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Resumo: O artigo aborda o problema do regime supletivo aplicável aos contratos de autorização ferroviária
previstos na Lei nº 14.273/2021. Por meio da análise dos dispositivos normativos pertinentes e de
pesquisa bibliográfica, utilizando-se de metodologia indutiva, chegou-se à conclusão de que se trata de
contrato administrativo de direito privado.
Palavras-chave: Direito Econômico. Infraestrutura. Contrato. Autorização ferroviária. Lei nº
14.273/2021.
Sumário: 1 Introdução – 2 O contrato de adesão para autorização ferroviária na Lei nº 14.273/2021 – 3
A infraestrutura ferroviária na constituição da República Federativa do Brasil: a questão da titularidade
e os regimes jurídicos constitucionalmente possíveis de exploração – 4 Conclusão – Referências
1 Introdução
O ano de 2021 foi bastante profícuo para o setor ferroviário no Brasil, trazendo
esperanças para aqueles que apostam na diversificação da matriz de transportes
e no incremento do transporte ferroviário como meios eficientes para a promoção
do desenvolvimento nacional sustentável.1
É sabido que a infraestrutura ferroviária nacional encontra-se estagnada há
vários anos. Em 2020 o país contava com apenas 15% de participação no transporte
de grandes volumes de mercadoria e insumos, enquanto o transporte rodoviário
contava com 65% de participação. O Brasil tem apenas 29 mil quilômetros de
ferrovias, sendo que apenas 20 mil estão operacionais, número bastante enxuto
em comparação com outros países de dimensões continentais, como os Estados
1
Em comparação com o modelo de transporte predominante no país atualmente (rodoviário), o transporte
ferroviário oferece diversas vantagens, tais como: custo e impacto ambiental reduzidos, baixo índice de
acidentes, segurança, etc.
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Unidos (293.564 km), China (124.000 km) e Rússia (87.157 km), ou mesmo
países menores, como a Alemanha (43.468 km).2
Visando alterar positivamente este cenário, por meio da atração de investimentos
privados no setor de infraestrutura ferroviária, foi editada, em 30.08.2021, a Medida
Provisória nº 1.065, que versa, dentre vários outros aspectos, sobre as autorizações
para particulares construírem, investirem e explorarem ferrovias de competência
da União; autorização esta condicionada à prévia adesão do particular a contrato
com o Ministério da Infraestrutura.
Referida medida provisória pareceu, em um primeiro olhar, dar sinais de que
poderia atingir sua finalidade. Até 24.12.2021 o Ministério da Infraestrutura já havia
recebido 64 pedidos de autorização, que equivaleriam a 180 bilhões de reais em
investimentos projetados.3
Posteriormente, em 14.10.2021, foi editada a Portaria nº 131 do Ministério
da Infraestrutura, que regulamentou os requerimentos de autorização, tendo sido
disponibilizada, no sítio eletrônico do Ministério, inclusive, a minuta padrão do
contrato de adesão que deveria ser celebrado como condição para a obtenção da
autorização.4
Às vésperas do esgotamento do prazo de eficácia da MP (28.10.2021), o
Congresso Nacional prorrogou sua vigência até 06.02.2022, na forma do art. 62,
§7º, da Constituição da República.
Entrementes, em 23.12.2021, foi publicada a Lei nº 14.273/2021, o “Novo
Marco Legal do Transporte Ferroviário”, que entrou em vigor no dia 07.02.2021 (45
dias após sua publicação, nos termos do art. 1º da Lei de Introdução às Normas
do Direito Brasileiro – LINDB), resultado da sanção pelo Presidente da República
do Projeto de Lei nº 3.754/2021, iniciado no Senado.
Tal lei também aborda a exploração da infraestrutura ferroviária por particulares
mediante autorização antecedida de contrato, de maneira bastante similar à MP nº
1.065/2021, com algumas alterações e detalhamentos pontuais.
Atualmente a MP nº 1.065/2021 perdeu a validade. Sem embargo, os pedidos
de autorização ferroviária formulados durante a vigência da MP deverão permanecer
por ela regidos, salvo se for editado decreto legislativo pelo Congresso Nacional
em sentido diverso, nos termos do art. 62, §§3º e 11, CR.
