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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS

NICOLY ALECRIM WANDERLEI


CAMILA SARAIVA
ANA BEATRIZ
RONIEL
JESSYCA FLORES
MICKHEYLE SOARES OLIVEIRA

SEMINÁRIO DIREITO

SALINAS-MG
2023
NICOLY ALECRIM WANDERLEI
CAMILA SARAIVA
ANA BEATRIZ
RONIEL
JESSYCA FLORES
MICKHEYLE SOARES OLIVEIRA

FOLHA DE ROSTO
SUMÁRIO
1 RELATÓRIO DE PESQUISA

1. Origem e finalidade do direito


Foi aí que apareceu o primeiro elemento do direito: "o respeito pela coisa alheia". O homem
começou a compreender que o direito é o respeito à propriedade, à vida e à liberdade de
outrem.
Surgiu, então, aos poucos, a necessidade de impor aos homens determinadas regras para
dirigir a sua conduta, o seu comportamento, disciplinando, assim, a vida social. Através
dessas normas, o Estado impõe um mandamento: uma proibição ou uma permissão, sem que
sejam identificados o seu sujeito passivo ou ativo. Assim, o Poder Público regula o estado de
fatos hipotéticos e ainda de fatos futuros na ordem social, prevendo uma relação entre pessoas
ou entre pessoas e coisas, a fim de que haja paz e progresso na sociedade, respeito mútuo
entre as pessoas e respeito à propriedade alheia, evitando atritos entre os homens. Nessas
condições, todos passam a ter direitos e deveres de tal forma que para alguém exigir seus
direitos precisa cumprir suas obrigações.
“Nelson Godoy Bassil Dower - Instituições de Direito Público e Privado”

2. Conceito de direito
O Direito é conceituado de várias formas. De acordo com Paulo Dourado de Gusmão, Direito
é um "conjunto de normas executáveis coercitivamente, reconhecidas ou estabelecidas e
aplicadas por órgãos institucionalizados".
Vicente Rao, sendo um "sistema de disciplina social fundado na natureza humana que,
estabelecendo nas relações entre os homens uma proporção de reciprocidade nos poderes e
deveres que lhe atribui, regula as condições existenciais dos indivíduos e dos grupos sociais e,
em consequência, da sociedade, mediante normas coercitivamente impostas pelo Poder
Público".
Já Wilson Campos de Souza Batalha, afirma que Direito é um "conjunto de comandos,
disciplinando a vida externa e relacional dos homens, bilaterais, imperativo atributiva, dotado
de validade, eficácia e coercibilidade, que tem o sentido de realizar os valores da justiça,
segurança e bem comum, em uma sociedade organizada".
Ainda pode-se incluir o conceito de Paulo Nader, que diz que direito é um "conjunto de
normas de conduta social, imposto coercitivamente pelo Estado, para realização de segurança,
segundo critérios de justiça".
3. Direito objetivo e subjetivo
Os juristas também denominam de direito objetivo a esse conjunto das normas jurídicas
vigentes em determinado momento do país, regentes do comportamento humano, em
contraposição ao direito subjetivo, que é a faculdade que as pessoas têm de exigir seu direito
quando violado. É a faculdade ou a prerrogativa das pessoas de invocar a norma jurídica na
defesa de seus interesses. Assim, ao direito subjetivo de um indivíduo corresponde sempre o
dever de outro que, se não o cumprir, poderá ser compelido a observá-lo através do juiz. Por
exemplo, o art. 1.228 do Código Civil assegura ao proprietário a faculdade de usar, gozar e
dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou
detenha. Se alguém se apoderar a manu militari (com mão militar) de um bem meu, poderei
acionar o Poder Judiciário para o seu retorno. Essa faculdade que tenho de movimentar a
máquina judiciária para o reconhecimento de um direito, que o direito objetivo me concede, é
que constitui o direito subjetivo.
“Nelson Godoy Bassil Dower - Instituições de Direito Público e Privado”
Direito Objetivo - Cumprimento obrigatório.
Direito Subjetivo - Exercido quando quiser.
Por exemplo, se uma pessoa é acusada de um crime, ela tem o direito subjetivo de ter um
julgamento justo, e o direito objetivo garante que esse julgamento seja realizado de acordo
com as leis estabelecidas. O direito objetivo e o direito subjetivo são interdependentes, mas
também possuem algumas diferenças.

