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CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
NATAL-RN
2019
Katianny Maia Oliveira
NATAL- RN
2019
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Central Zila Mamede
___________________________________________________
Prof . Dr. Reymard Savio Sampaio de Melo – Orientador
___________________________________________________
Prof. José Eugênio Silva de Morais Júnior – Examinador interno
___________________________________________________
Arquiteto Sileno Cirne Trindade – Examinador externo
Natal-RN
2019
DEDICATÓRIA
A realização e a conclusão desta tese apenas foi possível devido ao apoio e colaboração
de pessoas que contribuíram diretamente ou indiretamente na elaboração do presente trabalho.
Portanto, venho aqui expressar meus sinceros agradecimentos:
A Deus, que me manteve firme e forte mesmo diante das dificuldades e dos meus
momentos de inquietude e desânimo.
Aos meus pais Ângela Nicacia e Gonçalo de Sousa que apesar da distância física me
passaram confiança e calma não permitindo que eu desistisse nos momentos de cansaço.
A minha irmã Karinny Maia que com sua imensa mansidão e companheirismo sempre
me motivou a seguir em frente e enfrentar os desafios com coragem.
Ao meu orientador Reymard Savio que confiou nesta ideia e contribuiu com seu
grande conhecimento para o desenvolver do trabalho.
Key-Words: BIM. Public Works. BIM Execution Plan. Implementation. Case study.
LISTA DE FIGURAS
Quadro 1- Resumo dos achados de auditoria do TCU no período de 2011 a 2014 ................ 19
Quadro 2- Categorias, subcategorias, critérios de julgamento adotados no 1° Prêmio BIM da
Administração Pública.............................................................................................................. 46
Quadro 3- Classificação da subcategoria Edificações quanto ao seu uso ou função .............. 47
Quadro 4- Classificação da subcategoria Infraestrutura quanto ao nível do empreendimento
.................................................................................................................................................. 48
Quadro 5- Resultados de pesquisa específica, realizada pela PennState University, sobre
frequência de uso e benefícios percebidos, em empresas americanas ...................................... 53
Quadro 6- Níveis de Desenvolvimento ................................................................................... 62
Quadro 7- Possíveis interferências encontradas no processo de compatibilização ................. 66
Quadro 8- Fontes de evidência e suas vantagens e desvantagens ........................................... 69
Quadro 9- Quadro técnico da Setor Primário da Diretoria de Projetos- INFRA .................... 76
Quadro 10- Legenda do Mapa de processo geral em BIM ..................................................... 90
Quadro 11- Relação de compatibilidade dos formatos de entrega entre diferentes softwares 96
Quadro 12- Questionário de avaliação do fluxo de processos proposto para o cenário BIM na
Diretoria de Projetos da INFRA ............................................................................................... 97
Quadro 13- Participantes da avaliação por disciplina ............................................................. 98
Quadro 14- Pontos positivos e pontos negativos citados pelos participantes da avaliação .. 101
Quadro 15- Usos pretendidos do BIM .................................................................................. 108
Quadro 16- Determinação do Nível de desenvolvimento e Nível de informação dos
elementos ................................................................................................................................ 111
Quadro 17- Gerentes dos modelos BIM ................................................................................ 116
Quadro 18- Formatos de entrega ........................................................................................... 118
Quadro 19- Intercâmbio de informações do processo em BIM ............................................ 120
Quadro 20- Sistema do controle de qualidade dos modelos em BIM ................................... 128
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 13
1.1 RELEVÂNCIA DO TEMA ................................................................................................... 13
2. OBJETIVOS ........................................................................................................................ 16
2.1 OBJETIVO GERAL .............................................................................................................. 16
3. BIM NO SETOR PÚBLICO- CENÁRIO MUNDIAL ..................................................... 17
4. IRREGULARIDADES EM OBRAS PÚBLICAS BRASILEIRAS................................. 19
5. BIM NO SETOR PÚBLICO- CENÁRIO NACIONAL ................................................... 20
5.1 PETROBRAS ........................................................................................................................ 20
5.1.1 APRENDIZADOS COM A INSERÇÃO DO BIM NA PETROBRAS ................................ 24
5.1.2 PRÓXIMOS DESAFIOS DA PETROBRAS ........................................................................ 25
5.2 EXÉRCITO BRASILEIRO ................................................................................................... 25
5.3 OUTRAS INICIATIVAS DE ADOÇÃO DO BIM PELO GOVERNO BRASILEIRO....... 31
5.4 ESTRATÉGIA NACIONAL DE DISSEMINAÇÃO DO BIM ............................................ 34
5.4.1 OBJETIVOS DA ESTRATÉGIA BIM BR ........................................................................... 35
5.4.2 RESULTADOS PREVISTOS PELA ESTRATÉGIA BIM BR ............................................ 39
5.5.3 INDICADORES E METAS ................................................................................................... 39
5.4.4 ROADMAP ............................................................................................................................ 40
5.4.5 ESCALONAMENTO ............................................................................................................ 41
5.4.6 ESTRATÉGIA BIM-RJ ......................................................................................................... 43
5.5 PLATAFORMA BIM ............................................................................................................ 44
5.6 PRÊMIO BIM DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ............................................................ 44
5.6.1 VENCEDORES DO 1° PRÊMIO BIM DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ...................... 48
6. PLANO DE EXECUÇÃO BIM- PEB ................................................................................ 49
6.1 USOS DO BIM ...................................................................................................................... 52
6.2 INFRAESTRUTURA ............................................................................................................ 55
6.3 COLABORAÇÃO E COMUNICAÇÃO ............................................................................... 55
6.4 FLUXO DE TRABALHO BIM ............................................................................................. 57
6.5 REQUISITOS DE MODELAGEM ....................................................................................... 59
6.6 CONTROLE DE QUALIDADE ............................................................................................ 65
7. METODOLOGIA ................................................................................................................ 68
7.1 MÉTODO DE PESQUISA- ESTUDO DE CASO ................................................................ 68
7.2 OBTENÇÃO DE DADOS ..................................................................................................... 68
8. CARACTERIZAÇÃO DO ESTADO ATUAL DA DIRETORIA DE PROJETOS DA
INFRA................................................................................................................................... 72
8.1 MÃO- DE – OBRA ............................................................................................................... 76
8. 2 FLUXO DO PROCESSO DE PROJETO DA INFRA .......................................................... 76
8.3 SOFTWARES UTILIZADOS NO PROCESSO DE PRJETO ............................................. 84
8.4 EXEMPLO DE PROJETO DA DIRETORIA DE PROJETOS DA INFRA ........................ 84
8.5 IDENTIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS ENTRAVES ENCONTRADOS NO PROCESSO
DE PROJETO ........................................................................................................................ 86
9. FLUXO DE PROCESSOS PROPOSTO PARA O CENÁRIO BIM NA DP- INFRA .. 90
10. AVALIAÇÃO DO FLUXO DE PROCESSOS PROPOSTO PARA O CENÁRIO BIM
NA DP- INFRA .................................................................................................................... 97
11. CONCLUSÕES E SUGESTÕES ..................................................................................... 102
12. REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 104
13. APÊNDICE ........................................................................................................................ 108
APÊNDICE A- PLANO DE EXECUÇÃO BIM PROPOSTO- PEB ........................................... 108
13
1. INTRODUÇÃO
Como benefício da incorporação do BIM na construção civil, pode ser citado a redução
de custos e prazos, que se dá por meio de um melhor controle na fase de planejamento, evitando
desperdícios de materiais e tempo na etapa de execução da obra.
[...]
