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Citações Comentários
P. 46) Aquele que nasce, ao crescer, vai A capacidade civil é a aptidão para
adquirindo a sua capacidade, às vezes até adquirir direitos e exercer por si, ou por
mesmo antecipando (e a emancipação é outrem, atos da vida civil.
uma prova disso) os efeitos de uma Duas são as espécies de capacidade: a
capacidade plena do ponto de vista capacidade de direito e a capacidade de
etário. fato.capacidade de direito ou de gozo e
capacidade de fato ou de exercício
P. 58) Não são direitos das coisas, são Vale dizer que todo o direito é feito pelo
direitos que dizem respeito aos sujeitos, homem e para o homem, que constitui o
individual ou coletivamente. Ainda que valor mais alto de todo o ordenamento
seja possível um sujeito sem direito, há jurídico.
algumas hipóteses em que isso possa
eventualmente se apresentar.
P. 74) Direitos reais são reais porque a lei "[...] No direito real existe um sujeito
os define nessa qualidade; nessa medida, ativo, titular do direito, e há uma relação
a tipicidade significa que há o tipo real, jurídica, que não se estabelece com a
figura jurídica cujo nomen juris é dado coisa, pois que esta é o objeto do direito,
pela lei, e cujo conteúdo também por ela mas tem a faculdade de opô-la erga
é explicitado. E ao lado do tipo real, omnes, estabelecendo-se desta sorte uma
criado pela lei, o próprio sistema cuida de relação jurídica em que é sujeito ativo o
adotar algo paralelo nesta circunstância: é titular do direito real, e sujeito passivo a
o princípio da clausura ou do numerus generalidade anônima dos indivíduos [...]
clausus.
P. 86) A ordem de ideias também Com efeito, nos últimos anos o direito de
influencia o direito à formação do núcleo família absorveu muito as mudanças
familiar que é, classicamente, outro sociais ocorridas, sobretudo, as que
princípio do Direito Privado que restou resultaram na modificação do papel do
constitucionalizado. A Constituição homem, enquanto ser social que constitui
adotou a concepção plural de família, não família, perante a norma jurídica, no qual
havendo apenas a assentada no se superou a concepção de família
casamento, mas também reconheceu “padrão”, pela qual se acreditava existir
como família aquela derivada de união um modelo a ser seguido, sob pena de
estável e a monoparental, formada por não ser reconhecida como entidade
um dos pais e seus filhos. familiar, bem como que os membros
deveria estar subordinados à realização
dos anseios familiares, tanto vínculo
indissolúvel quanto mecanismo de poder
de uns sobre os outros
CONSIDERAÇÕES
CONCLUSÃO: A obra "Teoria Crítica do Direito Civil: À Luz do Novo Código Civil Brasileiro"
surge como uma importante contribuição para a compreensão das transformações que
atravessam o direito civil contemporâneo no contexto do Brasil. O autor busca não apenas
uma reciclagem funcional dos parâmetros tradicionais, mas sim uma recomposição e
redimensionamento das abordagens didáticas e de pesquisa. O enfoque crítico proposto pelo
autor abre caminho para uma análise mais profunda das interações entre o direito civil e a
sociedade em constante evolução.
A proposta central da obra é a de uma teoria crítica que seja capaz de capturar as
complexidades e mudanças que permeiam o cenário do direito civil brasileiro. O autor
reconhece a necessidade de uma nova abordagem que considere as transformações em curso
e ofereça uma visão diferenciada sobre os elementos que compõem o âmbito de análise.
Ao longo do texto, diversas citações são apresentadas, trazendo à tona pontos cruciais da
discussão. Questões relacionadas à capacidade jurídica, princípios constitucionais, direitos
reais e evoluções no campo do direito de família são abordadas. O autor enfatiza a relação
intrínseca entre o direito civil e os valores constitucionais, destacando a importância de
garantir que a legislação infraconstitucional esteja alinhada com os princípios do Estado
Democrático de Direito.
A conclusão a que chegamos a partir dessas reflexões é que a teoria crítica do direito civil
oferece uma perspectiva valiosa para compreender as transformações que ocorrem na
sociedade e como elas afetam o direito. A obra propõe uma abordagem que vai além da mera
análise funcional das normas, buscando uma compreensão profunda das interações entre o
direito civil e a realidade social. Ao reconhecer a complexidade e a evolução constante da
sociedade, a teoria crítica se apresenta como uma ferramenta essencial para moldar um
direito civil mais justo, inclusivo e alinhado com os valores constitucionais e as necessidades da
população.