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Os direitos dos casais homoafetivos:

adoção e casamento
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Publicado por Leonardo Gominho há 4 anos

OS DIREITOS DOS CASAIS HOMOAFETIVOS: ADOÇÃO E


CASAMENTO

Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior[1] (FACESF)

Junior-luiz99@hotmail.com

Leonardo Barreto Ferraz Gominho[2] (Estácio FAL)

ferrazbar@hotmail.com
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RESUMO

Na contemporaneidade, é notória a problemática da adoção por pares


homossexuais diante de questões preconceituosas e arcaicas. Com o
passar dos tempos, a sociedade foi acatando cada vez mais a ideia dos
casais homoafetivos, um fator que resultou nessa aceitação foi a
globalização, em que as redes sociais foram usadas para desmistificar
:
essa ideia, a partir de então, a adoção na família homoafetiva se
tornou um ponto de debate em flagrante desrespeito em relação ao
princípio da dignidade da pessoa humana, podemos iniciar a
desenvoltura da problemática acerca da omissão do Estado, em
legislar leis específicas no caso específico. Dessa forma, poder
assegurar com efetividade os direitos não só do casal, mas também do
adotado. Não há lei que regulamente o casamento homoafetivo, o que
se tem atualmente são precedentes acerca da problemática, pelo
Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça, o que
assegura o direito aos casais em firmarem o contrato do casamento
civil, embora o Estado seja omisso no que diz respeito na garantia do
exercício ao direito da cidadania e da dignidade da pessoa humana.
Além desse ponto, uma grande parcela da população ainda
permanece com um pensamento retrógrado e alienado a uma ideia de
família que não mais existe, um conceito arcaico que já foi superado
há muito tempo. O objetivo do presente artigo é demostrar o que se
passa perante a nossa sociedade, que, em partes, tenha aceitado a
homoafetividade ainda é contrária a adoção por parte do casal.

PALAVRAS CHAVE:

Família; Adoção na família homoafetiva; Omissão do Poder


Legislativo; Preconceito homofóbico.

1 INTRODUÇÃO

É do nosso conhecimento que o direito nasce dos fatos sociais que


estão em constante evolução, o que faz com que não seja estático,
pois tem que acompanhar este progresso e buscar possíveis soluções.
E é assim que surgem os assuntos polêmicos, como é o caso do
:
casamento e da adoção por casais homoafetivos, tema bem atual que
enfrenta certa oposição, eis que gera muitas preocupações em grande
parcela da população, no que diz respeito aos possíveis prejuízos ao
desenvolvimento do adotado.

Trata-se, porém, de um tema muito complexo, que enfrenta muitos


obstáculos, vez que se depara com preconceitos preestabelecido, em
que para muitos afeta a moral e os bons costumes. A Constituição
Federal de 1988[3], o Estatuto da Criança e do Adolescente[4] (Lei
Federal n.º 13.105/1990) e o Código Civil[5] têm como objetivo
garantir e assegurar os direitos e os deveres da criança e do
adolescente e de seus pais ou representantes legais, sem esquecermos
do Estado, então, essa problemática, deve ser resolvida de maneira
sociável, não continuando com os preceitos existentes.

O poder familiar, por sua vez, assegura a criança e ao adolescente, no


caso deste estatuto adotado, a assistência financeira e psicológica
necessária ao seu desenvolvimento, no que proporciona a etimologia
família, seja ela, matrimonial, informal, pluriparental, eudomonista,
parental, monoparental e homoafetiva, não esquecendo da dignidade
da pessoa humana como um dos princípios mais importantes para o
presente tema.

A recente geração cultural vem fazendo com que sociedade a


sociedade tenha ideias revolucionárias a respeito de certas
problemáticas, inclusive no campo do Direito das Famílias.
Entretanto, o preconceito histórico acerca da homoafetividade
persiste em nossa sociedade, o que afeta ainda mais a dificuldade
para a obtenção da adoção de crianças de adolescentes em nosso país.
:
Devemos ressaltar que a constituição que a Constituição Federal de
1988[6] prevê a igualdade de direitos entre os cidadãos e,
especialmente no artigo 226, estabelece que a família é a base da
sociedade e, por essa razão, tem especial proteção do Estado.

Em que pese a omissão expressiva do Poder Legislativo no âmbito


Federal, considerando que esta problemática na sociedade há um
bom tempo tem sido discutido e ignorada diante de pretensões
eleitoreiras, o que faz com que os políticos e autoridade em geral se
esqueçam dos princípios inerentes a proteção familiar. Assim, deixam
de elaborar e providenciar normas que regulamentasse mitigasse essa
situação no nosso ordenamento jurídico.

Daí precisamos analisar efetivamente a adoção de crianças por casais


homoafetivos e os seus efeitos de ordem psicológica na orientação
sexual do adotado. Não podemos deixar de considerar também temor
da criança ser alvo de rejeição no meio social em que ele viverá.