4. Direito e moral
A questão sobre o problema do direito e da moral transcende ao objeto da própria ciência
jurídica, para configurar-se numa questão própria do saber filosófico, notadamente, uma
questão relacionada à justificação do direito e a busca por seu fundamento. A justiça, nesse
sentido, seria entendida como um princípio e o problema da moral do direito. É reconhecida
uma similaridade entre normas jurídicas e normais morais, ambas prescrevem determinada
ação ou abstenção (caráter prescritivo), vinculam obrigações e estabelecem obrigações de
forma objetiva.
A mais famosa diferenciação entre normas jurídicas e normas morais é que as normas
jurídicas dizem respeito a externalização de uma conduta de um sujeito, enquanto os preceitos
morais dizem respeito ao aspecto subjetivo do comportamento do indivíduo, ou seja, aquilo
que ele pensa . Por exemplo, estabelece-se que ninguém pode, no âmbito do direito penal, ser
punido por aquilo que pensa (crimes de pensamento), enquanto, do ponto de vista moral, o
sujeito poderá ser socialmente sancionado, por violar uma norma de caráter moral, ainda que
sem consequências de caráter jurídico.
Uma segunda diferença diz respeito a instância que qualifica (reconhece) o comportamento do
indivíduo, ao conceber-se que a moralidade de uma ação está no pensamento (subjetividade)
daquele que a prática, enquanto no Direito, o comportamento terá caráter objetivo, ou seja,
será qualificado por uma autoridade exterior ao indivíduo. Por exemplo, quando certa pessoa
pratica um crime, violando uma norma jurídica, seu comportamento será considerado,
processado e, eventualmente, punido pelo Poder Judiciário.
Uma terceira diferença entre o Direito e a Moral se dá pelo fato de que as normas jurídicas,
para existir, precisam passar por deliberação e promulgação, através da lei e do Estado. As
normas morais, todavia, não precisam passar por procedimentos de tal natureza . A Moral é
um conjunto de regras costumeiras de determinados grupos e/ou nações; Já o direito procura
impor condutas de comportamento humano sob pena de sanção.
“ Wikipedia “
5. Ramos do direito
● Trabalhista
● Tributária
● Recuperação judicial e de crédito
● Compliance e ética
● Biodireito
● Direito digital
● Ambiental
● Contencioso civil
● Advogado eleitoral
● Jurídico
● Arbitragem
● Relações institucionais
● Direito médico
“ blog.iplog.com”
6.Direito positivo e direito natural
O Direito Positivo é o conjunto de regras elaborados e vigentes num determinado país em
determinada época, são as normas, as leis, todo o sistema normativo posto, ou seja, vigente no
país. Possui como características: o caráter temporal, territorial, formal (tem origem nas fontes
formais), revogável, variável e mutável.
Surge também como outra forma de fundamentar a natureza do direito, o direito positivo.
Protágoras (481 a.C - 411 a.C.) pode ser considerado o pensador que antecipou as opiniões
dos positivistas modernos. Sustentava que as leis feitas pelos homens eram obrigatórias e
válidas, sem considerar o seu conteúdo moral. Direito positivo consiste no conjunto de todas
as regras e leis que regem a vida social e as instituições de determinado local e durante certo
período de tempo. Para os positivistas, a lei é um produto do Direito que age como um
mecanismo de organização social, firmada a partir de um "Contrato Social". O direito positivo
é aquele estabelecedor de ações que, antes de serem reguladas, podem ser cumpridas
indiferentemente de um modo ou outro, mas, uma vez reguladas pela lei, importa que sejam
desempenhadas do modo prescrito por ela.
O direito natural, ou jusnaturalismo, supõe a existência de um direito universal, estabelecido
pela natureza. Seu fundamento é o da lei natural, e não o da lei humana, que rege os acordos e
contratos sociais. O direito natural é a ideia universal de justiça. É o conjunto de normas e
direitos que já nascem incorporados ao homem, como o direito à vida. Pode ser entendido
como os princípios do Direito e é também chamado de jus naturalismo. O Direito Natural tem
seus valores estabelecidos por ordem divina, assim como pela razão. A diferença entre direito
natural e direito positivo é que o direito natural independe do Estado ou de leis. Por isso, é
considerado autônomo. O direito positivo, por outro lado, depende de uma manifestação de
vontade, seja da sociedade ou de autoridades.
“ Benigno Núñez Novo , meu artigo “
7. Direito público e privado
Outra forma de dividir o direito, para tentar compreendê-lo de forma mais efetiva é a divisão
entre direito público e privado.
De acordo com o livro Instituições de Direito Público e Privado, escrito por Nelson Godoy, o
ponto de divergência direito público e privado seria que
“ • O direito público é o conjunto de normas interligadas entre si, regulando as atividades do
Poder público […]. “ (GODOY,2005, p. 5)
“ • O direito privado é o conjunto de normas interligadas entre si, regulando as atividades de
particulares.” (GODOY,2005, p. 5)
Outrossim na hodiernidade, há autores argumentam que a verdadeira distinção dá por uma
“hierarquia”
No direito público, o Estado estaria em um nível superior ao particular, visto que ele
representa a coletividade e o interesse do coletivo sempre está acima do particular.
No direito privado, ambos os lados, ou seja, ambos os particulares estão em pé de igualdade.
8. Fontes do direito
Fontes dos direitos é o termo usado para se referir aos modos de formação das normas
jurídicas ou seja a sua adição ao sistema de ordenamento.

