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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

GABRIELY ZIMMERMANN RAMOS

ESTUDO DE CASO – DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL DE UMA EDIFICAÇÃO


TÉRREA UNIFAMILIAR: ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE SOFTWARE E
MÉTODO MANUAL

PONTAL DO PARANÁ
2022
GABRIELY ZIMMERMANN RAMOS

ESTUDO DE CASO – DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL DE UMA EDIFICAÇÃO


TÉRREA UNIFAMILIAR: ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE SOFTWARE E
MÉTODO MANUAL

TCC apresentado ao curso de Graduação em


Engenharia Civil, do Campus Avançado Pontal do
Paraná – Centro de Estudos do Mar, da
Universidade Federal do Paraná, como requisito
parcial à obtenção do título de Bacharel em
Engenharia Civil.

Orientadora: Profa. Dra. Elizabete Y. N. Bavastri

Coorientador: Prof. Rafael Grillo

PONTAL DO PARANÁ
2022
DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
SISTEMA DE BIBLIOTECAS – BIBLIOTECA DO CENTRO DE ESTUDOS DO MAR

Ramos, Gabriely Zimmermann


R175e     Estudo de caso - dimensionamento estrutural de uma edificação térrea unifamiliar:
análise comparativa entre software e método manual. / Gabriely Zimmermann Ramos. –
Pontal do Paraná, 2022.
1 arquivo [162 f.] : PDF.

Orientadora: Profa. Dra. Elizabete Yukiko Nakanishi Bavastri.

Monografia (Graduação) – Universidade Federal do Paraná, Campus Pontal do


Paraná, Centro de Estudos do Mar, Curso de Engenharia Civil.

1. Software comercial. 2. Dimensionamento e projetos estruturais. 3. Concreto armado.


I. Bavastri, Elizabete Yukiko Nakanishi. II. Título. III. Universidade Federal do Paraná.

CDD – 624.1771
Bibliotecária: Liliam Maria Orquiza CRB-9/712
TERMO DE APROVAÇÃO

GABRIELY ZIMMERMANN RAMOS

ESTUDO DE CASO – DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL DE UMA EDIFICAÇÃO


TÉRREA UNIFAMILIAR: ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE SOFTWARE E
MÉTODO MANUAL

TCC apresentado ao curso de Graduação em Engenharia Civil, do Campus


Avançado Pontal do Paraná – Centro de Estudos do Mar, da Universidade Federal do
Paraná, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.

______________________________________
ELIZABETE YUKIKO NAKANISHI BAVASTRI, Dra.Eng
Orientadora – email: Elizabete.nakanishi@gmail.com

______________________________________
RAFAEL LUÍS LEITE GRILLO
Co-orientador – Engenheiro Civil – email: ra.grillo@gmail.com

______________________________________
DANIEL CRISTIANO VOLANICK
Engenheiro Civil – email: danielvolanik@hotmail.com

______________________________________
DANIELA EVANIKI PEDROSO
Doutora Engenheira – email: daniela.evaniki@ufpr.br

Pontal do Paraná, 22 de setembro de 2022.


Aos meus saudosos avôs, João Fernando
Zimmermann, minha maior inspiração e
motivação para seguir na área da
construção civil, e Nivaldo Correa Ramos,
o qual não tive a honra de conhecer em
vida, ambos mestres de obras.
AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar, a Deus, por ter permitido que eu tivesse saúde e


determinação para não desanimar durante o desenvolvimento deste trabalho, me
auxiliando a ultrapassar todos os obstáculos encontrados pelo caminho.
Aos meus pais, Jaqueline Zimmermann Ramos e Cristiano Fernando Ramos,
e meu irmão Fernando Gabriel Zimmermann Ramos, por todo apoio, incentivo e
compreensão ao longo da graduação.
Ao meu namorado, colega de faculdade e futuro colega de profissão, João
Vitor Silveira Dalago, que por muitas vezes foi meu maior suporte, por todo
companheirismo, apoio e acolhimento nos momentos em que mais precisei.
Aos meus amigos, que sempre estiveram ao meu lado e compreenderam a
minha ausência, e principalmente à minha amiga e engenheira Morgana Zanelato, por
ter cedido o projeto base utilizado para a realização deste trabalho.
A Professora Doutora Elizabete Yukiko, por ter sido minha orientadora, ao
meu coorientador Rafael Grillo, e a ambos por terem desempenhado essas funções
me auxiliando no desenvolvimento e correção deste trabalho.
A minha psicóloga Isabela, por me ajudar a alinhar pensamentos, a enxergar
minha capacidade, e a trilhar esse caminho da forma mais leve possível.
Às pessoas com quem convivi ao longo desses anos de curso, que de alguma
forma agregaram e que certamente tiveram impacto na minha formação acadêmica.
“As pessoas costumam dizer que a motivação não dura para sempre.
Bem, nem o efeito do banho, por isso recomenda-se diariamente.” –
Zig Ziglar
RESUMO

Considerando a complexidade da elaboração de um projeto estrutural, é valido que


cada vez mais recorramos a softwares que auxiliam no dimensionamento de cálculos
estruturais. Por mais que esses softwares otimizem o trabalho do engenheiro, tanto
em tempo, quanto em precisão, é fundamental conhecer a teoria por trás dos
resultados obtidos. Assim este trabalho objetiva realizar a comparação de resultados
obtidos com o uso de software comercial com os determinados de forma manual, de
uma edificação térrea unifamiliar existente no município de Matinhos/PR. A
metodologia de cálculo foi descritiva através da teoria embasada na NBR6118:2014,
para obter de forma manual o dimensionamento de lajes, vigas e pilares. Ao final fez
a comparação entre os resultados obtidos com o software comercial versus manual.
O estudo possibilitou definir metodologias para realizar dimensionamentos de
elementos estruturais não só de forma manual, mas também por ampliar a base de
conhecimentos teóricos, tanto para dimensionamento manual como no uso de
qualquer software comercial. Como resultado, verificou-se que o software obteve uma
maior utilização de aço, podendo ser devido ao fato de que no software os limites de
segurança são majorados devidos aos riscos, considerando que o programa aumenta
seu coeficiente de segurança.

Palavras-chave: Software comercial. Dimensionamento e Projeto estruturais.


Concreto armado.
ABSTRACT

Considering the complexity of the elaboration of a structural project, it is valid


that we increasingly use software that helps in the design of structural calculations. As
much as these software optimize the work of the engineer, both in terms of time and
precision, it is essential to know the theory behind the results obtained. Thus, this work
aims to compare the results obtained with the use of commercial software with those
determined manually, of a single-family building in the municipality of Matinhos/PR.
The calculation methodology was descriptive through the theory based on
NBR6118:2014, to manually obtain the design of slabs, beams and columns. At the
end, he compared the results obtained with commercial software versus manual. The
study made it possible to define methodologies to carry out dimensioning of structural
elements not only manually, but also by expanding the theoretical knowledge base,
both for manual dimensioning and in the use of any commercial software.
As a result, it was verified that the software obtained a greater use of steel, which may
be due to the fact that in the software the safety limits are increased due to risks,
considering that the program increases its safety coefficient.

Keywords: Commercial Software. Sizing. Structural projects. Reinforced concrete. Civil


construction.
LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - PLANTA BAIXA: PROJETO ARQUITETÔNICO.................................... 33


FIGURA 2 – EXEMPLO DE LAJE TRELIÇADA PRÉ-MOLDADA ............................. 35
FIGURA 3 - VÃO EFETIVO ....................................................................................... 36
FIGURA 4 - VÃOS LIVRES DE UMA LAJE............................................................... 36
FIGURA 5 - REPRESENTAÇÃO DOS VÍNCULOS................................................... 37
FIGURA 6 - TIPOS DE LAJES EM FUNÇÃO DOS VÍNCULOS NAS BORDAS ....... 37
FIGURA 7 - CRITÉRIO PARA CONSIDERAR BORDAS ENGASTADAS EM
FUNÇÃO DO MOMENTO FLETOR NEGATIVO ............................... 38
FIGURA 8 - EXEMPLO DE APLICAÇÃO DO PROCESSO DAS ÁREAS ................. 39
FIGURA 9 - ESQUEMA DE COMPATIBILIZAÇÃO DE MOMENTOS DE LAJES ..... 42
FIGURA 10 - REPRESENTAÇÃO DOS ELEMENTOS DA LAJE ............................. 48
FIGURA 11 - COMPRIMENTO DE BARRAS NÃO ALTERNADAS .......................... 51
FIGURA 12 - COMPRIMENTO DAS BARRAS ALTERNADAS - ARMADURA
POSITIVA PARA LAJES CONTÍNUAS .............................................. 51
FIGURA 13 - COMPRIMENTO E POSIÇÃO DAS ARMADURAS NEGATIVAS ....... 52
FIGURA 14 - ALTURA ÚTIL ...................................................................................... 56
FIGURA 15 - ESPAÇAMENTO MÍNIMO ENTRE BARRAS ...................................... 61
FIGURA 16 - DETERMINAÇÃO DO NÚMERO MÁXIMO DE BARRAS NA MESMA
CAMADA ............................................................................................ 62
FIGURA 17 - ÁREAS DE INFLUÊNCIA .................................................................... 63
FIGURA 18 - CLASSIFICAÇÃO DOS PILARES DE ACORDO COM A POSIÇÃO... 64
FIGURA 19 - DIMENSÕES DAS VARIÁVEIS ........................................................... 67
FIGURA 20 - VINCULOS DAS LAJES ...................................................................... 74
FIGURA 21 - PLANTA DE FÔRMA ........................................................................... 75
FIGURA 22 - DIMENSÕES DA CAIXA D'ÁGUA ....................................................... 76
FIGURA 23 – LAJES L01 E L04................................................................................ 80
FIGURA 24 - LAJE L02 ............................................................................................. 80
FIGURA 25 - LAJE L19 ............................................................................................. 81
FIGURA 26 - LAJE L23 ............................................................................................. 81
FIGURA 27 - LAJE L24 ............................................................................................. 82
FIGURA 28 - LAJE L25 ............................................................................................. 82
FIGURA 29 - LAJE L29 ............................................................................................. 83
FIGURA 30 - MOMENTO FLETOR CARACTERÍSTICO NÃO COMPATIBILIZADO 84
FIGURA 31 - MOMENTO FLETOR CARACTERÍSTICO COMPATIBILIZADO ......... 85
FIGURA 32 - DETALHE DA VIGA V11 ..................................................................... 99
FIGURA 33 - DIAGRAMA DE ESFORÇOS CORTANTES (V11) ............................ 102
FIGURA 34 - DIAGRAMA DE MOMENTOS FLETORES (V11) .............................. 102
FIGURA 35 - LOCALIZAÇÃO DOS APOIOS DA VIGA 11 ...................................... 104
FIGURA 36 - DIMENSIONAMENTO DA VIGA 11 (V11) - (SOFTWARE EBERICK)
......................................................................................................... 110
FIGURA 37 - DIMENSIONAMENTO DA VIGA 11 (V11) - (cálculo manual)............ 111
FIGURA 38 - PLANTA DE FÔRMA ......................................................................... 114
FIGURA 39 - TRAÇADO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA ............................................ 115
FIGURA 40 - SEÇÃO TRANSVERSAL DOS PILARES .......................................... 122
FIGURA 41 - DETALHAMENTO PILARES – CALCULO MANUAL ........................ 127
LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 - CLASSE DE AGRESSIVIDADE AMBIENTAL (CAA) .......................... 25


QUADRO 2 - CORRESPONDÊNCIA ENTRE A CLASSE DE AGRESSIVIDADE E A
QUALIDADE DO CONCRETO........................................................... 26
QUADRO 3 - CORRESPONDÊNCIA ENTRE A CLASSE DE AGRESSIVIDADE
AMBIENTAL E O COBRIMENTO NOMINAL PARA Δc = 10mm ........ 26
QUADRO 4 – COEFICIENTES DE PONDERAÇÃO PARA COMBINAÇÃO ÚLTIMA
........................................................................................................... 29
QUADRO 5 - COEFICIENTE DE PONDERAÇÃO PARA ESTADO LIMITE DE
SERVIÇO ........................................................................................... 29
QUADRO 6 - VALORES DOS COEFICIENTES ϒc E ϒs ........................................... 30
QUADRO 7 - VALORES ESTIMADOS DE MÓDULO DE ELASTICIDADE EM
FUNÇÃO DA RESISTÊNCIA CARACTERÍSTICA À COMPRESSÃO
DO CONCRETO (CONSIDERANDO GRANITO COMO AGREGADO
GRAÚDO) .......................................................................................... 31
QUADRO 8 - VALORES DO COEFICIENTE ξ EM FUNÇÃO DO TEMPO ............... 45
QUADRO 9 - LIMITES PARA DESLOCAMENTOS .................................................. 46
QUADRO 10 - LIMITES PARA DESLOCAMENTOS (CONTINUAÇÃO) ................... 46
QUADRO 11 - VALORES MÍNIMOS PARA ARMADURAS PASSIVAS ADERENTES
........................................................................................................... 49
QUADRO 12 - PRÉ-DIMENSIONAMENTO DAS ALTURAS DAS VIGAS ................ 54
QUADRO 13 - VALORES LIMITES ........................................................................... 57
QUADRO 14 - TAXA MÍNIMA ARMADURA DE FLEXÃO ......................................... 58
QUADRO 15 – TENSÃO 𝜎𝑐𝑑′ (kN/cm²) NA ARMADURA DE COMPRESSÃO......... 58
QUADRO 16 - VALORES DE ρw,min (%) PARA AÇO CA-50...................................... 61
QUADRO 17 - VALORES DO COEFICIENTE ADICIONAL ϒn ................................. 63
QUADRO 18 - COEFICIENTE DE CORREÇÃO EM FUNÇÃO DA POSIÇÃO DOS
PILARES ............................................................................................ 64
QUADRO 19 - TENSÃO IDEAL DE CÁLCULO DO CONCRETO ............................. 65
QUADRO 20 - PRÉ-DIMENSIONAMENTO DOS PILARES ..................................... 66
QUADRO 21 - VÃOS EFETIVOS DAS LAJES.......................................................... 73
QUADRO 22 - PESOS E VOLUMES DAS CAIXAS D'ÁGUA (MARCA TIGRE) ....... 76
QUADRO 23 - DIMENSÕES CAIXAS D'ÁGUA TIGRE............................................. 76
QUADRO 24 - AÇÕES NAS LAJES .......................................................................... 77
QUADRO 25 - REAÇÕES DE APOIO NAS LAJES ARMADAS EM DUAS
DIREÇÕES (kN)................................................................................. 78
QUADRO 26 - MOMENTOS FLETORES SOLICITANTES NAS LAJES ARMADAS
EM DUAS DIREÇÕES (kN.m) ........................................................... 79
QUADRO 27 - VERIFICAÇÃO DAS FLECHAS ........................................................ 86
QUADRO 28 - ÁREA MÍNIMA ARMADURA POSITIVA ............................................ 89
QUADRO 29 - ÁREA MÍNIMA ARMADURA NEGATIVA .......................................... 90
QUADRO 30 - ARMADURA POSITIVA NO SENTIDO lx .......................................... 92
QUADRO 31 - ESPECIFICAÇÕES DAS BARRAS NO SENTIDO lx ........................ 92
QUADRO 32 - ARMADURA POSITIVA NO SENTIDO ly .......................................... 93
QUADRO 33 - ESPECIFICAÇÕES DAS BARRAS NO SENTIDO ly ........................ 93
QUADRO 34 - DETALHAMENTO DA ARMADURA NEGATIVA............................... 94
QUADRO 35 - ESPECIFICAÇÕES DA ARMADURA NEGATIVA............................. 95
QUADRO 36 - RESUMO DO AÇO - LAJES.............................................................. 95
QUADRO 37 - RESUMO DO AÇO – LAJE TRELIÇADA .......................................... 97
QUADRO 38 - RESUMO DO AÇO – REGIÃO MACIÇA ........................................... 97
QUADRO 39 - DISTRIBUIÇÃO DAS CARGAS DAS LAJES PARA AS VIGAS ...... 100
QUADRO 40 - PESO PRÓPRIO E PESO DAS PAREDES .................................... 101
QUADRO 41 - CARREGAMENTO NA VIGA 11 ..................................................... 101
QUADRO 42 - PARÂMETROS FIXOS .................................................................... 103
QUADRO 43 - ÁREA DE AÇO PARA OS MOMENTOS POSITIVOS ..................... 103
QUADRO 44 - ÁREA DE AÇO PARA OS MOMENTOS NEGATIVOS ................... 105
QUADRO 45 - COMPRIMENTO DAS BARRAS ..................................................... 106
QUADRO 46 - PARÂMETROS FIXOS .................................................................... 107
QUADRO 47 - ÁREA DE AÇO - ESTRIBOS ........................................................... 107
QUADRO 48 - RESUMO DOS ESTRIBOS ............................................................. 108
QUADRO 49 - RESUMO DO AÇO (VIGA 11) ......................................................... 112
QUADRO 50 - CARREGAMENTO NOS PILARES ................................................. 116
QUADRO 51 - COMPRIMENTOS EQUIVALENTES .............................................. 117
QUADRO 52 - ÍNDICE DE ESBELTEZ ................................................................... 118
QUADRO 53 - TAXA DE ARMADURA MÍNIMA ...................................................... 119
QUADRO 54 - TAXA DE ARMADURA MÁXIMA ..................................................... 120
QUADRO 55 - VALORES DE Δl E Δc (cm) ............................................................. 123
QUADRO 56 - DETALHAMENTO DOS ESTRIBOS ............................................... 123
QUADRO 57 - RESUMO DAS ARMADURAS......................................................... 124
QUADRO 58 - RESUMO DO AÇO.......................................................................... 124
QUADRO 59 - RESUMO DO DIMENSIONAMENTO DOS PILARES PELO
SOFTWARE EBERICK .................................................................... 125
QUADRO 60 - RESUMO DO AÇO POR DIMENSIONAMENTO MANUAL ............ 125
LISTA DE ABREVIATURAS OU SIGLAS

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas


CAA - Classe de agressividade
ELU - Estado limite último
ELS - Estado limite de serviço
NBR - Norma brasileira regulamentadora
LISTA DE SÍMBOLOS

a - Distância ou dimensão
b - Largura
cnom - Cobrimento nominal
d - Altura útil
g - Ações permanentes
q - Ações variáveis
h - Altura
i - Raio de giração
lim - Limite
s - Espaçamento entre barras
x - Altura da linha neutra
fck - Resistência característica do concreto à compressão
ϒc - Coeficiente de ponderação da resistência do concreto
fcd - Resistência de cálculo do concreto
Ac - Área da seção transversal do concreto
As - Área da seção transversal da armadura longitudinal de tração
A’s - Área da seção transversal da armadura longitudinal de compressão
E - Módulo de elasticidade
K - Coeficiente
Fd - Valor de cálculo das ações para combinação última
Md - Momento fletor solicitante
Vd - Força cortante de cálculo
c - Parâmetro de redução da resistência do concreto na compressão
c - Coeficiente de ponderação da resistência do concreto
f - Coeficiente de ponderação das ações
 - Índice de esbeltez
μ - Momento reduzido
 - Taxa geométrica de armadura longitudinal de tração
mín - Taxa geométrica mínima de armadura longitudinal de vigas e pilares
c - Tensão à compressão no concreto
Rd - Tensão de cisalhamento resistente de cálculo
Sd - Tensão de cisalhamento de cálculo usando o contorno adequado ao fenômeno
analisado
Td - Tensão de cisalhamento de cálculo, por torção
wd - Tensão de cisalhamento de cálculo, por força cortante
 - Diâmetro das barras da armadura
l - Diâmetro das barras de armadura longitudinal de peça estrutural
t - Diâmetro das barras de armadura transversal
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 16
1.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 17
1.2 OBJETIVOS ........................................................................................................ 17
Objetivo geral ............................................................................................................ 17
Objetivos específicos ................................................................................................ 17
1.3 METODOLOGIA .................................................................................................. 18
2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 19
2.1 CONCEPÇÃO ESTRUTURAL ............................................................................ 19
2.2 PRÉ-DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL ....................................................... 20
2.3 MODELOS ESTRUTURAIS ................................................................................ 20
2.4 ANÁLISE ESTRUTURAL .................................................................................... 21
2.5 SOFTWARES PARA CÁLCULOS ESTRUTURAIS ............................................ 22
2.6 SOFTWARE FTOOL ........................................................................................... 23
2.7 SOFTWARE EBERICK ....................................................................................... 24
3 MATERIAL E MÉTODOS ...................................................................................... 25
3.1 GENERALIDADES .............................................................................................. 25
3.1.1 Agressividade do ambiente .............................................................................. 25
3.1.2 Estados limites ................................................................................................. 26
3.1.3 Ações ............................................................................................................... 28
3.1.4 Resistências ..................................................................................................... 29
3.1.4.1 Resistência característica.............................................................................. 29
3.1.4.2 Resistência de cálculo ................................................................................... 30
3.1.5 Módulo de elasticidade ..................................................................................... 30
3.2 PROJETO ARQUITETÔNICO UNIFAMILIAR ..................................................... 31
3.2.1 DESCRIÇÃO DA EDIFICAÇÃO ....................................................................... 31
3.2.2 PROJETO ARQUITETÔNICO .......................................................................... 31
3.3 PRÉ-DIMENSIONAMENTO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS ...................... 34
3.3.1 Pré-dimensionamento - Lajes........................................................................... 34
3.3.1.1 Vão efetivo .................................................................................................... 35
3.3.1.2 Tipo de laje de acordo com a armação ......................................................... 36
3.3.1.3 Vinculação .................................................................................................... 37
3.3.1.4 Carregamentos ............................................................................................. 38
3.3.1.5 Reações de apoio ......................................................................................... 39
3.3.1.6 Momentos fletores ........................................................................................ 40
3.3.1.7 Compatibilização de momentos fletores ....................................................... 41
3.3.1.8 Flechas ......................................................................................................... 42
3.3.1.9 Flexão ........................................................................................................... 47
3.3.1.10 Verificação quanto a força cortante ....................................................... 47
3.3.1.11 Dimensionamento das armaduras ......................................................... 48
3.3.2 Pré-dimensionamento - Vigas .......................................................................... 52
3.3.2.1 Cargas nas vigas ........................................................................................... 54
3.3.2.2 Vão efetivos ................................................................................................... 55
3.3.2.3 Linha neutra .................................................................................................. 55
3.3.2.4 Determinação da altura útil ............................................................................ 55
3.3.2.5 Momentos fletores ......................................................................................... 56
3.3.2.6 Armaduras longitudinais ................................................................................ 57
3.3.2.7 Armaduras transversais................................................................................. 59
3.3.2.8 Armadura de pela .......................................................................................... 59
3.3.2.9 Esforços cortantes ......................................................................................... 59
3.3.2.10 Espaçamento das barras............................................................................. 61
3.3.3 Pré-dimensionamento - Pilares ........................................................................ 62
3.3.3.1 Comprimento equivalente .............................................................................. 67
3.3.3.2 Índice de esbeltez.......................................................................................... 67
3.3.3.3 Excentricidade de primeira ordem ................................................................. 68
3.3.3.4 Momento mínimo de primeira ordem ............................................................. 68
3.3.3.5 Efeito de segunda ordem .............................................................................. 69
3.3.3.6 Armadura longitudinal.................................................................................... 70
3.3.3.7 Armadura transversal .................................................................................... 70
3.3.3.8 Taxa de armadura máxima ............................................................................ 71
4 RESULTADOS E ANÁLISES ................................................................................ 72
4.1 ANÁLISE DAS LAJES ......................................................................................... 72
4.1.1 Vãos efetivos e vinculações ............................................................................. 72
4.1.2 Cálculo das ações atuantes ............................................................................. 76
4.1.3 Reações de apoio e momentos fletores ........................................................... 78
4.1.4 Verificação das flechas..................................................................................... 86
4.1.5 Taxa de Armaduras longitudinais positivas e negativas ................................... 87
4.1.6 Detalhamento das armaduras .......................................................................... 91
4.1.7 Verificação do esforço cortante ........................................................................ 95
4.1.8 Comparação entre os sistemas de cálculo ....................................................... 96
4.2 ANÁLISE DAS VIGAS ......................................................................................... 98
4.2.1 Dados dos materiais considerados no cálculo: ................................................ 98
4.2.2 Cargas consideradas........................................................................................ 98
4.2.3. Dimensionamento da viga 11 ........................................................................ 101
4.2.4. Cálculo das armaduras longitudinais ............................................................. 103
4.2.5. Cálculo dos estribos ...................................................................................... 107
4.2.6 Análise das vigas ........................................................................................... 108
4.3 ANÁLISE DOS PILARES .................................................................................. 113
4.3.1 Carregamentos e esforços solicitantes........................................................... 116
4.3.2 Comprimento equivalente............................................................................... 116
4.3.3 Índice de esbeltes .......................................................................................... 117
4.3.4 Taxa de armadura mínima ............................................................................. 119
4.3.4 Taxa de armadura máxima............................................................................. 120
4.3.5 Armadura longitudinal..................................................................................... 121
4.3.6 Armadura transversal (estribos) ..................................................................... 122
4.3.7 Resumo das armaduras ................................................................................. 123
4.3.7 Comparação entre os cálculos ....................................................................... 124
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 128
REFERÊNCIAS....................................................................................................... 129
APÊNDICE 1 – TABELAS UTILIZADAS PARA DIMENSIONAMENTO MANUAL 131
ANEXO 1 – PLANTA ARQUITETÔNICA ............................................................... 141
ANEXO 2 – DETALHAMENTO EBERICK.............................................................. 144
16

1 INTRODUÇÃO
Com o avanço da tecnologia, o uso de softwares vem se tornando cada vez
mais frequente no âmbito profissional, e não seria diferente no ramo da construção
civil. Dentro da Engenharia estrutural, podemos contar com uma lista extensa de
programas de computador que trazem praticidade na hora de elaborar projetos e
realizar cálculos, é possível dimensionar e detalhar estruturas, e calcular esforços
solicitantes de forma ágil em um espaço de tempo muito mais curto através de
softwares, o que os torna ferramentas muito importantes para quem busca elaborar
projetos com maior praticidade e rapidez. Segundo MARTHA (2017) a análise
estrutural “[...] é a etapa do projeto estrutural na qual é realizada uma previsão do
comportamento da estrutura.” É muito difícil imaginar nos dias atuais uma análise
estrutural feita completamente de forma manual.
Os softwares comerciais disponíveis na área estrutural são de grande
importância para os calculistas estruturais, pois agiliza o trabalho (tempo), além de
prover imagens dos momentos fletores, por exemplo. No entanto, é indispensável o
conhecimento teórico sobre a concepção estrutural, os pré-dimensionamentos, bem
como a fundamentação de todos os parâmetros de cálculos estruturais, uma vez que
os resultados obtidos nos softwares são em função dos dados inseridos pelo usuário,
bem como de sua interpretação
Dessa maneira, um dos softwares voltados para a análise de estrutura é o software
Ftool, que foi desenvolvido pelo professor Luiz Fernando Martha, da Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). O Ftool é um software gratuito
que é um programa gráfico-interativo para ensino de comportamento de estruturas,
sua interface é simples de usar, unindo uma única interface recurso para modelagem
e visualização de resultados do modelo estrutural. Pode-se fazer o download através
do site https://www.ftool.com.br/Ftool/site/login. Iniciou como uma vertente educativa,
e após várias atualizações o mesmo evoluiu para uma ferramenta que pode ser
utilizada para dimensionamento de projetos executivos de estruturas com licença
profissional. Além disso, existem vários tutoriais e apostilas gratuitas que instruem
sobre a utilização do software, e por ser gratuito o Ftool é utilizado, por exemplo, para
o cálculo de ponte treliçada na competição estudantil sobre pontes com uso de
espaguete de macarrão em algumas Universidades Federais como a da UFRGS,
UNIPAMPA, UPF e UFPR, pois executam cálculos de estruturas planas de forma
simples e intuitiva.
17

Ainda dentro da gama de softwares voltados para análise e/ou


dimensionamento de estruturas, existe o Eberick, um software pago que modela,
analisa, dimensiona e faz o detalhamento completo de um projeto de estruturas.
Possui módulos onde é possível dimensionar projetos de estruturas de concreto
armado moldado in-loco, pré-moldado, alvenaria estrutural, lajes protendidas, e
também, estruturas de aço. Possibilita que o dimensionamento seja elaborado de
acordo com as normas brasileiras, destaca os elementos com erros de
dimensionamento e parâmetros que extrapolam os limites normativos, possibilitando
sua correção de forma rápida e otimizada.

1.1 JUSTIFICATIVA

Aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da graduação, vivenciar as


metodologias e procedimentos necessários para a elaboração de um projeto
estrutural.

1.2 OBJETIVOS

Objetivo geral

Dimensionar elementos estruturais em concreto armado de uma edificação


térrea unifamiliar existente, seguindo aos requisitos impostos pela NBR6118:2014, por
pré-dimensionamento manual e uso do software Ftool (Two-Dimensional Frame
Analysis Tool).

Objetivos específicos

• Revisar os métodos abordados e aprendidos nas disciplinas durante a


graduação de Engenharia Civil;
• Apresentar o desenvolvimento dos cálculos do pré-dimensionamento e
do dimensionamento teórico estrutural;
• Comparar e analisar o dimensionamento pelos métodos manuais e via
software Eberick;
18

• Elaborar através do software Ftool, diagramas que auxiliam no


dimensionamento manual;
• Comparar o dimensionamento de lajes maciças e lajes treliçadas;

1.3 METODOLOGIA

O estudo foi realizado utilizando um projeto estrutural elaborado e cedido pela


engenheira Morgana Zanelato, utilizando o software Eberick da Alto Qi para realização
dos elementos estruturais, para realizar comparações de pré-dimensionamentos e a
utilização do software gratuito Ftool, que é um programa gráfico-interativo de uso na
engenharia civil, desenvolvido na PUC-Rio, para auxiliar no ensino do comportamento
estrutural de pórticos planos. As lajes do projeto existente são treliçadas, a título de
comparação e justificativa sobre a escolha do tipo de laje, para esse mesmo projeto,
foram calculadas manualmente lajes maciças seguindo a NBR6118:2014. Uma viga
foi calculada com as cargas passadas das lajes maciças para que possamos ver o
quão discrepante seria a quantidade de aço para suportar a carga entre os dois tipos
de lajes.
Os pilares foram calculados manualmente utilizando as cargas do projeto
dimensionado através do software Eberick, no intuito de verificar a diferença de
resultados seguindo uma padronização dos mesmos, visto que na obra é mais fácil
de executar as formas quando há um padrão.
19

2 REVISÃO DE LITERATURA

De acordo com MARTHA (2010), a finalidade de um projeto estrutural é


abranger as necessidades para as quais a estrutura será construída, atendendo às
condições de segurança, de utilização, econômicas, estéticas, ambientais,
construtivas e legais.
A elaboração de um projeto estrutural possui etapas numerosas e complexas,
vão desde a previsão do comportamento da estrutura, até o dimensionamento da
mesma, garantindo às condições de segurança e funcionalidade.

2.1 CONCEPÇÃO ESTRUTURAL

A concepção estrutural consiste em definir os materiais que serão utilizados,


determinar as ações atuantes na estrutura, dispor o posicionamento e realizar o pré-
dimensionamento estrutural, sendo assim, é uma das etapas iniciais que tem grande
influência sobre o projeto final KIMURA (2007).
FUSCO (2017) diz que levando em conta as variadas limitações,
principalmente conseguintes da dimensão das construções, para a concepção
estrutural, cabe decompor a construção em diversos blocos adjacentes, considerando
de início a estrutura de cada um deles isoladamente, cuidando em seguida das
interações que possam existir entre eles, por isso, torna-se necessário conhecer o
funcionamento de cada uma das partes que vai formar a estrutura a ser construída. A
fase de concepção do projeto estrutural, tem como objetivo a idealização da estrutura
a ser executada.
Segundo GIONGO (2007), na fase de concepção estrutural, é verificado qual
material se aplicará da melhor forma para a exigência arquitetônica, visando o ponto
de vista seguro e econômico.
Na visão de REBELLO (2000), concepção estrutural trata-se de compreender
a estrutura, entender e saber explica-la, diferente do dimensionamento, que significa
poder identificar os posicionamentos ou materiais dos elementos da maneira mais
adequada a se adaptar a estrutura.
20

2.2 PRÉ-DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL

Para LEET (2009), o pré-dimensionamento estrutural exige uma noção das


condições de carga (tais como peso próprio) que influenciarão no projeto, sendo
assim, já que neste estágio as cargas precisas da estrutura são desconhecidas, pode-
se utilizar valores estimados para realizar uma análise dos diversos sistemas
estruturais sob consideração, para determinar as forças nas seções críticas e os
deslocamentos em qualquer ponto que influenciem a resistência da estrutura.
A carga real da estrutura só poderá ser calculada após o exato
dimensionamento da mesma.
O entendimento de KASSIMALI (2016), reforça que na fase de pré-
dimensionamento, as dimensões dos elementos do sistema estrutural são estimadas
com base na experiência do passado e nas exigências das normas. Assim, as
dimensões dos elementos assim selecionadas são utilizadas para estimar o peso da
estrutura. Nesse sentido, BASTOS (2014), a partir dos resultados obtidos na análise
através do pré-dimensionamento, é desenvolvida uma análise mais adequada que se
adapta à estrutura projetada.

2.3 MODELOS ESTRUTURAIS

Entende-se que um modelo estrutural, também conhecido como modelo


numérico, segundo KIMURA (2007), busca simular o comportamento de uma estrutura
real. É necessário conhecer as aproximações características dos modelos estruturais,
já que os mesmos possuem limitações, visto que para viabilizar uma análise,
simplificações têm de ser feitas pois é uma tarefa muito complexa. Além disso
FONTES (2005), a escolha do modelo estrutural a ser utilizado depende da
disponibilidade de tempo, conhecimento e recursos computacionais por parte do
projetista.
Teoricamente, para KIMURA (2007), o melhor modelo é o mais realista,
aquele que melhor simula a estrutura real. Porém, ele faz algumas ressalvas, afirma
que nem sempre o modelo mais sofisticado e abrangente é o mais adequado para as
situações e reitera que o modelo estrutural perfeito não existe, pois todos possuem
limitações.
21

Para MARTHA (2010), criação do modelo estrutural de uma estrutura real é


uma das tarefas mais importantes da análise estrutural. Na concepção do modelo
estrutural faz-se uma idealização do comportamento da estrutura real em que se adota
uma série de hipóteses simplificadoras. Estas estão baseadas em teorias físicas e em
resultados experimentais e estatísticos, e podem ser divididas nos seguintes tipos:
• hipóteses sobre a geometria do modelo;
• hipóteses sobre as condições de suporte
(ligação com o meio externo, por exemplo, com o
solo);
• hipóteses sobre o comportamento dos materiais;
• hipóteses sobre as solicitações que atuam sobre
a estrutura (cargas de ocupação ou pressão de
vento, por exemplo).
A estrutura real é desenvolvida em um modelo estrutural, o qual será é
analisado por um método estipulado, que dependendo da sua complexidade, pode ser
de aplicação manual ou computacional. A análise se dá em função dos fatores
considerados no desenvolvimento do comportamento estrutural.

2.4 ANÁLISE ESTRUTURAL

A análise estrutural é uma etapa muito importante do projeto, onde é planejado


o comportamento da estrutura. É nessa etapa que se determinam os deslocamentos
da estrutura e os esforços solicitantes, que em seguida serão utilizados para o
dimensionamento dos elementos estruturais.
Conforme a NBR 6118 (2014), a análise estrutural tem como objetivo a
obtenção dos efeitos gerados pelas ações atuantes, com base em um modelo
estrutural que simula uma estrutura real. Nas palavras de KIMURA (2007), a análise
consiste em averiguar os deslocamentos e esforços nas peças estruturais que
compreendem uma estrutura.
Segundo BRASIL (2013), como qualquer corpo físico, uma estrutura a ser
analisada passa pela criação de modelos que representam essa entidade da natureza,
muitas vezes bastante complexa, em algo que os recursos mentais possam
compreender, transformando a estrutura real em um modelo físico por simplificações
como barras, placas e etc.
22

MARTHA (2010) apresenta campos de tensões, deformações e


deslocamentos na estrutura como possíveis parâmetros desse comportamento. Em
geral, o objetivo da análise estrutural é a determinação de esforços internos e externos
(cargas e reações de apoio), e das tensões correspondentes, bem como a
determinação dos deslocamentos e as correspondentes deformações da estrutura
que está sendo projetada.

2.5 SOFTWARES PARA CÁLCULOS ESTRUTURAIS

Softwares disponíveis comercialmente acabam facilitando o processo de


dimensionamento e verificação de cálculos estruturais, visto a rapidez em que os
mesmos podem executar essas ações. Além de que podem trazer mais precisão e
segurança nos resultados obtidos. Além disso, com o uso de softwares de cálculo
estrutural não só auxiliam na obtenção de resultados numéricos, como também na
sua representação gráfica o que facilita a visualizações das cargas atuantes.
Neste sentido, KIMURA (2007) classifica os softwares relacionados à
elaboração de projetos estruturais como Software de análise, que é utilizado para
calcular os esforços e deslocamentos de uma estrutura, dimensiona armaduras e nem
gera as plantas finais, frequentemente utilizado para análise de projetos de estruturas
de grande porte; Software de dimensionamento/verificação de elemento isolado,
frequentemente utilizado para rápidas verificações, já que dimensiona elementos
(viga, pilar ou laje) de forma isolada da estrutura; Software de desenho, utilizado para
elaboração de desenhos em geral, não direcionados exclusivamente para a
engenharia civil, conhecidos como CAD; E Sistema integrado, frequentemente
utilizado para projetar edifícios de concreto, visto que abrange todas as etapas do
projeto, ou seja calcula a estrutura, dimensiona e detalha as armaduras, gera e
imprime os desenhos finais.
SPERB e SCHUCK (2018) ressaltam que a forma como os softwares podem
contribuir para o ensino de estruturas, leva a crer que a modelagem de um sistema
cujos parâmetros podem ser atualizados e reanalisados, amplia os horizontes de
possibilidades que podem ser atingidas, ainda afirmam que com a utilização de um
software, diversos conceitos de mecânica estrutural podem ser abordados,
exemplificando as circunstâncias dos modelos estruturais, concordando com
23

VALENTE (1999), que argumenta sobre a implicação de entender os recursos


computacionais como uma nova maneira de construir o conhecimento.

