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Direito Tributário Tributos em Espécie e

Processo Tributário
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Conceito de tributo e classificação dos tributos em espécie

O conceito de tributo
Definição legal do art. 3º do CTN (Lei nº 5.172/66) à luz da CF/88 (arts. 145 a 162).

Tributo é receita derivada para o custeio de atividades gerais ou específicas (art. 9ª da Lei nº 4.320/64).

Elementos do conceito de tributo


Prestação (principal e acessória).

Pecuniária (regra, em dinheiro).

Compulsória (poder de imposição).

Não é sanção por ato ilícito.

Instituída por lei (reserva legal).

Cobrada por atividade administrativa vinculada (indisponibilidade).

Classificação dos tributos em espécies


Tributo é gênero!

O CTN adota a teoria tripartite no art. 4º (impostos, taxas, contribuição de melhoria) – superada!

Espécies tributárias (impostos, taxas, contribuição de melhoria, empréstimo compulsório e contribuições


especiais).

Contribuição de Melhoria
CF/88 – art. 145, III.

Competência Comum (União, Estado, DF e Município).

Fato gerador – obras públicas que ocasionam valorização nos imóveis dos contribuintes.

Decreto-lei nº 195/1967.

Empréstimo Compulsório
CF/88, art. 148.

Competência Exclusiva da União / Tributo vinculado.


Fato gerador:
Despesas Extraordinárias – Cal. Pública / Guerra Externa.

Investimento Público urgente e de relevância nacional.

Contribuições Especiais
Contribuição Patronal sobre a folha de pagamento, CIDE, PIS/PASEP.

COFINS.

CSLL.

Contribuição de interesse das categorias profissionais ou econômicas.

Contribuição especial previdenciária dos seus servidores (Estados, DF e Municípios).

Contribuição para o serviço de iluminação pública


Competência do DF e Municípios.

Súmula vinculante nº 41 do STF - “O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa”.

CF/88, art. 149-A (incluído pela EC/39).

Sujeição passiva tributária e ICMS

Sujeito Passivo
Relação jurídico-tributária.

Sujeição Passiva (art. 121 do CTN):


Contribuinte.

Responsável.

Não cumulatividade e ICMS


Compensação na cadeia produtiva – Art. 155, § 2º, I, da CF/88.

Ex.: Cadeia Produtiva.

1. Indústria (IN).

2. Comércio (CO).

3. Consumidor Final (CF).

Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de


Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação
Competência dos Estados e DF (CF/88, art. 155, II) / LC n.º 87/1996 – Lei Kandir.

Fato Gerador:
A prestação de específicos serviços (transportes e comunicação).

Circulação de mercadorias.
Tributação no serviço de transporte
Interestadual.

Intermunicipal.

Obs.: Serviço de transporte intramunicipal é caso de ISSQN.

Serviço de comunicação
Emissão, recepção, transmissão, retransmissão, repetição e ampliação de conteúdo dessa natureza.

Exceções segundo o STJ:

Provedor de internet (Súmula 334).

Habilitação telefônica (Súmula 350).

Habilitação de TV a cabo (REsp 710.774/MG).

Imunidade Tributária
CF/88, art. 155, §2º, X, “d”.

Prestações de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita.

Circulação de mercadoria
Mercadoria: bens móveis destinados ao comércio.

Inclusive circulação de mercadorias entre estabelecimentos do mesmo contribuinte (art. 12, I, da LC 87/1996).

Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza

Competência
CF/88, art. 156, III.

Competência dos Municípios / finalidade fiscal.

LC nº 116/2003.

Fato gerador
Prestação de serviços constantes da lista da LC/116.

Interpretação ampliativa: serviços congêneres.

Obrigação de fazer.
Contribuinte
Contribuinte do imposto é o prestador do serviço (art. 5º da LC 116/2003).

Base de cálculo e alíquota


A base de cálculo será o preço do serviço.
Obs. ISS fixo.

Alíquota definida por cada Município, respeitado o limite mínimo de 2% e o máximo de 5%.

Lançamento
Lançamento por homologação, porém pode ocorrer de ofício pelo Fisco.

Situação-Problema U1
Suposta infração tributária...
Uma empresa de transportes XYZ, sediada no Município LOL opera fazendo o transporte interestadual e
intermunicipal para locomoção de pessoas. Recentemente, essa empresa venceu um processo licitatório e
contratou com o Município para fins de prestar serviço de transporte público dentro da cidade, de modo que
precisou adquirir uma frota de ônibus apenas para esta demanda de serviços.

Depois de dois anos de operação, a empresa foi autuada pelo Fisco Estadual quanto a um crédito relativo ao
Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e
de Comunicação (ICMS). Na autuação constava que a empresa deveria ter recolhido os valores de ICMS, porquanto
havia praticado o fato gerador de serviços de transporte, ainda que estando no quadro das novas operações
iniciadas dentro do Município.

A empresa precisa contratar um profissional especialista em Direito Tributário para responder a esta autuação e
elaborar um relatório técnico.

Nessa situação, você foi contratado para apresentar a solução jurídica pertinente, com as devidas razões para
tanto. Qual a melhor solução a ser apresentada em um relatório técnico?

Resolução
ICMS – FATO GERADOR – TRANSPORTE INTERESTADUAL OU INTERMUNICIPAL.

ISSQN – FATO GERADOR POSSÍVEL – TRANSPORTE INTRAMUNICIPAL.

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