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e-book gratuito (Provas Aplicadas em 2019) Exame de Suficiência CFC

eBook (Direção Concursos)


Exame de Suficiência CFC
Provas Aplicadas em 2019

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Apresentação
Olá pessoal, tudo bem?

Gostaria de falar com você, que está se preparando para a prova do Exame de
Suficiência do Conselho Federal de Contabilidade.

Mas antes disso permita-me uma breve apresentação!

Me chamo Igor Cintra e atualmente ocupo o cargo de Agente Fiscal de Rendas da


Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (ICMS/SP), onde exerço a Fiscalização
Direta de Tributos. Possuo vasta experiência em concursos públicos, tendo ocupado o
cargo de Auditor Fiscal do Município de São Paulo (ISS/SP) e Analista Tributário da
Receita Federal do Brasil (ATRFB).

Aqui no Direção Concursos sou responsável pelas disciplinas de Contabilidade Geral e Contabilidade Avançada,
além de ser o coordenador dos cursos voltados para a Área Fiscal e para o Exame de Suficiência do CFC.

Para auxiliar sua caminhada rumo à aprovação nós, do Direção Concursos, preparamos um material gratuito
e exclusivo, com a análise de todas as questões aplicadas nas duas provas do Exame CFC em 2019.
Essa é uma excelente oportunidade, portanto, de verificar qual é seu nível de conhecimento e se ele é suficiente
para alcançar a tão sonhada aprovação!

Caso você tenha alguma dúvida sinta-se à vontade para me enviar uma mensagem, inclusive pelas minhas redes
sociais, ok?

Vamos, portanto, à análise das 100 questões aplicadas nos Exames de Suficiência do Conselho Federal de
Contabilidade ao longo de 2019.

Grande abraço e bons estudos!


Prof. Igor Cintra

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Exame de Suficiência 2019.1


1. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.1)
Com base na NBC TG 01 (R4) – Redução ao valor recuperável de ativos, analise as afirmativas a seguir.
I. A perda por desvalorização do ativo deve ser reconhecida imediatamente na demonstração do resultado, a
menos que o ativo tenha sido reavaliado. Qualquer desvalorização de ativo reavaliado deve ser tratada como
diminuição do saldo da reavaliação.

II. As perdas por desvalorização reconhecidas para o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill)
devem ser revertidas em períodos subsequentes.

III. A entidade deve avaliar ao fim de cada período de reporte, se há alguma indicação de que um ativo possa
ter sofrido desvalorização. Se houver alguma indicação, a entidade deve estimar o valor recuperável do ativo.

Estão corretas as afirmativas

a) I, II e III.
b) I e II, apenas.

c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.

RESOLUÇÃO:
Vamos analisar as afirmativas apresentadas.

I. Correta. Se, e somente se, o valor recuperável de um ativo for inferior ao seu valor contábil, o valor contábil do
ativo deve ser reduzido ao seu valor recuperável. Essa redução representa uma perda por desvalorização do ativo.
A perda por desvalorização do ativo deve ser reconhecida imediatamente na demonstração do resultado, a menos
que o ativo tenha sido reavaliado (o que é proibido no Brasil, atualmente). No entanto, é bom ter consciência de
que qualquer desvalorização de ativo reavaliado deve ser tratada como diminuição do saldo da reavaliação.

II. Incorreta. A perda por desvalorização reconhecida para o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill)
não deve ser revertida em período subsequente.

O Pronunciamento Técnico CPC 04 – Ativo Intangível proíbe o reconhecimento de ágio por expectativa de
rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente. Qualquer aumento no valor recuperável do ágio pago por
expectativa de rentabilidade futura (goodwill) nos períodos subsequentes ao reconhecimento de perda por
desvalorização para esse ativo é equivalente ao reconhecimento de ágio por expectativa de rentabilidade
futura gerado internamente (goodwill gerado internamente) e não reversão de perda por desvalorização
reconhecida para o ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill).

III. Correta. Segundo o CPC 01, a entidade deve avaliar ao fim de cada período de reporte, se há alguma indicação
de que um ativo possa ter sofrido desvalorização. Se houver alguma indicação, a entidade deve estimar o valor
recuperável do ativo.

Independentemente de existir, ou não, qualquer indicação de redução ao valor recuperável, a entidade deve:

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(a) testar, no mínimo anualmente, a redução ao valor recuperável de um ativo intangível com vida útil
indefinida ou de um ativo intangível ainda não disponível para uso, comparando o seu valor contábil com
seu valor recuperável. Esse teste de redução ao valor recuperável pode ser executado a qualquer momento
no período de um ano, desde que seja executado, todo ano, no mesmo período. Ativos intangíveis diferentes
podem ter o valor recuperável testado em períodos diferentes. Entretanto, se tais ativos intangíveis foram
inicialmente reconhecidos durante o ano corrente, devem ter a redução ao valor recuperável testada antes
do fim do ano corrente; e

(b) testar, anualmente, o ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) em combinação de
negócios.

GABARITO: C

2. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.1)


De acordo com a NBC TG 22 (R2) – Informações por segmento, um segmento operacional é um componente
de entidade:

I. Para o qual haja informação financeira individualizada disponível.

II. Que desenvolve atividades de negócio das quais pode obter receitas e incorrer em despesas (incluindo
receitas e despesas relacionadas com transações com outros componentes da mesma entidade).

III. Cujos resultados operacionais são regularmente revistos pelo principal gestor das operações da entidade
para a tomada de decisões sobre recursos a serem alocados ao segmento e para a avaliação do seu
desempenho.

Completam corretamente as informações do enunciado o disposto em

a) I, II e III.
b) I e II, apenas.

c) I e III, apenas.

d) II e III, apenas.

RESOLUÇÃO:

Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 22 diz que:

5. Um segmento operacional é um componente de entidade:


(a) que desenvolve atividades de negócio das quais pode obter receitas e incorrer em despesas (incluindo
receitas e despesas relacionadas com transações com outros componentes da mesma entidade);
(b) cujos resultados operacionais são regularmente revistos pelo principal gestor das operações da entidade
para a tomada de decisões sobre recursos a serem alocados ao segmento e para a avaliação do seu
desempenho; e
(c) para o qual haja informação financeira individualizada disponível.

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Um segmento operacional pode desenvolver atividades de negócio cujas receitas ainda serão obtidas. Por
exemplo, as operações em início de atividade podem constituir segmentos operacionais antes da obtenção de
receitas.

Com isso, correta a alternativa A.

GABARITO: A

3. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.1)

A Companhia Siderúrgica “A”, ao encerrar o exercício social de 20X1, apresentou o valor de R$ 2.750.000,00
referente ao lucro atribuível aos titulares de suas ações ordinárias. Com o objetivo de mensurar o resultado
básico por ação no exercício social de 20X1, a Companhia Siderúrgica “A” levantou os seguintes dados sobre
suas ações ordinárias:
Data Descrição Ações Ações em Ações em
Emitidas Tesouraria Poder dos
Acionistas
Saldo no início do exercício de 20X1 10.000 1.000 9.000
01/04/20X1 Emissão de novas ações com recebimento em dinheiro 3.000 – 12.000
01/07/20X1 Emissão de novas ações com recebimento em dinheiro 5.000 – 17.000
Saldo no final do exercício de 20X1 18.000 1.000 17.000

Com base somente nas informações apresentadas e considerando a NBC TG 41 (R2) – Resultado por ação,
assinale a alternativa que evidencia o valor mais próximo do resultado básico por ação atribuível aos titulares
de ações ordinárias da Sociedade Empresária “A” no encerramento do exercício social de 20X1. Considere o
exercício social de 20X1 com 365 dias e que ações em tesouraria são instrumentos patrimoniais readquiridos
e mantidos pela própria entidade.

a) R$ 152,00
b) R$ 161,00
c) R$ 200,00

d) R$ 343,00

RESOLUÇÃO:

Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 41 – Resultado por Ação:

9. A companhia deve calcular o valor do resultado básico por ação para o lucro ou prejuízo atribuível aos
titulares de ações ordinárias (ou capital próprio ordinário) da companhia e, se apresentado, o lucro ou
prejuízo resultante das operações continuadas atribuível a esses titulares de ações ordinárias.
10. O resultado básico por ação deve ser calculado dividindo-se o lucro ou prejuízo atribuível aos titulares
de ações ordinárias da companhia (o numerador) pelo número médio ponderado de ações ordinárias
em poder dos acionistas (excluídas as mantidas em tesouraria) (o denominador) durante o período.

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11. O objetivo da informação relativa ao resultado básico por ação é proporcionar a mensuração da
participação de cada ação da companhia no desempenho da entidade durante o período.

Sendo assim, vamos realizar o cálculo no número médio ponderado de ações ordinárias durante o período:
(9.000 𝑎çõ𝑒𝑠 × 12 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠) + (3.000 𝑎çõ𝑒𝑠 × 9 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠) + (5.000 𝑎çõ𝑒𝑠 × 6 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠)
𝑀é𝑑𝑖𝑎 =
12 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠
𝑴é𝒅𝒊𝒂 = 𝟏𝟑. 𝟕𝟓𝟎 𝒂çõ𝒆𝒔
Com isso, vamos enfim calcular o valor do resultado básico por ação atribuível aos titulares de ações ordinárias;
𝐿𝐿𝐸 𝑅$ 2.750.000
𝑹𝒆𝒔𝒖𝒍𝒕𝒂𝒅𝒐 𝒑𝒐𝒓 𝑨çã𝒐 = = = 𝑹$ 𝟐𝟎𝟎
𝐴çõ𝑒𝑠 13.750 𝑎çõ𝑒𝑠
Com isso, correta a alternativa C.

GABARITO: C

4. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.1)


No que se refere à NBC TG 29 (R2) – Ativo biológico e produto agrícola, item 43, “a entidade é encorajada a
fornecer uma descrição da quantidade de cada grupo de ativos biológicos, distinguindo entre consumíveis e
de produção ou entre maduros e imaturos, conforme apropriado”. Com base nessa informação e
considerando a NBC TG 29 (R2) – Ativo biológico e produto agrícola, são exemplos de ativos biológicos
consumíveis, EXCETO:

a) Plantações de milho e trigo.

b) Árvores para a produção de madeira.


c) Rebanhos de animais mantidos para a produção de carne.

d) Plantas portadoras mantidas para produzirem frutos por mais de um período.


RESOLUÇÃO:

Ativos biológicos consumíveis são aqueles passíveis de serem colhidos como produto agrícola ou vendidos como
ativos biológicos. Exemplos de ativos biológicos consumíveis são os rebanhos de animais mantidos para a
produção de carne, rebanhos mantidos para a venda, produção de peixe, plantações de milho e trigo, produto
de planta portadora e árvores para produção de madeira.

Ativos biológicos para produção são os demais tipos como, por exemplo: rebanhos de animais para produção de
leite; árvores frutíferas, das quais é colhido o fruto. Ativos biológicos de produção (plantas portadoras) não são
produtos agrícolas, são, sim, mantidos para produzir produtos.

Com isso, correta a alternativa D, que apresenta um exemplo de ativos biológicos para produção.

GABARITO: D

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5. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.1)

Em 02/10/20X1, a Sociedade Empresária “A” adquiriu, em condições usuais e taxa de juros compostos
condizentes ao mercado, um imóvel por meio de financiamento para ser liquidado em 6 prestações
trimestrais, periódicas, iguais e postecipadas, com a primeira prestação após três meses da aquisição do
imóvel, conforme tabela demonstrada a seguir:

Prestação Valor da Prestação Juros


1 R$ 25.843,65 R$ 4.200,00
2 R$ 25.843,65 R$ 3.550,69
3 R$ 25.843,65 R$ 2.881,90
4 R$ 25.843,65 R$ 2.193,05
5 R$ 25.843,65 R$ 1.483,53
6 R$ 25.843,65 R$ 752,73

A Sociedade Empresária “A” manterá esse imóvel para uso no fornecimento de suas mercadorias e espera-se
que ele seja utilizado por mais de um período para geração de benefícios futuros e econômicos à entidade.
Com base nas informações apresentadas e, que a Sociedade Empresária “A”, no reconhecimento inicial,
aplicou a Resolução CFC nº 1.151, de 23 de janeiro de 2009 – Aprova a NBC TG 12 – Ajuste a valor presente,
NBC TG 27 (R4) – Ativo imobilizado e Lei nº 6.404/76 (Lei das SAs), assinale os lançamentos contábeis que
refletem corretamente, em 02/10/20X1, o registro do imóvel, das prestações e dos juros no patrimônio da
Sociedade Empresária “A”. Admita que os juros estão embutidos no valor das prestações e que o exercício
social da Sociedade Empresária “A” finda-se em 31 de dezembro de cada ano. A Sociedade Empresária “A”
considera que os lançamentos contábeis aludidos anteriormente apresentam efeito relevante aos usuários
das informações contábeis.

A) D – IMÓVEIS (ATIVO IMOBILIZADO) 140.000,00


D – ENCARGOS FINANCEIROS A TRANSCORRER (PASSIVO CIRCULANTE) 12.825,64
D – ENCARGOS FINANCEIROS A TRANSCORRER (PASSIVO NÃO CIRCULANTE) 2.236,26
C – FINANCIAMENTOS A PAGAR (PASSIVO CIRCULANTE) 103.374,60
C – FINANCIAMENTOS A PAGAR (PASSIVO NÃO CIRCULANTE) 51.687,30

B) D – IMÓVEIS (ATIVO IMOBILIZADO) 140.000,00


D – ENCARGOS FINANCEIROS A TRANSCORRER (PASSIVO CIRCULANTE) 15.061,90
C – FINANCIAMENTOS A PAGAR (PASSIVO CIRCULANTE) 155.061,90

C) D – IMÓVEIS (ATIVO IMOBILIZADO) 140.000,00


D – ENCARGOS FINANCEIROS A TRANSCORRER (PASSIVO NÃO CIRCULANTE) 15.061,90
C – FINANCIAMENTOS A PAGAR (PASSIVO NÃO CIRCULANTE) 155.061,90
D) D – IMÓVEIS (ATIVO IMOBILIZADO) 140.000,00
D – JUROS: AJUSTE A VALOR PRESENTE (RESULTADO) 12.825,64
D – JUROS: AJUSTE A VALOR PRESENTE (RESULTADO) 2.236,26
C – FINANCIAMENTOS A PAGAR (PASSIVO CIRCULANTE) 103.374,60
C – FINANCIAMENTOS A PAGAR (PASSIVO NÃO CIRCULANTE) 51.687,30

RESOLUÇÃO:

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O custo de um item de ativo imobilizado é equivalente ao preço à vista na data do reconhecimento. Se o prazo de
pagamento excede os prazos normais de crédito, a diferença entre o preço equivalente à vista e o total dos
pagamentos deve ser reconhecida como despesa com juros durante o período. Sendo assim, os juros embutidos
nas parcelas não deverão ser reconhecidos como parte do custo, mas serem apropriados ao resultado como
despesa financeira.
No entanto, lembre-se que a apropriação da despesa financeira não ocorrerá no momento da aquisição do item,
mas mensalmente. Sendo assim, os juros serão apropriados no momento da aquisição numa conta transitória,
denominada “Encargos Financeiros a Transcorrer”. Então vamos calcular o valor das parcelas a serem apropriadas
no Passivo Circulante e Passivo Não Circulante.

Valor da
Prestação Juros Valor Presente
Prestação
1 R$ 25.843,65 R$ 4.200,00 R$ 21.643,65
2 R$ 25.843,65 R$ 3.550,69 R$ 22.292,96
3 R$ 25.843,65 R$ 2.881,90 R$ 22.961,75
4 R$ 25.843,65 R$ 2.193,05 R$ 23.650,60
Passivo Circulante R$ 103.374,60 R$ 12.825,64 R$ 90.548,96
5 R$ 25.843,65 R$ 1.483,53 R$ 24.360,12
6 R$ 25.843,65 R$ 752,73 R$ 25.090,92
Passivo Não Circulante R$ 51.687,30 R$ 2.236,26 R$ 49.451,04
Com isso, considerando que o imobilizado deverá ser ativado pelo valor de R$ 140.000, que corresponde ao valor
presente das prestações (R$ 90.548,96 + R$ 49.451,04). Assim, a entidade realizará o seguinte lançamento
contábil:

D – Imobilizado R$ 140.000 (ANC Imobilizado)


D – Encargos Financeiros a Transcorrer R$ 12.825,64 (Passivo Circulante)
D – Encargos Financeiros a Transcorrer R$ 2.236,26 (Passivo Não Circulante)
C – Financiamentos a Pagar R$ 103.374,60 (Passivo Circulante)
C – Financiamentos a Pagar R$ 51.687,30 (Passivo Não Circulante)

Com isso, correta a alternativa A.

GABARITO: A

6. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.1)

O Ativo A apresenta os seguintes fluxos de caixa futuros possíveis no horizonte de um ano e suas respectivas
probabilidades:

Fluxos de Caixa Futuros Possíveis Probabilidades


R$ 200,00 30%
R$ 500,00 70%

Sabe-se que a taxa de juros livre de risco aplicável para fluxos de caixa futuros possíveis no horizonte de um ano
é de 3% e o prêmio de risco sistemático para ativo com o mesmo perfil de risco é de 2%. Diante dos dados

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apresentados e utilizando o Método 2 da Técnica de Valor Presente Esperado apontada na NBC TG 46 (R2) –
Mensuração do valor justo, qual das alternativas a seguir indica o valor mais próximo do Valor Justo do Ativo A?

a) R$ 390,48

b) R$ 402,19

c) R$ 410,00
d) R$ 500,00

RESOLUÇÃO:

O Método 1 da técnica de valor presente esperado ajusta os fluxos de caixa esperados de ativo para refletir o risco
sistemático (ou seja, de mercado) pela subtração do prêmio de risco de caixa (ou seja, fluxos de caixa esperados
ajustados pelo risco). Esses fluxos de caixa esperados ajustados pelo risco representam um equivalente certo do
fluxo de caixa, o qual é descontado a uma taxa de juros livre de risco. O equivalente certo do fluxo de caixa refere-
se ao fluxo de caixa esperado (conforme definido), ajustado para refletir o risco, de modo que um participante do
mercado seja indiferente negociar determinado fluxo de caixa por um fluxo de caixa esperado. Por exemplo, se
um participante do mercado estava interessado em negociar um fluxo de caixa esperado de $ 1.200 por
determinado fluxo de caixa de $ 1.000, os $ 1.000 são o equivalente certo dos $ 1.200 (ou seja, os $ 200
representariam o prêmio de risco de caixa). Nesse caso, o participante do mercado seria indiferente ao ativo
mantido.

Em contraste, o Método 2 da técnica de valor presente esperado efetua ajuste para refletir o risco sistemático (ou
seja, de mercado) pela aplicação de prêmio de risco à taxa de juros livre de risco. Consequentemente, os fluxos de
caixa esperados são descontados a uma taxa que corresponde à taxa esperada associada a fluxos de caixa
ponderados por probabilidade (ou seja, taxa de retorno esperada). Os modelos utilizados para a precificação de
ativos de risco, como o modelo de precificação de ativos financeiros, podem ser utilizados para estimar a taxa de
retorno esperada. Como a taxa de desconto utilizada na técnica de ajuste de taxa de desconto é uma taxa de
retorno relativa a fluxos de caixa condicionais, é provável que ela seja maior que a taxa de desconto utilizada no
Método 2 da técnica de valor presente esperado, que é a taxa de retorno esperada relativa a fluxos de caixa
esperados ou ponderados por probabilidade.

Para ilustrar os Métodos 1 e 2, suponha-se que um ativo tenha fluxos de caixa esperados de $ 780 em um ano,
determinados com base nos fluxos de caixa possíveis e probabilidades apresentadas abaixo. A taxa de juros livre
de risco aplicável para fluxos de caixa com horizonte de um ano é de 5% e o prêmio de risco sistemático para ativo
com o mesmo perfil de risco é de 3%.

Fluxos de caixa Fluxos de caixa ponderados


Probabilidade
possíveis por probabilidade
$ 500 15% $ 75
$ 800 60% $ 480
$ 900 25% $ 225
Fluxos de caixa esperados $ 780

Nesta ilustração simples, os fluxos de caixa esperados ($ 780) representam a média ponderada por probabilidade
dos três resultados possíveis. Em situações mais realistas, poderia haver muitos resultados possíveis. Contudo,
para aplicar a técnica de valor presente esperado, nem sempre é necessário levar em conta distribuições de todos

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os fluxos de caixa possíveis utilizando modelos e técnicas complexos. Em vez disso, pode ser possível desenvolver
um número limitado de cenários e probabilidades discretos que capturem o conjunto de fluxos de caixa possíveis.
Por exemplo, a entidade poderia utilizar fluxos de caixa realizados referentes a um período passado relevante,
ajustado para refletir mudanças nas circunstâncias ocorridas posteriormente (por exemplo, mudanças em fatores
externos, incluindo condições econômicas ou de mercado, tendências do setor e concorrência, bem como
mudanças em fatores internos que afetem a entidade mais especificamente), levando em conta as premissas dos
participantes do mercado.

Teoricamente, o valor presente (ou seja, o valor justo) dos fluxos de caixa do ativo é o mesmo, seja ele determinado
utilizando-se o Método 1 ou o Método 2, como segue:

(a) Utilizando o Método 1, os fluxos de caixa esperados são ajustados para refletir o risco sistemático (ou seja,
de mercado). Na ausência de dados de mercado que indiquem diretamente o valor do ajuste de risco, esse
ajuste poderia ser obtido a partir de modelo de precificação de ativos, utilizando-se o conceito de equivalentes
certos. Por exemplo, o ajuste de risco (ou seja, o prêmio de risco de caixa de $ 22) poderia ser determinado
utilizando-se o prêmio de risco sistemático de 3% ($ 780 - [$ 780 × (1,05/1,08)]), que resulta em fluxos de caixa
esperados ajustados pelo risco de $ 758 ($ 780 - $ 22). Os $ 758 são o equivalente certo de $ 780 e são
descontados à taxa de juros livre de risco (5%). O valor presente (ou seja, o valor justo) do ativo é $ 722 ($
758/1,05).

(b) Utilizando o Método 2, os fluxos de caixa esperados não são ajustados para refletir o risco sistemático (ou
seja, de mercado). Em vez disso, o ajuste para refletir esse risco é incluído na taxa de desconto. Assim, os fluxos
de caixa esperados são descontados à taxa de retorno esperada de 8% (ou seja, a taxa de juros livre de risco de
5% mais o prêmio de risco sistemático de 3%). O valor presente (ou seja, o valor justo) do ativo é $ 722 ($
780/1,08).

A partir disso vamos calcular o valor justo através do Método 2.

Fluxo de Caixa
Fluxos de Caixa Futuros Possíveis Probabilidades
Ponderado
R$ 200,00 30% R$ 60
R$ 500,00 70% R$ 350
Fluxos de Caixa Esperados R$ 410

Considerando que a taxa de juros livre de risco aplicável para fluxos de caixa futuros possíveis no horizonte de um
ano é de 3% e o prêmio de risco sistemático para ativo com o mesmo perfil de risco é de 2% vamos calcular o valor
justo.
𝑅$ 410 𝑅$ 410 𝑅$ 410
𝑽𝒂𝒍𝒐𝒓 𝑱𝒖𝒔𝒕𝒐 = = = ≈ 𝟑𝟗𝟎, 𝟒𝟖
(1 + 𝑡𝑥 𝑑𝑒 𝑗𝑢𝑟𝑜𝑠 + 𝑟𝑖𝑠𝑐𝑜) (1 + 3% + 2%) 1,05
Com isso, correta a alternativa A.

GABARITO: A

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7. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.1)

De acordo com a NBC TG 24 (R2) – Evento subsequente, as alternativas a seguir são exemplos de eventos
subsequentes ao período contábil a que se referem as demonstrações contábeis. Tais eventos subsequentes
exigem que a entidade ajuste os valores reconhecidos em suas demonstrações ou reconheça itens que não
tenham sido previamente reconhecidos, EXCETO:

a) Descoberta de fraude ou erros que mostrem que as demonstrações contábeis estavam incorretas.
b) O declínio do valor justo de investimentos ocorrido no período compreendido entre o final do período contábil
a que se referem as demonstrações e a data de autorização de emissão dessas demonstrações.

c) Determinação, após o período contábil a que se referem as demonstrações contábeis, do custo de ativos
comprados ou do valor de ativos recebidos em troca de ativos vendidos antes do final daquele período.

d) Decisão ou pagamento em processo judicial após o final do período contábil a que se referem as demonstrações
contábeis, confirmando que a entidade já tinha a obrigação presente ao final daquele período contábil.

RESOLUÇÃO:
Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 24 a entidade deve ajustar os valores reconhecidos em suas
demonstrações contábeis para que reflitam os eventos subsequentes que evidenciem condições que já existiam
na data final do período contábil a que se referem as demonstrações contábeis.

A seguir são apresentados exemplos de eventos subsequentes ao período contábil a que se referem as
demonstrações contábeis que exigem que a entidade ajuste os valores reconhecidos em suas demonstrações ou
reconheça itens que não tenham sido previamente reconhecidos:

(a) decisão ou pagamento em processo judicial após o final do período contábil a que se referem as
demonstrações contábeis, confirmando que a entidade já tinha a obrigação presente ao final daquele período
contábil. A entidade deve ajustar qualquer provisão relacionada ao processo anteriormente reconhecida de
acordo com o CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes ou registrar nova provisão. A
entidade não divulga meramente um passivo contingente porque a decisão proporciona provas adicionais que
seriam consideradas de acordo com o item 16 do CPC 25;

(b) obtenção de informação após o período contábil a que se referem as demonstrações contábeis, indicando
que um ativo estava desvalorizado ao final daquele período contábil ou que o montante da perda por
desvalorização previamente reconhecido em relação àquele ativo precisa ser ajustado. Por exemplo:

(i) falência de cliente, ocorrida após o período contábil a que se referem as demonstrações contábeis,
normalmente confirma que houve perda por redução ao valor recuperável no crédito no final do período de
relatório; e
(ii) venda de estoque após o período contábil a que se referem as demonstrações contábeis pode
proporcionar evidência sobre o valor de realização líquido desses estoques ao final daquele período;
(c) determinação, após o período contábil a que se referem as demonstrações contábeis, do custo de ativos
comprados ou do valor de ativos recebidos em troca de ativos vendidos antes do final daquele período;

(d) determinação, após o período contábil a que se referem as demonstrações contábeis, do valor referente ao
pagamento de participação nos lucros ou referente às gratificações, no caso de a entidade ter, ao final do
período a que se referem as demonstrações, uma obrigação presente legal ou construtiva de fazer tais

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pagamentos em decorrência de eventos ocorridos antes daquela data (ver CPC 33 – Benefícios a Empregados);
e

(e) descoberta de fraude ou erros que mostram que as demonstrações contábeis estavam incorretas.

Por outro lado, segundo o Pronunciamento Técnico CPC 24 a entidade não deve ajustar os valores reconhecidos
em suas demonstrações contábeis por eventos subsequentes que são indicadores de condições que surgiram
após o período contábil a que se referem as demonstrações.

Um exemplo de evento subsequente ao período contábil a que se referem as demonstrações contábeis que não
origina ajustes é o declínio do valor justo de investimentos ocorrido no período compreendido entre o final do
período contábil a que se referem as demonstrações e a data de autorização de emissão dessas demonstrações. O
declínio do valor justo não se relaciona normalmente à condição dos investimentos no final do período contábil a
que se referem as demonstrações contábeis, mas reflete circunstâncias que surgiram no período seguinte.
Portanto, a entidade não deve ajustar os valores reconhecidos para os investimentos em suas demonstrações
contábeis. Igualmente, a entidade não deve atualizar os valores divulgados para os investimentos na data do
balanço.

Com isso, conclui-se que a alternativa B é o gabarito da questão.


GABARITO: B

8. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.1)

A Sociedade Empresária “A” é do setor de varejo e comercializa suas centenas de produtos com uma garantia
segundo a qual os clientes estarão cobertos pelo custo da reparação de qualquer defeito de fabricação que se
tornar evidente dentro do primeiro ano após a compra. A experiência passada da Sociedade Empresária “A”
e as expectativas futuras indicam que, para o próximo ano, dos seus produtos vendidos, 60% não
apresentarão defeitos, 30% apresentarão defeitos menores e 10% apresentarão defeitos maiores.

Outras informações: A Sociedade Empresária “A” irá incorrer:

• Em custos de reparação de R$ 800.000,00, caso sejam detectados defeitos menores em todos os seus
produtos vendidos.

• Em custos de reparação de R$ 1.500.000,00, caso sejam detectados defeitos maiores em todos os produtos
vendidos.

Considerando-se apenas as informações apresentadas e a NBC TG 25 (R2) – Provisões, passivos contingentes


e ativos contingentes, assinale o valor esperado do custo das reparações que a Sociedade Empresária “A”
reconheceria como provisão. Admita que os valores dos custos de reparação, caso sejam detectados defeitos,
e as probabilidades associadas aos possíveis desfechos, foram determinados pelo julgamento da Sociedade
Empresária “A”, complementado pela experiência de transações semelhantes somado aos relatórios de
peritos independentes. Ainda, admita que os critérios para reconhecimento da provisão foram atendidos
conforme determina a NBC TG 25 (R2).

a) R$ 390.000,00
b) R$ 530.000,00

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c) R$ 920.000,00

d) R$ 2.300.000,00

RESOLUÇÃO:

Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 25 o valor reconhecido como provisão deve ser a melhor estimativa do
desembolso exigido para liquidar a obrigação presente na data do balanço.
O próprio CPC 25 cita o seguinte exemplo:

A entidade vende bens com uma garantia segundo a qual os clientes estão cobertos pelo custo da reparação de
qualquer defeito de fabricação que se tornar evidente dentro dos primeiros seis meses após a compra. Se forem
detetados defeitos menores em todos os produtos vendidos, a entidade irá incorrer em custos de reparação de 1
milhão. Se forem detetados defeitos maiores em todos os produtos vendidos, a entidade irá incorrer em custos
de reparação de 4 milhões. A experiência passada da entidade e as expectativas futuras indicam que, para o
próximo ano, 75% dos bens vendidos não terão defeito, 20% dos bens vendidos terão defeitos menores e 5% dos
bens vendidos terão defeitos maiores. A entidade avalia a probabilidade de uma saída para as obrigações de
garantias como um todo.

O valor esperado do custo das reparações é de:

𝑷𝒓𝒐𝒗𝒊𝒔ã𝒐 = (75% × 0) + (20% × $ 1 𝑚𝑖𝑙ℎã𝑜) + (5% 𝑑𝑒 $ 4 𝑚𝑖𝑙ℎõ𝑒𝑠) = $ 𝟒𝟎𝟎. 𝟎𝟎𝟎


Sendo assim, considerando os dados do enunciado vamos calcular o valor a ser provisionado:

𝑷𝒓𝒐𝒗𝒊𝒔ã𝒐 = (60% × 0) + (30% × 𝑅$ 800.000) + (10% × 𝑅$ 1.500.000) = 𝑹$ 𝟑𝟗𝟎. 𝟎𝟎𝟎


Com isso, correta a alternativa A.

GABARITO: A

9. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.1)

Em 20X1 a Sociedade Empresária “A” adquiriu, por R$ 1.000.000,00, o direito de explorar a marca comercial
(registrada) ABC. O direito de exploração dessa marca foi estipulado em contrato e tem vigência de 10 anos.
A Sociedade Empresária “A” não pretende renovar o contrato e julga que o método de amortização linear
reflete o padrão de consumo pela entidade dos benefícios econômicos futuros esperados com a exploração
da marca. Com base somente nessas informações e, considerando-se a NBC TG 04 (R4) – Ativo intangível,
assinale a seguir a alternativa que evidencia o valor contábil de amortização acumulada da marca comercial
ABC que estará reconhecido no Balanço Patrimonial da Sociedade Empresária “A” ao encerrar o exercício
social de 20X1. Admita que não há valor residual e que a marca estava disponível para uso em 01/01/20X1,
momento em que a Sociedade Empresária “A” iniciou a exploração.
a) R$ 8.300,00

b) R$ 100.000,00

c) R$ 200.000,00

d) R$ 1.000.000,00

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RESOLUÇÃO:
O valor amortizável de ativo intangível com vida útil definida deve ser apropriado de forma sistemática ao longo
da sua vida útil estimada. A amortização deve ser iniciada a partir do momento em que o ativo estiver disponível
para uso, ou seja, quando se encontrar no local e nas condições necessários para que possa funcionar da maneira
pretendida pela administração. A amortização deve cessar na data em que o ativo é classificado como mantido
para venda ou incluído em um grupo de ativos classificado como mantido para venda, de acordo com o
Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada, ou,
ainda, na data em que ele é baixado, o que ocorrer primeiro. O método de amortização utilizado reflete o padrão
de consumo pela entidade dos benefícios econômicos futuros. Se não for possível determinar esse padrão com
confiabilidade, deve ser utilizado o método linear. A despesa de amortização para cada período deve ser
reconhecida no resultado, a não ser que outra norma ou pronunciamento contábil permita ou exija a sua inclusão
no valor contábil de outro ativo.
Podem ser utilizados vários métodos de amortização para apropriar de forma sistemática o valor amortizável de
um ativo ao longo da sua vida útil. Tais métodos incluem o método linear, também conhecido como método de
linha reta, o método dos saldos decrescentes e o método de unidades produzidas. A seleção do método deve
obedecer ao padrão de consumo dos benefícios econômicos futuros esperados, incorporados ao ativo, e aplicado
consistentemente entre períodos, a não ser que exista alteração nesse padrão.
Considerando que a marca estava disponível para uso em 01/01/20X1, que a vida útil é de 10 anos, vamos calcular
o valor da amortização anual.
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑅$ 1.000.000
𝑨𝒎𝒐𝒓𝒕𝒊𝒛𝒂çã𝒐 𝑨𝒏𝒖𝒂𝒍 = = = 𝑹$ 𝟏𝟎𝟎. 𝟎𝟎𝟎
𝑉𝑖𝑑𝑎 Ú𝑡𝑖𝑙 10 𝑎𝑛𝑜𝑠
Desta forma, a apropriação da despesa de amortização será o seguinte:
D – Despesa de Amortização R$ 100.000 (Resultado)
C – Amortização Acumulada R$ 100.000 (Ativo Não Circulante)
Com isso, correta a alternativa B.