2.6 SOFTWARE FTOOL

De acordo com ANDREATTA DA COSTA, RAMIRO e BERNARDES (2014),


o software Ftool se trata de um sistema operacional que ocupa um ramo pouco
explorado por programas educacionais. Sua simplicidade e praticidade incentivam o
aprendizado do comportamento estrutural de pórticos planos, treliças e vigas por meio
de verificações de inúmeras alternativas para a modelagem de estruturas. O programa
possibilita a obtenção imediata de todos os deslocamentos e esforços em barras. No
que diz respeito ao método de cálculo do software, esse consiste em um meio
matemático que contempla as condições necessárias para uma análise estrutural,
sendo esse conhecido como método dos deslocamentos. Nessa análise, busca-se
determinar as incógnitas com base nas soluções de deslocamentos que satisfazem
as condições de compatibilidade e equilíbrio. Assim sendo, o programa colabora para
o melhor entendimento do comportamento das estruturas e melhor compreensão das
disciplinas que envolvem a análise estrutural.
Segundo BORGES, SILVA e BEZERRA (2016), o Ftool é um dos programas
que vem em escala crescente de uso nas universidades, para o cálculo de estruturas
por apresentar uma interface de fácil compreensão.
Ana Júlia do Amaral Souza (2012), utilizou o software Ftool para estudar o
comportamento de estruturas de contenção, em seu artigo, ela lembra que sendo o
FTool um programa destinado a pórticos planos, as seções transversais incluídas
deverão sempre ter como sua base as extensões de profundidade, ou seja, o quanto
se estende pelo eixo z, não visível na tela. Após seu estudo, conseguiu provar que é
possível prever deformações de uma cortina atirantada fazendo uso do software
FTool. A mesma diz que apesar de os valores de deformação obtidos em sua
simulação não corresponderem exatamente às instrumentações realizadas no caso
real, o modelo desenvolvido representou muito bem o comportamento que se
esperava, e que as diferenças existentes se justificam pela incerteza das forças e
também pelas aproximações e adoções realizadas.
SPERB e SCHUCK (2018) após utilizarem o FTool em um estudo sobre as
propriedades dos momentos fletores, afirmam que não é necessário o conhecimento
24

prévio do software para obter êxito sobre sua aplicação em atividades, visto a
facilidade de uso e leitura do mesmo.

2.7 SOFTWARE EBERICK

Eberick é um programa computacional gráfico criado e comercializado pela


Alto-QI, que tem por finalidade o dimensionamento detalhado de projetos estruturais
em concreto armado, moldado in-loco, lajes protendidas, alvenaria estrutural e
estruturas em aço, desde edificações de pequeno porte, até edifícios de múltiplos
pavimentos. O software aborda todas as fases da elaboração de um projeto estrutural,
desde a modelagem até a entrega das pranchas finais. Possibilita que todo o
dimensionamento seja realizado dentro dos parâmetros estabelecidos pela NBR6118.
Apesar de todas as vantagens na utilização deste software para elaborar
projetos estruturais, apenas tem acesso a ele quem compra sua licença, que pode
ficar na faixa de 4mil reais segundo orçamento solicitado através do site.
25

3 MATERIAL E MÉTODOS

Serão abordados aspectos gerais sobre o procedimento de cálculo para o


dimensionamento de estruturas de concreto armado.

3.1 GENERALIDADES

3.1.1 Agressividade do ambiente

De acordo com a NBR6118 (ABNT, 2014), a agressividade do meio ambiente


relaciona ações físicas e químicas que atuam sobre a estrutura, ações essas que
independem das ações mecânicas, variações volumétricas e etc. Deve ser
classificada de acordo com a tabela 6.1 da norma, e apresentada no Quadro 1.

QUADRO 1 - CLASSE DE AGRESSIVIDADE AMBIENTAL (CAA)

FONTE: NBR6118 (2014).

Na falta de ensaios que comprovem o desempenho da durabilidade do


concreto, a classe de agressividade estabelece parâmetros mínimos para qualidade
do mesmo, tais parâmetros podem ser encontrados na tabela 7.1 da norma
regulamentadora e, disposto no Quadro 2.
26

QUADRO 2 - CORRESPONDÊNCIA ENTRE A CLASSE DE AGRESSIVIDADE E A QUALIDADE DO


CONCRETO

FONTE: NBR6118 (2014).

Ainda em relação a classe de agressividade, a tabela 7.2 da NBR6118:2014,


indica o cobrimento nominal (Cn) em função da classe de agressividade, como
mostrado no Quadro 3.

QUADRO 3 - CORRESPONDÊNCIA ENTRE A CLASSE DE AGRESSIVIDADE AMBIENTAL E O


COBRIMENTO NOMINAL PARA Δc = 10mm

FONTE: NBR6118 (2014).

3.1.2 Estados limites

Os estados limites são definidos pela NBR6118:2014, classificados em estado


limite ultimo (ELU) e estado limite de serviço (ELS), a norma estabelece para os
estados limites últimos:
estado-limite relacionado ao colapso, ou a
qualquer outra forma de ruína estrutural, que
determine a paralização do uso da estrutura.
E ainda,
27

a segurança das estruturas de concreto deve


sempre ser verificada em relação aos
seguintes estados-limites últimos:
a) estado-limite último da perda do equilíbrio da
estrutura, admitida como corpo rígido;
b) estado-limite último de esgotamento da
capacidade resistente da estrutura, no seu todo
ou em parte, devido às solicitações normais e
tangenciais, admitindo-se a redistribuição de
esforços internos, desde que seja respeitada a
capacidade de adaptação plástica definida na
Seção 14, e admitindo-se, em geral, as
verificações separadas das solicitações normais e
tangenciais; todavia, quando a interação entre
elas for importante, ela estará explicitamente
indicada nesta Norma;
c) estado-limite último de esgotamento da
capacidade resistente da estrutura, no seu
todo ou em parte, considerando os efeitos de
segunda ordem;
d) estado-limite último provocado por solicitações
dinâmicas [...];
e) estado-limite último de colapso progressivo;
f) estado-limite último de esgotamento da
capacidade resistente da estrutura, no seu todo
ou em parte, considerando exposição ao fogo,
conforme a ABNT NBR 15200;
g) estado-limite último de esgotamento da
capacidade resistente da estrutura, considerando
ações sísmicas, de acordo com a ABNT NBR
15421;
h) outros estados-limites últimos que
eventualmente possam ocorrer em casos
especiais.
E define estado de serviço como:
Estados-limites de serviço são aqueles
relacionados ao conforto do usuário e à
durabilidade, aparência e boa utilização das
estruturas, seja em relação aos usuários,
28

seja em relação às máquinas e aos equipamentos


suportados pelas estruturas.

Segundo Araújo (2010), estados de limites últimos relacionam o requisito de


segurança, enquanto aparência e conforto estão relacionados ao estado limite de
utilização, ou seja, para ELU o dimensionamento é feito considerando a resistência
da estrutura, enquanto para ELS, consideram-se durabilidade, deformação da
estrutura, fissuração e etc.
Para realizar o cálculo das estruturas de uma edificação e levando-se em
consideração os estados de serviço, a NBR6118:2014 apresenta coeficientes para
combinar ações de forma com que se possa determinar os carregamentos mais
desfavoráveis.

3.1.3 Ações

As ações são carregamentos classificados em permanentes e variáveis,


determinados em função da utilização da estrutura. Os valores das ações são
encontrados na NBR6120:2019, e são utilizados para cálculo de projetos através das
combinações. De forma simplificada, a combinação ultima (ELU) pode ser
determinada através da equação 1, e a de serviço através da equação 2, e exibidos
os valores dos coeficientes de ponderação nos Quadros 4 e 5.
𝐹𝑑 = 𝛾𝑔. 𝐹𝑔 + 𝛾𝜀𝑔. 𝐹𝜀𝑔 + 𝛾𝑞 (𝐹1𝑞𝑘 + 𝛴𝛹0𝑗 . 𝐹𝑞𝑗𝑘 ) + 𝛾𝜀𝑞 . 𝛹0𝜀 . 𝐹𝜀𝑞𝑘 (1)
onde:
• 𝐹𝑑: esforço último;
• 𝛾𝑔 e 𝛾𝑞 : coeficientes de ponderação das ações (tabela 11.1,
NBR6118:2014).𝐹𝑑,𝑠𝑒𝑟𝑣 = 𝛴𝐹𝑔,𝑘 + 𝛴𝛹2𝐹𝑞,𝑘 (2)

onde:
• 𝐹𝑑,serv: esforço de serviço;
• 𝛹2: coeficiente de ponderação para combinações de serviço (tabela 11.2,
NBR6118:2014).
29

QUADRO 4 – COEFICIENTES DE PONDERAÇÃO PARA COMBINAÇÃO ÚLTIMA

FONTE: TABELA 11.1 NBR6118 (2014).

QUADRO 5 - COEFICIENTE DE PONDERAÇÃO PARA ESTADO LIMITE DE SERVIÇO

FONTE: TABELA 11.2 NBR6118 (2014).

3.1.4 Resistências

As resistências são classificadas em: resistência característica e resistência


de cálculo. Sendo a resistência característica, a propriamente dita do material, e a
resistência de cálculo o valor utilizado para fins de cálculo.

3.1.4.1 Resistência característica

A resistência característica, expressa a resistência do aço e do concreto a


partir de ensaios. A definição da resistência se dá através dos valores que tiverem
apenas 5% de probabilidade de não serem ultrapassados.
• 𝑓𝑐𝑘 é a resistência característica do concreto à compressão;
• 𝑓y𝑘 é a resistência característica do aço.
30

3.1.4.2 Resistência de cálculo

A resistência de cálculo é obtida utilizando coeficientes de segurança


(equação 3) e valores no Quadro 6 (Tabela 12.1 da NBR6118:2014), para que se
possa assegurar que havendo diferenças entre as resistências obtidas em laboratório
e executadas em obra, devido à má execução e/desvios de dimensões entre outros
“erros”, a estrutura não seja prejudicada.

(3)

QUADRO 6 - VALORES DOS COEFICIENTES ϒc E ϒs

FONTE: TABELA 12.1 NBR6118 (2014).

3.1.5 Módulo de elasticidade

De acordo com a norma NBR6118:2014, não havendo resultados de ensaios,


o módulo de elasticidade pode ser estimado pela equação (4) para concretos com
resistência de 20 a 50MPa.
𝐸𝑐𝑖 = 𝛼𝐸 . 5600. √𝑓𝑐𝑘 (4)

Onde:
• 𝛼𝐸 = 1,2 para basalto e diabásio;

• 𝛼𝐸 = 1,0 para granito e gnaisse;

• 𝛼𝐸 = 0,9 para calcário;

• 𝛼𝐸 = 0,7 para arenito;

O módulo de deformação secante, que determina as deformações no estado


limite de serviço, pode ser estimado por:
𝐸𝑐𝑠 = 𝛼𝑖 . 𝐸𝑐𝑖 (5)
31

Sendo:
𝛼𝑖 = 0,8 + 0,2.𝑓𝑐𝑘/80 ≤ 1,0 (6)

Além disso, a Tabela 8.1 da NBR6118 (Quadro 7), fornece valores estimados
que podem ser utilizados em projeto, em função da resistência do concreto.

QUADRO 7 - VALORES ESTIMADOS DE MÓDULO DE ELASTICIDADE EM FUNÇÃO DA


RESISTÊNCIA CARACTERÍSTICA À COMPRESSÃO DO CONCRETO (CONSIDERANDO
GRANITO COMO AGREGADO GRAÚDO)

FONTE: TABELA 8.1 NBR6118 (2014).

3.2 PROJETO ARQUITETÔNICO UNIFAMILIAR

3.2.1 Descrição da edificação

A edificação consiste em uma residência térrea unifamiliar de alto padrão que


se situa na região central da cidade de Matinhos-PR (região litorânea), distante da
capital Curitiba cerca de 110km. Foi construída no ano de 2021, o terreno é
relativamente plano, com excelente localização, estando afastado da orla da praia de
75 metros. Nos arredores existem edificações variadas, com residências simples a
elevado padrão, bem como de diversificado tipo de comércio local.
A alvenaria foi levantada com blocos cerâmicos, tendo as paredes externas
com dimensões 19x19x29 cm e das paredes internas 14x19x29 cm.

3.2.2 Projeto arquitetônico

O projeto residencial foi elaborado pelo escritório de engenharia MZ


Engenharia, que gentilmente cedeu todo o projeto arquitetônico (Figura 01), bem
32

como o projeto estrutural da edificação. Dessa forma, sobre este projeto, deu-se início
a realização do lançamento estrutural (concepção estrutural) dos elementos em
concreto armado: pilares, vigas e lajes.
Segundo Paula Katakura (Professora do curso de Engenharia Civil do Instituto
Mauá de Tecnologia), projeto arquitetônico pode ser definido como a materialização
da ideia, representação da concepção projetual. Através dele é possível estudar e
elaborar a melhor forma de atender as necessidades de quem utilizará a edificação
em questão. Tem como uma de suas finalidades prever possíveis problemas de
execução, podendo garantir assim que a obra saia como planejada. É composto por
implantação, planta de cobertura, planta baixa, cortes e elevação.
Deve-se fazer uma série de analises das condições pré-existentes no
terreno ou construção para que seja possível uma correta elaboração do projeto
arquitetônico. É onde se decide a quantidade de pavimentos, espessura das paredes,
dimensões das esquadrias, dimensões dos cômodos, pé-direito da edificação, e etc.
O projeto arquitetônico completo da edificação em questão é
apresentado no anexo, com base no mesmo, foi feita a concepção estrutural, que
consiste na locação dos pilares e vigas, e a divisão das lajes em planta.
33

FIGURA 1 - PLANTA BAIXA: PROJETO ARQUITETÔNICO

FONTE: MZ ENGENHARIA
34

3.3 PRÉ-DIMENSIONAMENTO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS

3.3.1 Pré-dimensionamento - Lajes

Lajes são estruturas que realizam interface entre pavimentos de uma


edificação, podendo dar suporte a contrapisos, ou funcionar como teto. Sua
concepção estrutural é de uma placa, onde o comprimento e a largura são muito
superiores à espessura.
Segundo Bastos (2015), a espessura da laje (h) pode ser estimada pelas
seguintes equações:
𝑙∗ (7)
𝑑 = (2,5 − 0,1 ∗ 𝑛) ∗
100
∅𝑙 (8)
ℎ=𝑑+ +𝑐
2
sendo:
• l* é o menor valor entre lx e 0,7ly;
• n é o número de bordas engastadas da laje;
• ∅_l é a bitola da barra longitudinal;
• c é o cobrimento da armadura.

Para lajes maciças, a NBR6118:2014 estabelece espessuras mínimas em


função do uso da edificação:
• 5 cm para lajes de cobertura (forro) que não estejam em balanço;
• 7 cm para lajes de piso ou lajes de cobertura em balanço;
• 10 cm para lajes que suportem veículos de peso total inferior ou igual a
30kN;
• 12 cm para lajes que suportem veículos de peso total maior que 30kN;
• 16 cm para lajes lisas e 14 cm para lajes-cogumelo.
Para BATLOUNI NETO (2005) é recomendado espessuras mínimas maiores
que 10 cm, visando garantir um isolamento acústico adequado e minimizar
deformações indesejáveis. Portanto, adoramos a espessura de 12cm para o pré-
dimensionamento das lajes da edificação em questão.
35

Para a edificação térrea unifamiliar projetada pela empresa MZ Engenharia, foi


executada laje treliçada pré-moldada, e para visualização, a Figura 2 mostra o tipo de
laje treliçada pré-moldada.
No entanto, a título de comparação de resultados por sistemas construtivos
diferentes, as lajes dimensionadas manualmente são lajes maciças. Assim, as etapas
seguintes do pré-dimensionamento da laje considerado estão descritas na sequencia.

FIGURA 2 – EXEMPLO DE LAJE TRELIÇADA PRÉ-MOLDADA

Fonte: https://www.marilandialajes.com.br/v1/produtos/sem-categoria/laje-trelicada-pre-moldada (em


04/09/2022)

3.3.1.1 Vão efetivo

Segundo a NBR6118:2014, vão efetivo é a função da distância entre as faces


de apoio (vão livre), espessura da laje e/ou largura dos apoios e é obtido através da
equação (9), e ilustrada na Figura 3.
𝒍𝒆𝒇 = 𝒍𝟎 + 𝒂𝟏 + 𝒂𝟐 (9)

onde:
• 𝑙𝑒𝑓 é o vão efetivo;
• 𝑙0 é o vão entre as faces dos apoios;
• 𝑎1 é o menor valor entre 𝑡1 /2 e 0,3 ∗ ℎ;
• 𝑎2 é o menor valor entre 𝑡2 /2 e 0,3 ∗ ℎ.
36

FIGURA 3 - VÃO EFETIVO

FONTE: NBR6118 (2014).

3.3.1.2 Tipo de laje de acordo com a armação

As lajes podem ser armadas em uma direção ou em duas direções (em cruz),
conforme as solicitações dos momentos fletores. O que define se uma laje será
armada em uma ou em duas direções, é a relação entre o maior e menor vão da
mesma (Figura 4). Quando a diferença entre os vãos não é muito grande, a laje é
armada em duas direções, e quando um vão é muito superior ao outro, o momento
fletor do menor vão pode ser desconsiderado e a laje é armada em uma direção.

FIGURA 4 - VÃOS LIVRES DE UMA LAJE

FONTE: PINHEIRO (2007).

Para Pinheiro (2007), a relação se dá por 𝜆 = 𝑙𝑦 /𝑙𝑥 , onde: 𝑙𝑦 é a direção de


maior vão e 𝑙𝑥 é a direção de menor vão. Sendo assim, quando:
• 𝜆 ≤ 2: laje armada em duas direções;
• 𝜆 > 2: laje armada em uma direção.

Nas lajes armadas em duas direções, as armaduras são calculadas para resistir
os momentos fletores em ambas as direções. Nas lajes armadas em uma direção,
ainda existem armaduras em duas direções, porém, apenas é calculada a armadura
37

do menor vão, e colocada no maior vão, armaduras de distribuição, com seção


transversal mínima estipulada pela NBR6118:2014.

3.3.1.3 Vinculação

Para o dimensionamento de lajes, estas devem ser analisadas isoladamente,


para isso, consideram-se seus vínculos. Pinheiro (2007) define três tipos de vínculos:
borda livre, borda simplesmente apoiada e borda engastada (Figuras 5 e 6). Na borda
livre há deslocamento vertical, pois não há apoio, na borda apoiada e engastada isso
não acontece. Na borda engastada, a rotação também é impedida.

FIGURA 5 - REPRESENTAÇÃO DOS VÍNCULOS

FONTE: PINHEIRO (2007).

FIGURA 6 - TIPOS DE LAJES EM FUNÇÃO DOS VÍNCULOS NAS BORDAS

FONTE: APOSTILA DE ESTRUTURAS DE CONCRETO I – LAJES DE CONCRETO UNESP.


38

Podem ser consideradas engastadas as bordas das placas adjacentes quando


as mesmas apresentam continuidade e atendam algumas especificações. Quando
possuem rigidez e espessura semelhante a laje adjacente, são ditas engastadas, e
quando a espessura ou rigidez for inferior, a menos robusta é considerada engastada
e mais robusta considerada simplesmente apoiada.
No caso de engaste parcial, a borda será considerada engastada quando o
comprimento engastado for igual ou superior a 2/3 do comprimento da borda em
questão.
A diferença de momentos negativos nas lajes adjacentes também é um critério
para se considerar a borda engastada. Quando a diferença for grande, uma laje será
considerada engastada e outra apoiada (Figura 7).

FIGURA 7 - CRITÉRIO PARA CONSIDERAR BORDAS ENGASTADAS EM FUNÇÃO DO


MOMENTO FLETOR NEGATIVO

FONTE: PINHEIRO (2007).

3.3.1.4 Carregamentos
No dimensionamento de lajes, as ações consideradas no cálculo são as de
carregamento permanente e acidentais.
39

i. CARGAS PERMANENTES
Peso próprio da estrutura, do revestimento da superfície da laje, do forro e do
peso das paredes são os pesos que definem o carregamento permanente da laje.
Para obter a carga de cada um dos elementos, utilizamos a equação (13).
𝒈= ϒ∗𝒉 (13)

onde:
• 𝑔 é a carga em 𝑘𝑁/𝑚²;
• ϒ é o peso específico aparente;
• ℎ é a espessura da laje.

ii. CARGAS ACIDENTAIS

São definidas como cargas variáveis, aquelas que oriundas do uso da estrutura
e tem valores mínimos definidos na NBR6120, conforme tipo de edificação e
funcionalidade do espaço.

3.3.1.5 Reações de apoio

Pode-se definir aproximadamente a reação de apoio pela divisão da laje em


triângulos ou trapézios, de acordo com o tipo de vínculo, onde o carregamento
referente a cada subárea da laje atua sobre um apoio. Esse método é conhecido como
método das áreas (Figura 8). De acordo com a NBR6118:2014, é permitido calcular
as reações de apoio das lajes retangulares sob carregamento uniformemente
distribuído, e considera-se, para cada apoio, carga correspondente aos triângulos ou
trapézios (Equação 14).

FIGURA 8 - EXEMPLO DE APLICAÇÃO DO PROCESSO DAS ÁREAS

FONTE: PINHEIRO (2007).


40

• 45° entre dois apoios do mesmo tipo;


• 60° a partir do apoio engastado, se o outro for simplesmente apoiado;
• 90° a partir do apoio vinculado (apoiado ou engastado), quando a
borda vizinha for livre.
𝑝 ∗ 𝑙𝑥 𝑝 ∗ 𝑙𝑦
𝑉𝑥 = 𝜐𝑥 ∗ 𝑉𝑦 = 𝜐𝑦 ∗
10 10 (14)
𝑝 ∗ 𝑙𝑥 𝑝 ∗ 𝑙𝑦
𝑉′𝑥 = 𝜐′𝑥 ∗ 𝑉′𝑦 = 𝜐′𝑦 ∗
10 10
onde:
• 𝑉𝑥 e 𝑉′𝑥 são as reações de apoio na direção do vão 𝑙𝑥 ;
• 𝑉𝑦 e 𝑉′𝑦 são as reações de apoio na direção do vão 𝑙𝑦 ;
• 𝐴𝑥 , 𝐴𝑦 , 𝐴′𝑥 e 𝐴′𝑦 são as áreas correspondentes aos apoios;
• 𝜐𝑥 , 𝜐𝑦 , 𝜐′𝑥 e 𝜐′𝑦 são coeficientes adimensionais tabelados por Pinheiro
(1993), são função dos vínculos e dos vãos da laje;
• 𝑝 é a carga.

3.3.1.6 Momentos fletores

Momentos fletores são determinados a cada 1 metro de laje, tendo como


unidade kNm/m.

i. Lajes Unidirecionais
Lajes armadas em uma direção, são calculadas como vigas com 1 metro de largura
e vão 𝑙𝑥 . Os momentos no vão 𝑙𝑦 são desprezados.

ii. Lajes Bidirecionais


Lajes armadas em duas direções podem ser calculadas através das “Tabelas de
lajes” de Pinheiro (2007), tais tabelas foram adaptadas das tabelas de Bares, que
foram obtidas por elementos finitos, para determinar os coeficientes 𝜇𝑥 , 𝜇𝑦 , 𝜇′𝑥 e 𝜇′𝑦
das equações (15).
𝑝∗𝑙𝑥 2 𝑝∗𝑙𝑦 2
𝑚𝑥 = 𝜇𝑥 ∗ 𝑚𝑦 = 𝜇𝑦 ∗
100 100

𝑝∗𝑙𝑥 2 𝑝∗𝑙𝑦 2
𝑚′𝑥 = 𝜇′𝑥 ∗ 𝑚′𝑦 = 𝜇′𝑦 ∗ (15)
100 100

• 𝑚𝑥 e 𝑚′𝑥 são os momentos fletores na direção 𝑙𝑥 ;


• 𝑚𝑦 e 𝑚′𝑦 são os momentos fletores na direção 𝑙𝑦 ;
• 𝑝 é a carga.
41

3.3.1.7 Compatibilização de momentos fletores

Os momentos fletores atuantes nas lajes são conhecidos como momentos


positivos e negativos, onde, basicamente, os momentos positivos atuam nos vãos,
enquanto os momentos negativos atuam nos apoios. Para que as lajes possam ser
consideradas placas isoladas, deve-se compatibilizar os momentos negativos. A
NBR6118:2014 diz que:
Quando houver predominância de cargas
permanentes, as lajes vizinhas podem ser
consideradas isoladas, realizando-se a
compatibilização dos momentos sobre os apoios
de forma aproximada.
Permite-se, simplificadamente, a adoção do maior
valor de momento negativo em vez de equilibrar
os momentos de lajes diferentes sobre uma borda
comum.

Para Pinheiro (2007), adotando o maior valor entre a média dos dois momentos
e 80% do maior, obtém-se uma razoável aproximação quando os dois momentos são
da mesma ordem de grandeza (Figura 9), e apresenta os seguintes critérios:
Em decorrência da compatibilização dos
momentos negativos, os momentos positivos na
mesma direção devem ser analisados. Se essa
correção tende a diminuir o valor do momento
positivo [...] ignora-se a redução.
Caso contrário, se houver acréscimo no valor do
momento positivo, a correção deverá ser feita,
somando-se ao valor deste momento fletor a
média das variações ocorridas nos momentos
fletores negativos sobre os respectivos apoios[...]
Pode acontecer da compatibilização acarretar
diminuição do momento positivo, de um lado, e
acréscimo, do outro. Neste caso, ignora-se a
diminuição e considera-se somente o
acréscimo[...]
Se um dos momentos negativos for muito menor
do que o outro, por exemplo 𝑚′12 < 0,5 𝑚′21, um
critério melhor consiste em considerar L1
42

engastada e armar o apoio para o momento m’12,


admitindo, no cálculo da L2, que ela esteja
simplesmente apoiada nessa borda.

FIGURA 9 - ESQUEMA DE COMPATIBILIZAÇÃO DE MOMENTOS DE LAJES

FONTE: PINHEIRO (2007).

3.3.1.8 Flechas

É fato que não existe material perfeitamente rígido, o carregamento cria uma
deformação chamada flecha, que quando excessiva acaba comprometendo a
segurança da estrutura. No caso das lajes, a flecha se dá em função do vão.
A NBR6118:2014 recomenda que as flechas nas lajes sejam tratadas do
mesmo modo como nas vigas. No item 17.3.2 (Estado limite de deformação) o texto
diz o seguinte:
A verificação dos valores limites estabelecidos na
tabela 13.2 para a deformação da estrutura, mais
propriamente rotações e deslocamentos em
elementos estruturais lineares, analisados
isoladamente e submetidos à combinação de
ações conforme seção 11, deve ser realizada
através de modelos que considerem a rigidez
efetiva das seções do elemento estrutural, ou
seja, levem em consideração a presença da
armadura, a existência de fissuras no concreto ao
43

longo dessa armadura e as deformações diferidas


no tempo.
A deformação real da estrutura depende também
do processo construtivo, assim como das
propriedades dos materiais (principalmente do
módulo de elasticidade e da resistência à tração)
no momento de sua efetiva solicitação. Em face
da grande variabilidade dos parâmetros citados,
existe uma grande variabilidade das deformações
reais. Não se pode esperar, portanto, grande
precisão nas previsões de deslocamentos dadas
pelos processos analíticos a seguir prescritos.

Segundo o item 17.3.2.1, ainda temos que:


O modelo de comportamento da estrutura pode
admitir o concreto e o aço como materiais de
comportamento elástico e linear, de modo que as
seções ao longo do elemento estrutural possam
ter as deformações específicas determinadas no
estádio I, desde que os esforços não superem
aqueles que dão início à fissuração, e no estádio
II, em caso contrário. Deve ser utilizado no cálculo
o valor do módulo de elasticidade secante Ecs
definido na seção 8, sendo obrigatória a
consideração do efeito da fluência.

Para que possamos calcular a flecha, necessita-se conhecer o estádio de


cálculo da seção considerada. Segundo a NBR6118:2014, nos estados limites de
serviço, as estruturas trabalham parcialmente no estádio I e parcialmente no estádio
II, e as duas partes são separadas pelo momento de fissuração, que pode ser
calculado pela equação (16).
𝛼 ∗ 𝑓𝑐𝑡 ∗ 𝐼𝑐
𝑀𝑟 = (16)
𝑦𝑡
sendo:
𝛼 = 1,2 para seções T ou duplo T;
𝛼 = 1,4 para seções retangulares.
onde:
44

• 𝛼 é o fator que correlaciona aproximadamente a resistência à tração na


flexão com a resistência à tração direta;
• 𝑦𝑡 é a distância do centro de gravidade da seção à fibra mais tracionada;

• 𝐼𝑐 é o momento de inercia da seção bruta do concreto;


• 𝑓𝑐𝑡 é a resistência a tração direta do concreto.

As combinações de serviço são classificadas em quase permanentes,


frequentes e raras. Para o momento fletor na laje a ser comparado com o momento
de fissuração, dever ser considerada a combinação rara. Pela NBR6118, a ação
variável principal da combinação rara de serviço, tem seu valor característico 𝐹𝑞1𝑘 , e
as demais ações variáveis tem seus valores frequentes ψ1 ∗ 𝐹𝑞𝑘 . A ação de serviço é
calculada por (equação 17):

𝐹𝑑,𝑠𝑒𝑟 = ∑ 𝐹𝑔𝑖𝑘 + 𝐹𝑞1𝑘 + ∑ ψ1𝑗 ∗ 𝐹𝑞𝑗𝑘 (17)

onde:
• 𝐹𝑔 representa as ações permanentes características;
• ψ1 é o fator de redução de combinação frequente para ELS (tabelado);
• 𝐹𝑞1𝑘 é a ação variável característica principal;
• 𝐹𝑞𝑗𝑘 são as demais ações variáveis características.

i. Flecha Imediata
A flecha imediata ocorre quando é aplicado o primeiro carregamento na laje,
sem levar em conta os efeitos da deformação lenta. Pode ser calculada por meio da
tabela 2.2a de Pinheiro (1993), com a expressão adaptada (equação 18).
𝛼 𝑏 𝑝 ∗ 𝑙𝑥 4
𝑎𝑖 = ∗ ∗ (18)
100 12 𝐸𝑐 ∗ 𝐼𝑐
onde:
• 𝛼 é o coeficiente adimensional tabelado, dado em função do vínculo e
𝑙𝑦
de λ = ;
𝑙𝑥
• 𝑏 = 100 (largura unitária da laje);
• 𝑝 = 𝑔 + ψ2 ∗ 𝑞 é o valor da carga para combinação quase permanente
(ψ2 = 0,3 para edifícios residenciais);
• 𝑙𝑥 é o menor vão;
• 𝐸𝑐 = 𝐸𝑐𝑠 = 0,85 ∗ 5600√𝑓𝑐𝑘 é o modulo de elasticidade secante do
concreto, dado em MPa.
45

Se:

𝑀𝑎 > 𝑀𝑟 → 𝐸𝐼 = (𝐸𝐼)𝑒𝑞
𝑀𝑎 < 𝑀𝑟 → 𝐸𝐼 = 𝐸𝑐𝑠 𝐼𝑒𝑞

ii. Flecha Diferida


A flecha diferida leva em conta o fato de que o carregamento atua na estrutura
ao longo do tempo, ocasionando uma deformação lenta ou fluência. A NBR6118:2014
(equação 19) sugere que a flecha deferida pode ser calculada basicamente
multiplicando a flecha imediata pelo fator 𝛼𝑓 , e os valores apresentado no Quadro 8.
∆ξ
𝛼𝑓 = (19)
1 + 50𝜌′
onde:
𝐴′𝑠
• 𝜌′ = ;
𝑏∗𝑑
• 𝐴′𝑠 é a armadura de compressão, no caso de armadura em duas direções;
• ξ é o coeficiente em função do tempo, que pode ser obtido diretamente através
de tabela, ou calculado através das seguintes equações:

∆ξ = ξ(t) − ξ(𝑡0 ) (20)


ξ(t) = 0,68 ∗ (0,996𝑡 ) ∗ 𝑡 0,32 → 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡 ≤ 70 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠 (21)
ξ(t) = 2 → 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡 > 70 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠

QUADRO 8 - VALORES DO COEFICIENTE ξ EM FUNÇÃO DO TEMPO

FONTE: NBR6118 (2014).

A flecha total pode ser obtida através das seguintes equações:


𝑎𝑡 = 𝑎𝑖 + 𝑎𝑓 (22)
𝑎𝑡 = 𝑎𝑖 ∗ (1 + 𝑎𝑓 ) (23)
iii. Flechas Limites
Flechas limites, ou deslocamentos limites, são definidos como os valores
práticos a serem utilizados para a verificação de deformações excessivas da estrutura
46

em serviço do estado limite, e devem obedecer aos limites estabelecidos no Quadro


9 (Tabela 13.3 da NBR6118:2014).

QUADRO 9 - LIMITES PARA DESLOCAMENTOS

FONTE: NBR6118 (2014).

QUADRO 10 - LIMITES PARA DESLOCAMENTOS (CONTINUAÇÃO)

FONTE: NBR6118 (2014).


47

3.3.1.9 Flexão

O dimensionamento a flexão normal simples é feito com a largura 𝑏𝑤 igual a 1


metro, assim o coeficiente tabelado 𝐾𝑐 pode ser calculado através da equação (24).
100 ∗ 𝑑 2
𝐾𝑐 = (24)
𝑀𝑑
Segundo a NBR6118:2014, a posição da linha neutra das lajes tem os mesmos
limites das vigas para a posição da linha neutra, que são os seguintes:
• 𝑥/𝑑 ≤ 0,45 para concretos com 𝑓𝑐𝑘 ≤ 50𝑀𝑃𝑎;
• 𝑥/𝑑 ≤ 0,35 para concretos com 50𝑀𝑝𝑎 < 𝑓𝑐𝑘 ≤ 90𝑀𝑃𝑎.

A taxa de área da armadura pode ser calculada pela equação (25).

𝑀𝑑
𝐴𝑠 = 𝐾𝑠 ∗ (25)
𝑑
O coeficiente 𝐾𝑠 pode ser encontrado na tabela 1 do anexo da apostila de
“Flexão Normal Simples – Vigas” (Bastos, 2004).

3.3.1.10 Verificação quanto a força cortante

Quando os esforços cortantes “[...] a uma distância d da face do apoio [...]”


respeitam a condição 𝑉𝑠𝑑 ≤ 𝑉𝑟𝑑1, em que 𝑉𝑠𝑑 é a força solicitante de cálculo e 𝑉𝑟𝑑1 é a
força resistente de cálculo, dada por (equação 26):

𝑉𝑟𝑑1 = [𝜏𝑟𝑑 ∗ 𝑘 ∗ (1,2 + 40 ∗ 𝜌1 ) + 0,15 ∗ 𝜎𝑐𝑝 ] ∗ 𝑏𝑤 ∗ 𝑑 (26)


onde:
• 𝜏𝑟𝑑 é a tensão resistente de cálculo do concreto ao cisalhamento, dado
pela equação:
𝑓𝑐𝑡,𝑚
𝜏𝑟𝑑 = 0,25 ∗ 𝑓𝑐𝑑 = 0,25 ∗ 0,7 ∗ (27)
1,4
• 𝑘 = 1 para elementos onde 50% da armadura inferior não chega até o
apoio; e 𝑘 = 1,6 − 𝑑 para os outros casos, não podendo ser menor do
que 1.
• 𝜎𝑐𝑝 é a tensão devido a força de compressão, caso exista (protensão);
𝐴
• 𝜌1 = 𝑠1 é a taxa de armadura, não maior que 0,02.
𝑏 ∗𝑑
𝑤
48

Para os casos onde haja necessidade de armadura para força cortante, a


resistência dos estribos pode ser considerada com os seguintes valores máximos,
permitindo interpolação: 250MPa para lajes com até 15cm de espessura; 435MPa
para lajes com espessura maior que 35cm.

3.3.1.11 Dimensionamento das armaduras

O método de dimensionamento das armaduras das lajes é o mesmo utilizado


para dimensionamento das armaduras das vigas (Figura 10). No caso das lajes, fixa-
se o valor utilizado como largura da seção do concreto (b) em 100cm, assim, a taxa
de área do aço é obtida por metro de laje (equação 28).

𝐴𝑠 + 𝐴′𝑠 = 4%𝐴𝑐 (28)

FIGURA 10 - REPRESENTAÇÃO DOS ELEMENTOS DA LAJE

FONTE: BASTOS (2015).

i. Armaduras longitudinais
As armaduras são calculadas de forma que haja equilíbrio das seções para
onde elas serão dimensionadas. Sabendo disso, a área de aço pode ser dada por
(29):

𝛼𝑐 ∗ 𝑓𝑐𝑑 ∗ 𝑏 ∗ 𝜆 ∗ 𝑥
𝐴𝑠 = (29)
𝑓𝑦𝑑
onde x é a posição da linha neutra (30):

𝑑 2 ∗ 𝑀𝑑
𝑥= ∗ (1 − √1 − ) (30)
𝜆 𝛼𝑐 ∗ 𝑓𝑐𝑑 ∗ 𝑏 ∗ 𝑑 2

sendo:
• 𝑀𝑑 o momento fletor de estado limite último;
49

• 𝜆 = 0,8;
• 𝛼𝑐 = 0,85.

ii. Armadura máximas e mínimas

De acordo com a norma de concreto armado, o somatório das armaduras de


tração (As) e de compressão (A’s) não pode ultrapassar 4% da área da seção do
concreto (Ac). Esses parâmetros são os mesmos utilizados para definir o das vigas.
As armaduras mínimas podem ser definidas através das informações descritas
na tabela 19.1 da NBR6118:2014 (Quadro 11). Esta armadura, preferencialmente
deverá ser constituída por barras com alta aderência ou telas soldadas.

