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BENJAMIM ANTÓNIO ALAIJE

RESUMO PARA DEFESA

ANÁLISE DO DIREITO DE SUCEDER DO ACOLHIDO NA


FAMÍLIA DE ACOLHIMENTO

INTRODUÇÃO
O presente trabalho é realizado em cumprimento do currículo regido pela
Universidade Católica de Moçambique, para a aquisição do nível de Licenciatura em
Direito. O tema Análise do direito de suceder do acolhido na família de acolhimento tem o
seu enquadramento no Direito Privado, relativamente na disciplina do Direito da Família e
direito das Sucessões, uma vez que incide sobre um instituto jurídico que é regulamentado
pela Lei de Família e Lei das Sucessões. A família de acolhimento é uma alternativa à
colocação de crianças em instituições que não asseguram as necessidades de cuidado
individualizado dos menores e que não conseguem transmitir o mesmo afecto e estabilidade
emocional que uma família pode proporcionar. Por isso, o acolhimento família de
acolhimento passará a ser a medida preferencial e a ideia é que a institucionalização seja
apenas para casos excepcionais, como o de crianças com deficiência profunda que obriguem a
cuidados especializados permanentes. Nos termos do número 1 do artigo 390 da lei de
família, família de acolhimento é um meio alternativo de suprir o poder parental,
proporcionado ao menor órfão, filho de pais incógnitos, abandonado ou desamparado a
integração numa família que o recebe e trata como filho. Ainda no mesmo artigo, afirma que a
inserção do menor em família de acolhimento só é decreta pelo tribunal competente,
verificada a impossibilidade de adopção ou de constituição da tutela. Importa referir que o
acolhido, mesmo não sendo um menor gerando no seio da família de acolhimento, também o
direito sucessório permanece dentro da sua esfera jurídica, ou seja, como uma prerrogativa
estabelecida por lei. É relevante dizer que tanto na família de acolhimento assim como ao
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acolhido ambos incide sobre eles certos requisitos ditos como cumulativos, plasmados nos
artigos 301 e 392 todos da lei de família. Impertinente é, falar de direito de família sem
também falar de direito de sucessão. A luz do número 1 do artigo da Lei das sucessões,
sucessão é o chamamento de uma ou mais pessoas a ingressar nas relações jurídicos –
patrimoniais de que era titular uma pessoa falecida e a consequente transferência dos direitos
e obrigações desta. Perante isto, é do douto jurídico que o acolhido mantém todos os direitos
sucessórios relativamente a família natural, independentemente de poder ser chamado a
suceder aos cônjuges ou companheiros da união de facto da família de acolhimento. O
número 2 do artigo 395 da LF prevê que o acolhido é chamado à sucessão dos cônjuges ou
dos companheiros da união de facto da família de acolhimento como herdeiro legítimo. Mas
não é claro em relação a classe de sucessíveis a que pertence.
O número 3 do artigo 395 da LF, diz que o direito a suceder caduca se à data da abertura da
sucessão o acolhido tiver atingido a maioridade civil. De acordo com isso coloca-se a seguinte
questão de partida: quid iuris se o acolhido tendo atingido a maioridade civil tiver sido
declarado inabilitado?
Como objectivo geral do trabalho é Analisar o regime sucessório do acolhido face a família de
acolhimento.
Como objectivos específicos, defini os seguintes:
 Debruçar sobre conceito e fundamentos da família de acolhimento;
 Enquadrar o acolhido na classe de sucessíveis;
 Trazer o regime do direito de suceder do acolhido na família de acolhimento;
 Relatar sobre capacidade sucessória do acolhido;
O tema tem um interesse na sociedade na medida em que qualquer que seja o estudo que visa
proteger os interesses dos sujeitos menos privilegiados na comunidade em geral, a nível
social, cultural etc, mostram-se ser de grande importância se atentarmos ao facto de que
perante a lei todo cidadão é igual e goza do mesmo direito de oportunidades. A necessidade
de escolha do presente tema dá-se em razão do desafio que este representa na actualidade,
mas acima de tudo pela importância que o mesmo tem na sociedade contemporânea buscando
uma coerência e unidade legislativa entre uma norma geral (Lei das Sucessões). Este tema é
importante a nível académico e também releva grande contributo ao nível social e jurídico.
Pretendo realizar esta pesquisa de forma bibliográfica e documental, onde utilizarei como
fonte os manuais, assim como os diplomas legais que regulam a matéria de família de
acolhimento e sucessão, respectivamente a Lei de Família e Lei das Sucessões, assim como a