GABARITO: B

10. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.1)


A Companhia Ômega adquiriu para revenda mercadorias no valor de R$ 10.000,00 em maio de 2017. Os
impostos recuperáveis sobre a compra perfazem o total de R$ 1.800,00. Sobre essa compra, a Companhia
Ômega também pagou frete de R$ 200,00 com impostos recuperáveis de R$ 24,00 e seguros no valor de R$
250,00. A empresa vendeu 70% das mercadorias adquiridas no período. Sabe-se que a Companhia Ômega não
tinha saldo anterior de mercadorias para revenda.
É correto afirmar que o valor do Custo das Mercadorias Vendidas foi de:
a) R$ 5.740,00
b) R$ 5.863,20
c) R$ 6.038,20
d) R$ 8.626,00

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RESOLUÇÃO:
O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de importação e outros tributos
(exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente
atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros
itens semelhantes devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição.
Assim, o custo do estoque será formado por:

Preço de Aquisição R$ 10.000,00


(–) ICMS a Recuperar (R$ 1.800,00)
(+) Frete R$ 200,00
(–) ICMS a Recuperar (R$ 24,00)
(+) Seguros R$ 250,00
(=) Custo do Estoque R$ 8.626,00

Considerando que a empresa vendeu 70% das mercadorias adquiridas no período, o Custo das Mercadorias
Vendidas será de 70% do custo de aquisição (dado que não tinha saldo anterior de mercadorias para revenda).

𝑪𝑴𝑽 = 70% × 𝑅$ 8.674 = 𝑹$ 𝟔. 𝟎𝟑𝟖, 𝟐𝟎


Assim, correta a alternativa C.

GABARITO: C

11.(CFC – Exame de Suficiência – Bacharel – 2019.1)


Considere os dados extraídos da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido da empresa Exemplar
S.A., referente ao exercício social de 2018.

Saldo do Patrimônio Líquido em 31/12/2017 80.000,00


Aumento de Capital em Dinheiro 15.000,00
Aquisição de Ações da Própria Empresa 3.000,00
Lucro Líquido do Exercício 8.000,00
Reversão da Reserva de Contingência 3.000,00
Proposta da Administração de Destinação do Lucro:
Reserva Legal 400,00
Reserva Estatutária 4.800,00
Dividendos a Distribuir 5.800,00

É correto afirmar que a variação total no Patrimônio Líquido da empresa no exercício social foi de:

a) R$ 6.200,00

b) R$ 14.200,00
c) R$ 22.200,00

d) R$ 28.000,00
RESOLUÇÃO:

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Vamos analisar os fatos contábeis apresentados.

Aumento de Capital em Dinheiro: 15.000,00

D – Caixa R$ 15.000 ( ↑ Ativo Circulante)


C – Capital Social R$ 15.000 ( ↑ Patrimônio Líquido)

Conclusão: aumento no Patrimônio Líquido de R$ 15.000

Aquisição de Ações da Própria Empresa: 3.000,00

D – Ações em Tesouraria R$ 3.000 ( ↓ Patrimônio Líquido)


C – Caixa R$ 3.000 ( ↓ Ativo)
Conclusão: diminuição no Patrimônio Líquido de R$ 3.000

Lucro Líquido do Exercício: 8.000,00

D – A. R. E. R$ 8.000 ( ↓ Conta Transitória)


C – Lucros Acumulados R$ 8.000 ( ↑ Patrimônio Líquido)

Conclusão: aumento no Patrimônio Líquido de R$ 8.000

Reversão da Reserva de Contingência: 3.000,00


D – Reserva de Contingência R$ 3.000 ( ↓ Patrimônio Líquido)
C – Lucros Acumulados R$ 3.000 ( ↑ Patrimônio Líquido)

Conclusão: não há impacto no valor do Patrimônio Líquido

Reserva Legal: 400,00


D – Lucros Acumulados R$ 400 ( ↓ Patrimônio Líquido)
C – Reserva Legal R$ 400 ( ↑ Patrimônio Líquido)

Conclusão: não há impacto no valor do Patrimônio Líquido

Reserva Estatutária: 4.800,00

D – Lucros Acumulados R$ 4.800 ( ↓ Patrimônio Líquido)


C – Reserva Legal R$ 4.800 ( ↑ Patrimônio Líquido)

Conclusão: não há impacto no valor do Patrimônio Líquido

Dividendos a Distribuir: 5.800,00

D – Lucros Acumulados R$ 5.800 ( ↓ Patrimônio Líquido)


C – Dividendos a Pagar R$ 5.800 ( ↑ Passivo Exigível)

Conclusão: diminuição no Patrimônio Líquido de R$ 5.800

Desta a variação do Patrimônio Líquido será o seguinte:


(+) Aumento de Capital em Dinheiro R$ 15.000
(–) Aquisição de ações em tesouraria (R$ 3.000)

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(+) Lucro Líquido do Período R$ 8.000


(–) Destinação do lucro para dividendos obrigatórios (R$ 5.800)
(=) Variação do PL R$ 14.200

Com isso, correta a alternativa B.

GABARITO: B

12. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.1)

De acordo com a NBC TG 26 (R5), o conjunto completo de demonstrações contábeis NÃO inclui:
a) Demonstração dos fluxos de caixa do período.
b) Demonstração do resultado abrangente do período.
c) Demonstração das origens e aplicações dos recursos.
d) Notas explicativas, compreendendo as políticas contábeis significativas e outras informações elucidativas.

RESOLUÇÃO:
O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui:

(a) balanço patrimonial ao final do período;

(b1) demonstração do resultado do período;


(b2) demonstração do resultado abrangente do período;

(c) demonstração das mutações do patrimônio líquido do período;

(d) demonstração dos fluxos de caixa do período;

(e) notas explicativas, compreendendo um resumo das políticas contábeis significativas e outras informações
elucidativas;

(ea) informações comparativas com o período anterior;

(f) balanço patrimonial do início do período mais antigo, comparativamente apresentado, quando a entidade
aplicar uma política contábil retrospectivamente ou proceder à reapresentação retrospectiva de itens das
demonstrações contábeis, ou quando proceder à reclassificação de itens de suas demonstrações contábeis; e
(f1) demonstração do valor adicionado do período, conforme Pronunciamento Técnico CPC 09, se exigido
legalmente ou por algum órgão regulador ou mesmo se apresentada voluntariamente.

Assim, correta a alternativa C.

GABARITO: C

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13.(CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.1)


De acordo com a NBC TG 03 (R3), a demonstração dos fluxos de caixa deve apresentar os fluxos de caixa do
período classificados por atividades operacionais, de investimento e de financiamento. Nesse sentido,
identifique as atividades e classifique-as como Atividades Operacionais (AO), Atividades de Investimentos
(AI) e Atividades de Financiamentos (AF).

( ) Recebimentos de caixa resultantes da venda de ativo imobilizado, intangíveis e outros ativos de longo
prazo.

( ) Pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços.

( ) Recebimentos e pagamentos de caixa de contratos mantidos para negociação imediata ou disponíveis


para venda futura.

( ) Pagamentos em caixa a investidores para adquirir ou resgatar ações da entidade.

( ) Adiantamentos em caixa e empréstimos feitos a terceiros (exceto aqueles adiantamentos e empréstimos


feitos por instituição financeira).
A sequência está correta em

a) AI, AF, AI, AF, AI.


b) AI, AO, AI, AI, AF.

c) AI, AO, AO, AF, AI.

d) AF, AO, AO, AF, AI.


RESOLUÇÃO:
Exemplos de fluxos de caixa que decorrem das atividades operacionais são:

(a) recebimentos de caixa pela venda de mercadorias e pela prestação de serviços;


(b) recebimentos de caixa decorrentes de royalties, honorários, comissões e outras receitas;

(c) pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços;


(d) pagamentos de caixa a empregados ou por conta de empregados;
(e) recebimentos e pagamentos de caixa por seguradora de prêmios e sinistros, anuidades e outros
benefícios da apólice;

(f) pagamentos ou restituição de caixa de impostos sobre a renda, a menos que possam ser especificamente
identificados com as atividades de financiamento ou de investimento; e
(g) recebimentos e pagamentos de caixa de contratos mantidos para negociação imediata ou
disponíveis para venda futura.

Exemplos de fluxos de caixa advindos das atividades de investimento são:

(a) pagamentos em caixa para aquisição de ativo imobilizado, intangíveis e outros ativos de longo prazo.
Esses pagamentos incluem aqueles relacionados aos custos de desenvolvimento ativados e aos ativos
imobilizados de construção própria;

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(b) recebimentos de caixa resultantes da venda de ativo imobilizado, intangíveis e outros ativos de longo
prazo;

(c) pagamentos em caixa para aquisição de instrumentos patrimoniais ou instrumentos de dívida de outras
entidades e participações societárias em joint ventures (exceto aqueles pagamentos referentes a títulos
considerados como equivalentes de caixa ou aqueles mantidos para negociação imediata ou futura, que são
considerados no fluxo de caixa das atividades operacionais);

(d) recebimentos de caixa provenientes da venda de instrumentos patrimoniais ou instrumentos de dívida


de outras entidades e participações societárias em joint ventures (exceto aqueles recebimentos referentes aos
títulos considerados como equivalentes de caixa e aqueles mantidos para negociação imediata ou futura);

(e) adiantamentos em caixa e empréstimos feitos a terceiros (exceto aqueles adiantamentos e empréstimos
feitos por instituição financeira, pois esta é a própria atividade operacional da entidade);

(f) recebimentos de caixa pela liquidação de adiantamentos ou amortização de empréstimos concedidos a


terceiros (exceto aqueles adiantamentos e empréstimos de instituição financeira);

(g) pagamentos em caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, exceto quando tais contratos
forem mantidos para negociação imediata ou futura, ou os pagamentos forem classificados como atividades
de financiamento; e

(h) recebimentos de caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, exceto quando tais contratos
forem mantidos para negociação imediata ou venda futura, ou os recebimentos forem classificados como
atividades de financiamento.
Exemplos de fluxos de caixa advindos das atividades de financiamento são:

(a) caixa recebido pela emissão de ações ou outros instrumentos patrimoniais;


(b) pagamentos em caixa a investidores para adquirir ou resgatar ações da entidade;

(c) caixa recebido pela emissão de debêntures, empréstimos, notas promissórias, outros títulos de dívida,
hipotecas e outros empréstimos de curto e longo prazos;

(d) amortização de empréstimos e financiamentos; e


(e) pagamentos em caixa pelo arrendatário para redução do passivo relativo a arrendamento mercantil.

Com isso, correta a alternativa C.

RESOLUÇÃO: C

14. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.1)

De acordo com a NBC TG 01 (R4), a Companhia G & F S.A. possui em seu ativo imobilizado uma máquina que,
com o passar do tempo, verificou-se perda do valor de mercado e também de desempenho econômico.

Diante disso, decidiu-se calcular o valor da possível redução ao valor recuperável desse ativo, de acordo com
os dados a seguir:
• Valor Contábil da Máquina – R$ 425.000,00;

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• Valor em Uso da Máquina – R$ 414.800,00;


• Valor Justo da Máquina – R$ 415.000,00; e,
• Gastos para colocar a Máquina à Venda – R$ 35.000,00.
Nesse contexto, a perda por desvalorização a ser reconhecida é de:
a) R$ 10.000,00.
b) R$ 10.200,00.
c) R$ 45.000,00.
d) R$ 45.200,00.
RESOLUÇÃO:
Sabe-se que o valor recuperável de um ativo é o maior montante entre o seu valor justo líquido de despesa de
venda (R$ 415.000 – R$ 35.000 = R$ 380.000) e o seu valor em uso (R$ 414.800,00). Com isso, conclui-se que o
Valor Recuperável do item em análise é de R$ 414.800,00.
Como o Valor Contábil (R$ 425.000) é superior ao Valor Recuperável (R$ 414.800) a entidade deverá reconhecer
uma perda por desvalorização no valor de R$ 10.200,00, conforme lançamento a seguir:
D – Perda com Redução ao Valor Recuperável R$ 10.200,00 (Resultado)
C – Redução ao Valor Recuperável Acumulada R$ 10.200,00 (Retificadora do Ativo)
Com isso, correta a alternativa B.

GABARITO: B

15.(CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.1)


O art. 176 da Lei nº 6.404/1976 estabelece que “ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com
base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir
com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício […]” (BRASIL,
1976). Dentre essas demonstrações, é listada a demonstração do valor adicionado, aplicável às companhias
abertas. A Demonstração do Valor Adicionado pode ser utilizada como ferramenta gerencial que serve para
informar o usuário da informação contábil do(a)(s)
a) contas de depreciação, correspondentes à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a
desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.
b) saldo inicial do período e os ajustes de exercícios anteriores; as reversões de reservas e o lucro líquido do
exercício; as transferências para reservas, dividendos, parcela de lucros incorporada ao capital e saldo final do
exercício.
c) alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, uma vez que apresenta a
capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como as necessidades da utilização desses
fluxos.
d) índice de avaliação do desempenho na geração da riqueza, ao medir a eficiência na utilização dos fatores de
produção; e do desempenho social, ao demonstrar na distribuição da riqueza gerada a participação dos elementos
que contribuíram para sua geração.

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RESOLUÇÃO:
A DVA deve proporcionar aos usuários das demonstrações contábeis informações relativas à riqueza criada pela
entidade em determinado período e a forma como tais riquezas foram distribuídas.

A DVA está fundamentada em conceitos macroeconômicos, buscando apresentar, eliminados os valores que
representam dupla-contagem, a parcela de contribuição que a entidade tem na formação do Produto Interno
Bruto (PIB). Essa demonstração apresenta o quanto a entidade agrega de valor aos insumos adquiridos de terceiros
e que são vendidos ou consumidos durante determinado período.

Para os investidores e outros usuários, essa demonstração proporciona o conhecimento de informações de


natureza econômica e social e oferece a possibilidade de melhor avaliação das atividades da entidade dentro da
sociedade na qual está inserida. A decisão de recebimento por uma comunidade (Município, Estado e a própria
Federação) de investimento pode ter nessa demonstração um instrumento de extrema utilidade e com
informações que, por exemplo, a demonstração de resultados por si só não é capaz de oferecer.

Com isso, correta a alternativa D.

GABARITO: D

16. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.1)


A cada exercício social a empresa apura o resultado de suas operações. De acordo com o art. 187 da Lei nº
6.404/76, deverão ser apresentadas na demonstração do resultado do exercício as informações a seguir,
EXCETO:
a) As despesas com as vendas.
b) A receita bruta das vendas e serviços.
c) A receita líquida das vendas e serviços.
d) A segregação entre vendas no mercado doméstico e no mercado externo.

RESOLUÇÃO:
Vamos analisar o artigo 187 da Lei n° 6.404/76, que dispõe a respeito da estrutura da Demonstração do Resultado
do Exercício (DRE).

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:


I – a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;
II – a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;
III – as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e
administrativas, e outras despesas operacionais;
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas;
V – o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;
VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma
de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que
não se caracterizem como despesa;

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VII – o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.

Com isso, incorreta a alternativa D.

GABARITO: D

17.(CFC – Exame de Suficiência – Bacharel – 2019.1)


A Lei nº 6.404/76, apresenta a ordem de classificação das contas do ativo:
“Art. 178 [...]

§ 1º “no ativo, as contas serão classificadas em ordem decrescente de grau de liquidez”.

Essa afirmativa acarreta no fato da(s):

a) Contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal será classificada como Reserva de Capital.

b) Contas de Ativo Circulante serem apresentadas antes das contas que informam o Ativo Não Circulante –
Imobilizado pertencente à companhia.

c) Participações Permanentes em outras sociedades e os Direitos de qualquer natureza serem classificados no


Ativo Não Circulante – Ativo Intangível.

d) Ações em Tesouraria deverão ser destacadas no Balanço Patrimonial como dedução da conta do patrimônio
líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.

RESOLUÇÃO:
Vamos analisar as alternativas apresentadas.
a) Incorreta. Realmente a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal será classificada
como Reserva de Capital. No entanto, este fato não decorre do valor de que no ativo as contas serão classificadas
em ordem decrescente de grau de liquidez.

b) Correta. Ao mencionar que no ativo as contas serão classificadas em ordem decrescente de grau de liquidez isso
resulta na apresentação das contas do Ativo Circulante antes das contas que informam o Ativo Não Circulante.

c) Incorreta. As Participações Permanentes em outras sociedades e os Direitos de qualquer natureza são


classificados no Ativo Não Circulante – Investimentos.
d) Incorreta. Realmente as ações em Tesouraria deverão ser destacadas no Balanço Patrimonial como dedução da
conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição. No entanto, este fato
não decorre do valor de que no ativo as contas serão classificadas em ordem decrescente de grau de liquidez.

GABARITO: B

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18. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharel – 2019.1)

A Companhia BETA fabrica um único tipo de produto e apresentou as seguintes informações em determinado
período:

• Quantidade Produzida: 16.000 unidades;


• Custos Variáveis: R$ 200.000,00;
• Custos Fixos: R$ 120.000,00;
• Despesas Variáveis: R$ 70.000,00;
• Despesas Fixas: R$ 30.000,00;
• Quantidade Vendida: 11.000 unidades; e,
• Preço de Venda Unitário: R$ 35,00.

De acordo com as informações anteriores e considerando o custeio por absorção, assinale a alternativa
correspondente ao Resultado Bruto e ao Resultado Líquido do Período, respectivamente.

a) R$ 165.000,00; R$ 27.500,00.

b) R$ 165.000,00; R$ 65.000,00.

c) R$ 177.500,00; R$ 27.500,00.
d) R$ 177.500,00; R$ 65.000,00.

RESOLUÇÃO:

Questão que exige do candidato que ele saiba a estrutura básica da DRE:

Demonstração do Resultado
Receita (Preço de Venda x Qtde vendida)
(-) Custo do Produto Vendido - CPV (Custo total unitário x Qtde vendida)

(=) Lucro bruto


(-) Despesas operacionais
(=) Lucro Operacional

Sabe-se que no custeio por absorção todos os custos (custos fixos e custos variáveis) integram o custo do produto
e só vão para o resultado quando da efetiva venda, o que atende ao princípio da competência.

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Investimento
DRE
Receita líquida
Gastos Despesas
(-) CPV
fixas e variáveis
(=) Lucro Bruto

Custos (-) Despesas

fixos e variáveis (=) Lucro Líquido

Indiretos Diretos
Venda
Produto A
Rateio Estoque
Produto B
Rateio

Sendo assim, não podemos dizer que os custos fixos e variáveis totais já vão para o resultado; como eles só
integram o resultado quando da efetiva venda, temos que encontrar o custo unitário e multiplicar pela quantidade
efetivamente vendida. Assim:
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠 𝐹𝑖𝑥𝑜𝑠 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑖𝑠 + 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑉𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑖𝑠 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑖𝑠 200.000 + 120.000 20
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜 = = = 𝑅$ .
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎 16.000 𝑢𝑛𝑖𝑑

Sendo assim o CPV vale:

𝐶𝑃𝑉 = 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜 × 𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑣𝑒𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎 = 20 × 11.000 = 𝑅$ 220.000


Sabendo que a receita vale R$ 385.000 (R$ 35,00 x 11.000 unidades), temos:

Demonstração do Resultado Total


Receita 385.000
(-) Custo do Produto Vendido (CPV) (220.000)
(=) Lucro bruto 165.000

Por fim, para chegar ao lucro líquido (que equivale, nesse caso, ao lucro operacional, pois não há resultado
financeiro, imposto de renda, nem participações), basta subtrair as despesas operacionais (fixas: R$ 30.000 e
variáveis: R$ 70.000):

Demonstração do Resultado Total


Receita 385.000
(-) Custo do Produto Vendido (CPV) (220.000)
(=) Lucro bruto 165.000
(-) Despesas operacionais (100.000)
(=) Lucro Operacional 65.000

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GABARITO: B

19. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.1)


Uma indústria apresentou a seguinte relação contendo seus custos e despesas em um determinado período.
Observe.

O custo de fabricação, o custo primário e o custo de transformação têm, respectivamente, os valores de:
a) R$ 930.000,00; R$ 642.000,00; R$ 580.000,00.
b) R$ 930.000,00; R$ 642.000,00; R$ 616.000,00.

c) R$ 966.000,00; R$ 630.000,00; R$ 580.000,00.

d) R$ 966.000,00; R$ 630.000,00; R$ 616.000,00.

RESOLUÇÃO:

O objetivo dessa questão é identificar quem é quem na lista que foi dada pela banca:

Esquematicamente, temos esses conceitos assim apresentados:

Fazendo essa classificação, temos:

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Material Direto
CIF
MOD
CIF
CIF
CI
Despesas
CIF
Despesas
CIF
CIF
CIF

Sendo assim, obtemos:

Material Direto: R$ 350.000

MOD: R$ 280.000

CIF: R$ 336.000
Por fim, esquematicamente:

R$ 966.000 R$ 350.000

R$ 630.000

R$ 280.000

R$ 616.000
R$ 336.000

GABARITO: C

20. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.1)

O controle da empresa James coletou alguns dados para duas atividades, que calcula as taxas do custo de
atividades com base na capacidade do direcionador de custo.

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A empresa fabrica dois produtos: Bauru e Marília. Para o ano que finda, o seguinte consumo de direcionadores
de custo foi relatado. Observe.

“Os custos alocados para cada produto de cada atividade serão, respectivamente, _____________ de energia
e ____________ de inspeções de qualidade.” Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a
afirmativa anterior.

a) R$ 36.000,00 / R$ 13.000,00

b) R$ 100.000,00 / R$ 240.000,00

c) R$ 180.000,00 / R$ 260.000,00

d) R$ 190.000,00 / R$ 300.000,00
RESOLUÇÃO:

O gabarito preliminar da banca foi a letra C. O raciocínio não é complexo para se chegar a essa GABARITO: basta
imputar os custos às atividades de maneira proporcional ao que cada produto consumiu. Ou seja, com algumas
regrinhas de três a gente conseguiria resolver a questão:
1) Se o custo de 20.000 kWh equivale a R$ 100.000, e o produto Bauru consumiu 6.000 kWh, ao passo que o produto
Marilia consumiu 30.000 kWh, perfazendo um total de 36.000 kWh:
20.000 kWh ---------- R$ 100.000

36.000 kWh ----------- X


100.000 ∙ 36.000
𝑋= = 𝑅$ 180.000 (𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎)
20.000
2) 1) Se o custo de 12.000 inspeções equivale a R$ 240.000, e o produto Bauru fez 10.000 inspeções, ao passo que
o produto Marilia fez 3.000 inspeções, eles fizeram um total de 13.000 inspeções:

12.000 inspeções ---------- R$ 240.000

13.000 inspeções ----------- X


240.000 ∙ 13.000
𝑋= = 𝑅$ 260.000 (𝐼𝑛𝑠𝑝𝑒çã𝑜 𝑑𝑒 𝑞𝑢𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒)
12.000
Outra forma simples de calcular é fazendo inicialmente o cálculo dos custos unitários (quanto custa cada kWh e
cada inspeção de qualidade):
𝑅$ 100.000 5
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 = = 𝑅$
20.000 𝑘𝑊ℎ 𝑘𝑊ℎ
𝑅$ 240.000 20
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜𝑖𝑛𝑠𝑝𝑒çõ𝑒𝑠 = = 𝑅$
12.000 𝑖𝑛𝑠𝑝𝑒çõ𝑒𝑠 𝑖𝑛𝑠𝑝𝑒çã𝑜
Como os produtos consumiram 36.000 kWh a R$ 5 cada, chegamos aos R$ 180.000; Da mesma forma, como os
produtos realizaram 13.000 inspeções a R$ 20 cada, chegamos aos R$ 260.000.

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A questão foi anulada, certamente porque houve um pequeno equivoco na apresentação dos dados: da forma
como está escrito, dá a entender que a coleta de dados para o cálculo das taxas dos direcionadores foi realizado
em um período e o consumo dos direcionadores foi relatado no período seguinte (para o ano que finda....)

Outra possibilidade (menos provável) é a de que todos esses cálculos serviriam apenas para os custos totalmente
variáveis, ou seja, aqueles que variam de forma realmente proporcional ao volume de produção, o que não é o caso
da energia elétrica (e no extremo, nem das inspeções de qualidade), que seriam custos semifixos ou semivariáveis.
Como disse, essa hipótese de anulação é meio “viagem”, mas fica a informação.

GABARITO: ANULADA

21. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.1)

Uma determinada fábrica de produção não deu prioridade às medidas de segurança contra incêndio exigidas
pelo Corpo de Bombeiros. Assim, houve um incêndio e o fogo destruiu parte da fábrica. Porém, certos
registros contábeis, mantidos em outra repartição, revelaram o período de 1º de janeiro a 26 de fevereiro de
2019:

Para saber o custo histórico dos estoques para a estimativa de financiamento, considerando os dados
fornecidos anteriormente, é correto afirmar que o valor do estoque de materiais diretos em 26/02/2019 é de

a) R$ 10.000,00.

b) R$ 18.000,00.
c) R$ 28.000,00.

d) R$ 33.000,00.
RESOLUÇÃO:
Aconselho ao aluno a construir os razonetes dos estoques todas as vezes que estiverem diante de questões
como essa. Geralmente será necessário apenas que você faça os razonetes do estoque de matéria prima (materiais
diretos) e do estoque dos produtos em elaboração. Relembrando a estrutura dos razonetes:

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Produtos em
Matéria Prima rodutos aca ados
elaboração

Est. inicial Est inicial Est. inicial


Compra Saída Entrada Saída Entrada a da
MP MP CPV
MOD
CIF

Est. final Est. final Est. final

Produtos
Matéria Prima Produção
acabados

Lançando os dados do exercício nesses razonetes, temos:

Produtos em
Matéria Prima
elaboração
Est. inicial 20.000 Est. inicial
Compra MP 40.000 a da Entrada Saída
MP ????
do custo
MOD de conversão

CF 27.000

Est. final ???? Est. final

Sabe-se que: Custo Primário: Matéria Prima + MOD


Custo de Conversão: MOD + CIF

Perceba que para encontrarmos o estoque final de matéria prima (material direto), que é o que a BANCA quer,
precisamos encontrar o quanto de material direto entrou no estoque de produtos em elaboração. Para isso,
usamos os dados da questão:

𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑃𝑟𝑖𝑚á𝑟𝑖𝑜 = 𝑀𝑃 + 𝑀𝑂𝐷 = 50.000


𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠ã𝑜 = 𝑀𝑂𝐷 + 𝐶𝐼𝐹
𝑀𝑂𝐷 = 40% × 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠ã𝑜 = 0,4 × 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠ã𝑜
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠ã𝑜 = 0,4 × 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠ã𝑜 + 27.000
27.000
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠ã𝑜 = = 45.000
0,6
Ou seja:

𝑀𝑂𝐷 = 40% × 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠ã𝑜 = 0,4 × 45.000 = 18.000


Assim:

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𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑃𝑟𝑖𝑚á𝑟𝑖𝑜 = 𝑀𝑃 + 𝑀𝑂𝐷 = 50.000


50.000 = 𝑀𝑃 + 18.000
𝑀𝑃 = 32.000
O razonete fica assim:

Produtos em
Matéria Prima
elaboração
Est. inicial 20.000 Est. inicial
Compra MP 40.000 32.000 Entrada Saída
MP 32.000
MOD 18.000
CIF 27.000

Est. final ???? Est. final

Lembro que a entrada de matéria prima no estoque de produtos em elaboração equivale à saída de matéria prima
no estoque de matéria prima. Assim, para acharmos o estoque final (em 26/2/2019) basta usarmos o razonete e
chegarmos à equação:

𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 + 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎 𝑀𝑃 − 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑆𝑎𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑀𝑃


Ou seja:

20.000 + 40.000 − 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 = 32.000


𝑬𝒔𝒕𝒐𝒒𝒖𝒆 𝑭𝒊𝒏𝒂𝒍 = 𝟐𝟖. 𝟎𝟎𝟎
Com isso, correta a alternativa C.

GABARITO: C

22. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.1)


A normatização dos procedimentos contábeis relativos a provisões, passivos contingentes e ativos
contingentes foi elaborada com base na Norma Brasileira de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, NBC
TSP 03, de 21 de outubro de 2016, aprovada pelo Conselho Federal de Contabilidade e utilizada no Manual de
Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP) 8ª edição para colaborar com o processo de elaboração e
execução do orçamento. Segundo a NBC TPS 03 e o MCASP 8ª edição, o Passivo Contingente NÃO pode ser
definido como um(a)

A) obrigação presente que decorre de eventos passados, mas não é reconhecida porque não é possível fazer uma
estimativa confiável do valor da obrigação.
B) obrigação possível que resulta de eventos passados, e cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência
ou não de um ou mais eventos futuros incertos, não completamente sob o controle da entidade.
C) obrigação presente que decorre de eventos passados, mas não é reconhecida porque é improvável que a saída
de recursos que incorporam benefícios econômicos ou potencial de serviços seja exigida para liquidar a
obrigação.

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D) evento não planejado ou não esperado que não esteja totalmente sob o controle da entidade e que acarreta a
possibilidade de um ingresso de recursos sob a forma de benefícios econômicos ou potencial prestação de
serviços à entidade.
RESOLUÇÃO:

Vamos recordar o que pode ser um passivo contingente:

Dessa forma, fica fácil ver que apenas a letra D) não se encontra prevista no esquema acima. E parar piorar, ela
ainda fala na possibilidade de um ingresso de recursos! Viajou.
GABARITO: D

23.(CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.1)


“Os Princípios Orçamentários visam estabelecer diretrizes norteadoras básicas, a fim de conferir
racionalidade, eficiência e transparência para os processos de elaboração, execução e controle do orçamento
público. Válidos para os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de todos os entes federativos – União,
Estados, Distrito Federal e Municípios – são estabelecidos e disciplinados por normas constitucionais,
infraconstitucionais e pela doutrina” (MCASP, 2019, p. 28). Considerando o seguinte enunciado “[...] cabe ao
Poder Público fazer ou deixar de fazer somente aquilo que a lei expressamente autorizar, ou seja, subordina-
se aos ditames da Lei”. Para o cumprimento desse princípio, o Poder Executivo deverá estabelecer o plano
plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais. O enunciado refere-se ao Princípio
A) da Unidade.
B) da Legalidade.
C) da Exclusividade.
D) da Universalidade.
RESOLUÇÃO:

Prezados, o princípio da legalidade aplicado ao Poder Público pode ser entendido como poder fazer ou deixar de
fazer somente aquilo que a lei expressamente autorizar. No âmbito do orçamento público, isso equivale a
estabelecer o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais.

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Assim, está correta a letra B).


GABARITO: B

24. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.1)

O Manual da Contabilidade Aplicada ao Setor Público estabelece os tratamentos contábeis para o ativo
imobilizado das entidades do Setor Público, de forma que os usuários das demonstrações contábeis possam
analisar informações consistentes acerca do ativo imobilizado no grupo do ativo não circulante. Diante do
exposto, analise as afirmativas a seguir.

I. Compreende os bens móveis que têm existência material e que podem ser transportados por movimento próprio
ou removido por força alheia sem alteração da substância ou da destinação econômico-social. (Exemplos:
máquinas, veículos, dentre outros).
II. Compreende os bens vinculados ao terreno que não podem ser retirados sem destruição ou danos. (Exemplos:
imóveis comerciais, viadutos, dentre outros).
III. O custo de um item do imobilizado deve ser reconhecido como ativo sempre que for provável que benefícios
econômicos futuros ou potencial de serviços associados ao item fluirão para a entidade; e se o custo ou valor justo
do item puder ser mensurado com segurança. Partindo dessa premissa, o item do imobilizado deve ter uma base
monetária confiável.
IV. Quando um item do ativo imobilizado é reavaliado, a depreciação acumulada na data da sua reavaliação deve
ser eliminada contra o valor contábil bruto do ativo, atualizando-se o seu valor líquido pelo valo reavaliado. O valor
do ajuste decorrente da atualização ou da eliminação da depreciação acumulada faz parte do aumento ou da
diminuição no valor contábil registrado.
Estão corretas as afirmativas
a) I, II, III e IV.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III, apenas.
RESOLUÇÃO:

Primeiramente, vamos relembrar da definição de ativo imobilizado:


É o item tangível (ou seja, que se pode tocar) que é mantido para o uso na produção ou fornecimento de bens ou
serviços, ou para fins administrativos, inclusive os decorrentes de operações que transfiram para a entidade os
benefícios, riscos e controle desses bens, cuja utilização se dará por mais de um período.

