Você está na página 1de 31

PAULO FALCIROLLI JUNIOR

MODELAGEM DA INFORMAÇÃO DA CONSTRUÇÃO - BIM


METODOLIGIA E ANÁLISE DE IMPACTOS

Guarulhos
2018
PAULO FALCIROLLI JUNIOR

MODELAGEM DA INFORMAÇÃO DA CONSTRUÇÃO - BIM


METODOLIGIA E ANÁLISE DE IMPACTOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Instituição Anhanguera, como requisito
parcial para a obtenção do título de graduado
em Engenharia Civil.

Orientador: Anderson Grossi

Guarulhos
2018
PAULO FALCIROLLI JUNIOR

MODELAGEM DA INFORMAÇÃO DA CONSTRUÇÃO – BIM


METODOLIGIA E ANÁLISE DE IMPACTOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Instituição Anhanguera, como requisito
parcial para a obtenção do título de graduado
em Engenharia Civil.

BANCA EXAMINADORA

Prof. Felipe Augusto de Godoy

Prof. Edison de Oliveira Vianna Junior

Prof. Amauri Vitor da Silva Junior

Prof.ª Elizabeth Braga

Guarulhos, 14 de Dezembro de 2018


AGRADECIMENTOS

Dedico este trabalho primeiramente а Deus, por ser essencial em minha vida,


autor dе mеυ destino, mеυ guia, socorro presente nа hora dа angústia, ао mеυ pai
Paulo Falcirolli, minha mãе Andréia Santos, аоs meus irmãos Matheus e Andrezza,
a minha avó Noelza Santos e minha futura esposa Letícia Teixeira que, cоm muito
carinho е apoio, nãо mediram esforços para qυе еυ chegasse аté esta etapa dе
minha vida.
FALCIROLLI, Paulo. Modelagem da Informação da Construção - BIM. 2018. 33 f.
Trabalho de Conclusão de Curso em Engenharia Civil – Anhanguera, Guarulhos,
2018.

RESUMO

Em 2018, o processo de execução de uma edificação é dividido em diversas formas


de apresentação, usualmente em papel. Diversas folhas são necessárias para
armazenar todas as informações referentes ao empreendimento e para que assim, o
mesmo possa ser executado. Neste processo, erros frequentemente acontecem,
resultando no aumento do custo, atrasos e também atrito entre os diversos
departamentos, que trabalham em prol do projeto. É imprescindível, que os
desenhos contenham o máximo de informações possível, sendo que as mesmas são
os pontos de referência a se seguir. Se estes forem baseados em desenhos
inconsistentes, os conflitos surgirão durante a execução da obra. Para cada
modificação a se realizar, é aberto um procedimento para determinar a causa,
custos, implicações ao tempo e se de fato o problema será resolvido. Durante o
trabalho será discutido como a implantação do sistema BIM pode cooperar para que
os típicos problemas apresentados sejam completamente minimizados.

Palavras-chave: BIM; Building Information Modeling; Compatibilização de Projetos;


Construção Civil; Custos da Construção; Gestão de Construção; Planejamento de
Obras.
FALCIROLLI, Paulo. Building Information Modeling. 2018. 33 f. Trabalho de
Conclusão de Curso em Engenharia Civil – Anhanguera, Guarulhos, 2018.

ABSTRACT

In 2018, the process of executing a building is divided into several forms of


presentation, usually on paper. Several sheets are needed to store all the information
related to the enterprise and so that it can be executed. In this process, mistakes
often occur, resulting in increased cost, delays, and also friction between the various
departments working for the project. It is imperative that the drawings contain as
much information as possible and that they are the reference points to follow. If these
are based on inconsistent drawings, conflicts will arise during the execution of the
work.
For each change to be made, a procedure is opened to determine the cause, costs,
implications for time, and whether the problem will actually be solved. During the
work will be discussed how the implementation of the BIM system can cooperate so
that the typical problems presented are completely minimized.

Key-words: BIM; Building Information Modeling; Construction; Construction Costs;


Construction Management; Project Compatibility; Works Planning.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Representação do conceito BIM..............................................................17


Figura 2 – Representação dos Níveis de Desenvolvimento.....................................19
Figura 3 – Representação conceitual de uma família do objeto parede..................22
Figura 4 – Formatos de compartilhamento de informações em aplicações na AEC .
....................................................................................................................................27
Figura 5 – Arquitetura do IFC (Industry Foundation Classes)..................................29
Figura 6 – Fluxograma de interação entre projetistas e fabricantes.........................31
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - LOD – Níveis de desenvolvimento de geometria dos elementos.........18


Quadro 2 - Desenvolvedores e ferramentas que utilizam o conceito
BIM.................23
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