O BIM, para o setor público, pode ser considerado como “construção digital”. É
semelhante à revolução dos processos tecnológicos e digitais registada na indústria
transformadora nas décadas de 80 e 90 do século passado, para melhorar as taxas de
produtividade e a qualidade da produção. Combina a utilização da modelação digital
tridimensional com informação sobre todo o ciclo de vida do projeto e do ativo, a fim
de melhorar a colaboração, a coordenação e a tomada de decisões na execução e
exploração do património imobiliário público. Aborda igualmente mudanças de
processos, há muito esperadas, do mundo analógico para o digital, que nos permitam
controlar e gerir um volume sem precedentes de dados e informações digitais.
(GRUPO DE TRABALHO BIM, 2017)
dos projetos da organização durante a transição para a tecnologia BIM. Ademais, a elaboração
de um Plano de Execução BIM é de extrema importância, pois o período transitório para uma
nova ferramenta de trabalho é bastante complexo e exige o entendimento das alterações à serem
realizadas em todo o processo produtivo atualmente executado pela instituição.
16
2. OBJETIVOS
O presente trabalho tem como objetivo geral propor um Plano de Execução BIM para
a Diretoria de Projetos da Superintendência de Infraestrutura da UFRN- INFRA.
Caracterizar o estado atual do fluxo do processo de projeto das obras da Diretoria de Projetos
da INFRA;
Identificar os principais entraves existentes no fluxo do processo de projeto das obras da
Diretoria de Projetos;
Propor um fluxo de trabalho para o contexto BIM contemplando a etapa de projeto das obras
da Diretoria de Projetos;
Avaliar o fluxo de trabalho proposto.
17
Entre os estados da União Europeia (UE), a Finlândia e a Noruega foram os países que
primeiro tornaram obrigatório o uso do BIM e o formato IFC em licitações públicas, onde em
2007 e 2010, respectivamente, por iniciativa de instituições públicas, os países passaram a
18
realizar contratações em BIM tanto para novas construções quanto para obras de reformas. É
importante ressaltar que desde a década de 70 a Finlândia realiza grandes investimentos
públicos no desenvolvimento de Tecnologias da Informação (TI), o que de acordo com os
autores (Amorim e Kassem, 2015), favoreceu a completa obrigatoriedade da metodologia BIM
nos empreendimentos públicos do país. Ademais, a partir de 2000 a Noruega começou a
elaborar projetos pilotos em BIM, o que levou em 2010 a exigência da metodologia nos projetos
públicos.
Em 2015 foi realizado um estudo de análise dos relatórios emitidos pelo TCU por
Matos e Miranda (2015), com o objetivo de realizar a avaliação das irregularidades mais
frequentes nas obras públicas. No estudo, foi elaborado o quadro a seguir que apresenta um
resumo das irregularidades identificadas nas auditorias realizadas de 2011 a 2014 e extraídos a
descrição dos achados e suas quantidades, bem como o número de auditorias em que eles foram
detectados.
plataforma BIM no setor público, de maneira a combater tais irregulares que geram grande
impacto negativo na economia nacional.
5.1 PETROBRAS
A Petrobras é uma empresa brasileira de capital aberto que atua no Brasil e no exterior
de forma integrada e especializada na indústria de óleo, gás natural e energia. As áreas de
atuação da empresa envolvem a exploração e produção de petróleo e gás, refino de petróleo e
gás, produção de biocombustíveis, setor petroquímico, geração de energia elétrica, distribuição,
transporte e comercialização dos produtos gerados pela empresa.
Na obra da UO- BS, o BIM foi utilizado para o sequenciamento das etapas,
levantamento de quantitativos, simulações, cronogramas, suprimento e as- built. Os resultados
apresentados por Mota e Rodrigues (2012) diante da experiência com BIM no empreendimento
da UO- BS foram:
Aprimoramento dos processos de campo para permitir sua total integração com a gestão
documental à fim de minimizar os esforços na etapa administrativa;
Atualização de famílias de acordo com a aquisição de materiais e equipamentos
complementando as informações contidas no projeto;
Envolvimento de todas as empresas instaladoras na utilização dos modelos nos trabalhos em
campo, no comissionamento, testes e operação dos sistemas;
Formar uma equipe de profissionais treinados e capacitados nas ferramentas que trabalharão
na operação e manutenção do empreendimento aproveitar ao máximo o modelo;
Disseminar o conhecimento obtido no desenvolvimento para o emprego da metodologia
BIM em outros projetos da Petrobras.
(CRO) ou Sessões Regionais de Obras (SRO) que desempenham atividades em todo o ciclo de
vida da edificação, sendo responsáveis pela elaboração de projetos, contratação, fiscalização,
medição e pagamento pela execução dos serviços contratados.
Em busca de realizar projetos de melhor qualidade, desde 2009 a DOM estimula o uso
do BIM para a elaboração de seus projetos, principalmente de construções novas. No entanto,
segundo Pellanda, Nascimento e Ferreira (2015) a implementação do BIM exige uma série de
mudanças culturais em todo o processo de gestão. Portanto, é imprescindível que no mais alto
nível de gestão se tenha a conscientização e a certeza dos benefícios da incorporação do BIM
nos processos da organização. Pellanda, Nascimento e Ferreira (2015), afirmam que “Não é
suficiente, somente a equipe técnica estar convencida; sem o apoio da alta gestão é inviável
implantar uma estrutura de tecnologia BIM.”
Pellanda, Nascimento e Ferreira (2015) atribuem o sucesso do BIM no Exército
Brasileiro à elaboração de uma estratégia de execução BIM, possibilitando uma assimilação
gradativa e incremental do BIM na organização, fundamentada nos “Pilares BIM”, que se
caracterizam por Capacitação, Processo, Bibliotecas e Normatização, como representado na
Figura 7.
Esse modelo de uso das tecnologias BIM é baseado em processo e não depende do
uso específico de um software. Caso seja necessário melhorar o processo, pode-se
trocar algum software especializado (de arquitetura, orçamento, estruturas,
instalações, etc.) e desenvolver novas interfaces, oferecendo ao usuário maior
liberdade, flexibilidade e potencialidade. (PELLANDA, NASCIMENTO e
FERREIRA, 2015)
Figura 10- Monitoramento, com o auxílio do OPUS, dos status das obras da DOM e descrição
das atividades desenvolvidas
Figura 11- Planejamento Estratégico das obras da DOM com o auxílio do OPUS
Entre os resultados obtidos pela DOM com a aplicação do BIM em seus projetos, pode
ser citado o Projeto TRF- Tribunal Regional Federal, no ano de 2012, o qual foi executado com
uma economia de 40 milhões de reais, resultado de uma auditoria do Exército Brasileiro
realizada em 1 mês com um relatório de 2.226 páginas. No mesmo ano, a ampliação do
Aeroporto de Guarulhos, foi outro exemplo de sucesso apresentado por Nascimento (2014), a
qual foi concluída em 4 meses, 4 dias antes do prazo de entrega da obra, resultando em uma
economia de R$ 150.000.000 aos cofres públicos. A obra havia sido orçada em R$ 430.000.000
e foi executada por apenas R$ 280.000.000.
Os casos de êxito da atuação da DOM com o auxílio da metodologia BIM, mostra que
esta tecnologia representa uma solução para o aperfeiçoamento dos métodos e processos
utilizados atualmente e a consequente melhoria da qualidade dos empreendimentos realizados
com recursos públicos.