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Vamos avaliar as assertivas:


A assertiva I) está correta, pois traz corretamente a definição de bens móveis contida na pg. 168 do MCASP 8ª ed.
Ademais, bens móveis se encaixam no conceito de ativo imobilizado visto acima.
A assertiva II) está correta, uma vez que define corretamente os bens imóveis contida na pg. 168 do MCASP 8ª
ed. Ademais, tais bens se encaixam no conceito de ativo imobilizado visto acima.
A assertiva III) está correta, uma vez que atende ao princípio geral do reconhecimento constante da pg. 170 do
MCASP 8ª ed.
A assertiva IV) está correta, haja vista que está de acordo com a definição de reavaliação do ativo imobilizado
constante da pg. 176 do MCASP 8ª ed.
Dessa forma, está certa a alternativa A).
GABARITO: A

25.(CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.1)


A Sociedade Empresária “A” produz um único produto e sua produção atual está em 80% de sua capacidade
total. Toda essa produção já foi contratada para ser vendida ao preço de R$ 1,00 por unidade para a Sociedade
Empresária “B”. A Sociedade Empresária “C” mostrou-se interessada em adquirir 10.000 unidades do produto
da Sociedade Empresária “A”, mas se o preço de venda fosse de R$ 0,60 por unidade. Sabe-se que os custos
de produção da Sociedade Empresária “A” – independentemente de aceitar ou não a proposta de “C” – são
caracterizados da seguinte maneira: Custo Fixo total R$ 25.000,00 e Custo Variável R$ 0,50 por unidade.
Outra informação relevante é que a capacidade total de produção da Sociedade Empresária “A” é de 100.000
unidades. Se a Sociedade Empresária “A” aceitar a proposta da Sociedade Empresária “C”, a margem de
contribuição total após o incremento de 10.000 unidades na produção atual será de
a) R$ 40.000,00.

b) R$ 41.000,00.

c) R$ 65.000,00.
d) R$ 70.000,00.
RESOLUÇÃO:

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Questão que quer do candidato o conhecimento da relação custo x volume x lucro, mais precisamente o conceito
de margem de contribuição.

Margem de contribuição é o montante restante da receita de vendas depois que os custos e despesas variáveis
foram deduzidos.

Em outras palavras, é o montante disponível para cobrir os custos e despesas fixos e, então, gerar os lucros do
período.

É importante dizer que a sequência deve ser respeitada: a margem de contribuição é usada primeiro para cobrir os
custos e despesa fixos, e, só depois, o que sobra vai para os lucros. Se a margem de contribuição não for suficiente
para arcar com os custos e despesas fixos, ocorre prejuízo no período.

𝑀𝐶𝑇 = 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 (𝑙í𝑞) − (𝐶𝑉𝑇 + 𝐷𝑉𝑇 )


Outra forma de encarar a margem de contribuição é sabendo que ela serve para cobrir os custos e despesas fixas,
e o que “so rar” é lucro, ou seja:

𝑀𝐶𝑇 = 𝐶𝐹𝑇 + 𝐷𝐹𝑇 + 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜


Assim, essa margem mostra o valor do excesso de receita líquida de cada produto em relação aos seus custos
e despesas variáveis, ou seja, a contribuição de cada um deles para a cobertura dos custos e despesas fixas da
empresa.

Na nossa questão, a Sociedade Empresária “A” já tem toda a sua atual produção (8 de sua capacidade total,
que é de 100.000 unidades) contratada para ser vendida ao preço de R$ 1,00 por unidade para a Sociedade
Empresária “B” Dessa forma, a receita auferida com essa venda vai ser de:

𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎𝐵 = 𝑃𝑉 × 𝑄𝑣𝑒𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎 = 𝑅$ 1,00 × 80.000 = 𝑅$ 80.000


Além dessa receita, se a Sociedade Empresária “A” aceitar a proposta da Sociedade Empresária “C”, ela vai
vender mais 10.000 unidades do produto, porém a um preço menor (R$ 0,60). Com isso, terá uma receita de:

𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎𝐶 = 𝑃𝑉 × 𝑄𝑣𝑒𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎 = 𝑅$ 0,60 × 10.000 = 𝑅$ 6.000


Com isso, a receita total auferida será de R$ 86.000. A margem de contribuição total é essa receita, deduzidas dos
custos e despesas variáveis totais. A questçao fala apenas de CUSTOS variáveis, então pressupõe-se que as
despesas estão incluídas nesse montante. Com isso, os custos variáveis totais valem:

𝐶𝑉𝑇 = 𝐶𝑉𝑢 × 𝑄𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎 = 𝑅$ 0,50 × (80.000 + 10.000) = 𝑅$ 45.000

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Com isso, temos:

𝑀𝐶𝑇 = 86.000 − 45.000 = 𝑹$ 𝟒𝟏. 𝟎𝟎𝟎


GABARITO: B

26. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.1)


Uma empresa produz um único produto (Produto A) e, no ano 20X1, vendeu todas as 10.000 unidades
produzidas naquele ano ao preço de R$ 0,70 por unidade. Em seus relatórios, a empresa informou que
ampliará sua fábrica em 20X2, e tal ampliação adicionará, em relação a 20X1, um custo fixo de R$ 2.000,00 e,
consequentemente, aumentará a capacidade total de produção em 60%. Sabe-se que, em 20X1, os custos
totais de produção foram: Custo Variável R$ 2.500,00 e Custo Fixo R$ 1.800,00. Considerando que a
capacidade total de produção em 20X1 foi de 10.000 unidades, e em 20X2 a fábrica opere também, depois da
ampliação, em sua capacidade total de produção, assinale o valor do Resultado Bruto que seria possível à
empresa auferir ao vender todas as unidades produzidas do Produto A em 20X2. Adicionalmente, considere
que, em 20X2, a empresa manterá o mesmo preço por unidade vendida e os Custos Variáveis crescerão na
mesma proporção que o aumento na capacidade total de produção.

a) R$ 2.700,00
b) R$ 3.400,00
c) R$ 7.200,00

d) R$ 7.800,00

RESOLUÇÃO:

Sabemos que o resultado Bruto é a diferença entre a Receita Total e os Custos (Fixos e Variáveis), onde:

𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑃𝑉 ∙ 𝑄𝑣𝑒𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎


𝐶𝑇 = 𝐶𝐹 + 𝐶𝑉 = 𝐶𝐹 + 𝐶𝑉𝑢 ∙ 𝑄𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎

𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑏𝑟𝑢𝑡𝑜 = 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 − 𝐶𝑇


Como a empresa vende tudo o que produz, não há diferença entre as quantidades vendidas e produzidas. Em X1,
tínhamos:

𝐶𝐹 = 1.800; 𝐶𝑉 = 2.500; 𝑄𝑣𝑒𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎 = 𝑄𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎 = 10.000

Assim, calculamos o custo variável unitário:


𝐶𝑉 2.500
𝐶𝑉𝑢 = = = 𝑅$0,25 𝑝𝑜𝑟 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
𝑄𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎 10.000

Em X2, os custos fixos cresceram R$ 2.000 pela aumento da capacidade de produção (aumento de 60%: de 10.000
para 16.000 unidades): assim, passaram de R$ 1.800 para R$ 3.800.

Como os custos variáveis cresceram na mesma proporção que o aumento nessa capacidade total de produção, o
custo variável unitário se manteve constante, e já calculamos. Mantendo o mesmo preço de venda, como afirma
o enunciado, temos:

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𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑏𝑟𝑢𝑡𝑜 = 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 − 𝐶𝑇


𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑏𝑟𝑢𝑡𝑜 = 𝑃𝑉 ∙ 𝑄𝑣𝑒𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎 − (𝐶𝐹 + 𝐶𝑉𝑢 ∙ 𝑄𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎 )

𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑏𝑟𝑢𝑡𝑜 = 0,70 ∙ 16.000 − (3.800 + 0,25 ∙ 16.000)


𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑏𝑟𝑢𝑡𝑜 = 11.200 − 7.800
𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑏𝑟𝑢𝑡𝑜 = 𝑅$ 3.400
GABARITO: B

27.(CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.1)


A missão da controladoria é assegurar a otimização do resultado econômico da organização, com a
responsabilidade de tornar as informações úteis para breves ou futuras e importantes mudanças no cenário
empresarial. O centro de responsabilidade é uma parte, segmento ou subunidade de uma organização, cujo
gerente é responsável por um conjunto específico de atividades. A indústria de fabricação de soja e seus
derivados avalia o desempenho de seus três centros de responsabilidades (soja, óleo e margarina). Para esse
fim, utiliza o Preço de Transferência nas transações internas. Para a determinação do Preço de Transferência,
a empresa considera o quanto pagaria no mercado para adquirir prontos seus produtos intermediários.
Considerando os dados a seguir, o controller pretende identificar se todos os negócios da empresa são
lucrativos.

Observações:

• a soja não tem matéria-prima;

• a soja é utilizada como matéria-prima para fabricar o óleo, que é utilizado como matéria-prima para fabricar
a margarina;

• não será considerada a alíquota de Imposto de Renda para o cálculo do resultado operacional de cada
unidade de negócio.

Ao analisar os dados e verificar o resultado operacional de cada unidade de negócio, o controller concluiu que:

a) A soja e o óleo são negócios lucrativos.


b) A soja e a margarina são negócios lucrativos.

c) O óleo e a margarina são negócios lucrativos.


d) A soja, o óleo e a margarina são negócios lucrativos.

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RESOLUÇÃO:

Essa segue, relativamente, o modelo de resolução da questão cobrada na edição 2019.1 do exame. Dá um certo
trabalho, motivo pelo qual é, também, daquelas espécies de cobranças que devemos deixar para resolver ao final
da prova, depois de resolver aquelas de resolução rápida.

Bem, o tema é, mais uma vez, a administração por centros de responsabilidade. Tem a ver com centros de lucro,
em que subunidades trabalham interligadas umas às outras.

Lembre-se de que, nessas condições, o preço de transferência acaba por ser peça chave na resolução. Nas
operações havidas entre as unidades, o preço de transferência representa, concomitantemente, receita para a
origem e custo para a destinatária.

Temos três produtos: a soja, o óleo e a margarina. O examinador já alerta que a soja não tem matéria-prima. Ou
seja, ela é a própria matéria prima, nesse caso, para a fabricação do óleo, sendo esse matéria-prima para a
margarina.

Nosso objetivo é encontrar o resultado relativo às operações de cada produto e, depois, compará-los com as
afirmações trazidas nas alternativas propostas pelo examinador. Não teremos que calcular IR, o que alivia um
pouco. Então, vamos lá, por etapas.
1º Passo: cálculos relativos à produção e comercialização da soja:

O preço de mercado da unidade é de R$3,00, sendo vendida 1.000, o que nos dá uma receita de R$3.000,00.

Como custo total, nós temos o fixo, por mês, de R$500,00, que devem ser somados aos variáveis, de R$1.500,00
(R$1,50 x 1.000). Não temos custo com matéria-prima. O custo total, portanto, será de R$2.000,00.
O resultado operacional, portanto, será obtido pela fórmula receita-custo.

R$3.000,00 – R$2.000 ,00 = R$1.000,00


Resultado operacional da soja será um lucro de R$1.000,00.

2º Passo: cálculos relativos à produção e comercialização do óleo:


O preço de mercado do óleo é de R$3,50 a unidade. A saída de 1.000 unidades, proposta no enunciado, nos dará
uma receita total de R$3.500,00.
Quanto ao custo total, temos que somar os custos relativos ao preço de transferência da soja, que entra como
matéria prima, no valor de R$3.000,00 (é a receita lá, ok?); mais outros custos variáveis no valor de R$300,00 (1.000
x R$0,30); e, ainda os custos fixos, no valor de R$500,00. Portanto, o custo total será de R$3.800,00.

O resultado operacional será a diferença entre a receita e o custo, assim:

R$3.000,00 – R$3.800,00 = -R$800,00


O resultado operacional será negativo (prejuízo), de -R$800,00.

3º Passo: cálculos relativos à produção e comercialização da margarina:

O preço de mercado, aqui, será de R$6,00, sendo que a comercialização de 1.000 unidades gerará R$6.000,00 de
receitas.
Para encontrarmos o custo, somaremos os custos variáveis com os custos fixos. Quanto aos custos variáveis,
somaremos o preço de transferência da matéria-prima, o óleo, de R$3.500,00, com os outros custos variáveis de

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R$600,00 (1.000 x R$0,60); e os R$1.000,00 a título de custos fixos. Portanto, o custo total de produção da
margarina será de R$5.100,00.

O resultado operacional será positivo (lucro) de R$900,00, que é a diferença entre as receitas (R$6.000,00) e os
custos totais (R$5.100,00).

4º Passo: análise das assertivas:


a) Errado. A soja dá lucro e R$1.000, mas o óleo dá prejuízo de R$800,00.

b) Certo. A soja e a margarina dão lucros de R$1.000,00 e R$900,00, respectivamente.

c) Errado. Como vimos, o óleo não é um negócio lucrativo para a organização.


d) Errado. Dos três produtos, apenas a soja e a margarina são lucrativas.

Boa questão! Exige uma certa organização mental do candidato, com raciocínio lógico e sequencial.

GABARITO: B

28. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.1)


As obrigações tributárias dividem-se em principais e acessórias. Dentre as alternativas relacionadas, assinale
a que corresponde a uma obrigação principal.

a) Escrituração dos livros fiscais.


b) Emissão da nota fiscal de venda de mercadoria ou serviço.

c) Cálculo do saldo credor de ICMS por uma empresa exportadora.


d) Pagamento dos tributos incidentes sobre a prestação de serviços de qualquer natureza.

RESOLUÇÃO:
Lembre-se de que “O PAGAMENTO DE TRIBUTO SEMPRE SERÁ OBRIGAÇÃO PRINCIPAL”

Escrituração = obrigação de fazer → obrigação acessória


Emissão de documento fiscal = obrigação de fazer → obrigação acessória

Cálculo de saldo = obrigação de fazer → obrigação acessória (veja que calcular não é sinônimo de pagar!!)

Pagamento de tributo = obrigação de dar → obrigação principal

GABARITO: D

29. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.1)

O conceito de tributo pode ser encontrado no art. 3º do Código Tributário Nacional, ao exprimir que “tributo
é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua
sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”.

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Ao condicionar a existência do tributo a sua instituição em lei, tal definição encontra-se amparada por qual
dos princípios constitucionais?

a) Isonomia.

b) Legalidade.

c) Anterioridade.
d) Irretroatividade.

RESOLUÇÃO:

Vejamos, de forma resumida, o que significa cada princípio apresentado:


a) Isonomia → ligado à igualdade, este princípio preconiza que a carga tributária deverá ser maior para aqueles
que têm mais poder aquisitivo e, consequentemente, menor para quem tem menos dinheiro (ex: quem recebe um
salário mínimo não paga imposto de renda)

b) Legalidade → tributo decorre de lei! Exatamente o que diz a definição de tributo trazida pelo CTN.

c) Anterioridade → não se pode co rar tri uto no mesmo ano que ele foi criado (não pode co rar “ANTE ” um
ano). Há exceções a esse princípio.
d) Irretroatividade. → depois que um tributo é criado, não se pode cobrar em relação a fatos que ocorreram antes
de sua criação (O tri uto não “retroage” para o per odo em que ele não existia)

GABARITO: B

30. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.1)

“Espécie tributária destinada a atender às despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública,


guerra externa ou sua iminência.”

Este conceito se aplica a:


a) Taxa.

b) Imposto.

c) Empréstimo compulsório.

d) Contribuição de melhoria.

RESOLUÇÃO:
O enunciado ainda traz o trecho entre aspas para não restar dúvida de que está fazendo referência ao disposto no
artigo 148, inciso primeiro, da Constituição Federal que trata dos empréstimos compulsórios.

GABARITO: C

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31.(CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.1)


Determinado cliente captou um empréstimo de R$ 20.000,00 para ser liquidado em 4 prestações mensais,
periódicas, iguais e postecipadas, à taxa de juros compostos de 2% a.m. Assim que efetuou o pagamento da
2ª prestação, o cliente informou que poderia pagar, naquela mesma data, as duas prestações que ainda
restavam, mas se o banco concedesse algum desconto. O banco informou que poderia conceder 1% a.m. de
desconto comercial simples sobre o valor de cada uma das duas prestações que ainda restavam. Considerando
somente as informações apresentadas, assinale, entre as alternativas a seguir, o valor total mais próximo que
o cliente desembolsaria para quitar, com desconto, as duas prestações que ainda restavam. Admita o mês
comercial de 30 dias em todas as situações apresentadas e que os juros mensais estão embutidos no valor das
prestações.

A) R$ 5.252,48

B) R$ 10.347,39

C) R$ 15.599,87

D) R$ 20.000,00

RESOLUÇÃO:
Temos um empréstimo de valor presente PV = 20.000 a ser pago em n = 4 prestações com taxa de juros i = 2%am.
A prestação (PMT) pode ser obtida na HP12C inserindo-se esses valores e apertando a tecla PMT:

Portanto, temos que cada prestação é no valor de R$5.252,48. Queremos adiantar o pagamento da 3ª prestação
em 1 mês, e da 4ª prestação em 2 meses. Para tanto, usaremos o desconto comercial simples à taxa d = 1%am. O
valor a ser pago por essas duas prestações é, portanto:

𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑎𝑡𝑢𝑎𝑙 𝑎 𝑠𝑒𝑟 𝑝𝑎𝑔𝑜 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑎𝑡𝑢𝑎𝑙 𝑑𝑎 3ª 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎çã𝑜 + 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑎𝑡𝑢𝑎𝑙 𝑑𝑎 4ª 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎çã𝑜
No regime de desconto comercial simples:

𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑎𝑡𝑢𝑎𝑙 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑥 (1 – 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑥 𝑝𝑟𝑎𝑧𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑐𝑖𝑝𝑎çã𝑜)


Isto é,

𝐴 = 𝑁 𝑥 (1 – 𝑑𝑥𝑡)
Aplicando esta fórmula para obter o valor atual da 3ª e da 4ª prestações:

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𝐴3 = 5.252,48 𝑥 (1 – 0,01 𝑥 1) = 5.199,95


𝐴4 = 5.252,48 𝑥 (1 – 0,01 𝑥 2) = 5.147,43
Logo, a soma dos valores atuais é:

𝐴 = 5.199,95 + 5.147,43
𝑨 = 𝟏𝟎. 𝟑𝟒𝟕, 𝟑𝟖 𝒓𝒆𝒂𝒊𝒔
Temos este valor (aproximado) na alternativa B.

GABARITO: B

32.(CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.1)


Durante o primeiro semestre de 2019, as Sociedades Empresárias Alfa e Beta apresentaram os seguintes
valores de receitas de vendas ao mês:

Receitas de Vendas (em R$) no Primeiro Semestre/2019


Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
Sociedade Alfa 20.000,00 20.000,00 15.000,00 18.000,00 30.000,00 35.000,00
Sociedade Beta 35.000,00 35.000,00 15.000,00 18.000,00 30.000,00 20.000,00

Considerando apenas as informações apresentadas, quais são os respectivos valores que mais se aproximam
do desvio-padrão amostral das receitas de vendas da Sociedade Alfa e da Sociedade Beta no primeiro
semestre de 2019?

A) 7.071,07 e 7.340,91
B) 7.340,91 e 7.071,07
C) 7.340,91 e 8.041,56

D) 7.745,97 e 8.916,28

RESOLUÇÃO:

Vamos inicialmente analisar a sociedade alfa. Veja que podemos subtrair 20.000 unidades de todos os valores,
visando trabalhar com números menores. Assim, ficamos com:

(0, 0, -5.000, -2.000, 10.000, 15.000)

Podemos ainda trabalhar com os valores em milhares de reais, dividindo tudo por 1000, ficando com:

(0, 0, -5, -2, 10, 15)

A soma dos valores acima é:

Soma valores = 18
A soma dos quadrados dos valores acima é:
Soma quadrados = 0 + 0 + 25 + 4 + 100 + 225

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Soma quadrados = 354

Assim, a variância é dada por:


1
𝑆𝑜𝑚𝑎 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜𝑠 − 𝑛 . (𝑆𝑜𝑚𝑎 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠)2
𝑉𝑎𝑟𝑖â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑙 =
𝑛−1
1
354 − 6 . (18)2
𝑉𝑎𝑟𝑖â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑙 =
6−1
1
354 − 6 . 324
𝑉𝑎𝑟𝑖â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑙 =
5
354 − 54 300
𝑉𝑎𝑟𝑖â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑙 = = = 60
5 5
O desvio padrão amostral é a raiz desta variância, ou seja,

𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑙 = √60 = 7,74596


O valor acima está em milhares de reais. Para converter para reais, basta multiplicar por 1000, ficando com
R$7.745,96.
Veja que este valor já nos permite marcar a alternativa D. Façamos o cálculo para a sociedade Beta apenas por fins
didáticos.

35.000,00 35.000,00 15.000,00 18.000,00 30.000,00 20.000,00

Podemos subtrair 30.000 de todos os valores, ficando com:

(5.000, 5.000, -15.000, -12.000, 0, -10.000)


Dividindo por 1.000, para ficarmos com milhares de reais, temos:

(5, 5, -15, -12, 0, -10)


A soma dos valores é:

Soma valores = -27


A soma dos quadrados dos valores é:

Soma quadrados = 25 + 25 + 225 + 144 + 0 + 100 = 519

Na fórmula da variância amostral:


1
𝑆𝑜𝑚𝑎 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜𝑠 − 𝑛 . (𝑆𝑜𝑚𝑎 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠)2
𝑉𝑎𝑟𝑖â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑙 =
𝑛−1
1
519 − 6 . (−27)2
𝑉𝑎𝑟𝑖â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑙 =
6−1
1
519 − 6 . 729
𝑉𝑎𝑟𝑖â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑙 =
5
519 − 121,5
𝑉𝑎𝑟𝑖â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑙 = = 79,5
5

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O desvio padrão é a raiz desta variância:

𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑙 = √79,5 = 8,91627


Multiplicando por 1000, obtemos o valor em reais: R$8.916,27.

GABARITO: D

33.(CFC – Exame de Suficiência – Bacharel – 2019.1)


Ludícibus et al (2018) afirma que “o maior pesquisador e escritor sobre a Escola Europeia de Contabilidade foi
rancisco D’Auria”. Ele abordou em seu livro “Primeiros Princípios de Contabilidade Pura”, as principais teorias que
compõem a Escola Europeia de Contabilidade.

Uma das principais teorias da Escola Europeia que considera a conta como o “centro de gravidade” da
aplicação contábil, afirmando que ela é o raciocínio aritmético para medir a grandeza dos valores relacionados
entre si e as pessoas é a teoria:
a) Econômica.

b) Patrimonial.

c) Materialista.
d) Matemática.
RESOLUÇÃO:

De acordo com D´Áuria (1959, p137) a Teoria Econômica aponta que a ideia de valor implica a de riqueza e
comenta a respeito:
“A conta é o “centro da gravidade” da aplicação contábil. Ela é um raciocínio aritmético para medir a grandeza dos valores
relacionados entre si e as pessoas. (...) As contas foram sempre feitas com elementos econômicos. Como, porém, toda a
economia está relacionada a pessoas, sobrepujando interesse destas, a conta se fez para pessoas. Assim, o quadro técnico
“conta” foi considerado em função das pessoas a que estava ligada a riqueza.

Fábio Besta foi o primeiro a evidenciar o valor econômico na função da conta, imaginando e definindo a função do
“controle econômico”. A corrente de cultores da contabilidade que lhe seguiram as pegadas se denominou racionalista,
a qual tomou o encargo de combater o personalismo, e propugnar as “contas a valor”.
A obra de Dumarchey, fundada no positivismo da contabilidade, demonstra que a conta se forma com o “valor
econômico”.

A concepção patrimonialista também se alicerça no “valor econômico”, com a particularidade de estabelecer vínculo
entre “valor” e “pessoa”.
(...) então, (...) na teoria econômica o controlismo, o positivismo e o patrimonialismo, porquanto é a riqueza em ação,
a riqueza individualizada, - patrimônio, - a matéria ou objeto sobre que incide qualquer desses três sistemas teóricos.”

Com isso, correta a alternativa A.

GABARITO: A

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34. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharel – 2019.1)

Depois de ganhar o concurso America’s Next Top Model, Fabiane Lins assinou um contrato com a Ford Models;
foi nomeada modelo propaganda da Cover-Girl e firmou um contrato para uma divulgação de fotos na revista
Elle. Embora a Ford não tenha revelado detalhes do contrato, em condições normais, os pagamentos seriam
de R$ 500.000,00 anuais para os próximos três anos. Considere que o valor atual desses pagamentos é de R$
1,5 milhão. Ao assinar o contrato com Fabiane, a Ford também a presenteia com um BMW M3 esporte
conversível, avaliado em R$ 70.000,00. Em relação a reconhecimento e mensuração de ativos e passivos, é
correto afirmar que a Ford Models deverá tratar o valor de R$ 70.000,00 no momento da assinatura como:

a) Patrimônio Líquido.

b) Somente como uma saída de caixa.

c) Passivo, pois se trata de uma dívida da empresa para o próximo ano.

d) Ativo, pois se trata de um adiantamento sobre contrato de R$ 70.000,00.

RESOLUÇÃO:
O primeiro questionamento que me fiz ao me deparar com este enunciado é: onde é que existe uma loja onde um
BMW M3 esporte conversível está avaliado em R$ 70.000? Se souber me avise, por gentileza! Rs!
Esta questão foi muito mal formulada, dado que não há informações adicionais a respeito da situação descrita. O
recebimento do veículo estava previsto em contrato, sendo mero adiantamento, ou foi uma doação? Se for uma
doação existe algum tipo de condição para que essa doação se efetive definitivamente? A depender de cada caso
o tratamento contábil será diferente.

Com isso, a questão acabou sendo bem anulada pela banca.

GABARITO: ANULADA

35.(CFC – Exame de Suficiência – Bacharel – 2019.1)


A história tem mostrado que, conforme ocorre o desenvolvimento econômico, a Contabilidade se torna cada
vez mais importante.

Em relação às escolas ou doutrinas na história da Contabilidade e sua evolução, observa-se que:

I. A primeira literatura contábil relevante elaborada pelo Frei Luca Pacioli, em 1494, consolida o método das
partidas dobradas.

II. A Contabilidade é uma Ciência Social Aplicada, pois é a ação humana que gera e modifica o fenômeno
patrimonial.
III. Antes da criação do método das partidas dobradas, a Contabilidade, na sua forma rudimentar, não era
capaz de avaliar bens, direitos e obrigações.

IV. No início do século XX, houve uma queda da Escola Europeia e a ascensão da Escola Norte-Americana.
V. Hatfield escreveu três volumes entre 1909-1910, em que conceituou a contabilidade como a “Ciência
Econômica das Entidades”.

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Estão corretas apenas as afirmativas


a) III e IV.
b) I, II e IV.
c) I, III e V.
d) I, II, III e V.
RESOLUÇÃO:
Vamos analisar os itens apresentados.
I. Correto. A publicação da obra de Luca Pacioli “Summa de Arithmetica, Geometria proportioni et propornalita”, na cidade
de Veneza em 1494, foi a primeira obra da qual se tem notícia a registrar o método das partidas dobradas. O Monge
Franciscano Luca Bartolomeo de Pacioli é considerado o pai da contabilidade moderna por ter sido pioneiro ao publicar
em um livro o método das partidas dobradas.
II. Correto. A Contabilidade é usualmente como uma Ciência Social, embora o senso comum, geralmente,
identifique-a como sendo uma Ciência Exata egundo MEGALE, “é classificada como Ciência Social Aplicada,
subgrupo das Ciências Humanas e Sociais, estando, assim, entre as Ciências ociais mais jovens”
ncorreto egundo Cosenza (2 2, p8), “A história da Conta ilidade tem sua gênese concomitante ao próprio
nascimento da humanidade. (...) Nos primórdios da civilização humana, as primeiras manifestações contábeis
ocorrem com o registro da conta, ainda que não cientificamente fundamentado”
De acordo com Sá (1997), o homem já registrava suas riquezas há cerca de 20 mil anos, embora de forma bastante
primitiva (desenhavam-se, por exemplo, figuras para identificação dos itens contabilizados).
IV. Correto. O início da escola americana, a partir do surgimento das grandes corporações no começo do século
XX, foi caracterizado pelo aspecto prático no tratamento de problemas econômico-administrativos, com imitadas
construções teóricas as quais tiveram origem em entidades ligadas a profissionais da área contábil.
V. Incorreto. Fabio Besta escreveu três volumes entre 1909-1910, em que conceituou a contabilidade como a
“Ciência Econômica das Entidades”

GABARITO: B

36. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharel – 2019.1)

O Patrimônio Líquido pode ser caracterizado como a diferença entre o Ativo e o Passivo. Ele mostra o valor
dos recursos que os proprietários aportaram, seja pela compra de ações, seja ao reinvestir (acumular) os ativos
líquidos gerados pelos lucros. No Patrimônio Líquido encontramos uma série de Teorias. A Teoria do
Patrimônio Líquido que considera o Ativo como somatório das aplicações que foi possível fazer pela utilização
dos recursos provindos de terceiros e de capitais próprios é chamada de teoria:
a) Dos Fundos.
b) Da Entidade.
c) Operacional.
d) De Comando.

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RESOLUÇÃO:
A Teoria dos Fundos centra-se no ativo, uma vez que está focada na gestão e no uso apropriado dos ativos. Um
fundo é, pois, considerado um grupo homogêneo dentro da organização, que possui obrigações que lhe são
específicas. Essas obrigações, por sua vez, podem ser com terceiros (passivo) ou com capital próprio.

De acordo com esta teoria, o ativo resulta da soma das aplicações que foram efetuadas graças a utilização de
recursos obtidos junto a terceiros e de capitais próprios.

Com isso, correta a alternativa A.

GABARITO: A

37.(CFC – Exame de Suficiência – Bacharel – 2019.1)


A legislação que regula a profissão contábil estabelece diversos direitos e deveres a serem observadores pelos
profissionais da classe contábil. Dentre os deveres previstos pela norma, é VEDADO ao contador:

a) Publicar trabalho, científico ou técnico, assinado e sob sua responsabilidade.


b) Indicar, em qualquer modalidade ou veículo de comunicação, os títulos e especializações por ele obtidos.

c) Transferir o contrato de serviços a seu cargo a outro profissional, tendo a anuência por escrito do cliente.

d) Auferir qualquer provento em função do exercício profissional que não decorra exclusivamente de sua prática
lícita.

RESOLUÇÃO:

A questão nos cobra conhecimentos relativos à NBC PG 01, nosso badalado Código de Ética Profissional do
Contador. Lá no item 6 da norma, ela estabelece que é permitido ao contador:
(a) publicar trabalho, científico ou técnico, assinado e sob sua responsabilidade;

(b) transferir o contrato de serviços a seu cargo a outro profissional, com a anuência do cliente, sempre por escrito;
(c) transferir, parcialmente, a execução dos serviços a seu cargo a outro profissional, mantendo sempre como sua
a responsabilidade técnica; e

(d) indicar, em qualquer modalidade ou veículo de comunicação, títulos, especializações, serviços oferecidos,
trabalhos realizados e a relação de clientes, esta quando autorizada por estes.

Ou seja, “auferir qualquer provento em função do exerc cio profissional que não decorra exclusivamente de sua
prática l cita” não entra no rol e não decorrer de sua prática l cita, estar amos diante de um poss vel il cito, não é
mesmo? Por eliminação, daria para “matar” essa questão com relativa facilidade, mesmo sem conhecer a norma

GABARITO: D

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38. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharel – 2019.1)

O plenário do Conselho Federal de Contabilidade é o órgão responsável pela aprovação do Código de Ética
Profissional do Contador. Nos termos deste Código, é permitido ao contador efetuar ações publicitárias,
desde que estas:

a) Sejam efetuadas de forma moderada e discreta.

b) Desenvolvam ações comerciais que iludam a boa-fé de terceiros.


c) Façam comparações depreciativas entre o seu trabalho e o de outros.

d) Caracterizem a mercantilização dos serviços oferecidos pelo contador.

RESOLUÇÃO:

Essa questão, pelo ga arito preliminar, indicava a alternativa “A” como resposta Depois, pelo ga arito oficial,
acabou sendo anulada. No item 12, notamos que o Código de Ética rofissional do Contador esta elece que “a
pu licidade dos serviços contá eis deve ter caráter meramente informativo, ser moderada e discreta ” O pro lema
é que o texto fora acrescentado pela versão do Código publicada em 07 de fevereiro de 2019, que passou a vigorar
em 01 de junho de 2019. Os candidatos, então, embasando-se no item 6.4 daquele edital, pediram e conseguiram
a anulação da questão alegando que a cobrança feriria a regra de que não seria cobradas as alterações legais que
viessem a vigorar em até 90 dias antes da publicação do edital. A banca resumiu-se a fundamentar a anulação da
seguinte forma: “Considerando a identificação de vícios que comprometem sua resolução, anula-se a questão.”

Pois bem. Extraindo esse vício, a questão não traz maiores dificuldades. Fazer publicidade iludindo a boa-fé de
terceiros (“B”); ou fazendo comparações depreciativas entre o seu tra alho e o de outros profissionais (“C”); ou,
ainda, que venham a caracterizar a mercantilização dos serviços oferecidos pelo contador (“D”) certamente não
podem ser resposta ao pedido pelo examinador A resposta, em condições normais, seria mesmo a letra “A”

GABARITO: (Anulada)

39. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharel – 2019.1)


O Conselho Federal de Contabilidade é uma autarquia criada e regida por lei específica: o Decreto-Lei nº
9295/45. Cabe ao Conselho Federal de Contabilidade, as atividades a seguir, EXCETO:

a) Fiscalizar o exercício da profissão contábil.

b) Lavrar autos de infração em virtude de ilícitos tributários cometidos pelos contribuintes.

c) Decidir, em última instância, recursos de penalidade imposta pelos Conselhos Regionais.

d) Publicar o relatório anual de seus trabalhos, em que deverá figurar a relação de todos os profissionais
registrados.