8.1 Fontes diretas


Essas fontes são aquelas que têm ligação direta com o direito positivo. Elas são criadas por
um determinado Estado, e são obrigatórias a toda coletividade governada por esse estado, com
seu cumprimento assegurando atrás da violência, caso seja necessário.
Podemos citar como exemplo mais significativo as leis.
8.2. Fontes indiretas
Ademais, as fontes naturais estão mais ligadas ao direito natural. São valores morais,
doutrinas, costumes, princípios, criados por uma determinada cultura, não se mostra
obrigatória e não tem nenhuma consequência em decorrência do seu descumprimento.

8.4. Analogia
Segundo a tese de LARENZ a analogia de forma de preenchimento de lacuna, ela estressa um
dos métodos de interpretação. Como forma de interpretação também e complementação do
direito e corresponde ao argumento similar, consistindo na aplicação da lei
Analogia também se trata de uma figura de linguagem que nos ajuda a comparar as coisas.
Porém, ao contrário da metáfora, na analogia é necessário que encontremos pontos de
semelhança entre as ideias comparadas.

8.5 Equidade
Equidade significa dar às pessoas o que elas precisam para que todos tenham acesso às
mesmas oportunidades.
Por exemplo, em um pronto-socorro, a vítima de acidente grave passa à frente de quem
necessita de um atendimento menos urgente, mesmo que esta pessoa tenha chegado mais cedo
ao hospital.
8.6. Princípios gerais de direito
Desta forma, podemos concluir que os Princípios Gerais do Direito são ideias basilares e
fundamentais do Direito, que lhe dão apoio e coerência, que são respaldados pelo ideal de
Justiça, de liberdade, igualdade, democracia, dignidade, etc., seriam ideias fundamentais de
caráter geral dentro de cada área de atuação do Direito.