AEC Arquitetura, Engenharia e Construção
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IBICT Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
NBR Norma Brasileira
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................13
2. CONCEITUAÇÃO BIM........................................................................................15
3. PLATAFORMA E FERRAMENTAS....................................................................20
4. INTEROPERABILIDADE E APLICAÇÃO NA ENGENHARIA...........................25
4.1. DIFERENTES TIPOS DE FORMATO DE COMPARTILHAMENTO...................26
4.2. IFC.......................................................................................................................28
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................32
3. REFERÊNCIAS...................................................................................................33
13
1. INTRODUÇÃO

Este trabalho tem por objetivo apresentar e analisar o conceito BIM (Building
Information Modeling), levando em consideração os principais problemas atuais da
construção civil e o que essa tecnologia pode fazer para ajudar, além disso, apontar
o seu nível de desenvolvimento e as vantagens do conceito, ainda que atualmente, a
construção civil, tem como boa parte do seu processo executado artesanalmente.
Em processos industriais, a automação é implantada de uma forma mais
simples e os projetos são relativamente menores, diferente de um projeto civil, onde,
por exemplo, para a execução de uma edificação são necessários diversos projetos
de diferentes segmentos, como arquitetônico, instalações, estrutural, entre outros.
Diversas folhas são necessárias para armazenar todas as informações referentes ao
empreendimento e para que assim, o mesmo possa ser executado. Neste processo,
erros frequentemente acontecem, resultando no aumento do custo, atrasos e
também atrito entre os diversos departamentos, que trabalham em prol do projeto.
É imprescindível, que os desenhos contenham o máximo de informações
possível, sendo que as mesmas são os pontos de referência a se seguir. Se estes
forem baseados em desenhos inconsistentes, os conflitos surgirão durante a
execução e para cada modificação a se realizar, é aberto um procedimento para
determinar a causa, custos, implicações ao tempo e se de fato o problema será
resolvido.
O objetivo do trabalho foi apresentar o conceito da metodologia BIM,
perspectivas, projeção e transição do modelo convencional até sua implantação.
Com isso o trabalho buscou como objetivos específicos, a sua aplicação no Brasil e
no mundo, principais softwares e a interoperabilidade entre os mesmos.
O método de pesquisa utilizado foi uma revisão de literatura, apoiando-se em
técnicas de coleta de dados, em livros, dissertações e em artigos científicos
selecionados nas seguintes bases de dados, “BIM Handbook - A Guide to Building
Information Modeling”, ”Como elaborar projetos de pesquisa”, “Pesquisa em
Arquitetura e Construção”, “Interoperability in practice: geometric data exchange
using the IFC standard”. O período dos artigos pesquisados serão os trabalhos
publicados nos últimos 50 anos. As palavras-chave utilizadas na busca serão:
“Conceito BIM”, “Interoperabilidade”, “IFC - Industry Foundation Classes”.
14
Segundo GIL (2002, p.41) as pesquisas explorativas tem como objetivo,
apresentar o problema ao leitor de forma que o mesmo consiga captar as
informações. Ainda segundo o autor citado, (GIL. 2002, p.46) a pesquisa documental
segue a linha de raciocínio da pesquisa bibliográfica, o diferencial da mesma é que
se resume pela diversidade de autores, documentos ricos em informações. O custo
da pesquisa documental é uma outra vantagem, exige apenas a disponibilidade,
tempo e capacidade do pesquisador.
15
2. CONCEITUAÇÃO BIM

Este primeiro capitulo teve como objetivo, apresentar como surgiu os


principais conceitos do BIM (Modelagem da Informação da Construção), os
desafios atuais da construção e o ciclo de vida das construções, quais as
vantagens do uso dessa tecnologia e o seu nível de desenvolvimento.
Traduzido para o português e normatizado pela ABNT (Associação Brasileira
de Normas Técnicas) como Modelagem da Informação da Construção, tem como
um dos pioneiros no assunto o engenheiro e professor da Universidade da Geórgia
nos Estados Unidos, Charles Eastman, o qual define BIM como:
Um processo. O processo é revolucionário que possibilita a oportunidade
para migrar de práticas centradas somente na habilidade humana, para uma maior
habilidade centrada no computador e tudo o que isso pode implicar. É o
desenvolvimento e uso de um modelo de dados computadorizados multifacetado,
não só para documentar o projeto do edifício, mas para simular a sua construção,
operação e reforma. O resultante de um conjunto rico de dados, baseados em
objetos inteligentes, representação digital e paramétrica do edifício com ponto de
vista apropriado para gerar informações em vários perfis de usuários. Esses dados
podem ser extraídos analisados e podem gerar retroalimentação e melhorias para a
gestão e o projeto de novos edifícios. (EASTMAN, 1975)
BIM é a criação do edifício virtual antes que este seja construído. Um modelo
tridimensional paramétrico é criado, contendo informações associadas aos objetos.
O modelo 3D, permite a extração de informações importantes para o planejamento,
tais como, áreas e volumes, com isso, é possível realizar o estudo de viabilidade da
edificação, estimando até o posicionamento do edifício em relação a insolação e
visualizar seus efeitos em relação a outras edificações. (AYRES E SCHEER, 2007).
O desenvolvimento do projeto é iniciado com o auxílio de ferramentas que
permitem a modelagem de todas as disciplinas em 3D, com informações
associadas aos elementos construtivos, sendo possível submeter os projetos á
análises e simulações.
16