QUADRO 11 - VALORES MÍNIMOS PARA ARMADURAS PASSIVAS ADERENTES

FONTE: NBR6118 (2014).

iii. Diâmetro máximo e espaçamentos


A norma define que o diâmetro máximo da armadura de flexão, não deve
superar o valor de ℎ/8. Para as barras da armadura principal de flexão, o espaçamento
máximo é dado pelo menor dos dois valores na região dos maiores momentos fletores
(equação 31).
50

2ℎ
≤{ (31)
20𝑐𝑚
Ainda é ressaltado que a disposição das armaduras deverá garantir o
posicionamento das mesmas durante a concretagem.
No caso das lajes armadas em duas direções, o espaçamento máximo entre as
barras da armadura secundaria de flexão deve ser no máximo 33cm, ou seja, 3 barras
por metro.
Para o espaçamento mínimo, a norma não especifica valores, neste caso,
pode-se adotar o valor recomendado para as barras de uma mesma camada
horizontal das armaduras longitudinais das vigas (equação 32).
2𝑐𝑚
𝑒ℎ,𝑚𝑖𝑛 ≥{ φ𝑙 (32)
1,2𝑑𝑚𝑎𝑥,𝑎𝑔𝑟

Em geral, considera-se o comprimento mínimo que possibilite de forma


adequada a disposição e amarração das barras e o correto preenchimento do
concreto na região. Na prática, normalmente adotam-se valores superiores a 7 ou
8cm.
Para armaduras negativas, geralmente considera-se o diâmetro mínimo de
6,3mm, visto que diâmetros inferiores a este possam sofrer deformação durante a
execução da laje.

iv. Comprimento da armadura positiva


O comprimento horizontal das armaduras positivas de barras não alternadas é
dado pela equação (33), e a Figura 11 ilustra a representação esquemática das barras
longitudinais não alternadas.

𝑐𝑏 = 𝑙0 + 𝑏𝑤1 + 𝑏𝑤2 − 2𝑐𝑛𝑜𝑚 − φ𝑙 (33)


51

FIGURA 11 - COMPRIMENTO DE BARRAS NÃO ALTERNADAS

FONTE: APOSTILA DE ESTRUTURAS UFPR.

Dessa forma, o comprimento horizontal das armaduras positivas de barras


alternadas é dado por (34), e a Figura 12 mostra o esquema dessas barras.
𝑐𝑏 = 𝑙0 + 𝑏𝑤1 + 𝑏𝑤2 − 0,2𝑙𝑥 (34)

FIGURA 12 - COMPRIMENTO DAS BARRAS ALTERNADAS - ARMADURA POSITIVA PARA LAJES


CONTÍNUAS

FONTE: APOSTILA DE ESTRUTURAS UFPR.


52

v. Comprimento da armadura negativa

Para Araújo (2010), as armaduras negativas são necessárias no apoio de


extremidade, quando as vigas de borda possuem grande rigidez à torção, e o
comprimento das armaduras negativas e a posição das mesmas sobre os apoios e
nas bordas, são definidos de acordo com a Figura 13, abaixo:

FIGURA 13 - COMPRIMENTO E POSIÇÃO DAS ARMADURAS NEGATIVAS

FONTE: ARAÚJO (2010).

onde, utilizando o maior 𝑙𝑥 das lajes encontradas, 𝑎 e 𝑏 são dados por (35):

𝑎 = 0,25𝑙𝑥
{ (35)
𝑏 = 0,15𝑙𝑥
A dimensão do gancho (Δ), determina-se pela equação 36:

∆= ℎ − (2 ∗ 𝑐 + ∅) (36)

então, o comprimento da armadura é dado (37):

𝑐 = 2 ∗ (0,25 ∗ 𝑙𝑥 + ∅) + 2 ∗ ∆ (37)

3.3.2 Pré-dimensionamento - Vigas

Vigas são elementos estruturais lineares, servem de apoio para lajes e


paredes e tem como principal função receber e transferir cargas aos apoios. Podem
ser executadas com diferentes materiais, como madeira, ferro e concreto. Geralmente
53

possuem a mesma largura da parede, o que as deixa “escondidas” ao fim da obra. A


resistência da viga varia de acordo com a sua altura, quanto maior a altura, maior a
resistência.
Em relação a estrutura de apoio, as vigas possuem três modelos básicos:
• Viga em balanço: Contém apenas um apoio, e toda carga recebida é
transmitida a um único ponto de fixação;
• Viga bi-apoiada: Possui dois apoios, podendo ser simples e/ou engastados
(viga bi-apoiada, apoiada e engastada, viga bi-engastada);
• Viga contínua: Possui múltiplos apoios.
Segundo a NBR6116:2014 a sessão transversal das vigas não deve
apresentar largura menor que 12 cm, e no caso das vigas-parede, menor que 15 cm.
Sendo possível reduzir esses limites para até 10cm em casos excepcionais,
respeitando as condições a seguir:
a) Alojamento das armaduras e suas interferências com as armaduras de
outros elementos estruturais, respeitando os espaçamentos e cobrimentos
estabelecidos na norma ABNT NBR 6118:2014;
b) Lançamento e vibração do concreto de acordo com a ABNT NBR
14931:2004.
O ideal é que as vigas fiquem embutidas nas paredes de vedação, de forma
que não sejam percebidas visualmente, assim, a largura das vigas acaba sendo
definida de acordo com a espessura final da parede.
A altura das vigas depende de diversos fatores, como por exemplo o vão, o
carregamento, e a resistência do concreto. No caso de construções de pequeno porte
e concretos com resistências de C20 e C25, sendo uma indicação prática para o pré-
dimensionamento da altura das vigas é, no caso de vigas bi-apoiadas, dividir o vão
efetivo por 12, arredondando-se o resultado para o múltiplo de 5 superior. Em vigas
contínuas divide-se o maior vão por 12 (arredondamento pelo múltiplo de 5cm), sendo
a altura encontrada utilizada em toda a viga, a fim de obter uma padronização. Sendo
que a altura mínima indicada é de 25cm.
No caso da edificação em estudo, foi adotada largura de 19 cm para paredes
de divisa e 14 cm para as demais. As alturas foram encontradas conforme descrito no
parágrafo anterior, tendo o menor valor fixado em 30 cm por questões de segurança.
Assim o Quadro 8 mostram os dados considerados no pré-dimensionamento das
vigas.
54

QUADRO 12 - PRÉ-DIMENSIONAMENTO DAS ALTURAS DAS VIGAS

Viga bw Tipo Lefetivo Maior vao h h corrigido


V01 19 bi-apoiada 660 660 55 55
V02 19 bi-apoiada 520 520 43 45
V03 14 continua 2410 335 28 30
V04 14 bi-apoiada 330 330 28 30
V05 14 bi-apoiada 315 315 26 30
V06 14 continua 1750 605 50 50
V07 14 continua 2410 615 51 55
V08 14 bi-apoiada 520 520 43 45
V09 14 bi-apoiada 485 485 40 40
V10 14 bi-apoiada 485 485 40 40
V11 14 continua 485 290 24 30
V12 14 continua 1485 575 48 50
V13 14 bi-apoiada 230 230 19 30
V14 14 continua 740 575 48 50
V15 14 continua 740 510 43 45
V16 14 continua 740 400 33 35
V17 14 continua 400 265 22 30
V18 14 bi-apoiada 175 175 15 30
V19 14 bi-apoiada 265 265 22 30
V20 14 bi-apoiada 400 400 33 35
V21 14 continua 575 400 33 35
V22 14 continua 400 275 23 35
V23 14 bi-apoiada 400 400 33 35
V24 14 continua 400 265 22 30
V25 14 continua 865 400 33 35
V26 14 bi-apoiada 865 865 72 75
V27 14 bi-apoiada 865 865 72 75
FONTE: O autor (2022).

Seguindo as recomendações para o pré-dimensionamento de vigas, abaixo


serão descritos sucintamente a abordagem para a realização destes.
Os esforços predominantes nas vigas, são o cortante e o momento fletor,
resultantes das cargas de carregamento das reações de apoio das lajes, peso próprio
da estrutura, paredes, carregamentos acidentais e etc.

3.3.2.1 Cargas nas vigas

O peso próprio por metro linear pode ser calculado multiplicando o peso
específico do concreto armado, pela área da seção da viga (equação 38). Da mesma
forma, para paredes, multiplica-se o peso específico da alvenaria pela base e altura
55

da parede (equação 39). Finalmente as cargas que são transferidas das lajes para as
vigas são calculadas pelas áreas de influência, multiplicadas pela carga característica
da laje e divididas pelo comprimento da viga (equação 40).

𝑃𝑝 = 𝛾𝑐𝑎 ∗ 𝐴𝑐 (38)
𝑃𝑝𝑎 = 𝛾𝑎𝑙𝑣 ∗ 𝑏 ∗ ℎ (39)

𝑃 ∗ 𝑙𝑥 𝑙𝑥
𝑃𝑥 = ; 𝑃𝑦 = 𝑃𝑥 ∗ [2 − ( )] (40)
4 𝑙𝑦
3.3.2.2 Vão efetivos

O dimensionamento de vigas, é feito de forma muito similar ao de lajes, visto


que a NBR6118:2018 assume várias considerações em comum que devem ser
levadas em conta, por exemplo, o vão efetivo, que é obtido da mesma forma para
ambas.

3.3.2.3 Linha neutra

A linha neutra pode ser caracterizada como o limite entre a zona comprimida e
a zona tracionada da viga. No caso de vigas bi-apoiadas, as armaduras de tração são
posicionadas na parte inferior da viga, ou seja, na zona tracionada.

3.3.2.4 Determinação da altura útil

A altura útil é definida como a distância entre o centro de gravidade da


armadura de tração e a face da fibra mais comprimida da viga, conforme ilustrada na
Figura 14 e dimensionada pelas equações 41, 42 e 43.
56

FIGURA 14 - ALTURA ÚTIL

FONTE: O AUTOR (2022).

𝑑 = ℎ − 𝑑′ (41)
onde:
1
𝑑′ = 𝑐𝑛𝑜𝑚 + ∅𝑡 + ∅𝑙 (42)
2
sendo:
• 𝑐𝑛𝑜𝑚 o cobrimento nominal definido pela classe de agressividade
ambiental;
• ∅𝑡 o diâmetro da armadura transversal da viga;
• ∅𝑙 o diâmetro da armadura longitudinal.

A altura útil não pode ser menor que a altura útil mínima, que pode ser
calculada por:

𝑀𝑑
𝑑𝑚𝑖𝑛 = 2 ∗ √ (43)
𝑏𝑤 ∗ 𝑓𝑐𝑑

3.3.2.5 Momentos fletores

Os momentos fletores solicitantes podem ser determinados através do software


Ftool, assim como no caso das lajes com armaduras em uma direção.

i. Momento mínimo de projeto


O cálculo do momento mínimo de projeto se faz necessário tendo em vista
evitar rupturas frágeis. Calcula-se o momento mínimo e o momento de projeto, e
adota-se o maior valor entre os dois, aplicando as equações 44 ao 46.
57

13 ∗ 𝑏𝑤 ∗ ℎ2 ∗ 𝑓𝑐𝑘 2/3
𝑀𝑑,𝑚𝑖𝑛 = (44)
2500

O momento de projeto se dá pela multiplicação do momento característico com


o coeficiente de ponderação da solicitação.

𝑀𝑑 = 100 ∗ 𝑀𝑘 ∗ 𝛾𝑓 (45)

O dimensionamento à flexão é feito calculando-se o momento solicitante


reduzido, que é dado por:

𝑀𝑑
𝜇= (46)
𝑏 ∗ 𝑑2 ∗ 𝜎𝑐𝑑
onde:
𝜎𝑐𝑑 = 0,85 ∗ 𝑓𝑐𝑑 (47)
- Se 𝜇 ≤ 𝜇𝑙𝑖𝑚 o dimensionamento feito com armadura simples;
- Se 𝜇 > 𝜇𝑙𝑖𝑚 o dimensionamento é feito com armadura dupla.

Os valores limites são definidos a partir da resistência do concreto e podem ser


encontrados no Quadro 13.

QUADRO 13 - VALORES LIMITES

FONTE: ARAÚJO (2010).

3.3.2.6 Armaduras longitudinais

Segundo Araújo (2010), as armaduras longitudinais são calculadas para os


momentos positivos nos vãos e para os momentos negativos sobre os apoios das
vigas.
Após realizar o dimensionamento, obtém-se a área da armadura mínima As,min
(equação 48), área da armadura tracionada As (equação 49), e área da armadura
comprimida, A’s (equação 50). A armadura de tração deve ser maior que a armadura
mínima, e o valor adotado está no Quadro 14.
58

𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛 = 𝜌𝑚𝑖𝑛 ∗ 𝐴𝑐 (48)


onde 𝜌𝑚𝑖𝑛 é dado no quadro abaixo em função do aço e resistência do concreto.

QUADRO 14 - TAXA MÍNIMA ARMADURA DE FLEXÃO

FONTE: ARAÚJO (2010).

𝜎𝑐𝑑
𝐴𝑠 = 0,8 ∗ 𝜉 ∗ 𝑏 ∗ 𝑑 ∗ ( ) (49)
𝑓𝑐𝑑
(𝜇 − 𝜇𝑙𝑖𝑚 ) ∗ 𝑏 ∗ 𝑑 ∗ 𝜎𝑐𝑑
𝐴′𝑠 = ( ) (50)
(1 − 𝛿) ∗ 𝜎𝑐𝑑 ′

onde: 𝛿 = 𝑑 ′ /𝑑 e 𝜎𝑐𝑑 ′ é dado no Quadro 15.


QUADRO 15 – TENSÃO 𝜎𝑐𝑑 (kN/cm²) NA ARMADURA DE COMPRESSÃO

FONTE: ARAÚJO (2010).


59

3.3.2.7 Armaduras transversais

Compostas por estribos verticais, determina-se a área dos estribos por metro
de comprimento da viga. Deve-se escolher o diâmetro das barras e calcular seu
espaçamento (Asw), equação 51.

𝐴𝑠1
𝐴𝑠𝑤 = 200 ∗ , 𝑐𝑚2 /𝑚 (51)
𝑠

onde 𝐴𝑠1 é a área da seção da barra e s o espaçamento dos estribos. Caso a


área da armadura calculada for muito grande, pode-se adotar estribos duplos.
A taxa mínima é dada por (equação 52):

0,2𝑓𝑐𝑡𝑚
𝜌𝑤,𝑚𝑖𝑛 = (52)
𝑓𝑦𝑘
3.3.2.8 Armadura de pela

No caso de vigas altas, Araújo (2010) diz que a armadura do banzo tracionado
não é suficiente para limitar a fissuração, assim, faz-se necessário o acréscimo de
uma armadura longitudinal em cada face lateral da viga, denominada armadura de
pele, esta possui pequeno diâmetro, sendo posicionada ao longo da zona tracionada.
De acordo com a NBR6118, a armadura de pele é necessária sempre que a
altura da viga for maior que 60cm, tendo uma seção transversal de no mínimo 0,10%
de bw*h em cada face, com espaçamento menor que d/3 e 20cm.

3.3.2.9 Esforços cortantes

As considerações da NBR6118:2014 sobre o dimensionamento ao esforço


cortante apresentadas a seguir, são válidas para peças lineares com armaduras de
cisalhamento onde 𝑏𝑤 ≤ 5𝑑. A tensão convencional de cisalhamento é dada pela
equação 53:
60

𝑉𝑑
𝜏𝑤𝑑 = (53)
𝑏𝑤 ∗ 𝑑
onde 𝑉𝑑 é o esforço solicitante de cálculo.
A fim de evitar o esmagamento da biela de compressão, temos a restrição
𝜏𝑤𝑑 ≤ 𝜏𝑤𝑢 , a tensão limite 𝜏𝑤𝑢 é dada pela equação 54:

𝜏𝑤𝑢 = 0,27𝑎𝑣 ∗ 𝑓𝑐𝑑 (54)

sendo 𝑎𝑣 obtido através da equação 55:

𝑓𝑐𝑘
𝑎𝑣 = 1 − (55)
250

Para o cálculo da armadura transversal, a tensão 𝜏𝑑 é dada pela equação 56:

𝜏𝑑 = 1,1 ∗ (𝜏𝑤𝑢 − 𝜏𝑐 ) ≥ 0 (56)

𝜏𝑐 é dado na NBR6118:2014 em função da resistência do concreto, onde,


adotando-se o coeficiente de minoração da resistência 𝛾𝑐 = 1,4, temos a equação 57:

2
𝜏𝑐 = 𝛹3 ∗ (𝑓𝑐𝑘 )3 (57)

onde 𝛹3 = 0,09 na flexão simples.

Com a equação 58, obtemos as armaduras necessárias no caso de estribos


verticais:

𝜏𝑤
𝐴𝑠𝑤 = 100 ∗ 𝑏𝑤 ∗ (58)
𝑓𝑦𝑑

A taxa mínima de armadura é dada pela equação 59:

𝐴𝑠𝑤,𝑚𝑖𝑛 = 𝜌𝑤,𝑚𝑖𝑛 ∗ 100 ∗ 𝑏𝑤 (59)


61

onde 𝜌𝑤,𝑚𝑖𝑛 pode ser encontrado no Quadro 16, em relação a classe de concreto.

QUADRO 16 - VALORES DE ρw,min (%) PARA AÇO CA-50

FONTE: ARAÚJO (2010).

3.3.2.10 Espaçamento das barras

Citando Araújo (2010), barras isoladas ou feixe de barras podem constituir a


armadura longitudinal, visto isso, para que todas as barras sejam envolvidas por
concreto, a fim de se evitar falhas de concretagem, deve-se respeitar os
espaçamentos mínimos, contidas nas equações 60 e 61.

- Camadas horizontais
2𝑐𝑚
𝑒ℎ ≥ { ∅𝑙 (60)
1,2 ∗ 𝑑𝑚𝑎𝑥,𝑎𝑔𝑟𝑒𝑔

- Camadas verticais

2𝑐𝑚
𝑒𝑣 ≥ { ∅𝑙 (61)
0,5 ∗ 𝑑𝑚𝑎𝑥,𝑎𝑔𝑟𝑒𝑔

No caso de barras dispostas em várias camadas, deve-se deixar o espaço livre


𝑒0 para passagem da agulha do vibrador, como ilustrado na Figura 15.

FIGURA 15 - ESPAÇAMENTO MÍNIMO ENTRE BARRAS

FONTE: ARAÚJO (2010).


62

O número de barras que podem ser dispostas em uma camada, pode ser
determinado com o auxílio da Figura 16:

FIGURA 16 - DETERMINAÇÃO DO NÚMERO MÁXIMO DE BARRAS NA MESMA CAMADA

FONTE: ARAÚJO (2010).

onde a largura medida internamente aos estribos, é dada pela equação 62:

𝑏𝑠𝑖 = 𝑛 ∗ ∅ + (𝑛 − 1) ∗ 𝑒ℎ (62)

e a largura necessária da seção da viga (equação 63):

𝑏𝑤 = 𝑏𝑠𝑖 + 2 ∗ (∅𝑡 + 𝑐) (63)

Quando a largura disponível não satisfaz a largura necessária, as barras devem


ser dispostas em mais de uma camada.

3.3.3 Pré-dimensionamento - Pilares

Pilares são elementos estruturais geralmente retos, dispostos quase sempre


verticalmente e recebem predominantemente ações de compressão normais à suas
seções (SÁLES, et. Al., 2005). São os elementos responsáveis por receber os
carregamentos das vigas e transmiti-los até a fundação, além de solicitados por
esforços de flexão, como por exemplo, ações de vento. O principal material utilizado
na produção de pilares, é o concreto armado, assim, os pilares de concreto armado
são constituídos por concretos com armaduras longitudinais e transversais (estribos).
Ademais, norma NBR6118:2014 a seção transversal de pilares e pilares-parede
maciços, não deve apresentar dimensão menor que 19 cm. Em casos especiais,
63

permite-se a consideração de dimensões entre 19 e 14 cm, desde que as ações a


serem consideradas, sejam multiplicadas por um coeficiente adicional γn, de acordo
com oQuadro 17. Em qualquer caso, não se permite pilar com seção transversal de
área inferior a 360 cm².

QUADRO 17 - VALORES DO COEFICIENTE ADICIONAL ϒn

FONTE: TABELA 13.1 NBR6118 (2014).

É recomendado que a maior dimensão da seção transversal não seja muito


superior ao dobro da menor dimensão, ou seja: b≤2a.

O pré-dimensionamento dos pilares baseia-se no cálculo de funções


simplificadas, para estimar os esforços solicitantes de cálculo. Pode ser realizado com
base no método das áreas de influência, um processo geométrico para estimar as
cargas verticais nos pilares. Entende-se “área de influência” de um pilar, como a
parcela de carga do pavimento transferida para esse pilar, estimando assim, as cargas
verticais nos pilares, como ilustrado na Figura 17.

FIGURA 17 - ÁREAS DE INFLUÊNCIA

FONTE: PINHEIRO (1995).


64

Dessa maneira, para encontrar a área de influência traça-se as mediatrizes


dos segmentos que unem os pilares. Quanto maior for a uniformidade no alinhamento
dos pilares e na distribuição dos vãos e das cargas, maior será a precisão dos
resultados encontrados.
Os pilares podem ser classificados como intermediário, extremidade e de
canto (Figura 18), variando de acordo com a sua posição, cada um recebe um tipo de
esforço por parte da estrutura.

FIGURA 18 - CLASSIFICAÇÃO DOS PILARES DE ACORDO COM A POSIÇÃO

FONTE: ARAÚJO (2010).

Segundo Cunha (2014), a área da seção transversal do pilar pode ser


estimada conforme apresentada a equação (64). Os coeficientes de correção 𝛾𝑐𝑜𝑟𝑟
pode ser adotados os valores constantes no Quadro 18, sugerido por Bacarji (1993).
𝑁
𝐴𝑐 = ( 𝜎𝑑 ) ∗ 𝛾𝑐𝑜𝑟𝑟 (64)
𝑖𝑑

onde:
• 𝐴𝑐 é a área da seção transversal do pilar (cm²);
• 𝑁𝑑 é o carregamento de cálculo do pilar;
• 𝜎𝑖𝑑 é a tensão ideal de cálculo do concreto;
• 𝛾𝑐𝑜𝑟𝑟 é o coeficiente de correção em função da posição dos pilares na estrutura.

QUADRO 18 - COEFICIENTE DE CORREÇÃO EM FUNÇÃO DA POSIÇÃO DOS PILARES

Posição do pilar Coeficiente (ϒcorr)


Intermerdiario 1,8
Extremidade 2,2
Canto 2,5
FONTE: BACARJI (1993).
65

A tensão ideal de cálculo do concreto é formulada em função da taxa de


armadura, resistência de cálculo do concreto e resistência do aço para deformação
de 0,2%.
𝜎𝑖𝑑 = 0,85 ∗ 𝑓𝑐𝑑 + 𝜌 ∗ (𝑓𝑠𝑑 − 0,85 ∗ 𝑓𝑐𝑑 ) (65)
onde:
• 𝑓𝑐𝑑 é a resistência de cálculo do concreto;
• 𝑓𝑠𝑑 é a tensão de cálculo do aço na armadura
• 𝜌 é a taxa de armadura.

Considerando aço CA-50, tem-se fsd=420MPa, assim, substituindo os valores


na equação, encontramos os seguintes resultados:

QUADRO 19 - TENSÃO IDEAL DE CÁLCULO DO CONCRETO

FONTE: CUNHA (2014).

A força normal utilizada para o pré-dimensionamento dos pilares é dada por:

𝑁′𝑑 = 𝛾𝑐𝑜𝑟𝑟 ∗ 𝑛 ∗ (𝑔 + 𝑞) ∗ 𝐴𝑖 (66)


onde:
• 𝐴𝑖 é a área de influência;
• (𝑔 + 𝑞) é a soma das cargas nominais por unidade de área;
• n é o número de pavimentos acima da seção do pilar analisado (incluindo a
cobertura);

Para fins de pré-dimensionamento, pode-se considerar os seguintes valores


para os carregamentos (CUNHA, 2014):

• Laje maciça ou nervurada, com paredes em blocos de concreto: 1500 kgf/m²;


• Laje maciça ou nervurada, com paredes em tijolos cerâmicos: 1200 kgf/m²;
• Laje nervurada com blocos leves (EPS): 1000kgf/m²;
• Lajes não maciças com paredes em gesso acartonado: 800 kgf/m²;
• Telhas de concreto, com madeiramento: 150 kgf/m²;
66

• Telhas cerâmicas, com madeiramento: 120 kgf/m²;


• Telhas de fibrocimento, com madeiramento: 50 kgf/m²;
• Telhas de aço e estrutura de aço: 50 kgf/m²;
• Telhas de alumínio e estrutura de aço: 40 kgf/m²;
• Telhas de alumínio e estrutura de alumínio: 30 kgf/m².

Considerando 𝑓𝑐𝑑 = 30𝑀𝑃𝑎, lajes maciças e, telhas de concreto com


madeiramento.

QUADRO 20 - PRÉ-DIMENSIONAMENTO DOS PILARES


Ac
(q+g) Ac min h corrigido
Pilar Ai (m²) Nd (kgf) Tipo ϒcorr. σid Ac (cm²) b (cm) h (cm) corrigido
(kgf/m²) (cm²) (cm)
(cm²)
P01 2,87 1350 9686,25 Canto 2,5 233 103,9297 19 5,469985 360 25 475
P02 2,87 1350 9686,25 Canto 2,5 233 103,9297 19 5,469985 360 25 475
P03 7,12 1350 24030 Canto 2,5 233 257,8326 19 13,57014 360 25 475
P04 11,77 1350 39723,75 Canto 2,5 233 426,2205 19 22,43266 360 25 475
P05 6,62 1350 19661,4 Extremidade 2,2 233 185,6441 14 13,26029 360 30 420
P06 12,95 1350 31468,5 Intermediario 1,8 233 243,1043 14 17,36459 360 30 420
P07 10,21 1350 30323,7 Extremidade 2,2 233 286,3182 14 20,4513 360 30 420
P08 4,24 1350 12592,8 Extremidade 2,2 233 118,902 14 8,492998 360 30 420
P09 4,17 1350 12384,9 Extremidade 2,2 233 116,939 14 8,352784 360 30 420
P10 5,06 1350 15028,2 Extremidade 2,2 233 141,8972 14 10,13551 360 30 420
P11 6,04 1350 17938,8 Extremidade 2,2 233 169,3792 14 12,09852 360 30 420
P12 10,35 1350 30739,5 Extremidade 2,2 233 290,2442 14 20,73173 360 30 420
P13 6,81 1350 16548,3 Intermediario 1,8 233 127,8409 14 9,131496 360 30 420
P14 8,82 1350 21432,6 Intermediario 1,8 233 165,5737 14 11,8267 360 30 420
P15 5,71 1350 13875,3 Intermediario 1,8 233 107,1912 14 7,656511 360 30 420
P16 6,56 1350 15940,8 Intermediario 1,8 233 123,1478 14 8,796272 360 30 420
P17 7,71 1350 18735,3 Intermediario 1,8 233 144,7362 14 10,3383 360 30 420
P18 10,54 1350 25612,2 Intermediario 1,8 233 197,8625 14 14,13303 360 30 420
P19 13,66 1350 40570,2 Extremidade 2,2 233 383,0663 14 27,36188 360 30 420
P20 16,04 1350 47638,8 Extremidade 2,2 233 449,8084 14 32,12917 360 35 490
P21 11,89 1350 35313,3 Extremidade 2,2 233 333,4303 20 16,67152 360 20 400
P22 4,26 1350 12652,2 Extremidade 2,2 233 119,4628 20 5,973142 360 20 400
P23 4,23 1350 12563,1 Extremidade 2,2 233 118,6215 20 5,931077 360 20 400
P24 7,94 1350 26797,5 Canto 2,5 233 287,5268 19 15,13299 360 25 475
P25 11,77 1350 39723,75 Canto 2,5 233 426,2205 19 22,43266 360 25 475
P26 9,03 1350 26819,1 Extremidade 2,2 233 253,2276 14 18,08768 360 30 420
P27 8,99 1350 26700,3 Extremidade 2,2 233 252,1058 14 18,00756 360 30 420
P28 3,06 1350 10327,5 Canto 2,5 233 110,8101 19 5,83211 360 25 475
P29 3,06 1350 10327,5 Canto 2,5 233 110,8101 19 5,83211 360 25 475

FONTE: O autor (2022).

Lembrando que foi pré definido que bw=19cm para pilares de canto, bw=14cm
para intermediários e de extremidade, para que tenham a mesma espessura da
parede e bw=20cm para os pilares P21, P22 e P23 por questões arquitetônicas.
No entanto, NBR6118:2014 não permite pilar com seção transversal de área
inferior a 360 cm², assim, os valores de h (comprimento) foram corrigidos de forma a
atender a norma (área mínima da seção transversal).
67

3.3.3.1 Comprimento equivalente

O comprimento equivalente, também chamado de comprimento de


flambagem, é dado pelo menor valor da relação entre os valores da equação 67, e
para ilustrar melhor as variáveis, a Figura 19 mostra as incógnitas consideradas.

𝑙 +ℎ
𝑙𝑒 ≤ { 0 (67)
𝑙
onde:
• 𝑙𝑜 : distância entre as faces internas dos elementos vinculados ao pilar;
• ℎ: altura da seção transversal do pilar;
• 𝑙: distância entre os eixos dos elementos estruturais aos quais o pilar está
vinculado.

FIGURA 19 - DIMENSÕES DAS VARIÁVEIS

FONTE: BASTOS (2017).

3.3.3.2 Índice de esbeltez

O índice de esbeltez estima a capacidade de ocorrer flambagem na estrutura,


e segundo a NBR6118, pode ser obtido através da equação 68:

𝑙𝑒
λ= (68)
𝑖
Sendo 𝑖 o raio de giração da seção, obtido através da equação 69:
68

𝐼
𝑖=√ (69)
𝐴

onde 𝐼 é o momento de inércia da direção considerada.

Assim, no caso de sessões retangulares, o índice de esbeltez pode ser definido


por (equação 70):
3,46 ∗ 𝑙𝑒
λ= (70)

Uma vez encontrado o índice de esbeltez (), pode-se classificar os pilares em


curto, médio, medianamente esbelto e esbelto. Sua classificação dependera do índice
de esbeltez determinado e, os 4 grupos classificatórios são:
• Curtos: λ ≤ 35;
• Médios: 35 < λ ≤ 90;
• Medianamente esbeltos: 90 < λ ≤ 140;
• Esbeltos: 140 < λ ≤ 200.

3.3.3.3 Excentricidade de primeira ordem

A excentricidade de primeira ordem ocorre quando a força normal está aplicada


fora do centro de gravidade da seção transversal do pilar, e é definida dividindo-se o
momento solicitante de cálculo pela força normal solicitante de cálculo (equação 71).
𝑀𝑑
𝑒1 = (71)
𝑁𝑑

3.3.3.4 Momento mínimo de primeira ordem

Segundo a NBR6118, o momento mínimo de primeira ordem, determinado


para dar segurança aos pilares decorrente de possíveis imperfeições, é dado pela
equação 72:
𝑀1𝑑,𝑚𝑖𝑛 = 𝑁𝑑 ∗ (0,015 + 0,3 ∗ ℎ) (72)
sendo:
h a altura da seção transversal na direção considerada.
69

3.3.3.5 Efeito de segunda ordem

A NBR6118 descreve no item 15.8.3.3, métodos aproximados para determinar


os efeitos de segunda ordem para pilares λ ≤ 140.
Neste trabalho, será abordado o método aproximado utilizado para determinar
momentos de segunda ordem em pilares médios (λ < 90), seção constante e
armadura simétrica, metodologia essa conhecida como Método do pilar-padrão com
curva aproximada, e resumidamente, consiste em considerar um não linearidade física
e geométrica no pilar, que acabam gerando um momento total dado pela equação 73,
74 e 75.
𝑙𝑒 2 1
𝑀𝑑,𝑡𝑜𝑡 = 𝑎𝑏 ∗ 𝑀1𝑑,𝐴 + 𝑁𝑑 ∗ ∗ ≥ 𝑀1𝑑,𝐴 (73)
10 𝑟
onde:
• 1/r é dado por:

1 0,005 0,005
= ≤ (74)
𝑟 ℎ ∗ (𝑣 + 0,5) ℎ
• 𝑀1𝑑,𝐴 é o valor de cálculo de primeira ordem do momento 𝑀𝐴 ;

• ℎ é a altura da seção na direção considerada;


• 𝑣 é a força normal adimensional:

𝑁𝑑
𝑣= (75)
𝐴𝑐 ∗ 𝑓𝑐𝑑

Quando o índice de esbeltez for inferior a 𝜆1, os efeitos de segunda ordem


podem ser desprezados em pilares isolados.
25 + 12,5 ∗ (𝑒1 /ℎ)
λ1 = (76)
𝑎𝑏
onde:
• 35 < λ1 ≤ 90;
• 𝑒1 é a excentricidade relativa de primeira ordem;
• 𝑎𝑏 é o fator de vinculação e carregamento atuante, e assume os
seguintes fatores:

- Para pilares biapoiados sem cargas horizontais:


70

𝑀𝐵
𝑎𝑏 = 0,3 + 0,4 ∗ , 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 0,4 ≤ 𝑎𝑏 ≤ 1 (77)
𝑀𝐴

- Para pilares biapoiados com 𝑀1𝑑 ≤ 𝑀1𝑑,𝑚𝑖𝑛 : 𝑎𝑏 = 1,0.

3.3.3.6 Armadura longitudinal

As armaduras longitudinais devem ser dispostas de forma a garantir a adequada


resistência da estrutura. O diâmetro mínimo da armadura longitudinal deve ser de
10mm, e no máximo de 1/8 da menor dimensão do pilar. A armadura longitudinal
mínima deve ser (equação 78):
𝑁𝑑
𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛 = 0,15 ∗ ( ) ≥ 0,004 ∗ 𝐴𝑐 (78)
𝑓𝑦𝑑
O espaçamento mínimo entre as barras longitudinais é dado na equação 79:

20𝑚𝑚;
𝑠≥{ ∅𝑙 ; (79)
1,2 ∗ ∅𝑎𝑔𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜.

O espaçamento máximo (equação 80):

2∗𝑏
𝑠≤{ (80)
40𝑐𝑚

3.3.3.7 Armadura transversal

Constituída por estribos e, quando for o caso, por grampos suplementares,


deve ser disposta em toda a altura do pilar. O diâmetro mínimo é 5mm e o máximo
1/4 do diâmetro da barra isolada ou do diâmetro equivalente do feixe que constitui a
armadura longitudinal.
O espaçamento máximo entre os estribos é dado por (81):
20𝑐𝑚;
𝑠𝑡 ≤ { 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑎 𝑠𝑒çã𝑜; (81)
24∅ 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝐶𝐴25; 12∅ 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝐶𝐴50.
71

3.3.3.8 Taxa de armadura máxima

Segundo a NBR6118:2014, a taxa máxima de aço nos pilares deve ser menor
que 8% da área de concreto.
72

4 RESULTADOS E ANÁLISES

4.1 ANÁLISE DAS LAJES

Para o dimensionamento das lajes, foram consideradas as seguintes


informações:
• Lajes de cobertura; Peso próprio 2,5kN/m²;
• Forro de gesso acartonado, inclui estrutura de suporte 0,25kN/m²;
• Telhas cerâmicas (tipo germânica e colonial) e estrutura de madeira com
inclinação ≤ 40 % 0,85kN/m²;
• Acesso apenas para manutenção ou inspeção 1kN/m²;
• 𝑓𝑐𝑘 = 30𝑀𝑃𝑎;
• 𝑓𝑦𝑘 = 50𝑀𝑃𝑎 𝑒 60𝑀𝑃𝑎;
• Aço CA-50 e CA-60;
• ℎ = 12𝑐𝑚;
• Classe de agressividade III;
• 𝑐𝑛𝑜𝑚 = 3,5𝑐𝑚.

4.1.1 Vãos efetivos e vinculações

Os vãos efetivos das lajes calculados conforme equação 09 (item


3.1.1.1) estão mostrados no Quadro 21, bem como a relação  (tipo de amarração,
item 3.3.1.2) e o tipo de laje, se armada em uma ou duas direções, ou seja, se λ≤2:
laje armada em duas direções e, se λ>2: laje armada em uma direção.
73

QUADRO 21 - VÃOS EFETIVOS DAS LAJES


Vaos efetivos das lajes
Laje lx ly λ Tipo Obsevacao
L01 80 1500 18,75 - Uma direcao
L02 165 335 2,03 3 Uma direcao
L03 165 325 1,97 3 Duas direcoes
L04 80 1655 20,69 - Uma direcao
L05 170 265 1,56 3 Duas direcoes
L06 170 255 1,50 3 Duas direcoes
L07 335 575 1,72 5A Duas direcoes
L08 325 575 1,77 5B Duas direcoes
L09 275 400 1,45 5B Duas direcoes
L10 165 265 1,61 5B Duas direcoes
L11 165 265 1,61 5B Duas direcoes
L12 274 400 1,46 5B Duas direcoes
L13 270 400 1,48 5B Duas direcoes
L14 165 265 1,61 5B Duas direcoes
L15 165 265 1,61 5B Duas direcoes
L16 270 400 1,48 5B Duas direcoes
L17 265 400 1,51 6 Duas direcoes
L18 265 400 1,51 5B Duas direcoes
L19 135 330 2,44 6 Uma direcao
L20 135 165 1,22 6 Duas direcoes
L21 135 165 1,22 6 Duas direcoes
L22 175 440 2,51 5A Uma direcao
L23 175 440 2,51 5A Uma direcao
L24 175 435 2,49 5A Uma direcao
L25 175 436 2,49 5A Uma direcao
L26 265 295 1,11 3 Duas direcoes
L27 265 295 1,11 3 Duas direcoes
L28 255 485 1,90 4B Duas direcoes
L29 120 1790 14,92 - Uma direcao
L30 255 485 1,90 4B Duas direcoes
L31 230 290 1,26 3 Duas direcoes
L32 195 230 1,18 3 Duas direcoes
FONTE: O AUTOR (2022).