9. Lei
É uma norma ou conjunto de normas jurídicas criadas através dos processos próprios do ato
normativo e estabelecidas pelas autoridades competentes para o efeito.
Código de Hamurabi foi o primeiro código de leis escrito da história e se baseava na Lei do
Talião, ou seja, a punição do criminoso deveria ser semelhante ao delito cometido.
O Código de Hamurabi vigorou na Mesopotâmia, quando Hamurabi governou o primeiro
império babilônico, entre 1792 e 1750 a.C. Esse código se baseava na Lei do Talião, que
punia um criminoso de forma semelhante ao crime cometido, ou seja, “olho por olho, dente
por dente”. O Código de Hamurabi era constituído por 281 preceitos gravados em uma pedra
negra e cilíndrica de diorito. Atualmente, essa pedra está exposta no Museu do Louvre, em
Paris (França).
A palavra lei pode ser empregada em três sentidos diferentes, conforme a abrangência que se
pretenda dar a ela.
As leis foram criadas para organizar a sociedade e por consequência a civilização,
estabelecendo o que cada indivíduo poderia ou não fazer. Eram as leis que determinavam o
que era certo e o que era errado. Mas é claro, obedecendo às determinações religiosas e
culturais de cada povo.
Lei é toda a regra jurídica, escrita ou não; assim ela abrange os costumes e todas as normas
formalmente produzidas pelo Estado, representadas, por exemplo, pela Constituição federal,
medida provisória, decreto, lei ordinária, lei complementar, etc..
Já num sentido amplo, lei é somente a regra jurídica escrita, excluindo-se dessa aceção,
portanto, o costume jurídico.

9.1. Classificação das Leis


Quanto à origem legislativa de onde promanam, as leis são federais, estaduais e municipais.

Classificação das Leis segundo sua natureza:


• Lei em sentido Formal- As leis são um ato normativo, escrito, geral e abstrato, produzido
pelo órgão competente, que no estado de direito é o Poder Legislativo.
• Lei em sentido Material- Todo ato que traz um comando do direito objetivo.
• Lei em seu sentido Abstrato- quando não é concreto.
• Lei em seu sentido Geral- todas de uma categoria.

Classificação das Leis segundo a sua hierarquia:


• Lei Jurídica Ordinária- É uma regra elaborada pelo Legislador, para ordenar e dirigir o
comportamento do homem que vive em sociedade, ordenando como deve ser sua conduta,
podendo proibir ou regular as atitudes do homem.
• Leis Constitucionais- São todas as normas de caráter constitucional.
• Leis Complementares- São as que regulamentam a constituição.
• Leis Ordinárias- São todas as outras leis. Nascem dos órgãos que a constituição investe na
função Legislativa.

Quando a lei se torna obrigatória?


Baseado no livro de Nelson Godoy, (Instituição de Direito Público e Privado) Quando uma lei
é elaborada, após a sanção do projeto por parte do Presidente da República, ocorre a sua
publicação no jornal oficial para divulgar a todos o texto Legislativo, e a partir desse
momento a lei passa a ser obrigatória.

9.2 Elaboração da lei


Para que uma lei exista de acordo com as nossas normas jurídicas, há um caminho a ser
seguido e o primeiro passo é transformar uma ideia em proposta de criação de uma nova lei
ou de alteração de alguma lei já existente, ou seja, elaborar uma proposição legislativa.
Essa proposição, de acordo com nossa Constituição Federal, pode ser apresentada por um
deputado ou senador (individual ou coletivamente), por comissão da Câmara dos Deputados,
do Senado Federal ou do Congresso Nacional, pelo presidente da República, pelo presidente
do Supremo Tribunal Federal ou dos Tribunais Superiores, pelo Procurador Geral da
República ou por um conjunto de cidadãos.
Ao total são seis fases do processo legislativo brasileiro:
Iniciativa: A iniciativa é o ato pelo qual se propõe ao Legislativo a criação de uma lei. Seu
instrumento é o projeto a ser submetido à apreciação do Plenário. A iniciativa pode ser geral
ou reservada.
Discussão: É o processo de debate para a discussão da lei que passará em votação, e é feito
pelos deputados.
Deliberação/votação: É o processo para aprovação da lei.
Sanção: É o ato ou fato jurídico que implica na aceitação, expressa ou tácita, do Chefe do
Poder Executivo com o projeto aprovado pelo Poder Legislativo, encerrando a fase
constitutiva da lei.
Promulgação: É o instrumento que declara a existência da lei e ordena sua execução.
Publicação: É o instrumento que declara a existência da lei e ordena sua execução.