Com a definição do projeto é gerada a documentação, contendo informações


precisas, uma vez que os desenhos em 2D, são produtos do modelo 3D. (AZAR
HEIN E SKETO, 2008.)
Na fase de execução da construção, o responsável pode vincular o seu
arquivo de planejamento e os custos podem ser extraídos da base de dados do
projeto modelo, caracterizando os processos como 4D e 5D, respectivamente. O
projeto modelo auxilia também no quesito logístico, organizando o espaço no
canteiro de obras, posicionado corretamente pode avaliar, por exemplo, o momento
e local ideal para instalação de determinado equipamento ou armazenamento de
material. Pelo fato de muitos materiais serem pré-fabricados, é essencial o insumo
estar na obra, no momento ideal, evitando ocupação de espaços e sem influenciar
na execução quando houver sua necessidade. (AZAR HEIN E SKETO, 2008)
Após a construção e entrega, o empreendimento deverá ser mantido e
gerenciado por um responsável. O modelo “as built" auxilia na operação das
informações para manutenção e gerenciamento, caracterizando o processo de 6D.
Visando ainda além, nem só de manutenções vive uma edificação, futuramente a
mesma poderá ser reformada ou até mesmo demolida. As informações do modelo
são de extrema importância para que o BIM funcione. É necessário que exista
comunicação, integração entre processos, colaboração dos participantes que o
gerenciam e como item condicionante, a interoperabilidade para manter a troca de
informações entre as ferramentas. Dentre os maiores benefícios do BIM são
destaques, o compartilhamento de informações de forma instantânea, a concepção
física e funcional do produto, simulações, controle de custos e evolução de obra
ambos integrados em um local. (AZAR HEIN E SKETO, 2008)
17

Figura 1 – Representação do conceito BIM.

Fonte: Ignis Engenharia (2017).

A evolução dos projetos e construções impôs a procura por alternativas como


a plataforma BIM. As edificações em geral estão complexas, impondo a necessidade
de inovar em um mercado competitivo, em que o processo deve ser realizado em
prazo reduzido e com qualidade final. A arquitetura em relação ao século passado
está complexa, devido a vários fatores, inclusive a tecnologia utilizada pelos
usuários dos edifícios. Uma sala que necessitava somente de uma luminária, poucas
tomadas e interruptores, passou a requerer instalações mais complexas como,
cabos de rede, aquecimento, ar-condicionado, automação residencial e corporativa
entre outras.
O processo BIM, tem como missão garantir consistência, maior precisão,
redução de custos, parametria e informação, otimizando o processo de construção.
Com a implantação do BIM, desafios podem ser esperados, mudanças significativas
são causadas em todos os envolvidos no projeto. O intercâmbio entre os arquitetos
e engenheiros, deve ocorrer o quanto antes. Se o arquiteto utiliza métodos
tradicionais, desenhos baseados em papel, será necessário que o construtor elabore
o projeto modelo, o que demandará tempo, aumento de custos ou ainda, se os
integrantes de uma equipe utilizam diferentes ferramentas de modelagem, pode
potencializar as incompatibilizações de projetos. A mudança mais significativa que
as empresas enfrentam ao implementarem a tecnologia, é o uso de um modelo
18
compartilhado como base para todo processo. É uma transformação que exige uma
reeducação e consequentemente, tempo para que mudanças significativas possam
ocorrer no processo.
Em 2008, o AIA (American Institute of Architects) desenvolveu o primeiro
conjunto de definições de nível de desenvolvimento no documento AIA-E-202, com o
objetivo de ajudar equipes, incluindo proprietários a especificar entregas e ter uma
ideia clara do que deve ser um projeto em BIM, ajudar gerentes de projetos a
explicar ás suas equipes informações e detalhes que devem ser entregues em cada
etapa do projeto, criando um padrão para ser referência em contratos e planos de
execução BIM. O nível de desenvolvimento é o grau ao qual a geometria dos
elementos e das informações associadas foram pensadas, o grau ao qual a equipe
de projeto pode confiar na informação ao utilizar o modelo. O Instituto Americano de
Arquitetos criou níveis de desenvolvimento (Level of Development – LOD) de acordo
com o modelo em função dos seus objetivos, sendo eles:

Quadro 1: LOD – Níveis de desenvolvimento de geometria dos elementos


ITEM DESCRIÇÃO
LOD 100 Modelo para estudo de massa – Projeto Conceitual
LOD 200 Modelo Esquemático – Ante Projeto
LOD 300 Modelo com montagens precisas – Projeto Executivo
LOD 350 Modelo com montagens precisas e se conecta com outros
modelos construtivos
LOD 400 Modelo para construção com informações precisas
LOD 500 Modelo para manutenção – Equivalente ao As Built
Fonte: Adaptado de BIM HANDBOOK (2008).
19
O LOD tem a finalidade de criar um padrão de referência em contratos e
planos de execução BIM, não estando vinculado as fases de projetos, sendo uma
referência ao grau de confiabilidade do modelo.