RESOLUÇÃO:

Decreto-Lei nº 9.295/45 na área!


Comentemos cada assertiva.
a) Certo. Função precípua dos Conselhos de Contabilidade (CFC e CRC). Art. 2º do DL nº9.295/45.

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b) Errado. Entenda o seguinte: o foco do CFC (e dos CRC, claro) é o exercício atividade profissional do contador e
do técnico em contabilidade, bem como o exercício da contabilidade no Brasil. O que extrapolar isso, sai da esfera
dos Conselhos. Nesse caso, lavrar autos de infração em virtude de ilícitos tributários cometidos por contribuintes
é tarefa de autoridades administrativas (auditores fiscais, agentes de rendas etc.) no âmbito do poder público.

c) Certo Competência do CFC prevista no art 6º, item “d”


d) Certo. Competência do CFC prevista no art. 6º, item “e”

GABARITO: B

40. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharel – 2019.1)

O Código de Ética Profissional do Contador prevê os elementos que devem nortear o valor dos serviços a
serem prestados. Ao apresentar o valor dos honorários em sua proposta de prestação de serviços
profissionais, o contador deverá considerar os seguintes elementos, EXCETO:
a) O tempo que será consumido para a realização do trabalho.

b) O resultado lícito favorável que, para o contratante, advirá com o serviço prestado.

c) A relevância, o vulto, a complexidade, os custos e a dificuldade do serviço a executar.

d) As afirmações desproporcionais feitas sobre os serviços que oferece, a fim de que possam ser cobradas mais
horas.

RESOLUÇÃO:

Código de Ética na veia! A resposta está lá no item 7 da norma.

a) Certo Al nea “ ”
) Certo Aliena “d”

c) Certo Al nea “a”


d) Errado. Afirmações desproporcionais? Cobrança a maior? Essa conduta, certamente, foge de uma conduta
ética, concorda?

GABARITO: D

41. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharel – 2019.1)

O art. 2º da Resolução CFC nº 1328/11 classifica as Normas Brasileiras de Contabilidade em Profissionais e


Técnicas. Qual conjunto de normas relacionado a seguir NÃO condiz com a estrutura das Normas de
Contabilidade Profissionais?
a) De Perícia – NBC TP: são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicáveis aos trabalhos de Perícia.

b) Geral – NBC PG: são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas indistintamente a todos os profissionais
de Contabilidade.

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c) Do Perito – NBC PP: são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas especificamente aos contadores que
atuam como peritos contábeis.

d) Do Auditor Independente – NBC PA: são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas, especificamente,
aos contadores que atuam como auditores independentes.

RESOLUÇÃO:
A questão é mais interpretativa que conceitual. O art. 2º da Resolução CFC nº1.328/2011 estabelece que as Normas
Brasileiras de Contabilidade se dividem em duas espécies: normas técnicas e normas profissionais. Nos artigos
seguintes ele traz as subespécies de cada uma dessas duas espécies.
Veja que é a partir dessa classificação que estabelecemos as duas espécies aplicáveis à Perícia: uma técnica (NBC
TP 01) e outra profissional (NBC PP 01). O examinar pergunta justamente qual das noras citadas NÃO faz parte do
conjunto de subespécies das Normas de Contabilidade PROFISSIONAIS.

O macete é: começou com “ ” é norma do tipo “profissional” Começou com “T”, é su espécie do tipo “técnica”
Assim, nosso gabarito é, sem dúvidas, a letra A. A NBC TP diz respeito ao aspecto técnico da Perícia Contábil, e
não ao profissional.

GABARITO: A

42. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharel – 2019.1)


Com base na Resolução CFC nº 1.374/2011 – NBC TG Estrutura Conceitual, as “Demonstrações Contábeis têm
por finalidade satisfazer as necessidades comuns da maioria dos seus usuários, uma vez que quase todos eles
utilizam essas demonstrações contábeis para a tomada de decisões econômicas”. Considerando o disposto
na referida resolução, NÃO é uma decisão econômica comum a maior parte dos usuários:

a) Determinar políticas tributárias.


b) Determinar a distribuição de lucros e dividendos.

c) Decidir quando comprar, manter ou vender instrumentos patrimoniais.

d) Determinar quais instrumentos de controle gerencial são melhores para mensurar o desempenho
organizacional.

RESOLUÇÃO:
Segundo a Estrutura Conceitual Básica demonstrações contábeis elaboradas com tal finalidade satisfazem as
necessidades comuns da maioria dos seus usuários, uma vez que quase todos eles utilizam essas demonstrações
contábeis para a tomada de decisões econômicas, tais como:

(a) decidir quando comprar, manter ou vender instrumentos patrimoniais;


(b) avaliar a administração da entidade quanto à responsabilidade que lhe tenha sido conferida e quanto à
qualidade de seu desempenho e de sua prestação de contas;
(c) avaliar a capacidade de a entidade pagar seus empregados e proporcionar-lhes outros benefícios;
(d) avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos financeiros emprestados à entidade;

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(e) determinar políticas tributárias;

(f) determinar a distribuição de lucros e dividendos;

(g) elaborar e usar estatísticas da renda nacional; ou

(h) regulamentar as atividades das entidades.

As demonstrações contábeis são mais comumente elaboradas segundo modelo baseado no custo histórico
recuperável e no conceito da manutenção do capital financeiro nominal. Outros modelos e conceitos podem ser
considerados mais apropriados para atingir o objetivo de proporcionar informações que sejam úteis para tomada
de decisões econômicas, embora não haja presentemente consenso nesse sentido.
Esta Estrutura Conceitual foi desenvolvida de forma a ser aplicável a uma gama de modelos contábeis e conceitos
de capital e sua manutenção.

Com isso, incorreta a alternativa D.

GABARITO: D

43. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharel – 2019.1)


Com base na Resolução CFC nº 803/96, que aprova o Código de Ética Profissional do Contador, analise as
afirmativas a seguir.
I. É dever do contador quando perito, assistente técnico, auditor ou árbitro abster-se de interpretações
tendenciosas sobre a matéria que constitui objeto da perícia, mantendo absoluta independência moral e
técnica na elaboração do respectivo laudo.
II. É dever do contador quando perito, assistente técnico, auditor ou árbitro recusar sua indicação quando
reconheça não se achar capacitado em face da especialização requerida.
III. É vedado ao profissional da contabilidade contador assinar documentos ou peças contábeis elaborados
por outrem alheio à sua orientação, supervisão ou revisão.
IV. A transgressão de preceito deste Código constitui infração ética, sancionada, segundo a gravidade, com a
aplicação de uma das seguintes penalidades: advertência reservada, censura reservada, ou censura pública.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

a) I, II, III e IV.


b) I, apenas.

c) I e III, apenas.

d) I, II e IV, apenas

RESOLUÇÃO:
Inicialmente, é importante notar que a Resolução 803/96 fora revogada pela NBC PG 01, que passou a vigorar a
partir de 1º de junho de 2019. Mas isso não nos impede de analisarmos a questão. Mas, frise-se: a norma não está
mais em vigor, sendo substituída peal NBC PG 01.
Vamos avaliar cada item, individualmente.

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I – Certo. Art. 5º, inciso II.

II – Certo. Art. 5º, inciso I.

III – Certo. Art. 3º, inciso IV.

IV – Certo. Art. 12, inciso I a III.

GABARITO: A

44. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharel – 2019.1)

A NBC PG 100, de 24 de janeiro de 2014 – Aplicação Geral aos Profissionais da Contabilidade “estabelece a
estrutura conceitual que o profissional da contabilidade deve aplicar para: (a) identificar ameaças ao
cumprimento dos princípios éticos; (b) avaliar a importância das ameaças identificadas; e (c) aplicar
salvaguardas, quando necessário, para eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável”. Quanto aos
princípios éticos que o profissional da contabilidade deve cumprir, analise as afirmativas a seguir.

I. Integridade: ser franco e honesto em todos os relacionamentos profissionais e comerciais.


II. Objetividade: cumprir as leis e o regulamento pertinentes e evitar qualquer ação que desacredite a
profissão.
III. Competência profissional e devido zelo: manter o conhecimento e a habilidade profissionais no nível
adequado para assegurar que clientes e/ou empregador recebam serviços profissionais competentes com
base em desenvolvimentos atuais da prática, legislação e técnicas, e agir diligentemente e de acordo com as
normas técnicas e profissionais aplicáveis.

Está (ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)


a) I, II e III.

b) I, apenas.
c) I e II, apenas.

d) I e III, apenas.
RESOLUÇÃO:

O único erro se encontra no item , pois descreve o princ pio ético denominado “comportamento profissional
Relembremos os princípios:

• Integridade: Ser honesto em relação ao cliente e terceiros.


• Objetividade: julgar sem viés.
• Competência e Zelo: conhecimentos e habilidades profissionais; e postura diligente.
• Confidencialidade e Sigilo: não divulgar informações do cliente, exceto quando lei ou outro dever legal exigir a
divulgação.
• Comportamento Profissional: Cumprir leis e regulamentos.

Com isso, correta a alternativa D.


GABARITO: D

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45. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharel – 2019.1)

Segundo a NBC TA 620 – Utilização do Trabalho de Especialistas, o especialista do auditor é uma pessoa ou
organização com especialização em área que não contabilidade ou auditoria, contratado pelo auditor, cujo
trabalho nessa área é utilizado pelo auditor para ajudá-lo a obter evidência de auditoria suficiente e
apropriada. O especialista do auditor pode ser interno (um sócio, ou equivalente no setor público quando
relevante, ou uma pessoa que faz parte da equipe, incluindo equipe temporária, da firma do auditor ou de
firma da rede), ou externo. Um especialista do auditor pode ser necessário para ajudar o auditor em um ou
mais dos seguintes assuntos, EXCETO:

a) Entendimento da entidade e de seu ambiente, incluindo seus controles internos.

b) Determinação e implementação de respostas gerais aos riscos avaliados no nível de demonstrações contábeis.

c) Avaliação da suficiência e adequação da evidência de auditoria obtida na formação de opinião sobre as


demonstrações contábeis.

d) Execução de procedimentos adicionais de auditoria para responder aos riscos avaliados no nível de afirmação,
compreendendo a indagação e os procedimentos analíticos.

RESOLUÇÃO:
Questão bem “enrolada”, pois a banca se baseia na literalidade absoluta para definir a sua resposta. Aliás, essa
uma abordagem bem característica do CFC. Observe:

Conforme a NBC TA 620, A4 um especialista do auditor pode ser necessário para ajudar o auditor em um ou mais
dos assuntos a seguir:

• entendimento da entidade e de seu ambiente, incluindo seus controles internos;

• identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante;

• determinação e implementação de respostas gerais aos riscos avaliados no nível de demonstrações


contábeis;

• definição e execução de procedimentos adicionais de auditoria para responder aos riscos avaliados no nível
de afirmação, que compreendem testes de controle ou procedimentos substantivos;

• avaliação da suficiência e adequação da evidência de auditoria obtida na formação de opinião sobre as


demonstrações contábeis.
Considerando apenas literalidade da norma, fica claro que ao indicar a “indagação” e “procedimentos anal ticos”,
a questão ficou incompatível com o texto da norma, pois deveria ter sido mencionado os gêneros (teste de controle
e teste substantivo), e não tipos de procedimentos que se enquadram nesses gêneros como a indagação e
procedimentos analíticos. Assim, podemos escolher a letra D por ser a menos correta.
Merece, contudo, esclarecer-se que a letra D não está totalmente incorreta, mas apenas incompleta. Pois não há
qualquer óbice para que tais procedimentos sejam levados adiante pelo auditor. Ainda que a indagação e
procedimentos analíticos sejam pouco persuasivos, podem colaborar na execução de testes de controle e testes
substantivos.

GABARITO: D

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46. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharel – 2019.1)

A NBC TA 500 (R1) – Evidência de Auditoria descreve os procedimentos de auditoria que podem ser utilizados
como procedimentos de avaliação de riscos, testes de controles ou procedimentos substantivos, dependendo
do contexto em que sejam aplicados pelo auditor. Diante do exposto, analise as afirmativas, marque V para
as verdadeiras e F para as falsas.

( ) Inspeção: envolve o exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de papel, em


forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo. A inspeção de registros e documentos
fornece evidência de auditoria com graus variáveis de confiabilidade, dependendo de sua natureza e fonte e,
no caso de registros internos e documentos, da eficácia dos controles sobre a sua produção. Um exemplo de
inspeção utilizada como teste é a inspeção de registros em busca de evidência de autorização.

( ) Indagação: consiste na busca de informações junto a pessoas com conhecimento, financeiro e não
financeiro, dentro ou fora da entidade. A indagação é utilizada extensamente em toda a auditoria, além de
outros procedimentos de auditoria. As indagações podem incluir desde indagações escritas formais até
indagações orais informais. A avaliação das respostas às indagações é parte integral do processo de
indagação.
( ) Observação: consiste no exame de processo ou procedimento executado por outros, por exemplo, a
execução independente pelo auditor de procedimentos ou controles que foram originalmente realizados
como parte do controle interno da entidade. A observação fornece evidência de auditoria a respeito da
execução de processo ou procedimento, mas é limitada ao ponto no tempo em que a observação ocorre e
pelo fato de que o ato de ser observado pode afetar a maneira como o processo ou procedimento é executado.
( ) Procedimentos analíticos: consistem em avaliação das informações feitas por meio de estudo das
relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Os procedimentos analíticos incluem também a
investigação de flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações
relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos.
A sequência está correta em

a) V, V, F, V.
b) V, F, V, V.
c) F, V, F, V.

d) V, F, V, F.
RESOLUÇÃO:

De acordo com a norma temos:


Inspeção: envolve o exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de papel, em forma
eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo. A inspeção de registros e documentos fornece
evidência de auditoria com graus variáveis de confiabilidade, dependendo de sua natureza e fonte e, no caso de
registros internos e documentos, da eficácia dos controles sobre a sua produção. Um exemplo de inspeção
utilizada como teste é a inspeção de registros em busca de evidência de autorização.
Indagação: consiste na busca de informações junto a pessoas com conhecimento, financeiro e não financeiro,
dentro ou fora da entidade. A indagação é utilizada extensamente em toda a auditoria, além de outros

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procedimentos de auditoria. As indagações podem incluir desde indagações escritas formais até indagações orais
informais. A avaliação das respostas às indagações é parte integral do processo de indagação.

A observação consiste no exame de processo ou procedimento executado por outros, por exemplo, a observação
pelo auditor da contagem do estoque pelos empregados da entidade ou da execução de atividades de controle. A
observação fornece evidência de auditoria a respeito da execução de processo ou procedimento, mas é limitada
ao ponto no tempo em que a observação ocorre e pelo fato de que o ato de ser observado pode afetar a maneira
como o processo ou procedimento é executado.

Procedimentos analíticos: consistem em avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações
plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Os procedimentos analíticos incluem também a investigação
de flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações relevantes ou que se
desviem significativamente dos valores previstos.

Assim, está incorreto o item 3, já que descreve a reexecução.

GABARITO: A

47. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharel – 2019.1)

De acordo com a NBC TP 01 – Perícia Contábil “os procedimentos periciais contábeis visam fundamentar o
laudo pericial contábil e o parecer técnico-contábil e abrangem, total ou parcialmente, segundo a natureza e
a complexidade da matéria, exame, vistoria, indagação, investigação, arbitramento, mensuração, avaliação
e certificação”. De acordo com a referida norma, marque a alternativa que apresenta um significado correto.

a) Arbitramento: é a especulação de valores, quantidades ou a solução de controvérsia por critério técnico-


científico.

b) Vistoria: é a diligência que objetiva a verificação e a constatação de situação, coisa ou fato, de forma
circunstancial.

c) Investigação: é a busca de informações mediante entrevista com conhecedores do objeto ou de fato relacionado
à perícia.

d) Indagação: é a pesquisa que busca trazer ao laudo pericial contábil ou parecer técnico-contábil o que está oculto
por quaisquer circunstâncias.
RESOLUÇÃO:

Através do esquema abaixo você conseguiria matar a questão!

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Com isso, correta a alternativa B.

GABARITO: B

48. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharel – 2019.1)

A NBC PP 01 – Perito Contábil apresenta diversos termos e os conceitos atribuídos a cada um. À luz da referida
norma, e marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Perito oficial: é nomeado pelo juiz, árbitro, autoridade pública ou privada para exercício da perícia contábil.
( ) Perito-assistente: é o contador, regularmente registrado em Conselho Regional de Contabilidade, que
exerce a atividade pericial de forma pessoal, devendo ser profundo conhecedor, por suas qualidades e
experiências, da matéria periciada.
( ) Perito do juízo: é o investido na função por lei e pertencente a órgão especial do Estado destinado,
exclusivamente, a produzir perícias e que exerce a atividade por profissão.

( ) Perito: é o contratado e indicado pela parte em perícias contábeis.

A sequência está correta em


a) F, F, F, F.

b) V, F, V, F.

c) F, V, F, V.

d) F, V, V, V
RESOLUÇÃO:

Perito – É o contador regularmente registrado em Conselho Regional de Contabilidade que exerce a atividade pericial
de forma pessoal, devendo ser profundo conhecedor, por suas qualidades e experiências, da matéria periciada.

• Perito oficial – É o investido na função por lei e pertencente a órgão especial do Estado destinado,
exclusivamente, a produzir perícias e que exerce a atividade por profissão.

• Perito do juízo – É nomeado pelo juiz, árbitro, autoridade pública ou privada para exercício da perícia contábil.

• Perito-assistente – É o contratado e indicado pela parte em perícias contábeis.


GABARITO: A

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Texto para responder às questões 49 e 50.

A língua e a cultura

Cada língua representa uma cultura e, por conseguinte, uma visão de mundo. Por isso, não há palavras para
Natal, democracia ou microprocessador digital em ianomami. (Talvez hoje, após anos de contato com os
brancos, já haja). Mas, será que a cultura determina a língua ou é a língua que determina a cultura? Segundo
a tese de Sapir-Whorf [...] há uma coextensão entre língua e cultura, de tal modo que ambas se condicionam
mutuamente. Não dá para saber ao certo quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha.

Nesse sentido, nenhum povo pode criar conceitos ou expressar vivências que a sua língua não permita. [...]
(Segundo o biólogo americano Jared Diamond [...] as condições históricas e geográficas também influem).

Não se trata de uma visão racista ou etnocêntrica [...], mas da constatação de que certas línguas oferecem
mais recursos a um pensamento complexo e abstrato do que outras.

[...]

Mas, quer tenham sido as condições naturais que determinaram o surgimento da civilização – e a consequente
complexificação da linguagem – em alguns lugares do planeta e não em outros, quer tenha sido o contrário,
o fato é que a complexidade linguística resultante desse processo ensejou um círculo virtuoso que prossegue
até hoje. Não se trata de povos mais inteligentes do que outros, mas talvez de povos mais sortudos.

(BIZZOCCHI, Aldo. A língua e a cultura. Língua Portuguesa, ano 3, no 27, p. 60-61, jan. 2008. Adaptado.)

49. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharel – 2019.1)


No trecho “Não se trata de uma visão racista ou etnocêntrica [...], mas da constatação de que certas línguas
oferecem mais recursos a um pensamento complexo e abstrato do que outras. ” (3o§), o autor:
a) Intensifica a credibilidade das ideias apresentadas referindo-se ao seu discurso como isento de posições
pontuais, sendo estruturado em fatos que evidenciam resultados obtidos.
b) Limita-se a esclarecer seu interlocutor de que o funcionamento de uma língua não está vinculado a quaisquer
elementos externos, pois tal fato ocasionaria um preconceito linguístico inaceitável.

c) Parte de uma negativa que tem como objetivo refutar os argumentos contrários já evidenciados nos parágrafos
anteriores ao trecho selecionado, confirmando a tese defendida no desenvolvimento do texto.
d) Esclarece que seu objetivo é convencer o leitor de que há uma polarização de pensamentos e, ainda, reforça que
as ideias anteriores ao trecho selecionado são organizadas no sentido de persuadir contribuindo, positivamente,
para tal convencimento.

RESOLUÇÃO:

O texto apresenta uma tese (ponto de vista) de que de que língua e cultura se condicionam mutuamente, de tal
modo que não é possível afirmar que a língua determina a cultura ou a cultura determina a língua.

Assim, por exemplo, um povo não pode criar conceitos ou expressar vivências que sua língua não permita. Trata-
se de uma opinião geral, não restrita especificamente a um povo ou a uma cultura específica. Essa opinião parte
de uma constatação (observação), e não de um achismo.

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A letra B está falsa, pois o autor não afirma categoricamente que é a língua que influencia a cultura. Ele abre a
possibilidade de o contrário ocorrer: a cultura, assim como condições históricas e geográficas, pode determinar a
língua de um povo.

A letra C está falsa, pois o trecho não refuta (se opõe), mas sim endossa os argumentos anteriormente citados.

A letra D está falsa, pois não ocorre bem uma polarização de pensamentos, ou seja, não se observam defesas de
pontos de vista antagônicos. O texto não defende a ideia de que é a língua que determina a cultura nem o contrário.
Há menção ao ponto de vista que considera língua e cultura interdependentes.

Já a letra A, ao afirmar que o autor não apresenta pontos de vista pontuais, quer dizer que o texto defende ideias
gerais, não restritas a um povo ou cultura específicos. Além disso, está baseada numa constatação, dando a
entender que é irrefutável. Isso contribui para dar credibilidade ao ponto de vista apresentado.

GABARITO: A

50. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharel – 2019.1)

Dentre as diversas estratégias que asseguram a elaboração de um texto coeso e coerente estão alguns
mecanismos linguísticos, tais como o emprego de vocábulos como os destacados no trecho “Cada língua
representa uma cultura e, (I) por conseguinte, uma visão de mundo. (II) Por isso, não há palavras para Natal,
democracia ou microprocessador digital em ianomami. ((III) Talvez hoje, após anos de contato com os
brancos, já haja). (IV) Mas, será que a cultura determina a língua ou é a língua que determina a cultura? (V)
Segundo a tese de Sapir-Whorf [...] há uma coextensão entre língua e cultura, de tal modo que ambas se
condicionam mutuamente. Não dá para saber ao certo quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha”. (1o§)
Analise as afirmativas a seguir considerando o emprego dos vocábulos e as expressões destacadas (Observe
a identificação feita por meio de algarismos romanos).
I. Atribui ao enunciado um maior grau de formalismo expressando uma ideia de conclusão, sendo uma
continuação lógica de um raciocínio já iniciado.

II. Indica que a intenção discursiva do enunciador é aproximar o seu interlocutor das ideias e fatos apresentados
utilizando, para isso, um adjunto conjuntivo de uso estritamente coloquial; afastando-se, assim, da norma
padrão com objetivo específico.
III. Quanto ao sentido produzido no discurso, a expressão circunstancial de dúvida introduz uma possibilidade
de alteração da informação apresentada anteriormente.
IV. Introduz um questionamento que se sobrepõe à expressão anterior, alcançando importância e lugar de
destaque na atenção do leitor.
V. No texto, a ideia de conformidade expressa e introduz um recurso que confere ao enunciado a passagem de
uma ideia a outra sem que estejam relacionadas.
Estão corretas apenas as afirmativas

a) I, II e IV.

b) I, III e IV.

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c) II, III e V.

d) III, IV e V.

RESOLUÇÃO:

I – Verdadeira – De fato, o conector “por conseguinte” expressa a ideia de conclusão. E realmente apresenta um
formalismo maior do que outros conectores de conclusão, como “logo”, “portanto”, “então”, etc
II – Falsa – Não se trata de um conector de uso coloquial A conjunção “ or isso” pertence ao registro culto da
linguagem e expressa a ideia de conclusão.

III – Verdadeira – Trata-se de um advérbio de dúvida, que abre a possibilidade de a informação apresentada não
ser totalmente validada. Não é uma afirmação categórica, e sim uma conjetura (hipótese).

IV – Verdadeira – De fato! O conector adversativo “Mas” imprime destaque ao questionamento Ele introduz uma
ressalva ao raciocínio anteriormente exposto, dando ênfase ao questionamento.

V – Falsa – O conector conformativo “ egundo” esta elece uma coesão lógica entre as orações que compõem o
período.

Dessa forma, I, III e IV são verdadeiras.


GABARITO: B

Pessoal, estas foram as cinquenta questões da prova do Exame de Suficiência do CFC aplicada no primeiro
semestre de 2019.

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Vamos, então, à análise das questões cobradas na prova aplicada no segundo semestre de 2019.

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Exame de Suficiência 2019.2


1. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)
A Sociedade Empresária adquiriu, a prazo, mercadorias para revenda pelo valor de R$ 300.000,00, com
incidência de ICMS de R$ 51.000,00 incluído na NF. Adicionalmente, pagou, à vista, R$ 5.000,00 a título de
frete para transporte das mercadorias, sem incidência de ICMS.

Tendo como referência apenas essas informações apresentadas, o lançamento contábil que melhor registra
essa operação é:
a) DÉBITO Mercadorias para Revenda – R$ 254.000,00
DÉBITO ICMS a Recuperar R$ 51.000,00
CRÉDITO Fornecedores R$ 249.000,00
CRÉDITO Caixa R$ 5.000,00
b) DÉBITO Mercadorias para Revenda – R$ 254.000,00
DÉBITO ICMS a Recuperar R$ 51.000,00
DÉBITO Fretes e Carretos – Despesa Administrativa R$ 5.000,00
CRÉDITO Fornecedores R$ 300.000,00
CRÉDITO Caixa R$ 5.000,00
c) DÉBITO Mercadorias para Revenda – R$ 254.000,00
DÉBITO ICMS a Recuperar R$ 51.000,00
CRÉDITO Fornecedores R$ 300.000,00
CRÉDITO Caixa R$ 5.000,00
d) DÉBITO Mercadorias para Revenda – R$ 249.000,00
DÉBITO ICMS – Despesas Tributárias R$ 51.000,00
CRÉDITO Caixa R$ 5.000,00
CRÉDITO Fornecedores R$ 254.000,00

RESOLUÇÃO:
O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de importação e outros tributos
(exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros
diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais,
abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição.

Assim, o custo do estoque será formado por:

Preço de Aquisição R$ 300.000,00


( – ) ICMS a Recuperar (R$ 51.000,00)
( + ) Frete R$ 5.000,00
( = ) Custo do Estoque R$ 254.000,00

Sendo assim, a entidade deverá realizar o seguinte lançamento contábil.


D – Estoques R$ 254.000 (Ativo Circulante)
D – ICMS a Recuperar R$ 51.000 (Ativo Circulante)

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C – Fornecedores R$ 300.000 (Passivo Circulante)


C – Caixa R$ 5.000 (Ativo Circulante)

Assim, correta a alternativa C.

GABARITO: C

2. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharel – 2019.2)

Em 31/12/2018, a Sociedade Empresária apresentou, após apuração e distribuição de seus resultados, as


seguintes informações contábeis de algumas contas e seus respectivos saldos:
Contas Saldos
Duplicatas a Receber R$ 180.000,00
Títulos a Pagar R$ 90.000,00
Imobilizado e Intangível R$ 325.000,00
Reserva de Ágio na Emissão de Ações R$ 85.000,00
Estoque de Mercadorias R$ 235.000,00
Fornecedores R$ 85.000,00
IRPJ a Compensar R$ 82.500,00
Reserva Legal R$ 80.500,00
Reserva Estatutária R$ 145.000,00

(Considere que a listagem de contas e saldos não está completa e que o saldo da conta Capital Subscrito não
foi informado.)

Baseando-se apenas nas informações apresentadas, o saldo da conta Capital Subscrito e o valor total do
Patrimônio Líquido são, respectivamente:
a) R$ 822.500,00 e R$ 647.500,00

b) R$ 337.000,00 e R$ 822.500,00

c) R$ 337.000,00 e R$ 647.500,00

d) R$ 485.500,00 e R$ 647.500,00

RESOLUÇÃO:
Inicialmente vamos separar as contas apresentadas de acordo com os respectivos grupos.

Duplicatas a Receber R$ 180.000,00


Estoque de Mercadorias R$ 235.000,00
IRPJ a Compensar R$ 82.500,00
Imobilizado e Intangível R$ 325.000,00
Ativo Total R$ 822.500,00
Títulos a Pagar R$ 90.000,00
Fornecedores R$ 85.000,00
Passivo Exigível Total R$ 175.000,00

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A partir disso podemos calcular o valor do Patrimônio Líquido da entidade.

𝑃𝐿 = 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 − 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐸𝑥𝑖𝑔í𝑣𝑒𝑙


𝑃𝐿 = 𝑅$ 822.500 − 𝑅$ 175.000 = 𝑅$ 647.500
Em posse do valor total do Patrimônio Líquido podemos calcular o valor do Capital Social Subscrito!

Capital Social Subscrito X


Reserva de Ágio na Emissão de Ações R$ 85.000,00
Reserva Legal R$ 80.500,00
Reserva Estatutária R$ 145.000,00
Patrimônio Líquido Total R$ 647.500,00

𝑋 + 85.000 + 80.500 + 145.000 = 𝑅$ 647.500


𝑋 = 𝑅$ 337.000
Com isso, correta a alternativa C.

GABARITO: C

3. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharel – 2019.2)


Uma Sociedade Empresária foi constituída em 15/06/2015, com a subscrição de 300.000 ações de valor
nominal de R$ 2,50 cada uma. A integralização de parte do capital, nessa mesma data se deu da seguinte
forma: 15% representado por uma máquina; 25% em moeda corrente e 15% por um conjunto de lojas.
Considerando apenas as informações apresentadas anteriormente é correto afirmar que:

a) O Passivo Exigível é de R$ 412.500,00.


b) O Patrimônio Líquido é de R$ 750.000,00.
c) O Capital a Integralizar é de R$ 337.500,00.

d) O Capital Integralizado é de R$ 187.500,00.


RESOLUÇÃO:

Inicialmente vamos analisar o lançamento contábil da subscrição do capital social (imediatamente antes da
integralização).

D – Capital Social a Integralizar R$ 750.000 (PL)


C – Capital Social Subscrito R$ 750.000 (PL)

Posteriormente, houve a integralização de parte do capital, nessa mesma data se deu da seguinte forma: 15%
representado por uma máquina; 25% em moeda corrente e 15% por um conjunto de lojas. Assim:

D – Máquinas e Equipamentos R$ 112.500 (ANC Imobilizado)


D – Caixa R$ 187.500 (Ativo Circulante)
D – Imóveis R$ 112.500 (ANC Imobilizado)
C – Capital Social a Integralizar R$ 412.500 (PL)

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Desta forma, conclui-se que o saldo da conta Capital Social a Integralizar será de R$ 337.500, o que torna correta a
alternativa C.

Capital Social a Integralizar


750.000 412.500
337.500
GABARITO: C

4. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharel – 2019.2)

A Sociedade Empresária criada em janeiro de 2018, quando iniciou suas atividades, apresentou ao final do
ano as seguintes contas com seus respectivos saldos na sua contabilidade, após destinação do resultado
apurado.
Bancos conta Movimento R$ 8.000,00
Títulos a Pagar R$ 21.500,00
Imóveis de Uso R$ 35.000,00
Ações em Tesouraria R$ 3.000,00
Fornecedores R$ 26.000,00
Mercadorias para Revenda R$ 34.000,00
Marcas e Patentes R$ 8.500,00
Capital Subscrito R$ 50.000,00
Adiantamento a Fornecedores R$ 6.000,00
Veículos de Uso R$ 8.000,00
Investimentos em Coligadas R$ 5.000,00
Reserva Legal R$ 2.500,00
Adiantamento Recebido de Clientes R$ 6.000,00
Depreciação Acumulada de Imóveis R$ 1.600,00
Títulos a Receber R$ 9.000,00
Capital a Integralizar R$ 8.000,00
Salários a Pagar R$ 5.020,00
Propriedades para Investimentos R$ 14.000,00
Impostos a Recolher R$ 3.820,00
Dividendos a Pagar R$ 4.300,00
Reserva Estatutária R$ 2.100,00
Depreciação Acumulada de Veículos R$ 1.200,00
Clientes R$ 16.540,00
Empréstimo Bancário R$ 25.000,00

A partir dos dados apresentados ao final do ano de 2018, o valor total do Ativo Não Circulante Imobilizado é
de:

a) R$ 40.200,00
b) R$ 53.700,00

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c) R$ 54.200,00

d) R$ 67.700,00

RESOLUÇÃO:
Vou aproveitar e realizar a classificação de todas as contas apresentadas!