9.3 Hierarquia
A pirâmide hierárquica das leis
1. Constituição Federal
2. Emendas Constitucionais
3. Tratados e Convenções sobre Direitos Humanos
4. Leis Complementares
5. Leis Ordinárias
6. Leis Delegadas
7. Medidas Provisórias
8. Decretos Legislativos
9. Resoluções
10. Normas Infralegais

9.4. Vigência

A vigência da lei é o tempo em que ela existe, produz efeitos e é válida. Em concordância
com o Decreto LEI Nº 4.657, DE 4 DE SETEMBRO DE 1942, a lei entra em vigor em todo o
território nacional quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada, entretanto, apenas
em casos não expressos na devida lei. Em situações que a lei antes de estar vigente suceder
novo lançamento, ou alguma edição, o artigo e os parágrafos anteriores só entrarão em vigor a
partir da nova publicação. Ademais, em ocorrências em que as leis não são direcionadas à
vigência temporária, a regulamentação prevalece validada até que outra a revogue ou que a
mesma seja modificada. Por seguinte, em circunstâncias nas quais há a obrigatoriedade da lei
brasileira em território exterior, a lei começa a vigorar três meses após sua publicação.
9.5. Retroatividade, irretroatividade e repristinação

A retroatividade compreende a ação ou condição de modificar o que já foi realizado, em sua


originalidade busca, pois, o propósito de alterar os acontecimentos pretéritos. Trazendo para o
contexto do direito, as leis que são retroativas, em tese, iriam retroagir e alcançariam uma
situação já definida, alcançando um ato jurídico perfeito, estabelecer que um determinado
indivíduo, que já havia adquirido um direito, perdesse o mesmo ao ser atingido pela lei nova.
Entretanto, em conformidade à Constituição Federal, no art. 5.º, XXXVI, abordando o
presente assunto, dispõe: “A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a
coisa julgada”.Sendo assim, essa norma veta expressamente as leis retroativas, portanto a
nova lei sancionada, por determinação, deve respeitar o direito adquirido, o ato jurídico
perfeito e a coisa julgada. E conclui-se que as leis retroativas apresentam uma
inconstitucionalidade. Contudo, há a exceção que é posta, pelo mesmo art. 5º, XL, CF,
possibilitando a retroatividade da lei penal para casos em que ela for mais benéfica ao réu. Já
a irretroatividade compreende a ação ou condição de não retroagir, em outros termos, não ser
válida para o passado. A irretroatividade, como desenvolvido anteriormente no presente texto,
é resguardada pela Constituição Federal, portanto, a nova lei aprovada terá sempre efeito
imediato e geral, uma vez que respeite o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa
julgada. A repristinação, é basicamente quando uma norma jurídica volta a vigorar, em que
preteritamente é revogada por uma nova lei e posteriormente um outro ato normativo a revoga
e a primeira volta a viger. É uma restauração, por determinação expressa de outra norma, da
vigência de uma norma anteriormente revogada. Um exemplo para que este conceito fique
mais fácil de ser visualizado, a lei "A" é revogada pela lei "B"; advém a lei "C", que revoga a
lei "B" e diz que a lei "A" volta a viger.