Figura 2 – Representação dos Níveis de Desenvolvimento.

Fonte: Bim Experts, 2015.

Não existe relação direta entre o LOD com as fases de um projeto. Os


diferentes elementos e sistemas presentes em uma certa edificação são
desenvolvidos em diversos momentos e não seguem uma progressão linear de
fluxo. Diferentes elementos do sistema podem corresponder a um nível de
desenvolvimento inferior ao de outros. Um projeto pode ter as representações dos
sistemas hidráulicos por linha, em quanto, as paredes podem contém um nível de
detalhes relativamente maior.
20
3. PLATAFORMA E FERRAMENTAS

De acordo com Laiserin (2002), citado por Monteiro (2011), a modelagem


paramétrica baseada em objetos foi desenvolvida por volta dos anos de 1980. Sem
representar objetos com geometrias e propriedades fixas, representa objetos por
parâmetros e condições que determinam a sua geometria. Os parâmetros e
condições permitem com que os objetos se atualizem conforme as mudanças do
usuário ou alterações dentro do seu contexto. No conceito BIM, há um conjunto de
famílias de objetos de construção para os usuários, que podem ser alteradas
conforme o mesmo necessitar. Uma família ou conjunto de objetos permite a
criação de um número qualquer de instancias de objetos, com formas que
dependem dos parâmetros e relacionamento com os outros. Os atributos dos
objetos se fazem necessários para que analises possam ser realizadas pela
interface, estimando custos, entre outras aplicações, que a princípios devem ser
definidos pela empresa ou usuário.
Os ferramentais BIM possuem diferenças entre si: na qualidade de objetos
como base predefinidos; na facilidade com que os usuários têm em manusear a
ferramentas e métodos para atualizar e modificar objetos; na capacidade de
manipulação de um número grande de objetos. (EASTMAN, et al, 1999)
Grande parte das ferramentas BIM envolvendo projetos de arquitetura,
permitem que exista a modelagem em 3D utilizando objetos desenhados em 2D,
assim, pode-se determinar o nível de detalhes, obtendo desenhos mais completos.
Por outro lado, as ferramentas BIM, em nível de projeção ou desenvolvimento,
representam cada objeto completamente em 3D, consequentemente, o nível da
modelagem 3D, sofre alterações entre as diferentes praticas BIM. (LAISERIN,
2007).
No final dos anos 60, habilidades em representar conjuntos de formas
poliédricas, definidas por um conjunto de faces que delimita um volume, foi
desenvolvido. Filmes e desenvolvimento de jogos colaboraram com o aumento nas
pesquisas dos potenciais usos da modelagem de geométrica 3D. Três grupos
colaboraram individualmente para o desenvolvimento da criação e edição de
formas 3D, sendo eles, Ian Braid, da Universidade de Cambridge; Ari Requicha e
Herb Voelcker, na Universidade de Rochester; e Bruce Baugart, em Stanford.
(EASTMAN, et al, 1999).
21
A modelagem de edifícios com base em sólidos 3D, passou a ser
desenvolvida em meados dos anos 70, porém, o potencial tecnológico na época,
não permitia que a funcionalidade dos sistemas CAD de modelagem, fossem
totalmente exercidas. Aspectos como produção, exportação de desenhos e
relatórios, não eram bem desenvolvidos. Os projetistas optavam em projetar em
2D, pelo fato de conceitualmente, os objetos 3D, ainda não serem comuns.
(EASTMAN, et al, 2011)
Os custos por licença, passavam dos US$35000,00, valor exorbitante em
relação a época. Mesmo com o alto custo, setores como manufatura e
aeroespaciais, apostaram nos benefícios que os mesmos poderiam trazer. Grande
parte do setor da construção não optou pelo mesmo caminho, em contrapartida,
foram adotados, sistemas como o AutoCAD e o Microstation, que eram compatíveis
com projetos tradicionais em 2D. (EASTMAN, et al, 2011)
A geração atual de ferramentas BIM de projetos de arquitetura, como,
Autodesk Revit Architecture e Structure, Bentley Architecture e ferramentas de
projetos de fabricação, como Strutuctureworks e Tekla Strutuctures, foram
desenvolvidos em base da modelagem paramétrica de objetos para sistemas
mecânicos. O conceito é que as instâncias de formas possam ser controladas
conforme a hierarquia de parâmetros de acordo com o conjunto e subconjunto,
podendo os valores serem definidos pelo usuário ou automaticamente. (EASTMAN,
et al. 2011)
No CAD 3D tradicional, todas as características geométricas de um elemento
devem ser inseridas manualmente pelos usuários, diferenciando de um modelador
paramétrico, onde as características se ajustam automaticamente às modificações,
conforme o contexto. (EASTMAN, et al, 2011)
Uma forma para compreender como a modelagem paramétrica trabalha, é
utilizando uma família de paredes, analisando sua estrutura, atributos de forma e
relações entre si. O nome família é utilizado pelo fato de ser capaz de gerar
inúmeras instancias de mesma característica em diferentes localizações e
parâmetros variados. Uma família pode se concentrar em paredes retas e verticais.
O formato de parede, tem o volume determinado por múltiplas faces conectadas.
Na maioria dos casos, a espessura é definida pelos dois extremos, partindo da sua
linha de controle relacionada na sua espessura nominal ou método construtivo. A
elevação da parede é definida por um ou mais planos de base no piso, a face
22
superior é considerada altura explicita ou ser definida por um conjunto de planos
próximos (EASTMAN, et al. 2011).

