreiro contratado para obra.
As coberturas, por sua vez, costumam ser de telhas cerâmicas ou de
fibrocimento, possuindo forro ou laje na parte interna da cobertura eventualmente, ao
passo que as divisões se resumem a cinco cômodos sendo estes, comumente, sendo
dois destinados aos quartos, e os restantes divididos em sala, banheiro e cozinha.
É importante, também, dar destaque à abordagem de Dias (2020), no que diz
respeito aos riscos de prejuízos sérios inerentes a este modelo construtivo, que ignora
o detalhamento estrutural, sendo esta parte do projeto fundamental para se evitar a
instabilidade do imóvel. Além disso, os materiais - ao serem mal manejados e de baixa
qualidade - têm grande potencial para ocasionar desabamentos e, quando a
construção é feita por um profissional sem a devida formação técnica, o risco de o
material não ter sido trabalhado do modo adequado pode promover danos à saúde
tanto dos operários quanto dos proprietários. É corriqueiro, também, o desprezo de
aspectos da ambientação do imóvel, quais sejam ventilação e iluminação, resultando
em desconforto térmico para os usuários.
46
3 METODOLOGIA
de ser específico para quem recebe a mensagem e instigar a curiosidade para que o
interlocutor continue vendo sua mensagem, o questionário se apropriará do poder das
histórias. Conforme as respostas obtidas nesta pesquisa, espera-se concluir se a
ferramenta BIM foi capaz de convencer os entrevistados das vantagens de uma
construção assistida por um projeto bem elaborado e por um engenheiro civil.
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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
87,7% acharam que João fez uma boa escolha para a cada da sua vó Anita, e
apenas 14,3% não acharam que ele fez uma boa escolha.
Gráfico 5: Aceitabilidade dos projetos e serviços de profissional habilitado, com a utilização do BIM.
Fonte: Criação do autor (produzida em 2021).
52
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Assim, foram explanadas as definições de tecnologia BIM, que deve ser visto
com um processo onde modelagem e gestão de informação são desenvolvidas de
maneira concomitante; objetos inteligentes e ciclo de vida das construções,
evidenciando o sequenciamento da cadeia produtiva da construção em BIM. Além
desses conceitos, destacou-se o de nível de desenvolvimento, de modo a elucidar
como o BIM está se desenvolvendo nos mercados locais e internacionais, bem como
as métricas utilizadas para este fim. E, a posteriori, foi dada ênfase aos processos 3D
inteligentes, que constituem as unidades de trabalho tudo BIM, em que são agregados
os valores finais do projeto.
De maneira análoga, o trabalho mostrou as principais ferramentas disponíveis
e mais empregadas no mercado atual, as quais estão distribuídas em ferramentas
planejamento, ferramentas de projeto, ferramentas de análise e ferramentas de
monitoramento. Assim, foram apontadas as ferramentas Revit para modelagem, TQS
e Eberick para análise, Naviswork para coordenação, revisão, visualização e
planejamento e o Vico para gestão de custos de obra.
Foram também explanadas as diversas vantagens que o BIM oferece ao
consumidor final, que dizem respeito à possibilidade de visualizar em 3D o que está
sendo projetado, ensaiar a obra no computador, realizar simulações e ensaios virtuais
para análises, extrair quantitativos e identificar interferências automaticamente, gerar
documentos mais consistentes e íntegros. Destacou-se também como vantagem a
capacidade para execução de construções complexas, bem como a garantia da
industrialização das obras e o gerenciamento de facilities, além da agilidade na
entrega dos projetos, atualização do modelo a qualquer hora, compartilhamento de
dados em todas as fases, redução dos riscos, a coordenação integrada com as
equipes de projeto e de campo, acompanhamento da obra e checklist de tarefas e
inspeções, alocação de pontos no campo e extração de relatórios diários. Mostrou-se
também ser possível completar o uso de outras tecnologias já muito utilizadas nos
projetos e gestão de obra, assim como a construção de uma empresa ou projeto de
vida preparada para o futuro.
Finalmente, foram discutidas as questões da autoconstrução, evidenciando o
fundamento dessa cultura na alteração histórica da definição das condições
fundamentais de reprodução da família brasileira, que culminou em uma segregação
desse público da dignidade habitacional. Com a primeira pesquisa, evidenciou-se que,
de fato, o consumidor autoconstrutor tem consciência da importância da condução de
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uma obra por meios técnicos e que ele apenas se refreia de usufruir disso por não
dispor de um relacionamento amigável na comunicação das propostas dos
profissionais. E com a segunda pesquisa, ficou claro que o BIM, enquanto tecnologia
tem o potencial de promover o melhor tratamento dessa categoria de clientes, no que
diz respeito à oferta de projetos e serviços técnicos.
57
REFERÊNCIAS
BENEFÍCIOS DA BIM | POR QUE USAR A BIM? | AUTODESK. [S. l.], [s. d.].