Para a SEIL/DGPO, a adoção da metodologia BIM é uma das principais ações para
melhoria da qualidade e da governança de projetos e obras públicas. Temos clareza
de que esta busca requer planejamento a médio e longo prazo, além de muito trabalho
e diálogo, uma vez que a metodologia BIM é uma inovação, e toda inovação requer
mudanças. Portanto, para conquistar o sucesso da implementação do BIM, é
necessário ter ousadia, paciência, persistência e, sobretudo, trabalho colaborativo por
parte de todos os envolvidos. (CURITIBA, 2018)
A Estratégia BIM BR instituída pelo Governo no Decreto 9.377 foi formulada pelo
Comitê Estratégico de Implementação do Building Information Modelling- CE-BIM, instituído
pelo Decreto de 5 de junho de 2017 para elaborar uma estratégia que pudesse promover um
ambiente adequado para o uso do BIM no Brasil, alinhando as ações e iniciativas do setor
público com o setor privado e impulsionando a adoção do BIM pelo país. Para apoiar o CE-
BIM nesta tarefa foi criado o Grupo de Apoio Técnico GAT-BIM, além de outros 6 grupos que
trataram de temas específicos como Regulamentação e Normatização, Infraestrutura
Tecnológica, Plataforma BIM, entre outros.
De acordo com o decreto, a Estratégia BIM BR possui nove objetivos específicos que
serão apresentados a seguir, juntamente com suas respectivas ações.
Ações:
Mapear, planejar e implementar mudanças estruturantes para o uso do BIM pelo setor
público, tais como aprimoramento de processos internos;
36
Estabelecer ações de indução pelo Governo Federal ao uso do BIM tais como
disponibilização de modelos de construção padrão;
Promover articulação internacional para o estabelecimento de parcerias e para a troca
de experiências;
Estabelecer parâmetros de referência entre os sistemas de classificação utilizados, por
exemplo, no Comprasnet, TIPI, SICRO, SINAPI e outros
III- Criar condições favoráveis para o investimento público e privado, em BIM;
Ações:
Ações:
Ações:
Ações:
Ações:
Ações:
Ações:
O Decreto nº 9.377 instituiu também o Comitê Gestor da Estratégia BIM BR- CG BIM,
com a finalidade de implementá-la e gerenciar suas ações. O CG BIM, entre outras atribuições,
tem a função de definir e gerenciar as ações necessárias para o alcance dos objetivos da
Estratégia BIM BR, sendo formado por representantes de diferentes órgãos governamentais e é
presidido pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. O CG BIM conta com o
suporte do Grupo Técnico GTEC- BIM, constituído por servidores e militares indicados pelos
órgãos que compõem o Comitê Gestor da Estratégia BIM BR.
I- Definir e gerenciar as ações necessárias para o alcance dos objetivos da Estratégia BIM BR;
II- Elaborar anualmente seu plano de trabalho, que conterá cronograma e estabelecerá as ações
prioritárias para o período;
III- Atuar para que os programas, os projetos e as iniciativas dos órgãos e das entidades
públicas que contratam e executam obras públicas sejam coerentes com a Estratégia BIM
BR;
IV- Promover o compartilhamento de informações e analisar o impacto das iniciativas setoriais
relacionadas a BIM, com vistas à harmonização e à promoção de eficiência e sinergia entre
as ações dos órgãos e das entidades públicas;
V- Acompanhar e avaliar periodicamente os resultados da Estratégia BIM BR e subsidiar as
atividades de articulação e de monitoramento de programas de governo da Presidência da
República, quando solicitado;
VI- Articular-se com instâncias similares de outros países e dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios;
VII- Expedir recomendações necessárias ao exercício de sua competência;
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5.4.4 ROADMAP
O livreto lançado pelo Governo, em que é apresentada a Estratégia BIM BR, traz uma
representação gráfica da evolução do processo de implementação do BIM no Brasil, colocando
de forma clara e direta as metas e prazos almejados com a estratégia nacional.
No roadmap proposto, é possível observar que para 2028 espera-se que o BIM esteja
completamente disseminado nas obras públicas. No entanto, é de extrema importância ressaltar
que as fases anteriores são indispensáveis para que se atinja este objetivo, tais etapas,
compreendem o estabelecimento de padrões técnicos e legais que propiciem um contexto
adequado para a plataforma BIM, além de outros fatores essenciais, que podem ser observados
no roadmap da Figura 16.
41
5.4.5 ESCALONAMENTO
A primeira fase tem seu início em janeiro de 2021 e possui como foco principal os
projetos de engenharia e arquitetura de novas construções, reformas de ampliações ou de
reformulações, que possuam grande pertinência para o uso do BIM. Os usos do BIM previstos
nesta fase são a elaboração dos modelos de arquitetura, engenharia estrutural, engenharia de
instalações prediais (hidrossanitárias), engenharia de sistemas mecânicos de ar- condicionado,
42
A segunda fase tem seu início em janeiro de 2024 e envolve a aplicação do BIM na
etapa de execução da obra, podendo se tratar de obras de novas construções, reformas de
ampliações ou de reformulações, que possuam grande pertinência para o uso do BIM. Os usos
do BIM previstos nesta fase, além dos usos contemplados pela fase anterior, corresponde
também a elaboração do planejamento de execução do obras, orçamentação e acompanhamento
da obra por meio da atualização do modelo “as- built” da obra executada.
A terceira fase tem seu início em janeiro de 2028 e deve envolver obras de novas
construções, reformas de ampliações ou de reformulações, que possuam grande pertinência para
o uso do BIM, tanto nas etapas de modelagem, planejamento, execução e serviços de
gerenciamento e manutenção da edificação após concluída.
Na Estratégia BIM BR, é definido que os participantes destas fases devem ser
inicialmente o Ministério da Defesa, por intermédio da Marinha do Brasil (MB) e do Exército
Brasileiro (EB), e o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, por mediação de
atividades de responsabilidade coordenativa e executiva da Secretaria Nacional de Aviação
Civil (SAC) e pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes(DNIT). Logo, estes
órgãos são os responsáveis pelo emprego da metodologia BIM na elaboração e execução de
Projetos Pilotos no setor público brasileiro. Dentro das solicitações de aplicações do BIM pelos
órgãos envolvidos, são definidos os projetos de pequena, média e grande pertinência para a
disseminação do BIM por meio de atos administrativos. Cada órgão demanda de necessidades
e auxílios para o desempenho das ações envolvidas nas fases propostas pela estratégia nacional
e o atendimento dessas demandas é realizado de maneira prioritária.
Ainda assim, a Estratégia BIM BR permite que outros órgãos tomem a iniciativa de
implementação do BIM em suas atividades. Para isso, as necessidades demandadas pelos
demais órgãos serão incluídas no quadro de prioridades do Governo.
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Fase 2
• Modelagem; • Gerenciamento e
• Extração de quantitativos; manutenção após
• Detecção de • Planejamento da a construção do
interferências; execução da obra; empreendimento
• Extração de documentos • Orçamentação;
gráficos. • Modelo "as-built"
Fase 1 Fase 3
O país precisa ser mais eficiente, reduzir custos, garantir segurança e sustentabilidade
quando se trata de construção civil. É fundamental que os projetos no Brasil tenham
mais qualidade e previsibilidade. Para que o Brasil possa realizar uma mudança
radical nesse cenário é imprescindível adotar novas tecnologias e novas concepções
45
Esse desafio impõe à indústria nacional a superação do atraso em relação aos avanços
já alcançados em outros países. Ao setor público a tarefa de induzir essa mudança,
tornando a metodologia BIM requisito indispensável no planejamento,
acompanhamento e fiscalização de obras públicas. (BRASIL, REQ 3.358/2015)
Fonte: Processo de projeto BIM GUIA 01- Coletânea Guias BIM ABDI-MDIC
(2017), pág. 11
A transição para a plataforma BIM requer uma mudança considerável do fluxo dos
processos, logo, a movimentação e o desenvolver dos processos deve ser claramente
apresentada e explicada aos agentes envolvidos. O sistema de comunicação e colaboração, as
funções e responsabilidades de cada participante, os usos pretendidos do BIM, a sequência das
atividades, os requisitos de modelagem quanto aos níveis de desenvolvimento, padrões de
nomenclaturas de arquivos e pastas, controle de qualidade dos modelos, são itens que devem
ser pensados, planejados e definidos sempre que for iniciar um processo, evitando assim futuros
conflitos gerados pelo não entendimento do processo como um todo. A especificação de todos
os fatores citados é realizada por meio da elaboração de um plano de trabalho, denominado
Plano de Execução BIM- PEB, o qual é utilizado para a orientação de como deve proceder o
fluxo de processos em BIM.