Todavia, isso não é entendido como distanciamento desta


possibilidade, a adoção, mas, sim, respeitar o termo família, que hoje
não diz respeito apenas àquela concebida exclusivamente pelo
casamento, mas, sim, a concepção moderna permissiva e voltada ao
afeto.

Desta feita, podemos considerar o porquê do pensamento primitivo


homofóbico, em nossa sociedade, na clara intenção de combater essa
discrepância em nosso seio social. Passamos em seguida a fazer um
breve apanhado aos lineamentos históricos da compreensão aos
conceitos de família e na sua contemporaneidade.
:
2 DO CONCEITO DE FAMÍLIA E A SUA
CONTEMPORANEIDADE

A ideia de família que temos hoje, não é mais a mesma que outrora
existiu, vivemos em uma incansável mudança social e jurídica acerca
do tema em analise, pois o conceito de família agora não mais é só a
formada pelo matrimonio do homem com a mulher, sendo uma fora
arcaica e repudiante na atualidade.

A evolução se deu através da luta pela igualdade entre os indivíduos e


pela valorização da dignidade da pessoa humana, conquistas estas
que se encontram estabelecida em nosso ordenamento jurídico.

O modelo patriarcal foi abolido, não por completo, pois ainda existem
pessoas que preservam esse modelo, sendo empregado um modelo
igualitário, onde todos os membros devem ter suas necessidades
atendidas e a busca da felicidade de cada indivíduo passou a ser
essencial no ambiente familiar, agora não mais sendo se fazer
necessário a figura do casamento entre homem e mulher para se ter a
formação da família.

Tal mudança se deu pelo princípio da dignidade da pessoa humana,


em que hoje há uma proteção maior a pessoa em si, a sua felicidade e
aos seus direitos individuais, observando a coletividade também. Não
há mais a obrigatoriedade do casamento, hoje as pessoas podem
divorciar de forma imediata, caso queiram, inclusive, sem o
consentimento da família, o que não era visto na antiguidade, pois
aqui o chefe de família perdeu seu espaço de imposição de regras, a
felicidade prevalece.
:
Em face da evolução que passamos, não há que se falar em modelo
familiar milenar, digamos assim, hoje muito se critica a nova forma
de família que é através da união entre pessoas do mesmo sexo,
porém, o elemento que cria a família é a vontade dos envolvidos,
munidos pela felicidade, então, outros modelos de família tem-se
preconceito, mas não tanto quanto a homoafetiva, exemplo de outros
modelos são as famílias monoparentais e as advindas da união
estável, hoje ambos os institutos são reconhecidos em nosso
ordenamento jurídico, em que identificamos nos parágrafos 3º e 4º,
do artigo 226, da Carta Magna[7].

Sobre a relação histórica da evolução da família na sociedade, assim


como leciona Sílvio de Salvo Venosa[8]:

Entre os vários organismos sociais e jurídicos, o conceito, a


compreensão e a extensão de família são os que mais se alteraram no
curso dos tempos. Neste século XXI, a sociedade de mentalidade
urbanizada, embora não necessariamente urbana cada vez mais
globalizada pelos meios de comunicação, pressupõe e define e define
uma modalidade conceitual de família bastante distante daquela
regulada pelo Código Civil de 1916 e das civilizações do passado.
Como uma entidade orgânica, a família deve ser examinada,
primordialmente, sob o ponto de vista exclusivamente sociológico e
afetivo, antes de o ser como fenômeno jurídico. No curso das
primeiras civilizações de importância, tais como a assíria, hindu,
egípcia, grega e romana, o conceito de família foi de uma entidade
ampla e hierarquizada, retraindo-se hoje, para o âmbito quase
exclusivo de pais e filhos.

A monogamia sustentada pela igreja desempenhou um papel de


:
impulso social em benefício da prole, ensejando o exercício do poder
paterno. A família monogâmica converte-se, portanto, em um fator
econômico de produção, pois esta se restringe quase exclusivamente
ao interior dos lares, nos quais existem pequenas oficinas. Essa
situação vai reverter somente com a Revolução Industrial, que faz
surgir um novo modelo de família. Com a industrialização, a família
perde sua característica de unidade de produção. Perdendo seu papel
econômico, sua função relevante transfere- se ao âmbito espiritual,
fazendo-se da família a instituição na qual mais se desenvolvem os
valores morais, efetivos, espirituais e de assistência recíproca entre os
seus membros.

De acordo, com a doutrina acima conseguimos observar que a


instituição familiar desde o início da humanidade, até nos dias atuais,
vem se moldando, dando-lhes novas características e fundamentos
éticos e afetivos.

Todavia a família não é abordada apenas em uma única formação,


existem várias classificações ou entidades familiares, sendo assim,
não podemos nos prender a um pensamento estagnado, mas sim
evoluirmos juntamente com a sociedade, respeitando sempre a maior
conquista obtida ao longo do tempo, que foi a liberdade, não só no
casamento como também em todos os seguimentos da sociedade.
Passaremos a esclarecer as classificações e as entidades familiares a
seguir.