Disponível em: https://www.autodesk.com.br/solutions/bim/benefits-of-bim. Acesso
em: 21 dez. 2021.
MATOS, Cleiton Rocha de. O uso do BIM na fiscalização de obras públicas. [s. l.],
2016. Disponível em: https://repositorio.unb.br/handle/10482/20398. Acesso em: 1
dez. 2021.
MESSNER, John et al. BIM Project Execution Planning Guide, Version 3.0. [S. l.]:
Computer Integrated Construction Program, Penn State, 2021. E-book. Disponível em:
https://psu.pb.unizin.org/bimprojectexecutionplanning/. Acesso em: 3 dez. 2021.
OLIVEIRA, Arthur Feitosa. Como integrar quantitativos de modelos BIM ao ERP? In:
SIENGE. 17 fev. 2021. Disponível em: https://www.sienge.com.br/blog/como-integrar-
quantitativos-de-modelos-bim-ao-erp/. Acesso em: 30 nov. 2021.
REVIT LT | PROJETE MELHOR COM SOFTWARE BIM. [S. l.], [s. d.]. Disponível em:
https://www.autodesk.com.br/campaigns/revit-lt?us_oa=dotcom-
us&us_si=e16e8a00-03b9-400a-a096-
c8998d3cb664&us_st=revit%20ferramenta%20projeto. Acesso em: 21 dez. 2021.
SANTOS, Angela dos; CANALLI, Natália. O Ciclo de Vida das Edificações. O Ciclo
de Vida das Edificações, [s. l.], n. 5, p. 5, 2016.
SPACEIQ, iOFFICE +. Getting Back to Work with Archibus. [S. l.], [s. d.]. Disponível
em: https://info.archibus.com/pt-br/backtowork. Acesso em: 21 dez. 2021.
IBEC. A tecnologia BIM 3D e sua aplicação na engenharia. [S. l.], 2021. Disponível
em: https://ibecensino.org.br/blog/bim-3d/. Acesso em: 30 nov. 2021.
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APÊNDICES
Nome:______________________________________________Sexo:__________
Idade:______________________________Escolaridade:____________________
Cidade onde mora: ___________________Profissão:_______________________
10. Em relação à mão de obra, você fez uma empreitada ou pagamentos via diárias?
Foi realizado algum contrato formal para execução do projeto?
_________________________________________________________________
11. Como foi contratada a mão de obra? Houve alguma falha na execução do serviço
que gerou prejuízo ou risco?
_________________________________________________________________
12. Informe como funcionava o processo logístico? Como o material chegava até o
canteiro de obra? O frete era negociado?
_________________________________________________________________
( ) Não
( ) Talvez
15. Precisou se deslocar para outras cidades para realizar pesquisas de preços ou
comprou todos os suprimentos da obra localmente?
( ) Sim, pesquisei
( ) Não, comprei o que achei aqui mesmo
( ) Não, pedi a alguém mais entendido para comprar para mim
16. Recebeu algum tipo de orientação dos fornecedores sobre melhor forma de
compra?
( ) SIM
( ) Não
17. Existiu algum tipo de ameaça no seu projeto? Por exemplo, atraso em virtude de
problemas climáticos?
_________________________________________________________________
18. Você acredita que houve valorização do seu imóvel após execução do projeto?
Se houve valorização – como percebeu isso? Se houve valorização – quais os
motivos?
_________________________________________________________________
20. Você avaliava o andamento da obra? Como isso era feito no seu planejamento e
execução?
_________________________________________________________________
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22. Aconteceu alterações no projeto no decorrer dos trabalhos? Se sim, quem fez as
alterações?
_________________________________________________________________
23. Sendo a resposta anterior sim, você acredita que as intervenções melhoraram o
resultado final?
( ) Sim
( ) Não
( ) Talvez
27. Seu projeto conseguiu ser concluído? Pretende expandir? Se sim, contrataria um
engenheiro para contribuir na administração?
_________________________________________________________________
28. Como foi sua experiência (boa ou ruim)? Pretende fazer outras obras? Faria algo
diferente?
( ) Boa
( )Ruim
( ) Pretendo fazer outras
( ) Seguiria o mesmo procedimento novamente
( ) Outro:_________________________________________________________
Nome:____________________________________________________________________
Questões:
1. Você acha que o João fez uma boa escolha para a casa da vó Anita?
( ) Sim
( ) Não
2. Se você estivesse no lugar de João contrataria o projeto?
( ) Sim
( ) Não
3. Se na sua região tiver engenheiros que trabalhem com a metodologia que o Henrique
falou, você contrataria um profissional para a sua obra?
( ) Sim
( ) Não
4. O que achou da experiência?
( ) Gostei bastante
( ) Eu já tinha visto isso
( ) Não consegui utilizar