Considera-se dois tipos de vínculos das lajes nas bordas: engaste perfeito ou
apoio simples. Assim, considerando as lajes continuas, com os vínculos nas bordas e
o tipo de laje, os desenhos esquemáticos de cada laje individual (expandidas) estão
mostrados na Figura 20.
Além disso, para melhor visualização da concepção estrutural idealizada das
estruturas em concreto armado, a Figura 21 mostra a planta de fôrma dos elementos
estruturais, ou seja lajes, vigas e pilares.
74

FIGURA 20 - VINCULOS DAS LAJES

FONTE: O AUTOR (2022).

Analisando a Figura 20, foram determinadas 32 lajes, apresentando em sua maioria lajes armadas em duas direções, tendo
vinculação em 03 bordos, o que é interessante para garantir melhor estabilidade global do sistema.
75

FIGURA 21 - PLANTA DE FÔRMA

FONTE: O AUTOR (2022).


76

4.1.2 Cálculo das ações atuantes

Para o cálculo das ações nas lajes, leva-se em consideração todas as ações
possíveis. Assim, na edificação em análise, foi estimada um reservatório para água
potável com capacidade de 2.000 (dois mil) litros, de fiberglass, apoiada sob a laje
L14 (Figura 20). Dessa maneira, realizando consulta em catalogo de caixas d’água da
marca Tigre (Quadro 22 e 23), encontram o volume efetivo e o peso em massa (Kg)
com a tampa, e assim obter maior exatidão no cálculo do peso da mesma.

FIGURA 22 - DIMENSÕES DA CAIXA D'ÁGUA

FONTE: TIGRE (2014).

QUADRO 22 - PESOS E VOLUMES DAS CAIXAS D'ÁGUA (MARCA TIGRE)

FONTE: TIGRE (2014).

QUADRO 23 - DIMENSÕES CAIXAS D'ÁGUA TIGRE

FONTE: TIGRE (2014).


77

Considerando:
• Peso especifico da água ≈ 10kN/m³;
• Volume efetivo: 1895,9 Litros = 1,8959 m³;
• Peso da caixa d’água: 34,7kg ≈ 0,347kN;
• Diâmetro: 1,52m;
• Área da base ≈ 1,81m².

𝑃á𝑔𝑢𝑎 = 𝜌𝐻2 𝑂 ∗ 𝑉𝑜𝑙 → 10 ∗ 1,8959 = 18,96𝑘𝑁

𝑃𝑡𝑜𝑡 = 18,96 + 0,347 = 19,31𝑘𝑁

19,31
𝑝= = 10,64𝑘𝑁/𝑚²
1,81

Dessa maneira, os cálculos das ações em todas as lajes encontram-se no


Quadro 24.
QUADRO 24 - AÇÕES NAS LAJES
Acoes nas lajes (kN/m²)
Permanentes Variaveis
Laje h (cm) m² Peso Proprio Telhado Revest. (forro) Perm. Total Acesso manut. Caixa d'agua Total
L01 12 12,00 2,5 - 0,25 2,75 1 - 3,75
L02 12 5,53 2,5 0,85 0,25 7,45 1 - 8,45
L03 12 5,36 2,5 0,85 0,25 7,31 1 - 8,31
L04 12 13,24 2,5 - 0,25 2,75 1 - 3,75
L05 12 4,51 2,5 0,85 0,25 6,58 1 - 7,58
L06 12 4,34 2,5 0,85 0,25 6,43 1 - 7,43
L07 12 19,26 2,5 0,85 0,25 19,12 1 - 20,12
L08 12 18,69 2,5 0,85 0,25 18,63 1 - 19,63
L09 12 11,00 2,5 0,85 0,25 12,10 1 - 13,10
L10 12 4,37 2,5 0,85 0,25 6,47 1 10,64 18,11
L11 12 4,37 2,5 0,85 0,25 6,47 1 - 7,47
L12 12 10,96 2,5 0,85 0,25 12,07 1 - 13,07
L13 12 10,80 2,5 0,85 0,25 11,93 1 - 12,93
L14 12 4,37 2,5 0,85 0,25 6,47 1 - 7,47
L15 12 4,37 2,5 0,85 0,25 6,47 1 - 7,47
L16 12 10,80 2,5 0,85 0,25 11,93 1 - 12,93
L17 12 10,60 2,5 0,85 0,25 11,76 1 - 12,76
L18 12 10,60 2,5 0,85 0,25 11,76 1 - 12,76
L19 12 4,46 2,5 0,85 0,25 6,54 1 - 7,54
L20 12 2,23 2,5 0,85 0,25 4,64 1 - 5,64
L21 12 2,23 2,5 0,85 0,25 4,64 1 - 5,64
L22 12 7,70 2,5 0,85 0,25 9,30 1 - 10,30
L23 12 7,70 2,5 0,85 0,25 9,30 1 - 10,30
L24 12 7,61 2,5 0,85 0,25 9,22 1 - 10,22
L25 12 7,63 2,5 0,85 0,25 9,24 1 - 10,24
L26 12 7,82 2,5 0,85 0,25 9,39 1 - 10,39
L27 12 7,82 2,5 0,85 0,25 9,39 1 - 10,39
L28 12 12,37 2,5 0,85 0,25 13,26 1 - 14,26
L29 12 21,48 2,5 - 0,25 2,75 1 - 3,75
L30 12 12,37 2,5 0,85 0,25 13,26 1 - 14,26
L31 12 6,67 2,5 0,85 0,25 8,42 1 - 9,42
L32 12 4,49 2,5 0,85 0,25 6,56 1 - 7,56

FONTE: O AUTOR (2022).


78

Analisando os resultados do Quadro 24, percebe-se claramente que as cargas


sobre as lajes são variadas, tendo variações nas cargas de 3,75 até 20,12 kN/m2,
mostrando a importância de organizar todas as cargas que cada parcela das lajes
recebe e que são consideradas no cálculo.

4.1.3 Reações de apoio e momentos fletores

O cálculo da reação dos apoios foi realizado aplicando-se a equação 14


(capítulo 03, item 3.3.1.5), bem como na utilização das Tabelas elaboradas por
Pinheiro (1994), baseadas nas recomendações NBR6118. Para valores que não se
encontravam na mesma, foram feitas interpolações, para maior precisão nos
resultados. Assim, o Quadro 25 mostra os resultados dessas reações de apoio, de
lajes armadas em duas direções.

QUADRO 25 - REAÇÕES DE APOIO NAS LAJES ARMADAS EM DUAS DIREÇÕES (kN)


Laje Tipo lx λ p (kN/m²) vx v'x vy v'y Vx V'x Vy V'y
L03 3 1,65 1,97 8,31 3,23 4,73 2,17 3,17 4,43 6,49 2,98 4,35
L05 3 1,7 1,56 7,58 2,94 4,30 2,17 3,17 3,79 5,54 2,80 4,08
L06 3 1,7 1,5 7,43 2,89 4,23 2,17 3,17 3,65 5,34 2,74 4,00
L07 5A 3,35 1,72 20,12 2,74 4,00 - 3,17 18,47 26,96 - 21,37
L08 5B 3,25 1,77 19,63 - 3,88 1,71 2,50 - 24,75 10,91 15,95
L09 5B 2,75 1,45 13,1 - 3,64 1,71 2,50 - 13,11 6,16 9,01
L10 5B 1,65 1,61 18,11 - 3,45 1,71 2,50 - 10,31 5,11 7,47
L11 5B 1,65 1,61 7,47 - 3,45 1,71 2,50 - 4,25 2,11 3,08
L12 5B 2,74 1,46 13,07 - 3,29 1,71 2,50 - 11,78 6,12 8,95
L13 5B 2,7 1,48 12,93 - 3,31 1,71 2,50 - 11,56 5,97 8,73
L14 5B 1,65 1,61 7,47 - 3,45 1,71 2,50 - 4,25 2,11 3,08
L15 5B 1,65 1,61 7,47 - 3,45 1,71 2,50 - 4,25 2,11 3,08
L16 5B 2,7 1,48 12,93 - 3,31 1,71 2,50 - 11,56 5,97 8,73
L17 6 2,65 1,51 12,76 - 3,34 - 2,50 - 11,29 - 8,45
L18 5B 2,65 1,51 12,76 - 3,70 1,71 2,50 - 12,51 5,78 8,45
L20 6 1,35 1,22 5,64 - 2,95 - 2,50 - 2,25 - 1,90
L21 6 1,35 1,22 5,64 - 2,95 - 2,50 - 2,25 - 1,90
L26 3 2,65 1,11 10,39 2,38 3,48 2,17 3,17 6,55 9,58 5,97 8,73
L27 3 2,65 1,11 10,39 2,38 3,48 2,17 3,17 6,55 9,58 5,97 8,73
L28 4B 2,55 1,9 14,26 - 4,24 1,44 - - 15,42 5,24 -
L30 4B 2,55 1,9 14,26 - 4,24 1,44 - - 15,42 5,24 -
L31 3 2,3 1,26 9,42 2,60 3,82 2,17 3,17 5,63 8,28 4,70 6,87
L32 3 1,95 1,18 7,56 2,50 3,65 2,17 3,17 3,69 5,38 3,20 4,67

FONTE: O AUTOR (2022).

Da mesma forma, os momentos fletores das lajes armadas em duas direções,


a partir da equação 15 (capítulo 03, item 3.3.1.6) estão no Quadro 26.
79

QUADRO 26 - MOMENTOS FLETORES SOLICITANTES NAS LAJES ARMADAS EM DUAS


DIREÇÕES (kN.m)
Laje Tipo lx λ p (kN/m²) µx µ'x µy µ'y Mx M'x My M'y
L03 3 1,65 1,97 8,31 5,66 8,46 0,9 5,62 1,28 1,91 0,20 1,27
L05 3 1,7 1,56 7,58 4,89 10,66 2,14 8,1 1,07 2,34 0,47 1,77
L06 3 1,7 1,5 7,43 4,73 10,41 2,25 8,06 1,02 2,24 0,48 1,73
L07 5A 3,35 1,72 20,12 4,89 10,42 2,19 8,11 11,04 23,53 4,94 18,31
L08 5B 3,25 1,77 19,63 3,99 8,32 1,04 5,55 8,27 17,25 2,16 11,51
L09 5B 2,75 1,45 13,1 3,67 7,91 1,41 5,73 3,64 7,84 1,40 5,68
L10 5B 1,65 1,61 18,11 3,87 8,15 1,22 5,65 1,91 4,02 0,60 2,79
L11 5B 1,65 1,61 7,47 3,87 8,15 1,22 5,65 0,79 1,66 0,25 1,15
L12 5B 2,74 1,46 13,07 3,68 7,93 1,4 5,73 3,61 7,78 1,37 5,62
L13 5B 2,7 1,48 12,93 3,71 7,96 1,37 5,72 3,50 7,50 1,29 5,39
L14 5B 1,65 1,61 7,47 3,87 8,15 1,22 5,65 0,79 1,66 0,25 1,15
L15 5B 1,65 1,61 7,47 3,87 8,15 1,22 5,65 0,79 1,66 0,25 1,15
L16 5B 2,7 1,48 12,93 3,71 7,96 1,37 5,72 3,50 7,50 1,29 5,39
L17 6 2,65 1,51 12,76 3,55 7,59 1,48 5,72 3,18 6,80 1,33 5,13
L18 5B 2,65 1,51 12,76 3,75 8,01 1,34 5,71 3,36 7,18 1,20 5,12
L20 6 1,35 1,22 5,64 2,91 6,53 1,87 5,61 0,30 0,67 0,19 0,58
L21 6 1,35 1,22 5,64 2,91 6,53 1,87 5,61 0,30 0,67 0,19 0,58
L26 3 2,65 1,11 10,39 3,44 7,95 2,67 7,39 2,51 5,80 1,95 5,39
L27 3 2,65 1,11 10,39 3,44 7,95 2,67 7,39 2,51 5,80 1,95 5,39
L28 4B 2,55 1,9 14,26 4,16 8,33 0,83 - 3,86 7,72 0,77 -
L30 4B 2,55 1,9 14,26 4,16 8,33 0,83 - 3,86 7,72 0,77 -
L31 3 2,3 1,26 9,42 3,9 9,1 2,55 7,74 1,94 4,53 1,27 3,86
L32 3 1,95 1,18 7,56 3,56 8,53 2,63 7,58 1,02 2,45 0,76 2,18

FONTE: O AUTOR (2022).

Resumidamente, tanto as reações de apoio, como para os cálculos dos


momentos fletores foram determinados através das equações 14 e 15 (capítulo 03), e
utilizando-se as tabelas adaptadas por Pinheiro (1994), com valores extraídos de
Bares. Ainda, foi realizada a interpolação dos valores para maior precisão dos
resultados.
As reações de apoio e os momentos das lajes armadas em uma direção, foram
encontradas a partir do uso do software gratuito Ftool que estão dispostos nas Figuras
23 a 29.
Com esses resultados, fez-se o lançamento dos momentos fletores sob a planta
baixa da edificação em questão de maneira a esquematizar todas as lajes para melhor
visualização dos parâmetros calculados. Apresentados na Figura 30 os momentos
fletores não compatibilizados. Dessa forma, através da visualização da Figura 30,
pode-se realizar uma análise ampla dos momentos negativos e positivos que
necessitam ser compatibilizados, como explanado no item 3.3.1.7 (Capítulo 03),
resultando os momentos compatibilizados indicados na Figura 31.
80

FIGURA 23 – LAJES L01 E L04

(a) carregamento distribuído (b) diagrama de esforços cortantes (c) diagrama de momentos fletores
FONTE: O AUTOR (2022).

FIGURA 24 - LAJE L02

(a) carregamento distribuído (b) diagrama de esforços cortantes (c) diagrama de momentos fletores
FONTE: O AUTOR (2022).
81

FIGURA 25 - LAJE L19

(a) carregamento distribuído (b) diagrama de esforços cortantes (c) diagrama de momentos fletores
FONTE: O AUTOR (2022).

FIGURA 26 - LAJE L23

(a) carregamento distribuído (b) diagrama de esforços cortantes (c) diagrama de momentos fletores
FONTE: O AUTOR (2022).
82

FIGURA 27 - LAJE L24

(a) carregamento distribuído (b) diagrama de esforços cortantes (c) diagrama de momentos fletores
FONTE: O AUTOR (2022)

FIGURA 28 - LAJE L25

(a) carregamento distribuído (b) diagrama de esforços cortantes (c) diagrama de momentos fletores
FONTE: O AUTOR (2022).
83

FIGURA 29 - LAJE L29

(a) carregamento distribuído (b) diagrama de esforços cortantes (c) diagrama de momentos fletores
FONTE: O AUTOR (2022).

Resumidamente, os momentos fletores caraterísticos não compatibilizados estão plotados na Figura 29 e na Figura 30
apresentam os momentos fletores característicos compatibilizados.
84

FIGURA 30 - MOMENTO FLETOR CARACTERÍSTICO NÃO COMPATIBILIZADO

FONTE: O AUTOR (2022).


85

FIGURA 31 - MOMENTO FLETOR CARACTERÍSTICO COMPATIBILIZADO

FONTE: O AUTOR (2022).


86

4.1.4 Verificação das flechas

A verificação das flechas foi calculada utilizando o coeficiente α encontrado na


tabela adaptada por Pinheiro (1994) com valores extraídos de Bares, e para maior
precisão no resultado, os valores foram interpolados.
Dessa forma, conforme estabelecido no item 3.3.1.8 (Capítulo 03) os valores
adotados para a edificação unifamiliar, considerou-se ρ'=0, pois não existe armadura
comprimida. Para o coeficiente em função do tempo ξ(t) será adotado igual a 2 para o
tempo (t) superior a 70 meses. Para a flecha máxima permitida, pode-se considerar a
“Aceitabilidade sensorial” – deslocamentos visíveis em elementos estruturais, onde o
valor limite é l/250. Assim, após a realização dos cálculos para todas as lajes (L1 ao
L32) os resultados estão apresentados no Quadro 27.

QUADRO 27 - VERIFICAÇÃO DAS FLECHAS


g q ψ₂ q p = g+ψ₂ Mr
Laje lx λ Tipo α EI (kN.cm²) ai (cm) at (cm) l/250
(kN/m²) (kN/m²) (kN/m²) q (kN.cm)
L01 80 18,75 - 2,75 1 0,3 3,05 - 615,5913 34272000 0,000 0,000 0,320
L02 165 2,03 3 7,45 1 0,3 7,75 6,50 4001,344 34272000 0,002 0,005 0,660
L03 165 1,97 3 7,31 1 0,3 7,61 5,44 3348,817 34272000 0,002 0,005 0,660
L04 80 20,69 - 2,75 1 0,3 3,05 - 615,5913 34272000 0,000 0,000 0,320
L05 170 1,56 3 6,58 1 0,3 6,88 4,63 2850,188 34272000 0,002 0,005 0,680
L06 170 1,50 3 6,43 1 0,3 6,73 4,46 2745,537 34272000 0,002 0,005 0,680
L07 335 1,72 5A 19,12 1 0,3 19,42 4,64 2856,344 34272000 0,089 0,207 1,340
L08 325 1,77 5B 18,63 1 0,3 18,93 2,87 1766,747 34272000 0,077 0,179 1,300
L09 275 1,45 5B 12,10 1 0,3 12,40 2,67 1643,629 34272000 0,026 0,060 1,100
L10 165 1,61 5B 6,47 11,64 3,492 9,96 2,82 1735,968 34272000 0,003 0,006 0,660
L11 165 1,61 5B 6,47 1 0,3 6,77 2,82 1735,968 34272000 0,002 0,004 0,660
L12 274 1,46 5B 12,07 1 0,3 12,37 2,68 1649,785 34272000 0,025 0,059 1,096
L13 270 1,48 5B 11,93 1 0,3 12,23 2,71 1668,253 34272000 0,024 0,055 1,080
L14 165 1,61 5B 6,47 1 0,3 6,77 2,82 1735,968 34272000 0,002 0,004 0,660
L15 165 1,61 5B 6,47 1 0,3 6,77 2,82 1735,968 34272000 0,002 0,004 0,660
L16 270 1,48 5B 11,93 1 0,3 12,23 2,71 1668,253 34272000 0,024 0,055 1,080
L17 265 1,51 6 11,76 1 0,3 12,06 2,57 1582,07 34272000 0,022 0,050 1,060
L18 265 1,51 5B 11,76 1 0,3 12,06 2,74 1686,72 34272000 0,022 0,050 1,060
L19 135 2,44 6 6,54 1 0,3 6,84 3,13 1926,801 34272000 0,001 0,002 0,540
L20 135 1,22 6 4,64 1 0,3 4,94 2,07 1274,274 34272000 0,001 0,001 0,540
L21 135 1,22 6 4,64 1 0,3 4,94 2,07 1274,274 34272000 0,001 0,001 0,540
L22 175 2,51 5A 9,30 1 0,3 9,60 6,50 4001,344 34272000 0,003 0,008 0,700
L23 175 2,51 5A 9,30 1 0,3 9,60 6,50 4001,344 34272000 0,003 0,008 0,700
L24 175 2,49 5A 9,22 1 0,3 9,52 6,50 4001,344 34272000 0,003 0,008 0,700
L25 175 2,49 5A 9,24 1 0,3 9,54 6,50 4001,344 34272000 0,003 0,008 0,700
L26 265 1,11 3 9,39 1 0,3 9,69 3,00 1846,774 34272000 0,017 0,040 1,060
L27 265 1,11 3 9,39 1 0,3 9,69 3,00 1846,774 34272000 0,017 0,040 1,060
L28 255 1,90 4B 13,26 1 0,3 13,56 2,95 1815,994 34272000 0,021 0,049 1,020
L29 120 14,92 - 2,75 1 0,3 3,05 - 615,5913 34272000 0,000 0,001 0,480
L30 255 1,90 4B 13,26 1 0,3 13,56 2,95 1815,994 34272000 0,021 0,049 1,020
L31 230 1,26 3 8,42 1 0,3 8,72 3,65 2246,908 34272000 0,009 0,021 0,920
L32 195 1,18 3 6,56 1 0,3 6,86 3,31 2037,607 34272000 0,004 0,008 0,780

FONTE: O AUTOR (2022).

Verifica-se que os valores de todas as flechas calculadas (Quadro 25), estão


abaixo dos valores máximos permitidos. Caso alguma laje não satisfizesse essa
relação, a altura da mesma deveria ser aumentada.
87

4.1.5 Taxa de Armaduras longitudinais positivas e negativas

Para o dimensionamento das armaduras longitudinais positivas, foi necessário


definir outras variáveis além dos momentos fletores solicitantes. Dessa forma a altura
útil (d) é dada pela variação da equação (8) do item 3.3.1 reescrita a seguir,
∅𝑙
𝑑=ℎ− −𝑐
2
então a altura útil encontrada foi de 8,19cm:
0,63
𝑑 = 12 − − 3,5 = 8,19𝑐𝑚
2

Considerando a altura da laje pré-estimada de 12cm, cobrimento de 3,5cm e


bitola de 6,3mm, o coeficiente 𝑓𝑐𝑑 deve ser calculado por:
𝑓𝑐𝑘 25
𝑓𝑐𝑑 = = = 17,9𝑀𝑝𝑎 → 1,79𝑘𝑁/𝑐𝑚2
𝛾𝑐 1,4

O momento solicitante de cálculo corresponde aos momentos fletores


compatibilizados 𝑓𝑦𝑑 é determinado por:
𝑓𝑦𝑘 60
𝑓𝑦𝑑 = = = 52,17𝑘𝑁/𝑐𝑚2
𝛾𝑠 1,15

A área de aço por metro de laje é dada pela equação:


𝛼𝑐 ∗ 𝑓𝑐𝑑 ∗ 𝑏 ∗ 𝜆 ∗ 𝑥
𝐴𝑠 =
𝑓𝑦𝑑
onde b = 100cm e x é dado por:

𝑑 2 ∗ 𝑀𝑑
𝑥= ∗ (1 − √1 − )
𝜆 𝛼𝑐 ∗ 𝑓𝑐𝑑 ∗ 𝑏 ∗ 𝑑 2

Para armaduras positivas de lajes armadas em duas direções:


𝜌𝑠 ≥ 0,67 ∗ 𝜌𝑚𝑖𝑛
𝐴𝑠
𝜌𝑠 = ;𝜌 = 15%
𝑏𝑤 ∗ ℎ 𝑚𝑖𝑛
Assim, tem-se que:
15 𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛
𝜌𝑠 ≥ 0,67 ∗ = → 𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛 = 1,260𝑐𝑚2 /𝑚
100 𝑏∗ℎ
88

Para lajes armadas em uma direção, 𝜌𝑠 ≥ 𝜌𝑚𝑖𝑛

15 𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛
𝜌𝑠 ≥ = → 𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛 = 1,800𝑐𝑚2 /𝑚
100 𝑏∗ℎ

No caso de armadura secundária de lajes armadas em uma direção, adota-se


o maior valor entre os seguintes:
0,2 ∗ 𝐴𝑠𝑥
𝐴𝑠 /𝑚 {0,9𝑐𝑚2 /𝑚
0,5 ∗ 𝜌𝑚𝑖𝑛

Aplicando-se as equações deste item para determinar a taxa de armadura das


lajes (L01 ao L32), os resultados calculados encontram-se dispostos nos Quadros 28
e 29, sendo armaduras positivos (sentido lx e ly) e as armaduras negativas,
respectivamente.
89

QUADRO 28 - ÁREA MÍNIMA ARMADURA POSITIVA


Sentido lx Sentido ly
Mx My As, calc As,min As As, calc As,min As
Laje λ x (cm) x (cm)
(kNm) (kNm) (cm²/m) (cm²/m) (cm²/m) (cm²/m) (cm²/m) (cm²/m)
L01 18,75 0,00 0,00 0,000 0,000 1,800 0,900 0,000 0,000 1,800 0,900
L02 2,03 3,43 0,00 0,206 1,219 1,800 1,800 0,000 0,000 1,800 0,900
L03 1,97 2,28 0,20 0,141 0,810 1,206 1,206 0,013 0,072 1,206 1,206
L04 20,69 0,00 0,00 0,000 0,000 1,800 0,900 0,000 0,000 1,800 1,800
L05 1,56 1,58 0,49 0,124 0,561 1,206 1,206 0,038 0,174 1,206 1,206
L06 1,50 1,53 0,49 0,125 0,543 1,206 1,206 0,040 0,174 1,206 1,206
L07 1,72 12,61 6,77 0,898 4,483 1,206 4,483 0,482 2,406 1,206 2,406
L08 1,77 10,00 3,57 0,691 3,555 1,206 3,555 0,246 1,268 1,206 1,268
L09 1,45 4,42 1,85 0,371 1,570 1,206 1,570 0,155 0,657 1,206 1,206
L10 1,61 2,31 0,88 0,176 0,821 1,206 1,206 0,067 0,313 1,206 1,206
L11 1,61 0,79 0,26 0,060 0,281 1,206 1,206 0,020 0,092 1,206 1,206
L12 1,46 3,61 1,80 0,302 1,283 1,206 1,283 0,151 0,639 1,206 1,206
L13 1,48 4,25 1,66 0,350 1,510 1,206 1,510 0,137 0,590 1,206 1,206
L14 1,61 0,79 0,37 0,060 0,281 1,206 1,206 0,028 0,131 1,206 1,206
L15 1,61 0,79 0,37 0,060 0,281 1,206 1,206 0,028 0,131 1,206 1,206
L16 1,48 4,25 1,66 0,350 1,510 1,206 1,510 0,137 0,590 1,206 1,206
L17 1,51 3,18 1,40 0,257 1,130 1,206 1,206 0,113 0,497 1,206 1,206
L18 1,51 3,46 1,20 0,280 1,229 1,206 1,229 0,097 0,426 1,206 1,206
L19 2,44 0,60 0,00 0,030 0,213 1,800 1,800 0,000 0,000 1,800 0,900
L20 1,22 0,69 0,19 0,069 0,245 1,206 1,206 0,019 0,067 1,206 1,206
L21 1,22 0,69 0,19 0,069 0,245 1,206 1,206 0,019 0,068 1,206 1,206
L22 2,51 2,65 0,00 0,129 0,941 1,800 1,800 0,000 0,000 1,800 1,800
L23 2,51 1,73 0,00 0,084 0,615 1,800 1,800 0,000 0,000 1,800 1,800
L24 2,49 2,57 0,00 0,126 0,913 1,800 1,800 0,000 0,000 1,800 1,800
L25 2,49 2,57 0,00 0,126 0,913 1,800 1,800 0,000 0,000 1,800 1,800
L26 1,11 2,51 2,02 0,275 0,892 1,206 1,206 0,222 0,718 1,206 1,206
L27 1,11 2,51 2,02 0,275 0,892 1,206 1,206 0,222 0,718 1,206 1,206
L28 1,90 5,61 0,77 0,360 1,993 1,206 1,993 0,049 0,274 1,206 1,206
L29 14,92 0,00 0,00 0,000 0,000 1,800 0,900 0,000 0,000 1,800 0,900
L30 1,90 3,86 0,77 0,248 1,371 1,206 1,371 0,049 0,274 1,206 1,206
L31 1,26 1,79 0,76 0,173 0,636 1,206 1,206 0,074 0,270 1,206 1,206
L32 1,18 1,02 1,53 0,106 0,364 1,206 1,206 0,158 0,543 1,206 1,206

FONTE: O AUTOR (2022).


90

QUADRO 29 - ÁREA MÍNIMA ARMADURA NEGATIVA

lm Md x As, calc As, min As


Lajes λ
(cm) (kNm) (cm) (cm²/m) (cm²/m) (cm²/m)
L1-L2 165 2,030 1,200 0,067 0,393 1,800 1,800
L1-L7 335 1,720 1,200 0,079 0,393 1,206 1,206
L1-L26 265 1,110 1,200 0,122 0,393 1,206 1,206
L1-L30 255 14,920 1,200 0,009 0,393 1,800 1,800
L1-L31 230 1,260 1,200 0,107 0,393 1,206 1,206
L2-L3 165 2,030 1,270 0,071 0,416 1,800 1,800
L2-L7 335 1,720 14,650 0,961 4,808 1,206 4,808
L3-L4 165 1,970 1,200 0,069 0,393 1,206 1,206
L3-L8 325 1,770 9,490 0,605 3,113 1,206 3,113
L4-L9 275 1,450 1,200 0,093 0,393 1,206 1,206
L4-L10 165 1,610 1,200 0,084 0,393 1,206 1,206
L4-L11 165 1,610 1,200 0,084 0,393 1,206 1,206
L4-L12 274 1,460 1,200 0,093 0,393 1,206 1,206
L4-L13 270 1,480 1,200 0,091 0,393 1,206 1,206
L4-L14 165 1,610 1,200 0,084 0,393 1,206 1,206
L4-L15 165 1,610 1,200 0,084 0,393 1,206 1,206
L4-L16 270 1,480 1,200 0,091 0,393 1,206 1,206
L5-L6 170 1,560 1,750 0,126 0,574 1,206 1,206
L5-L17 265 1,510 4,100 0,306 1,345 1,206 1,345
L6-L18 265 1,510 4,100 0,306 1,345 1,206 1,345
L7-L8 335 1,720 20,390 1,338 6,694 1,206 6,694
L7-L28 335 1,720 14,650 0,961 4,808 1,206 4,808
L8-L9 325 1,770 13,800 0,879 4,528 1,206 4,528
L8-L29 325 1,770 2,700 0,172 0,885 1,206 1,206
L9-L10 275 1,450 6,270 0,487 2,056 1,206 2,056
L9-L22 275 1,450 4,790 0,372 1,571 1,206 1,571
L10-L11 165 1,610 3,220 0,225 1,056 1,206 1,206
L10-L19 165 1,610 2,230 0,156 0,731 1,206 1,206
L11-L12 274 1,460 6,220 0,480 2,040 1,206 2,040
L11-L19 165 1,610 1,130 0,079 0,370 1,206 1,206
L12-L13 274 1,460 7,640 0,590 2,506 1,206 2,506
L12-L23 274 1,460 4,760 0,368 1,561 1,206 1,561
L13-L14 270 1,480 6,000 0,457 1,968 1,206 1,968
L13-L20 270 1,480 6,000 0,457 1,968 1,206 1,968
L13-L24 270 1,480 4,650 0,354 1,525 1,206 1,525
L14-L15 165 1,610 1,660 0,116 0,544 1,206 1,206
L14-L20 165 1,610 0,920 0,064 0,302 1,206 1,206
L15-L16 270 1,480 6,000 0,457 1,968 1,206 1,968
L15-L21 165 1,610 0,920 0,064 0,302 1,206 1,206
L16-L17 270 1,480 7,150 0,545 2,345 1,206 2,345
L16-L25 270 1,480 4,650 0,354 1,525 1,206 1,525
L17-L18 265 1,510 6,990 0,522 2,293 1,206 2,293
L17-L26 265 1,510 5,260 0,393 1,725 1,206 1,725
L26-L27 265 1,110 5,800 0,589 1,902 1,206 1,902
L18-L27 265 1,110 5,260 0,534 1,725 1,206 1,725
L28-L29 255 1,900 2,700 0,160 0,885 1,206 1,206
L28-L30 255 1,900 7,720 0,458 2,532 1,206 2,532
L29-L22 175 2,510 2,700 0,121 0,885 1,800 1,800
L29-L23 175 2,510 2,700 0,121 0,885 1,800 1,800
L29-L24 175 2,490 2,700 0,122 0,885 1,800 1,800
L29-L25 175 2,490 2,700 0,122 0,885 1,800 1,800
L29-L30 255 1,900 2,700 0,160 0,885 1,206 1,206
L29-L32 195 1,180 2,700 0,258 0,885 1,206 1,206
L30-L31 255 1,900 6,180 0,367 2,027 1,206 2,027
L31-L32 230 1,260 2,320 0,208 0,761 1,206 1,206

FONTE: O AUTOR (2022).


91

4.1.6 Detalhamento das armaduras

Uma vez encontradas a taxa de armadura positiva e negativa das lajes, a


próxima etapa é escolher a bitola, ou seja, o diâmetro dos ferros. No entanto, conforme
recomendação NBR6118, o diâmetro máximo deve ser:
ℎ 12
∅𝑚á𝑥 = → = 1,5𝑐𝑚
8 8
O número de barras necessárias por metro, pode ser determinado dividindo a
taxa de armadura (As) pela área da barra com diâmetro AsΦ.
𝐴𝑠
𝑛=
𝐴𝑠∅
O espaçamento é estimado dividindo largura (bw) da laje pelo número de barras
necessários:
𝑏𝑤
𝑠=
𝑛
Lembrando que o espaçamento máximo permitido deve respeitar a relação:
2∗ℎ
𝑠≤{
20𝑐𝑚
Logo, quando 𝑏𝑤 /𝑛 > 20, adota-se 20 e corrige o número de barras através da
equação:
𝑏𝑤
𝑛=
𝑠
A quantidade de barras (Q) é dada por:
𝑙0
𝑄=
𝑠
O comprimento da barra é dado pela equação vista anteriormente. Assim, no
caso das armaduras negativas, deve-se calcular a dimensão do gancho:
𝛥 = ℎ − (2. 𝑐 + ∅)
Assim o comprimento da barra é dado por:
𝐶 = 2. (0,25 . 𝑙𝑥 + ∅) + 2. 𝛥

Após a realização das etapas de cálculo descritas acima, os resultados das


armaduras positivas no sentido lx estão indicados no Quadro 30. Já o Quadro 31,
mostra a especificação dessas. Da mesma forma, os Quadros 32 e 33 mostram os
resultados das armaduras positivas no sentido ly e a especificação, respectivamente,
92

QUADRO 30 - ARMADURA POSITIVA NO SENTIDO lx


Detalhamento da Armadura Positiva no Sentido de lx
Comprimento
l0 Diâm. As Asφ n de barras s, calc s, max s Quantidade
Laje das barras
por metro de barras
(cm) (mm) (cm²/m) (cm²) (cm) (cm) (cm) (cm)
L01 65 6,3 0,900 0,312 3 35 20 20 4 80
L02 150 6,3 1,800 0,312 6 17 20 17 10 165
L03 150 10 1,206 0,785 2 65 20 20 8 161
L04 65 6,3 0,900 0,312 3 35 20 20 4 80
L05 155 10 1,206 0,785 2 65 20 20 9 166
L06 155 10 1,206 0,785 2 65 20 20 9 166
L07 320 12,5 4,483 1,227 4 27 20 20 17 329
L08 310 12,5 3,555 1,227 3 35 20 20 16 319
L09 260 10 1,570 0,785 2 50 20 20 14 271
L10 150 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 8 165
L11 150 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 8 165
L12 259 10 1,283 0,785 2 61 20 20 14 270
L13 255 10 1,510 0,785 2 52 20 20 14 266
L14 150 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 8 165
L15 150 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 8 165
L16 255 10 1,510 0,785 2 52 20 20 14 266
L17 250 10 1,206 0,785 2 65 20 20 13 261
L18 250 10 1,229 0,785 2 64 20 20 13 261
L19 120 6,3 1,800 0,312 6 17 20 17 8 135
L20 120 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 7 135
L21 120 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 7 135
L22 160 10 1,800 0,785 2 44 20 20 9 171
L23 160 10 1,800 0,785 2 44 20 20 9 171
L24 160 10 1,800 0,785 2 44 20 20 9 171
L25 160 10 1,800 0,785 2 44 20 20 9 171
L26 250 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 13 265
L27 250 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 13 265
L28 240 12,5 1,993 1,227 2 62 20 20 13 249
L29 105 10 0,900 0,785 1 87 20 20 6 116
L30 240 12,5 1,371 1,227 1 89 20 20 13 249
L31 215 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 12 230
L32 180 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 10 195

FONTE: O AUTOR (2022).

QUADRO 31 - ESPECIFICAÇÕES DAS BARRAS NO SENTIDO lx


Comprimento
N° φ Quant. Unit. (cm) Total (m)
N1 6,3 7 80 5,20
N2 6,3 39 165 63,79
N3 10 8 161 12,08
N4 10 16 166 25,73
N5 12,5 16 329 52,64
N6 12,5 16 319 49,45
N7 10 13 271 35,23
N8 10 13 270 34,97
N9 10 26 266 67,83
N10 10 25 261 65,25
N11 6,3 19 135 25,55
N12 10 32 171 54,72
N13 6,3 25 265 66,25
N14 12,5 24 249 59,76
N15 10 5 116 6,09
N16 6,3 11 230 24,73
N17 6,3 9 195 17,55

FONTE: O AUTOR (2022).