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consulta a dicionários e a pesquisa a internet com o devido cuidado e rigor. Empregando o
método dedutivo para a partir dos elementos pesquisados poder chegar a uma resposta sobre
as motivações que obstam a que se utilize as formas mais eficazes de resolução de conflito
optando as pessoas pelo judiciário.

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CAPÍTULO I: PROCEDIMENTO METODOLÓGICO SOBRE
ANÁLISE DO DIREITO DE SUCEDER DO ACOLHIDO NA
FAMÍLIA DE ACOLHIMENTO

O nosso objectivo é realizar esta pesquisa de forma bibliográfica e documental,


onde serão utilizadas como fonte os manuais, assim como os diplomas legais que regulam a
matéria relativa ao trabalho, respectivamente a Lei das sucessões, assim como a consulta a
dicionários e a pesquisa a internet com o devido cuidado e rigor.
O método usado na pesquisa é o método dedutivo, uma vez que visa descobrir
conhecimentos particulares através do conhecimento geral, pois empregando o método
dedutivo para a partir dos elementos que pudemos pesquisar poder chegar a uma resposta
sobre o problema patente.
As técnicas usadas para a colecta de dados para esta pesquisa foram: a consulta
bibliográfica, manuais e principalmente a consulta às legislações. A razão da escolha destas
técnicas de colecta de dados surge na sequência de acreditarmos que com elas será possível
colectar os dados necessários para a pesquisa e a subsequente elaboração do trabalho de fim
de curso.

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CAPÍTULO II: QUADRO TEÓRICO SOBRE ANÁLISE DO
DIREITO DE SUCEDER DO ACOLHIDO NA FAMÍLIA DE
ACOLHIMENTO

Conceito de família
A luz da doutrina entende-se família como conjunto de pessoas que si ligam as
outras tanto por casamento como por consanguinidade, também chamado parentesco ou mera
afinidade. Quer dizer, as pessoas encontram-se por existência de uma relação matrimonial em
consequência de casamento que só termina por morte de uma delas ou de ambas ou por
decisão de uma delas ou de ambas, ou encontram-se ligadas por existência da relação de
sangue, em consequência de descenderem uma da outras ou procederem de tronco comum ou
encontram-se ligadas por existência da relação que se institui entre cada um dos cônjuges
tipos consanguíneos do outro ou ainda por existência da relação que a semelhança da filiação
natural se estabelece entre duas pessoas, como se de consanguinidade fossem (como a
situação de adoptante e adoptado) ou entre umas delas e os parentes da outra.
Conforme o artigo 1 da lei de n o 22/2019 de 11 de Dezembro define a família
como sendo o elemento fundamental e base de toda a sociedade, factor da socialização da
pessoa humana. A família enquanto instituição jurídica, constitui o espaço privilegiado no
qual se cria, desenvolve e consolida a personalidade dos seus membros e onde devem ser
cultivados o diálogo e a entre ajuda. No artigo 2 da mesma lei preconiza também que a
família é comunidade membro ligados entre se pelo casamento, parentesco, afinidade e
adopção. E ainda reconhecida como entidade familiar, para o efeito patrimonial, a união
singular, estável, livre e notória entre um homem e uma mulher.
Direito das sucessões

O autor do presente trabalho entente que Direito das Sucessões é o conjunto de


normas que disciplinam a transferência do património de alguém, depois de sua morte, ao
herdeiro, em virtude de lei ou testamento.
No entender do Prof. Ascensão “Direito das Sucessões realiza a finalidade
institucional de dar a continuidade possível ao descontínuo causado pela morte.

Segundo Prata “Direito das Sucessões o conjunto das normas jurídicas que se
ocupam do regime da transmissão mortis causa do património das pessoas singulares.

Já para Pinheiro “Direito das Sucessões corresponde ao conjunto de normas


jurídicas que regulam a instituição “sucessão”, entendida como sucessão por morte.