[...]
Para que a implementação do BIM seja bem sucedida é essencial que sejam
determinados quais os usos do BIM serão explorados no decorrer do processo, onde o
desenvolver dos modelos será orientado de acordo com os usos do BIM pré- definidos para
cada fase do projeto.
Na coletânea Implementação do BIM para construtoras e incorporadoras- Volume 1,
lançada pela CBIC, são apresentados os 25 usos do BIM identificados pela equipe da PennState
University, classificados em quatro fases do ciclo de vida de um empreendimento:
planejamento, projeto, construção e operação. Assim como especificado pela CBIC(2017), na
Figura 19 os quadros preencidos com a cor laranja representam os usos principais do BIM e os
quadros na cor azul, são os usos secundários.
Figura 20- Representação gráfica dos resultados obtidos na pesquisa realizada pela
PennState University quanto a frequência de utilização dos 25 usos do BIM
Figura 21- Representação gráfica dos resultados obtidos na pesquisa realizada pela
PennState University quanto aos benefícios adquiridos com a utilização dos 25 usos do
BIM
6.2 INFRAESTRUTURA
entanto, exige uma alta velocidade de conexões e capacidade dos hardwares, que infelizmente
não caracteriza o cenário atual do país.
On- line com modelos distintos por disciplinas integrados em um modelo único
central virtual: Nesse contexto, os modelos são desenvolvidos por disciplina, onde cada
profissional desenvolve seu modelo e deposita em um único modelo virtual. Apesar de ser mais
próximo da realidade, essa situação ainda exige conexões com banda larga que seja capaz de
possibilitar o intercâmbio de um grande volume de dados.
Modelos federados disponibilizados em servidores de hospedagem: Configura o
contexto mais frequente entre os usuários do BIM no país, onde os modelos também são
desenvolvidos por disciplinas, porém depositados em um modelo central disponível em um
servidor local. A atualização dos modelos se dá por meio de uma sequência de uploads e
downloads que devem ter suas frequências previamente discutidas e acordadas entre os
participantes, na elaboração do Plano de Execução BIM do projeto. O intervalo entre os uploads
e os downloads deve ser definido de modo que não haja prejuízo de informação entre as
atualizações dos arquivos e que não seja demandado um tempo excessivo neste procedimento.
A Figura 22 mostra a esquematização do uso de modelos federados.
Com esta metodologia de projeto em que se analisa um modelo que de fato é uma
construção virtual, ainda que com maior ou menor nível de detalhe conforme o nível
de desenvolvimento do projeto, os eventuais conflitos entre diferentes elementos e
disciplinas são facilmente evidenciados, de modo que é possível evitar que aconteçam
e buscar soluções de execução otimizadas. O projeto desenvolve-se de maneira
58
Fonte: Processo de projeto BIM GUIA 01- Coletânea Guias BIM ABDI-MDIC (2017), pág. 16
Fonte: Processo de projeto BIM GUIA 01- Coletânea Guias BIM ABDI-
MDIC (2017), pág. 17
LOD 200:
LOD 300:
orientação. Informações não gráficas também podem ser anexadas ao Elemento de Modelo.
Segundo o BIMForum a quantidade, o tamanho, a forma, a localização e a orientação do
elemento, conforme projetado, podem ser medidos diretamente do modelo sem referir-se a
informações não modeladas, como anotações ou chamadas de dimensão.
LOD 350:
LOD 400:
LOD 500:
350
64
compatibilização de projetos são dos tipos soft clash, hard clash e time clash, tais interferências
são definidas e representadas no Quadro 7.
CONFLITOS DEFINIÇÃO
Fonte: Fluxo de Projetos em BIM: Planejamento e Execução - Fascículo 2: Guia Asbea Boas Práticas em BIM/
Associação Brasileira dos Escritórios de arquitetura/ GTBIM- Grupo Técnico BIM: ASBEA, 2015.
pág. 8
em formato padrão previamente estabelecido pela equipe e que apresente de maneira clara e
objetiva as necessidades de alterações identificadas. Cada projetista deve ter acesso a esses
relatórios antes das reuniões de compatibilizações, a fim de promover discussões mais precisas
e produtivas sobre os itens mencionados no documento. Após as reuniões de compatibilizações,
cada projetista segue para a realização dos devidos ajustes no modelo.
O ciclo de compatibilização em uma determinada fase, se encerra quando o
profissional responsável pelo projeto em geral, analisa o modelo central e se certifica que este
está conforme os requisitos mínimos de modelagem da fase de projeto em análise. Assim sendo,
o Plano de Execução BIM do projeto deve contemplar o cronograma das reuniões de
compatibilização, assim como as ferramentas a serem utilizadas nas verificações e checagens
dos modelos, tendo sempre em vista a compatibilidade entre os softwares de modo a preservar
e garantir a qualidade dos modelos BIM ao longo de todo o processo.
68
7. METODOLOGIA
O presente trabalho foi desenvolvido por meio da técnica de pesquisa Estudo de Caso,
caracterizado segundo Yin (2001), como uma estratégia para o estudo de acontecimentos
contemporâneos que não permitem a manipulação de comportamentos essenciais. Yin (2001)
afirma:
O estudo de caso conta com muitas das técnicas utilizadas pelas pesquisas históricas,
mas acrescenta duas fontes de evidências que usualmente não são incluídas no
repertório de um historiador: observação direta e série sistemática de entrevistas.
Novamente, embora os estudos de casos e as pesquisas históricas possam se sobrepor,
o poder diferenciador do estudo é a sua capacidade de lidar com uma ampla variedade
de evidências - documentos, artefatos, entrevistas e observações - além do que pode
estar disponível no estudo histórico convencional. Além disso, em algumas situações,
como na observação participante, pode ocorrer manipulação informal. (Yin, 2001)
Ainda de acordo com Yin (2001), o estudo de caso pode ser aplicado quando se deseja
associar um fenômeno a um contexto real, principalmente quando os limites entre o fenômeno
e o contexto não estão nitidamente definidos. Ademais, trata-se de uma estratégia abrangente
que é constituída de uma quantidade de variáveis de interesse superior aos pontos de dados.
Para além de uma ampla variedade de evidências, o estudo de caso conta com proposições
teóricas desenvolvidas a fim de orientar e conduzir a coleta e análise dos dados.
PONTOS FRACOS
FONTE DE EVIDÊNCIA PONTOS FORTES (Vantagens)
(Desvantagens)
Além dos pontos citados para Além dos pontos citados para
observação direta, inclui: observação direta, inclui:
Observação participante Perceptiva em relação a Visão tendenciosa: devido à
comportamentos e razões manipulação dos eventos por
interpessoais parte do pesquisador
A análise de documentações foi realizada por meio do acesso aos processos físicos
movimentados na Superintendência de Infraestrutura da UFRN- INFRA, que são compostos
por documentos como pareces técnicos, memorandos, despachos, encaminhamentos, projetos
em mídia digital (CD) e projetos impressos, acompanhados dos seus respectivos memoriais
descritivos. Ademais, foram acessados outros documentos como cronograma físico do setor de
projetos, fluxograma dos processos da Diretoria de Projetos e o Regimento Interno da Reitoria
da UFRN, alterado e atualizado pela Resolução nº 005/201- CONSUNI, de 31 de março de
2017.
capacidade de percepção da realidade pelo ponto de vista interno da organização além do ponto
de visto externo.