2
OLIVEIRA, Pedro Ivo de. Ministério da Infraestrutura entregará planos de logística até 2050. Agência
Brasil, Brasília, 22 de outubro de 2020. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/
noticia/2020-10/ministerio-da-infraestrutura-entregara-planos-de-logistica-ate-2050. Acesso em: 6 jan.
2022.
3
BARROS, Rafaella. Governo recebeu 64 pedidos de autorizações ferroviárias. Poder 360, 26 de dezembro
de 2021. Disponível em: https://www.poder360.com.br/brasil/governo-recebeu-64-pedidos-de-autorizacoes-
ferroviarias/. Acesso em: 6 jan. 2022.
4
Disponível em: https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transporte-terrestre/programa-de-
autorizacoes-ferroviarias/modelo-contrato-de-adesao-31-08-2021.docx/. Acesso em: 6 jan. 2022.
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A Lei nº 14.273/2021, por sua vez, encontra-se em pleno vigor, devendo reger
as futuras relações jurídicas estabelecidas entre particulares e poder público no
que concerne às autorizações ferroviárias.
Referido diploma detalha o regime jurídico básico da autorização para exploração
da infraestrutura ferroviária e de seu respectivo contrato de adesão, porém não
esclarece, de maneira expressa, qual é o regime jurídico supletivo aplicável a tal
espécie contratual: se o regime jurídico de direito público previsto nas Leis nº
8.666/93 e nº 14.133/2021, ou o regime jurídico de direito privado previsto no
Código Civil, ainda que com algumas derrogações ou temperanças decorrentes de
uma parcela mínima inderrogável de direito público. Este é o problema central a
ser enfrentado neste artigo.
As cláusulas contratuais da minuta padrão disponibilizada no site do Ministério
da Infraestrutura tampouco resolvem o problema. A cláusula 2.1 da aludida minuta
apenas dispõe que:
5
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. 7. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2011. p. 428-429.
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Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se
por culpa dele, responderá por perdas e danos.
Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da prestação
devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo que assegure,
quanto possível, o valor real da prestação.
Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar
excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários
e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar
retroagirão à data da citação.
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Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar equitativamente as condições
do contrato.
Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, poderá ela pleitear que a
sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de executá-la, a fim de evitar a onerosidade excessiva.
7
Neste caso, pode-se cogitar na resolução contratual por impossibilidade, ou na resolução ou revisão
contratual por onerosidade excessiva. Para um aprofundamento contemporâneo em tais noções, ver:
MARTINS-COSTA, Judith; COSTA E SILVA, Paula. Crise e perturbações no cumprimento da prestação: estudo
de direito comparado luso-brasileiro. São Paulo: Quartier Latin, 2020. p. 156-167; 182-234.
8
Trata-se de exemplo de hipótese de frustração do fim do contrato, que ocorre quando a prestação objeto
do contrato, apesar de não sofrer alterações quantitativas ou qualitativas e ainda ser possível de ser
executada, perde seu sentido e razão de ser em virtude da frustração de sua finalidade comum, extraída a
partir da causa do contrato (COGO, Rodrigo Barreto. A frustração do fim do contrato: o impacto dos fatos
supervenientes sobre o programa contratual. Rio de Janeiro: Renovar, 2012. p. 168-169). Apesar de não
estar contemplada expressamente no Código Civil, trata-se de hipótese capaz de conduzir à resolução
ou à revisão do contrato decorrente da principiologia contratual, de acordo com o Enunciado 166 da III
Jornada de Direito Civil do CJF: “A frustração do fim do contrato, como hipótese que não se confunde com
a impossibilidade da prestação ou com a excessiva onerosidade, tem guarida no Direito brasileiro pela
aplicação do art. 421 do Código Civil”.