93

QUADRO 32 - ARMADURA POSITIVA NO SENTIDO ly


Detalhamento da Armadura Positiva no Sentido de ly
Comprimento
l0 Diâm. As Asφ n de barras s, calc s, max s Quantidade
Laje das barras
por metro de barras
(cm) (mm) (cm²/m) (cm²) (cm) (cm) (cm) (cm)
L01 1485 6,3 0,900 0,312 3 35 20 20 74 1500
L02 320 6,3 1,800 0,312 6 17 20 17 18 335
L03 310 10 1,206 0,785 2 65 20 20 16 321
L04 1640 6,3 0,900 0,312 3 35 20 20 82 1655
L05 250 10 1,206 0,785 2 65 20 20 13 261
L06 240 10 1,206 0,785 2 65 20 20 12 251
L07 560 12,5 4,483 1,227 4 27 20 20 28 569
L08 560 12,5 3,555 1,227 3 35 20 20 28 569
L09 385 10 1,570 0,785 2 50 20 20 19 396
L10 250 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 13 265
L11 250 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 13 265
L12 385 10 1,283 0,785 2 61 20 20 19 396
L13 385 10 1,510 0,785 2 52 20 20 19 396
L14 250 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 13 265
L15 250 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 13 265
L16 385 10 1,510 0,785 2 52 20 20 19 396
L17 385 10 1,206 0,785 2 65 20 20 19 396
L18 385 10 1,229 0,785 2 64 20 20 19 396
L19 315 6,3 1,800 0,312 6 17 20 17 18 330
L20 150 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 8 165
L21 150 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 8 165
L22 425 6,3 1,800 0,312 6 17 20 17 25 440
L23 425 6,3 1,800 0,312 6 17 20 17 25 440
L24 420 6,3 1,800 0,312 6 17 20 17 24 435
L25 421 6,3 1,800 0,312 6 17 20 17 24 436
L26 280 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 14 295
L27 280 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 14 295
L28 470 12,5 1,993 1,227 2 62 20 20 24 479
L29 1775 10 0,900 0,785 1 87 20 20 89 1786
L30 470 12,5 1,371 1,227 1 89 20 20 24 479
L31 275 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 14 290
L32 215 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 11 230

FONTE: O AUTOR (2022).

QUADRO 33 - ESPECIFICAÇÕES DAS BARRAS NO SENTIDO ly


Comprimento
N° φ Quant. Unit. (cm) Total (m)
N18 6,3 74 1500 1113,75
N19 6,3 18 335 61,90
N20 10 16 321 49,76
N21 6,3 82 1655 1357,10
N22 10 13 261 32,63
N23 10 12 251 30,12
N24 12,5 56 569 318,64
N25 10 116 396 457,38
N26 6,3 50 265 132,50
N27 10 18 330 60,02
N28 6,3 15 165 24,75
N29 6,3 49 440 215,96
N30 6,3 24 435 105,50
N31 6,3 24 436 105,99
N32 6,3 28 295 82,60
N33 12,5 47 479 225,13
N34 10 89 1786 1585,08
N35 6,3 14 290 39,88
N36 6,3 11 230 24,73

FONTE: O AUTOR (2022).


94

Os Quadros 34 e 35 mostram os resultados das armaduras negativas de todas


as lajes do projeto em análise. Assim, finalizando o resumo das armaduras o Quadro
36 exibe as especificações das armaduras calculadas.

QUADRO 34 - DETALHAMENTO DA ARMADURA NEGATIVA


Detalhamento da Armadura Negativa
n de Comprim
l0 Diâm. As Asφ s, calc s, max s Quantida
barras Δ ento das
Laje de de Δ
por corrigido barras
(cm) (mm) (cm²/m) (cm²) (cm) (cm) (cm) barras
metro (cm)
L1-L2 150 6,3 1,800 0,312 6 17 20 17 9 4,37 5 93
L1-L7 560 10 1,206 0,785 2 65 20 20 28 4,00 4 176
L1-L26 240 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 12 4,37 5 143
L1-L30 240 6,3 1,800 0,312 6 17 20 17 14 4,37 5 138
L1-L31 215 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 11 4,37 5 125
L2-L3 150 6,3 1,800 0,312 6 17 20 17 9 4,37 5 93
L2-L7 320 10 5,209 0,785 7 15 20 15 21 4,00 4 176
L3-L4 150 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 8 4,37 5 93
L3-L8 310 10 3,373 0,785 4 23 20 20 16 4,00 4 171
L4-L9 260 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 13 4,37 5 148
L4-L10 150 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 8 4,37 5 93
L4-L11 150 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 8 4,37 5 93
L4-L12 260 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 13 4,37 5 147
L4-L13 255 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 13 4,37 5 145
L4-L14 150 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 8 4,37 5 93
L4-L15 150 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 8 4,37 5 93
L4-L16 255 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 13 4,37 5 145
L5-L6 155 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 8 4,37 5 95
L5-L17 250 6,3 1,457 0,312 5 21 20 20 13 4,37 5 143
L6-L18 240 6,3 1,457 0,312 5 21 20 20 12 4,37 5 143
L7-L8 560 12,5 7,254 1,227 6 17 20 17 33 3,75 4 176
L7-L28 320 10 5,209 0,785 7 15 20 15 21 4,00 4 176
L8-L9 385 10 4,907 0,785 6 16 20 16 24 4,00 4 171
L8-L29 160 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 8 4,37 5 173
L9-L10 250 6,3 2,228 0,312 7 14 20 14 18 4,37 5 148
L9-L22 260 6,3 1,702 0,312 5 18 20 18 14 4,37 5 148
L10-L11 250 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 13 4,37 5 93
L10-L19 150 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 8 4,37 5 93
L11-L12 250 6,3 2,210 0,312 7 14 20 14 18 4,37 5 147
L11-L19 150 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 8 4,37 5 93
L12-L13 385 10 2,715 0,785 3 29 20 20 19 4,00 4 145
L12-L23 260 6,3 1,691 0,312 5 18 20 18 14 4,37 5 147
L13-L14 250 6,3 2,132 0,312 7 15 20 15 17 4,37 5 145
L13-L20 120 6,3 2,132 0,312 7 15 20 15 8 4,37 5 145
L13-L24 255 6,3 1,652 0,312 5 19 20 19 14 4,37 5 145
L14-L15 250 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 13 4,37 5 93
L14-L20 150 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 8 4,37 5 93
L15-L16 250 6,3 2,132 0,312 7 15 20 15 17 4,37 5 145
L15-L21 150 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 8 4,37 5 93
L16-L17 385 10 2,541 0,785 3 31 20 20 19 4,00 4 143
L16-L25 255 6,3 1,652 0,312 5 19 20 19 14 4,37 5 145
L17-L18 385 10 2,484 0,785 3 32 20 20 19 4,00 4 141
L17-L26 250 6,3 1,869 0,312 6 17 20 17 15 4,37 5 143
L26-L27 280 6,3 2,061 0,312 7 15 20 15 19 4,37 5 143
L18-L27 240 6,3 1,869 0,312 6 17 20 17 14 4,37 5 143
L28-L29 240 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 12 4,37 5 138
L28-L30 470 10 2,744 0,785 3 29 20 20 24 4,00 4 136
L29-L22 422 10 1,800 0,785 2 44 20 20 21 4,00 4 96
L29-L23 424 10 1,800 0,785 2 44 20 20 21 4,00 4 96
L29-L24 420 10 1,800 0,785 2 44 20 20 21 4,00 4 96
L29-L25 420 10 1,800 0,785 2 44 20 20 21 4,00 4 96
L29-L30 240 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 12 4,37 5 138
L29-L32 215 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 11 4,37 5 108
L30-L31 275 6,3 2,196 0,312 7 14 20 14 19 4,37 5 138
L31-L32 215 6,3 1,206 0,312 4 26 20 20 11 4,37 5 125

FONTE: O AUTOR (2022).


95

QUADRO 35 - ESPECIFICAÇÕES DA ARMADURA NEGATIVA


Comprimento
N° φ Quant. Unit. (cm) Total (m)
N1 6,3 102 93 95,16
N2 10 70 176 123,99
N3 6,3 72 143 103,52
N4 6,3 57 138 78,98
N5 6,3 22 125 26,88
N6 10 40 171 67,64
N7 6,3 45 148 66,70
N8 6,3 45 147 65,90
N9 6,3 82 145 119,17
N10 6,3 8 95 7,36
N11 12,5 33 176 58,26
N12 6,3 8 173 13,84
N13 10 19 145 27,91
N14 10 19 143 27,53
N15 10 19 141 27,14
N16 10 24 136 31,96
N17 10 84 96 80,93
N18 6,3 43 138 59,86

FONTE: O AUTOR (2022).

QUADRO 36 - RESUMO DO AÇO - LAJES


Resumo CA-50
Massa Comp. Massa
φ
(kg/m) total (m) total (kg)
6,3 0,25 4105 1026,27
10 0,63 2904 1829,5
12,5 1 764 763,8743

FONTE: O AUTOR (2022).

4.1.7 Verificação do esforço cortante

Lajes maciças de edificações residenciais raramente precisam de armadura


transversal para resistir aos esforços cortantes. Para exemplificar, fazer-se-á a
verificação apenas da laje L29, onde a reação de apoio característica resultou em
4,5kN/m (Figura 29, item 4.1.3). Dessa forma, para que não haja necessidade de
armadura transversal, a relação 𝑉𝑠𝑑 ≤ 𝑉𝑟𝑑 deve ser satisfeita.
𝑉𝑠𝑑 = 1,4 ∗ 4,5 = 6,3𝑘𝑁
A força cortante máxima é:

𝑉𝑟𝑑 = [𝜏𝑟𝑑 ∗ 𝑘 ∗ (1,2 + 40𝜌1 )] ∗ 𝑏𝑤 ∗ 𝑑


96

3
𝑓𝑐𝑡𝑘,𝑖𝑛𝑓 0,7 ∗ 0,3 ∗ √252
𝜏𝑟𝑑 = 0,25 ∗ 𝑓𝑐𝑡𝑑 = = 0,25 ∗ ( ) = 0,03206𝑘𝑁/𝑐𝑚2
𝛾𝑐 1,4

𝐴𝑠1 1,8
𝜌1 = ≤ 0,02 → = 0,0024 ≤ 0,02
𝑏𝑤 ∗ 𝑑 100 ∗ 7,56

com k=1:

𝑉𝑟𝑑 = [0,03206 ∗ 1 ∗ (1,2 + 4 ∗ 0,0024)] ∗ 100 ∗ 7,56 = 29,32𝑘𝑁

Assim, temos que 𝑉𝑠𝑑 = 6,3𝑘𝑁 < 𝑉𝑟𝑑 = 29,32𝑘𝑁, ou seja, não há a necessidade
de armadura transversal. Assim sendo, para as demais lajes não foram realizadas a
verificação do esforço cortante, por constatar a não necessidade dessa averiguação.

4.1.8 Comparação entre os sistemas de cálculo

Os resultados obtidos para o dimensionamento de lajes predominantemente


treliçadas pelo software Eberick estão no Quadro 37, e o Quadro 38, são os resultados
do dimensionamento manual considerando lajes maciças para a mesma edificação.
97

QUADRO 37 - RESUMO DO AÇO – LAJE TRELIÇADA

(a) armação positiva (b) armação negativa


FONTE: MORGANA ZANELATO (2020).

QUADRO 38 - RESUMO DO AÇO – REGIÃO MACIÇA

(a) armação positiva (b) armação negativa


FONTE: MORGANA ZANELATO (2020).
98

Somando o peso total de aço obtido através do dimensionamento pelo software


Eberick (laje treliçada), chega-se ao valor 1.605,10kg, enquanto que para o
dimensionamento manual (lajes maciças) um total de 3.619,64kg, ou seja o peso em
laje maciça muito superior ao da laje treliçada. De qualquer forma a comparação é
válida para exibir os quantitativos de aço a serem utilizados pelo sistema de laje
treliçada e laje maciça. Ademais, é sabido que em construções de pequeno porte é
preferível executar lajes treliçadas, por apresentar maior rapidez no cronograma e
facilidade na execução. Além disso, com este resumo de aço explicitado, corrobora
para denotar que lajes maciças são dispendiosas para obras de pequeno porte.
Contudo, como estudante do curso de engenharia, muitas vezes não é possível
o acesso a softwares de cálculos estruturais gratuitos, e não obstante realizar os
cálculo de forma manual utilizando-se ferramentas simples como a planilha Excel
(Office) e o uso do software gratuito FTOOL, foram meritórios para demonstrar que é
possível realizar cálculos estruturais de forma simples e principalmente didático, uma
vez que todos os passos-passos devem ser elaborados pelo projetista calculista,
tendo assim visão ampla para realizar todos os cálculos e ainda, cumprir com
exigências requeridas pelas normas vigentes..

4.2 ANÁLISE DAS VIGAS

4.2.1 Dados dos materiais considerados no cálculo:


• Concreto 𝑓𝑐𝑘 = 30𝑀𝑃𝑎;
• 𝑓𝑐𝑑 = 21,43𝑀𝑃𝑎;
• Armadura longitudinal - aço CA-50, 𝑓𝑦𝑘 = 500𝑀𝑃𝑎;
• 𝑓𝑦𝑑 = 434,78𝑀𝑃𝑎

• Estribos – aço CA-60;


• 𝑐𝑛𝑜𝑚 = 4𝑐𝑚

4.2.2 Cargas consideradas

De forma a comparar os resultados dimensionais das vigas calculados pelo


escritório de engenharia Morgana Zanelato, considerado laje treliçada, e a diferença
dos resultados obtidos para as vigas no presente trabalho, que suportam lajes
99

maciças será feito o dimensionamento da viga 11, na cor em vermelho, com destaque
na Figura 32.

FIGURA 32 - DETALHE DA VIGA V11

FONTE: O AUTOR (2022)

Para isto, calculou-se a distribuição das cargas das lajes maciças para cada
uma das vigas, conforme ilustrados no Quadro 39.
100

QUADRO 39 - DISTRIBUIÇÃO DAS CARGAS DAS LAJES PARA AS VIGAS


P laje Dist. Para as vigas
Laje lx (m) ly (m) lx/ly 2-(lx/ly)
(kN/m²) Px (kN/m) Py (kN/m)
L01 0,80 15,00 3,75 0,05 1,95 0,75 1,46
L02 1,65 3,35 8,45 0,49 1,51 3,48 5,25
L03 1,65 3,25 8,31 0,51 1,49 3,43 5,11
L04 0,80 16,55 3,75 0,05 1,95 0,75 1,46
L05 1,70 2,65 7,58 0,64 1,36 3,22 4,38
L06 1,70 2,55 7,43 0,67 1,33 3,16 4,21
L07 3,35 5,75 20,12 0,58 1,42 16,85 23,89
L08 3,25 5,75 19,63 0,57 1,43 15,95 22,89
L09 2,75 4,00 13,10 0,69 1,31 9,01 11,82
L10 1,65 2,65 18,11 0,62 1,38 7,47 10,29
L11 1,65 2,65 7,47 0,62 1,38 3,08 4,24
L12 2,74 4,00 13,07 0,69 1,32 8,95 11,77
L13 2,70 4,00 12,93 0,68 1,33 8,73 11,56
L14 1,65 2,65 7,47 0,62 1,38 3,08 4,24
L15 1,65 2,65 7,47 0,62 1,38 3,08 4,24
L16 2,70 4,00 12,93 0,68 1,33 8,73 11,56
L17 2,65 4,00 12,76 0,66 1,34 8,45 11,31
L18 2,65 4,00 12,76 0,66 1,34 8,45 11,31
L19 1,35 3,30 7,54 0,41 1,59 2,54 4,05
L20 1,35 1,65 5,64 0,82 1,18 1,90 2,25
L21 1,35 1,65 5,64 0,82 1,18 1,90 2,25
L22 1,75 4,40 10,30 0,40 1,60 4,50 7,22
L23 1,75 4,40 10,30 0,40 1,60 4,50 7,22
L24 1,75 4,35 10,22 0,40 1,60 4,47 7,14
L25 1,75 4,36 10,24 0,40 1,60 4,48 7,16
L26 2,65 2,95 10,39 0,90 1,10 6,89 7,59
L27 2,65 2,95 10,39 0,90 1,10 6,89 7,59
L28 2,55 4,85 14,26 0,53 1,47 9,09 13,40
L29 1,20 17,90 3,75 0,07 1,93 1,13 2,17
L30 2,55 4,85 14,26 0,53 1,47 9,09 13,40
L31 2,30 2,90 9,42 0,79 1,21 5,42 6,54
L32 1,95 2,30 7,56 0,85 1,15 3,69 4,25

FONTE: O AUTOR (2022).

Em seguida, foi obtido o peso próprio das vigas, com 𝛾𝑐𝑎 = 25𝑘𝑁/𝑚³, e
a carga de parede nas vigas onde se apoiam as platibandas, com 𝛾𝑎𝑙𝑣 = 13𝑘𝑁/𝑚³,
resultando os valores apresentados no Quadro 40.
101

QUADRO 40 - PESO PRÓPRIO E PESO DAS PAREDES

Viga bw (m) h (m) Pp (kN/m)Ppa (kN/m)


V01 0,19 0,55 2,61 2,05
V02 0,19 0,45 2,14 -
V03 0,14 0,30 1,05 1,51
V04 0,14 0,30 1,05 -
V05 0,14 0,30 1,05 -
V06 0,14 0,50 1,75 -
V07 0,14 0,55 1,93 1,51
V08 0,14 0,45 1,58 -
V09 0,14 0,40 1,40 1,51
V10 0,14 0,30 1,05 1,51
V11 0,14 0,50 1,75 -
V12 0,14 0,30 1,05 -
V13 0,14 0,50 1,75 1,51
V14 0,14 0,45 1,58 1,51
V15 0,14 0,35 1,23 -
V16 0,14 0,30 1,05 -
V17 0,14 0,30 1,05 -
V18 0,14 0,30 1,05 -
V19 0,14 0,35 1,23 -
V20 0,14 0,35 1,23 -
V21 0,14 0,35 1,23 -
V22 0,14 0,35 1,23 -
V23 0,14 0,30 1,05 1,51
V24 0,14 0,35 1,23 -
V25 0,14 0,75 2,63 -
V26 0,14 0,75 2,63 -

FONTE: O AUTOR (2022).

Com os carregamentos calculados para cada viga, o dimensionamento seguiu


apenas para a viga 11, como mostrado a localização desta na Figura 31.

4.2.3. Dimensionamento da viga 11


Dimensões da viga 11:
• ℎ = 0,50𝑚;
• 𝑏𝑤 = 0,14𝑚;
• 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜: 15𝑚.

Inserindo os dados da viga 11 (Quadro 41) no software FTOOL, é possível obter


as representações dos diagramas de esforços cortantes (Figura 33) e de momentos
fletores característicos (Figura 34).

QUADRO 41 - CARREGAMENTO NA VIGA 11


Viga 12
Vao Pp Py Ppa Ptot
01 1,75 8,00 1,51 11,26
02 1,75 14,86 1,51 18,12
03 1,75 14,86 1,51 18,12
04 1,75 25,35 1,51 28,61
05 1,75 6,71 1,51 9,97

FONTE: O AUTOR (2022).


102

FIGURA 33 - DIAGRAMA DE ESFORÇOS CORTANTES (V11)

FONTE: O AUTOR (2022).

FIGURA 34 - DIAGRAMA DE MOMENTOS FLETORES (V11)

FONTE: O AUTOR (2022).


103

4.2.4. Cálculo das armaduras longitudinais

A viga 11 (V11) se apoia nos pilares P05, P19 e P26, assim as armaduras
longitudinais devem ser dimensionadas para os momentos máximos nos vãos entre
esses pilares, bem como para os momentos negativos. A Figura 35 ilustra em
destaque as posições desses pilares.
Obtidos os diagramas dos esforços cortantes (Figura 33) e dos momentos
fletores (Figura 34) da viga 11, é possível estabelecer os parâmetros de cálculo que
são resumidamente apresentados no Quadro 42 e a área de aço da viga 11 indicadas
no Quadro 43.

QUADRO 42 - PARÂMETROS FIXOS


fcd (Mpa) 21,43
fyd (kN/cm²) 43,48
σcd (MPa) 18,21
μlim 0,30
δ 0,11
ρmin 0,17
4%Ac 28
FONTE: O AUTOR (2022).

QUADRO 43 - ÁREA DE AÇO PARA OS MOMENTOS POSITIVOS

Para os Momentos Positivos


Variaveis Vao 01 Vao 02 Vao 03
l (m) 2,30 5,10 5,75
Mk (kNm) 0,90 17,60 51,20
Md (kNm) 1,26 24,64 71,68
Mdlim (kNm) 179,33 179,33 179,33
μ 0,01 0,21 0,62
ξ 0,01 0,31 0,45
As,calc (cm²) 2,91 6,46 19,28
A's 0 0,00 9,78
As,min (cm²) 1,19 1,19 1,19
As (cm²) 2,91 6,46 19,28
As+A's 2,91 6,46 29,07
FONTE: O AUTOR (2022).
104

FIGURA 35 - LOCALIZAÇÃO DOS APOIOS DA VIGA 11

FONTE: O AUTOR (2022).

Para determinar o número de barras, utilizou-se a tabela de “Área da seção de


armadura As”. Nesta tabela, verifica-se que podem ser adotadas 04 (quatro) barras
de 10mm para o vão 01, ficando com uma área de 3,14 cm²; 06 (seis) barras de
12,5mm para o vão 02, ficando com uma seção de área igual a 7,36cm²; e como o
vão 03 necessita de armadura dupla, e ultrapassa 4%Ac. Assim, limitou-se a área total
de aço em 28,00cm², e por consequência definiu 05 (cinco) barras de 22mm, ficando
105

com uma seção As de área igual a 19,01cm², e 04 (quatro) barras de 16mm, ficando
com uma seção A’s de área igual a 8,04cm², assim a somatória das armaduras é igual
a 27,05cm² (As +A’s). Resumidamente, tem-se para a viga (V11) as taxas de
armaduras positivos.

- Vão 01: 4∅10 (𝐴𝑠 = 3,14𝑐𝑚2 );


- Vão 02: 6∅12,5 (𝐴𝑠 = 7,36𝑐𝑚2 );
- Vão 03: 5∅22 (𝐴𝑠 = 19,01𝑐𝑚2 ); 4∅16 (𝐴′ 𝑠 = 8,04𝑐𝑚2 ).

Para a obtenção da área de aço em relação aos momentos negativos, os


parâmetros fixos são os mesmos apresentados no Quadro 42. Assim como no caso
de cálculo para os momentos positivos, para obter a taxa de armaduras As e A’s
escolheu-se o menor valor obtido entre As,calc e As,min, obtidos a partir das
equações 49 e 50 do item 3.3.2.6 do capitulo 3.
Os resultados estão apresentados no Quadro 44, lembrando que não se deve
ultrapassar o limite máximo estabelecido da soma das áreas (As+A’s=28cm² ) para
definir a quantidade e o diâmetro das barras.

QUADRO 44 - ÁREA DE AÇO PARA OS MOMENTOS NEGATIVOS


Para os Momentos Negativos
Variaveis P26 P19 P05
Mk (kNm) 19,30 68,40 65,70
Md (kNm) 27,02 95,76 91,98
Mdlim (kNm) 179,33 179,33 179,33
μ 0,24 0,83 0,80
ξ 0,34 0,45 0,45
As,calc (cm²) 71,95 9,50 24,54
As,min (cm²) 1,19 1,19 1,19
A's 0 16,01 15,03
As (cm²) 28,00 9,50 24,54
As+A's 28,00 25,51 39,57
FONTE: O AUTOR (2022).

Conforme Quadro 44, a taxa de armadura negativa, considerando As,max em


28,0cm², para o apoio no pilar de número P26 (canto), podem ser adotadas 04 (quatro)
barras de 20mm, com uma seção de área de 12,57cm² e 04 (quatro) barras de 22mm
com uma seção de área de 15,21cm², totalizando uma área de 27,78cm².
Para o apoio no pilar de número P19, foram adotadas 05 (cinco) barras de
16mm para As, ficando com uma seção de área igual a 10,05cm² e 08 (oito) barras de
106

16mm para As, ficando com uma seção de área igual a 16,08cm², totalizando
26,13cm²;
Por fim, para o apoio no pilar de número P05, assumimos 04 (quatro) barras de
22mm para As, ficando com uma seção de área igual a 15,21cm2, e (04) quatro barras
de 22mm para A’s, ficando com uma seção As de área igual a 12,57cm², totalizando
uma área de 27,78cm².
Resumidamente, tem-se:

- P26: 4∅20 (𝐴𝑠 = 12,57𝑐𝑚2 ); 4∅22 (𝐴𝑠 = 15,21𝑐𝑚2 );


- P19: 5∅16 (𝐴𝑠 = 10,05𝑐𝑚2 ); 8∅16 (𝐴′ 𝑠 = 16,08𝑐𝑚2 );
- P05: 4∅22 (𝐴𝑠 = 15,21𝑐𝑚2 ); 4∅20 (𝐴′ 𝑠 = 12,57𝑐𝑚2 ).

Considerando a armadura positiva calculada para o primeiro vão, as armaduras


negativas serão dadas por:

0,25 ∗ 2,91 = 0,73𝑐𝑚²


𝐴𝑠 ≥ {
0,67 ∗ 1,19 = 0,80𝑐𝑚²

Como As = 0,80cm² (0,67*1,19), pode-se adotar 28mm (Ase = 1,01cm²).


O comprimento de ancoragem das barras pode ser obtido por tabela própria de
comprimento de ancoragem, assim, tem-se que lb=38cm (zona de má aderência).
Dessa forma, o comprimento das barras, a partir da face dos pilares de
extremidade é resumido no Quadro 45.

QUADRO 45 - COMPRIMENTO DAS BARRAS

Comprimento das barras


Vao l h 0,15l+h lb+h a
1 230 50 84,50 88,00 88,00
2 510 50 126,50 88,00 126,50
3 575 50 136,25 88,00 136,25
4 170 50 75,50 88,00 88,00
FONTE: O AUTOR (2022).

No vão 04, onde não há momentos positivos, a armadura não se fez necessária
pelo cálculo, assim, coloca-se uma armadura construtiva constituída por 26,3mm.
107

4.2.5. Cálculo dos estribos

Os estribos (armaduras transversais) são dimensionados para os maiores


esforços cortantes nos vãos das vigas, para isso foram considerados os parâmetros
fixos contidos no Quadro 46, onde 𝑎𝑣 e 𝜏𝑑𝑢 foram obtidos através das equações 55 e
54, respectivamente, do item 3.3.2.9 do capitulo 3, e 𝜌𝑚𝑖𝑛 (Quadro 16).

QUADRO 46 - PARÂMETROS FIXOS

av 0,88
τdu 5,09
fcd (Mpa) 21,43
fyd (kN/cm²) 43,48
ρmin 0,0012
FONTE: O AUTOR (2022).

A partir dos parâmetros fixos, foi possível obter os valores das tensões, e
assim, calcular a taxa de armadura para os estribos dada pela equação 58, e a taxa
mínima dada pela equação 59 do item 3.3.2.9 do capítulo 3. Sendo que As é obtido
pelo maior valor entre Asw,calc e Asw,min, Os resultados são apresentados no Quadro
47.

QUADRO 47 - ÁREA DE AÇO - ESTRIBOS

Vao 01 Vao 02 Vao 03 Vao 04


Vk (kN) 21,40 55,80 82,07 47,01
Vd (kN) 29,96 78,12 114,90 65,81
τwd (Mpa) 0,48 1,24 1,82 1,04
τc (Mpa) 0,87 0,87 0,87 0,87
τd (Mpa) 0,44 0,41 1,06 0,20
Asw,calc (cm²/m) 1,41 1,33 3,41 0,63
Asw,min (cm²/m) 1,68 1,68 1,68 1,68
Asw (cm²/m) 1,68 1,68 3,41 1,68
FONTE: O AUTOR (2022).

Assim, obtém-se a área da seção de armadura Asw para estribos de dois ramos,
no Quadro 48.
108

QUADRO 48 - RESUMO DOS ESTRIBOS

Vao 01 Vao 02 Vao 03 Vao 04


Asw (cm²/m) 1,68 1,68 3,41 1,68
l (cm) 230 510 575 170
s 23 23 11 23
φ 5 5 5 5
Qtd. 10 22 52 7
FONTE: O AUTOR (2022).

Resumidamente, os resultados das armaduras determinados foram:


- Vão 01: 10 Φ 5mm c/23cm;
- Vão 02: 22 Φ 5mm c/23cm;
- Vão 03: 52 Φ 5mm c/11cm;
- Vão 04: 7 Φ 5mm c/23cm.

4.2.6 Análise das vigas

Foi realizado o cálculo de uma viga contínua para desenvolver todo o


procedimento no dimensionamento manual, considerando a carga de lajes maciças
(item 4.2), tendo os seguintes resultados a considerar:
Para os vãos:
- Vão 01: 4∅10 (𝐴𝑠 = 3,14𝑐𝑚2 );
- Vão 02: 6∅12,5 (𝐴𝑠 = 7,36𝑐𝑚2 );
- Vão 03: 5∅22 (𝐴𝑠 = 19,01𝑐𝑚2 ); 4∅16 (𝐴′ 𝑠 = 8,04𝑐𝑚2 ).
- Vão 04: 2∅6,3.
Para os apoios:
- P26: 4∅20 (𝐴𝑠 = 12,57𝑐𝑚2 ); 4∅22 (𝐴𝑠 = 15,21𝑐𝑚2 );
- P19: 5∅16 (𝐴𝑠 = 10,05𝑐𝑚2 ); 8∅16 (𝐴′ 𝑠 = 16,08𝑐𝑚2 );
- P05: 4∅22 (𝐴𝑠 = 15,21𝑐𝑚2 ); 4∅20 (𝐴′ 𝑠 = 12,57𝑐𝑚2 ).
Para os estribos:
- Vão 01: 10 Φ 5c.23;
- Vão 02: 22 Φ 5c.23;
- Vão 03: 52 Φ 5c.11;
- Vão 04: 7 Φ 5c.23.
109

A seguir é ilustrado o detalhamento das armaduras longitudinais e transversais da


viga 11 (V11), considerando lajes treliçadas, dimensionado através do uso no software
Eberick (Figura 36).
A Figura 37 mostra o detalhamento da viga 11 (V11), tendo os resultados de
cálculo manual, considerando laje maciça que descarrega sobre esta viga.
110

FIGURA 36 - DIMENSIONAMENTO DA VIGA 11 (V11) - (SOFTWARE EBERICK)

(a) detalhametno da armadura longitudinal viga 11 (V11)

(b) detalhamento da armadura transversal (estribo) viga 11 (V11)


FONTE: MORGANA ZANELATO (2020).
111

FIGURA 37 - DIMENSIONAMENTO DA VIGA 11 (V11) - (cálculo manual)

FONTE: O AUTOR (2022).


112

Para melhor explicitar a comparação nos resultados da viga 11 (V11) realizadas


pelo software EBERICK versus MANUAL, o Quadro 49 (a) e (b) expõem os resumos
de aços devido as cargas consideradas, ou seja, com carregamentos de lajes
treliçadas versus lajes maciças sobre a viga em análise.

QUADRO 49 - RESUMO DO AÇO (VIGA 11)


N Ф (mm) Q C. unit.(m) C. total (m) Peso (kg)
N01 5 55 1,26 69,30 10,67
N09 8 1 1,13 1,13 0,45
N10 8 2 2,67 5,34 2,11
N11 8 2 7,33 14,66 5,79
N12 8 2 3,27 6,54 2,58
N13 8 1 0,88 0,88 0,35
N14 8 2 7,38 14,76 5,83
N42 10 3 3,56 10,68 6,59
N43 10 1 2,46 2,46 1,52
N44 10 2 11,98 23,96 14,78
N45 10 1 4,44 4,44 2,74
Total 53,41

(a) Software EBERICK

N Ф (mm) Q C. unit.(m) C. total (m) Peso (kg)


N01 5 91 1,16 105,56 16,26
N02 10 4 1,13 4,52 2,79
N03 12,5 6 2,67 16,02 15,43
N04 22 5 7,33 36,65 109,36
N05 20 4 0,88 3,52 8,68
N06 16 5 1,26 6,3 9,94
N07 22 4 1,36 5,44 16,23
Total 178,69

(b) Manual
FONTE: O AUTOR (2022)

Pode-se observar no Quadro 49, que para a mesma viga (V11), obteve-se
massa de 53,41kg de aço no caso de laje treliçada, enquanto que para o
dimensionamento manual e utilizando laje maciça, um total de quase o triplo da massa
de aço anterior, chegando a 178,69kg de aço. Ratificando que a quantidade de aço
aumenta de forma destoante em todos os elementos estruturais no caso de execução
em lajes maciças, evidenciando de que a escolha da mesma não é interessante para
obras de pequeno porte.
113

4.3 ANÁLISE DOS PILARES

Conforme estabelecido anteriormente para o pré-dimensionamento no projeto


da edificação unifamiliar térrea, considerou-se 03 (três) dimensões de seções
transversais para os pilares, sendo:
• pilares de divisa: 19x25cm
• pilares centrais: 20x20cm (exigência arquitetônica)
• demais pilares: 14x30cm.

Assim, as Figuras 38 e 39 ilustram a planta de forma dos pilares e a área de


influência sobre os pilares, respectivamente, para a realização do pré-
dimensionamento dos mesmos.
114

FIGURA 38 - PLANTA DE FÔRMA

FONTE: O AUTOR (2022).


115

FIGURA 39 - TRAÇADO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA

FONTE: O AUTOR (2022).


116

4.3.1 Carregamentos e esforços solicitantes

Para efeito de análise comparativa, os esforços solicitantes utilizados para a


elaboração do dimensionamento dos pilares, foram considerados os mesmos
parâmetros para os calculados através do uso no software Eberick (engenheira
Morgana Zanelato), conforme constantes no Quadro 50.

QUADRO 50 - CARREGAMENTO NOS PILARES


Mx Max. (kgfm) My Max. (kgfm) Fx Max. (tf) Fy Max. (tf)
Carga Carga
Pilar Secao Positivo Negativo Positivo Negativo Positivo Negativo Positivo Negativo
Max. (tf) Min. (tf)
P01 19x25 5,6 4,8 0 0 0 0 0 -0,1 0,5 0
P02 19x25 12,3 10,4 0 0 0 0 0 -0,2 0,3 0
P03 19x25 17,8 14,8 0 0 0 0 0 -0,3 0,2 0
P04 14x30 12,8 10,7 0 0 0 0 0,2 0 0,1 0
P05 14x30 2,5 1,5 0 0 0 0 0 -0,2 0,4 0
P06 14x30 20,2 17,4 0 0 0 0 0,6 0 0,1 -0,2
P07 14x30 6,7 6 0 0 0 0 0,1 0 0 -0,5
P08 14x30 14,9 12,4 0 0 0 0 0 -0,1 0 -0,3
P09 14x30 16,8 13,9 0 0 0 0 0,5 0 0 -0,1
P10 14x30 12,1 10,2 0 0 0 0 0,1 -0,2 0,5 0
P11 14x30 11,9 9,8 0 0 0 0 0,1 0 0 -0,2
P12 14x30 4,4 3,6 0 0 0 0 0,1 -0,2 0 -0,6
P13 14x30 11,4 7,2 0 0 0 0 0 -0,1 0,5 0
P14 14x30 9,8 6,9 0 0 0 0 0,2 0 0,2 0
P15 14x30 10,8 8,9 0 0 0 0 0 -0,4 0,1 0
P16 14x30 15,2 12,8 0 0 0 0 0 -0,2 0 -0,1
P17 14x30 11,1 8,4 0 0 0 0 0,2 0 0 -0,1
P18 14x30 10,7 9 0 0 0 0 0 -0,2 0,1 0
P19 14x30 12,4 10,5 0 0 0 0 0,5 0 0,2 0
P20 14x30 12 9,9 0 0 0 0 0 -0,1 0,3 0
P21 20x20 12,6 10,7 0 0 0 0 0 -0,2 0,1 0
P22 20x20 11,8 10,5 0 0 0 0 0,1 0 0,1 -2
P23 20x20 9,6 8 0 0 0 0 0 -0,1 0 -0,2
P24 19x25 6,8 5,9 0 0 0 0 0 -0,1 0,6 0
P25 19x25 17,2 14,6 0 0 0 0 0,1 -0,2 0 -0,2
P26 14x30 13,4 11,2 0 0 0 0 0,3 0 0 -0,4
P27 14x30 6,5 5,6 0 0 0 0 0,2 0 1,1 0
P28 19x25 8,5 7,2 0 0 0 0 0,8 0 0 -0,4
P29 19x25 11 9,6 0 0 0 0 0 -0,8 0 -1,1

FONTE: MORGANA ZANELATO (2020).

4.3.2 Comprimento equivalente

O comprimento equivalente dos pilares é dado por


𝑙 +ℎ
𝑙𝑒 ≤ { 0
𝑙
Encontrado o comprimento equivalente, e disposto na planilha excel (Office)
fez-se a tabulação dos dados e que são apresentados no Quadro 51, para organizar
os dados e seguir posteriormente com os cálculos.
117

QUADRO 51 - COMPRIMENTOS EQUIVALENTES


Comprimento equivalente
Pilar hy hx l0 l l0+hy l0+hx ley lex
P01 25 19 305 345 330 324 330 324
P02 25 19 305 345 330 324 330 324
P03 25 19 305 340 330 324 330 324
P04 25 19 305 355 330 324 330 324
P05 30 14 305 335 335 319 335 319
P06 30 14 305 335 335 319 335 319
P07 30 14 305 343 335 319 335 319
P08 30 14 305 338 335 319 335 319
P09 30 14 305 335 335 319 335 319
P10 30 14 305 338 335 319 335 319
P11 30 14 305 338 335 319 335 319
P12 30 14 305 335 335 319 335 319
P13 30 14 305 338 335 319 335 319
P14 30 14 305 338 335 319 335 319
P15 30 14 305 343 335 319 335 319
P16 30 14 305 345 335 319 335 319
P17 30 14 305 345 335 319 335 319
P18 30 14 305 345 335 319 335 319
P19 30 14 305 345 335 319 335 319
P20 35 14 305 338 340 319 338 319
P21 20 20 305 343 325 325 325 325
P22 20 20 305 343 325 325 325 325
P23 20 20 305 343 325 325 325 325
P24 25 19 305 340 330 324 330 324
P25 25 19 305 355 330 324 330 324
P26 30 14 305 340 335 319 335 319
P27 30 14 305 345 335 319 335 319
P28 25 19 305 338 330 324 330 324
P29 25 19 305 355 330 324 330 324

FONTE: O AUTOR (2022).