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Sucessão

A palavra Sucessão traz a noção de quem assume o lugar de outra pessoa,


passando a responder para os seus bens, direitos e obrigações anteriormente contraídos;

No direito das sucessões, emprega-se a palavra sucessão em sentido restrito, para


designar tão-somente a transferência da herança ou do legado, por morte de alguém, ao
herdeiro ou legatário, seja por força da lei, ou em virtude do testamento.
A este propósito, para uma melhor compreensão, o doutrinário Thiago Filipe
Vargas Simões afirma que a palavra sucessão deve ser vista em dois prismas:
a) Um subjectivo: donde podemos dizer que se trata do direito de alguém adquirir bens e
obrigações do falecido;
b) Outro objectivo: donde encontramos a referência às leis que regem a transferência
integral dos bens e obrigações que compõem o património do falecido

Segundo Professor Pereira Coelho, sucessão é o fenómeno de substituição de uma pessoa viva
nas relações jurídico-patrimoniais de que era titular uma pessoa falecida. Concretamente,
segundo esta definição, estamos diante do conceito sucessão de pessoas, em sentido jurídico
restrito, corresponde ao conceito de sucessão mortis causa.

Neste caso, fazendo-nos ajudar pelo legislador, achamos melhor fornecer a noção de sucessão
apoiando-nos no próprio Direito. Assim, nos termos do art. 1 da Lei das sucessões, temos que:
Diz-se sucessão o chamamento de uma ou mais pessoas a ingressar nas relações jurídico-
patrimoniais de que era titular uma pessoa falecida e a consequente transferência dos direitos
e obrigações desta, ou seja, o chamamento de uma ou mais pessoas a titularidade das relações
jurídicas patrimoniais de uma pessoa falecida e a consequente devolução dos bens que a esta
pertenciam.

Chamamento dos sucessíveis

Nos termos do artigo 8 da lei das sucessões, Aberta a sucessão, serão chamados à
titularidade das relações jurídicas do falecido, aqueles que gozam de prioridade na hierarquia
dos sucessíveis, desde que tenham a necessária capacidade sucessória.
Se os primeiros sucessíveis não quiserem ou não puderem aceitar, serão chamados
os subsequentes, e assim sucessivamente; a devolução a favor dos últimos retrotrai-se ao
momento da abertura da sucessão.

Capacidade sucessória
Nos termos do art. 9 da Lei das sucessões, a capacidade sucessória é o pressuposto
fundamental do chamamento.

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Este art. 9 da Lei das sucessões contém os princípios gerais, que se estabelece nos
termos que se segue: têm capacidade sucessória: o Estado, todas as pessoas nascidas ou
concebidas ao tempo da abertura da sucessão, mas que não sejam exceptuadas pela lei.
E quando se trate de sucessão testamentária ou contratual, também têm capacidade sucessória,
nos termos do número 2 do artigo em epígrafe:
 Nascituros não concebidos, que sejam filhos de pessoa determinada, viva ao tempo da
abertura da sucessão;
 As pessoas colectivas e as sociedades.
No fundo, a capacidade sucessória é, a personalidade jurídica ou a capacidade
jurídica de gozo, mas activa, de adquirir o direito de suceder mortis causa a outrem.

Os Sucessíveis
O fenómeno sucessório pressupõe a existência de um titular de direitos e
obrigações e uma pessoa para quem se transmite os mesmos. De facto, seja qual for a espécie
de sucessão, sempre tem-se em conta a questão dos sucessíveis.
Por sucessíveis entende-se que sejam todos aqueles que podem vir a suceder o (de
cujus). Isto é, todos aqueles que têm a legitimidade para suceder; para receber a transmissão
da titularidade de direitos e obrigações do de cujus.

Classes de sucessíveis
Nos termos do artigo 118 da Lei das sucessões, a ordem por que são chamados os
herdeiros, sem prejuízo do disposto na legislação apropriada quanto à adopção e ao instituto
da família de acolhimento, é a seguinte:
a) Descendentes e o cônjuge ou companheiro da união de facto;
b) Ascendentes e o cônjuge ou companheiro da união de facto;
c) Cônjuge ou companheiro da união de facto;
d) Irmãos e os seus descendentes;
e) Outros colaterais até ao oitavo grau;
f) Estado.