Conta Classificação
Bancos conta Movimento Ativo Circulante
Títulos a Pagar Passivo Circulante
Imóveis de Uso ANC Imobilizado
Ações em Tesouraria Patrimônio Líquido
Fornecedores Passivo Circulante
Mercadorias para Revenda Ativo Circulante
Marcas e Patentes ANC Intangível
Capital Subscrito Patrimônio Líquido
Adiantamento a Fornecedores Ativo Circulante
Veículos de Uso ANC Imobilizado
Investimentos em Coligadas ANC Investimentos
Reserva Legal Patrimônio Líquido
Adiantamento Recebido de Clientes Passivo Circulante
Depreciação Acumulada de Imóveis ANC Imobilizado
Títulos a Receber Ativo Circulante
Capital a Integralizar Patrimônio Líquido
Salários a Pagar Passivo Circulante
Propriedades para Investimentos ANC Investimentos
Impostos a Recolher Passivo Circulante
Dividendos a Pagar Passivo Circulante
Reserva Estatutária Patrimônio Líquido
Depreciação Acumulada de Veículos ANC Imobilizado
Clientes Ativo Circulante
Empréstimo Bancário Passivo Circulante
Por fim, vamos calcular o valor do Imobilizado da entidade.

Imóveis de Uso R$ 35.000,00


( – ) Depreciação Acumulada de Imóveis (R$ 1.600,00)
Veículos de Uso R$ 8.000,00
( – ) Depreciação Acumulada de Veículos (R$ 1.200,00)
ANC Imobilizado Total R$ 40.200,00
Com isso, correta a alternativa A.

GABARITO: A

5. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharel – 2019.2)


A Gerência de Recursos Humanos de uma Sociedade Empresária, após a apuração das horas trabalhadas de
seu empregado no mês de abril de 2018, elaborou a folha de pagamentos do mês para ser paga no 5º dia útil
do mês de maio, da qual foram extraídos os seguintes dados:

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Parcelas Valores
Salário-Base do mês 04/18 R$ 1.800,00
15 horas extras pagas em dobro R$ 245,40
INSS – parte do empregado R$ 224,99
Vale Transporte – parte do empregado R$ 130,00
FGTS do mês R$ 163,63
Vale Transporte – parte da empresa R$ 240,00

Após verificar que não havia saldos de períodos anteriores, com base nos dados apresentados e acatando o
regime de competência de exercícios, o saldo líquido da conta “Salários a Pagar” da Sociedade Empresária,
em 30 de abril de 2018, é de:

a) R$ 1.450,41

b) R$ 1.690,41

c) R$ 1.766,78

d) R$ 1.930,41

RESOLUÇÃO:
Vamos calcular o valor do salário líquido (montante a ser evidenciado como salários a pagar).

Salários R$ 1.800,00
(+) Horas Extras R$ 245,40
(+) Vale Transporte R$ 240,00
(+) Vale Transporte (Parte do Empregado) (R$ 130,00)
(–) INSS do Empregado (R$ 224,99)
(=) Salários a Pagar R$ 1.930,41

Com isso, correta a alternativa D.


GABARITO: D

6. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharel – 2019.2)

Uma Sociedade Empresária de comércio varejista apresentou nos meses de janeiro a março de 2018 as
seguintes movimentações de compras, vendas e devoluções de um certo produto em seu estoque:

01 – O saldo em estoque desse produto em 31/12/2017 era 250 unidades a R$ 3,00 cada.
02 – Em 10 de janeiro foram vendidas 80 unidades pelo valor de R$ 416,00.
03 – Em 15 de janeiro foram vendidas 100 unidades pelo valor de R$ 480,00.
04 – Em 28 de janeiro foram compradas 300 unidades a R$ 4,48 cada.
05 – Em 10 de fevereiro foram vendidas 150 unidades pelo valor total de R$ 750,00.
(Não considere tributos incidentes nas operações.)

Considere que a Sociedade Empresária adota o método da Média Ponderada Móvel, para controle e avaliação
do

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estoque de seus produtos, em 28 de fevereiro de 2018. Em relação a esse produto, é correto afirmar que o
valor total em estoque, o somatório do CMV e o somatório da receita bruta são, respectivamente:

a) R$ 660,00; R$ 924,00; e, R$ 1.170,00.

b) R$ 924,00; R$ 990,00; e, R$ 1.646,00.

c) R$ 1.170,00; R$ 924,00; e, R$ 1.646,00.


d) R$ 924,00; R$ 1.170,00; e, R$ 1.646,00.

RESOLUÇÃO:

A partir da Ficha Controle de Estoques vamos calcular o valor do estoque final e o Custo das Mercadorias Vendidas.

MÉTODO DO CUSTO MÉDIO


ENTRADAS SAÍDAS SALDO
Data Qtd. $/un Total Qtd. $/un. Total Qtd. $/un Total
01 - - - - - - 250 3,00 750
02 - - - 80 3,00 240 170 3,00 510
03 - - - 100 3,00 300 70 3,00 210
04 300 4,48 1.344 - - - 370 4,20 1.554
05 - - - 150 4,20 630 220 4,20 924
CMV = R$ 1.170 Estoque Final = R$ 924

Com isso, correta a alternativa D.


Podemos confirma-la calculando o valor da Receita Bruta, que de R$ 1.646, que representa o valro total das vendas
realizadas (R$ 416 + R$ 480 + R$ 750).

GABARITO: D

7. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharel – 2019.2)

Os registros e lançamentos contábeis realizados na Contabilidade de uma Sociedade Empresária provocam


alterações e modificações nos principais grupos de contas do Patrimônio. A partir de algumas transações e
operações ocorridas no Patrimônio no mês de abril de 2018, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para
as falsas.

( ) O pagamento de uma despesa de salários de empregados do mês anterior, no dia 05 do mês seguinte,
diminui o Ativo e o Passivo Exigível e não gera nenhuma mudança no Patrimônio Líquido.

( ) A compra de ações da própria empresa, à vista, diminui o Ativo, não afeta o Passivo Exigível e aumenta o
Patrimônio Líquido.

( ) A compra a prazo de um Imobilizado altera o Ativo, altera o Passivo Exigível e aumenta o Patrimônio
Líquido.
A sequência está correta em

a) F, F, V.

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b) F, V, F.

c) V, F, F.

d) V, V, F.

RESOLUÇÃO:

Vamos analisar os itens apresentados.


I. Verdadeira. O pagamento de salários referentes ao mês anterior é realizado de acordo com o seguinte
lançamento contábil:

D – Salários a Pagar ( ↓ Passivo Exigível)


C – Caixa ( ↓ Ativo)

II. Falsa. A compra de ações da própria empresa, à vista, diminui o Ativo, não afeta o Passivo Exigível e diminui o
Patrimônio Líquido, de acordo com o seguinte lançamento contábil:

D – Ações em Tesouraria ( ↓ PL)


C – Caixa ( ↓ Ativo)

III. Falsa. A compra a prazo de um Imobilizado altera o Ativo, altera o Passivo Exigível e não tem impacto sobre o
Patrimônio Líquido.
D – Imobilizado ( ↑ Ativo)
C – Títulos a Pagar ( ↑ Passivo Exigível)

Com isso, correta a alternativa C.


GABARITO: C

8. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharel – 2019.2)

A Sociedade Empresária apresentou em 31/12/2018 os seguintes dados de transações realizadas no período:


Dados Valores
Despesas Bancárias R$ 6.800,00
Estoque Inicial de Mercadorias para Revenda R$ 35.500,00
Juros Recebidos de Clientes R$ 4.680,00
Receita de Aplicação Financeira R$ 8.420,00
Compras Líquidas de Mercadorias no Período R$ 145.000,00
Despesas de Salários e Encargos Sociais R$ 14.500,00
Receita com Vendas de Mercadorias – Valor Total da NF R$ 286.400,00
ICMS a Recolher R$ 24.038,00
ICMS Recuperável – Destacado na NF de Compras R$ 24.650,00
ICMS sobre Vendas – Destacado na NF de Vendas R$ 48.688,00
Outras Despesas Administrativas R$ 2.800,00
Estoque Final de Mercadorias para Revenda R$ 24.600,00
Comissões Sobre Vendas R$ 4.296,00

A partir dos dados apresentados, a Sociedade Empresária apurou o seguinte resultado:


a) Lucro Bruto no valor de R$ 237.712,00.

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b) Receita Líquida de Vendas de R$ 81.812,00.

c) Lucro Antes dos Tributos sobre o Lucro de R$ 66.516,00.

d) Lucro Antes das Despesas e Receitas Financeiras de R$ 53.416,00.

RESOLUÇÃO:

A partir dos dados fornecidos vamos elaborar a Demonstração do Resultado do Exercício. Interessante observar
que vamos adotar a estrutura prevista no Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação das Demonstrações
Contábeis. Antes disso, no entanto, vamos calcular o valor da Receita Líquida!

Receita com Vendas de Mercadorias – Valor Total da NF R$ 286.400,00


( – ) ICMS sobre Vendas – Destacado na NF de Vendas (R$ 48.688,00)
( = ) Receita Líquida R$ 237.712,00

Antes de partir para a elaboração da DRE vamos calcular o Custo das Mercadorias Vendidas.

𝐶𝑀𝑉 = 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒 𝐼𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 + 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎𝑠 − 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙


𝑪𝑴𝑽 = 𝑅$ 35.500 + 𝑅$ 145.000 − 𝑅$ 24.600 = 𝑹$ 𝟏𝟓𝟓. 𝟗𝟎𝟎
Com isso podemos, enfim, elaborar a Demonstração do Resultado do Exercício.
Receita Líquida R$ 237.712,00
(–) CMV (R$ 155.900,00)
(=) Lucro Bruto R$ 81.810,00
(–) Despesas de Salários e Encargos Sociais (R$ 14.500,00)
(–) Outras Despesas Administrativas (R$ 2.800,00)
(–) Comissões Sobre Vendas (R$ 4.296,00)
(=) Resultado Antes do Resultado Financeiro R$ 60.214,00
(–) Despesas Bancárias (R$ 6.800,00)
(–) Juros Recebidos de Clientes R$ 4.680,00
(–) Receita de Aplicação Financeira R$ 8.420,00
(=) Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro R$ 66.514,00

Com isso, correta a alternativa C.

GABARITO: C

9. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)


A sociedade Empresária elaborou, em 31/12/2018, a sua Demonstração de Resultado do Exercício, conforme
apresentado e, como determina a legislação societária, é obrigada a elaborar e divulgar a Demonstração do
Valor Adicionado – DVA.

Receita Bruta com Vendas R$ 180.000,00


(-) Impostos Incidentes – ICMS sobre Vendas –R$ 30.600,00
= Receita Líquida de Vendas R$ 149.400,00
(-) CMV – Custo das Mercadorias Vendidas –R$ 85.600,00

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= Lucro Bruto com Vendas R$ 63.800,00


(-) Despesas Operacionais
Com Pessoal –R$ 14.500,00
Depreciação de Imobilizado –R$ 9.800,00
= Lucro Antes das Despesas e Receitas Financeiras R$ 39.500,00
(-) Despesas Financeiras (Juros Pagos) –R$ 2.800,00
+ Receitas Financeiras (Juros Recebidos) R$ 4.300,00
= Lucro Antes dos Tributos sobre o Lucro R$ 41.000,00
Tributos sobre o Lucro R$ 13.530,00
= Lucro Líquido do Exercício R$ 27.470,00

A partir das informações apresentadas pela DRE – Demonstração do Resultado do Exercício, o Valor
Adicionado Líquido Produzido Pela Entidade é:

a) R$ 27.470,00

b) R$ 88.900,00

c) R$ 94.400,00
d) R$ 84.600,00

RESOLUÇÃO:

Apesar de não ser necessário vamos, a partir dos dados do enunciado, elaborar toda a Demonstração do Valor
Adicionado.
1. RECEITAS 180.000
Vendas 180.000
2. INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS 85.600
CMV 85.600
3. VALOR ADICIONADO BRUTO (1 - 2) 94.400
4. DEPRECIAÇÃO 9.800
5. VALOR ADICIONADO LÍQUIDO (3 - 4) 84.600
6. VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA 4.300
Receita Financeira 4.300
7. VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5 + 6) 88.900

Com isso, correta a alternativa D, que menciona o valor adicionado líquido.


GABARITO: D

10. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)


Analise as afirmativas a seguir.

• No exercício social de 20X3, a Companhia Beta S.A. apresentou lucro líquido de R$ 280.000,00. Parte desse
lucro líquido, ou seja, 37,5%, foi obtido por meio de uma operação de venda de mercadorias para a

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Companhia Alfa S.A. No encerramento do exercício social de 20X3, todas as mercadorias adquiridas nessa
operação de venda ainda constavam no estoque da Companhia Alfa S.A.
• A Companhia Alfa S.A. detém 25% de participação no capital social da Companhia Beta S.A., sendo este o
único investimento da Companhia Alfa S.A. em outras sociedades. Com essa participação, a Companhia
Alfa S.A. exerce influência significativa sobre a Companhia Beta S.A., mesmo sem controlá-la.
• A Companhia Alfa S.A. não é controlada (individualmente ou em conjunto) e não sofre influência
significativa de outras companhias.

Considerando as informações apresentadas e o que dispõe a Norma Brasileira de Contabilidade ITG 09 (R1) –
Demonstrações contábeis individuais, demonstrações separadas, demonstrações consolidadas e aplicação
do método da equivalência patrimonial, no encerramento de 20X3, pode-se afirmar que:

a) O Lucro Líquido Ajustado para fins de equivalência patrimonial é R$ 210.000,00 e o Resultado da Equivalência
Patrimonial é R$ 78.750,00.

b) O Lucro Líquido Ajustado para fins de equivalência patrimonial é R$ 175.000,00 e o Resultado da Equivalência
Patrimonial é R$ 70.000,00.

c) O Lucro Líquido Ajustado para fins de equivalência patrimonial é R$ 210.000,00 e o Resultado da Equivalência
Patrimonial é R$ 52.500,00.

d) O Lucro Líquido Ajustado para fins de equivalência patrimonial é R$ 175.000,00 e o Resultado da Equivalência
Patrimonial é R$ 43.750,00.

RESOLUÇÃO:
Segundo o enunciado que a Companhia Alfa S.A. exerce influência significativa sobre a Companhia Beta S.A.,
mesmo sem controlá-la. Conclui-se, portanto, que se trata de uma coligada e que tal investimento deve ser
avaliado pelo Método da Equivalência Patrimonial.

O enunciado diz, ainda, que no exercício social de 20X3 a Companhia Beta S.A. apresentou lucro líquido de R$
280.000,00. Parte desse lucro líquido (37,5%) foi obtido por meio de uma operação de venda de mercadorias para
a Companhia Alfa S.A.

Considerando que no encerramento do exercício social de 20X3, todas as mercadorias adquiridas nessa operação
de venda ainda constavam no estoque da Companhia Alfa S.A conclui-se que o lucro não realizado será o seguinte:

𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑁ã𝑜 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 Intragrupo × % 𝑒𝑚 𝑃𝑜𝑑𝑒𝑟 𝑑𝑜 𝐺𝑟𝑢𝑝𝑜


𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝑵ã𝒐 𝑹𝒆𝒂𝒍𝒊𝒛𝒂𝒅𝒐 = (37,5% × 𝑅$ 280.000) × 100% = 𝑹$ 𝟏𝟎𝟓. 𝟎𝟎𝟎
Com isso podemos, enfim, calcular o valor do resultado de equivalência patrimonial.

𝐸𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚𝑜𝑛𝑖𝑎𝑙 = (𝐿𝐿𝐸 − 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑁ã𝑜 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜) × % 𝑑𝑒 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑎çã𝑜


𝐸𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚𝑜𝑛𝑖𝑎𝑙 = (𝑅$ 280.000 − 𝑅$ 105.000) × 25%
𝐸𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚𝑜𝑛𝑖𝑎𝑙 = 𝑅$ 175.000 × 25%
𝑬𝒒𝒖𝒊𝒗𝒂𝒍ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝑷𝒂𝒕𝒓𝒊𝒎𝒐𝒏𝒊𝒂𝒍 = 𝑹$ 𝟒𝟑. 𝟕𝟓𝟎, 𝟎𝟎
Com isso, conclui-se que a alternativa D está correta.

GABARITO: D

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11.(CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)


Atente-se às informações seguintes:

• A Companhia A controla 100% das Companhias B e D.


• A Companhia A tem participação acionária na Companhia C, mas sem exercer qualquer tipo de controle
(individual ou em conjunto) ou influência significativa. A Companhia A mantém essa participação com o
objetivo de receber dividendos e a venda futura das ações com valorização.
• A Companhia A está obrigada a apresentar demonstrações consolidadas em conformidade com a NBC TG
36 (R3).

Com base nas informações apresentadas e no que dispõe a Norma Brasileira de Contabilidade NBC TG 36 (R3)
– Demonstrações Consolidadas, é correto afirmar que as demonstrações consolidadas apresentadas pela
Companhia A:

a) Evidenciarão a posição financeira e os resultados das operações das Companhias A, B, C e D como se fossem
uma única entidade.

b) Combinarão itens similares de ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa com os
de suas investidas B e D.

c) Eliminarão integralmente ativos e passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa intragrupo
relacionados a transações entre as Companhias A, B, C e D.
d) No que tange a transações similares e outros eventos em circunstâncias similares, serão elaboradas utilizando
políticas contábeis uniformes àquelas utilizadas pelas Companhias B, C e D.

RESOLUÇÃO:

Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 36 Demonstrações Consolidadas são as demonstrações contábeis de


grupo econômico, em que os ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da
controladora e de suas controladas são apresentados como se fossem uma única entidade econômica.

Perceba, portanto, que a Companhia A (controladora) deverá consolidar suas Demonstrações Contábeis com as
das entidades B e D (controladas).
Com isso, correta a alternativa B.

GABARITO: B

12. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)

As informações correspondem à Companhia A e ocorreram no exercício social de 20X1 (de 01/01/20X1 a


31/12/20X1):

• Compra de Imobilizado à vista no valor de R$ 300.000,00;


• Pagamento, em dinheiro, de R$ 40.000,00 a fornecedores, com a consequente baixa de uma obrigação que
existia em seu Passivo Circulante;

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• Vendas de mercadorias que geraram R$ 1.166.048,00 de Receita Líquida e R$ 849.225,00 de Custo dos
Produtos Vendidos;

• Reconhecimento de Despesas de Vendas, Gerais e Administrativas no valor de R$ 205.347,00; e,

• Reconhecimento de Receitas Financeiras no valor de R$ 38.347,00.

Outras informações ocorridas no mesmo período:


• Estudos econômicos realizados no Ativo B mostraram evidências significativas de que o valor contábil deste
ativo excedia seu valor recuperável em R$ 10.000,00. A Companhia A reconheceu este valor como perda pela
não recuperabilidade de ativos durante o ano de 20X1.
Considerando as informações apresentadas, assinale, a seguir, o “Resultado Antes dos Tributos sobre o
Lucro” que deveria ser corretamente divulgado pela Companhia A na Demonstração do Resultado de
encerramento do exercício social de 20X1.

a) R$ 101.476,00.

b) R$ 139.823,00.

c) R$ 149.823,00.
d) R$ 316.823,00.
RESOLUÇÃO:

Os dois primeiros fatos contábeis não envolvem contas de resultado, conforme lançamentos contábeis abaixo:

D – Imobilizado R$ 300.000 (ANC Imobilizado)


C – Caixa R$ 300.000 (Ativo Circulante)

D – Fornecedores R$ 40.000 (Passivo Circulante)


C – Caixa R$ 40.000 (Ativo Circulante)
Vamos, a partir dos demais fatos contábeis, calcular o Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro.

Receita Líquida R$ 1.166.048,00


( – ) Custo das Mercadorias Vendidas (R$ 849.225,00)
( = ) Lucro Bruto R$ 316.823,00
( – ) Despesas de Vendas, Gerais e Administrativas (R$ 205.347,00)
( – ) Despesas com Redução ao Valor Recuperável (R$ 10.000,00)
( + ) Receitas Financeiras R$ 38.347,00
( = ) Lucro Antes dos Tributos sobre o Lucro R$ 139.823,00

Com isso, correta a alternativa B.


GABARITO: B

13.(CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)


A empresa A adquiriu um terreno com a finalidade de mantê-lo em seu patrimônio para fins de valorização de
capital a longo prazo, não pretendendo vendê-lo a curto prazo no curso ordinário dos negócios da entidade.

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A empresa A sabe que no longo prazo é provável que os benefícios econômicos futuros associados a esse
terreno fluirão para a entidade e o seu custo pode ser mensurado confiavelmente. Ainda, a empresa A não
almeja utilizá-lo na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades administrativas. Com
base nas informações apresentadas e considerando a Norma Brasileira de Contabilidade NBC TG 28 (R4), este
terreno deverá ser reconhecido no patrimônio da empresa A como:
a) Imobilizado.

b) Propriedade para Investimento.

c) Investimento Temporário a Longo Prazo.


d) Ativo Não Circulante Mantido para Venda.

RESOLUÇÃO:

Propriedade para investimento é a propriedade (terreno ou edifício – ou parte de edifício – ou ambos) mantida
(pelo proprietário ou pelo arrendatário em arrendamento financeiro) para auferir aluguel ou para valorização do
capital ou para ambas, e não para:

(a) uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades administrativas; ou

(b) venda no curso ordinário do negócio.


Assim, correta a alternativa B.

GABARITO: B

14. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)

Os seguintes dados foram obtidos em uma Demonstração do Valor Adicionado (DVA) referente ao exercício
social de uma entidade do setor de bens industriais encerrado em 31/12/20X3:

Descrição 31/12/20X3 em R$
Vendas de mercadorias, produtos e serviços 65.000.000
Custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos (49.000.000)
Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (6.000.000)
Depreciação, amortização e exaustão (1.400.000)
Resultado de equivalência patrimonial (1.700.000)
Receitas financeiras 12.000.000

Com base somente nos dados apresentados e considerando a Resolução CFC nº 1.138/08, que aprova a Norma
Brasileira de Contabilidade NBC TG 09 – Demonstração do Valor Adicionado, o Valor Adicionado Líquido
Produzido e o Valor Adicionado Total a Distribuir pela entidade são, respectivamente:
a) R$ 10.000.000 e R$ 8.600.000

b) R$ 18.900.000 e R$ 8.600.000
c) R$ 8.600.000 e R$ 18.900.000
d) R$ 10.000.000 e R$ 18.900.000

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RESOLUÇÃO:

A partir dos dados do enunciado vamos elaborar a Demonstração do Valor Adicionado do período.

1. RECEITAS 65.000.000
Vendas 65.000.000
2. INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS 55.000.000
CMV 49.000.000
Materiais, energia, serviços de terceiros e outros 6.000.000
3. VALOR ADICIONADO BRUTO (1 - 2) 10.000.000
4. DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO 1.400.000
5. VALOR ADICIONADO LÍQUIDO (3 - 4) 8.600.000
6. VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA 10.300.000
Resultado de equivalência patrimonial (1.700.000)
Receitas financeiras 12.000.000
7. VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5 + 6) 18.900.000

Com isso, correta a alternativa C.


GABARITO: C

15.(CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)


Uma sociedade empresária apresentou as seguintes informações sobre o exercício social de 2018: incorreu
em despesas no valor de R$ 80.000,00 das quais R$ 25.000,00 foram pagas no exercício e R$ 55.000,00 serão
pagas no exercício seguinte; obteve receitas no valor de R$ 95.000,00 das quais R$ 50.000,00 foram a prazo e
serão recebidas no exercício seguinte e R$ 45.000,00 foram recebidas no exercício. Considerando o disposto
na Lei nº 6.404/76, que trata da escrituração contábil e a NBC TG – Estrutura conceitual para elaboração e
divulgação de relatório contábil-financeiro, o resultado do exercício deverá apresentar o valor de:

a) R$ 5.000,00.

b) R$ 15.000,00.

c) R$ 20.000,00.
d) R$ 40.000,00.

RESOLUÇÃO:

Segundo o Regime de Competência as receitas e despesa serão apropriadas de acordo com o fato gerador,
independentemente do efetivo recebimento das receitas ou do pagamento das despesas. Sendo assim, vamos
calcular o resultado do período.

Receitas R$ 95.000
( – ) Despesas (R$ 80.000)
( = ) Lucro R$ 15.000
Com isso, correta a alternativa

GABARITO: B

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16. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)

Um grupo de investidores estrangeiros planeja adquirir participação societária em uma companhia aberta
brasileira, cuja atividade-fim é a produção de cosméticos. Este grupo tem especial interesse em entender
como a empresa brasileira distribui seu resultado entre acionistas, empregados e governo. Em virtude da
importância dada à destinação da riqueza gerada pela companhia, qual demonstrativo deverá ser
primordialmente analisado por estes investidores estrangeiros?
a) Demonstração dos fluxos de caixa.

b) Demonstração do valor adicionado.

c) Demonstração do resultado do exercício.

d) Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados.

RESOLUÇÃO:

A DVA deve proporcionar aos usuários das demonstrações contábeis informações relativas à riqueza criada pela
entidade em determinado período e a forma como tais riquezas foram distribuídas.
A distribuição da riqueza criada deve ser detalhada, minimamente, da seguinte forma:

(a) pessoal e encargos;


(b) impostos, taxas e contribuições;

(c) juros e aluguéis;

(d) juros sobre o capital próprio (JCP) e dividendos;

(e) lucros retidos/prejuízos do exercício.


Com isso, correta a alternativa B.
GABARITO: B

17.(CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)


Anualmente, nos quatro meses seguintes ao término do exercício social, a sociedade anônima realizará uma
reunião, que terá como um de seus propósitos o exame, a discussão e a votação das demonstrações
financeiras. A definição anterior está relacionada ao conceito de:

a) Assembleia Geral Ordinária.

b) Assembleia de Debenturistas.
c) Assembleia Geral Extraordinária.

d) Assembleia de Constituição da Sociedade.


RESOLUÇÃO:

Questão literal a respeito do Art. 132 da Lei n° 6.404/76 e reproduzido abaixo.

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SEÇÃO II
Assembléia-Geral Ordinária
Objeto
Art. 132. Anualmente, nos 4 (quatro) primeiros meses seguintes ao término do exercício social, deverá
haver 1 (uma) assembléia-geral para:
I - tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as demonstrações financeiras;
II - deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição de dividendos;
III - eleger os administradores e os membros do conselho fiscal, quando for o caso;
IV - aprovar a correção da expressão monetária do capital social (artigo 167).

Com isso, correta a alternativa A.

GABARITO: A

18. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)


O presidente da empresa Produz Capas de Chuva Ltda. deseja conhecer o comportamento dos custos de sua
empresa. Para tanto, ele obteve os valores dos gastos fabris totais de produção da empresa em dois níveis
mensais diferentes de produção: (i) no mês em que nenhuma unidade do seu produto foi fabricada, o gasto
total incorrido na fábrica da empresa foi de R$ 116 mil; (ii) no mês em que 35.000 unidades do seu produto
foram fabricadas, o gasto total incorrido na fábrica da empresa foi de R$ 212 mil. Considera-se que os custos
variáveis da empresa apresentam uma correlação perfeitamente positiva e linear com o nível de produção
mensal. Para calcular o custo total da empresa, pode-se empregar a seguinte fórmula:

𝑪𝑻 = 𝑪𝑽𝒖 × 𝒒 + 𝑪𝑭
𝑶𝒏𝒅𝒆: 𝑪𝑻 = 𝑪𝒖𝒔𝒕𝒐 𝑻𝒐𝒕𝒂𝒍;
𝑪𝑽𝒖 = 𝑪𝒖𝒔𝒕𝒐 𝑽𝒂𝒓𝒊á𝒗𝒆𝒍 𝒖𝒏𝒊𝒕á𝒓𝒊𝒐;
𝒒 = 𝒒𝒖𝒂𝒏𝒕𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒑𝒓𝒐𝒅𝒖𝒛𝒊𝒅𝒂; 𝒆,
𝑪𝑭 = 𝑪𝒖𝒔𝒕𝒐 𝑭𝒊𝒙𝒐.
É necessário desconsiderar aspectos referentes a intervalo relevante. Com base apenas nessas informações,
é INCORRETO afirmar que:

a) O custo fixo da empresa é de R$ 116.000,00.

b) O custo variável unitário da empresa é superior a R$ 6,00.

c) Caso a empresa produzisse 30.000 unidades do seu produto, seu custo total seria inferior a R$ 200.000,00.

d) Caso a empresa produzisse 32.000 unidades do seu produto, seu custo total seria superior a R$ 200.000,00.

RESOLUÇÃO:
Observe que o gráfico dos custos totais é uma reta (claro que na prática, na maioria das vezes, não é exatamente
uma reta), cujo ponto inicial (onde cruza o eixo vertical (ou eixo Y, ou eixo das ordenadas) equivale ao valor dos
custos fixos; a inclinação da reta (ou coeficiente angular da reta – tangente do ângulo que a reta forma) equivale

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aos custos variáveis por unidade (a cada aumento na produção, o custo variável aumenta proporcionalmente à
unidade produzida, e a proporção é exatamente o custo variável unitário).

Dessa forma, podemos aproximar a representação dos custos totais a uma reta cuja equação pode ser
representada pela equação linear (função de primeiro grau):

𝑌 = 𝑎𝑋 + 𝑏
Onde:
Y são os custos totais;
a é o coeficiente angular da reta, ou seja, o custo variável unitário;
X é a produção, em unidades;
b são os custos fixos.

Assim, na estrutura apresentada na questão, apenas foi alterada a simbologia, pois a ideia é a mesma, e assim
representamos os custos totais por meio da seguinte equação linear:

𝐶𝑇 = 𝐶𝑉𝑢 × 𝑞 + 𝐶𝐹
Onde:

CT são os custos totais;


CVu é o coeficiente angular da reta, ou seja, o custo variável unitário;
q é a produção, em unidades;
CF são os custos fixos.

Graficamente, teríamos a seguinte representação:

Custos
(R$) Custo total
R$212.000,00

Θ Tg Θ 𝐶𝑉𝑢
R$116.000,00
Custos Fixos

35.000
Produção
(unidades)

A banca não nos fornece diretamente os dados de CVu e CF, mas nos dá dicas valiosas para que cheguemos a esses
valores:

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(i) no mês em que nenhuma unidade do seu produto foi fabricada, o gasto total incorrido na fábrica da empresa
foi de R$ 116 mil: Isso significa que o CUSTO FIXO vale R$ 116 mil, pois ele existe mesmo quando a produção é
ZERO. Igualando q=ZERO na equação, temos que o Custo Total equivale ao Custo Fixo (CT = CF);

𝑄𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑞 = 0 → 𝐶𝑇 = 𝐶𝐹 = 116.000

(ii) no mês em que 35.000 unidades do seu produto foram fabricadas, o gasto total incorrido na fábrica da
empresa foi de R$ 212 mil: Substituindo q=35.000, CT=212.000 e CF = 116.000 na equação, temos:

𝐶𝑇 = 𝐶𝑉𝑢 × 𝑞 + 𝐶𝐹
212.000 = 𝐶𝑉𝑢 × 35.000 + 116.000
212.000 − 116.000 96.000
𝐶𝑉𝑢 = = ~ 2,74
35.000 35.000
Dessa forma, a nossa equação linear ganha o seguinte formato:

𝐶𝑇 = 2,74 ∙ 𝑞 + 116.000

Custos
(R$) Custo total
R$212.000,00

Θ Tg Θ = 2,74
R$116.000,00
Custos Fixos

X
35.000
𝐶𝑇 = 2,74 𝑞 + 116.000 Produção
(unidades)
𝐶𝑇 = Custos Totais
𝐶𝑉𝑢 = 2,74
𝑞 = Produção (em unidades)
= 116.000

Analisando as alternativas:

a) O custo fixo da empresa é de R$ 116.000,00.

Item CERTO. Vimos que quando nenhuma unidade do seu produto é fabricada, o gasto total incorrido é igual ao
custo fixo, que vale R$ 116 mil.

b) O custo variável unitário da empresa é superior a R$ 6,00.


Item ERRADO. O custo variável unitário da empresa é igual a R$ 2,74.

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c) Caso a empresa produzisse 30.000 unidades do seu produto, seu custo total seria inferior a R$ 200.000,00.

Item CERTO. 𝑄𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑞 = 30.000 → 𝐶𝑇 = 2,74 ∙ (30.000) + 116.000 = 198.200

d) Caso a empresa produzisse 32.000 unidades do seu produto, seu custo total seria superior a R$ 200.000,00.

Item CERTO. 𝑄𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑞 = 32.000 → 𝐶𝑇 = 2,74 ∙ (32.000) + 116.000 = 203.680

GABARITO: B

19. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)

A empresa Fabrica por Processos PM S/A, em 01/01/2019, apresentou as seguintes informações contábeis em
suas contas de estoque:

Ademais, durante o mês de janeiro de 2019, a empresa supracitada apresentou os seguintes gastos:

Durante o mês de janeiro de 2019, foi iniciada a produção de 100 unidades de seu único produto; porém,
apenas 40 unidades foram acabadas. Além disso, nenhuma unidade foi vendida no período. É importante
destacar que todo o material direto necessário para a produção das 100 unidades já foi alocado no início da
produção, tanto as unidades acabadas quanto as unidades em elaboração. No que se refere à alocação dos
demais custos, o processo de fabricação das 60 unidades ainda em elaboração se encontra em um estágio de
50% de acabamento. Por fim, informa-se que a empresa utiliza o custeio por absorção. Diante do exposto, é
correto afirmar que:
a) O custo dos produtos acabados em janeiro de 2019 foi inferior a R$ 100.000,00.

b) O custo total de produção da empresa em janeiro de 2019 foi superior a R$ 250.000,00.

c) O saldo de estoque de produtos em elaboração no final do mês de janeiro de 2019 foi superior a R$ 100.000,00.
d) O saldo final do estoque de produtos acabados da empresa no final do mês de janeiro de 2019 foi superior a R$
200.000,00.

RESOLUÇÃO:
Considero essa questão de nível BEM difícil, pois envolve conceitos mais complicados na contabilidade de custos.