Com base nas informações obtidas por meio das fontes de evidências acima citadas,
foi realizado o diagnóstico da situação atual do desenvolvimento dos projetos no Setor de
Projetos da INFRA. Sequencialmente foi elaborada uma proposta de fluxo de trabalho para o
cenário BIM para o setor analisado, contemplando critérios como funções de cada participante,
sequência de atividades, frequências de reuniões, etapas do processo e produtos gerados.
O estudo realizado possui como objeto de análise o fluxo dos processos da Diretoria
de Projetos da Superintendência de Infraestrutura da UFRN-INFRA, partindo da demanda pela
unidade solicitante e encerrando no orçamento analítico, base para a licitação dos projetos.
I- Gabinete do Superintendente;
II- Assessoria Técnica;
III- Diretoria de Projetos;
IV- Diretoria de Obras;
V- Diretoria de Manutenção de Instalações Físicas;
VI- Diretoria do Meio Ambiente;
VII- Coordenadoria de Orçamentos e Projetos Básicos;
VIII- Comissão de Especial de Licitação de Obras e Serviços de Engenharia;
IX- Comissão do Espaço Físico e de Meio Ambiente;
X- Secretaria Administrativa
Superintendência de
Infraestrutura (INFRA)
Secretaria
Assesoria Técnica
Administrativa
Coordenadoria de
Orçamentos e Projetos
Básicos
Coordenadoria de Manutenção do
Campus da Saúde
I- Direção;
II- Setor de Projetos;
III- Setor de Licenciamento Urbanístico;
IV- Setor de Cadastro e Documentação;
V- Secretaria Administrativa
Compete à Direção:
Diretoria de
Projetos
Setor
Setor Secundário
Primário
Secretaria Administrativa
2
Setor de projetos Engenheiro Civil- Estrutural
Engenheiro Civil-
Hidrossanitário e combate à 3
incêndio
Engenheiro Eletricista 5
Engenheiro Mecânico 3
O Setor de Projetos é atualmente coordenado pelo Chefe de Projetos, que tem a função
de definir o arquiteto responsável pelo projeto, juntamente com o Diretor de Projetos, e os
projetistas dos projetos complementares que serão necessários para o atendimento do processo
em questão. Assim como foi apresentado, a INFRA possui uma equipe de profissionais com
conhecimentos técnicos em diversas áreas da engenharia. Diante do quadro de profissionais da
organização, esta tem a capacidade de elaboração de quase todos os projetos complementares
de uma edificação, com exceção de alguns projetos específicos como de gases especiais e
estruturas metálicas. Logo, as licitações são praticamente todas realizadas com os projetos
básicos desenvolvidos pela contratante, desde o projeto arquitetônico aos demais projetos de
engenharias complementares.
Figura 28- Mapa de processo geral do atual fluxo de trabalho da Diretoria de Projetos da INFRA
informações geradas, bem como manter o lastro dessa informação no sistema, diminuindo a
necessidade de impressão de documentos e acelerando o fluxo entre os diversos setores
envolvidos.
pavimento térreo do Bloco II do Núcleo Tecnológico- NIT. No entanto, apenas no ano de 2016
foi solicitada a readequação do projeto diante da necessidade de realocação da obra. Os
principais motivos apontados pelo Coordenador do SubProjeto 5 do INAPER para a alteração
do projeto foram a subutilização do potencial construtivo da área, correspondente à quatro
pavimentos, custo incompatível com o orçamento da Universidade, e mesmo com a realização
de adaptações, a execução do projeto original implicaria na demolição da estrutura atual do
Bloco II- NIT, ocasionando enormes transtornos as atividades atualmente realizadas nos
laboratórios do local, além da interrupção de várias atividades acadêmicas que são
desenvolvidos no entorno do Núcleo Tecnológico- NIT.
Para a elaboração dos novos projetos básicos do Núcleo de Energias Renováveis foi
cadastrado um novo processo com o número 23077. 079101/ 2016-91, que caracteriza o
empreendimento em sua situação atual de projeto. Após o cadastro, em dezembro de 2016, do
processo atual do empreendimento, a Diretoria de Projetos da INFRA repassou, em maio de
2017, a solicitação das atualizações dos projetos aos responsáveis técnicos de cada disciplina.
Inicialmente foi estabelecido um prazo máximo de conclusão dos projetos complementares, já
compatibilizados com o projeto arquitetônico, para o final de julho de 2017. Porém, os projetos
solicitados foram entregues ao arquiteto para compatibilização entre os meses de agosto e
setembro de 2017, os quais foram compatibilizados e encaminhados para o setor de orçamentos
em outubro de 2017. Ao receber os projetos atualizados, o orçamento, juntamente com o Projeto
Básico do empreendimento foram concluídos em junho de 2018.
implicou na solicitação de aditivos de convênio que poderiam ou não ser aceitos, havendo a
possibilidade da perda de recursos para a execução do empreendimento em questão.
Solicitação de projetos
atualizados; Entrega dos projetos Atualização de
de Instalações Orçamento e
Processo: 23077. Hidroddanitárias Projeto Básico
079101/2019-91
2016 2017 2019
verificados ao longo do seu desenvolvimento, o que pode ser observado por meio da
significativa quantidade de projetos não compatibilizados que chegam no setor de orçamentos
da organização, identificados por meio da análise dos processos físicos locais.
Compatibilização isolada: no processo atual foi identificado, por meio das
entrevistas e observações diretas, que a atividade de compatibilização é tarefa exclusiva do
arquiteto, gerente do projeto, sendo este o responsável em compatibilizar os projetos
complementares com o projeto arquitetônico. Ao atribuir a atividade de compatibilização à um
profissional de apenas uma disciplina envolvida no processo, a capacidade de identificação de
incompatibilidades ou inconsistências no projeto como um todo fica limitada a visão de apenas
uma disciplina específica. Portanto, o adequado seria que todos os participantes do processo
fossem inseridos na realização da compatibilização entre as diferentes disciplinas integrantes
da obra, possibilitando assim, diferentes pontos de vista do empreendimento em sua totalidade
e ampliando a capacidade de identificações de possíveis interferências.
Não padronização de nível de informações e detalhes dos projetos: no início
da elaboração dos projetos não são definidas as informações e os detalhes que devem conter
nos projetos, resultando em alguns projetos mais detalhados e outros projetos com insuficiência
de informações que são imprescindíveis para o levantamento de quantitativo tanto de serviços,
quanto de materiais. Consequentemente, o nível de informações e detalhes dos projetos varia
de acordo com o projetista responsável, interferindo diretamente na qualidade do produto final
e exigindo mais ou menos a realização de retrabalhos ao longo do processo.
Difícil controle de atualizações de projetos: os arquivos DWG e PDF dos
projetos que compõem o processo são repassados para Coordenadoria de Orçamento e Projeto
Básico- COPB, por meio de CD. No entanto, há casos em que após enviar para o setor de
orçamento, o projetista realiza alterações no projeto sem comunicar ao orçamentista, que acaba
por trabalhar na versão não mais atualizada do projeto. Consequentemente, podem ocorrer
inconsistências de dados de materiais ou serviços, entre a informação que consta no orçamento
e a informação do projeto à ser licitado, gerando a ocorrência de uma quantidade significativa
de adicionais de contrato ao longo da execução da obra, o que representa alterações de prazos
e custos do empreendimento.