4.3.3 Índice de esbeltes

Lembrando que a determinação do índice de esbeltez () é dado por:


3,46 ∗ 𝑙𝑒
λ=

Assim, pode-se obter os índices de esbeltez de cada pilar, sendo apresentados


no Quadro 52.
118

QUADRO 52 - ÍNDICE DE ESBELTEZ


Indice de esbeltez
Pilar hy ley hx lex λy λx y x
P01 25 330 19 324 45,67 59,00 Medio Medio
P02 25 330 19 324 45,67 59,00 Medio Medio
P03 25 330 19 324 45,67 59,00 Medio Medio
P04 25 330 19 324 45,67 59,00 Medio Medio
P05 30 335 14 319 38,64 78,84 Medio Medio
P06 30 335 14 319 38,64 78,84 Medio Medio
P07 30 335 14 319 38,64 78,84 Medio Medio
P08 30 335 14 319 38,64 78,84 Medio Medio
P09 30 335 14 319 38,64 78,84 Medio Medio
P10 30 335 14 319 38,64 78,84 Medio Medio
P11 30 335 14 319 38,64 78,84 Medio Medio
P12 30 335 14 319 38,64 78,84 Medio Medio
P13 30 335 14 319 38,64 78,84 Medio Medio
P14 30 335 14 319 38,64 78,84 Medio Medio
P15 30 335 14 319 38,64 78,84 Medio Medio
P16 30 335 14 319 38,64 78,84 Medio Medio
P17 30 335 14 319 38,64 78,84 Medio Medio
P18 30 335 14 319 38,64 78,84 Medio Medio
P19 30 335 14 319 38,64 78,84 Medio Medio
P20 35 338 14 319 33,36 78,84 Medio Medio
P21 20 325 20 325 56,23 56,23 Medio Medio
P22 20 325 20 325 56,23 56,23 Medio Medio
P23 20 325 20 325 56,23 56,23 Medio Medio
P24 25 330 19 324 45,67 59,00 Medio Medio
P25 25 330 19 324 45,67 59,00 Medio Medio
P26 30 335 14 319 38,64 78,84 Medio Medio
P27 30 335 14 319 38,64 78,84 Medio Medio
P28 25 330 19 324 45,67 59,00 Medio Medio
P29 25 330 19 324 45,67 59,00 Medio Medio
FONTE: O AUTOR (2022).

Ao analisar o Quadro 52, observa-se que conforme a classificação geral do


índice de esbeltez, todos os pilares da edificação unifamiliar em análise, tanto no eixo
x, quanto no eixo y, são classificados como pilares médios, pois todos os índices
tiveram os valores entre 35 e 90, ou seja, considerados pilares médios. Lembrando
que a Norma NBR6118 não recomenda pilares extremamente esbeltos, valores acima
de 200, e que a recomendação para não envolver cálculos complexos, são de pilares
médios, portanto, estando no limite recomendado pela norma.
119

4.3.4 Taxa de armadura mínima

A taxa de armadura mínima se dá pelo maior valor entre As,calc. e 4% da área


de concreto, ou seja, conforme recomendação:

𝑁𝑑
0,15 ∗ ( )
𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛 { 𝑓𝑦𝑘
0,04 ∗ 𝐴𝑐
Assim, a taxa de armadura dos pilares calculados está apresentadas no
Quadro 53, obedecendo o mínimo recomendado.

QUADRO 53 - TAXA DE ARMADURA MÍNIMA


Taxa de armadura minima
Pilar Ac Ndx Ndy Nd As, calc 4%Ac As,min
P01 475 0,98 4,91 4,91 0,014 1,900 1,900
P02 475 1,96 2,94 2,94 0,008 1,900 1,900
P03 475 2,94 1,96 2,94 0,008 1,900 1,900
P04 475 1,96 0,98 1,96 0,006 1,900 1,900
P05 420 1,96 3,92 3,92 0,011 1,680 1,680
P06 420 0,98 1,96 1,96 0,006 1,680 1,680
P07 420 0,98 4,91 4,91 0,014 1,680 1,680
P08 420 4,91 2,94 4,91 0,014 1,680 1,680
P09 420 1,96 0,98 1,96 0,006 1,680 1,680
P10 420 0,98 4,91 4,91 0,014 1,680 1,680
P11 420 1,96 1,96 1,96 0,006 1,680 1,680
P12 420 0,98 5,89 5,89 0,017 1,680 1,680
P13 420 1,96 4,91 4,91 0,014 1,680 1,680
P14 420 3,92 1,96 3,92 0,011 1,680 1,680
P15 420 1,96 0,98 1,96 0,006 1,680 1,680
P16 420 1,96 0,98 1,96 0,006 1,680 1,680
P17 420 1,96 0,98 1,96 0,006 1,680 1,680
P18 420 4,91 0,98 4,91 0,014 1,680 1,680
P19 420 0,98 1,96 1,96 0,006 1,680 1,680
P20 490 1,96 2,94 2,94 0,008 1,960 1,960
P21 400 0,98 0,98 0,98 0,003 1,600 1,600
P22 400 0,98 1,96 1,96 0,006 1,600 1,600
P23 400 0,98 1,96 1,96 0,006 1,600 1,600
P24 475 0,98 5,89 5,89 0,017 1,900 1,900
P25 475 1,96 1,96 1,96 0,006 1,900 1,900
P26 420 2,94 3,92 3,92 0,011 1,680 1,680
P27 420 1,96 10,79 10,79 0,031 1,680 1,680
P28 475 7,85 3,92 7,85 0,023 1,900 1,900
P29 475 7,85 10,79 10,79 0,031 1,900 1,900
FONTE: O AUTOR (2022).
120

4.3.4 Taxa de armadura máxima

A taxa de armadura máxima, não pode ultrapassar 8% da área de concreto,


para evitar dificuldade na montagem das armaduras, bem como facilitar a
concretagem das fôrmas na obra. Assim a taxa de armadura máxima está no Quadro
54.

QUADRO 54 - TAXA DE ARMADURA MÁXIMA

Taxa de armadura maxima


Pilar Ac As,max
P01 475 38,00
P02 475 38,00
P03 475 38,00
P04 475 38,00
P05 420 33,60
P06 420 33,60
P07 420 33,60
P08 420 33,60
P09 420 33,60
P10 420 33,60
P11 420 33,60
P12 420 33,60
P13 420 33,60
P14 420 33,60
P15 420 33,60
P16 420 33,60
P17 420 33,60
P18 420 33,60
P19 420 33,60
P20 490 39,20
P21 400 32,00
P22 400 32,00
P23 400 32,00
P24 475 38,00
P25 475 38,00
P26 420 33,60
P27 420 33,60
P28 475 38,00
P29 475 38,00
FONTE: O AUTOR (2022).
121

4.3.5 Armadura longitudinal

Encontradas as taxas de armadura máxima e mínima, pode-se estimar as


armaduras para cada pilar, assim foram considerados que todos os pilares possuem
4 (quatro) barras longitudinais com diâmetro de 10mm. Sabendo que a área de aço
de uma barra de 10mm corresponde a:
𝜋 ∗ 12
𝐴𝑠,∅10 = = 0,785𝑐𝑚²
4
tem-se que a taxa de armadura (As) é de 𝐴𝑠 = 3,14𝑐𝑚², ficando dentro os limites dos
valores máximos e mínimos recomendados (Quadros 53 e 54).

O espaçamento mínimo entre as barras longitudinais é dado por:


20𝑚𝑚;
𝑠≥{ 10𝑚𝑚;
1,2 ∗ 9,5 = 11,4𝑚𝑚
ou seja, o espaçamento mínimo entre as barras é de 20mm, ou 2cm.

Para o espaçamento máximo das seções transversais dos pilares, foram:


- Pilares aparentes (20x20)cm:
2 ∗ 20 = 40𝑐𝑚
𝑠≤{
40𝑐𝑚
espaçamento máximo de 40cm.

- Pilares de divisa (19x25)cm:


2 ∗ 19 = 38𝑐𝑚
𝑠≤{
40𝑐𝑚
espaçamento máximo de 38cm.

- Demais pilares (14x30)cm:


2 ∗ 14 = 28𝑐𝑚
𝑠≤{
40𝑐𝑚
espaçamento máximo de 28cm.

A Figura 40, mostra o detalhamento das seções transversais dos pilares


considerados no cálculo.
122

FIGURA 40 - SEÇÃO TRANSVERSAL DOS PILARES

FONTE: O AUTOR (2022).

4.3.6 Armadura transversal (estribos)

Para os estribos (armadura transversal), foi definido o uso de barras com


diâmetro ∅ = 5𝑚𝑚, ou seja, o menor diâmetro recomendado pela norma. O
espaçamento máximo entre os estribos deve:

- Pilares de divisa (19x25) cm:


20𝑐𝑚;
𝑠𝑡 ≤ { 19𝑐𝑚;
24 ∗ ∅𝑙 = 24𝑐𝑚
Os estribos deverão ser distribuídos em intervalos máximos de 19cm.

- Pilares aparentes (20x20) cm:


20𝑐𝑚;
𝑠𝑡 ≤ { 20𝑐𝑚;
24 ∗ ∅𝑙 = 24𝑐𝑚
Os estribos deverão ser distribuídos em intervalos máximos de 20cm.

- Demais pilares (14x30) cm:


20𝑐𝑚;
𝑠𝑡 ≤ { 14𝑐𝑚;
24 ∗ ∅𝑙 = 24𝑐𝑚
Os estribos deverão ser distribuídos em intervalos máximos de 14cm.

A metragem linear (Cst) do estribo foi calculada realizando: 2 x largura + 2 x


comprimento + ∆𝐶 , em que ∆𝐶 pode ser encontrado no Quadro 55 em relação ao
diâmetro do estribo. Para facilitar o quantitativo Quadro 56 traz um resumo dos
estribos calculados em cada pilar.
123

QUADRO 55 - VALORES DE Δl E Δc (cm)

FONTE: ARAUJO (2010)

QUADRO 56 - DETALHAMENTO DOS ESTRIBOS


Estribos
Pilar h (cm) b (cm) l (cm) st (cm) Quant. Cst (cm)
P01 25 19 320 19 17 98
P02 25 19 320 19 17 98
P03 25 19 320 19 17 98
P04 25 19 320 14 23 98
P05 30 14 320 14 23 98
P06 30 14 320 14 23 98
P07 30 14 320 14 23 98
P08 30 14 320 14 23 98
P09 30 14 320 14 23 98
P10 30 14 320 14 23 98
P11 30 14 320 14 23 98
P12 30 14 320 14 23 98
P13 30 14 320 14 23 98
P14 30 14 320 14 23 98
P15 30 14 320 14 23 98
P16 30 14 320 14 23 98
P17 30 14 320 14 23 98
P18 30 14 320 14 23 98
P19 30 14 320 14 23 98
P20 30 14 320 14 23 98
P21 20 20 320 20 16 90
P22 20 20 320 20 16 90
P23 20 20 320 20 16 90
P24 25 19 320 19 17 98
P25 25 19 320 19 17 98
P26 30 14 320 14 23 98
P27 30 14 320 14 23 98
P28 25 19 320 19 17 98
P29 25 19 320 19 17 98
FONTE: O AUTOR (2022).

4.3.7 Resumo das armaduras

Os quadros 57 e 58, apresentam os resumos das armaduras longitudinais e


transversais, respectivamente para todos os pilares.
124

QUADRO 57 - RESUMO DAS ARMADURAS

N Фl Q C. unit.(m) C. total (m) Peso (kg)


N1 5 552 0,98 541,136842 83,34
N2 5 48 0,90 43,2 6,65
N3 10 116 3,2 371,2 229,03

FONTE: O AUTOR (2022).

QUADRO 58 - RESUMO DO AÇO

Aco Diam. C. total (m) Peso + 10%


CA50 10 639,88 268,51
CA60 5 584,336842 98,99
FONTE: O AUTOR (2022).

4.3.7 Comparação entre os cálculos

Como não abordamos neste trabalho a parte de fundações, somente foram


levados em conta os pilares a partir do nível 0m, desta forma, não caberia utilizar o
quadro gerado pelo software, pois o mesmo abrange os pilares de fundação, a partir
do nível -1,50m.
Dessa maneira, o resultado a ser levado em consideração para uma
comparação, encontra-se no Quadro 59 (cálculo pelo software Eberick), e no Quadro
60 o resumo dos mesmos pilares padronizados e dimensionados manualmente.
Para maiores informações, as pranchas de detalhamentos dos pilares obtidos
através pelo software Eberick, em que foram retiradas as informações compiladas o
resumo do aço no Quadro 59, encontram-se no anexo.
125

QUADRO 59 - RESUMO DO DIMENSIONAMENTO DOS PILARES PELO SOFTWARE EBERICK


Resumo das armaduras - Prancha 03.15
N Фl Q C. unit.(m) C. total (m) Peso (kg)
N01 5 32 0,86 27,52 4,24
N02 5 32 1,06 33,92 5,22
N04 5 32 0,86 27,52 4,24
N05 5 32 1,36 43,52 6,70
N06 5 64 0,76 48,64 7,49
N18 10 18 3,17 57,06 35,21
N26 12,5 14 3,17 44,38 43,05
Resumo das armaduras - Prancha 04.15
N Фl Q C. unit.(m) C. total (m) Peso (kg)
N01 5 64 0,86 55,04 8,48
N02 5 32 1,06 33,92 5,22
N04 5 32 0,86 27,52 4,24
N05 5 182 1,36 247,52 38,12
N06 5 64 0,76 48,64 7,49
N07 10 54 3,17 171,18 105,62
Resumo das armaduras - Prancha 05.15
N Фl Q C. unit.(m) C. total (m) Peso (kg)
N01 5 64 0,86 55,04 84,76
N03 5 32 0,23 7,36 11,33
N04 5 160 0,86 137,6 211,90
N05 5 32 1,36 43,52 67,02
N06 5 22 0,76 16,72 25,75
N07 5 22 0,23 5,06 7,79
N08 10 40 3,17 126,8 78,24
N11 12,5 16 3,17 50,72 49,20
FONTE: O AUTOR (2022).

QUADRO 60 - RESUMO DO AÇO POR DIMENSIONAMENTO MANUAL

Aco Diam. C. total (m) Peso + 10%


CA50 10 372,36 252,72
CA60 5 584,336842 98,99
FONTE: O AUTOR (2022).

Analisando os Quadros 59 e 60, o total de aço dimensionado através do


software Eberick é de 811,31kg, enquanto que o total de aço dimensionado
manualmente para os mesmos pilares, é de 367,50kg. Tal diferença deve-se ao fato
de que:
126

Desenvolvimento pelo software Eberick: Desenvolvimento manual:


padronização dos espaçamentos e variação dos estribos nos pilares com
quantidade de estribos, sendo 32 16, 17 e 23 estribos.
estribos para todos os pilares
898 estribos 600 estribos
Massa aço dos estribos: 492,51kg Massa aço estribos 98,99kg
Diâmetro máximo no projeto: 12,5mm Diâmetro máximo no projeto: 10mm
Pilares contendo 4 e 6 barras Todos os pilares contendo 4 barras
longitudinais longitudinais

Além disso, para facilitar as considerações feitas nos pilares da edificação


unifamiliar para o cálculo manual, a Figura 41 ilustra os detalhamentos das armaduras
e as seções transversais consideradas.
Visto que há pouca diferença entre os diâmetros utilizados em ambos
dimensionamentos, o que explica a discrepância nos resultados, é a quantidade de
barras calculadas para cada caso, o que nos leva a acreditar na possibilidade de um
superdimensionamento do software, possivelmente por motivos de coeficientes de
segurança.
127

FIGURA 41 - DETALHAMENTO PILARES – CALCULO MANUAL

(a) Pilares centrais

(b) Pilares de divisa

(c) Demais pilares

FONTE: O AUTOR (2022)


128

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme o objetivo inicial, o desenvolvimento deste trabalho detalhou diversas


questões relevantes ao projeto estrutural. Viu-se a possibilidade de dimensionar a
edificação de forma manual com auxílio de planilhas eletrônicas e software gratuito de
analise estrutural (Ftool) que facilitaram o processo de cálculo.
Após analises dos resultados foi possível afirmar que a escolha por laje
treliçada se faz mais econômica, haja visto a grande diferença nos quantitativos de
aço que foram obtidas entra as comparações (laje treliçada versus laje maciça). Além
da facilidade de execução sendo mais simples, rápida e leve.
Para as análises das vigas, observou-se elevada massa de aço, uma vez que
a carga considerada no dimensionamento foram as lajes treliçadas versus maciças,
acarretando carga maior para a laje maciça, consequentemente maiores foram as
armaduras para resistir essa sustentação da massa da laje. Para corroborar nos
cálculos das vigas foi utilizado o software FTOOL, que além de ser fácil a manipulação
e principalmente gratuito, ajudou na determinação e na visualização das deformações
dos momentos fletores e reações de apoio.
Com relação a comparação do elemento estrutural pilar, foi possível analisar
que o dimensionamento manual, obteve menor utilização de aço se comparado ao
extraído pelo programa Eberick. Esta diferença poderia ser devido ao fato de que no
software os limites de segurança são majorados devidos aos riscos, considerando que
o programa aumenta seu coeficiente de segurança, quando não possui informações,
como por exemplo o ensaio SPT. Além disso, optou-se por fazer a padronização dos
pilares no dimensionamento manual, visto a facilidade de execução na obra e também
na realização dos cálculos.
Por fim, é indispensável o conhecimento teórico, independente das ferramentas
comerciais prontas utilizadas no desenvolvimento de projetos estruturais, uma vez que
o uso desses facilitam os processos de cálculos e principalmente otimiza-se o tempo
na elaboração de projetos estruturais. Uma vez que ao optar por desenvolver os
cálculos de forma manual, leva-se muito tempo já que existem grandes quantidades
de variáveis envolvidas no processo, fazendo que com um erro; mesmo que pequeno;
acarretará em algum tipo de problemas futuros, não só erros que podem ser
acometidos nos cálculos manuais, mas também na inserção de dados de entradas
errados nos softwares e/ou na interpretação desses resultados.
129

RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS:


• Realizar cálculo de dimensionamento de laje treliçada de forma manual e
comparar com os resultados feitos no software Eberick;
• Realizar novo lançamento estrutural da unidade unifamiliar de forma manual e
comparar com os resultados já obtidos manualmente e com o software Eberick.
• Fazer o dimensionamento das fundações de forma manual e comparação com
os resultados já obtidos até o momento.

REFERÊNCIAS

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Grande, RS, 2010.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Cargas para o cálculo de


estruturas de edificações. NBR 6120:1980. São Paulo, SP, 1980.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Projeto de estruturas de


concreto - Procedimento. NBR 6118:2014. Rio de Janeiro, RJ, 2014.

BASTOS, P. S. S. Lajes de concreto. Notas de Aula do Curso de Estruturas de


Concreto I. UNESP. Bauru, 2015.

BORGES, A. B.; SILVA, S. S.; BEZERRA, A. B. B. Estudo de treliças planas e


espaciais utilizando a linguagem de programação python e o software vtk In. XXXVII
Iberian LatinAmerican Congress on Computational Methods in Engineering, ABMEC,
Brasília, DF. Anais... Brasil. 2016.

EDMUNGO, Douglas. A.; GUIMARÃES, Diego.; ROJAS, Fernando. C.; PICCOLI,


Rossana.; DRESCH, Fernanda. Teoria das Estruturas. Porto Alegre : SAGAH, 2018.

FASOLO, FLÁVIA; DEBELLA, LETICIA BARIZON COL; BERNARSKI, MARINA


LUIZA. ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE MODELOS ESTRUTURAIS PARA UMA
ESTRUTURA EM AÇO DE QUATRO PAVIMENTOS. Ponta Grossa: Congresso
Técnico Científico da Engenharia e da Agronomia – CONTECC, 2021.

FONTES, F. Análise de elementos lineares segundo a NBR 6118:2003. São Carlos,


2005.

FUSCO, Péricles. B.; ONISHI, Minoru. Introdução à engenharia de estruturas de


concreto. São Paulo: Cengage Learning Brasil, 2017.

GIONGO, José Samuel. Concreto armado: Projeto estrutural de edifícios. Apostila –


Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, SP,
2007.
130

KASSIMALI, Aslam. Análise Estrutural - Tradução da 5ª edição norte-americana.


São Paulo: Cengage Learning Brasil, 2016.

KIMURA, ALIO. Informática aplicada em estruturas de concreto armado: cálculos de


edifícios com o uso de sistemas computacionais. São Paulo, Pini, 2007.

LEET, Kenneth. M.; UANG, Chia. M.; GILBERT, Anne. M. Fundamentos da Análise
Estrutural. Porto Alegre: Grupo A, 2009.

MARTHA, L. F. C. R. Análise de estruturas: conceitos e métodos básicos. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2010.

MARTHA, L. F. C. R. Análise de estruturas: conceitos e métodos básicos. Rio de


Janeiro: Grupo GEN, 2017.

MARTHA, Luiz Fernando. Ftool. Software versão 4.00 Disponível em:<


https://www.ftool.com.br/Ftool/>Acesso em 03 de outubro de 2021.

M.L.R.BRASIL, Marceloaraujo.da.Silva. R. Introdução á dinâmica das estruturas.


São Paulo: Editora Blucher, 2013.

PINHEIRO, Libânio M. Fundamentos do concreto e projetos de edifícios. São Carlos,


SP, 2007. Apostila. Universidade de São Paulo - USP.

PINHEIRO, Libânio M. Concreto armado: tabelas e ábacos. São Carlos, Escola de


Engenharia de São Carlos, 1986.

PINHEIRO, Libânio M. Concreto armado: tabelas e ábacos. São Carlos, Escola de


Engenharia de São Carlos, 2007.

PINHEIRO, Libânio M. Tabelas de lajes. São Carlos, Escola de Engenharia de São


Carlos, 2007.

REBELLO, Yopanan Conrado Pereira. A Concepção estrutural e a Arquitetura –


Volume 1. São Paulo. Editora Zigurate, 1. ed., 2000.

SOUZA, Ana Júlia do Amaral Previsão do comportamento de estruturas de


contenção atirantadas utilizando o software FTool / Ana Júlia do Amaral Souza –
Guaratinguetá: [s.n], 2012.

SPERB, Henrique Hickmann; SCHUCK, Rogério José. ESTUDO DAS


PROPRIEDADES DOS MOMENTOS FLETORES POR INTERMÉDIO DO
SOFTWARE FTOOL. Rio Grande do Sul: Univates, 2018.

SUSSEKIND, José Carlos. Curso de análise estrutural. v. 1. Rio de Janeiro: Editora


Globo, 1981.

VALENTE, J. A. O computador na sociedade do conhecimento. Campinas: Unicamp,


1999.
131

APÊNDICE 1 – TABELAS UTILIZADAS PARA DIMENSIONAMENTO MANUAL


132
133
134
135
136
137
138
139
140
141

ANEXO 1 – PLANTA ARQUITETÔNICA


QUADRO ESTATISTICO
1910 15 470 15

1490 120 15 180 15 275 15 180 ÁREA COMPUTÁVEL ÁREA NÃO COMPUTÁVEL ÁREA TOTAL

ÁREA TÉRREO 237,745 M² -- 237,745 M²

20
TOTAL 237,745 M² -- 237,745 M²

20 60
ZONEAMENTO: ZR3 - ZONA RESIDENCIAL 3 PROJETO ZONEAMENTO

ÁREA DO LOTE 600,00 M² 600,00 M²

210
ÁREA COMPUTÁVEL 237,745 M²

ÁREA NÃO COMPUTÁVEL --

ÁREA TOTAL DA CONSTRUÇÃO 237,745 M²

340
300

15
TAXA DE OCUPAÇÃO 39,62 % 50 %
300
COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO 0,3962 1,5

TAXA DE PERMEABILIDADE
172 840 21,88% (131,30 M²) 30 %

262626 180

20
258

325
15

520
15
14 13 12
120

120

1500
295

295

1070
417,5 20 415 20 420 20 422,5 175
15 quadra 11

120
160
75

58
15

15

15
16 10
120

120
60 105 60
845

845
880

15

425
425
17 09

400
385

385
250

250

250

250

240
330

120
645
18 4000 08

5
15

15

15

15

1500
19 07
150

150

150

150
OBRA
520
875 2945 180
20

20

20

20
520 15 255 15 150 15 150 15 255 15 260 15 150 15 150 15 260 15 325 15 320 15 165 15
LOTE QUADRA
INSCRIÇÃO FISCAL
19 58
535 1735 675 180 2D.005.058.0019.0001 PLANTA BAIRRO
CIDADE B. CAIUBÁ CAIOBÁ
REVISÃO

PREFEITURA DE MATINHOS VIGILANCIA SANITÁRIA

67,11 52,89
170

77
120

120
CONSELHO DO LITORAL

43
110

110
320

320
EMPRESA

MORGANA ZANELATO
210

210
OBRA

EDIFICAÇÃO RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


ENDEREÇO

RUA GUARAPUAVA - MATINHOS - PR

PROPRIETÁRIO ASSINATURA
BRAULIO ROBERTO SCHMIDT- CPF:
PROJETO ASSINATURA
MORGANA ZANELATO - Engenheira Civil - CREA-PR 189734/D
EXECUÇÃO ASSINATURA

MORGANA ZANELATO - Engenheira Civil - CREA-PR 189734/D

REFERENCIA/ ENDEREÇO PRANCHA

PLANTA BAIXA TÉRREO; CORTE B/B


SITUAÇÃO E ESTATÍSTICA
01/02
DATA ESCALA UNIDADE DESENHO
NOV/2020 INDICADA CM MORGANA
1500
20 895 135 430 20

15 165 15
15 80 100

200
120

120
90

90
470

645

120
320
120 15

230
85 15

110
250

475
1490

1650
4000

4000
15
520
1710

15 845 20
880 INSCRIÇÃO FISCAL
LOTE QUADRA
19 58
2D.005.058.0019.0001 PLANTA BAIRRO
CIDADE B. CAIUBÁ CAIOBÁ
REVISÃO

15
50
150

380
860

160 15 120 125 605

PREFEITURA DE MATINHOS VIGILANCIA SANITÁRIA


50

160
1500
15
50

120

15 120 125 15
160 380 605
15
120 50

80
250

CONSELHO DO LITORAL
80

EMPRESA

MORGANA ZANELATO
OBRA

EDIFICAÇÃO RESIDENCIAL UNIFAMILIAR


ENDEREÇO

RUA GUARAPUAVA - MATINHOS - PR

PROPRIETÁRIO ASSINATURA
BRAULIO ROBERTO SCHMIDT- CPF:
PROJETO ASSINATURA
MORGANA ZANELATO - Engenheira Civil - CREA-PR 189734/D
EXECUÇÃO ASSINATURA

MORGANA ZANELATO - Engenheira Civil - CREA-PR 189734/D

REFERENCIA/ ENDEREÇO PRANCHA

CORTE A/A E ELEVAÇÃO FRONTAL


SITUAÇÃO E ESTATÍSTICA
02/02
DATA ESCALA UNIDADE DESENHO
NOV/2020 INDICADA CM MORGANA
144

ANEXO 2 – DETALHAMENTO EBERICK


3802.00

3477.50

3327.50

3144.50

2869.50

2712.50

2547.50

2272.50

1989.50

1837.50

1680.50

1394.50

885.00
Pilar Fundação
Nome Seção X Y Carga Máx. Carga Mín. Mx Máximo (kgf.m) My Máximo (kgf.m)Fx Máximo (tf) Fy Máximo (tf)Lado B Lado Hh0 / ha h1 / hb df
(cm) (cm) (cm) (tf) (tf) Positivo Negativo Positivo NegativoPositivoNegativoPositivoNegativo(cm) (cm) (cm) (cm) (cm)
P1 19x30 10.00 3804.50 5.6 4.8 0 0 0 0 0.0 -0.1 0.5 0.0 70 70 30 40 150
P2 14x35 237.75 3802.00 12.3 10.4 0 0 0 0 0.0 -0.2 0.3 0.0 70 75 30 40 150
P3 14x60 747.50 3812.50 17.8 14.8 0 0 0 0 0.0 -0.3 0.2 0.0 70 100 40 50 150
P4 14x30 1322.50 3804.50 12.8 10.7 0 0 0 0 0.2 0.0 0.1 0.0 70 75 30 40 150
P5 14x30 1484.50 3812.50 2.5 1.5 0 0 0 0 0.0 -0.2 0.4 0.0 70 55 30 40 150
P6 14x45 1338.00 3477.50 20.2 17.4 0 0 0 0 0.6 0.0 0.1 -0.2 70 85 40 50 150
P7 19x30 10.00 3335.50 6.7 6.0 0 0 0 0 0.1 0.0 0.0 -0.5 70 70 30 40 150
P8 14x40 237.75 3340.50 14.9 12.4 0 0 0 0 0.0 -0.1 0.0 -0.3 70 85 30 40 150
P9 14x45 732.00 3327.50 16.8 13.9 0 0 0 0 0.5 0.0 0.0 -0.1 70 85 30 40 150
P10 14x30 930.50 3152.50 12.1 10.2 0 0 0 0 0.1 -0.2 0.5 0.0 70 80 25 40 150

df = 150 cm

df = 150 cm
h0 = 30 cm
h1 = 40 cm

h0 = 30 cm
h1 = 40 cm
P11 14x30 1322.50 3144.50 11.9 9.8 0 0 0 0 0.1 0.0 0.0 -0.2 70 75 30 40 150

19x30 cm

19x30 cm
5 df = 150 cm

df = 150 cm
P12 19x30 1490.00 3160.50 4.4 3.6 0 0 0 0 0.1 -0.2 0.0 -0.6 70 70 30 40 150
h0 = 30 cm
h1 = 40 cm

h0 = 40 cm
h1 = 50 cm
14x30 cm

19x40 cm
P13 14x30 1057.50 2869.50 11.4 7.2 0 0 0 0 0.0 -0.1 0.5 0.0 70 75 30 40 150

P12

P27
P14 14x30 1322.50 2877.50 9.8 6.9 0 0 0 0 0.2 0.0 0.2 0.0 70 75 30 40 150

P29
P15 20x20 750.50 2712.50 10.8 8.9 0 0 0 0 0.0 -0.4 0.1 0.0 70 60 30 40 150
P5

10.5

10.5
P16 14x30 930.50 2547.50 15.2 12.8 0 0 0 0 0.0 -0.2 0.0 -0.1 70 75 30 40 150

8
1479.50 P17 14x30
P18 20x20
1314.50
750.50
2547.50
2272.50
11.1
10.7
8.4
9.0
0
0
0
0
0
0
0
0
0.2
0.0
0.0
-0.2
0.0
0.1
-0.1 70
0.0 70
75
60
30
30
40 150
40 150

df = 150 cm
h0 = 40 cm
h1 = 50 cm
14x45 cm
P19 14x40 1309.50 2272.50 12.4 10.5 0 0 0 0 0.5 0.0 0.2 0.0 70 85 30 40 150

df = 150 cm
df = 150 cm

df = 150 cm

df = 150 cm

df = 150 cm

h0 = 30 cm
h1 = 40 cm
h0 = 30 cm
h1 = 40 cm

h0 = 30 cm
h1 = 40 cm

h0 = 30 cm
h1 = 40 cm

h0 = 30 cm
h1 = 40 cm
10.5 16

df = 150 cm

df = 150 cm
h0 = 30 cm
h1 = 40 cm

h0 = 30 cm
h1 = 40 cm

14x30 cm
P20 14x40 1057.50 1989.50 12.0 9.9 0 0 0 0 0.0 -0.1 0.3 0.0 70 85 30 40 150
14x30 cm

14x30 cm

14x30 cm

14x30 cm
14x30 cm

14x40 cm
P21 20x20 750.50 1837.50 12.6 10.7 0 0 0 0 0.0 -0.2 0.1 0.0 70 60 30 40 150

170
P6

P26
P22 14x30 1322.50 1837.50 11.8 10.5 0 0 0 0 0.1 0.0 0.1 -0.2 70 75 30 40 150

P14

P22
P11

P17

P19
P4

P23 14x30 1057.50 1680.50 9.6 8.0 0 0 0 0 0.0 -0.1 0.0 -0.2 70 75 30 40 150

28.5
P24 14x30 627.50 1394.50 6.8 5.9 0 0 0 0 0.0 -0.1 0.6 0.0 70 75 30 40 150
13

13

13

13

13
P25 14x30 922.50 1402.50 17.2 14.6 0 0 0 0 0.1 -0.2 0.0 -0.2 70 75 30 40 150

7
5
1309.50 2.5 8 8
P26 14x30
P27 19x30
1322.50
1490.00
1402.50
1394.50
13.4
6.5
11.2
5.6
0
0
0
0
0
0
0
0
0.3
0.2
0.0
0.0
0.0
1.1
-0.4 70
0.0 70
75
70
30
30
40 150
40 150
P28 19x35 638.00 885.00 8.5 7.2 0 0 0 0 0.8 0.0 0.0 -0.4 70 75 40 50 150
P29 19x40 1479.50 885.00 11.0 9.6 0 0 0 0 0.0 -0.8 0.0 -1.1 80 60 40 50 150
Os esforços indicados nesta tabela são os valores máximos obtidos pela envoltória de todas as combinações definidas para as fundações. Para
análises complementares, deve-se consultar o relatório de esforços na fundação, que apresenta os valores calculados para cada combinação.