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Mais uma vez, aconselho ao aluno a construir os razonetes dos estoques todas as vezes que estiverem diante de
questões como essa. Relembrando a estrutura dos razonetes:

Veja que o custo com material direto está bem identificado na tabela; já o custo com mão de obra direta (MOD) é
a mão de obra da fábrica e, por fim, temos apenas a depreciação das máquinas de produção como custo indireto
de fabricação (CIF). Os demais itens da tabela são despesas, pois não tem relação com o processo produtivo.
Perceba também que estamos tratando de uma empresa que trabalha com o sistema de acumulação de custos
por processo (não por ordem), e por isso o conceito de equivalente de produção deve ser utilizado para calcularmos
os custos unitários e, consequentemente, os custos alocados aos produtos acabados e aos produtos em
elaboração.
Veja que no período, os custos com matéria prima (material direto) foram de R$ 60.000,00, foram iniciadas 100
unidades, porém foram acabadas apenas 40. Entretanto, a questão afirma que todo o material direto necessário
para a produção das 100 unidades já foi alocado no início da produção, tanto as unidades acabadas quanto as
unidades em elaboração. Ou seja, para o custo com matéria prima NÃO será necessário calcular o equivalente de
produção. Em suma:

• Custos com material direto (matéria prima): R$ 60.000,00


• Unidade Produzidas: 100 iniciadas e 40 acabadas no período (todo o material direto necessário para a
produção das 100 unidades já foi alocado no início da produção)
Custo de material direto (matéria prima) por unidade produzida: 𝑀𝑃𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜 = 100 = 𝑅$ 600⁄𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
60.000

Por sua vez, os demais custos de produção (MOD e CIF), a questão é clara no sentido de que o processo de
fabricação das 60 unidades ainda em elaboração se encontra em um estágio de 50% de acabamento. Assim,
os demais custos de produção foram de R$ 140.000,00, foram iniciadas 100 unidades, porém foram acabadas
apenas 40. Restaram, portanto, 60 unidades ainda em elaboração, as quais foram 50% processadas, ou seja, estão
na metade do processo de fabricação, ou “meio aca adas”. Em resumo

• Demais Custos de Produção do Período (MOD+CIF): R$ 140.000,00


• Unidade Produzidas: 100 iniciadas e 40 acabadas no período
• Unidades em elaboração: 60 (cada uma das unidades recebeu metade (50%) de todo o processamento
necessário) -> Equivalente de produção: 60 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 × 50% = 30 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠.
• Total de unidades: 40 (acabadas) + 30 (equivalente) = 70 unidades
= 𝑅$ 2.000⁄𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
140.000
• Demais Custos de Produção (MOD+CIF) por unidade produzida: 𝐶𝑃𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜 = 70

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Por fim, procedemos à atribuição dos custos, ou seja, qual parcela dos custos de produção do período são
alocadas às unidades acabadas e qual parcela é alocada às unidades em elaboração:

unidades custo unitário % processada Total

Material Direto Produtos acabados 40 R$ 600 100% R$ 24.000


(Matéria Prima) Produtos em elaboração 60 R$ 600 100%* R$ 36.000
R$ 60.000
Produtos acabados 40 R$ 2.000 100% R$ 80.000
MOD+CIF
Produtos em elaboração 60 R$ 2.000 50% R$ 60.000
R$ 140.000

Veja, mais uma vez, que não utilizamos o equivalente de produção para o material direto porque a questão afirma
que todo o material direto necessário para a produção das 100 unidades já foi alocado no início da produção.

Agrupando os custos por “produtos acabados” e “produtos em elaboração”, temos:

Material Direto Produtos acabados 40 R$ 600 100% R$ 24.000


MOD+CIF Produtos acabados 40 R$ 2.000 100% R$ 80.000
R$ 104.000

Material Direto Produtos em elaboração 60 R$ 600 100%* R$ 36.000


MOD+CIF Produtos em elaboração 60 R$ 2.000 50% R$ 60.000
CGE - Daniel Negreiros
R$ 96.000

Os nossos razonetes, finalmente, ficam assim:

Produtos em
Matéria rima Produtos acabados
elaboração

Est. inicial 80.000 120.000


Saída
M Saída Entrada Saída
60.000 60.000
CPA CPA CPV
MOD 1
104.000 104.000 ZERO
CIF 40.000

Est final 20.000 96.000 224.000

Vale lembrar que o custo dos produtos em elaboração é o custo que permaneceu no estoque desses produtos ao
final do período, pois ainda não foram acabados.
Assim, podemos analisar as alternativas:

a) O custo dos produtos acabados em janeiro de 2019 foi inferior a R$ 100.000,00.

Item ERRADO. Vimos que o custo dos produtos acabados no período foi de R$ 104.000

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b) O custo total de produção da empresa em janeiro de 2019 foi superior a R$ 250.000,00.

Item ERRADO. O custo total de produção da empresa em janeiro de 2019 foi igual a R$ 200.000,00 (material
direto: R$ 60.000 + MOD: R$ 100.000 +CIF: R$ 40.000)

c) O saldo de estoque de produtos em elaboração no final do mês de janeiro de 2019 foi superior a R$
100.000,00.
Item ERRADO. Como vimos, o saldo de estoque de produtos em elaboração no final do mês de janeiro de 2019 foi
igual a R$ 96.000,00.

d) O saldo final do estoque de produtos acabados da empresa no final do mês de janeiro de 2019 foi superior a
R$ 200.000,00.

Item CERTO. Como não houve nenhuma venda no período, o saldo final do estoque de produtos acabados da
empresa é igual à soma do estoque inicial de R$ 120.000 mais o CPA de R$ 104.000, ou seja, igual a R$ 224.000,00.

GABARITO: D

20. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)


Em relação ao sistema de acumulação de custos por ordem de produção (custeio de ordens e de encomendas),
analise as afirmativas a seguir.
I. Sua escolha para uso em uma empresa está atrelada à forma de a mesma trabalhar e à conveniência
contábil-administrativa.

II. Os custos são acumulados em contas representativas das diferentes linhas de produção.

III. O conceito de equivalência de produção é muito importante para a sua correta aplicação.
IV. Não pode ser empregado com o custeio por absorção.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)


a) I.

b) I e II.

c) II e III.

d) II, III e IV.

RESOLUÇÃO:

Os sistemas de acumulação compreendem instrumentos, critérios e sistemas que servem para o registro, guarda
e acumulação de informações de uma forma lógica e coerente com os produtos e sistemas produtivos utilizados
pela empresa, de forma que estes permitam a utilização das informações geradas nos cálculos efetuados por meio
de métodos de custeamento dentro das formas de custeio utilizadas.
Em outras palavras, os sistemas de acumulação de custos dizem respeito à definição da “entidade” que a empresa
considera mais relevante custear antes de chegar ao custo dos produtos e das unidades produzidas, tendo em vista

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as características do seu sistema de produção, suas práticas de vendas e seu modelo de gestão. Corresponde ao
ambiente básico no qual operam os sistemas produtivos e as modalidades de custeio.

Assim, existem basicamente dois fatores que determinam a escolha do Sistema de Acumulação de Custos.
Esquematicamente, podemos representá-las da seguinte forma:

Em suma, se a empresa responde SIM à primeira pergunta atinente à forma de a empresa trabalhar, ela
certamente deve adotar o custeio por ordem. Por sua vez, se ela responde SIM à segunda pergunta, faz sentido a
adoção do custeio por processo contínuo. A diferença básica de um sistema para o outro é o objeto de custeio:

Assim, a definição do sistema a ser utilizado em uma empresa dependerá preponderantemente da natureza da
atividade produtiva, mas também pode se dar por critérios de conveniência contábil-administrativa.
O quadro abaixo resume as principais diferenças entre o custeio por ordem e o custeio por processo contínuo:

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Além das diferenças listadas quanto aos fatores que determinam a escolha do sistema de acumulação de custos
(sistema produtivo e conveniência contábil-administrativa), temos algumas poucas diferenças no tratamento
contábil dado a cada um desses sistemas. O quadro a seguir resume tais diferenças:

Em relação ao sistema de acumulação de custos por ordem de produção (custeio de ordens e de encomendas),
vamos às assertivas:

I. Sua escolha para uso em uma empresa está atrelada à forma de a mesma trabalhar e à conveniência contábil-
administrativa.

Item CERTO, conforme acabamos de ver.

II. Os custos são acumulados em contas representativas das diferentes linhas de produção.

Item ERRADO. No sistema de acumulação de custos por ordem de produção os custos são acumulados em uma
conta específica para cada ordem ou encomenda.
III. O conceito de equivalência de produção é muito importante para a sua correta aplicação.

Item ERRADO. A utilização de equivalentes de produção é uma solução apenas para os problemas atinentes à
produção contínua. Como nem toda a produção iniciada é concluída no mesmo período, nesse modelo é
necessário utilizar esse artifício matemático para apuração dos custos dos produtos acabados.

IV. Não pode ser empregado com o custeio por absorção.

Item ERRADO. Não existe qualquer proibição do uso de qualquer método de custeio em conjunto com qualquer
sistema de acumulação de custos, até porque são conceitos dissociados um do outro. A expressão sistema (ou
método) de custeio diz respeito à composição do valor de custo de um evento, atividade, produto, atributo etc.,
ou seja, de uma entidade objeto de custeio de interesse do gestor. A expressão sistema de acumulação de custos
diz respeito à definição da “entidade” que a empresa considera mais relevante custear antes de chegar ao custo
dos produtos e das unidades produzidas, tendo em vista as características do seu sistema de produção, suas
práticas de vendas e seu modelo de gestão.

GABARITO: A

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21. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)

A empresa Etagama fabrica e vende dois produtos: Eta e Gama. Seguem algumas informações sobre cada
produto em X1:

Sabe-se que a empresa incorreu nos seguintes custos indiretos em X1:

Recentemente, a empresa Etagama implementou um projeto piloto do Custeio Baseado em Atividades (ABC)
em sua fábrica. Ao analisar o seu processo produtivo, a empresa identificou quatro atividades, quais sejam:
• Transportar materiais: realizada por meio de empilhadeiras pelo pessoal do transporte (direcionador de
custos da atividade – número de peças transportadas por produto).
• Usinar materiais: realizada por meio das máquinas de usinagem (direcionador de custos da atividade –
número de horas de usinagem por produto).
• Fornecer insumos: realizada pelos almoxarifes (direcionador de custos da atividade – número de
requisições por produto).
• Supervisionar produção: realizada pelos funcionários que supervisionam a mão de obra (direcionador de
custos da atividade – número de horas de mão de obra direta por produto).

Com base apenas nessas informações, é INCORRETO afirmar que, em X1:


a) Pelo custeio ABC, o custo total do produto Eta seria superior a R$ 500.000,00.
b) Pelo custeio ABC, o custo total do produto Gama seria superior a R$ 900.000,00.

c) Pelo custeio ABC, o valor dos custos indiretos alocados ao produto Eta seria superior a R$ 200.000,00.

d) Pelo custeio ABC, o valor dos custos indiretos alocados ao produto Gama seria superior a R$ 150.000,00.

RESOLUÇÃO:
Questão muito bem elaborada e de nível alto, na minha opinião (aliás, a banca fez uma excelente prova nas nossas
disciplinas nesse ano de 2019, espero que se repita em 2020). Essa questão exige do candidato conhecimento
sobre o método de custeio ABC (Custeio baseado por atividades).

No método de custeio ABC, ou custeio baseado por atividades, o objetivo é delinear as atividades para
determinar os sistemas de custos, ou seja, as atividades da empresa constituem, neste método, os objetos
fundamentais para a determinação dos custos.

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Estes custos por atividades é que serão apropriados aos produtos.

O principal objetivo do custeio ABC é reduzir as distorções causadas em virtude da arbitrariedade da


distribuição, via rateio, de custos indiretos de fabricação aos produtos. O custeio ABC também pode ser
aplicado aos custos diretos, como, por exemplo, a mão-de-obra direta, mas, neste caso, não haverá muita
diferença em relação ao método de custeio por absorção.
Resumindo, a diferença fundamental está no tratamento dado aos custos indiretos.

Para se utilizar o método de custeio ABC é necessária a definição das atividades relevantes dentro dos
departamentos, bem como dos direcionadores de custos que irão alocar os diversos custos incorridos às
atividades.

Direcionador de Custo (cost driver) é o fator que determina o custo de uma atividade. Para efeito do custeio de
produtos, o direcionador deve ser o fator que determina ou influencia a maneira como os produtos consomem as
atividades. Ou seja, o direcionador de custos é a base utilizada para atribuir os custos das atividades aos produtos.

O esquema a seguir resume esse método de custeio:

Nossa tarefa, então, vai ser a de: (1) alocar os custos indiretos às atividades e (2) alocar os custos das atividades
aos produtos Eta e Gama. O enunciado nos dá todo o “caminho das pedras” para resolvermos a questão,
descrevendo as atividades e apresentando os direcionadores de custos das atividades para que a alocação dos
custos seja feita:

Ao analisar o seu processo produtivo, a empresa identificou quatro atividades. Vamos analisar uma a uma e ver
como os custos indiretos totais (R$ 355.000) se alocarão aos produtos:

• Transportar materiais: realizada por meio de empilhadeiras pelo pessoal do transporte (direcionador de
custos da atividade – número de peças transportadas por produto).

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Se essa atividade é feita com as empilhadeiras e com o pessoal do transporte, os custos associados a ela são
exatamente a “depreciação das empilhadeiras: R$ 75.000” e os “gastos com o pessoal do transporte: R$ 60.000”,
totalizando R$ 135.000. Assim, como o direcionador de custos da atividade é o número de peças transportadas por
produto, temos que distribuir os R$ 135.000 proporcionalmente ao o número de peças transportadas por cada
produto (Eta: 26.000 peças e Gama: 12.000 peças) em relação ao total (38.000 peças). Para isso, basta fazermos
uma regrinha de três e resolvemos:

Para o produto Eta: se 26.000 peças ----------- 38.000 peças

X ------------------------ R$ 135.000
26.000 ∙ 135.000
𝑋= = 𝑅$ 92.368,42
38.000
Para encontrar o custo alocado ao produto Gama, basta subtrair os R$ 135.000 (total) do valor alocado ao produto
Eta, e assim começamos a construir nossa tabela de custos indiretos:

Produtos
Atividade Direcionador Total Eta Gama
Número de peças
Transportar R$ 26.000 R$ 12.000 R$
transportadas
Materiais 135.000 peças 92.368,42 peças 42.631,58
(38.000 peças)
Usinar
Materiais

Fornecer
insumos

Supervisionar
produção

Total R$ 355.000

• Usinar materiais: realizada por meio das máquinas de usinagem (direcionador de custos da atividade –
número de horas de usinagem por produto).

Se essa atividade é feita com as máquinas de usinagem, o custo associado a ela é a “depreciação das máquinas de
usinagem”, que vale R$ 105.000. Assim, como o direcionador de custos da atividade é o número de horas de
usinagem por produto, temos que distribuir os R$ 105.000 proporcionalmente ao o número de horas de usinagem
TOTAL consumidas por cada produto (Eta: 1,80 horas/unidade x 10.000 unidades = 18.000 horas e Gama: 0,40
horas/unidade x 20.000 unidades = 8.000 horas) em relação ao total (26.000 horas). Para isso, basta fazermos
uma regrinha de três e resolvemos:

Para o produto Eta: se 18.000 horas ----------- 26.000 horas

X ------------------------ R$ 105.000
18.000 ∙ 105.000
𝑋= = 𝑅$ 72.692,31
26.000
Para encontrar o custo alocado ao produto Gama, basta subtrair os R$ 105.000 (total) do valor alocado ao produto
Eta, e assim continuamos nossa tabela de custos indiretos:

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Produtos
Atividade Direcionador Total Eta Gama
Número de peças
Transportar R$ 26.000 R$ 12.000 R$
transportadas
Materiais 135.000 peças 92.368,42 peças 42.631,58
(38.000 peças)
Horas de R$ 8.000 R$
Usinar R$ 18.000
usinagem
Materiais 105.000 horas 72.692,31 horas 32.307,69
(26.000 horas)
Fornecer
insumos

Supervisionar
produção

Total R$ 355.000

• Fornecer insumos: realizada pelos almoxarifes (direcionador de custos da atividade – número de requisições
por produto).
Se essa atividade é feita pelos almoxarifes, o custo associado a ela são os “gastos com almoxarifes”, que valem
R$ 40.000. Assim, como o direcionador de custos da atividade é o número de requisições por produto, temos que
distribuir os R$ 40.000 proporcionalmente ao o número total de requisições de cada produto (Eta: 8.600
requisições e Gama: 16.000 requisições) em relação ao total (24.600 requisições). Para isso, basta fazermos uma
regrinha de três e resolvemos:

Para o produto Eta: se 8.600 requisições ----------- 24.600 requisições


X ---------------------------- R$ 40.000
8.600 ∙ 40.000
𝑋= = 𝑅$ 13.983,74
24.600
Para encontrar o custo alocado ao produto Gama, basta subtrair os R$ 40.000 (total) do valor alocado ao produto
Eta, e assim continuamos nossa tabela de custos indiretos:

Produtos
Atividade Direcionador Total Eta Gama
Peças
Transportar R$ 26.000 R$ 12.000 R$
transportadas
Materiais 135.000 peças 92.368,42 peças 42.631,58
(38.000 peças)
Horas de R$ 8.000 R$
Usinar R$ 18.000
usinagem
Materiais 105.000 horas 72.692,31 horas 32.307,69
(26.000 horas)
Requisições por
Fornecer R$ 8.600 R$ 16.000 R$
produto
insumos
(24.600) 40.000 requisições 13.983,74 requisições 26.016,26

Supervisionar
produção

Total R$ 355.000

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• Supervisionar produção: realizada pelos funcionários que supervisionam a mão de obra (direcionador de
custos da atividade – número de horas de mão de obra direta por produto).

Se essa atividade é feita pelos funcionários que supervisionam a mão de obra, o custo associado a ela são os
“gastos com supervisores de mão de obra”, que valem R$ 75.000. Assim, como o direcionador de custos da
atividade é o número de horas de mão de obra direta por produto, temos que distribuir os R$ 75.000
proporcionalmente ao o número total de horas de mão de obra direta de cada produto (Eta: 1,40 horas/unidade x
10.000 unidades = 14.000 horas de MOD e Gama: 2,00 horas/unidade x 20.000 unidades = 40.000 horas de MOD)
em relação ao total (54.000 horas de MOD). Para isso, basta fazermos uma regrinha de três e resolvemos:
Para o produto Eta: se 14.000 hMOD -------------------- 54.000 hMOD

X ---------------------------- R$ 75.000
14.000 ∙ 75.000
𝑋= = 𝑅$ 19.444,44
54.000
Para encontrar o custo alocado ao produto Gama, basta subtrair os R$ 75.000 (total) do valor alocado ao produto
Eta, e assim finalizamos nossa tabela de custos indiretos:

Produtos
Atividade Direcionador Total Eta Gama
Peças
Transportar R$ 26.000 R$ 12.000 R$
transportadas
Materiais 135.000 peças 92.368,42 peças 42.631,58
(38.000 peças)
Horas de
Usinar R$ 18.000 R$ 8.000 R$
usinagem
Materiais 105.000 horas 72.692,31 horas 32.307,69
(26.000 horas)
Requisições por
Fornecer R$ 8.600 R$ 16.000 R$
produto
insumos
(24.600) 40.000 requisições 13.983,74 requisições 26.016,26
Horas de mão de
Supervisionar R$ 14.000 R$ 40.000 R$
obra direta
produção 75.000 horas 19.444,44 horas 55.555,56
(54.000)
Total de Custos Indiretos R$ 355.000 R$ 198.488,91 R$ 156.511,09

Vale lembrar que existem também os custos DIRETOS, que foram diretamente associados aos produtos Eta e
Gama. São eles o material direto e a mão de obra direta. Perceba que a tabela nos fornece os custos unitários
desses dois elementos para os dois produtos.

Multiplicando esses custos pelas unidades produzidas de cada um dos produtos (Eta: 10.000 unidades e Gama:
20.000 unidades), obtemos os custos diretos e completamos a tabela de custos totais.

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Produtos
Atividade Direcionador Total Eta Gama
Peças
Transportar R$ 26.000 R$ 12.000 R$
transportadas
Materiais 135.000 peças 92.368,42 peças 42.631,58
(38.000 peças)
Horas de
Usinar R$ 18.000 R$ 8.000 R$
usinagem
Materiais 105.000 horas 72.692,31 horas 32.307,69
(26.000 horas)
Requisições por
Fornecer R$ 8.600 R$ 16.000 R$
produto
insumos
(24.600) 40.000 requisições 13.983,74 requisições 26.016,26
Horas de mão de
Supervisionar R$ 14.000 R$ 40.000 R$
obra direta
produção 75.000 horas 19.444,44 horas 55.555,56
(54.000)
Total de Custos Indiretos R$ 355.000 R$ 198.488,91 R$ 156.511,09
Total de Custos Diretos R$ 1.090.000 R$ 320.000,00 R$ 770.000,00
Total de Custos R$ 1.445.000 R$ 518. 488,91 R$ 926.511,09

Agora podemos analisar as alternativas:


a) Pelo custeio ABC, o custo total do produto Eta seria superior a R$ 500.000,00.
Item CERTO. Vimos pela tabela que esse custo vale R$ 518. 488,91

b) Pelo custeio ABC, o custo total do produto Gama seria superior a R$ 900.000,00.

Item CERTO. Vimos pela tabela que esse custo vale R$ 926.511,09
c) Pelo custeio ABC, o valor dos custos indiretos alocados ao produto Eta seria superior a R$ 200.000,00.

Item ERRADO. Vimos pela tabela que esse custo vale R$ 198.488,91
d) Pelo custeio ABC, o valor dos custos indiretos alocados ao produto Gama seria superior a R$ 150.000,00.
Item CERTO. Vimos pela tabela que esse custo vale R$ 156.511,09
GABARITO: C

22. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)


As demonstrações contábeis no setor público possuem como finalidade disponibilizar informação útil para
subsidiar a tomada de decisão e a prestação de contas e responsabilização da entidade quanto aos recursos
que lhe foram confiados. Sobre as demonstrações contábeis aplicadas ao setor público, é INCORRETO
afirmar:
a) A Demonstração dos Fluxos de Caixa identificará as fontes de geração dos fluxos de entrada de caixa; os itens
de consumo de caixa durante o período das demonstrações contábeis; e o saldo do caixa na data das
demonstrações contábeis.
b) No Balanço Financeiro são demonstradas as receitas e despesas orçamentárias, bem como os ingressos e
dispêndios extraorçamentários, conjugados com os saldos de caixa do exercício anterior e os que se transferem
para o início do exercício seguinte.

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c) No Balanço Orçamentário é demonstrada uma situação de desequilíbrio entre a previsão atualizada da receita
e a dotação atualizada, em decorrência da utilização do superávit financeiro de exercícios anteriores para abertura
de créditos adicionais.
d) A Demonstração da Variações Patrimoniais evidencia, qualitativa e quantitativamente, a situação patrimonial
da entidade pública por meio de contas representativas do patrimônio público, bem como os atos potenciais, que
são registrados em contas de compensação.
RESOLUÇÃO:

Vamos analisar as alternativas:


A alternativa A) está correta, pois, segundo consta na pg. 447 do MCASP 8ª ed., a DFC apresenta as entradas e
saídas de caixas e as classifica em fluxos operacional, de investimento e de financiamento e identificará:
a. as fontes de geração dos fluxos de entrada de caixa;
b. os itens de consumo de caixa durante o período das demonstrações contábeis; e
c. o saldo do caixa na data das demonstrações contábeis.
A alternativa B) está correta, pois reproduz o contido na pg. 244 do MCASP 8ª ed. De fato, o Balanço Financeiro
(BF) evidencia as receitas e despesas orçamentárias, bem como os ingressos e dispêndios extraorçamentários,
conjugados com os saldos de caixa do exercício anterior e os que se transferem para o início do exercício seguinte
e é composto um único quadro que evidencia a movimentação financeira das entidades do setor público,
demonstrando:
a. a receita orçamentária realizada e a despesa orçamentária executada, por fonte / destinação de recurso,
discriminando as ordinárias e as vinculadas;
b. os recebimentos e os pagamentos extraorçamentários;
c. as transferências financeiras recebidas e concedidas, decorrentes ou independentes da execução
orçamentária, destacando os aportes de recursos para o RPPS; e
d. o saldo em espécie do exercício anterior e para o exercício seguinte. a DFC apresenta as entradas e saídas
de caixas e as classifica em fluxos operacional, de investimento e de financiamento e identificará:
A alternativa C) está correta, e é um pouco mais complicada que as outras duas alternativas. Isso porque a
utilização do superavit financeiro de exercícios anteriores para abertura de créditos adicionais (apurado em
Balanço Patrimonial do exercício anterior ao de referência) é, de fato, uma das hipóteses que incorrem em uma
situação de desequilíbrio entre a previsão atualizada da receita e a dotação atualizada no Balanço Orçamentário
(pg. 411 do MCASP 8ª ed.).
Por fim, a alternativa D) está errada, pois ela descreveu o Balanço Patrimonial e não a DVP (conforme pg. 429 do
MCASP 8ª ed.). Diferentemente, a Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP) evidenciará as alterações
verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado
patrimonial do exercício (pg. 442 do MCASP 8ª ed.).
Dessa forma, a única alternativa incorreta é a letra D).
GABARITO: D

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23.(CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)


Um ente público apresentou as seguintes informações no seu Balanço Orçamentário, referente ao exercício
financeiro do ano X1:
Previsão Inicial R$ 10.200.000,00
Previsão Atualizada R$ 10.210.000,00
Receita Realizada R$ 10.100.000,00
Dotação Inicial R$ 10.200.000,00
Dotação Atualizada R$ 10.210.000,00
Despesa Empenhada R$ 10.150.000,00
Despesa Liquidada R$ 10.090.000,00
Despesa Paga R$ 10.000.000,00
Saldo de Exercícios Anteriores R$ 5.000.000,00
Com base nessas informações, sabe-se que esse Balanço Orçamentário apresentará um superávit ou um
déficit; no exercício financeiro de X1 é correto afirmar que foi apresentado um:
a) Déficit de R$ 50.000,00.
b) Déficit de R$ 110.000,00.
c) Superávit de R$ 10.000,00.
d) Superávit de R$ 110.000,00.

RESOLUÇÃO:
Primeiramente, é preciso lembrar que o superavit/deficit no Balanço Orçamentário é encontrado através da
diferença entre receitas e despesas realizadas no exercício e que, para efeitos do Balanço Orçamentário, receitas
realizadas = receitas arrecadadas e despesas realizadas = despesas empenhadas.

Dessa forma, temos que:

Receitas arrecadadas – Despesas empenhadas = 10.100.000,00 – 10.150.000,00 = - 50.000,00


Portanto, há um déficit de R$ 50.000,00 no exercício financeiro X1. Assim, a letra A) está correta

GABARITO: A

24. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)

Assinale o registro contábil referente ao reconhecimento do crédito tributário relativo ao Imposto sobre
Propriedade de Veículo Automotores, pelo enfoque patrimonial:
a) Débito: Créditos tributários a receber
Crédito: Impostos sobre patrimônio e a renda / IPVA

b) Débito: Caixa e equivalentes de caixa em moeda nacional


Crédito: Impostos sobre patrimônio e a renda / IPVA

c) Débito: Impostos sobre patrimônio e a renda / IPVA


Crédito: Créditos tributários a receber

d) Débito: Caixa e equivalentes de caixa em moeda nacional


Crédito: Créditos tributários a receber

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RESOLUÇÃO:

Pessoal, não se faz necessário saber exatamente o nome das contas contábeis para resolver questões assim.
Vamos pensar de forma analítica:
1) Trata-se do reconhecimento de uma VPA, certo? Nesse caso é preciso registrar um aumento de saldo
na classe VPA, que se aumenta (em geral) com crédito;
2) Trata-se também do registro de um direito a receber, correto? Assim, é preciso registrar um aumento
de saldo na classe do Ativo, que se aumenta (em geral) com débito.
Agora passemos às alternativas:
A alternativa A) é correta, pois traz um débito na conta créditos tributários a receber (no Ativo) e um crédito na
conta impostos sobre o patrimônio e a renda / IPVA (na classe VPA), exatamente conforme vimos.
A alternativa B) está errada, porque houve informações apenas sobre o direito a receber e não sobre o
recebimento em si, logo, não há porque debitar a conta caixa e equivalentes de caixa em moeda nacional (na classe
do Ativo), aumentando, assim, seu saldo.
A alternativa C) está errada, porque o débito está no lugar do crédito e vice-versa, conforme discutimos
anteriormente.
A alternativa D) está errada, primeiro pelo mesmo motivo que a alternativa B) está errada, e também porque deve-
se debitar a conta créditos tributários a receber e não creditar.
GABARITO: A

25.(CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)


Uma empresa apresentou os seguintes Balanços Patrimoniais encerrados em 31/12/20X0 e 31/12/20X1:

Considerando apenas os dados apresentados, assinale a alternativa correta.

a) O Capital de Giro Líquido diminuiu em R$ 332.000,00 de 20X0 para 20X1.


b) O Capital de Giro Líquido aumentou em R$ 108.000,00 de 20X0 para 20X1.

c) A Necessidade de Capital de Giro aumentou em R$ 440.000,00 de 20X0 para 20X1.


d) A Necessidade de Capital de Giro aumentou em R$ 1.200.000,00 de 20X0 para 20X1.

RESOLUÇÃO:

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Questão que envolve conceitos de Capital de Giro Líquido e Necessidade de Capital de Giro, conceitos afetos à
Análise das Demonstrações Contábeis de Empresas.

O Capital Circulante Líquido (ou Capital de Giro Líquido) mede a diferença entre o Capital de Giro4 (Ativo
Circulante) e as obrigações de curto prazo, ou seja, mede a diferença dos ativos de curto prazo em relação aos
passivos também de curto prazo. É um indicador de liquidez utilizado pelas empresas para refletir a capacidade
de gerenciar as relações com fornecedores e clientes.

Assim, podemos dizer que o Capital de Giro é o valor que a empresa tem para custear e manter suas despesas
operacionais do dia a dia5 Dizemos “l quido” pois é o resultado da diferença entre o dinheiro que você tem
disponível e o dinheiro que você deve. Ele diz respeito a uma reserva de recursos de rápida renovação, voltada a
suprir as necessidades da gestão financeira do negócio ao longo do tempo. Esses recursos concentram-se nas
contas a receber, no estoque, no caixa ou na conta corrente bancária e influenciam no cálculo do ativo. Ele é
diferente do chamado capital fixo ou permanente, que é o investimento voltado à compra de imóveis,
instalações, máquinas, matérias primas e equipamentos (itens do ativo imobilizado), necessários para o início do
processo “f sico” de funcionamento da empresa

𝐶𝐶𝐿 = 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 − 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 = 𝐴𝐶 − 𝑃𝐶


Em X0, temos: 𝐶𝐶𝐿 = 1.515.000 − 683.000 = 832.000

Em X1, temos: 𝐶𝐶𝐿 = 1.080.000 − 580.000 = 500.000


Assim, percebe-se que o Capital de Giro Líquido DIMINUIU em R$ 332.000 de X0 para X1.

Já vimos que a resposta da questão é a letra A, porém, para fins didáticos, vamos revisar o conceito de necessidade
de capital de giro:

O conceito de Necessidade de capital de giro – NCG ou Necessidade de investimento em giro – NIG foi
desenvolvido por Michel Fleuriet, em um modelo de administração do capital de giro que sugere uma nova
abordagem da Análise de Balanços, chamada de Análise Dinâmica. Por esse modelo, os elementos patrimoniais
do giro (Ativo Circulante e Passivo Circulante) são separados em dois grupos, de acordo com seu comportamento
em relação ao ciclo operacional da empresa: contas cíclicas ou operacionais; e contas erráticas, financeiras ou
de tesouraria.

As contas cíclicas são as que se relacionam diretamente com o ciclo operacional, refletindo, em seus saldos, o nível
de operações da empresa. Elas se renovam com o giro operacional da empresa, fazendo parte desse ciclo.

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O ativo cíclico (ou operacional) contém, portanto, os investimentos demandados pela operação, necessários para
o seu giro. As principais contas cíclicas do ativo são: clientes, estoques, impostos a recuperar e despesas
antecipadas, com destaque para as duas primeiras, que são realmente as maiores responsáveis pela magnitude
desse subgrupo.

O passivo cíclico (ou operacional) representa os credores operacionais, que fornecem os insumos necessários
para o giro da operação ou cujas obrigações decorrem do giro operacional. Podemos citar como exemplos os
fornecedores, o governo (impostos a recolher/pagar), os funcionários (salários a pagar), entre outras contas
operacionais a pagar.
As contas erráticas, por sua vez, são aquelas cujos saldos evoluem sem qualquer relação com o ritmo das
operações, podendo mesmo ser zeradas enquanto a firma estiver desempenhando normalmente suas atividades.

O ativo errático (ou financeiro) contém os investimentos financeiros (caixa, bancos e aplicações financeiras), que,
como acabei de dizer, não são intrínsecos à operação, mas uma consequência dela ou das decisões de
investimento e financiamento.