9.6. Interpretação

A interpretação da norma é a busca por compreender o que o legislador quer transmitir com o
determinado texto normativo, e a análise feita é que vai reger como deve ser aplicada a lei aos
casos concretos. A hermenêutica é a ciência, a escola que tem por o bjeto de estudo a
interpretação dos textos, tanto religiosos e filosóficos, como os textos normativos. Existem
diversas técnicas de interpretação da norma jurídica, podendo ser elas interpretadas quanto ao
sujeito, subdivididas pela compreensão autêntica/legislador, doutrinária e jurisprudencial ou
pelo meio/método, em que são subdivididas por interpretação gramatical, teleológica,
sistemática, sociológica e histórica, ou pelo resultado obtido, subdivididas em declaratório,
ampliativo e restritivo. Na hermenêutica jurídica quanto ao sujeito, a técnica de interpretação
autêntica é o próprio legislador quem fornece, à vista disso, é a primeira interpretação da lei,
fornecida pelo poder legislativo. Enquanto a fonte doutrinária é baseada em ensinamentos de
autores referência, realizada pelos cientistas do direito, juristas e doutrinadores, então é a
interpretação de quem estuda as leis, não de quem as produz. Já a jurisprudencial é baseada
nos julgados anteriores dos tribunais, feita pelo aplicador da lei, o responsável por fazer a
transição entre a lei e caso concreto. O método interpretativo quanto aos meios, em primeiro
plano se identifica a interpretação gramatical, em que é analisado o montante gramatical da
norma, usando basicamente a interpretação literal. Na teleológica ou interpretativa, a
hermenêutica leva em conta a finalidade da norma, um exemplo é a proibição da entrada de
cachorro em transporte público, mas existe uma situação em que um cego pode ou não entrar
com um cão guia? Nesse caso, o intuito da lei é garantir segurança e salubridade no transporte
público, portanto é proibido a entrada e transporte de animais, mas a consentimento da
entrada do cego com o cão guia não gera nenhum problema de segurança, já o seu
impedimento estaria cerceando o direito do deficiente visual de ir e vir. A interpretação
sistemática tem o respaldo de outras leis, sendo analisado todo o sistema inserido, não apenas
uma única lei isoladamente. A sociológica leva em consideração os valores sociais da norma,
em que há a constatação da realidade e necessidade social na execução e aplicabilidade da lei,
um exemplo são as leis que asseguram as cotas raciais. E para finalizar a interpretação quanto
aos meios, na histórica é levado em conta o momento histórico em que a norma foi produzida.
Por fim, na interpretação quanto aos resultados obtidos o meio declaratório é utilizado quando
a norma declarada no texto coincide com o que está escrito. Já com o método ampliativo é
quando uma norma é mais amplo que texto normativo apresenta e o restritivo é basicamente o
contrário, quando a norma é mais restrita que o texto normativo, por exemplo extremo apenas
para ilustrar a situação, uma placa em um estabelecimento dizendo que é permitida a entrada
de animais e chega uma pessoa com um leão, o que estava oculto na placa era que estaria
permitida a entrada de animais domésticos no estabelecimento. Portanto, conclui-se que a
hermenêutica jurídica ou interpretação do direito é extrair o sentido e o alcance da norma
jurídica. Por consequência da ambiguidade do texto, o aplicador do direito, a todo momento,
deve estar interpretando a norma utilizando em cada situação o método de interpretação mais
adequado.
REFERÊNCIAS

https://www.jusbrasil.com.br/artigos/principios-gerais-do-direito/307654998
https://youtu.be/m93CyuAgtEQ?si=M1b7-LjOfT9kp67-
https://www.infoescola.com/direito/fontes-do-direito/amp/
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/181889/000442093.pdf?
sequence=1&isAllowed=y
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/157/edicao-1/fontes-do-direito
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Fontes_do_direito
http://camara.rio/cidadania-ativa/como-se-faz-uma-lei#:~:text=A%20iniciativa
%20%C3%A9%20o%20ato,pode%20ser%20geral%20ou%20reservada.
htgislativo/termo/sancao#:~:text=Ato%20ou%20fato%20jur%C3%ADdico
%20que,a%20fase%20constitutiva%20da%20lei.
https://www12.senado.leg.br/noticias/glossario-legislativo/
promulgacao#:~:text=%C3%89%20o%20instrumento%20que%20declara,ocorre
%20simultaneamente%20com%20a%20san%C3%A7%C3%A3o.
https://www.cmdc.sp.gov.br/texto/12
Livro: Direito Civil, Cesar Paulo Augusto de Castro Fiuza, 2015.
tps://www.congressonacional.leg.br/legislacao-e-publicacoes/glossario-legislativo/-/le

https://brasilescola.uol.com.br/amp/historiag/codigo-hamurabi.htm#amp_tf=De
%20%251%24s&aoh=16985976739466&csi=1&referrer=https%3A%2F%2Fwww.google.com

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