9
Com a resilição, “Confere-se o poder extraordinário de se desligar unilateralmente antes do término de um
prazo previsto. [...] são preservados os efeitos já produzidos pelo contrato e, a partir de então, a relação
jurídica será extinta. Por isso, a resilição opera com eficácia ex nunc sobre a relação jurídica. Além disso,
nalguma medida, a resilição atinge o próprio contrato, ao desconstituir o futuro eficacial que havia sido
anteriormente previsto pelas partes” (LEONARDO, Rodrigo Xavier. A denúncia e a resilição. Críticas e
propostas hermenêuticas ao art. 473 do CC/2002 brasileiro. Revista de Direito Civil Contemporâneo, vol.
7, ano 2016, p. 4, versão digital).
10
Não se está tratando aqui do Direito do Consumidor, que possui disciplina bem mais regulada dos contratos
de adesão de consumo, mas de contratos civis e empresariais de adesão, que são regulados pelo Código
Civil.
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11
ARAGÃO, Alexandre Santos de. Atividades privadas regulamentadas: autorização administrativa, poder de
polícia e regulação. Revista de Direito Público da Economia – RDPE, Belo Horizonte, ano 3, n. 10, abr./jun.
2005, p. 11-14, versão digital.
12
BRASIL, Supremo Tribunal Federal. ADI nº 1.668, Rel. Min. Edson Fachin, DF, publicado no DJ em 23.03.2021.
13
ARAGÃO, op. cit., p. 20.
14
CÂMARA, Jacintho Arruda. Quem tem medo das autorizações no serviço público? Disponível em:
https://www.jota.info/opiniao-e-analise/colunas/publicistas/quem-tem-medo-das-autorizacoes-no-servico-
publico-21092021. Acesso em: 10 jan. 2022.
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SCHMIDT-ASSMANN, Eberhard. Cuestiones fundamentales sobre la reforma de la Teoría General del Derecho
Administrativo. In: J. BARNES (ed.). Innovación y reforma en el Derecho Administrativo. Sevilla: Instituto
Nacional de Administración Pública, 2012. p. 38-39.
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16
ARAGÃO, 2005, p. 3.
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17
JUSTEN FILHO, 2011, p. 434.
18
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella (org.). Direito Privado Administrativo. São Paulo: Atlas, 2013. p. 15.
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“Se examinado o direito positivo, verifica-se ser muito frequente que normas de ordem pública, algumas
até de natureza constitucional, derroguem o direito comum, para assegurar, mesmo nas relações de direito
privado em que a Administração Pública é parte, algumas prerrogativas e privilégios, bem como para impor-
lhe uma série de restrições.
A posição de desigualdade pode ser maior ou menor e nem sempre é favorável à Administração Pública; esta
é limitada uma finalidade que decorre explícita ou implicitamente da lei; por uma forma, nem sempre exigível
nas relações entre particulares; por regras de competência; por procedimentos especiais não obrigatórios
para particulares; e por uma série de princípios próprios do direito administrativo, como os da legalidade,
impessoalidade, razoabilidade, motivação, publicidade, segurança jurídico, interesse público, continuidade.
Essas restrições todas não desaparecem pelo fato de a Administração utilizar institutos de direito privado.
Às vezes, os desvios impostos ao direito privado asseguram prerrogativas à Administração, como o juízo
privativo, o poder de controle, a autotutela, a autoexecutoriedade” (DI PIETRO, 2013, p. 15).
20
SCHMIDT-ASSMANN, 2012, p. 59-69.
21
MARQUES NETO, Floriano de Azevedo. Regulação estatal e autorregulação na economia contemporânea.
Revista de Direito Público da Economia – RDPE, Belo Horizonte, ano 9, n. 33, p. 73-88, jan./mar. 2011,
p. 74.
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22
Ibid., p. 74-75; 79-80.
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4 Conclusão
Ao logo deste texto buscou-se responder ao problema da definição do regime
jurídico supletivo aplicável ao contrato de adesão para exploração da infraestrutura
ferroviária, inaugurado pela Medida Provisória nº 1.065/2021 e atualmente regulado
exclusivamente pela Lei nº 14.273/2021.
Em primeiro lugar, foi exposto o regime jurídico básico, expressamente
desenhado, com diferenças pontuais, na MP nº 1.065 e na Lei nº 14.273, tendo
sido verificado que referido regime conjuga notas características de direito público
e de direito privado.