O passivo errático (ou financeiro) contém os recursos de credores financeiros, que não participam da operação,
mas que são consequência dela ou que são necessários para as atividades de investimento. Entre eles, destacam-
se os bancos (empréstimos bancários e financiamentos a pagar), os debenturistas (debêntures a pagar), os sócios
(dividendos a pagar),

Podemos raciocinar da seguinte forma:


▪ Contas erráticas do Ativo Circulante: disponibilidades e aplicações financeiras;
▪ Contas operacionais do Ativo Circulante: estoques, valores a receber e despesas antecipadas;
▪ Contas erráticas do Passivo Circulante: passivos de financiamento (empréstimos e financiamentos); e
▪ Contas operacionais do Passivo Circulante: passivos de funcionamento.
Esquematicamente:

Aprendemos que a necessidade de capital de giro é dada pela diferença entre o ativo circulante operacional
(cíclico) e o passo circulante operacional (cíclico):

𝑁𝐶𝐺 = 𝐴𝐶𝑂 − 𝑃𝐶𝑂

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Na questão, basta identificarmos quem é operacional e quem é financeiro, dentro das contas do ativo e do passivo
circulante. Assim:

• Ativo Circulante Operacional: Contas a receber de clientes e Estoque de Mercadorias para Venda;
• Passivo Circulante Operacional: Contas a pagar, Fornecedores a pagar e Impostos a pagar

As demais contas fazem parte do ativo ou passivo circulante financeiro. Assim, temos:

Em X0: 𝑁𝐶𝐺 = 𝐴𝐶𝑂 − 𝑃𝐶𝑂 = 1.370.000 − 170.000 = 1.200.000

Em X1: 𝑁𝐶𝐺 = 𝐴𝐶𝑂 − 𝑃𝐶𝑂 = 950.000 − 190.000 = 760.000

Assim, percebe-se que a Necessidade de Capital de Giro DIMINUIU em R$ 440.000 de X0 para X1.
GABARITO: A

26. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)


Os seguintes valores foram divulgados por uma empresa comercial em alguns de seus relatórios contábil-
financeiros encerrada em 31/12/20X1:

Informações adicionais:

• Em 20X1, as Contas a Receber de Clientes giraram, em média, seis vezes, enquanto Fornecedores de
Mercadorias a Pagar giraram, em média, dez vezes;

• No Balanço Patrimonial encerrado em 31/12/20X0, o saldo do Estoque de Mercadorias foi de R$ 290.000,00.


Considerando apenas as informações apresentadas e adotando o ano comercial com 360 dias nos cálculos,
pode-se afirmar que em 20X1:

a) O Ciclo Operacional foi de 150 dias e o Ciclo Financeiro foi de 114 dias.

b) O Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores foi de 90 dias e o Ciclo Financeiro de 150 dias.

c) O Prazo Médio de Renovação de Estoque de Mercadorias foi de 36 dias e o Ciclo Operacional de 150 dias.

d) O Prazo Médio de Recebimento de Clientes foi de 60 dias e o Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores foi
de 90 dias.
RESOLUÇÃO:

Questão que versa sobre a análise dos ciclos operacional e financeiro. A seguir uma breve revisão sobre o assunto:

O ciclo operacional – CO de uma empresa é o tempo decorrido desde o momento em que ela realiza suas compras
de mercadorias junto aos fornecedores até o instante em que recebe o valor das vendas de seus clientes.

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Quando se trata de uma empresa que fabrica a mercadoria que vai ser revendida (empresas fabris), esse ciclo passa
a ser do momento que a empresa adquire a matéria-prima até o momento em que ela recebe o valor referente à
venda.

Esse ciclo pode ser dividido em duas partes. O período que vai da compra de mercadorias até a venda aos clientes
é chamado de prazo médio de renovação de estoques – PMRE, pois, a partir desse ponto, a empresa precisará
adquirir novas mercadorias para revenda (Para as empresas fabris, existe ainda o PMF, que é o prazo médio de
fabricação, anterior ao PMRE). A partir de então, teremos o prazo dado aos clientes para o pagamento dessas
vendas, chamado prazo médio de recebimento de vendas – PMRV. Desse modo, temos a seguinte igualdade:

𝐶𝑖𝑐𝑙𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 = 𝑃𝑀𝑅𝐸 + 𝑃𝑀𝑅𝑉


Define-se, ainda, como prazo médio de pagamento de compras – PMPC o tempo dado pelos fornecedores para
que a empresa pague suas compras a prazo. O ideal é que esse prazo supere a duração do ciclo operacional da
empresa, pois, assim, ela só precisará saldar suas dívidas junto aos fornecedores após ter recebido as vendas de
seus clientes. Na prática, contudo, isso é difícil de ocorrer.

Geralmente, o pagamento das compras deve ser feito antes que a empresa tenha recebido o valor das suas vendas,
de modo que há um período, após o pagamento a fornecedores, durante o qual a empresa precisa financiar as
operações com recursos próprios, uma vez que o numerário destinado aos fornecedores, que estava sendo
utilizado na manutenção das atividades, já terá sido entregue a eles.

Esse tempo decorrido


do momento em que
a empresa efetua o
pagamento das
compras de
mercadorias até o
instante em que ela
recebe o valor das
vendas efetuadas aos
clientes é
denominado de ciclo
financeiro – CF,
também chamado de
ciclo de caixa. Assim,
o ciclo operacional é
mais amplo que o
ciclo financeiro, englobando desde a data das compras até o recebimento de clientes. Veja que, se quisermos saber
a duração do ciclo financeiro a partir do ciclo operacional, basta descontarmos o PMPC. Desse modo, podemos
escrever a seguinte igualdade:

𝐶𝑖𝑐𝑙𝑜 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜 = 𝑃𝑀𝑅𝐸 + 𝑃𝑀𝑅𝑉 − 𝑃𝑀𝑃𝐶


Como já mencionei, no caso de uma empresa fabril, o ciclo operacional (ou período de maturação) é medido desde
a data da compra da matéria-prima. Dessa forma, inclui-se o tempo despendido na produção, conforme se pode
depreender da figura abaixo:

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Assim, temos:

𝐶𝑖𝑐𝑙𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 = 𝑃𝑀𝐸 + 𝑃𝑀𝐹 + 𝑃𝑀𝑅𝐸 + 𝑃𝑀𝑅𝑉


Onde:

𝑃𝑀𝐸(𝑀𝑃) = 𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑡𝑜𝑐𝑎𝑔𝑒𝑚 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑡é𝑟𝑖𝑎 𝑝𝑟𝑖𝑚𝑎


𝑃𝑀𝐹 = 𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑎𝑏𝑟𝑖𝑐𝑎çã𝑜
𝑃𝑀𝑅𝐸 = 𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑛𝑜𝑣𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠 (𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜𝑠 𝑎𝑐𝑎𝑏𝑎𝑑𝑜𝑠)
O primeiro (PME) significa o tempo médio observado desde a aquisição da matéria-prima até a sua requisição para
produção; o segundo (PMF) relata o prazo médio que a empresa leva para fabricar o produto. A soma dos dois
prazos equivale, no caso de uma empresa comercial, ao PMRE.

Para a empresa comercial, por exemplo, se o PMRE de uma empresa for de 35 dias, o PMRV for de 55 dias e o
PMPC, de 60 dias, os seus ciclos operacional e financeiro serão:

Podemos dizer que o CO difere do CF exatamente pela duração do PMPC:

𝐶𝑖𝑐𝑙𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 − 𝐶𝑖𝑐𝑙𝑜 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜 = 𝑃𝑀𝑃𝐶


Desse modo, o PMRE representa o tempo médio de estocagem de mercadorias; o PMRV expressa o tempo
decorrido entre a venda e o recebimento; o PMPC traduz o tempo entre a compra de mercadorias e o pagamento
aos fornecedores.

Pode-se dizer que o ciclo operacional é o período em que são investidos recursos nas operações, sem que ocorram
entradas de caixa correspondentes. Parte desse capital de giro é financiado pelos fornecedores que concederam
prazo para pagamento (PMPC).

Até o momento do pagamento aos fornecedores, a empresa não precisa se preocupar com o financiamento, que
é automático. Se o PMPC for superior ao PMRE (caso da figura acima), então os fornecedores estarão financiando
também uma parte das vendas da empresa. O ideal, como dito, seria que o PMPC fosse, no mínimo, igual à soma
de PMRE e PMRV, situação em que os fornecedores financiariam completamente o ciclo operacional.

Após o pagamento a fornecedores, a empresa terá que financiar as operações com seu próprio capital de giro,
iniciando-se o ciclo financeiro, que durará até o recebimento das vendas.

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Como se vê, quanto maior for a velocidade de recebimento de vendas e de renovação de estoques, melhor. Por
outro lado, quanto mais lento for o pagamento de compras, desde que não corresponda a atrasos, melhor. O ideal
é reduzir o ciclo financeiro da empresa ao menor patamar possível.

Se quisermos calcular matematicamente os prazos médios, podemos nos valer dos chamados índices de
atividade ou de rotatividade, que se dividem em rotações e prazos médios, conforme abaixo.
Rotações (ou giros):
𝐶𝑀𝑉
𝑅𝑜𝑡𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠 =
𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠

𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 𝑎 𝑝𝑟𝑎𝑧𝑜
𝑅𝑜𝑡𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑙𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 =
𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑙𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎𝑠 𝑎 𝑝𝑟𝑎𝑧𝑜
𝑅𝑜𝑡𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝐹𝑜𝑟𝑛𝑒𝑐𝑒𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 =
𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑜𝑟𝑛𝑒𝑐𝑒𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠

Prazos Médios:
360 360 × 𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠
𝑃𝑀𝑅𝐸 = =
𝑅𝑜𝑡𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠 𝐶𝑀𝑉

360 360 × 𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑙𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠


𝑃𝑀𝑅𝑉 = =
𝑅𝑜𝑡𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑙𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 𝑎 𝑝𝑟𝑎𝑧𝑜

360 360 × 𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝐹𝑜𝑟𝑛𝑒𝑐𝑒𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠


𝑃𝑀𝑃𝐶 = =
𝑅𝑜𝑡𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝐹𝑜𝑟𝑛𝑒𝑐𝑒𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎𝑠 𝑎 𝑝𝑟𝑎𝑧𝑜

Passada a revisão, vamos às alternativas:

a) O Ciclo Operacional foi de 150 dias e o Ciclo Financeiro foi de 114 dias.

Item CERTO Dizer que a conta Clientes “girou” 6 vezes no ano significa dizer que o giro (ou rotação) de clientes é
igual a 6. Sabendo isso, e levando em conta o ano comercial (360 dias), temos:
360 360
𝑃𝑀𝑅𝑉 = = = 60 𝑑𝑖𝑎𝑠
𝑔𝑖𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑙𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 6
Do mesmo modo, dizer que a conta Fornecedores “girou” 1 vezes no ano significa dizer que o giro (ou rotação)
de fornecedores é igual a 10. Sabendo isso, e levando em conta o ano comercial (360 dias), temos:
360 360
𝑃𝑀𝑃𝐶 = = = 36 𝑑𝑖𝑎𝑠
𝑔𝑖𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑜𝑟𝑛𝑒𝑐𝑒𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 10
Por fim, para calcular o ciclo econômico (prazo médio de renovação de estoques), posso obter primeiramente giro
de estoques, dessa forma:
𝐶𝑀𝑉 1.200.000
𝑔𝑖𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠 = = =4
𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠 300.000

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Veja que usei a média aritmética entre estoque inicial (R$ 290.000) e estoque final (R$ 310.000) para obter o saldo
médio de estoques. Não é o único jeito de obter o saldo médio, mas em provas é o mais comum de aparecer.
Assim, o PMRE é calculado:
360 360
𝑃𝑀𝑅𝐸 = = = 90 𝑑𝑖𝑎𝑠
𝑔𝑖𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠 4
Assim, nosso ciclo operacional fica assim, como na figura abaixo:

• M F 6 dias
• MRE dias
• MR 6 dias 150 dias
Ciclo operacional

PMRE PMRV

90 dias enda de 60 dias


Compra de mercadorias Rece imento das
mercadorias vendas
agamento a
fornecedores
36 dias 114 dias

Ciclo financeiro

PMPF

𝐶𝑖𝑐𝑙𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 = 𝑃𝑀𝑅𝐸 + 𝑃𝑀𝑅𝑉 = 90 + 60 = 150 𝑑𝑖𝑎𝑠


𝐶𝑖𝑐𝑙𝑜 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜 = 𝐶𝑖𝑐𝑙𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 − 𝑃𝑀𝑃𝐶 = 150 − 36 = 114 𝑑𝑖𝑎𝑠
b) O Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores foi de 90 dias e o Ciclo Financeiro de 150 dias.

Item ERRADO. Como vimos, PMPF = 36 dias e Ciclo Financeiro = 114 dias
c) O Prazo Médio de Renovação de Estoque de Mercadorias foi de 36 dias e o Ciclo Operacional de 150 dias.

Item ERRADO. Como vimos, PMRE = 90 dias e Ciclo Operacional = 150 dias

d) O Prazo Médio de Recebimento de Clientes foi de 60 dias e o Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores foi
de 90 dias.

Item ERRADO. Como vimos, PMRV = 90 dias e PMPF = 36 dias.


GABARITO: A

27.(CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)


A missão da controladoria é assegurar a otimização do resultado econômico da organização, com a
responsabilidade de tornar as informações úteis para breves ou futuras e importantes mudanças no cenário
empresarial. Em organizações descentralizadas, grande parte do poder na tomada de decisão está nas

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subunidades. Nesses casos, o sistema de controle gerencial frequentemente usa preços de transferência para
coordenar as ações das subunidades e avaliar o desempenho. A empresa Computadores MMX Ltda., com
matriz em São Francisco, fabrica e vende computadores. Ela conta com três divisões, cada uma delas
localizada em um país diferente:

• Divisão da China – fabrica componentes de memória e teclados;


• Divisão da Coreia do Sul – monta os computadores usando peças fabricadas internamente e componentes
de memória e teclados da divisão da China; e,

• Divisão dos Estados Unidos – embala e distribui os computadores.


Cada divisão é operada como um centro de lucro. Os dados para o trabalho feito em cada divisão para um
único computador são:

Considerando o resultado das três divisões, o valor total do lucro líquido por unidade de computadores da
empresa Computadores MMX Ltda. será

a) R$ 725,00.
b) R$ 890,00.

c) R$ 935,00.
d) R$ 1.050,00.

RESOLUÇÃO:

Questãozinha chata. É daquelas que você, geralmente, vai deixar para o final da prova, depois de ter resolvido
outras mais atrativas. Mas ela é, como qualquer uma outra da prova, uma questão que pode definir sua aprovação
ou não no exame. Portanto, não podemos ignorar sua importância e aprender como resolvê-la, caso venha a ser
cobrada novamente.

Note que o enunciado destaca a presença de três subunidades. A localização delas só é relevante quando formos
calcular a conversão das moedas (câmbio). Além disso, estamos falando do custo/lucro relativo à fabricação/venda
de, apenas, um computador.

O ponto central para resolvermos a questão é o preço de transferência, pois é dele que conseguiremos alcançar o
lucro líquido pedido. Portanto, estamos falando em administração por centro de responsabilidade que, aqui, seria
os centros de lucro.

O preço de transferência, para a unidade de origem, é receita. Por outro lado, é custo para a unidade de destino,
ok?

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Dica: converta tudo para uma moeda, no caso, o real, que é a moeda que consta nas alternativas de resposta. Fica
mais fácil para você compreender os cálculos e não se perder no meio do caminho. É o que faremos. Você vai
perceber.

1º Passo: cálculos relativos à divisão da China:

De receita, nós temos 5.000 Yuan que, convertidos, serão equivalentes a R$625 (5.000/8). Lembre-se: 8 Yuan =
R$1,00, ok?

Quanto aos custos, temos 3.600 Yuan, que é a soma dos custos direitos variáveis (1.600) e fixos (2.000) por
unidade. Esses 3.600 Yuan equivalem, após a conversão, a R$450,00 (3.600/8).
Para encontrarmos o lucro das operações, é basilar: receita – custos. Portanto, temos: 625,00 – 450,00, o que nos
dá um lucro das operações de R$175,00.

Só que ele quer de você não o lucro operacional, mas o lucro líquido. Ou seja, temos ainda que tirar a parte do
governo, representada aqui pelo Imposto de Renda (IR). A alíquota na China é de 40% sobre o lucro das operações.
Assim, temos:

Lucro líquido = 175,00 – 40% = 175 – 70

Lucro líquido = R$105,00


2º Passo: cálculos relativos à divisão da Coréia do Sul:

Receita: R$1.200,00, resultado da conversão 1.800.000/1.500, que é a cotação das moedas no dia, para fins de
câmbio, ou seja, 1.500 Won = R$1,00.
Custo: Aqui mora um perigo. Além dos custos variáveis e fixos por unidade, devemos incluir ainda o custo relativo
ao preço de transferência. É esse detalhe que pegou muitos candidatos. Veja:

Custos variáveis: R$200,00 (300.000 Won)


Custos fixos: R$300,00 (450.000 Won)

Preço de transferência R$625,00 (está lá na coluna da Divisão da China: 5.000 Yuan/8)


Custo total: R$1.125,00

Lucro das operações: vai ser a receita – custos (R$1.200 – 1.125), ou seja, 75,00.
O lucro líquido, como você já sabe, só será possível de ser alcançado após extrairmos do lucro das operações (ou
operacional) o valor relativo ao IR da China. A alíquota, conforme vimos na tabela, é de 20%. Assim,

Lucro líquido = 75,00 – 20% = 75 – 15

Lucro líquido = R$60,00

3º Passo: cálculos relativos à divisão dos EUA:


Fechando o ciclo, concluiremos agora os cálculos na última fase da circulação da mercadoria. Lembrando que o
valor, aqui, já está em reais.

A receita na subunidade americana é de R$2.400,00

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O custo total (custo variável + custo fixo por unidade + custo do preço de transferência) é de R$1.600,00. O preço
de transferência aqui, envolve o da subunidade da Coréia do Sul para a subunidade dos EUA (R$1.200,00, resultado
da conversão do Won (1.800.000) para o Real (1.500/1).

O lucro operacional, portanto, será a receita – custo, assim: 2.400,00 – 1.600,00, o que nos dá R$800,00.

O lucro líquido, você já sabe, surgirá após a subtração desse lucro das operações do IR. Nos EUA, a alíquota dada
é de 30%. Portanto, temos:

Lucro líquido = 800 – 30% = 800 – 240 =

Lucro líquido = R$560,00


4º Passo: soma do lucro líquido das três subunidades:

O examinador pede o resultado das três unidades. Portanto, deveremos somar o lucro líquido encontrado em cada
uma das unidades, o que nos levará ao GABARITO:

Resultado da Computadores MMX Ltda = 105 + 60 + 560 = 725,00

Ufa!!! Coisas da vida. É assim mesmo. Estrategicamente, como eu já disse no início, essa seria o tipo de questão
que deixaria para o final. Ela, querendo ou não, tende a tomar parte considerável do tempo. Mais do que a média.
GABARITO: A

28. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)


Quando da suspensão ou da interrupção do contrato de trabalho, não há a prestação de serviços para o
empregador. Um contador responsável pelas rotinas trabalhistas de determinada empresa sabe que, em
linhas gerais, na interrupção do contrato de trabalho, o empregado continua recebendo sua remuneração e
há a contagem do tempo de serviço, o que não ocorre no caso de suspensão do contrato. Neste contexto, as
seguintes hipóteses são de interrupção de contrato de trabalho para um empregado, EXCETO:
a) Afastamento para exercício de cargo público.

b) Necessidade de o empregado comparecer a juízo.

c) Licença de três dias consecutivos, em virtude de casamento.

d) Doação voluntária de sangue devidamente comprovada, por um dia, em cada doze meses de trabalho.

RESOLUÇÃO:

O enunciado apresenta corretamente os conceitos de interrupção e suspensão do contrato de trabalho. Em


ambas as situações, não há prestação de serviços. A principal diferença é que, na interrupção, há recebimento de
remuneração e contagem de tempo de serviço, o que não ocorre na suspensão.

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Sem Com Com


Interrupção trabalho pagamento tempo de serviço

Sem Sem Sem


Suspensão trabalho pagamento tempo de serviço

Aqui está uma super dica para você memorizar estas regrinhas:

Agora, vamos analisar cada uma das alternativas para verificar qual delas corresponde a uma hipótese de
suspensão, ou seja, situação em que não há prestação de serviços e também não há recebimento de remuneração,
tampouco contagem de tempo de serviço.
A – Suspensão. Se o trabalhador se afastou do trabalho para o exercício de cargo público, ele não receberá
a remuneração de seu empregador, mas sim do órgão público ao qual estará vinculado. Se não há recebimento de
remuneração oriunda do empregador, trata-se de suspensão do contrato de trabalho. Na CLT, há menção
expressa ao “encargo público”, que consiste no exercício de funções públicas, tais como ministro, senador e
deputado.

Art. 472, CLT - O afastamento do empregado em virtude das exigências do serviço militar, ou de outro encargo público,
não constituirá motivo para alteração ou rescisão do contrato de trabalho por parte do empregador.

§ 1º - Para que o empregado tenha direito a voltar a exercer o cargo do qual se afastou em virtude de exigências do
serviço militar ou de encargo público, é indispensável que notifique o empregador dessa intenção, por telegrama ou
carta registrada, dentro do prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da data em que se verificar a respectiva baixa ou
a terminação do encargo a que estava obrigado.

B – Interrupção. Nos dias em que o empregado tiver que comparecer a juízo, como por exemplo para ser
testemunha em uma audiência, o contrato de trabalho será interrompido. Isso significa que ele receberá
normalmente a remuneração relativa ao(s) dia(s) de afastamento.

Art. 473, CLT - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: (…)

VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo.

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C – Interrupção. A licença em razão de casamento é de até três dias consecutivos e não enseja qualquer
desconto na remuneração. Portanto, trata-se de interrupção do contrato de trabalho.

Art. 473, CLT - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: (…)

II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento;

Uma dica para você memorizar o prazo desta licença:

DDD - Dica da Dani: casamento = maTRImônio = TRI = 3 dias

D – Interrupção. A doação voluntária de sangue devidamente comprovada, por 01 dia, em cada 12 meses
de trabalho não enseja qualquer desconto na remuneração. Portanto, trata-se de interrupção do contrato de
trabalho.

Art. 473, CLT - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: (…)

IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente
comprovada;

GABARITO: A

29. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)

“Conforme o art. 43 do Código Tributário Nacional, o(a) _________________ do Imposto de Renda ocorre pela
aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda.” Assinale a alternativa que completa
corretamente a afirmativa anterior.

a) anistia
b) isenção
c) fato gerador

d) compensação

RESOLUÇÃO:
O texto do artigo 43 do CTN diz (grifamos):
CTN, art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato
gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:

I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;

II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso
anterior.

GABARITO: C

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30. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)

A seguir são apresentados o preâmbulo de um hipotético Contrato Social e os artigos do Código Civil
referentes à capacidade para exercício de atividade de empresário.

José XYZ, brasileiro, casado em regime de comunhão parcial de bens, empresário, portador da cédula
de identidade nº. 011.022 SSP/EV, inscrito no CPF/MF sob o nº 001.002.003-04, residente e domiciliado
na Rua das Flores, nº 19, Cidade do Bosque, no Estado do Verde;
Joana XYZ, brasileira, casada em regime de comunhão parcial de bens, empresária, portadora da
cédula de identidade nº 033.044 SSP/EV, inscrita no CPF/MF sob o nº 004.003.004-05, residente e
domiciliada na Rua das Flores, nº 19, Cidade do Bosque, no Estado do Verde;

José XYZ Júnior, brasileiro, solteiro, empresário, portador da cédula de identidade nº 044.055 SSP/EV,
inscrito no CPF/MF sob o nº 006.007.008.-09, residente e domiciliado na Rua das Flores, nº 19, Cidade
do Bosque, no Estado do Verde, nascido em 15/05/2002, tendo dezessete anos nesta data, emancipado
por concessão dos pais, conforme escritura devidamente averbada no Cartório de Registro Civil da
Comarca da Cidade do Bosque, resolvem constituir uma sociedade limitada, o fazem sob as condições
seguintes:
[...]

Artigo 5º. A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática
de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único: Cessará para os menores a incapacidade: [...]

Artigo 972. Podem exercer atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil
e não forem legalmente impedidos.

(BRASIL. Código Civil, 2002.)


Considerando o preâmbulo e as hipóteses de cessão da menoridade previstas no Código Civil, pode-se afirmar
que a sociedade:

a) Poderá ser iniciada somente quando José XYZ Júnior se casar.

b) Só poderá ser iniciada quando José XYZ Júnior completar 18 anos.


c) Poderá ser iniciada se José XYZ Júnior já houver concluído o ensino médio.
d) Poderá ser iniciada, pois José XYZ Júnior foi emancipado por concessão dos pais.

RESOLUÇÃO:

A questão aborda as hipóteses de emancipação constantes do Código Civil. Vejamos cada assertiva:

a) INCORRETA: A assertiva afirma, equivocadamente, que apenas pelo casamento é possível a emancipação, o
que não é verdade, como vemos no art.5º do CC (abaixo transcrito).

b) INCORRETA: A assertiva afirma, equivocadamente, que apenas com a maioridade (18 anos) é possível que a
pessoa adquira a capacidade civil plena. Na verdade, nos casos de emancipação, a pessoa também se torna apto
a praticar todos os atos da vida civil.

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c) INCORRETA: a conclusão do ensino médio não é hipótese de emancipação. É a conclusão de curso de ensino
superior que emancipa a pessoa.

d) CORRETA: a emancipação voluntária, aquela realizada pelos pais, torna a pessoa apta à prática de todos os atos
da vida civil, inclusive, para participar da sociedade indicada no enunciado.

Relembre o texto legal:

CC, Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de
todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I – pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público,
independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver
dezesseis anos completos;
II – pelo casamento;
III – pelo exercício de emprego público efetivo;
IV – pela colação de grau em curso de ensino superior;
V – pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em
função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.

Com isso, correta a alternativa D.

GABARITO: D

31.(CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)


Uma pessoa contraiu um financiamento no valor de R$ 20.000,00 para pagamento em 6 prestações
bimestrais, iguais e sucessivas, devendo a primeira prestação ser paga 60 dias após contrair o financiamento.
A taxa de juros compostos contratada para esta dívida foi de 3% ao bimestre e os juros bimestrais estão
embutidos no valor das prestações.
Considerando somente as informações apresentadas e desconsiderando a incidência de impostos e taxas,
assinale o valor mais próximo de cada prestação a pagar. Caso necessário, admita o ano comercial com 360
dias.
a) R$ 3.333,33.
b) R$ 3.433,33.
c) R$ 3.510,50.
d) R$ 3.691,95.
RESOLUÇÃO:
Temos a dívida com valor presente PV = 20.000,00 reais, a ser paga em n = 6 prestações bimestrais, à taxa de
juros compostos de i = 3% ao bimestre. As prestações são postecipadas (a primeira é paga após 1 bimestre, ou 60
dias, o que é o padrão da calculadora financeira). Inserindo esses valores em nossa HP12c, podemos calcular o
valor da prestação clicando na tecla PMT:

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Repare que o valor fica negativo apenas pelo fato de que a HP trabalha com o método do fluxo de caixa. Você
não precisa se preocupar sinal, apenas com o valor, que nos permite marcar a alternativa D.
GABARITO: D

32.(CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)


Os seguintes dados amostrais foram obtidos de uma pesquisa que buscou saber o comportamento de
determinada ação cotada em bolsa de valores no decorrer de nove pregões.
PREGÕES
P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9
Preços 7,00 7,40 7,50 7,60 7,70 7,80 7,75 7,35 7,00
R$
Considerando apenas os dados amostrais apresentados, é correto afirmar que:
a) A mediana dos preços é igual a R$ 7,50.
b) A variância dos preços é, aproximadamente, R$ 0,30.
c) A média aritmética simples dos preços é igual a R$ 7,00.
c) O desvio-padrão dos preços é, aproximadamente, R$ 0,09.
RESOLUÇÃO:
Podemos calcular a mediana dos valores colocando-os em ordem crescente:
7,00 – 7,00 – 7,35 – 7,40 – 7,50 – 7,60 – 7,70 – 7,75 – 7,80
Temos n = 9 valores, portanto a posição da mediana é:
𝑛 + 1 9 + 1 10
𝑃𝑜𝑠𝑖çã𝑜 𝑑𝑎 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎𝑛𝑎 = = = =5
2 2 2
O 5º termo, em ordem crescente, é o 7,50. Logo,
𝑀𝑒𝑑𝑖𝑎𝑛𝑎 = 7,50
Isto já nos permite marcar o gabarito, que é a alternativa A.
Podemos calcular rapidamente a média, somando todos os valores e dividindo esta soma por 9, que é a quantidade
de algarismos. Ou seja,
𝑀é𝑑𝑖𝑎 = 𝑆𝑜𝑚𝑎 / 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒

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𝑀é𝑑𝑖𝑎 = (7,00 + 7,00 + 7,35 + 7,40 + 7,50 + 7,60 + 7,70 + 7,75 + 7,80) / 9
𝑀é𝑑𝑖𝑎 = 67,1 / 9
𝑀é𝑑𝑖𝑎 = 7,455
Fica claro que a alternativa C está errada. E nem era preciso fazer qualquer cálculo, afinal o valor apontado pela
letra C (7,00) é o valor MÍNIMO da distribuição. Certamente a média será SUPERIOR a ele.
Para calcular a variância, podemos subtrair 7 unidades de todos os valores, ficando com:
0,00 – 0,00 – 0,35 – 0,40 – 0,50 – 0,60 – 0,70 – 0,75 – 0,80
Assim, a soma dos valores é:
𝑆𝑜𝑚𝑎 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠 = 4,1
A soma dos quadrados dos valores é:
𝑆𝑜𝑚𝑎 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜𝑠 = 0 + 0 + 0,1225 + 0,16 + 0,25 + 0,36 + 0,49 + 0,5625 + 0,64 = 2,585
A variância é dada por:
1
𝑆𝑜𝑚𝑎 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜𝑠 − . (𝑆𝑜𝑚𝑎 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠)2
𝑉𝑎𝑟𝑖â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑙 = 𝑛
𝑛−1
1
2,585 − 9 . (4,1)2
𝑉𝑎𝑟𝑖â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑙 =
9−1
1
2,585 − 9 . 16,81
𝑉𝑎𝑟𝑖â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑙 =
8
2,585 − 1,8677
𝑉𝑎𝑟𝑖â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑙 = = 0,0896
8
Logo, a alternativa B está errada. Consequentemente, o desvio padrão é a raiz quadrada da variância acima, ou
seja, 0,299. Isto mostra que a alternativa D também está errada.
GABARITO: A

33.(CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)


Levando em consideração o surgimento e o desenvolvimento das correntes de pensamento no campo
contábil no século XX, o desenvolvimento contábil acompanhou o desenvolvimento econômico e ocorreu a
queda da Escola Europeia (mais especificamente a italiana) e a ascensão da Escola Norte-Americana
(IUDÍCIBUS, MARION, 2017). Um dos motivos para a queda da Escola Europeia (especificamente a italiana)
foi o fato dessa corrente de pensamento:

a) Dar pouca importância à Auditoria.

b) Dar ênfase na Contabilidade Gerencial.


c) Estar direcionada para tomada de decisão.

d) Ser direcionada para o usuário da informação contábil.

RESOLUÇÃO:

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No início do século XX as teorias e práticas contábeis norte-americanas foram fortemente impulsionadas pelo
surgimento das grandes corporações, crescimento do mercado de capitais e acelerado ritmo de desenvolvimento
econômico no país (IUDÍCIBUS, 2006).

Segundo Iudícibus e Marion (2002) nessa época a Escola Norte-americana foi alcançando destaque no cenário
contábil internacional assumindo o domínio, até então, exercido pela Escola Europeia (italiana).
Diante desse contexto, os autores apresentam alguns motivos que ocasionaram tal mudança:

Algumas razões da Queda da Escola Europeia Algumas razões da Ascensão da Escola Norte-
(especificamente italiana) americana

1. Excessivo Culto à Personalidade: grandes mestres e 1. Ênfase ao Usuário da Informação Contábil: a


pensadores da contabilidade ganharam tanto notoriedade Contabilidade é apresentada como algo útil para a tomada
que passaram a ser vistos como “oráculos” da verdade de decisões, evitando-se endeusar demasiadamente a
contábil. contabilidade; atender os usuários é o grande objetivo.

2. Ênfase à Contabilidade Aplicada: principalmente à


2. Ênfase a uma Contabilidade Teórica: as mentes
Contabilidade Gerencial. Ao contrário dos europeus, não
privilegiadas produziam trabalhos excessivamente teóricos,
havia uma preocupação com a teoria das contas, ou querer
difundindo-se ideias com pouca aplicação prática.
provar que a Contabilidade é uma ciência.

3. Bastante Importância à Auditoria: como herança dos


3. Pouca importância à Auditoria: principalmente na
ingleses e transparência para os investidores das
legislação italiana, o grau de confiabilidade e a importância
Sociedades Anônimas (e outros usuários) nos relatórios
da auditagem não eram enfatizados.
contábeis, a auditoria é muito enfatizada.

4. Universidades em busca de qualidade: grandes quantias


4. Queda do nível das principais faculdades: principalmente para as pesquisas no campo contábil, o professor em
as faculdades italianas, superpovoadas de alunos. dedicação exclusiva, o aluno em período integral valoriza o
ensino nos Estados Unidos.

Com isso, correta a alternativa A.