Figura 3 – Representação conceitual de uma família do objeto parede.

Fonte: Bim Handbook (2008).

Ainda segundo Eastman (2011, p.30) uma gama de condições deve ser
considerada para uma definição de uma parede paramétrica ser bem-elaborada.
Sendo estes os seguintes aspectos:

 É necessário locar corretamente as esquadrias em geral, verificando se


as mesmas se adequam corretamente dentro da parede e não se
sobrepõem ou ultrapassam os limites da mesma.
 A fim de permitir à parede formas variadas, uma linha de controle pode
ser reta ou curva.
 Os segmentos das paredes podem ser modificados, se as mesmas
possuírem mais de um método construtivo.
 As paredes podem ter formas mais complexas se as mesmas
interceptarem parte do piso, teto ou paredes perimetrais.

Quando o objeto se trata de um edifício, dentro da plataforma BIM, uma


23
configuração de modelo de construção é gerada pelo usuário como uma estrutura
paramétrica com dimensões controladas, usando grades, níveis de pavimentos e
diversos planos de referências globais. A quantidade de informações, mesmo a
construção sendo de porte médio, em níveis de detalhamento, problemas de
desempenho podem ser causados se o computador pessoal não for bem
aparelhado.
Diferente das ferramentas utilizadas nas industrias, uma funcionalidade das
ferramentas de projetos BIM é a necessidade de representar com precisão o
espaço fechado por elementos da construção, como, forma, o volume, as
superfícies. O que os sistemas CAD tradicionais não conseguem oferecer.
Cada ferramenta BIM de projeto, possui suas características próprias
herdados da organização corporativa, família de produtos.

Quadro 2 - Desenvolvedores e ferramentas que utilizam o conceito BIM


Desenvolvedor Software Descrição
A família Revit é constituída pelos
softwares Revit Architecture, Revit
Strutucture e Revit MEP, sendo eles
respectivamente, reponsaveis pelo
AutoDesk Revit desenvolvimento arquitetônico, estrutural
e instalações em geral (elétricas e
hidráulicas). Tem como ponto forte a fácil
adaptação do usuário perante a sua
funcionalidade e organização da
interface.
A Bentley Systems oferece uma
ampla linha de softwares, relacionados a
engenharia, arquitetura e contrução.
Tem com ferramenta BIM o Bentley
Bentley Systems Bentley Architecture, estando integrados ao
mesmo, o Bentley Strutctural,
Mechanical e Eletrical Systems. Possui
níveis de suporte para desenvolvimento
de objetos paramétricos.
Continuação – Desenvolvedores e ferramentas que utilizam o conceito BIM.
24
A primeira ferramenta BIM de
projeto arquitetônico, com início de
comercialização em 1980, suporta uma
gama de interfaces diretas e possui
Ar amplas bibliotecas de objetos para os
Graphisoft chiCAD usuários, tem como ponto forte a
interface intuitiva e simples de usar,
amplo número de aplicações de suporte
a construção e gerenciamento,
entretanto, possui certas limitações na
capacidade de modelagem paramétrica.
É uma ferramenta adaptada para o
uso na arquitetura e construção, capaz
de modelar qualquer superfície. Suporta
Digit a elaboração de projetos paramétricos
Gehry al personalizados, tem como ponto forte a
Technologies Project modelagem direta de grandes e
complexas superfícies, entretanto,
possui uma interface complexa e um alto
custo inicial.
Possui múltiplas divisões:
Edificações e Construção, Infraestrutura
e Energia. Devido a alta demanda de
fabricantes de concreto pré-moldado na
T América do Norte e Europa, as
Tekla Corp. ekla funcionalidades foram ampliadas, para
Strutuctures auxiliar no detalhamento da fabricação
de estruturas e fachadas de concreto
pré-moldado. Tem como ponto forte a
versatilidade em modelar estruturas que
incorporam os materiais estruturais e a
no suporte a modelos complexos.
Fonte: Manual de BIM (2013, p.57-61)
25
4. INTEROPERABILIDADE E APLICAÇÃO NA ENGENHARIA