252
df = 150 cm

df = 150 cm

df = 150 cm
h0 = 30 cm
h1 = 40 cm

h0 = 30 cm
h1 = 40 cm

h0 = 30 cm
h1 = 40 cm
14x30 cm

14x40 cm

14x30 cm
Locação no eixo X Locação no eixo Y

P13

P20

P23
Coordenadas Nome CoordenadasNome
(cm) (cm)
3812.50P3, P5

6
10.00P1, P7
1057.50 3804.50P1, P4
df = 150 cm

df = 150 cm
237.75P2, P8
h0 = 25 cm
h1 = 40 cm

h0 = 30 cm
h1 = 40 cm

df = 150 cm
14x30 cm

h0 = 30 cm
h1 = 40 cm
14x30 cm
627.50P24 3802.00P2

14x30 cm
638.00P28 3477.50P6

135
P10

P16
732.00P9 3340.50P8

P25
747.50P3 3335.50P7
750.50P15, P18, P21 3327.50P9
3160.50P12
8

5
922.50P25
922.50 930.50P10, P16 3152.50P10
3144.50P11
8 1057.50P13, P20, P23
8
2877.50P14
df = 150 cm

1309.50P19
h0 = 40 cm
h1 = 50 cm

18.5 df = 150 cm

18.5 df = 150 cm

18.5 df = 150 cm
14x60 cm

h0 = 30 cm
h1 = 40 cm

h0 = 30 cm
h1 = 40 cm

h0 = 30 cm
h1 = 40 cm
1314.50P17 2869.50P13
df = 150 cm

20x20 cm

20x20 cm

20x20 cm
h0 = 30 cm
h1 = 40 cm

190.5
2712.50P15
14x45 cm

1322.50P4, P11, P14, P22, P26


1338.00P6 2547.50P16, P17
P3

P15

P18

P21
1479.50P29 2272.50P18, P19
P9

1484.50P5 1989.50P20
15.5

1490.00P12, P27 1837.50P21, P22

10.5 df = 150 cm
h0 = 40 cm
h1 = 50 cm
1680.50P23

4
df = 150 cm

19x35 cm
732.00

h0 = 30 cm
h1 = 40 cm
14x30 cm
1402.50P25, P26
1394.50P24, P27

P28
10.5

104.5
P24
885.00P28, P29

3
627.50

df
389.7

h1
h0
df = 150 cm

df = 150 cm
h0 = 30 cm
h1 = 40 cm

h0 = 30 cm
h1 = 40 cm
14x35 cm

14x40 cm

Fy
P2

P8

My

2
237.75 Fx
13
Mx
df = 150 cm

df = 150 cm
h0 = 30 cm
h1 = 40 cm

h0 = 30 cm
h1 = 40 cm

227.8
19x30 cm

19x30 cm
P1

P7

1
10.00 2.5 8

324.5 150 183 275 157 165 275 283 152 157 286 509.5
B

J
F
C

M
L
A

escala 1:50

Planta de locação

MORGANA ZANELATO - ENGENHARIA C


CREA - PR 189734/D
morgana.zanelato@hotmail.com
(41)99932-1076
Rua da Fonte, 295, Centro, Matinhos - PR- 83.260-000

Projeto Estrutural Braulio

ESTRUTURAL
Rua Guarapuava, Caiobá - Matinhos - PR 83260-000

Morgana Zanelato Braulio Schmidit


CREA-PR 189734/D

Edificio Residencial
1
Fundação 15
Planta de Locação

Dez/2020 Escala Morgana Zanelato cm


S1=S7=S12=S27 S2=S4=S11=S13=S14=S16=S17=S22=S23=S24 S3 S5 S6 Relação do aço
PLANTA CORTE =S25=S26 PLANTA CORTE PLANTA CORTE PLANTA CORTE
Fundação: 4xS1 12xS2
ESC 1:25 ESC 1:25 PLANTA CORTE ESC 1:25 ESC 1:25 ESC 1:25 ESC 1:25 ESC 1:25 ESC 1:25
S3 S5
70 0 ESC 1:25 ESC 1:25 70 0 70 0 70 0

6 N15 ø10.0 c/12 C=83


S6 4xS9

6 N13 ø10.0 c/12 C=98


21

31

21

31
70 0 S10 3xS15

6 N23 ø12.5 c/12 C=132


19 14 30 14 S28 S29

6 N22 ø12.5 c/12 C=147


21

8 N9 ø8.0 c/8 C=104


VAR Térreo: P1 P2

55

14

46
P3 P4

61
70

30

P5 P6

85

45

76
VAR

100

91
60
75

66

21
AÇO N DIAM QUANT C.UNIT C.TOTAL
(mm) (cm) (cm)
21

150

150

150

150
21 21 CA60 1 5.0 47 86 4042
61

31
150
2 5.0 47 106 4982

21
21 21 6 N8 ø8.0 c/9 C=99 3 5.0 141 23 3243
61

31
4 5.0 47 86 4042
7 N8 ø8.0 c/9 C=99 21 21
61 31 31 5 5.0 47 136 6392
61 6 5.0 94 76 7144

50

50
8 N8 ø8.0 c/9 C=99 31 31

40

40

40

40
8 N14 ø10.0 c/10 C=118 7 5.0 47 23 1081

30

30
61
CA50 8 8.0 188 99 18612

40
30
10 N14 ø10.0 c/10 C=118
9 8.0 96 104 9984
10 8.0 32 114 3648
11 8.0 8 89 712
N8 N14 N8 N14
12 8.0 7 99 693
N13 N22 N15 N23
N8 13 10.0 24 98 2352
N9 14 10.0 26 118 3068
15 10.0 6 83 498
S8=S9=S19=S20 S10 S15=S18=S21 S28 S29 16 10.0 18 88 1584
PLANTA CORTE PLANTA CORTE PLANTA CORTE PLANTA CORTE PLANTA CORTE 17 10.0 6 128 768
ESC 1:25 ESC 1:25 ESC 1:25 ESC 1:25 ESC 1:25 ESC 1:25 ESC 1:25 ESC 1:25 ESC 1:25 ESC 1:25 18 10.0 18 317 5706
19 10.0 4 232 928
70 0 70 0 70 0 70 0 80 0

7 N25 ø12.5 c/11 C=107


20 10.0 8 202 1616

6 N16 ø10.0 c/12 C=88

6 N24 ø12.5 c/12 C=122


21

16

21

31

31
21 10.0 6 221 1326

7 N12 ø8.0 c/10 C=99


8 N10 ø8.0 c/8 C=114

VAR 20 19 40 22 12.5 6 147 882


14
23 12.5 6 132 792

51

51
60

20

60

19
24 12.5 6 122 732

75

35

66
VAR

71
25 12.5 7 107 749
80

30
85

76

26 12.5 14 317 4438


27 12.5 14 210 2940

21

31
150

150

150

150

150
31
Resumo do aço

16
21 21
21

61 31 31
6 N8 ø8.0 c/9 C=99 71 AÇO DIAM C.TOTAL PESO + 10 %
16 61 16 31 31
21 21 (mm) (m) (kg)
6 N17 ø10.0 c/10 C=128
61 8 N11 ø8.0 c/9 C=89 61 CA50 8.0 336.5 146.1
10 N8 ø8.0 c/8 C=99 8 N14 ø10.0 c/9 C=118 10.0 178.5 121

50

50
40

40

40

40

40
12.5 105.4 111.6
30

30
25
CA60 5.0 309.3 52.4
PESO TOTAL
(kg)

N8 N11 N8 N14 N17


CA50 378.7
N10 N12 N16 N24 N25
CA60 52.4

Volume de concreto (C-30) = 5.48 m³


Volume de concreto (C-25) = 1.58 m³
Área de forma = 56.62 m²

P1 P2 P3 P4 P5 P6
320 320 320 320 320 320
TÉRREO - L2 TÉRREO - L2 TÉRREO - L2 TÉRREO - L2 TÉRREO - L2 TÉRREO - L2
ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25
SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO
ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20

19 14 14 14 14 14
30

30

30
35

45
60

54

24 N3 24 24
29 N7
13 8 8 8
4 N18 ø10.0 C=317

4 N18 ø10.0 C=317

8 N26 ø12.5 C=317

4 N18 ø10.0 C=317

6 N18 ø10.0 C=317

6 N26 ø12.5 C=317


32 N1 ø5.0 C=86 32 N5 ø5.0 C=136 32 N6 ø5.0 C=76 32 N6 ø5.0 C=76 39
8
32 N1 c/10

32 N4 c/10

32 N5 c/10

32 N6 c/10

32 N6 c/10

32 N2 c/10
2x32 N3 ø5.0 C=23 32 N7 ø5.0 C=23 N3
32 N4 ø5.0 C=86
320

320

320

320

320

320
317

317

317

317

317

317
8
32 N2 ø5.0 C=106
32 N3 ø5.0 C=23

47

47
38

38

38

38
0 0 0 0 0 0
FUNDAÇÃO - L1 FUNDAÇÃO - L1 FUNDAÇÃO - L1 FUNDAÇÃO - L1 FUNDAÇÃO - L1 FUNDAÇÃO - L1
ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25
SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO
ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20

6 N21 ø10.0 C=221


19 14 14 14 14 14
4 N19 ø10.0 C=232

4 N20 ø10.0 C=202

8 N27 ø12.5 C=210

4 N20 ø10.0 C=202

6 N27 ø12.5 C=210


15 N1 c/10

15 N4 c/10

15 N5 c/10

15 N6 c/10

15 N6 c/10

15 N2 c/10
30

30

30
146

146

146

146

146

146
35
150

150

150

150

150

150
29

45
39
60

54 N3
8
24 15 N4 ø5.0 C=86 N3 24 24 8
N7 15 N2 ø5.0 C=106
13 8 8 8 15 N3 ø5.0 C=23
15 N1 ø5.0 C=86 -150 50 -150 20 15 N5 ø5.0 C=136 -150 20 15 N6 ø5.0 C=76 -150 20 15 N6 ø5.0 C=76 -150 39 -150 20
2x15 N3 ø5.0 C=23 15 N7 ø5.0 C=23

MORGANA ZANELATO - ENGENHARIA CIVIL


CREA - PR 189734/D
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ESTRUTURAL
Projeto Estrutural Braulio
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Morgana Zanelato Braulio Schmidit


CREA-PR 189734/D

Edificio Residencial
3
Fundação 15
Detalhamento Sapatas e Pilares

Dez/2020 Indicada Morgana Zanelato cm


Relação do aço
P7 P8 P9 P10 P11 P12
320 320 320 320 320 320
TÉRREO - L2 TÉRREO - L2 TÉRREO - L2 TÉRREO - L2 TÉRREO - L2 TÉRREO - L2 P7 P8 P9
P10 P11 P12

ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25
SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO P13 P14 P15
ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20 P16 P17 P18

19 14 14 14 14 19 AÇO N DIAM QUANT C.UNIT C.TOTAL


(mm) (cm) (cm)
CA60 1 5.0 94 86 8084
30

30

30

30
2 5.0 47 96 4512

40

45
3 5.0 94 23 2162
4 5.0 47 106 4982
5 5.0 282 76 21432
24 24 24 24 6 5.0 94 68 6392
CA50 7 10.0 54 317 17118
13 34 8 8 13 8 10.0 10 232 2320

6 N7 ø10.0 C=317

6 N7 ø10.0 C=317

6 N7 ø10.0 C=317

4 N7 ø10.0 C=317

4 N7 ø10.0 C=317

4 N7 ø10.0 C=317
N3 39 9 10.0 44 202 8888
32 N1 ø5.0 C=86 32 N5 ø5.0 C=76 32 N5 ø5.0 C=76 32 N1 ø5.0 C=86

32 N1 c/10

32 N2 c/10

32 N4 c/10

32 N5 c/10

32 N5 c/10

32 N1 c/10
N3
8 Resumo do aço

320

320

320

320

320

320
317

317

317

317

317

317
32 N2 ø5.0 C=96 8
32 N3 ø5.0 C=23 AÇO DIAM C.TOTAL PESO + 10 %
32 N4 ø5.0 C=106
(mm) (m) (kg)
32 N3 ø5.0 C=23
CA50 10.0 283.3 192.1
CA60 5.0 475.7 80.6
PESO TOTAL
(kg)

CA50 192.1
CA60 80.6

Volume de concreto (C-25) = 2.66 m³


Área de forma = 52.17 m²
38

38

38

38

38

38
0 0 0 0 0 0
FUNDAÇÃO - L1 FUNDAÇÃO - L1 FUNDAÇÃO - L1 FUNDAÇÃO - L1 FUNDAÇÃO - L1 FUNDAÇÃO - L1
ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25
SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO
ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20

19 14 14 14 14 19
6 N8 ø10.0 C=232

6 N9 ø10.0 C=202

6 N9 ø10.0 C=202

4 N9 ø10.0 C=202

4 N9 ø10.0 C=202

4 N8 ø10.0 C=232
15 N1 c/10

15 N2 c/10

15 N4 c/10

15 N5 c/10

15 N5 c/10

15 N1 c/10
30

30

30

30
146

146

146

146

146

146
150

150

150

150

150

150
40

34

45
39
N3 N3
8
24 8 24 24 24
15 N2 ø5.0 C=96
15 N3 ø5.0 C=23 15 N4 ø5.0 C=106
13 15 N3 ø5.0 C=23 8 8 13
15 N1 ø5.0 C=86 -150 50 -150 20 -150 20 15 N5 ø5.0 C=76 -150 20 15 N5 ø5.0 C=76 -150 20 15 N1 ø5.0 C=86 -150 50

P13 P14 P15 P16 P17 P18


320 320 320 320 320 320
TÉRREO - L2 TÉRREO - L2 TÉRREO - L2 TÉRREO - L2 TÉRREO - L2 TÉRREO - L2
ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25
SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO
ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20

14 14 20 14 14 20

20

20
30

30

30

30
14 14
14 14
24 24 24 24
32 N6 ø5.0 C=68 32 N6 ø5.0 C=68
8 8 8 8
4 N7 ø10.0 C=317

4 N7 ø10.0 C=317

4 N7 ø10.0 C=317

4 N7 ø10.0 C=317

4 N7 ø10.0 C=317

4 N7 ø10.0 C=317
32 N5 ø5.0 C=76 32 N5 ø5.0 C=76 32 N5 ø5.0 C=76 32 N5 ø5.0 C=76
32 N5 c/10

32 N5 c/10

32 N6 c/10

32 N5 c/10

32 N5 c/10

32 N6 c/10
320

320

320

320

320

320
317

317

317

317

317

317
38

38

38

38

38

38
0 0 0 0 0 0
FUNDAÇÃO - L1 FUNDAÇÃO - L1 FUNDAÇÃO - L1 FUNDAÇÃO - L1 FUNDAÇÃO - L1 FUNDAÇÃO - L1
ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25
SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO
ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20

14 14 20 14 14 20
4 N9 ø10.0 C=202

4 N9 ø10.0 C=202

4 N9 ø10.0 C=202

4 N9 ø10.0 C=202

4 N9 ø10.0 C=202

4 N9 ø10.0 C=202
15 N5 c/10

15 N5 c/10

15 N6 c/10

15 N5 c/10

15 N5 c/10

15 N6 c/10
20

20
30

30

30

30
146

146

146

146

146

146
150

150

150

150

150

150
14 14
14 14
24 24 24 24
15 N6 ø5.0 C=68 15 N6 ø5.0 C=68
8 8 8 8
15 N5 ø5.0 C=76 -150 20 15 N5 ø5.0 C=76 -150 20 -150 20 15 N5 ø5.0 C=76 -150 20 15 N5 ø5.0 C=76 -150 20 -150 20

MORGANA ZANELATO - ENGENHARIA CIVIL


CREA - PR 189734/D
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(41)99932-1076
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Morgana Zanelato Braulio Schmidit


CREA-PR 189734/D

Edificio Residencial
4
15
Detalhamento dos Pilares

Dez/2020 Indicada Morgana Zanelato cm


P19 P20 P21 P22 P23 P24 Relação do aço
320 320 320 320 320 320
TÉRREO - L2 TÉRREO - L2 TÉRREO - L2 TÉRREO - L2 TÉRREO - L2 TÉRREO - L2
P19 P20 P21

ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25
SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO P22 P23 P24
ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20 P25 P26 P27
P28 P29
14 14 20 14 14 14
AÇO N DIAM QUANT C.UNIT C.TOTAL
(mm) (cm) (cm)

20

30

30

30
CA60 1 5.0 94 96 9024
40

40
2 5.0 94 23 2162
14 3 5.0 47 68 3196
4 5.0 235 76 17860
14
24 24 24 5 5.0 47 86 4042
32 N3 ø5.0 C=68 6 5.0 32 96 3072
34 34 8 8 8 7 5.0 32 106 3392

6 N8 ø10.0 C=317

6 N8 ø10.0 C=317

4 N8 ø10.0 C=317

4 N8 ø10.0 C=317

4 N8 ø10.0 C=317

4 N8 ø10.0 C=317
N2 N2 32 N4 ø5.0 C=76 32 N4 ø5.0 C=76 32 N4 ø5.0 C=76 CA50 8 10.0 40 317 12680

32 N1 c/10

32 N1 c/10

32 N3 c/10

32 N4 c/10

32 N4 c/10

32 N4 c/10
9 10.0 36 202 7272
8 8 10 10.0 4 232 928

320

320

320

320

320

320
317

317

317

317

317

317
32 N1 ø5.0 C=96 32 N1 ø5.0 C=96 11 12.5 16 317 5072
32 N2 ø5.0 C=23 32 N2 ø5.0 C=23 12 12.5 8 210 1680
13 12.5 8 229 1832

Resumo do aço
AÇO DIAM C.TOTAL PESO + 10 %
(mm) (m) (kg)
CA50 10.0 208.8 141.6
12.5 85.9 91
CA60 5.0 427.5 72.5
PESO TOTAL
(kg)

CA50 232.6
38

38

38

38

38

38
0 0 0 0 0 0 CA60 72.5
FUNDAÇÃO - L1 FUNDAÇÃO - L1 FUNDAÇÃO - L1 FUNDAÇÃO - L1 FUNDAÇÃO - L1 FUNDAÇÃO - L1
ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25
Volume de concreto (C-25) = 2.64 m³
SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO Área de forma = 49.82 m²
ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20

14 14 20 14 14 14
6 N9 ø10.0 C=202

6 N9 ø10.0 C=202

4 N9 ø10.0 C=202

4 N9 ø10.0 C=202

4 N9 ø10.0 C=202

4 N9 ø10.0 C=202
15 N1 c/10

15 N1 c/10

15 N3 c/10

15 N4 c/10

15 N4 c/10

15 N4 c/10
20

30

30

30
146

146

146

146

146

146
150

150

150

150

150

150
40

40

34 34
N2 N2
14
8 8 14
24 24 24
15 N1 ø5.0 C=96 15 N1 ø5.0 C=96 15 N3 ø5.0 C=68
15 N2 ø5.0 C=23 15 N2 ø5.0 C=23
8 8 8
-150 20 -150 20 -150 20 15 N4 ø5.0 C=76 -150 20 15 N4 ø5.0 C=76 -150 20 15 N4 ø5.0 C=76 -150 20

P25 P26 P27 P28 P29


320 320 320 320 320
TÉRREO - L2 TÉRREO - L2 TÉRREO - L2 TÉRREO - L2 TÉRREO - L2
ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25
SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO
ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20

14 14 19 19 19
30

30

30

35

40
24 24 24
29
8 8 13 34

8 N11 ø12.5 C=317

8 N11 ø12.5 C=317


4 N8 ø10.0 C=317

4 N8 ø10.0 C=317

4 N8 ø10.0 C=317
32 N4 ø5.0 C=76 32 N4 ø5.0 C=76 32 N5 ø5.0 C=86 13
32 N4 c/10

32 N4 c/10

32 N5 c/10

22 N6 c/15

22 N7 c/15
22 N6 ø5.0 C=96 13
320

320

320

320

320
317

317

317

317

317
22 N7 ø5.0 C=106

47

47
38

38

38

0 0 0 0 0
FUNDAÇÃO - L1 FUNDAÇÃO - L1 FUNDAÇÃO - L1 FUNDAÇÃO - L1 FUNDAÇÃO - L1
ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25

ESC 1:25
SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO SEÇÃO
ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20 ESC 1:20

14 14 19 19 19
4 N10 ø10.0 C=232

8 N12 ø12.5 C=210

8 N13 ø12.5 C=229


4 N9 ø10.0 C=202

4 N9 ø10.0 C=202
15 N4 c/10

15 N4 c/10

15 N5 c/10

10 N6 c/15

10 N7 c/15
30

30

30
146

146

146

146

146
35
150

150

150

150

150
29

40
34

13
13
24 24 24 10 N6 ø5.0 C=96
10 N7 ø5.0 C=106

8 8 13
15 N4 ø5.0 C=76 -150 20 15 N4 ø5.0 C=76 -150 20 15 N5 ø5.0 C=86 -150 50 -150 20 -150 39

MORGANA ZANELATO - ENGENHARIA CIVIL


CREA - PR 189734/D
morgana.zanelato@hotmail.com
(41)99932-1076
Rua da Fonte, 295, Centro, Matinhos - PR- 83.260-000

ESTRUTURAL
Projeto Estrutural Braulio
Rua Guarapuava, Caiobá - Matinhos - PR 83260-000

Morgana Zanelato Braulio Schmidit


CREA-PR 189734/D

Edificio Residencial
5
15
Detalhamento dos Pilares

Dez/2020 Indicada Morgana Zanelato cm


A
Vigas Pilares
Nome Seção Elevação Nível Nome Seção Elevação Nível
(cm) (cm) (cm) (cm) (cm) (cm)
V1 14x55 0 320 P1 19x30 0 320
3024.5 V2 14x30 0 320 P2 14x35 0 320
V3 14x45 33 353 P3 14x60 0 320
80.5 14 630 30 85.5 1650.5 30 485 19 V4 14x40 0 320 P4 14x30 0 320
V5 14x50 0 320 P5 14x30 0 320

14x30

19x30

19x30

19x40
V6 14x40 0 320 P6 14x45 0 320

P12

P27

P29
P5
V7 14x40 28 348 P7 19x30 0 320

19

19
V8 14x40 0 320 P8 14x40 0 320

40
V9 14x30 0 320 P9 14x45 0 320
19x40V32 V32 V31 19x70V31
V10 14x30 0 320 P10 14x30 0 320

Det-1
V4 14x40
V11 14x30 0 320

L9
P11 14x30 0 320
V12 14x30 0 320

170
P12 19x30 0 320

Det-1

Det-2

Det-2
L29

L32
151

151

V19
L6

V6
V1

14x40 0 320 P13 14x30 0 320

V20
V13 14x40 28 348 P14 14x30 0 320

L13
h=14

14 80.5

14 80.5

14x30
P26
14x30

14x30

14x30

14x30

14x40

14x30
V14 14x40 0 320 P15 20x20 0 320

P14

P17

P19

P22
P11
P4

V15 14x30 0 320 P16 14x30 0 320

14

14
V16 14x30 18 338 P17 14x30 0 320

8
V17 14x30 0 320

14x45
P18 20x20 0 320

P6
V30 V30 V30 V30 V30 V30 V30 V30 V30 14x60V30 V30 14x40V30
8 8 V18 14x60 0 320 P19 14x40 0 320
V19 14x40 0 320 P20 14x40 0 320
V20 19x55 0 320 P21 20x20 0 320

Det-1
L22
V21 19x30 0 320 P22 14x30 0 320

1000 kgf/m²

V14 14x40
V10 14x30

V15 14x30

V1714x30
195 kgf/m

V8 14x40
V22 14x30 0 320

V1114x30
P23 14x30 0 320

1000 kgf/m²

250.6

250.8
Det-1

Det-1

Det-1
L17
L15

L25
251
V23 14x30 18 338 P24 14x30 0 320

Det-1

Det-1

Det-1

L31
Det-2

Det-2
L18

L20

L26

L28
V24 14x40 0 320 P25 14x30 0 320

Det-1
L12
V6 14x40
V25 14x50 0 320 P26 14x30 0 320

195 kgf/m

V18 14x60

V19 14x40

V20 19x55
V12 14x40
321 14 311 14 261 14 151 14 151 14 261 14 256 14 151 14 151 14 256 14 244.7 14 242.2 V26 14x40 28 348 P27 19x30 0 320

386

386

386
V27 14x40 0 320 P28 19x35 0 320

14x40
14x60 0 320 P29 19x40 0 320

P20
V3 14x45 e=+33

V28 14x30 0 320

14

14
14
V1 14x55

879
195 kgf/m

804
V29 14x30 0 320
Det-1

Det-1
B B
561

V13 14x40 e=+28

V16 14x30 e=+18


14x30

14x30
L5

L8
V30 14x40 0 320

P13

P23
V29 14x30V29 V28 14x30V28

V7 14x40 e=+28

Det-1
L14
14x60 0 320

V11

121.4

121.2
Det-1

Det-1
L21
V31 19x70 0 320

L24
121

V15
316 V32 19x40 0 320

14x30
P10

14x30
P25
Características dos materiais

14

14

14
fck Ecs

8
(kgf/cm²) (kgf/cm²)

14x30
P16
V27 V27 V27 V27 V27 V27 V27 14x60V27 V27 14x40V27
250 241500

Det-1

Det-1

Det-1

Det-1
L11

L16

L19

L23
Dimensão máxima do agregado = 19 mm

V12 14x30
V9 14x30

V15
161

161
V6
Legenda das vigas e paredes

V18
426 426 421 421
14x60

Viga
3 3 3
P3

V20
14x45

L27
Det-2

Det-2
L30
281

V19
P9

Viga chata ou invertida


14

14

14
1499

h=14
L1

P21
Legenda dos pilares

20x20

20x20

20x20
23

P15

P18
14x40 e=+28V26 V26 V25 14x50V25 V25 V25 V25
Pilar que morre

V18
471 14 1911

120

120
Blocos de enchimento

14

35
Detalhe Tipo Nome Dimensões(cm) Quantidade
256.4
Det-1

hb bx by
L4

14x30

19x35
P24

P28
V24 14x40V24
V1

1 EPS Unidirecional B8/30/125 8 30 125 428


V5

2 EPS Unidirecional B12/30/125 12 30 125 132


1790.5 30 485 19
2324.5
14

14x30 e=+18V23
L10
h=14

Detalhe 1 (esc. 1:30) Lajes


Dados Sobrecarga (kgf/m²)
721
V5 14x50

Nome Tipo Altura Elevação Nível Peso próprio Adicional Acidental Localizada
225.4
Det-1
V1

L3

(cm) (cm) (cm) (kgf/m²)


L1 Maciça 14 0 320 350 155 100 -
601
620

L2 Treliçada 1D 12 0 320 147 154 150 -


L3 Treliçada 1D 12 0 320 147 155 150 -
14x35

L4 Treliçada 1D 12 0 320 147 155 150 -


P2

L5 Treliçada 1D 12 0 320 147 154 150 -


14

14x40

9 30 9 48
P8

L6 Treliçada 1D 12 0 320 147 155 100 -


14x30V22 V22 L7 Treliçada 1D 12 0 320 147 154 150 -
L8 Treliçada 1D 12 0 320 147 154 150 sim

84
Det-1

L9 Treliçada 1D 12 0 320 147 154 150 sim


L7

L10 Maciça 14 0 320 350 155 100 -


V2 14x30

L11 Treliçada 1D 12 0 320 147 154 150 -


211.2
Det-1
L2
V1

V5

Detalhe 2 (esc. 1:30) L12 Treliçada 1D 12 0 320 147 154 150 sim
L13 Maciça 14 0 320 350 155 100 -
14 276 14 181 14 L14 Treliçada 1D 12 0 320 147 154 150 -
L15 Treliçada 1D 12 0 320 147 154 150 sim
L16 Treliçada 1D 12 0 320 147 154 150 -
19

L17 Treliçada 1D 12 0 320 147 154 150 sim


L18 Treliçada 1D 12 0 320 147 154 150 -
19x30

19x30
P1

P7

19x30V21 V21 V21 L19 Treliçada 1D 12 0 320 147 154 150 -


L20 Treliçada 1D 12 0 320 147 154 150 -
9 30 9 4 12
L21 Treliçada 1D 12 0 320 147 154 150 -
80.5 30 439 30 120.5 L22 Treliçada 1D 12 0 320 147 154 150 -
700 L23 Treliçada 1D 12 0 320 147 154 150 -

12 4
L24 Treliçada 1D 12 0 320 147 154 150 -
L25 Treliçada 1D 12 0 320 147 154 150 -

Forma do pavimento Térreo L26


L27
L28
Treliçada 1D
Treliçada 1D
Treliçada 1D
12
16
16
0
0
0
320
320
320
147
171
171
154
155
155
150
100
100
-
-
-
escala 1:50
L29 Treliçada 1D 16 0 320 171 155 100 -
A

L30 Treliçada 1D 16 0 320 171 155 100 -


L31 Treliçada 1D 16 0 320 171 155 100 -
L32 Treliçada 1D 16 0 320 171 155 100 -

320

Térreo
V16 V13 V7 V26 V3V26 V23 V26
V17 V28 V15 V28 V11 V29 V10 V29 V22 V22
V27 V19 V27 V14 V12 V8 V6
V20 V25 V1
V18 V27 V27 V27 V27 V27 V27 V27 V27

320
P28 P24
P25 P23 P21 P20 P18 P16 P15 P13 P10 P9 P8 P2
P3

0
MORGANA ZANELATO - ENGENHARIA CIVIL
CREA - PR 189734/D
Fundação morgana.zanelato@hotmail.com
(41)99932-1076
V16 V19 V15 V19 V14 V21 V13 V22 V12 V22 V11 V21 V10 V21 V9 V23 V8 V23 V6 V21 V5 V20 V20 V3 V20 V1 Rua da Fonte, 295, Centro, Matinhos - PR- 83.260-000

ESTRUTURAL
Projeto Estrutural Braulio
Rua Guarapuava, Caiobá - Matinhos - PR 83260-000

Morgana Zanelato Braulio Schmidit


CREA-PR 189734/D

Edificio Residencial
Corte B-B 8
escala 1:50
Térreo 15
Planta de forma térreo - corte B/B

Dez/2020 Indicada Morgana Zanelato cm


V1 ESC 1:50
V2
ESC 1:50 SEÇÃO A-A
V3
ESC 1:50
V4
ESC 1:50
Relação do aço
ESC 1:25 V1 V2 V3
2 N44 ø10.0 C=1198(1Cam) (1Cam) 2 N45 ø10.0 C=444 2 N16 ø8.0 C=272 (1Cam) (1Cam) 2 N64 ø12.5 C=319 2 N67 ø12.5 C=251 (1Cam) V4 V5 V6
1172 397 19 238 19 275 178 V7 V8 V9
28 76 47 45 34 SEÇÃO A-A
49 SEÇÃO A-A A (2Cam) 1 N63 ø12.5 C=315 2 N66 ø12.5 C=240(2Cam) V10 V11 V12
320
ESC 1:25 V13 V14 V15

30
3 N42 ø10.0 c/20 C=356(2ø2Cam+1ø3Cam) ESC 1:25 271 171 30
47 45 V16 V17
1 N43 ø10.0 C=246(2Cam) (2Cam) 1 N62 ø12.5 C=239 1 N65 ø12.5 C=230(3Cam)
245 195
SEÇÃO A-A 164
200 120 V22 A V21 14 27 AÇO N DIAM QUANT C.UNIT C.TOTAL
244.2 47 ESC 1:25 45 A
(1Cam) 2 N18 ø8.0 C=376 (3Cam) 2 N61 ø12.5 C=235 320 (mm) (cm) (cm)
A 14 x 30

40
320 28 350 191 CA60 1 5.0 55 126 6930
211.3 47

55
2 5.0 157 76 11932
15 N2 c/15
24 A 3 5.0 44 106 4664
353 P6 A V32 14 4 5.0 106 96 10176

45
10 238 10 8 5 5.0 28 116 3248
P1 P2 V23 P3 A P4 P5 14 2 N15 ø8.0 C=254 (1Cam) 45 139
15 N2 ø5.0 C=76 6 5.0 6 184 1104
14 x 40
19 211.3 14 472.7 60 538 14 140 30 CA50 7 6.3 2 136 272
V26 A P6 14 139
14 x 55 14 x 55 14 x 55 14 x 55 8 6.3 10 74 740
7 N4 c/21 34
211.2 472.7 112 426 170 575 45 9 8.0 1 113 113
14 x 45 66 10 8.0 2 267 534
8 N1 c/28 17 N1 c/28 7 N1 c/16 16 N1 c/28 7 N1 c/28 8
49 8 11 8.0 2 733 1466
561
104 79 2 N7 ø6.3 C=136 7 N4 ø5.0 C=96 12 8.0 2 327 654
10 10 44 N3 c/13 39
1 N9 ø8.0 C=113 (1Cam) 2 N12 ø8.0 c/35 C=327(1ø1Cam+1ø2Cam) 1 N13 ø8.0 C=88 (1Cam) 13 8.0 1 88 88
2 N10 ø8.0 c/35 C=267(1ø1Cam+1ø2Cam) 125 95 10 178 10
105 8 67 14 8.0 2 738 1476
9 2 N19 ø8.0 C=194 (1Cam)
10 724 8 15 8.0 2 254 508
55 N1 ø5.0 C=126
2 N11 ø8.0 C=733 (1Cam) 2 N17 ø8.0 C=138 16 8.0 2 272 544
44 N3 ø5.0 C=106
729 17 8.0 2 138 276
10 19 614
2 N14 ø8.0 C=738 (1Cam) 10 18 8.0 2 376 752
20 2 N74 ø16.0 C=636(1Cam) 19 8.0 2 194 388
20 8.0 2 246 492
21 8.0 2 191 382
22 8.0 6 159 954
23 8.0 1 127 127
24 8.0 1 193 193
V5 ESC 1:50
SEÇÃO A-A
ESC 1:25
V6 ESC 1:50
V7
ESC 1:50
V8
ESC 1:50
V9
ESC 1:50 SEÇÃO A-A
25
26
8.0
8.0
2
10
202
289
404
2890
ESC 1:25 27 8.0 2 158 316
2 N69 ø12.5 C=801 (1Cam) 2 N49 ø10.0 C=788(1Cam) 2 N25 ø8.0 C=202 (1Cam) 2 N28 ø8.0 C=324 (1Cam)
SEÇÃO A-A 2 N30 ø8.0 C=217(1Cam) 28 8.0 2 324 648
ESC 1:25 19 19
20 748 20 753 20 34 143 29 30 273 25 183 29 8.0 2 199 398
A 39 SEÇÃO A-A SUSPENSÃO V27 A
320 1 N48 ø10.0 C=613(2Cam) 1 N24 ø8.0 C=193 (2Cam) 2 N27 ø8.0 C=158 (2Cam) 320 30 8.0 2 217 434
ESC 1:25 ESC 1:25

50

30
612 75 31 137 29 30 129 31 8.0 2 312 624
(2Cam) 1 N23 ø8.0 C=127 A 32 8.0 1 206 206
320
33 8.0 6 424 2544

40
1 N47 ø10.0 C=271(2Cam) 99 29 P15 A V27 14
SEÇÃO A-A A 34 8.0 2 212 424
P7 P8 A V23 P9 14 270 145 348
ESC 1:25 35 8.0 1 418 418

40
20 169
19 211.2 14 464.7 45 P13 A P14 14 36 8.0 2 144 288
2x3 N6 ø5.0 C=184 (PELE)
6 14 x 30 37 8.0 2 599 1198
14 x 50 14 x 50
178 82 14 251 14 155 24 38 8.0 1 128 128
211.2 345.8 119 A V27 A P13 14
320 14 x 40 11 N2 c/15 39 8.0 2 630 1260
8 N5 c/27 13 N5 c/27 7 N5 c/17 8

40
44 251 40 8.0 2 310 620
10 183 10 11 N2 ø5.0 C=76
237 12 N4 c/21 34 41 8.0 2 319 638
10 135 14 2 N29 ø8.0 C=199 (1Cam)
2 N20 ø8.0 C=246 (1Cam) 42 10.0 3 356 1068
8 V25 P10 A P11 P12 14 14 x 40 8 35 43 10.0 1 246 246
519 15 135 34 8 8
28 N5 ø5.0 C=116 1 N50 ø10.0 C=193 44 10.0 2 1198 2396
2 N68 ø12.5 C=531(1Cam) 175 30 370 14 151 19 7 N4 c/21 2 N8 ø6.3 C=74 12 N4 ø5.0 C=96
45 10.0 2 444 888
14 x 40 14 x 40 14 x 40 8
10 273 10 46 10.0 2 569 1138
161 370 151 35 8 7 N4 ø5.0 C=96
3 N26 ø8.0 C=289 (1Cam) 47 10.0 1 271 271
8 N4 c/21 18 N4 c/21 12 N4 c/13 34
1 N8 ø6.3 C=74 48 10.0 1 613 613
49 10.0 2 788 1576
10 182 143
8 10 10 50 10.0 2 193 386
2 N21 ø8.0 C=191 (1Cam) 2 N22 ø8.0 C=159 (1Cam)
38 N4 ø5.0 C=96 51 10.0 2 137 274
561 10 52 10.0 1 157 157
5 2 N46 ø10.0 C=569(1Cam) 53 10.0 1 468 468
54 10.0 2 475 950
55 10.0 1 173 173
V10 ESC 1:50 SEÇÃO A-A SUSPENSÃO V30
V11ESC 1:50
V12
ESC 1:50
V13 ESC 1:50
V14
ESC 1:50
56
57
10.0
10.0
1
2
258
647
258
1294
ESC 1:25 ESC 1:25 58 10.0 1 215 215
2 N31 ø8.0 C=312 (1Cam) 2 N54 ø10.0 C=475(1Cam) 2 N57 ø10.0 C=647(1Cam) 2 N71 ø12.5 C=218(1Cam)
SEÇÃO A-A SUSPENSÃO V27 2 N73 ø12.5 C=346(1Cam)
SEÇÃO A-A 59 10.0 2 198 396
ESC 1:25 ESC 1:25 ESC 1:25 60 10.0 1 173 173
19 273 24 408 583 33 34 143 273 34
37 35 36 47 45
A 1 N53 ø10.0 C=468(2Cam) (2Cam) 1 N56 ø10.0 C=258 1 N70 ø12.5 C=207(2Cam) 1 N72 ø12.5 C=335(2Cam) 61 12.5 2 235 470
320 SEÇÃO A-A
SEÇÃO A-A SEÇÃO B-B 62 12.5 1 239 239
30

401 ESC 1:25 227 33 30 136 266 30


37 35 ESC 1:25 ESC 1:25 45 63 12.5 1 315 315
1 N52 ø10.0 C=157(2Cam) (2Cam) 1 N55 ø10.0 C=173 A 47 A
54 348 320 64 12.5 2 319 638

40

40
V29 A V30 14 122 142 33
37 65 12.5 1 230 230
A A B
320 320 66 12.5 2 240 480
30

279 82 67 12.5 2 251 502

30
8 V27 A P20 14 P20 A V30 14

40
14 x 30 1 N51 ø10.0 C=137 68 12.5 2 531 1062
139 126 24 P16 V29 A P17 14 P18 A 14 265 69 12.5 2 801 1602
10 N2 c/15 21 N2 c/6 V27 B P19 14 70 12.5 1 207 207
135 14 14 x 40
8 30 354 30 14 71 12.5 2 218 436
20 155 374 40 251
273 31 N2 ø5.0 C=76 14 x 30 14 x 40 8 72 12.5 1 335 335
10 10 14 x 30 14 x 40 34 12 N4 c/21 34
3 N26 ø8.0 C=289 (1Cam) 354 135 1 N50 ø10.0 C=193 73 12.5 2 346 692
24 155 30 344 7 N4 c/21
24 N2 c/15 24 35 74 16.0 2 636 1272
11 N2 c/15 6 N4 c/5 17 N4 c/21 8 8 8
8 34 35
204 8 8 7 N4 ø5.0 C=96 3 N8 ø6.3 C=74 12 N4 ø5.0 C=96
24 N2 ø5.0 C=76 10 203 Resumo do aço
95 1 N32 ø8.0 C=206 (2Cam) 11 N2 ø5.0 C=76 3 N8 ø6.3 C=74 273
2 N34 ø8.0 C=212 (1Cam) 10 10
408 8 AÇO DIAM C.TOTAL PESO + 10 %
10 10 402 143 2 N26 ø8.0 C=289 (1Cam)
3 N33 ø8.0 C=424 (1Cam) 10 10 23 N4 ø5.0 C=96 10 10 (mm) (m) (kg)
1 N35 ø8.0 C=418 (2Cam) 2 N22 ø8.0 C=159 (1Cam) CA50 6.3 10.2 2.7
10 408 10 8.0 223.9 97.2
3 N33 ø8.0 C=424 (1Cam) 10.0 129.4 87.8
12.5 72.1 76.4

V15 ESC 1:50


V16
ESC 1:50 SEÇÃO A-A SUSPENSÃO V27
V17
ESC 1:50
CA60
16.0
5.0
12.8
380.6
22.1
64.5
PESO TOTAL
ESC 1:25 ESC 1:25
(kg)
2 N39 ø8.0 C=630 (1Cam) SEÇÃO A-A SUSPENSÃO V27 2 N59 ø10.0 C=198(1Cam) 2 N41 ø8.0 C=319 (1Cam) SEÇÃO A-A SUSPENSÃO V30
27 583 24 ESC 1:25 ESC 1:25 24 143 26 273 24 ESC 1:25 ESC 1:25 CA50 286.1
36
1 N38 ø8.0 C=128 (2Cam) A 2 N40 ø8.0 C=310 (2Cam)
338 CA60 64.5
30

27 102 26 267 21
A A Volume de concreto (C-25) = 4.28 m³
320 54 320
30

30
V27 A P23 14 72 Área de forma = 71.57 m²

54 54
P21 A V27 V28 P22 14 P23 A V30 14
135 14
20 297.2 257.8 14 14 x 30 24 8 14 265
8 8
14 x 30 14 x 30 135 1 N60 ø10.0 C=173 14 x 30
1 N58 ø10.0 C=215 9 N2 c/15 8 1 N51 ø10.0 C=137
290.2 264.8 24 265 24
20 N2 c/15 18 N2 c/15 9 N2 ø5.0 C=76 18 N2 c/15
8 10 143 10 8
38 N2 ø5.0 C=76 2 N22 ø8.0 C=159 (1Cam) 35 18 N2 ø5.0 C=76
8
110 2 N36 ø8.0 c/5 C=144(1ø1Cam+1ø2Cam) 1 N8 ø6.3 C=74
10 583 10
10 273 10
2 N37 ø8.0 C=599 (1Cam)
2 N26 ø8.0 C=289 (1Cam)