Direito comparado
Família de acolhimento no Enquadramento Jurídico Português

O acolhimento familiar é institucionalizado legalmente através do Decreto-Lei n.º


11/2008 de 17 de Janeiro, que o regulamenta. Tem regras próprias para a selecção e formação
das famílias de acolhimento, o seu acompanhamento e retribuição mensal pelos serviços
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prestados. Inclui subsídio para a manutenção de cada criança ou jovem, num serviço que é
contratualizado e avaliado pela Segurança Social, sem prejuízo da participação na execução
da medida das outras entidades de enquadramento.
O acolhimento familiar é uma das medidas de promoção dos direitos e de
protecção das crianças e jovens em perigo.
De acordo com o Decreto-Lei n.º 11/2008 de 17 de Janeiro, art. 2º o “acolhimento
familiar consiste na atribuição da confiança da criança ou do jovem a uma pessoa singular ou
a uma família”. A pessoa singular ou a família devem estar habilitadas para o efeito. Esta
medida “visa a integração da criança ou do jovem em meio familiar e a prestação de cuidados
adequados às suas necessidades e bem-estar e a educação necessária ao seu desenvolvimento
integral”. O acolhimento familiar é uma forma de auto-organização e apoio.

Família de acolhimento no ordenamento jurídico moçambicano


Nos termos do número 1 do artigo 390 da LF, A família de acolhimento é um
meio alternativo de suprir o poder parental, proporcionando ao menor órfão, filho de pais
incógnitos, abandonado ou desamparado a integração numa família que o recebe e trata como
filho, ressalvadas as especificidades constantes na presente subsecção.

Requisitos relativos à família de acolhimento e a menor


Requisitos relativos à família de acolhimento
Nos termos do artigo 391 da Lei de Família constituem requisitos para a
integração do menor que:
a) A família de acolhimento tenha a necessária estabilidade emocional e as condições
financeiras mínimas;
b) Um dos cônjuges ou dos companheiros da união de facto da família de acolhimento
tenha mais de vinte e cinco anos de idade;
c) Cambos os cônjuges ou companheiros da união de facto acordem no acolhimento do
menor no seio da sua família e, quando apenas um deles tiver providenciado pela
integração do menor não estando separados judicialmente de pessoas e bens, o
consentimento do outro cônjuge deve ser manifestado de forma expressa;
d) Os filhos dos cônjuges ou dos companheiros da união de facto da família de
acolhimento, sendo maiores de doze anos, aceitem a integração do menor estranho, no
seio da sua família, para com eles ser criado e educado em igualdade de
circunstâncias.

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2.1.1. Requisitos relativos ao menor
De acordo com nr 1 do art. 392 da LF, Constituem requisitos para a integração do
menor em família de acolhimento:
a) Apresentar vantagens para o bem - estar e desenvolvimento do menor;
b) Ter o menor menos de dezasseis anos de idade;
c) Consentirem na integração os pais naturais ou o ascendente que o tenha a seu cargo,
desde que exerçam plenamente o poder parental.
O consentimento dos pais ou do ascendente não é exigível:
a) Se estiverem inibidos do poder parental;
b) Se o tribunal dispensar o consentimento pelo facto de serem indignas as pessoas que o
deveriam prestar ou destas terem revelado desinteresse manifesto pelo menor;
c) Se houver grande dificuldade em obter o consentimento.

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CAPÍTULO III ANÁLISE DO DIREITO DE SUCEDER DO
ACOLHIDO NA FAMÍLIA DE ACOLHIMENTO