GABARITO: A

34. (CFC – Exame de Suficiência - Bacharelado – 2019.2)

Luca Pacioli publicou em Veneza a Summa de Arithmetica, geometria, proportioni et proportionalità, em


1494, texto no qual se distingue, para a história da Contabilidade, o Tractatus de computis et screipturis;
talvez a primeira exposição sistemática e completa do Método das Partidas Dobradas. (SCHMIDT, 2008.) Em
relação ao Método das Partidas Dobradas, assinale a afirmativa INCORRETA.

a) Método segundo o qual para cada registro contábil de débito deve haver, em contrapartida, registro de crédito
de igual valor.

b) Método aceito universalmente pela contabilidade; tem como princípio fundamental que para cada aplicação de
recursos corresponde uma fonte de recursos de igual valor.

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c) Método menos utilizado pela contabilidade, sendo o Método das Partidas Simples universalmente aceito devido
a seu princípio de que o total de débitos tem que ser diferente do total de créditos.

d) Método pelo qual se registra por meio de lançamentos a débito ou a crédito em uma ou mais contas as
alterações ocorridas no patrimônio de uma entidade, permitindo que ele permaneça equilibrado.

RESOLUÇÃO:
A essência do método das partidas dobradas é que o registro de qualquer operação contábil implica que um débito,
em uma ou mais contas, deve corresponder a um crédito de igual valor, em uma ou mais contas. Desta forma, a
soma dos valores creditados será sempre igual à soma dos valores debitados. Nunca haverá um débito sem
crédito correspondente.

Além disso, sabe-se que as contas de Passivo (Passivo Exigível e Patrimônio Líquido) representam as origens dos
recursos. As contas do Ativo, por sua vez, representam, por sua natureza, aplicações de recursos. Nunca haverá
uma aplicação sem a origem correspondente. Seus saldos, portanto, são iguais.

Assim, incorreta a alternativa C.

O Método das Partidas Simples (ou unigrafia) está em desuso, dado que os fatos contábeis são registrados
alterando apenas um elemento do patrimônio. Ou seja, não há a famosa contrapartida!
GABARITO: C

35.(CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)


A informação estruturada não significa que a Contabilidade fornece as informações dispersas, e apenas
seguindo as solicitações imediatas dos interessados, mas que as fornece de forma organizada (IUDÍCIBUS,
MARION, 2017). É correto afirmar que os fatos e registros das operações da entidade, na qual se está
aplicando a Contabilidade são estudadas e desenhadas minuciosamente através dos:
a) Plano e Manual de Contas.

b) Relatórios Administrativos.

c) Relatórios Contábeis e Administrativos.

d) Livros Contábeis e levantamento de extratos bancários.

RESOLUÇÃO:
Os fatos e registros das operações da entidade são estudadas e desenhadas minuciosamente através do Plano e
Manual de Contas.

Conta é o nome que identifica um elemento patrimonial (bem, direito, obrigação) ou de uma variação do
patrimônio (receita ou despesa).
Plano de Contas em regra é definido como um conjunto de contas contábeis (como conta Caixa, Clientes,
Estoques, Imobilizado, Intangível, Salários a Pagar, Tributos a Pagar, Provisões, Capital Social, Reserva de Lucros etc)
necessário para atender o registro, acumulação dos lançamentos contábeis e todas as necessidades futuras de
informações por meio das demonstrações e relatórios contábeis, fiscais, societários e gerenciais, de forma a
permitir o controle econômico da entidade.

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São principais partes de um plano de contas:

a) Elenco de contas – relação lógica e ordenada dos títulos (nomes) das contas que compõem um plano

b) Função das Contas – definição da conta, seu comportamento e seu objetivo.

c) Funcionamento – mostra o movimento da conta e a forma de se debitar e creditar.

As contas analíticas representam o maior detalhamento do conjunto patrimonial da entidade, e são as únicas que
efetivamente recebem lançamentos contábeis.

As contas sintéticas não recebem os lançamentos contábeis propriamente ditos, mas apenas resumem,
sumarizam, sintetizam o saldo de diversas contas analíticas ou até mesmo sintéticas.
Com isso, correta a alternativa A.

GABARITO: A

36. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)

As restrições aos princípios (conhecidas também como convenções ou qualificações) representam o


Complemento dos Postulados e Princípios, no sentido de delimitar-lhes conceitos, atribuições e direções para
sedimentar toda a experiência e o bom senso da profissão no trato de problemas contábeis. A qualidade da
informação contábil, que faz com que a informação represente adequadamente as transações e outros
eventos que ela se propõe a representar, sendo necessário que essas transações e esses eventos sejam
contabilizados e apresentados de acordo com a sua substância e realidade econômica, e não meramente sua
forma legal é denominada:

a) Integralidade.
b) Confiabilidade.

c) Tempestividade.
d) Primazia da essência sobre a forma.

RESOLUÇÃO:

Após a convergência da contabilidade brasileira às normas internacionais notou-se uma concepção chamada de
“primazia da essência sobre a forma”, que permite maior fidedignidade às demonstrações contábeis.

Ao avaliar se um item se enquadra na definição de ativo, passivo ou patrimônio líquido, deve-se atentar para a sua
essência subjacente e realidade econômica e não apenas para sua forma legal. Assim, por exemplo, no caso do
arrendamento mercantil financeiro, a essência subjacente e a realidade econômica são a de que o arrendatário
adquire os benefícios econômicos do uso do ativo arrendado pela maior parte da sua vida útil, em contraprestação
de aceitar a obrigação de pagar por esse direito valor próximo do valor justo do ativo e o respectivo encargo
financeiro. Dessa forma, o arrendamento mercantil financeiro dá origem a itens que satisfazem à definição de
ativo e de passivo e, portanto, devem ser reconhecidos como tais no balanço patrimonial do arrendatário.
Com isso, correta a alternativa D.
GABARITO: D

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37.(CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)


João reside no Rio de Janeiro onde cursa o Bacharelado em Ciências Contábeis na Universidade Federal do
Rio de Janeiro, tendo a previsão de concluir no final de 2019. Ele foi convidado para assumir o cargo de
contador da loja onde trabalhava a partir de 2020; entretanto, para aceitar o convite teria que atender aos
seguintes critérios, EXCETO:

a Ser aprovado no Exame de Suficiência.


b) Estar capacitado para exercer as funções requeridas.

c) Obter registro no Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo.

d) Concluir o curso de Bacharelado em Ciências Contábeis reconhecido pelo Ministério da Educação.

RESOLUÇÃO:

O art. 12 do Decreto-Lei nº9.295/46 estabelece que, para o exercício da profissão contábil, o profissional dever
obedecer aos seguintes requisitos:

✓ Regular conclusão do curso de Bacharelado em Ciências Contábeis, reconhecido pelo Ministério da Educação
(MEC);
✓ aprovação em Exame de Suficiência;
✓ registro no CRC a que estiverem sujeitos;

Estar capacitado tecnicamente também deve ser considerado um requisito básico, pois incorre em penalidade de
suspensão aquele que exercer a contabilidade sem a necessária expertise (art 27, al nea “e” do mesmo decreto).
O profissional deve estar registro no CRC da localidade onde exerce, precipuamente, suas atividades.
Implicitamente, o examinador deixou claro que a loja onde João trabalha está situada no Rio de Janeiro. Portanto,
não há que se falar em registro no CRC de São Paulo.

GABARITO: C

38. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)


O empresário X verifica que os gastos tributários estão apresentando crescimento e solicita ao contador que
tente reduzir a sua carga tributária. Diante dessa situação, o contador poderá atender à solicitação do cliente
através de:

a) Elisão fiscal.

b) Fraude fiscal.

c) Evasão fiscal.
d) Sonegação fiscal.

RESOLUÇÃO:

Vamos lá. Esses termos estão muito em voga, pela necessidade cada vez mais crescente, vivenciada pelas
empresas, de diminuir seus custos com o pagamento de tributos. O que o examinador quer saber é se você conhece
o termo técnico, dentro da seara tributária, usado para descrever um planejamento tributário lícito. Estamos

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falando, pois, da elisão fiscal. O seu antônimo é a evasão fiscal, ou seja, artifícios usados para, ilegalmente, diminuir
a sujeição do contribuinte à carga tributária normalmente devida. Sonegação fiscal e fraude fiscal caminham,
claro, na mesma linha da ilegalidade.

GABARITO: A

39. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)

O contador Y foi contratado por uma empresa que realiza práticas ilícitas, especialmente lavagem de
dinheiro, estando, inclusive, envolvida em esquema nacional de desvio de dinheiro. Ao perceber a conduta
da empresa, é correto afirmar que o contador Y deverá:
a) Solicitar à empresa vantagens para auxiliar nas operações fraudulentas e ilícitas.

b) Denunciar às autoridades competentes, por ser um ato ilícito especialmente grave.


c) Orientar a empresa contra as disposições legais e as normas brasileiras de contabilidade.

d) Continuar prestando serviços à empresa, independentemente da realização de atos ilícitos.


RESOLUÇÃO:

O dever de comunicação às autoridades competentes sobre ato ilícito de que tiver conhecimento é dever de todo
o cidadão e profissional, exceto aqueles que tem o dever de guarda, como os advogados Orientar (“C”), ser omisso
(“D”) ou participar diretamente do cometimento do crime (“A”) são condutas reprováveis do contador,
acarretando possíveis punições disciplinares.

GABARITO: B

40. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)


Capacitadora é a entidade credenciada em Conselho Regional de Contabilidade que promove atividades de
Educação Profissional Continuada consoante as diretivas desta norma. (NBC PG 12 (R3), 33.)
Em conformidade com a referida norma, constituem-se em possíveis capacitadoras, EXCETO:
a) Tribunal de Contas da União (TCU).

b) Conselho Federal de Farmácia (CFF).

c) Fundação Brasileira de Contabilidade (FBC).

d) Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

RESOLUÇÃO:

O Conselho Federal de Farmácia, a priori, não pode oferecer ao contador capacitação sobre os assuntos afetos à
área contábil. Por isso mesmo, não consta no rol das chamadas “capacitadoras”, descritas no art da NBC G 12
(R3).

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Tribunal de Contas da União (TCU), na qualidade de órgão da administração pública responsável pelo controle das
contas públicas (al nea “o”), Fundação Brasileira de Conta ilidade (al nea “c) e Universidade Federal de Minas
Gerais (al nea “m”) figuram nessa lista

GABARITO: B

41. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)

A Cia Gama foi acionada judicialmente por um antigo empregado, que reclama não ter recebido os valores
devidos relativos a férias e pede R$ 20.000,00 da empresa. O advogado da Cia Gama julga que o risco de perda
na Justiça é provável. Assinale o tratamento contábil nesse caso, com base na NBC TG 25 (R2) – Provisões,
Passivos Contingentes e Ativos Contingentes.

a) Reconhecimento de ativo contingente.


b) Reconhecimento de passivo contingente.
c) Reconhecimento de reserva para contingência.

d) Reconhecimento de provisão para contingência.

RESOLUÇÃO:

Uma provisão deve ser reconhecida quando:


(a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como resultado de evento passado;

(b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos para
liquidar a obrigação; e

(c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.


Sendo assim, considerando que o advogado da Cia Gama julga que o risco de perda na Justiça é provável conclui-
se que a entidade deverá reconhecer uma provisão para contingência.
GABARITO: D

42. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)


Em 2018 uma empresa emitiu títulos patrimoniais, sobre os quais incorreram custos de transação no valor de
R$ 200.000,00. A operação foi um sucesso. Assinale a correta contabilização destes custos de transação nas
demonstrações contábeis da empresa de acordo com a NBC TG 08 – Custos de Transação e Prêmios na
Emissão de Títulos e Valores Mobiliários.

a) Reserva de capital no balanço patrimonial.


b) Redutora do patrimônio líquido no balanço patrimonial.

c) Despesa financeira na demonstração do resultado do exercício.

d) Despesa operacional na demonstração do resultado do exercício.

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RESOLUÇÃO:

O registro do montante inicial dos recursos captados por intermédio da emissão de títulos patrimoniais deve
corresponder aos valores líquidos disponibilizados para a entidade pela transação, pois essas transações são
efetuadas com sócios já existentes e/ou novos, não devendo seus custos influenciar o saldo líquido das transações
geradoras de resultado da entidade.
Os custos de transação incorridos na captação de recursos por intermédio da emissão de títulos patrimoniais
devem ser contabilizados, de forma destacada, em conta redutora de patrimônio líquido, deduzidos os eventuais
efeitos fiscais, e os prêmios recebidos devem ser reconhecidos em conta de reserva de capital.

CUSTOS DE (Patrimônio Líquido)


TRANSAÇÃO

PRÊMIOS Reserva de Capital


RECEBIDOS
Com isso, correta a alternativa B.

GABARITO: B

43. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)

Uma empresa que fabrica e vende produtos farmacêuticos apresentou, em 2018, um aumento no fluxo de
caixa consumido pela atividade de investimento. Assinale um possível motivo para tal aumento, de acordo
com a NBC TSP 12 – Demonstração dos Fluxos de Caixa.

a) Pagamento de impostos e multas.


b) Pagamento de dividendos a seus acionistas.
c) Compra de debêntures emitidas por uma companhia aberta brasileira.

d) Amortização de empréstimos que foram contraídos com instituição financeira.

RESOLUÇÃO:

Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 03 são exemplos de fluxos de caixa advindos das atividades de
investimento são:

(a) pagamentos em caixa para aquisição de ativo imobilizado, intangíveis e outros ativos de longo prazo.
Esses pagamentos incluem aqueles relacionados aos custos de desenvolvimento ativados e aos ativos
imobilizados de construção própria;

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(b) recebimentos de caixa resultantes da venda de ativo imobilizado, intangíveis e outros ativos de longo
prazo;
(c) pagamentos em caixa para aquisição de instrumentos patrimoniais ou instrumentos de dívida de outras
entidades e participações societárias em joint ventures (exceto aqueles pagamentos referentes a títulos
considerados como equivalentes de caixa ou aqueles mantidos para negociação imediata ou futura, que são
considerados no fluxo de caixa das atividades operacionais);
(d) recebimentos de caixa provenientes da venda de instrumentos patrimoniais ou instrumentos de dívida
de outras entidades e participações societárias em joint ventures (exceto aqueles recebimentos referentes aos
títulos considerados como equivalentes de caixa e aqueles mantidos para negociação imediata ou futura);
(e) adiantamentos em caixa e empréstimos feitos a terceiros (exceto aqueles adiantamentos e empréstimos
feitos por instituição financeira, pois esta é a própria atividade operacional da entidade);
(f) recebimentos de caixa pela liquidação de adiantamentos ou amortização de empréstimos concedidos a
terceiros (exceto aqueles adiantamentos e empréstimos de instituição financeira);
(g) pagamentos em caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, exceto quando tais contratos
forem mantidos para negociação imediata ou futura, ou os pagamentos forem classificados como atividades
de financiamento; e
(h) recebimentos de caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, exceto quando tais contratos
forem mantidos para negociação imediata ou venda futura, ou os recebimentos forem classificados como
atividades de financiamento.

A partir disso vamos analisar as alternativas apresentadas.


a) Incorreta. O pagamento de impostos e multas são classificados como fluxo de caixa das atividades operacionais.

b) Incorreta. O pagamento de dividendos a seus acionistas é classificado, segundo encorajamento dado pelo
Pronunciamento Técnico CPC 03, como fluxo de caixa das atividades de financiamento. No entanto, admite-se sua
classificação como fluxo de caixa das atividades operacionais.

c) Correta. A compra de debêntures emitidas por uma companhia aberta brasileira é classificada como fluxo de
caixa das atividades de investimento.

d) Incorreta. A amortização de empréstimos que foram contraídos com instituição financeira é classificada como
fluxo de caixa das atividades de financiamento.

RESOLUÇÃO: C

44. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)


A Cia Alfa e a Cia Beta apresentavam os seguintes balanços patrimoniais em 31/12/X0:

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Em 01/01/X1, a Cia Alfa adquiriu 90% de participação da Cia Beta por R$ 19.800. Na data, o valor de mercado
do terreno é de R$ 12.000 e na negociação foi atribuído um valor de R$ 5.000 para a marca da empresa.
Assinale o valor da conta “Participações de não Controladores” no balanço patrimonial consolidado em
01/01/X1 com base na NBC TSP 17 – Demonstrações Contábeis Consolidadas, considerando apenas os dados
apresentados.
a) R$ 1.500.
b) R$ 1.700.
c) R$ 1.980.
d) R$ 2.200.
RESOLUÇÃO:

Conforme dispõe a NBC TSP 17 - Demonstrações Contábeis Consolidadas:

47. A controladora deve apresentar as participações de não controladores no balanço patrimonial


consolidado, dentro do patrimônio líquido, separadamente do patrimônio líquido dos proprietários da
controladora.

Nesse caso, a ideia é saber o quanto a CIA Alfa NÃO controla da CIA Beta após a aquisição de 90% de sua
participação.
É possível fazer a questão de duas maneiras: a) a primeira é determinando o quanto a CIA Beta valia quando da
compra, por meio dos dados expostos na questão, e tomar a diferença do valor da aquisição de 90% de
participação, que foi de R$ 19.800, ou mesmo calcular 10%; ou b) fazendo uma regra de três simples para descobrir
o quanto é 10% de participação da CIA Beta.
Do 1º jeito: CIA Beta a valor justo = 5.000 (caixa) + 12.000 (valor de mercado do terreno + 5.000 (valor pago pela
marca pela empresa) = 22.000
Assim: 10% de 22.000 = 2.200 ou 22.000 – 19.800 = 2.200
Do 2º jeito:
19.800 90%
x 10%
Por serem diretamente proporcionais, tem-se a seguinte multiplicação:
10% . 19.800 = 90% . x
x = (0,1 . 19.800) / 0,9 = 2.200
Assim, está correta a letra D).
RESOLUÇÃO: D

45. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)

Segundo a NBC TA 230 (R1), Documentação de Auditoria é o registro dos procedimentos de auditoria
executados, da evidência de auditoria relevante obtida e conclusões alcançadas pelo auditor (usualmente
também é utilizada a expressão “papéis de trabalho”).

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(Conselho Federal De Contabilidade, NBC TA 230 (R1), item 6.)

Ao tratar dos papéis de trabalho, Almeida (2017) e Crepaldi (2016) apontam que estes devem ser organizados
conforme sua natureza e finalidade, sendo a forma mais prática mantê-los em pastas apropriadas de acordo
com o assunto a que se referem, sendo maneira usual separá-los em pelo menos dois grupos: pasta
permanente e pasta corrente. Observe as informações a seguir.

Levando em consideração as informações, é correto afirmar que o documento representado pela imagem
constitui-se em documento de auditoria que deve ser arquivado em:

a) Pasta Corrente.

b) Pasta Permanente.
c) Listas de Verificação.

d) Resumos de Assuntos Significativos.

RESOLUÇÃO:

Pasta permanente: Contempla informações que serão úteis às auditorias atual e futuras. São aquelas evidências
com validade maior no tempo, que digam respeito também aos exercícios subsequentes, isto é, são papéis de
trabalho que manterão sua relevância e utilidade ano após ano.
Pasta corrente: Reúne os documentos relativos à auditoria atual. São os papéis de trabalho gerados na auditoria
do ano corrente, cuja utilização ou utilidade interessa apenas à auditoria atual, com nenhuma relevância para as
auditorias futuras.

No exemplo, temos um extrato bancário que retrata operações e saldos do período corrente. Logo, são
documentos de valor limitado no tempo. Trata-se da pasta corrente.

GABARITO: A

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46. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)

Cia Opção S/A não constitui Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa. Ao realizar a auditoria da
empresa, verificou-se, a partir do aging list, que haviam 550 títulos em atraso, conforme apresentado a seguir:

Informações do aging list de duplicatas a receber


Dias Nº de títulos Saldos
A vencer
0 2.000 R$ 50.400,00
Vencidos
Até 30 100 R$ 8.500,00
Até 60 200 R$ 20.700,00
Até 90 50 R$ 9.800,00
Até 120 30 R$ 16.500,00
Até 180 60 R$ 18.600,00
Até 360 65 R$ 13.300,00
Acima de 360 45 R$ 20.200,00
Total 2.550 R$ 158.000,00

Considerando que, após as análises realizadas, o prazo médio de recebimento de clientes é de 120 dias, pode-
se afirmar que em decorrência do não provisionamento para os créditos de liquidação duvidosa:
a) O ativo se encontra subavaliado em R$ 105.900,00.

b) O ativo se apresenta subavaliado em R$ 68.600,00.

c) O auditor deve recomendar a constituição de PCLD no valor de R$ 52.100,00.

d) O auditor deve recomendar a constituição de PCLD no valor de R$ 50.400,00.


RESOLUÇÃO:

Segundo o enunciado a entidade não constitui Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa. Considerando que
o prazo médio de recebimento de clientes é de 120 dias conclui-se que a entidade deveria ter provisionado os
valores a receber de títulos já vencidos com prazo superior a isso, ou seja:

Dias Nº de títulos Saldos


Vencidos
Até 180 60 R$ 18.600,00
Até 360 65 R$ 13.300,00
Acima de 360 45 R$ 20.200,00
Total 170 R$ 59.100,00

Com isso, conclui-se que o auditor deve recomendar a constituição de PCLD no valor de R$ 52.100,00, o que torna
correta a alternativa C.

GABARITO: C

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47. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharel – 2019.2)

Uma sociedade empresária apresentava o seguinte quadro de participação societária: sócios Alfa – 25%; sócio
Beta – 25%; sócio Delta – 40%; sócio Gama – 10%. Em setembro de 2019, os sócios Alfa, Beta e Delta
decidiram excluir o sócio Gama da sociedade e, para demonstrar ao mesmo sua parte nos haveres, os demais
sócios solicitaram ao contador que elaborasse o Balanço Patrimonial em 30 de setembro de 2019, que
apresentou o Patrimônio Líquido com a seguinte composição: Capital Social – R$ 300.000,00; Reservas de
Lucros – R$ 50.000,00; Prejuízos Acumulados – R$ 60.000,00. O sócio Gama questionou judicialmente os
valores e, para tanto, foi nomeado um perito contador pelo juiz para a elaboração do Balanço Especial.
Examinando a documentação contábil, o perito constatou que: (a) em 31/12/2018 haviam obrigações e
contingências que não haviam sido contabilizadas e geraram uma redução de R$ 12.000,00 no Patrimônio
Líquido; (b) até a data de levantamento do Balanço Especial havia um lucro apurado de R$ 20.000,00.

Considerando as informações, os haveres do Gama em 30/09/2019 correspondem a:

a) R$ 29.000,00.

b) R$ 29.800,00.

c) R$ 32.200,00.
d) R$ 41.800,00.

RESOLUÇÃO:

Segundo o enunciado o Patrimônio Líquido da entidade era o seguinte:


Capital Social R$ 300.000,00
Reservas de Lucros R$ 50.000,00
( – ) Prejuízos Acumulados (R$ 60.000,00)
Patrimônio Líquido R$ 290.000,00
No entanto, como o sócio Gama questionou judicialmente os valores e foi nomeado um perito contador pelo juiz
para a elaboração do Balanço Especial. Segundo o enunciado o perito constatou que: (a) em 31/12/2018 haviam
obrigações e contingências que não haviam sido contabilizadas e geraram uma redução de R$ 12.000,00 no
Patrimônio Líquido; (b) até a data de levantamento do Balanço Especial havia um lucro apurado de R$ 20.000,00.
Com isso, conclui-se que o Patrimônio Líquido será de R$ 298.000,00 (290.000 – R$ 12.000 + R$ 20.000) após a
consideração destes fatos.

Com isso, os haveres do Gama em 30/09/2019 correspondem a 10% de R$ 298.000, o que torna a alternativa B o
gabarito da questão.

GABARITO: B

48. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharel – 2019.2)


A NBC PP 01 estabelece critérios inerentes à atuação do contador na condição de perito. São considerados
casos de suspeição a que está sujeito o perito do juízo segundo a referida norma, EXCETO:
a) Ser amigo distante de qualquer uma das partes.

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b) Ser parceiro, empregador ou empregado de alguma das partes.

c) Ser herdeiro presuntivo ou donatário de alguma das partes ou dos seus cônjuges.

d) Ser devedor ou credor em mora de qualquer das partes, dos seus cônjuges, de parentes destes em linha reta ou
em linha colateral até o terceiro grau.

RESOLUÇÃO:
Segundo a NBC PP 01:

NBC PP 01, 16
Os casos de suspeição a que está sujeito o perito do juízo são os seguintes:
(a) Ser amigo íntimo de qualquer das partes (A letra a é o nosso gabarito. Amigo distante não há óbice);
(b) Ser inimigo capital de qualquer das partes;
(c) Ser devedor ou credor em mora de qualquer das partes, dos seus cônjuges, de parentes destes em linha
reta ou em linha colateral até o terceiro grau (letra d correta) ou entidades das quais esses façam parte de
seu quadro societário ou de direção;
(d) Ser herdeiro presuntivo ou donatário de alguma das partes ou dos seus cônjuges (letra c correta);
(e) Ser parceiro, empregador ou empregado de alguma das partes (letra b correta);
(f) Aconselhar, de alguma forma, parte envolvida no litígio acerca do objeto da discussão; e
(g) Houver qualquer interesse no julgamento da causa em favor de alguma das partes.

Com isso, correta a alternativa A.

GABARITO: A

Texto para responder às questões 49 e 50.


Crises financeiras são recorrentes no sistema capitalista, que pode ser considerado, como intrinsecamente
instável. Na história recente do capitalismo ocorreram várias crises internacionais, sendo as mais severas
aquelas observadas após 1975, num ambiente global sob a desregulamentação dos mercados e a ascensão
do Neoliberalismo, segundo UNCTAD (2010). No final da década de 1990, diversas crises varreram os países
em desenvolvimento ao redor do mundo. Países do sudeste asiático, além de Rússia, Brasil, Argentina,
México e Turquia foram epicentros de crises nesse período. O que difere a crise bancária iniciada em 2007 no
setor financeiro dos Estados Unidos e que culminou em uma crise de proporções globais em 2008 é que ela
pode ser considerada a maior crise financeira da história desde a Grande Depressão em 1929.

O International Monetary Fund – IMF (2009) argumenta que as causas da crise financeira internacional de
2008 foram de origem econômica, com a quebra dos bancos dos Estados Unidos, decorrente do calote em
massa de hipotecas imobiliárias ocasionado pelo segmento subprime. Além da origem econômica, essa crise
teve desdobramentos morais e políticos, pois em sua essência, se tornou uma crise de confiança, o que
justifica a força e rapidez com que se alastrou para a economia real. A onda de otimismo dos anos anteriores
à crise, em conjunto com a grande expansão do sistema financeiro, a criação de instrumentos que
aparentemente mitigavam riscos e prometiam altos retornos e a visão neoliberalista, onde há a crença de que

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o mercado é eficiente, reduzindo ao mínimo a atuação do Estado, também contribuíram para o agravamento
da intensidade e difusão da crise.

Apesar da amplitude global, os impactos da crise financeira internacional de 2008 não foram sentidos de
maneira homogênea entre os países. As economias industriais começaram a sentir os primeiros sinais de
retração já no primeiro semestre de 2008, retração esta que atingiu de maneira mais contundente as
economias orientadas à exportação, segundo BIS (2009). Além da retração econômica, redução no PIB, dos
programas de recuperação financeira e da política fiscal expansionista, no período pós-Crise, as economias
industriais sofreram com aquele que foi considerado, segundo BIS (2010), o maior aumento de suas dívidas
soberanas desde o período das grandes guerras, na primeira metade do século 20.

(O impacto da crise financeira internacional de 2008 sobre a estrutura de capital das empresas de países
desenvolvidos e emergentes. WC Borges, TP Júnior, MA Ambrozini, LB Sanches – Revista Contemporânea de
Contabilidade, 2018)

49. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)

Sabendo-se que o texto deve apresentar uma progressão textual de acordo com as ideias que o enunciador
pretende expor e desenvolver, considere a proposição inicial do texto em análise “Crises financeiras são
recorrentes no sistema capitalista, que pode ser considerado, como intrinsecamente instável”. Relacionando-
a com o restante do texto, assinale a alternativa correta.

a) A partir do recurso estilístico empregado, o enunciado que dá início ao texto tem como principal objetivo
promover a refutação acerca dos fatos relatados, inserindo uma ideia totalmente contestável.

b) A partir da proposição inicial é possível reconhecer que o objetivo comunicacional do texto seguirá um viés
histórico e objetivo demonstrando seu comprometimento com a realidade sem qualquer tipo de análise subjetiva.

d) No primeiro período do texto, é possível observar que o enunciador recorre a um fato real e à caracterização do
sistema capitalista para estabelecer o pressuposto de que os fatos relatados e analisados a seguir não são
inusitados diante do contexto em que estão inseridos.

d) O primeiro período do texto apresenta informações que demonstram a causa e efeito das crises financeiras,
promovendo uma introdução coerente para as informações e ideias seguintes do primeiro parágrafo que
demonstram dados históricos relacionados ao assunto abordado.
RESOLUÇÃO

Letra A – ERRADA – Não há uma refutação na sequência, e sim uma confirmação, uma exemplificação do fato
descrito no primeiro período.

Letra B – ERRADA – Erra o item ao afirmar que não há qualquer tipo de análise subjetiva por parte do autor. Ao
afirmar que o sistema capitalista é intrinsecamente instável, deixa clara uma visão pessoal acerca do assunto.

Letra C – CERTA – De fato! A partir da afirmação de caráter geral de que o capitalismo é intrinsecamente instável,
o autor exemplifica esse pensamento com a crise de 2008.

Letra D – ERRADA – O primeiro período se limita a uma informação de caráter geral. Nele não se detalham causas
ou efeitos.
GABARITO: C

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50. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2019.2)

No terceiro parágrafo do texto, a coesão textual interparágrafos ocorre por meio do emprego da locução
prepositiva “Apesar de” para introdução das ideias e fatos ali apresentados. Acerca da produção de sentido
estabelecida pode-se afirmar que, EXCETO:

a) A relação concessiva é corretamente expressa pela locução prepositiva “apesar de”

b) A informação introduzida pela locução prepositiva “Apesar de “ é identificada, no contexto, como um fato real.
c) A conjunção concessiva “em ora” poderia su stituir a locução prepositiva em questão mantendo-se a correção
semântica.

d) A informação introduzida por “Apesar de”, ou seja, a amplitude glo al da crise, pode ser vista como uma
situação hipotética; já que de acordo com o texto, os impactos da crise não foram sentidos de igual forma entre os
países.

RESOLUÇÃO:

Leiamos o trecho “Apesar da amplitude global, os impactos da crise financeira internacional de 2008 não foram
sentidos de maneira homogênea entre os pa ses”

É fato que a crise de 2008 teve uma repercussão mundial. Não se trata, portanto, de uma hipótese. É sim uma
constatação. O texto não negou que a crise teve escala global, mas relativizou (atenuou) esse fato, tendo em vista
que seus efeitos não foram homogêneos.

GABARITO: D

Pessoal, com isso finalizamos a análise das cinquenta questões aplicadas na prova do Exame de Suficiência no
segundo semestre de 2019!
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Contabilidade Geral e Avançada


Igor Cintra é Agente Fiscal de Rendas da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (ICMS/SP), onde exerce a
Fiscalização Direta de Tributos. Possui vasta experiência em concursos públicos, tendo ocupado o cargo de
Auditor Fiscal do Município de São Paulo (ISS/SP) e Analista Tributário da Receita Federal do Brasil (ATRFB).

Contabilidade de Custos e Análise das Demonstrações Contábeis


Daniel Negreiros é formado em Engenharia Mecânica pela Universidade de Brasília (UnB). Pós-graduado em
Gestão em Controladoria Governamental e Auditoria Financeira pela Unb. Desde 2006 é Auditor Federal de
Controle Externo do TCU.

Controladoria, Auditoria, Perícia Contábil e Legislação e Ética Profissional


Arthur Leone é Auditor Fiscal da Receita Federal há 16 anos atuando nos tributos internos, especialmente quanto
ao IRPJ, IPI, CSL, PIS e COFINS. É Bacharel em Ciências Contábeis e especialista em Gestão. Já fora Analista
Tributário da RFB e também aprovado no ICMS-RO. Autor de livros para concursos nas áreas de Auditoria e
Legislação Tributária Federal.

Contabilidade Aplicada ao Setor Público


Marcel Guimarães é Consultor Legislativo do Senado, na área de Assessoramento em Orçamentos. Ex-Auditor
Federal de Controle Externo do TCU, ex-Analista de Finanças e Controle da CGU e ex-Engenheiro dos Correios
(ECT). Graduado em Engenharia Civil e em Matemática. Pós-Graduado em Administração Financeira pela FGV.
Aprovado em concursos como MPU, TJDFT, MPOG, INSS e Consultor de Orçamentos da Câmara dos Deputados.

Matemática Financeira e Estatística


Arthur Lima é Engenheiro Aeronáutico pelo ITA e aprovado nos concursos de Auditor e Analista da Receita
Federal. No Direção Concursos é responsável pelas disciplinas de Raciocínio Lógico, Matemática, Matemática
Financeira e Estatística, e é um dos coordenadores do site Direção Concursos.

Direito Tributário
Alexandre Lugon é professor de Direito Tributário para concursos públicos nas áreas Fiscal e Jurídica no Rio de
Janeiro e São Paulo há mais de 25 anos. Graduado em Direito com Pós Graduação em Direito Tributário,
atualmente exerce o cargo de Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil como Julgador na Delegacia da Receita
Federal do Brasil de Julgamento do Rio de Janeiro.

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