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Definições e classificações básicas do

custo
ESTA AULA TEM O OBJETIVO DE APRESENTAR AO ALUNO AS DEFINIÇÕES E AS CLASSIFICAÇÕES

BÁSICAS APLICADAS AO ASSUNTO CUSTO, COM O INTUITO DE FAZÊ-LO CONHECER OS TERMOS,

PALAVRAS E EXPRESSÕES DE CARÁTER TÉCNICO E QUE SEJAM FACILMENTE COMPREENDIDOS, SEM

LHE CAUSAR EMBARAÇOS NOS ESTUDOS CONTIDOS NESTA DISCIPLINA.

Definições básicas de custo


"Despesa com matéria-prima" ou "Custos de matéria-prima"?
"Gastos" ou "Despesas de Fabricação"?
"Gastos" ou "Custos de Materiais Diretos"?
"Despesas" ou "Gastos com Serviços"?
"Custos" ou "Despesas de Depreciação"?
Gastos, Custos e Despesas são três palavras sinônimas ou dizem respeito a conceitos diferentes?

Confundem-se com Desembolso? E Investimento tem alguma similaridade com elas? Perda se confunde

com algum desses grupos?

No meio desse emaranhado todo de nomes e ideias, normalmente o principiante se vê perdido, e às vezes o

experiente, embaraçado, assim conheça as seguintes definições:

a. Gasto – é o valor dos insumos adquiridos pela empresa, independentemente de terem sido utilizados ou
não.
b. Desembolso – é o ato do pagamento e que pode ocorrer antes no (pagamento antecipado), no momento
(pagamento à vista) ou depois (pagamento a prazo) da consumação do gasto.
c. Investimento – é o gasto que se destina à obtenção de bens de uso da empresa (computadores, veículos,
entre outros) ou a aplicações de caráter permanente (ações e outras empresas, imóveis, entre outros).
Existem ainda os bens destinados à troca (mercadorias), transformação (matérias-primas, embalagens,
entre outras) ou consumo (materiais de expediente, higiene e limpeza), enquanto esses bens ainda não
forem trocados, transformados ou consumidos.
d. Despesa – é o valor dos insumos consumidos com o funcionamento da empresa e não identificados com a
fabricação. Geralmente aparece distribuída entre administrativa (conta de telefonia móvel da diretoria),
comercial (comissão dos vendedores) e financeira (juros sobre pagamento com atraso).
"Despesa com matéria-prima" ou "Custos de matéria-prima"?
"Gastos" ou "Despesas de Fabricação"?
"Gastos" ou "Custos de Materiais Diretos"?
"Despesas" ou "Gastos com Serviços"?
"Custos" ou "Despesas de Depreciação"?

e. Custo – é o gasto relativo ao bem ou serviço utilizado na produção de outros bens e serviços.
Normalmente é composto dos seguintes componentes:

i. Materiais – são os objetos utilizados no processo (matéria-prima; embalagem).


ii. Mão de obra – é o esforço aplicado na produção de bem ou serviço.
iii. Demais custos – compreendem os demais gastos necessários para a produção de bem ou serviço, os
quais, pela própria natureza, não se enquadram como materiais ou como mão de obra.
f. Perda – normalmente é vista como o valor dos insumos consumidos de forma anormal e involuntária, que
pode ser causada internamente (aparas e rebarbas do processo produtivo) e externamente (enchentes,
geadas).
É importante salientar que as definições aqui mencionadas dizem respeito à área denominada custos e que

em outras áreas de estudo e aplicabilidade as terminologias poderão apresentar outras finalidades.

Classificações básicas de custo


Os custos normalmente se subdividem em:

a. Custo Fixo
b. Custo Variável
c. Custo Direto
d. Custo Indireto
Os custos fixos e variáveis se relacionam com o nível de atividade, em que:

i. Custo Fixo é aquele que dentro de uma determinada escala de produção permanece constante, não se
alterando com as modificações de quanto foram produzidos. Conhecidos também como custo de

infraestrutura e instalações.
O gráfico 1 facilita a compreensão desse conceito, pois ele representa o comportamento do custo fixo: em
qualquer volume de produção entre 0 (zero) e 10 (dez) toneladas, esse custo fixo não se altera.

ii. Custo Variável é aquele que acompanha o volume produzido na mesma proporção e tem algumas
características:

Seu montante total varia em proporção direta com o volume produzido.