MORGANA ZANELATO - ENGENHARIA CIVIL


CREA - PR 189734/D
morgana.zanelato@hotmail.com
(41)99932-1076
Rua da Fonte, 295, Centro, Matinhos - PR- 83.260-000

Projeto Estrutural Braulio

ESTRUTURAL
Rua Guarapuava, Caiobá - Matinhos - PR 83260-000

Morgana Zanelato Braulio Schmidit


CREA-PR 189734/D

Edificio Residencial
9
Térreo 15
Detalhamento das vigas do térreo

Dez/2020 Indicada Morgana Zanelato cm


V18 Relação do aço
ESC 1:50 V20
ESC 1:50
V18 V19 V20
V21 V22 V23
(1Cam) 2 N75 ø10.0 C=328
299 31
V19ESC 1:50
3 N35 ø8.0 C=254 (1Cam)
V24
V27
V25 V26

2 N46 ø8.0 C=608 (1Cam) SEÇÃO A-A 30 225


584
SEÇÃO A-A
25 2 N31 ø8.0 C=433 (1Cam) (1Cam) 2 N32 ø8.0 C=146 ESC 1:25 1 N34 ø8.0 C=189 (1Cam) (1Cam) 2 N72 ø10.0 C=283 SEÇÃO A-A AÇO N DIAM QUANT C.UNIT C.TOTAL
ESC 1:25
1 N45 ø8.0 C=448 (2Cam) 25 409 122 25 30 160 247 ESC 1:25 (mm) (cm) (cm)
38
25 424 2 N9 ø5.0 C=363 2 N33 ø8.0 C=185 (2Cam) (1Cam) 2 N71 ø10.0 C=218 CA60 1 5.0 102 76 7752
2x3 N17 ø6.3 C=192(PELE)
7 A 30 156 182 2 5.0 2 375 750
320 2 N10 ø5.0 C=422 38
3 5.0 2 305 610

40
186
A A 4 5.0 155 96 14880
320 320 5 5.0 2 229 458

60

55
6 5.0 2 230 460
V24 V27 A V30 V31 14
7 5.0 71 116 8236
8 5.0 6 501 3006
302 577 9 5.0 2 363 726
P24 A V25 P25 P26 P27 14 P28 V27 A V30 P29 19
14 x 40 14 x 40 10 5.0 2 422 844
14 273 30 370 30 143 19 281 551 35 804 40 11 5.0 39 136 5304
34
14 x 60 14 x 60 14 x 60 14 N4 c/21 27 N4 c/21 19 x 55 12 5.0 39 86 3354
273 370 143 804 13 5.0 98 136 13328
10 N13 c/28 14 N13 c/28 11 N13 c/14 10 302 303 8 14 5.0 2 420 840
39 N11 c/21
54 2 N30 ø8.0 C=311 (1Cam) 65 1 N69 ø10.0 C=304(2Cam) 41 N4 ø5.0 C=96 49 15 5.0 2 265 530
195 250 169 12 577 10 873 CA50 16 6.3 2 108 216
10 10
27 1 N42 ø8.0 C=197(1Cam) 80 1 N43 ø8.0 C=252 (1Cam) 5 2 N74 ø10.0 C=179(1Cam) 2 N70 ø10.0 C=585(1Cam) 2 N85 ø16.0 C=886(1Cam) 17 6.3 6 192 1152
10 694 13 18 8.0 1 216 216
8
2 N44 ø8.0 C=703 (1Cam) 39 N11 ø5.0 C=136 19 8.0 2 538 1076
35 N13 ø5.0 C=136
20 8.0 2 97 194
21 8.0 2 82 164
22 8.0 2 217 434
23 8.0 2 544 1088
24 8.0 2 126 252
25 8.0 1 103 103
V21
ESC 1:50
V22ESC 1:50
V23
ESC 1:50
V24
ESC 1:50
26
27
8.0
8.0
2
1
163
297
326
297
SEÇÃO A-A 28 8.0 2 883 1766
2 N41 ø8.0 C=661 (1Cam) 2 N19 ø8.0 C=538 (1Cam) SEÇÃO A-A 2 N20 ø8.0 C=97(1Cam) (1Cam) 2 N21 ø8.0 C=82 (1Cam) 2 N26 ø8.0 C=163 29 8.0 2 442 884
ESC 1:25
24 614 27 30 493 19 ESC 1:25 24 74 64 19 142 22 SEÇÃO A-A 30 8.0 2 311 622
(1Cam) 1 N40 ø8.0 C=567 1 N18 ø8.0 C=216 (2Cam) 2 N2 ø5.0 C=375 2 N24 ø8.0 C=126 (1Cam) (2Cam) 1 N25 ø8.0 C=103 ESC 1:25 31 8.0 2 433 866
541 27 187 A 102 82 22 32 8.0 2 146 292
30 338 25
2 N38 ø8.0 C=212 (1ø1Cam+1ø2Cam) A 2 N3 ø5.0 C=305 33 8.0 2 185 370

30
320
34 8.0 1 189 189

30
210 150 A
320 35 8.0 3 254 762
SEÇÃO A-A

40
V5 A V1 14 36 8.0 2 129 258
1 N37 ø8.0 C=152 (2Cam) ESC 1:25 P8 A V2 P2 14 37 8.0 1 152 152
150 90 (1Cam) 1 N39 ø8.0 C=123 38 8.0 2 212 424
97 27 40 424 35 499 P28 A V19 P24 14 39 8.0 1 123 123
A 14 x 30 14 x 30 40 8.0 1 567 567
320 24
314 110 19 485 30
30

24 485 41 8.0 2 661 1322


45 N1 c/7 22 N1 c/5 14 x 40 42 8.0 1 197 197
35 N1 c/14 8
485 43 8.0 1 252 252
8 35 N1 ø5.0 C=76
P7 A V2 P1 19 486 24 N4 c/21 34
10 10 67 N1 ø5.0 C=76 10 394 44 8.0 2 703 1406
1 N54 ø10.0 C=501 (2Cam) 1 N79 ø12.5 C=401(2Cam) 45 8.0 1 448 448
120.5 30 439 30
10 493 10 493 8 46 8.0 2 608 1216
19 x 30 19 x 30 10 15
120.5 439 2 N55 ø10.0 C=508(1Cam) 2 N80 ø12.5 C=512 (1Cam) 2 N22 ø8.0 c/40 C=217(1ø1Cam+1ø2Cam) 24 N4 ø5.0 C=96 47 8.0 1 185 185
24 124.5
9 N12 c/15 30 N12 c/15 528 48 8.0 2 451 902
10 10
2 N23 ø8.0 C=544 (1Cam) 49 8.0 1 347 347
13
128 50 8.0 2 621 1242
39 N12 ø5.0 C=86 51 8.0 2 652 1304
2 N36 ø8.0 C=129 (1Cam)
476 52 8.0 1 110 110
10
2 N73 ø10.0 C=484(1Cam) 53 8.0 2 113 226
5 54 10.0 1 501 501
55 10.0 2 508 1016
56 10.0 2 629 1258
57 10.0 1 306 306
58 10.0 2 301 602
59 10.0 2 1175 2350
60 10.0 2 212 424
V25 ESC 1:50
V26
ESC 1:50
61
62
10.0
10.0
1
2
156
226
156
452
63 10.0 1 437 437
2 N59 ø10.0 C=1175(1Cam) 2 N60 ø10.0 C=212 (1Cam) 2 N68 ø10.0 C=559(1Cam) 64 10.0 2 440 880
1174 211
215 493 34 65 10.0 2 510 1020
75 37
1 N67 ø10.0 C=201 (2Cam) 66 10.0 1 156 156
(1Cam) 2 N62 ø10.0 C=226
2 N58 ø10.0 c/20 C=301(2Cam) SEÇÃO A-A 166 67 10.0 1 201 201
1 N57 ø10.0 C=306(2Cam) 194 37 SEÇÃO A-A
34 ESC 1:25 1 N66 ø10.0 C=156(2Cam) 68 10.0 2 559 1118
305 145 155 (2Cam) 1 N61 ø10.0 C=156 ESC 1:25 69 10.0 1 304 304
121
124 37 70 10.0 2 585 1170
34 6 2x3 N8 ø5.0 C=501 (PELE) 6
2 N5 ø5.0 C=229 2 N6 ø5.0 C=230 71 10.0 2 218 436
493 72 10.0 2 283 566
A A
320 348 73 10.0 2 484 968

50

40
74 10.0 2 179 358
75 10.0 2 328 656
76 10.0 2 717 1434
V18 P21 P18 P15 A V6 P9 14 P9 V3
A P3 14 77 10.0 2 321 642
14 471 14 78 10.0 2 501 1002
432 20 415 20 420 20 598 14 79 12.5 1 401 401
14 x 50 14 x 50 14 x 50 14 x 50 14 x 40
80 12.5 2 512 1024
288 130 415 420 598 485
81 12.5 2 283 566
11 N7 c/27 5 N7 c/26 16 N7 c/27 16 N7 c/27 23 N7 c/27 54 N4 c/9 34
44 82 12.5 2 537 1074
52 83 12.5 4 400 1600
52 8 8 8 84 12.5 2 1057 2114
8 1 N16 ø6.3 C=108 54 N4 ø5.0 C=96 85 16.0 2 886 1772
1 N16 ø6.3 C=108
71 N7 ø5.0 C=116 429
295 440 10 Resumo do aço
1 N27 ø8.0 C=297(1Cam) 2 N29 ø8.0 C=442 (1Cam) 64 1 N63 ø10.0 C=437(3Cam)
52
874 619 432 10 AÇO DIAM C.TOTAL PESO + 10 %
10 12
64 2 N64 ø10.0 C=440(2Cam) (mm) (m) (kg)
2 N28 ø8.0 C=883 (1Cam) 2 N56 ø10.0 C=629(1Cam)
493 CA50 6.3 13.7 3.7
12 10
2 N65 ø10.0 C=510(1Cam) 8.0 205.9 89.3
10.0 184.2 124.9
12.5 67.8 71.8
16.0 17.8 30.8
CA60 5.0 610.8 103.6
PESO TOTAL

V27ESC 1:50
(kg)

CA50 320.5
CA60 103.6
2 N84 ø12.5 C=1057(1Cam) 2 N78 ø10.0 C=501 (1Cam)
16 1044 500 275 Volume de concreto (C-25) = 6.63 m³
4 N83 ø12.5 c/20 C=400(2ø2Cam+2ø3Cam) Área de forma = 103.97 m²
(1Cam) 2 N53 ø8.0 C=113
2 N77 ø10.0 c/45 C=321(2Cam)
89 25
(2Cam) 1 N52 ø8.0 C=110 SEÇÃO A-A SEÇÃO B-B
245 180
86 25 ESC 1:25 ESC 1:25
2 N14 ø5.0 C=420 2 N15 ø5.0 C=265
A B
320

40

60
V20 A V19
P25 V16 V15 V13 B V12 P16 V9 V7 P10 14

520 14 428 703 14 591 14


14 MORGANA ZANELATO - ENGENHARIA CIVIL
14 x 40 14 x 60 14 x 60 14 x 60
CREA - PR 189734/D
501 421 696 591 morgana.zanelato@hotmail.com
36 N4 c/14 16 N13 c/28 25 N13 c/28 22 N13 c/28 34 (41)99932-1076
Rua da Fonte, 295, Centro, Matinhos - PR- 83.260-000
2 N51 ø8.0 C=652 (2Cam)
8
Projeto Estrutural Braulio

ESTRUTURAL
392 36 N4 ø5.0 C=96 54

183 345 Rua Guarapuava, Caiobá - Matinhos - PR 83260-000


255 1 N47 ø8.0 C=185 (1Cam) 205 1 N49 ø8.0 C=347(1Cam)
99.5 2 N81 ø12.5 c/30 C=283(2Cam) 8
612 10
10 530 63 N13 ø5.0 C=136
2 N50 ø8.0 C=621 (1Cam)
2 N82 ø12.5 C=537(1Cam) Morgana Zanelato Braulio Schmidit
442 CREA-PR 189734/D
10
2 N48 ø8.0 C=451 (1Cam)
716 Edificio Residencial
2 N76 ø10.0 C=717(1Cam)
10
Térreo 15
Detalhamento das vigas do térreo

Dez/2020 Indicada Morgana Zanelato cm


Relação do aço
V28 V29 V30
V31 V32

V29 V31 ESC 1:50


V32
ESC 1:50
SEÇÃO A-A AÇO N DIAM
(mm)
QUANT C.UNIT
(cm)
C.TOTAL
(cm)
ESC 1:50
V28 ESC 1:50 SEÇÃO A-A (1Cam) 3 N23 ø8.0 C=181 3 N27 ø8.0 C=710 (1Cam)
ESC 1:25
CA60 1
2
5.0
5.0
24
83
96
136
2304
11288
2 N37 ø10.0 C=384(1Cam) SEÇÃO A-A ESC 1:25
15 152 30 23 668 23 3 5.0 2 270 540
338
36 ESC 1:25 2 N39 ø12.5 C=416(1Cam) SEÇÃO A-A A
4 N21 ø8.0 C=156 (1Cam) (1Cam) 1 N22 ø8.0 C=136 320 4 5.0 24 166 3984
(2Cam) 1 N36 ø10.0 C=216 338 ESC 1:25
5 5.0 31 106 3286

40
38 46 30 127 107 30
182 A 2 N3 ø5.0 C=270 6 5.0 39 76 2964
36 320
A

30
320 CA50 7 6.3 10 531 5310

30
7 2x5 N7 ø6.3 C=531 (PELE) P12 V4 A P5 19 8 8.0 1 257 257
528 9 8.0 1 262 262
P23 A V15 P20 14 A
320 30 302 328 14 10 8.0 1 127 127
V11 A V10 P13 14

70
30 274 40 19 x 40 19 x 40 11 8.0 2 1161 2322
314 30 14 x 30 295 321 12 8.0 1 202 202
14 x 30 274 15 N5 c/21 16 N5 c/21 34 13 8.0 1 154 154
300 24 14 8.0 1 185 185
24 19 N6 c/15
20 N6 c/15 172 220 15 8.0 2 938 1876
8 P29 A V19 P27 19 13
179 95 1 N24 ø8.0 C=174 (1Cam) 60 1 N25 ø8.0 C=222 (1Cam) 16 8.0 1 258 258
8 19 N6 ø5.0 C=76 31 N5 ø5.0 C=106
1 N34 ø10.0 C=180(2Cam) 19 485 30 10 668 10 17 8.0 2 351 702
20 N6 ø5.0 C=76 95
338 19 x 70 2 N26 ø8.0 C=684 (1Cam) 18 8.0 2 342 684
42 2 N28 ø8.0 c/5 C=209(1ø1Cam+1ø2Cam) 10 10 19 8.0 2 327 654
2 N35 ø10.0 C=353(1Cam) 485
10 338 10 20 8.0 2 544 1088
24 N4 c/21
2 N29 ø8.0 C=354 (1Cam) 21 8.0 4 156 624
64 22 8.0 1 136 136
23 8.0 3 181 543
69.5 2 N19 ø8.0 c/55 C=327(1Cam) 24 8.0 1 174 174
10 528 10 25 8.0 1 222 222
2 N20 ø8.0 C=544 (1Cam) 13 26 8.0 2 684 1368
24 N4 ø5.0 C=166 27 8.0 3 710 2130
V30ESC 1:50
28
29
8.0
8.0
2
2
209
354
418
708
30 10.0 2 281 562
2 N31 ø10.0 C=1175(1Cam) 2 N32 ø10.0 C=1200(1Cam) (1Cam) 2 N33 ø10.0 C=427 31 10.0 2 1175 2350
1174 72 399 30 32 10.0 2 1200 2400
72
33 10.0 2 427 854
2 N30 ø10.0 c/20 C=281(2Cam) 34 10.0 1 180 180
35 10.0 2 353 706
(1Cam) 2 N18 ø8.0 C=342 SEÇÃO A-A SEÇÃO B-B 36 10.0 1 216 216
150
25 319 ESC 1:25 ESC 1:25 37 10.0 2 384 768
38 12.5 2 537 1074
A B 39 12.5 2 416 832
320
Resumo do aço

40

60
AÇO DIAM C.TOTAL PESO + 10 %
V20 A V19 (mm) (m) (kg)
P26 V17 P22 V14 P19 P17 B V10 P14 P11 P6 P4 14 CA50 6.3 53.1 14.3
8.0 151 65.5
520 14 413 30 413 14 261 14 308 30 237 30 311 14 305 30
14 10.0 80.4 54.5
14 x 40 14 x 60 14 x 60 14 x 60 14 x 60 14 x 60 14 x 60 14 x 60
12.5 19.1 20.2
501 413 413 261 308 237 311 305
CA60 5.0 243.7 41.3
24 N1 c/21 15 N2 c/28 15 N2 c/28 10 N2 c/28 11 N2 c/28 9 N2 c/28 12 N2 c/28 11 N2 c/28 34 PESO TOTAL
(kg)
10 530 255 260 125 200 152 183 249 10 8
2 N38 ø12.5 C=537(1Cam) 120 1 N8 ø8.0 C=257 (1Cam) 95 1 N9 ø8.0 C=262 (1Cam) 85 1 N10 ø8.0 C=127(1Cam) 65 1 N12 ø8.0 C=202 (1Cam) 80 1 N13 ø8.0 C=154 (1Cam) 75 1 N14 ø8.0 C=185 (1Cam) 90 1 N16 ø8.0 C=258 (1Cam) 54
24 N1 ø5.0 C=96 CA50 154.5
10 1152 342 10 CA60 41.3
2 N11 ø8.0 C=1161 (1Cam) 2 N17 ø8.0 C=351 (1Cam)
936 8 Volume de concreto (C-25) = 3.84 m³
2 N15 ø8.0 C=938 (1Cam) 83 N2 ø5.0 C=136 Área de forma = 57.6 m²

VT29a - 152

VT32a - 152
VT6a - 152

VT9a - 152

VT5a - 322 VT8a - 312


VT28a - 246 VT31a - 243

VT12a - 262 VT18a - 262 VT20a - 257 VT26a - 257


VT15a - 152 VT17a - 152 VT22a - 152 VT25a - 152

VT12b - 262
VT14a - 122

VT21a - 122

VT24a - 122
VT27a - 246 VT30a - 243
VT11a - 162

VT16a - 162

VT19a - 162

VT23a - 162
VT4a - 257

Planta de vigotas pré-moldadas


escala 1:50

MORGANA ZANELATO - ENGENHARIA CIVIL


VT3a - 226

CREA - PR 189734/D
morgana.zanelato@hotmail.com
(41)99932-1076
Rua da Fonte, 295, Centro, Matinhos - PR- 83.260-000

ESTRUTURAL
Projeto Estrutural Braulio
Rua Guarapuava, Caiobá - Matinhos - PR 83260-000

VT7a - 182 Morgana Zanelato Braulio Schmidit


CREA-PR 189734/D
VT2a - 212

Edificio Residencial
11
Térreo 15
Detalhamento das vigas; Planta das vigotas

Dez/2020 Indicada Morgana Zanelato cm


2 N18 ø6.3 C=139
Relação do aço
AÇO N DIAM QUANT C.UNIT C.TOTAL

9
(mm) (cm) (cm)

28

28
CA50 1 6.3 143 123 17589

6 N3 ø6.3 c/14 C=804


2 N16 ø6.3 C=95 94 2 6.3 6 803 4818
2 N4 ø6.3 C=90 28 9 3 6.3 6 804 4824

L29

L32
h=12

h=12

h=16

h=16
4 6.3 4 90 360

179

9
1200

L6

L9
562
48

5 N15 ø6.3 c/20 C=213


5 6.3 6 1200 7200

28
5 N12 ø6.3 c/20 C=128 2 N17 ø6.3 C=562 2 N5 ø6.3 C=1200

2 N6 ø6.3 C=342
6 6.3 2 342 684

83 N1 ø6.3 c/20 C=123


h=14
L13

89
4 N14 ø6.3 c/20 C=901 43 7 6.3 14 988 13832
4 N13 ø6.3 c/20 C=900 8 6.3 118 163 19234
342 9 6.3 9 748 6732
10 6.3 2 669 1338
11 6.3 2 702 1404
12 6.3 5 128 640
13 6.3 4 900 3600
14 6.3 4 901 3604
15 6.3 5 213 1065

L17
L15

L25
h=12

h=12

h=12
156
16 6.3 2 95 190
48

17 6.3 2 562 1124

L22
h=12
4 N19 (1) ø8.0 c/N C=283 18 6.3 2 139 278

L31
L18

L20

L26

L28
h=12

h=12

h=12

h=16

h=16
19 8.0 4 283 1132
770

L12
h=12
Resumo do aço
AÇO DIAM C.TOTAL PESO + 10 %
h=12

h=12
L5

L8
(mm) (m) (kg)
CA50 6.3 885.2 238.3

L21
L14

L24
h=12

h=12
h=12
8.0 11.4 4.9
PESO TOTAL
(kg)

CA50 243.2

L11

L16

L19

L23
h=12

h=12

h=12

h=12
89 N8 ø6.3 c/20 C=163
h=14
L1

L27

L30
h=16

h=16
45

129
6 N2 ø6.3 c/14 C=803
2 N5 ø6.3 C=1200

141.1 7 N7 ø6.3 c/20 C=988 702 43 1769.9

28
1200 7 N7 ø6.3 c/20 C=988
h=12

2 N11 ø6.3 C=702 48


L4

2 N5 ø6.3 C=1200
1200

9
Armação positiva das lajes do pavimento Térreo
escala 1:50

89
9 N9 ø6.3 c/17 C=748

9 60 N1 ø6.3 c/25 C=123


28
2 N10 ø6.3 C=669
769

L10
h=14
h=12

DETALHE DA ARMADURA
L3

DE BORDO LIVRE DA LAJE

_ 2h ou lb
>

Laje Armadura de bordo

129
29 N8 ø6.3 c/20 C=163 9
28
Armadura positiva (inferior)
VISTA
h=12

h=12
L7
L2
28
9

2 N4 ø6.3 C=90

MORGANA ZANELATO - ENGENHARIA CIVIL


CREA - PR 189734/D
morgana.zanelato@hotmail.com
(41)99932-1076
Rua da Fonte, 295, Centro, Matinhos - PR- 83.260-000

ESTRUTURAL
Projeto Estrutural Braulio
Rua Guarapuava, Caiobá - Matinhos - PR 83260-000

Morgana Zanelato Braulio Schmidit


CREA-PR 189734/D

Edificio Residencial
12
Térreo 15
Detalhamento das lajes

Dez/2020 Indicada Morgana Zanelato cm


Relação do aço

N16 7
AÇO N DIAM QUANT C.UNIT C.TOTAL
(mm) (cm) (cm)
78 CA60 1 5.0 18 42 756

h=14
L13
2 5.0 10 140 1400
33 N20 624 3 5.0 5 98 490

L29

L32
h=12

h=12

h=16

h=16
1191 9

N29 9

N31 9

N31 9

N32 9

N33 9

N31 9

N31 9

N33 9
9 N10 255

L6

L9
8 N39 ø8.0 c/20 C=655 60 4 5.0 13 228 2964
8 N35 ø8.0 c/20 C=262 8 N38 ø8.0 c/20 C=1198 53
9 N34 668
1147
5 5.0 13 239 3107

78

78

78

78

78

78

78

78
17 N53 ø10.0 c/10 C=262
4 N45 ø8.0 c/20 C=675 6 5.0 13 151 1963

13 N42 ø8.0 c/20 C=VAR

14 N35 ø8.0 c/20 C=262

14 N35 ø8.0 c/20 C=262

10 N35 ø8.0 c/16 C=262

14 N35 ø8.0 c/20 C=262


60

8 N35 ø8.0 c/20 C=262


4 N44 ø8.0 c/20 C=1198
7 5.0 13 106 1378

3 N61 ø12.5 c/20 C=308


121 118
44 8 5.0 27 101 2727
9 5.0 17 460 7820
7 N30 406 7 102 7 N30 293 7 7 N30 88 7

ø8.0 c/11 C=262


7 7 7 326 7 10 5.0 13 162 2106
3 N43 ø8.0 c/20 C=416 2 N54 ø10.0 c/20 C=111 3 N48 ø8.0 c/20 C=303 3 N49 ø8.0 c/20 C=98
2 N58 ø10.0 c/20 C=335 11 5.0 13 43 559

120
12 5.0 25 44 1100
13 5.0 48 103 4944

7 300
14 5.0 76 136 10336

255h=12
15 N35L15
15 5.0 12 62 744

VAR

255

255

255

255

255

255
16 5.0 65 54 3510
17 5.0 19 125 2375
78
18 5.0 45 102 4590

L31
L12

14 N57 ø10.0 c/20 C=381 L18

L20

L26

L28
h=12

h=12

h=12

h=12

h=16

h=16
11 N57 ø10.0 c/14 C=381 L17

L22

L25
h=12

h=12

h=12
19 5.0 42 VAR VAR
9 N9 270 20 5.0 98 VAR VAR

453

16 N57 ø10.0 c/20 C=381


23 N59 ø12.5 c/20 C=276 21 5.0 19 321 6099

8 N57 ø10.0 c/15 C=381


6 N40 ø8.0 c/16 C=381
22 5.0 21 114 2394

h=12

h=12
23 5.0 21 223 4683
L5

L8
24 5.0 19 110 2090
25 5.0 19 282 5358

L14

L24
h=12
h=12

L21
h=12
8 N57 ø10.0 c/13 C=381
N27

N21
N28

N26

N25

N18

N24

N23

N22
26 5.0 22 158 3476
27 5.0 19 100 1900
h=14

28 5.0 19 340 6460


L1

95 8 N57 110 5 N57 216 15 N57


29 5.0 13 VAR VAR
151 11 N57 275 14 N57 30 5.0 41 64 2624
23 N59

333 17 N40 936 N40


31 5.0 61 165 10065
78 107 8 N57 314 16 N57 32 5.0 13 275 3575
33 5.0 26 270 7020

L11

L19

L23
h=12

h=12

h=12
h=12
L16
126 122 133 34 5.0 98 88 8624
9 N8 270
101

374

374

374

374

374

374

374

374

374
CA50 35 8.0 106 262 27772
8 N59 ø12.5 c/13 C=276
N15 7

8 N59

36 8.0 3 245 735

17 N40 ø8.0 c/20 C=381


7 N16 7 N16 7 N16

L27
328 7 268 7 283 7

L30
h=16

h=16
37

3 N41 ø8.0 c/20 C=338 3 N46 ø8.0 c/20 C=278 3 N47 ø8.0 c/20 C=293 37 8.0 9 793 7137

43
38 8.0 8 1198 9584
3 N36 ø8.0 c/20 C=245

N19
78 9 N1 102 9 9 N1 102 9 9 N1 102 9 39 8.0 8 655 5240
3 N50 ø10.0 c/20 C=115 3 N50 ø10.0 c/20 C=115 3 N50 ø10.0 c/20 C=115 40 8.0 23 381 8763

15 N57 ø10.0 c/15 C=381


9 N2 179 9

5 N57 ø10.0 c/20 C=381


41 8.0 3 338 1014

117.5

117.5

117.5

117.5

117.5

117.5

117.5

117.5

117.5
9 N7 255
h=12
106

8 N51 ø10.0 c/19 C=192 342 343 361


L4

42 8.0 13 VAR VAR

140
7 N53 ø10.0 c/16 C=262
7 N53

43 8.0 3 416 1248


44 8.0 4 1198 4792
N14 10 N60 ø12.5 c/13 C=381 45 8.0 4 675 2700
9

9
78 375 46 8.0 3 278 834
47 8.0 3 293 879
7 235

9 N3 80 9
48 8.0 3 303 909
144

9 N6 255 5 N52 ø10.0 c/20 C=93


98

8 N53 ø10.0 c/20 C=262 49 8.0 3 98 294


N13 5 N60 ø12.5 c/20 C=381 9 Armação negativa das lajes do pavimento Térreo 50 10.0 9 115 1035
8 N53

375 51 10.0 8 192 1536


escala 1:50 52 10.0 5 93 465
53 10.0 32 262 8384
118
54 10.0 8 111 888
55 10.0 4 327 1308
N14 375 9
129

78 56 10.0 13 382 4966


10 N60 ø12.5 c/13 C=381 57 10.0 77 381 29337
L10
h=14
N12 7
10 N60

58 10.0 2 335 670


9 N5 255
59 12.5 31 276 8556
12 N35 ø8.0 c/20 C=262 118
h=12

60 12.5 30 381 11430


L3

135

61 12.5 3 308 924


6 N54 ø10.0 c/7 C=111

4 N55 ø10.0 c/11 C=327

N13 375 9
N11 7

96

5 N60 ø12.5 c/20 C=381 Resumo do aço


5 N60

118 AÇO DIAM C.TOTAL PESO + 10 %


(mm) (m) (kg)
7 102

CA50 8.0 753.1 326.9


N18 375 9
10.0 485.9 329.5
95

78 7 N56 ø10.0 c/15 C=382


7 N56

12.5 209.1 221.6


CA60 5.0 1445.3 245
9 N4 255
118 PESO TOTAL
h=12

11 N35 ø8.0 c/20 C=262 (kg)


L7
h=12

7 318
116

N17 375 9
9 N37 ø8.0 c/20 C=793
L2

CA50 878
CA60 245
6 N56

6 N56 ø10.0 c/20 C=382


9 745

Armaduras de distribuição DETALHE DA ARMADURA SUPERIOR DE CONTINUIDADE DA LAJE


Armadura Armadura de distribuição
E MONTAGEM DA ARMADURA DE DISTRIBUIÇÃO
N50 6 N1 ø5.0 c/18 C=42
N50 6 N1 ø5.0 c/18 C=42 Armaduras de distribuição (N2)
N50 6 N1 ø5.0 c/18 C=42 (amarração das arm. negativas)
N51 10 N2 ø5.0 c/18 C=140
Armaduras negativas (N1)
N52 5 N3 ø5.0 c/18 C=98
(continuidade das lajes)
N35 13 N4 ø5.0 c/20 C=228
N35 13 N5 ø5.0 c/20 C=239
N53 13 N6 ø5.0 c/20 C=151
N53 13 N7 ø5.0 c/20 C=106
N59 27 N8 ø5.0 c/10 C=101
N59 17 N9 ø5.0 c/16 C=460
N35 13 N10 ø5.0 c/20 C=162 Laje 1 Laje 2
N54 13 N11 ø5.0 c/8 C=43
N55 25 N12 ø5.0 c/13 C=44 ISOMÉTRICA
N60 24 N13 ø5.0 c/16 C=103 Viga
N60 38 N14 ø5.0 c/10 C=136
N36 12 N15 ø5.0 c/20 C=62 Armadura negativa (superior) Armaduras de distribuição
N61 19 N16 ø5.0 c/16 C=54 (continuidade das lajes)
N56 19 N17 ø5.0 c/20 C=125
N56 21 N18 ø5.0 c/18 C=102
N37 42 N19 ø5.0 c/18 C=VAR
N38 98 N20 ø5.0 c/18 C=VAR
N57 19 N21 ø5.0 c/20 C=321 Laje 1 Laje 2
N57 21 N22 ø5.0 c/18 C=114
N57 21 N23 ø5.0 c/18 C=223
N57 19 N24 ø5.0 c/20 C=110
N57 24 N18 ø5.0 c/16 C=102 VISTA FRONTAL
N57 19 N25 ø5.0 c/20 C=282
Viga
N57 22 N26 ø5.0 c/17 C=158
N40
N40
19 N27 ø5.0 c/20 C=100
19 N28 ø5.0 c/20 C=340
eixo da viga MORGANA ZANELATO - ENGENHARIA CIVIL
CREA - PR 189734/D
N41 17 N16 ø5.0 c/20 C=54 morgana.zanelato@hotmail.com
N42 13 N29 ø5.0 c/20 C=VAR (41)99932-1076
N43 21 N30 ø5.0 c/20 C=64 Ferros de distribuição Rua da Fonte, 295, Centro, Matinhos - PR- 83.260-000
N35 13 N31 ø5.0 c/20 C=165 Ferro Armadura de distribuição
N53 22 N31 ø5.0 c/12 C=165

ESTRUTURAL
N35 13 N32 ø5.0 c/20 C=275
3 N1 øX.X c/xx
N1 6 N2 øX.X c/xx
Projeto Estrutural Braulio
N35 13 N33 ø5.0 c/20 C=270 Rua Guarapuava, Caiobá - Matinhos - PR 83260-000
N35 13 N31 ø5.0 c/20 C=165 N'2'
N35 13 N31 ø5.0 c/20 C=165
N35 13 N33 ø5.0 c/20 C=270
N44 98 N34 ø5.0 c/18 C=88 Laje 1 Laje 2 Morgana Zanelato Braulio Schmidit
N46 14 N16 ø5.0 c/20 C=54 CREA-PR 189734/D
N47 15 N16 ø5.0 c/20 C=54
N48
N49
15 N30 ø5.0 c/20 C=64
5 N30 ø5.0 c/20 C=64
PLANTA BAIXA Edificio Residencial
NOTA: A ARMADURA DE DISTRIBUIÇÃO DAS CONTINUIDADES DEVE SER 13
ININTERRUPTA E COM TRASPASSE (CASO HAJA EMENDAS).
Térreo 15
Detalhamento das lajes - armação negativa

Dez/2020 Indicada Morgana Zanelato cm


Relação do aço
AÇO N DIAM QUANT C.UNIT C.TOTAL
(mm) (cm) (cm)
CA60 1 5.0 109 59 6431
2 5.0 4 CORR 7032
3 5.0 109 65 7085
CA50 4 6.3 10 775 7750
5 6.3 147 74 10878
6 6.3 3 CORR 5274

7
7 8.0 6 758 4548
8 12.5 36 77 2772

BASE: 109 N3 ø5.0 c/16 C=65


Resumo do aço

L13
h=14

L29

L32
h=12

h=12

h=16

h=16
L6

L9
AÇO DIAM C.TOTAL PESO + 10 %
(mm) (m) (kg)

MAC4
CA50 6.3 239.1 64.3
8.0 45.5 19.7
12.5 27.8 29.4
CA60 5.0 205.5 34.8
PESO TOTAL
(kg)
3 N6 ø6.3 c/20 C=CORR BASE:
CA50 113.5
CA60 34.8
5 N4 ø6.3 c/11 C=775

L17
L15

L22

L25
h=12

h=12

h=12

h=12

L31
L12

L18

L20

L26

L28
h=12

h=12

h=12

h=12

h=16

h=16
769

63
h=12

h=12
L5

L8
7 7

L21
L14

L24
h=12

h=12
h=12
147 N5 ø6.3 c/10 C=74

BASE: 109 N1 ø5.0 c/16 C=59


MAC1

L11

L16

L19

L23
h=12

h=12

h=12

h=12
MAC3

L27

L30
h=16

h=16
h=14

44.2

7
L1

4 N2 ø5.0 c/16 C=CORR BASE:


h=12
L4

7
69
7
Armação positiva das regiões maciças do pavimento Térreo
escala 1:50
36 N8 ø12.5 c/20 C=77
5 N4 ø6.3 c/11 C=775

MAC2
769

L10
h=14
748
h=12
L3

6 N7 ø8.0 c/11 C=758


h=12

h=12
L7
L2
7

DETALHE DA ARMADURA DE MALHA BASE

Armadura em malha
distribuída no maciço

Detalhe em planta

MORGANA ZANELATO - ENGENHARIA CIVIL


CREA - PR 189734/D
morgana.zanelato@hotmail.com
(41)99932-1076
Rua da Fonte, 295, Centro, Matinhos - PR- 83.260-000

ESTRUTURAL
Projeto Estrutural Braulio
Rua Guarapuava, Caiobá - Matinhos - PR 83260-000

Morgana Zanelato Braulio Schmidit


CREA-PR 189734/D

Edificio Residencial
14
Térreo 15
Detalhamento laje - Armação positiva da região maciça

Dez/2020 Indicada Morgana Zanelato cm


Relação do aço
AÇO N DIAM QUANT C.UNIT C.TOTAL
(mm) (cm) (cm)
CA50 1 10.0 1 92 92
2 10.0 1 131 131
3 10.0 12 73 876
4 10.0 6 146 876
5 10.0 5 157 785
6 12.5 87 78 6786

L13
h=14

L29

L32
h=12

h=12

h=16

h=16
L6

L9
161
Resumo do aço
AÇO DIAM C.TOTAL PESO + 10 %

MAC4
7 (mm) (m) (kg)
1 N2 ø10.0 C=131
CA50 10.0 27.6 18.7
12.5 67.9 71.9
PESO TOTAL
122

(kg)

CA50 90.6

L17
L15

L22

L25
h=12

h=12

h=12

h=12
7

L31
L12

L18

L20

L26

L28
h=12

h=12

h=12

h=12

h=16

h=16
h=12

h=12
L5

L8

L21
h=12

h=12
L14

L24
h=12
440
MAC1

L11
h=12

h=12

h=12

h=12
L16

L19

L23
MAC3

L27
h=16

h=16
L30
29.9
h=14

64
L1

5 N5 ø10.0 c/12 C=157

7 7

2 N3 ø10.0 c/20 C=73


148
h=12
L4

7 70 7
87 N6 ø12.5 c/6 C=78
412.1

Armação negativa das regiões maciças do pavimento Térreo


escala 1:50
MAC2
1 N1 ø10.0 C=92

L10
h=14
h=12
L3

6 N4 ø10.0 c/12 C=146


7
7

51.4
83

137
26.2 33.6
7

7 64 7
7

10 N3 ø10.0 c/6 C=73


h=12
L2

149.5
h=12
L7

MORGANA ZANELATO - ENGENHARIA CIVIL


CREA - PR 189734/D
morgana.zanelato@hotmail.com
(41)99932-1076
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Projeto Estrutural Braulio

ESTRUTURAL
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Morgana Zanelato Braulio Schmidit


CREA-PR 189734/D

Edificio Residencial
15
Térreo 15
Detalhamento lajes - armação negativa região maciça

Dez/2020 Indicada Morgana Zanelato cm

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