Segundo Eastman (1999), a interoperabilidade consiste na possibilidade de


compartilhar dados entre softwares, permitindo que diversos profissionais e
aplicações possam cooperar para a realização de um trabalho. A interoperabilidade
representa o intercâmbio entre formatos de arquivos, de diversas softwares.
Há diversos modelos de dados de produtos de construção, dentre eles os
mais relevantes são o Industry Foundation Classes (IFC) e o CIMstell Integration
Standard Version 2 (CIS/2). Um voltado para planejamento, projeto, construção e
gerenciamento de edificações e o outro destinado à engenharia e fabricação de aço
estrutural, respectivamente. Ambos representam geometria, relações, processos e
materiais, desempenho e fabricação e outras propriedades necessárias para o
projeto e a produção, usando a linguagem Express que podem ser estendidos, com
base nas necessidades dos usuários. A linguagem Express suporta aplicações com
diversos atributos e geometrias, podendo exportar ou importar informações
diferentes referentes ao mesmo objeto. Em busca de uma padronização dos dados
requeridos para intercâmbios de informação de campos específicos. A
interoperabilidade impõe uma nova forma de modelagem, na mesma via, demanda
tempo das empresas, no aprendizado de seu gerenciamento.
Segundo Tobin (2008), citado por Andrade (2009, p. 92), o desenvolvimento
de um projeto e a execução construtiva de uma edificação são atividades que
requerem um grupo de pessoas, sendo as mesmas, especialistas em atividades
diferentes e com características particulares. Cada tipo de especialidade é suportado
e melhorado por suas próprias aplicações computacionais. Além da capacidade de
suportar leiaute de geometria de material, há analises estruturais e de energia,
estimativa de custos e planejamento da construção, questões de fabricação de cada
subsistema. A interoperabilidade elimina a reentrada de dados que foram gerados
ou inseridos anteriormente, otimizando o processo.
A necessidade de importar e exportar dados entre diferentes tipos de
aplicações, foi visível no início do CAD 2D, em meados de 1970. A aplicação CAD
para AEC utilizada neste período era o Intergraph. Um grupo de empresas se uniu
para desenvolver um software que traduzisse arquivos de projeto do Intergraph para
outros sistemas, especialmente para projeto de plantas industriais, para compartilhar
26
dados entre o software de projeto de tubulações e as aplicações de lista de materiais
e análise.
Posteriormente, a NASA questionou o alto custo com tradutores entre todos
os seus desenvolvedores de CAD. Em nome da agencia, Robert Fulton, acionou
todas as companhias de software de CAD e ordenou que entrassem em consenso
referente ao formato de domínio público para compatibilização de informações.
Duas empresas financiadas pela NASA, Boeing e General Electric, ofereceram-se
para adaptar alguns esforços iniciais que elas estavam realizando separadamente.
O padrão de compatibilização resultante foi nomeado de IGES (Initial Graphis
Exchange Specification). Usando o IGES cada companhia de software necessita
desenvolver dois tradutores, para exportar de e importar para suas aplicações, em
vez de desenvolver um tradutor para cada um dos pares de compatibilização. O
IGES foi o pioneiro e ainda é usado pelo setor de engenharia e projetos
(EASTMAN, et. al. 2011).
O desenvolvimento de ferramentas BIM de projeto foi incentivado pelo
desenvolvimento já em processo de projeto parametrico com base em objetos
usado em muitas atividades de suporte a construção. Grande parte da fabricação
de sistemas de construção está migrando para a modelagem parametrica e a
fabricação auxiliada por computador. O vazio estava na parte inicial, envolvendo o
projeto da edificação em si (EASTMAN, et al. 2011). Ademais, há um acervo de
aplicativos com ênfase em análise de estruturas, uso de energia, iluminação,
acústica, ventilação, etc, com potencial para fornecer informações para o projeto.
As ferramentas BIM de projeto foram desenvolvidas em uma indústria em que
essas diversas aplicações já existem, a necessidade de fazer a interface ou
interagir mais intimamente com essas ferramentas é um requisito básico.

4.1. DIFERENTES TIPOS DE FORMATO DE COMPARTILHAMENTO

O compartilhamento de dados entre duas ou mais aplicações são geralmente


realizados em um dos quatro procedimentos abaixo:

1. Ligações diretas e proprietárias entre ferramentas BIM especificas;


2. Formatos de arquivos de compartilhamento proprietários, em destaque
arquivo referenciados à geometria.
27
3. Formatos públicos de compartilhamento de modelos de dados de
produtos.
4. Formatos de compartilhamento baseados em XML.