Deficiência na comunicação e colaboração entre participantes do processo:
a escassez de reuniões com a equipe projetista e a divisão dos participantes no próprio ambiente
de trabalho, por disciplina, resulta em um processo basicamente linear onde ocorre o mínimo
de comunicação e colaboração entre os envolvidos no processo. Assim sendo, a troca de
89
LEGENDA
Atividades atuais
Atividades incrementadas
Atividade de compatibilização
Consolidação de fase de projeto
Fonte: Elaborado pela Autora, 2019
91
Figura 32- Mapa de processo geral do fluxo de trabalho da Diretoria de Projetos da INFRA em um contexto BIM
Diante das alterações propostas para o fluxo atual dos processos da DP, o modo de
trabalhar dos profissionais envolvidos será totalmente modificado, propiciando assim, uma
adequada adesão da metodologia BIM na organização. Na proposta apresentada no presente
estudo, optou-se em fazer o uso do modelo federado depositado no servidor local da
organização, visto que o cenário atual não propicia o uso dos modelos virtuais.
realize a integração de todas as disciplinas no modelo central, que servirá como base para a
identificação de interferências, erros ou ausência de informações, entre outras incoerências. A
partir do modelo central, serão emitidos relatórios com uma lista de itens que devem ser
analisados previamente pelos projetistas, que desempenharão a função de Gerente BIM do
modelo da sua respectiva disciplina, para uma posterior discussão com o restante da equipe nas
reuniões de compatibilização.
O Estudo de Viabilidade deve ser realizado com o auxílio dos modelos do terreno, de
massas e da integração do modelo com dados de custos, todos elaborados pelo Gerente BIM do
modelo de arquitetura. A análise dos modelos desenvolvidos deve resultar na escolha da melhor
alternativa projetual para o empreendimento, à fim de evitar a necessidade de alterações nas
fases posteriores da obra. É importante destacar que todos os participantes do processo devem
tomar conhecimento do Estudo de Viabilidade, à fim de se obter um posicionamento por parte
94
Fonte: Fluxo de Projetos em BIM: Planejamento e Execução - Fascículo 2: Guia Asbea Boas
Práticas em BIM/ Associação Brasileira dos Escritórios de arquitetura/ GTBIM- Grupo Técnico
BIM: ASBEA, 2015. pág. 8
97
Quadro 12- Questionário de avaliação do fluxo de processos proposto para o cenário BIM na
Diretoria de Projetos da INFRA
QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO
PERGUNTAS ALTERNATIVAS
Projetista
Atualmente você exerce qual cargo na Superintendência de
Infraestrutura? Orçamentista
Outro
Arquitetura
Elétrica
Estrutura
Em qual disciplina o seu trabalho está inserido?
Instalações Prediais (Hidráulica e/ou sanitária)
Mecânica
Orçamento
Sim, já trabalhei com softwares
Sim, apenas ouvi falar
Já havia escutado falar sobre BIM?
Não, mas tenho interesse no assunto
Não e não possuo interesse no assunto
Sim
98
QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO
PERGUNTAS ALTERNATIVAS
Em relação ao fluxo de processos proposto, considera uma
solução aplicável no ambiente de trabalho? Não
Em relação ao fluxo de processos proposto, considera uma Sim
solução clara e bem definida? Não
Cite pontos positivos observados no fluxo de processos proposto -
para o cenário BIM.
Cite pontos negativos observados no fluxo de processos -
proposto para o cenário BIM.
DISCIPLINAS NÚMERO DE
PARTICIPANTES
Arquitetura 3
Elétrica 2
Estrutura 1
Quadro 14- Pontos positivos e pontos negativos citados pelos participantes da avaliação
PONTOS POSITIVOS
Otimização no tempo projetual. Melhor compatibilização entre as diferentes áreas do projeto. Menos chances
para erros executivos.
Maior integração, facilidade, precisão e rapidez de compatibilização entre os projetos, com a centralização do
processo (gerente BIM e plano PEB).
A integração das disciplinas.
Propõe a implementação do BIM no âmbito da DP/INFRA/UFRN. Já há lei obrigando a utilização do BIM no
serviço público, mas percebo pouca movimentação nesse sentido. A começar pela própria instituição que não
define qual será o software adotado.
As fases de compatibilização.
A interoperabilidade existente para a comunicação entre as diversas disciplinas de projetos, propondo ao final a
compatibilização destes.
Favorece a compatibilidade entre os diversos projetos; agiliza a execução; evita o retrabalho; e outros.
Análise de incompatibilidades.
A existência de análise de compatibilidade para todos os projetos.
PONTOS NEGATIVOS
Falta adequações às especificidades do setor. Há profissionais de diferentes 'épocas', nem todos dispostos à
integrarem-se às novas tecnologias. A implementação do BIM precisa envolver todos os profissionais,
começando pelos projetistas, mas também incluindo construtores, fiscais e equipe de manutenção.
A frequência quinzenal de reuniões para cada projeto. Considerando que cada projetista possui diversas
demandas em andamento, creio seriam muitas reuniões para o profissional, juntando tudo. Talvez a frequência
tenha que ser pensada para cada caso de projeto.
Como é um processo que ainda precisa ser implementado na superintendência, a demora que vai levar até que
todos os projetistas estejam capacitados para trabalhar com bim.
Tempo gasto com a implantação e aprendizagem de novas ferramentas; necessidade de máquinas/computadores
com maior capacidade; e outros.
Não observado.
Para um modelo em BPM é bom dividir os lanes de fluxo (ou por setor ou por hierarquia de fluxo). Por
exemplo, um lane (ou raia) para a Diretoria de Projetos e outro pra COPB ou uma para o gerente do BIM e
outra para os agentes específicos dos projetos.
11 CONCLUSÕES E SUGESTÕES
O mapa geral que representa o fluxo proposto foi submetido a uma avaliação efetuada
por profissionais da Diretoria de Projetos das áreas de arquitetura, elétrica, estruturas,
instalações prediais (hidráulica e/ou sanitária) e por um profissional da COPB. A avaliação foi
caracterizada por um questionário, o qual tratou da aplicabilidade, clareza, pontos positivos e
pontos negativos do fluxo apresentado. Além disso, abordou também sobre o conhecimento da
metodologia BIM por parte dos servidores. Ao concluir a avaliação, foi possível identificar que
a maior parte dos profissionais avaliadores apenas ouviram falar sobre o BIM, e não possuem
familiaridade em trabalhar com a tecnologia. Ademais, considerando que apenas um
participante se posicionou ao contrário, o fluxo apresentado para o contexto BIM da Diretoria
de Projetos foi caracterizado como aplicável ao ambiente de trabalho e numa proposta clara e
bem definida. É possível destacar que as etapas de compatibilizações dos projetos foram um
dos pontos positivos mais citados pelos servidores. Já em relação aos pontos negativos foi
evidenciado sobretudo a demanda de tempo para a elaboração do “banco de dados” para
softwares BIM e o tempo destinado à capacitação dos profissionais do setor.
12 REFERÊNCIAS
ASBEA. Guias AsBEA: Boas práticas em BIM- Fascículo II: Fluxo de Projetos em BIM:
Planejamento e Execução. 2. ed. Brasília: Asbea, 2015. 24 p.
BRASIL. Decreto nº 9377, de 17 de maio de 2018. Brasília, 17 maio 2018. Disponível em:
<http://www.sinduscon-rio.com.br/n_agenda/d_180518/9377.pdf>. Acesso em: 29 out. 2018.
BRASIL. Decreto nº 8.539, de 08 de outubro de 2015. Dispõe sobre o uso do meio eletrônico
para a realização do processo administrativo no âmbito dos órgãos e das entidades da
administração pública federal direta, autárquica e fundacional. Decreto Nº 8.539/2015. 2015,
BRASÍLIA- DF, 08 out. 2015.