Apresenta valor constante por unidade, independente da quantidade.
É fácil a sua obtenção de valores por setores em que é processado, por meio de acompanhamentos e
apontamentos realizados neles, seja manual ou automaticamente.
O controle de seu consumo é efetuado com facilidade.
O gráfico 2 facilita a compreensão desse conceito, pois ele representa o comportamento do custo variável: à
medida que aumenta o volume de produção entre 0 (zero) e 10 (dez) toneladas, esse custo variável se altera.
A somatória dos custos fixos e custos variáveis totalizam os custos da empresa e passam a ter a seguinte

representação gráfica:

Percebe-se no gráfico 3 que o custo fixo se mantém o mesmo ao não se produzir ou produzindo-se dez
toneladas, já o custo variável surge a partir da primeira unidade produzida e acompanha todo o volume de

produção.
Quanto à incidência, os custos podem ser: direto ou indireto:
1. Custo Direto considera todo o material, mão de obra e insumos que são aplicados diretamente na execução
de um bem ou serviço. Medida objetiva
de consumo.
2. Custo Indireto considera todo material empregado nas atividades auxiliares da produção e trabalho
realizado nos setores não pertinentes especificamente a nenhum bem ou serviço. São aqueles que não
podem ser identificados no bem ou serviço e não alocados, normalmente por meio de um critério de rateio
definido pela área de custos juntamente à administração da empresa.

Conforme a representação do esquema de custos, percebe-se que os custos incidem de forma direta e
também de forma indireta aos produtos produzidos e, no caso de prestação de serviços, a estrutura é
similar. Os custos diretos são aqueles perfeitamente identificados nos produtos e/ou serviços. Já os custos

indiretos como não são identificados diretamente aos produtos, mas fazem parte dos custos totais, também
precisam ser alocados aos produtos e serviços da empresa. Para que isso aconteça usam-se as bases de

rateios que são medidas que servem de parâmetro para a distribuição dos custos indiretos aos produtos.

Para escolher a base de rateio ideal, é preciso relacionar o custo com o motivo que o gerou, por exemplo: o
gasto com energia elétrica poderá decorrer da necessidade de iluminar o ambiente ou da necessidade de

fazer funcionar máquinas e equipamentos. Quando decorrer da necessidade de iluminar o ambiente, esse

será o motivo da sua existência, logo, a base de rateio poderá ser a quantidade de bicos de luz em área ou
setor; se o gasto decorrer da necessidade de movimentar máquinas e equipamentos, esse será o motivo de

sua ocorrência, logo, a base de rateio mais indicada poderá ser o número de horas trabalhadas pelas
máquinas e equipamentos.

Resolva os exercícios e verifique seu conhecimento. Caso fique alguma dúvida, leve a questão ao Fórum e

divida com seus colegas e professor.


ATIVIDADE

A distribuição proporcional que se faz para atribuir os custos indiretos

aos produtos e/ou serviços denomina-se:

A. Custo de fabricação ou de produção do período.

B. Custo direto.

C. Rateio.
D. Custo indireto.

E. Mão de obra aplicada.

ATIVIDADE

Sabrina fez um delicioso bolo de limão e gastou R$15,00 na compra dos


insumos (ingredientes). Considerando que somente 60% dos

ingredientes foram aplicados na produção; que os gastos gerais


correspondem a 50% do custo dos ingredientes aplicados e que a mão

de obra foi igual a 100% do custo dos ingredientes adquiridos, pode-se


afirmar que o custo de produção do bolo de limão foi igual a:

A. R$15,00

B. R$46,50
C. R$31,50

D. R$43,50
E. R$28,50

ATIVIDADE

Em relação aos produtos e serviços, os custos são classificados em:

A. Fixos e indiretos.

B. Diretos e indiretos.

C. Diretos e fixos.
D. Fixos e variáveis.

E. As alternativas "a" e "d" estão corretas.


ATIVIDADE

Quando determinado gasto beneficia a fabricação de vários produtos ao


mesmo tempo, esse gasto é corretamente classificado como:

A. Custo indireto.

B. Custo direto.
C. Custo fixo.

D. Custo variável.

E. As alternativas "b" e "d" estão corretas.

REFERÊNCIA
BEULKE, Rolando; BERTÓ, Dalvio José. Gestão de custos. São Paulo: Saraiva, 2006.

BORNIA, Antonio Cezar. Análise gerencial de custos em empresas modernas. Porto Alegre: Bookman,
2002.

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade gerencial. 6. ed. 11. reimpr. São Paulo: Atlas, 2008.

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2003.


MEGLIORINI, Evandir. Custos: análise e gestão. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 7. ed. São
Paulo: Atlas, 2010.

RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de custos. São Paulo: Saraiva, 2009.

WERNKE, Rodney. Análise de custos e preços de venda: ênfase em aplicações e casos nacionais. São Paulo:
Saraiva, 2005.

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