Figura 4 – Formatos de compartilhamento de informações em aplicações na


Arquitetura, Engenharia e Construção.

Fonte: Manual de BIM (2013, p.69).

Formatos 3D baseados em objetos são especialmente importantes para o uso


do BIM e foram agrupados de acordo com seu campo de aplicação. Os métodos de
interoperabilidade devem se adaptar á varias versões. Se uma aplicação for
28
atualizada com novas capacidades e as versões do padrão não forem gerenciadas
corretamente, falhas no mecanismo de intercâmbio podem ser causadas.

4.2 IFC

O Industry Foundation Classes (IFC) têm o propósito de desenvolver um


grupo de representações de dados consistente de informações da construção para o
compartilhamento entre aplicações de software de AEC. Foi desenvolvido
inicialmente com a pretensão de fornecer definições gerais amplas dos objetos e
dados a partir das quais modelos mais detalhados e para tarefas específicas,
suportando intercâmbio de fluxos de dados, particulares, poderiam ser definidos. O
IFC foi projetado para tratar todas as informações da construção, sobre todo o seu
ciclo de vida, da viabilidade e planejamento, por meio do projeto, construção, até a
ocupação (Khemilani, 2007).
As Ferramentas BIM possuem características particulares de estrutura de
dados para representação de uma construção e outras informações de projeto. As
mesmas usam internamente diferentes meios de representações geométricas.
Consequentemente, duas ferramentas de modelagem de construção podem ter
tradutores IFC perfeitos para exportar e importar dados, porém frágeis ao
compartilhar poucos dados úteis. O compartilhamento de modelos IFC é exposto a
testes iniciais, afim de determinar qual informação está sendo transportada para
aplicações do compartilhamento. O IFC é o único modelo de dados público
existente, bem desenvolvido para construções e arquitetura. A tendência é que o
mesmo seja atualizado a cada dois anos. (KIVINIEMI, et al., 2008)
Segundo Eastman (2011), o modelo de um edifício é um projeto detalhado
que expressa a intenção do projetista e do cliente ou, um modelo parcialmente
detalhado a ser melhorado para o uso em todos os aspectos da construção,
planejamento e fabricação. Quase todas as ferramentas existentes para a geração
de modelos da informação da construção dão suporte à combinação de
representação totalmente 3D de componentes com o auxílio de seções
representativas em 2D.
29
Figura 5 – Arquitetura do IFC (Industry Foundation Classes)

Fonte: Manual de BIM (2013, p.75)

Entre os maiores benefícios à produtividade associada ao BIM está na área


de projetos de instalações de ar-condicionado, instalações elétricas e hidráulicas.
Nos métodos tradicionais, um leiaute detalhado é passado para os fabricantes, para
que os mesmos confeccionem suas partes e instalem os mesmos. Sendo este um
processo que requer um tempo maior, propenso a um índice alto de erros
(EASTMAN et. al, 2011).
As ferramentas que utilizam BIM, geram fielmente a edificação de forma
virtual, permitindo uma análise clinica antes da fabricação e montagem de sistemas
integrados. Dentre os benefícios, estão a redução de trabalhadores em campo e
espaço para armazenamento, minimização de retrabalho, consequentemente,
tempo e custos também são reduzidos.
Métodos construtivos e sistemas diferentes, requerem tipos de
30
especialização para detalhamento e leiaute. Paredes de cisalhamento, concreto
pré-fabricado e aço estrutural, instalações mecânicas, hidráulicas e elétricas, como
exemplo. Especialista em cada matéria, na maioria das situações, pertencem a
empresas diferentes e distintas umas das outras. A elaboração de um leiaute
tridimensional durante a fase de projetos, é um auxílio plausível, para os
envolvidos. Na prática, cada sistema predial, pode ser organizado separadamente,
compartilhando a geometria tridimensional como referência, permitindo uma melhor
organização e gerenciamento do processo (EASTMAN, et. al. 2011).
A geração de um único modelo garante consistência e automatiza os
aspectos da produção. É gerado um modelo único, para visualização de todas as
plantas, seções transversais, elevações, desenhos estruturais, instalações
mecânicas, hidráulicas e elétricas. Os envolvidos no projeto precisam seguir regras
para a modelagem paramétrica, além de atenção durante a integração destes,
permitindo a realização eficiente da construção.
O desenvolvimento do BIM, trouxe consigo a capacidade de gerar e exportar
relatórios, sendo uma opção para melhorar a produtividade de projeto e sua
construção.
De acordo com Johnston (2006), a histórica separação entre o projeto e a
construção não existia durante a era medieval e apareceu apenas na Renascença.
A separação foi minimizada por meio do desenvolvimento de relacionamentos
próximos de trabalho entre os trabalhadores da construção. Recentemente, a
comunicação entre a mão de obra braçal e o setor administrativo, gradativamente
diminuiu.
De acordo com Laiserin (2007), uma edificação requer além de um projeto
bem elaborado, um processo de construção ciente das implicações técnicas e
comunicação entres todos os envolvidos:

 Identificação antecipada de itens que demandam maior tempo até o


fornecimento.
 Estimativa de custos e planejamento da obra, à medida que a mesma está
em processo construtivo.
 Práticas de fabricação bem elaboradas, reduzindo o ciclo da construção
como um todo.
 Facilidade na identificação da interação entre sequências de construção e
31
detalhes do projeto, resolução de problemas construtivos antecipadamente.