105
CARVALHO, Paulo (Org.). CISCEA conquista upgrade 2015 na certificação ISO 9001 de
Qualidade. 2018. Disponível em: <http://www.ciscea.gov.br/ciscea-conquista-upgrade-2015-
na-certificacao-iso-9001-de-qualidade>. Acesso em: 21 maio 2019.
LÜKE, Coronel Washington. Adoção do BIM: Você está preparado? Espírito Santo:
Sinduscon, 2017. 30 slides, color. Disponível em: <http://www.sinduscon-
es.com.br/v2/upload/3122018164556_01_Uso%20do%20BIM%20nas%20Obras%20Publicas
Case%20do%20Exercito%20Brasileiro_Cel.%20Washington%20Luke.pdf>. Acesso em: 21
maio 2019.
MANZIONE, Leonardo. O IFC é muito mais que um simples formato de arquivo. 2016.
Disponível em: <http://www.coordenar.com.br/o-ifc-e-muito-mais-que-um-simples-formato-
de-arquivo/>. Acesso em: 21 maio 2019.
106
MATOS, Cleiton Rocha de; MIRANDA, Antonio Carlos de Oliveira. USO DO BIM NO
COMBATE ÀS IRREGULARIDADES EM OBRAS PÚBLICAS. Encontro Técnico
Nacional de Auditoria de Obras Públicas - Enaop, Campo Grande /ms, p.1-11, nov. 2015.
Disponível em:
<https://www.researchgate.net/publication/284283576_USO_DO_BIM_NO_COMBATE_AS
_IRREGULARIDADES_EM_OBRAS_PUBLICAS>. Acesso em: 21 maio 2019.
YIN, Robert K.. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman,
2001. 207 p.
108
13 APÊNDICE
1. USOS DO BIM
2. INFRAESTRUTURA
O Gerente BIM do projeto irá definir uma equipe que deve ser formada por um
projetista de cada disciplina envolvida no projeto, como arquiteto, engenheiro estrutural,
engenheiro elétrico, entre outros. Cada membro da equipe participará de um curso de
modelagem específico de sua respectiva disciplina de atuação e será o Gerente BIM do modelo
desenvolvido. No decorrer destes cursos serão elaboradas as bibliotecas para cada modelo à
ser desenvolvido e um template padrão para ser usado pela Superintendência de Infraestrutura
da UFRN.
cada software é desenvolvido e indicado para usos específicos do BIM, fator que influencia
de forma significativa na escolha do software a ser utilizado pela organização. A partir da
escolha do software, deve ser analisado os requisitos mínimos do Hardware para a operação
adequada do programa escolhido.
3. MODELAGEM
ETAPAS DE PROJETO
Programa de Estudo Projeto Projeto
SUBDISCIPLINA ELEMENTO/ COMPONENTE Anteprojeto
necessidades Preliminar Legal Básico
ND ND ND ND ND
SERVIÇOS TERRENO 0 100 200 300 350
PRELIMINARES ESPAÇO 0 100 200 300 350
ESPAÇO 0 100 200 300 350
PAREDE 0 100 200 300 350
PISOS 0 100 200 300 350
FORROS 0 100 200 300 350
ESQUADRIAS 0 100 200 300 350
ARQUITETURA
COBERTURA 0 100 200 300 350
ESCADA 0 100 200 300 350
RAMPA 0 100 200 300 350
TRANSPORTE VERTICAL 0 100 200 300 350
PILARES E VIGAS 0 100 200 300 350
EQUIPAMENTOS (ACOMPANHAM A OBRA) 0 100 200 300 350
EQUIPAMENTOS,METAIS E ACESSÓRIOS
INTERIORES 0 100 200 300 350
SANITÁRIOS
MOBILIÁRIO 0 100 200 300 350
TOTEM E ELEMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO DA
0 100 200 300 350
COMUNICAÇÃO VISUAL EDIFICAÇÃO
OBJETOS 0 100 200 300 350
CALÇADA 0 100 200 300 350
ILUMINAÇÃO E
PAVIMENTAÇÃO 0 100 200 300 350
PAISAGISMO
ARBORIZAÇÃO/ GRAMADO 0 100 200 300 350
MUROS 0 100 200 300 350
112
ETAPAS DE PROJETO
Programa de Estudo Projeto Projeto
SUBDISCIPLINA ELEMENTO/ COMPONENTE Anteprojeto
necessidades Preliminar Legal Básico
ND ND ND ND ND
GRADES 0 100 200 300 350
ILUMINAÇÃO INTERNA E EXTERNA 0 100 200 300 350
LUMINOTÉCNICO TOMADAS E INTERRUPTORES 0 100 200 300 350
DELIMITAÇÃO ESPACIAL 0 100 200 300 350
FUNDAÇÃO RASA 0 100 200 300 350
ELEMENTOS DE CONTENÇÃO 0 100 200 300 350
FUNDAÇÕES PROFUNDAS 0 100 200 300 350
INFRAESTRUTURA VIGA 0 100 200 300 350
LAJE 0 100 200 300 350
RESERVATÓRIOS(CISTERNA) 0 100 200 300 350
FORMAS 0 100 200 300 350
VIGA 0 100 200 300 350
PILAR 0 100 200 300 350
LAJE 0 100 200 300 350
RESERVATÓRIO 0 100 200 300 350
SUPERESTRUTURA FORMAS E ESCORAS 0 100 200 300 350
ESTRUTURA DA ESCADA 0 100 200 300 350
ESTRUTURA DA COBERTURA 0 100 200 300 350
ESTRUTURA DA REMPA 0 100 200 300 350
PAREDE ESTRUTURAL 0 100 200 300 350
TUBOS E CONEXÕES 0 100 200 300 350
VÁLVULAS E REGISTROS 0 100 200 300 350
ÁGUA FRIA EQUIPAMENTOS HIDROSSANITÁRIOS, METAIS
0 100 200 300 350
E ACESSÓRIOS
ENTRADA DE ÁGUA 0 100 200 300 350
113
ETAPAS DE PROJETO
Programa de Estudo Projeto Projeto
SUBDISCIPLINA ELEMENTO/ COMPONENTE Anteprojeto
necessidades Preliminar Legal Básico
ND ND ND ND ND
RESERVATÓRIOS/POÇOS 0 100 200 300 350
EQUIPAMENTOS 0 100 200 300 350
TUBOS E CONEXÕES 0 100 200 300 350
VÁLVULAS E REGISTROS 0 100 200 300 350
ÁGUA QUENTE EQUIPAMENTOS HIDROSSANITÁRIOS, METAIS
0 100 200 300 350
E ACESSÓRIOS
EQUIPAMENTOS 0 100 200 300 350
TUBOS E CONEXÕES 0 100 200 300 350
TUBULAÇÕES DE CONCRETO 0 100 200 300 350
ESGOTO
CAIXAS DE GORDURA, INSPEÇÃO E OUTROS 0 100 200 300 350
SUMIDOURO/ FOSSA 0 100 200 300 350
TUBOS E CONEXÕES 0 100 200 300 350
DRENOS/ CANALETAS 0 100 200 300 350
CALHAS/ CONDUTORES/ RUFOS 0 100 200 300 350
ÁGUA PLUVIAL E
CAXAS DE PASSAGEM E OUTROS 0 100 200 300 350
DRENAGEM
CISTERNAS/ POÇOS/ ADUELAS 0 100 200 300 350
EQUIPAMENTOS 0 100 200 300 350
BUEIROS/ BOCAS DE LOBO 0 100 200 300 350
ELETRODUTO/ ELETROCALHA ENTRE OUTROS 0 100 200 300 350
TOMADAS, INTERRUPTORES ENTRE OUTROS 0 100 200 300 350
CAIXAS DE LIGAÇÃO E DE PASSAGEM 0 100 200 300 350
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO 0 100 200 300 350
LUMINÁRIAS 0 100 200 300 350
EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS 0 100 200 300 350
ENTRADA DE ENERGIA 0 100 200 300 350
114
ETAPAS DE PROJETO
Programa de Estudo Projeto Projeto
SUBDISCIPLINA ELEMENTO/ COMPONENTE Anteprojeto
necessidades Preliminar Legal Básico
ND ND ND ND ND
PAINEIS DE CONTROLE 0 100 200 300 350
GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE
0 100 200 300 350
ENERGIA
QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO 0 100 200 300 350
CAIXAS DE LIGAÇÃO E DE PASSAGEM 0 100 200 300 350
TELEFONIA E LÓGICA ELETRODUTO/ ELETROCALHA ENTRE OUTROS 0 100 200 300 350
TOMADAS 0 100 200 300 350
RACK 0 100 200 300 350
QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO 0 100 200 300 350
CAIXAS DE LIGAÇÃO E DE PASSAGEM 0 100 200 300 350
SPDA ELETRODUTO/ ELETROCALHA ENTRE OUTROS 0 100 200 300 350
TOMADAS 0 100 200 300 350
ANTENAS 0 100 200 300 350
ESPAÇOS 0 100 200 300 350
HIDRANTES, MANGUEIRAS E MANGOTINHOS 0 100 200 300 350
TUBULAÇÃO DE INCÊNDIO 0 100 200 300 350
PREVENÇÃO E COMBATE ALARMES DE INCÊNDIO, DETECTORES DE
0 100 200 300 350
A INCÊNDIO FUMAÇA E CHUVEIROS AUTOMÁTICOS
EXTINTORES 0 100 200 300 350
ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA 0 100 200 300 350
SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA 0 100 200 300 350
EQUIPAMENTOS 0 100 200 300 350
GLT
TUBOS, CONEXÕES E ACESSÓRIOS 0 100 200 300 350
EQUIPAMENTOS 0 100 200 300 350
AR COMPRIMIDO
TUBOS, CONEXÕES E ACESSÓRIOS 0 100 200 300 350
115
ETAPAS DE PROJETO
Programa de Estudo Projeto Projeto
SUBDISCIPLINA ELEMENTO/ COMPONENTE Anteprojeto
necessidades Preliminar Legal Básico
ND ND ND ND ND
EQUIPAMENTOS 0 100 200 300 350
AR CONDICIONADO
DUTOS, CONEXÕES E ACESSÓRIOS 0 100 200 300 350
EQUIPAMENTOS 0 100 200 300 350
EXAUSTÃO
DUTOS, CONEXÕES E ACESSÓRIOS 0 100 200 300 350
HORIZONTAL 0 100 200 300 350
TRANSPORTE
VERTICAL 0 100 200 300 350
Cada modelo terá um Gerente BIM do modelo, que tem as funções de modelagem de
famílias e do projeto da sua disciplina correspondente, verificação de incompatibilidades e
análise do modelo gerado quanto as exigências de desenvolvimento e informações de cada
etapa do projeto. O Quadro 17, apresenta os modelos a serem desenvolvidos e seus respectivos
gerentes.
HIDROSSANITÁRIO
Gerente do modelo de
(Anteprojeto, projeto legal e
instalações prediais
projeto básico)
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Gerente do modelo de
(Anteprojeto, projeto legal e
instalações elétricas
projeto básico)
PREVENÇÃO E COMBATE A
Gerente do modelo de
INCÊNDIO (Anteprojeto, projeto
instalações prediais
legal e projeto básico)
AR CONDICIONADO
Gerente do modelo de
(Anteprojeto, projeto legal e
instalações mecânicas
projeto básico)
Projetos executivos
(Arquitetônico, Estrutural,
Elétrico, Hidrossanitário, Responsável técnico
Empresa contratada
Telefonia e Lógica, SPDA, GLT, designado pela empresa
Ar comprimido, Ar condicionado,
Exaustão e Transporte)
Documentos de texto
(Relatórios, atas de reuniões,
memoriais descritivos, Word e PDF
memórias de cálculo, abertura
de despachos, entre outros.)
Planilhas (Quantitativos,
estimativas de custos, Excel e PDF
composições, entre outros)
NOMENCLATURA PADRÃO:
Sequencialmente, para cada etapa de projeto serão desenvolvidas pastas por disciplina de
trabalho, como arquitetura, estrutura, elétrica, mecânica, entre outras.
Tratando-se dos arquivos de cada disciplina, estes serão nomeados por meio da
composição do nome do departamento (sigla) à qual a obra pertence, seguido pela abreviação
da etapa de projeto correspondente, que deverá ser representada pelo uso das duas letras
iniciais da etapa, acompanhada pela abreviação da disciplina contemplada pelo modelo,
composta pelas três primeiras letras do nome da disciplina. Além do mais, o nome do arquivo
deverá conter a versão do modelo e o formato em que o arquivo se encontra. A nomenclatura
padrão sugerida para pastas e arquivos é representada na Figura 37.
INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÕES:
Para que todos os envolvidos no processo possam realizar suas atividades de maneira
adequada e na ordem correta, o Quadro 19, apresenta os dados de entrada e o produto final de
cada atividade, de acordo com o desenvolvimento do processo.
120
Definição de requisitos
de projeto, trocas de
Ata de reunião com necessidades da Gerente BIM do modelos, níveis de
Todos os envolvidos no projeto Elaboração do Plano de Execução BIM
demanda projeto detalhes, níveis de
informações, modelo e
ferramentas
121
Gerente BIM do
Programa de necessidades e Estudo de Anteprojeto de Gerente BIM do modelo de Desenvolvimento do modelo de
modelo de arquitetura-
Viabilidade consolidados arquitetura arquitetura- Arquiteto arquitetura- ANTEPROJETO
Arquiteto
Gerente BIM do
Anteprojeto de arquitetura e Estudo de Modelo adequado ao Gerente BIM do modelo de
modelo de arquitetura- Reavaliação do Estudo de Viabilidade
viabilidade Estudo de Viabilidade arquitetura- Arquiteto
Arquiteto
Gerente BIM do Anteprojeto de
Recebimento do ANTEPROJETO de
Anteprojeto de arquitetura modelo de arquitetura- arquitetura consolidado/ Gerente BIM do projeto
arquitetura
Arquiteto com pendências
Gerente BIM do
Anteprojeto de arquitetura com Relatório de Análise de incompatibilidades e
modelo de arquitetura- Gerente BIM do projeto
pendências incompatibilidades interferências no modelo
Arquiteto
Gerente BIM do
Gerente BIM do modelo de
Anteprojeto de arquitetura modelo de arquitetura- Projeto Legal Elaboração de Projeto Legal/ correções
arquitetura- Arquiteto
Arquiteto
Gerente BIM do
Gerente BIM do modelo de
Projeto Legal modelo de arquitetura- Checklist de documentos Conferência de documentos
arquitetura- Arquiteto
Arquiteto
Gerente BIM do
Lista de documentos Gerente BIM do modelo de
Checklist de documentos modelo de arquitetura- Verificação de pendências
pendentes arquitetura- Arquiteto
Arquiteto
123
Engenheiro civil-
coordenadoria de Arquivos digitalizados Organização de arquivos no formato
Projeto Básico da edificação Responsável do setor de cadastro
orçamentos e projetos no servidor digital no servidor de arquivos
básicos