No presente capitulo, para melhor explanação e compreensão do mesmo, irei fazer


a exposição dos artigos tidos da lei da família figurados como inquietações que me levaram
para elaboração do trabalho.
Antes de mais é importante sublinhar que a sucessão abre-se no momento da
morte do seu autor e no lugar do seu último domicílio voluntário, nos termos do artigo 7 da
LF.
O número 2 do artigo 395 da LF prevê que o acolhido é chamado à sucessão dos
cônjuges ou dos companheiros da união de facto da família de acolhimento como herdeiro
legítimo.
No entanto, prevalece a ideia exaustiva de que os herdeiros legítimos são, assim,
aqueles que, por lei, e dado o grau de parentesco, têm direito à herdar. Mesmo que o falecido
queira favorecer outras pessoas e mesmo que deixe testamento – terão sempre direito à sua
parte da herança. É a chamada quota legítima.
No entanto, importa também ilustrar que nos termos do artigo 117 da lei das
sucessões, são herdeiros legítimos os parentes, o cônjuge ou o companheiro da união de facto
e o Estado, pela ordem e segundo as regras constantes do presente título.
Ainda Importa referir que o artigo acima é reforçado com o artigo 118 da lei das
sucessões ao reportar como herdeiros: os descendentes e o cônjuge ou companheiro da união
de facto; ascendentes e o cônjuge ou companheiro da união de facto; cônjuge ou companheiro
da união de facto; irmãos e os seus descendentes; outros colaterais até ao oitavo grau; Estado.
Com os artigos aqui ilustrados fica claro aqui como a luz do dia que não se foi mencionado o
menor acolhido que é o protagonista do trabalho no que diz respeito a categoria de herdeiros
legítimos e muito menos mencionado na classe de sucessíveis como o tais herdeiro legítimo,
(uma vez que acolhido é chamado à sucessão), o que na minha opinião deveria ser
enquadrada o menor acolhido. Por isso que com a revisão da lei vai fazer o enquadramento
do acolhido nos artigos supracitado.
Não obstante, O número 3 do artigo 395 da LF, diz que o direito a suceder caduca se à data da
abertura da sucessão o acolhido tiver atingido a maioridade civil. De acordo com isso coloca-
se a seguinte questão de partida: quid iuris se o acolhido tendo atingido a maioridade civil
tiver sido declarado inabilitado?

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Parte-se do princípio de que inabilitado consiste num tipo de incapacidade jurídica
resultante de deficiência de ordem física ou psíquica e de certos hábitos de vida.
No que tange a inabilitação encontram – se no âmbito do código civil nos termos
do artigo 152 e ss do CC aduzindo que Podem ser inabilitados os indivíduos cuja anomalia
psíquica, surdez-mudez ou cegueira, embora de carácter permanente, não seja de tal modo
grave que justifique a sua interdição, assim como aqueles que, pela sua habitual prodigalidade
ou pelo uso de bebidas alcoólicas ou de estupefacientes, se mostrem incapazes de reger
convenientemente o seu património. É de conhecimento legal que O inabilitado é assistido por
um curador, cuja autorização estão sujeitos os actos de disposição de bens entre vivos e todos
os que, em atenção às circunstâncias de cada caso, forem especificados na sentença. A
autorização do curador pode ser judicialmente suprida, reza o artigo 153. Importa que a
Administração do património do inabilitado pode ser entregue pelo tribunal ao curador nos
termos do artigo 154 CC.
Importa aqui ilustrar que o inabilitado, é um incapaz em matéria de direito, que ainda
decretada pelo tribunal, ainda que os seus bens, e que os mesmos são confiado a um figura
denominada de curador, isso tudo indica, que pelos princípio legais, o inabilitado é ainda e
sem duvidas um menor.
Não obstante, sou da opinião que o inabilitado deveria ainda manter aos cuidados da família
de acolhimento por mais que atinja a maioridade civil por que por algum momento sua
capacidade jurídica para ser detentor de direitos e cumpridor de deveres passa sendo
restringida devido a sua incapacidade.

RECOMENDAÇÕES
Da análise feita ao estudo subordinado ao tema Análise do direito de suceder
do acolhido na família de acolhimento, tecemos a nossa recomendação:
A melhor recomendação seria reforma do dispositivo normativo por que os
artigos em questão ao trabalho seriam remexidos na intenção de fazer o enquadramento de
modo que venha sanar a inquietação no diz respeito a inabilitação, uma vez que sendo
decretada judicialmente a sua inabilitação torna-se incapaz e menor, gozando de forma
restringida aquilo que são os seus direitos. Tendo em conta que este é uma figura jurídica que
em algum momento ou circunstância torna o inerte.

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