Figura 6 – Fluxograma de interação entre projetistas e fabricantes.

Fonte: Manual de BIM (2013, p.188)

Segundo Haagenrud (2007), citado por Andrade (2009, p. 81) uma interação
entre os projetistas e fabricantes permitem que sistemas entre os produtos sejam
selecionados facilmente, de forma que o leiaute pode ser desenvolvimento de
forma consistente, sem a necessidade de revisões. Com a modelagem dos objetos
em 3D, a redução de revisões é imensa, utilizando o sistema de intercâmbio de
dados.
32
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O desenvolvimento do presente estudo permitiu apresentar os conceitos do


BIM (Building Modeling Information), que estão revolucionando o modo atual da
construção civil, os quais que possuem como princípio definir elementos de forma
interativa, derivando seções, planos isométricos ou perspectivas de uma descrição
de elementos. Projetos passaram a utilizar sistemas computacionais conhecidos
atualmente como CAD (Computer Aided Design), otimizando o processo de
gerenciamento da construção, durante todo o seu ciclo,tendo os maiores benefícios
relacionados à produtividade.
As ferramentas que utilizam BIM, geram um modelo virtual da edificação,
permitindo uma análise clinica antes da fabricação e montagem de sistemas
integrados. Cooperando com a redução de trabalhadores em campo e o
gerenciamento do espaço de armazenamento de materiais no canteiro,
minimização de retrabalho, tendo como consequência a redução de custos
desnecessários e o cumprimento fiel do cronograma de execução.
O compartilhamento de informações de forma instantânea, por meio do
formato de dados IFC, o qual foi projetado para compactuar de todas as
informações da construção, partindo do seu ciclo de vida, da viabilidade e
planejamento, por meio do projeto, construção e pós construção. A utilização deste
formato também permite o maior intercâmbio de informações entres os envolvidos
no projeto e fabricantes, reduzindo drasticamente o índice de revisões de projeto.
33
REFERÊNCIAS

ANDRADE, Max Lira; RUSCHEL, Regina Coeli. Interoperabilidade de aplicativos


BIM usados em arquitetura por meio do formato IFC. Revistas USP, São Paulo,
Nov. 2009. Disponível em:
<https://www.revistas.usp.br/gestaodeprojetos/article/viewFile/50960/55046>.
Acesso em: 2 set. 2018.

EASTMAN, Chuck et al. - BIM Handbook - A Guide to Building Information


Modeling. Segunda Edição. New Jersey, John Wiley & Sons, Inc, 2011.

EASTMAN, Chuck, 1999, Building Product Models: Computer Enviornments,


Supporting Design and Construction, CRC

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa/Antônio Carlos Gil. 1946 -
4. ed. - São Paulo : Atlas, 2002

KHEMLANI, L. Top criteria for BIM solutions: AECbytes Survey Results. AECbytes,
10 out. 2007. Disponível em:<https://books.google.com.br/books?
isbn=1605669296>. Acesso em: 20 out. 2018.

KIVINIEMI, A.; TARANDI, V.; KARLSHØJ, J.; BELL, H.; KARUD, O. Review of the
Development and Implementation of IFC Compatible BIM. ERABUILD FUNDING
ORGANIZATIONS, 2008. Disponível em:< http://www.ebst.dk/file/9498/
ReviewoftheDevelopmentandImplementationofIFCcompatibleBIM.pdf> Acesso em:
21 out. 2018.

LAISERIN, J. To BIMfinity and Beyond! Cadalyst, Novembro, Volume 24, 2007.

MARCEL, Raoni. Introdução histórico e softwares bim. 2017. Disponível em:


http://ignisengenharia.com.br/index.php/it/pages/item/43-a-importancia-do-bim-na-
industria-da-construção-civil. Acesso em 10 de Setembro de 2018.

MONTEIRO, André. Building Information Modelling: Teoria e Aplicação. 2011.


10f. Dissertação – International Conference on Engineering – Universidade de Beira
Interior, Covilhã, Portugal, 2011.

OLIVEIRA, Alisson. Bim e os níveis de desenvolvimento. 2015. Disponível em:


<<http://bimexperts.com.br/bim-e-os-niveis-de-desenvolvimento/>. Acesso em 21 de
Setembro de 2018.

Você também pode gostar