Dentre as características de direito público encontradas, podem ser listadas
as seguintes: possibilidade de interferência e fiscalização da parte contratante,
previsão de sanções administrativas em face do contratado, garantida a observância
do devido processo legal administrativo, e a possibilidade excepcional de assunção
da atividade pelo Poder Público mediante indenização ao particular por meio de
decaimento.
De direito privado, o contrato de autorização ferroviária possui os seguintes
elementos: a livre-iniciativa para o desempenho da atividade (qualquer particular
pode apresentar requerimento para autorização ferroviária, sendo bastante limitada a
discricionariedade administrativa para o indeferimento da autorização); a propriedade
privada dos bens e investimentos aplicados na atividade, sem reversibilidade; e
o exercício da atividade por conta e risco do particular, sem direito a reequilíbrio
econômico-financeiro.
Verificou-se que a Constituição contempla a possibilidade de exploração de
ferrovias em regime jurídico de direito público, por meio de concessões e permissões,
mas também em regime jurídico de direito privado, através de autorizações,
outorgando ao Poder Público competência para decidir entre um regime ou outro, de
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modo que a Administração pode servir-se do direito privado para melhor consecução
do interesse público.
E, de fato, analisando-se alguns objetivos previstos na Lei nº 14.273/2021
(art. 4º, IV, V, VII), a estratégia dá sinais de estar funcionando, considerando que
em dezembro de 2021 já haviam tramitado perante o Ministério da Infraestrutura
64 pedidos de autorização ferroviária, equivalentes a mais de 180 bilhões de reais
em investimentos projetados, que correspondem a mais de 20 vezes o orçamento
do Ministério em 2021.23
A Lei nº 14.273/2021, em consonância com a Constituição da República,
prevê que a exploração da infraestrutura ferroviária pode ser realizada de forma
direta pelo Poder Público, ou indireta, mediante autorização ou concessão, sendo
esta em regime de direito público e aquela em regime de direito privado.
No caso do contrato de autorização ferroviária notou-se, ainda, que os
principais elementos definidores do tipo contratual ostentam características de
direito privado, o que torna incompatível com referido tipo contratual a aplicação
supletiva das Leis nºs 8.666/93 e 14.133/2021. Os elementos de direito público
presentes no regime jurídico básico desenhado na MP nº 1.065/2021 e na Lei nº
14.273/2021 decorrem da regulação econômico-social (art. 174, CR) incidente
sobre o ordenamento setorial ferroviário, entendida sob uma renovada maneira de
enxergar o papel da Administração Pública e sua relação com os sistemas jurídico,
político, econômico e social.
The legal regime of the adhesion agreement for the exploration of railway infrastructure on law
14.273/2021
Abstract: The article addressed the problem of the supplementary regime applicable to railway
authorization contracts on Law 14.273/2021. Through the analysis of the relevant normative provisions
and bibliographic research, using an inductive methodology, it was concluded that it is an administrative
contract of private law.
Keywords: Economic Law. Infrastructure. Contract. Railway authorization. Law 14.273/2021.
Referências
ARAGÃO, Alexandre Santos de. Atividades privadas regulamentadas: autorização administrativa,
poder de polícia e regulação. Revista de Direito Público da Economia – RDPE, Belo Horizonte, ano
3, n. 10, abr./jun. 2005.
23
BARROS, Rafaella. Governo recebeu 64 pedidos de autorizações ferroviárias. Poder 360, 26 de dezembro
de 2021. Disponível em: https://www.poder360.com.br/brasil/governo-recebeu-64-pedidos-de-autorizacoes-
ferroviarias/. Acesso em: 6 jan. 2022.
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em 23.03.2021.
CÂMARA, Jacintho Arruda. Quem tem medo das autorizações no serviço público? Disponível em:
https://www.jota.info/opiniao-e-analise/colunas/publicistas/quem-tem-medo-das-autorizacoes-
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COGO, Rodrigo Barreto. A frustração do fim do contrato: o impacto dos fatos supervenientes sobre
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DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella (org.). Direito Privado Administrativo. São Paulo: Atlas, 2013.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. 7. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2011.
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Acesso em: 6 jan. 2022.
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