3 AS ENTIDADES FAMILIARES NA CONSTITUIÇÃO


FEDERAL DE 1988[9]

Com o advento da constitucionalização do Direito Civil, trazida após a


:
promulgação da Carta Constitucional de 1988, o Direito das Famílias
sofreu grandes modificações, passando a ser interpretado em sua
relação com a Constituição Federal de 1988 e não com os dispositivos
constitucionais adequando-se aos dispositivos da codificação[10]. O
constituinte, estabeleceu parâmetros disciplinadores do
reconhecimento da família como base da sociedade, disciplinando
seus efeitos e as obrigações do Estado de proteção a família, bem
como, equiparou-lhe algum instituto, dando-lhes a designação de
entidades familiares.

Antigamente, somente o casamento merecia a proteção


constitucional, como único e exclusivo modelo de formação familiar,
fonte de direitos e de obrigações recíprocas, assim consagrados nas
Cartas Políticas que antecederam a atual.

A Constituição Federal de 1988, porém, estabeleceu uma nova ordem


jurídica, promovendo substanciais inovações, mormente no campo
do Direito das Famílias, especialmente no que concerne a amplitude
do conceito de entidade familiar, de tal modo que no seu bojo, foram
abrigados não somente o casamento, a sociedade conjugal legalmente
formada pelo homem e pela mulher, como também a união estável e
a chamada família monoparental.

Dessa forma, a existência de uma união entre pessoas do mesmo


sexo, que se baseia na felicidade, deve ser reconhecida como entidade
familiar, em observância dos princípios constitucionais.

Observa-se que o novo ordenamento proporcionou uma proteção


ainda maior à família, eis que respeitadas das diversas formas em que
foi constituída e a sua destinação; para fins deste estudo será
:
analisada a família homoafetiva no transcorrer deste estudo e
realizados esses esclarecimentos, passaremos a abordar a finalidade
da família.

4 A FINALIDADE DA FAMÍLIA

O direito de família no Brasil atravessa um período turbulento, deixa


a família de ser percebida como mera instituição jurídica para
assumir feição de instrumento para a promoção da personalidade
humana, mais contemporânea e afinada com o princípio
constitucional da dignidade da pessoa humana.

A família é responsável por promover o desenvolvimento e a


educação de seus filhos, influenciando um bom comportamento dos
mesmos no meio social e cultural dentro de uma sociedade. É no seio
familiar que são transmitidos os valores morais e sociais que servirão
como base para o processo de aquisição, socialização da criança e do
adolescente, bem como normas, tradições e os costumes perpetuados
através de gerações[11].

É dentro do ambiente familiar que deve existir segurança, confiança,


harmonia, bem-estar, afetos, proteção e todo o tipo de apoio. É
possível identificar dois graus de proximidades de famílias, a nuclear
e a extensa. A nuclear composta por pais e filhos, enquanto que a
extensa é composta pelos avôs, tios, primos, parentes. Podendo ser
flexível alguns desses membros morarem ou não no mesmo
ambiente[12].

Desta maneira, enfocamos as palavras de José Lamartine Correa de


:
Oliveira e Francisco José Ferreira Muniz[13] a respeito da família:

A família transforma-se no sentido de que se acentuam as relações de


sentimentos entre os membros do grupo: valorizam-se as funções
afetivas da família, que se torna o refúgio privilegiado das pessoas
contra a agitação da vida nas grandes cidades e das pressões
econômicas e sociais. É o fenômeno social da família conjugal, ou
nuclear ou de procriação, onde o que mais conta, portanto, é a
intensidade das relações pessoais de seus membros.

Percorrida esta etapa devemos analisar, e principalmente entender,


que a Constituição Federal de 1988[14], o Estatuto da Criança e do
Adolescente[15] (Lei Federal n.º 13.105/1990) e o Código
Civil[16]preveem como um de seus objetivos garantirem e assegurar
os direitos e os deveres da criança e dos adolescentes e de seus pais
ou representantes legais, sem esquecermos o Estado.

O primeiro ponto que devemos mencionar é o poder familiar,


instituto que assegura a criança e ao adolescente, no caso deste
estudo do adotado, a assistência financeira e psicológica necessária
ao seu desenvolvimento, no que proporciona a etimologia família,
seja ela, matrimonial, informal, pluriparental, eudomonista, parental,
monoparental e homoafetiva[17].

Antigamente esta visão era limitada a conceder amplos poderes aos


pais, aos quais tudo era permitido e aos filhos cabia aceitar a tutela,
por vezes abusivas.

Maria Berenice Dias[18] destaca que “de objeto de direito, o filho


:
passou a ser sujeito de direito”, e que “essa inversão ensejou a
modificação do conteúdo do poder familiar, em face do interesse
social que envolve”.

Todavia, a recente geração cultural vem fazendo com que a sociedade


tenha ideias revolucionárias a respeito de certas problemáticas,
inclusive no campo do Direito das Famílias, ramo do direito que mais
se atualizou ao longo dos últimos anos, especialmente após a
promulgação da Constituição Federal de 1988[19].

A finalidade da família é fundamental a construção do ser e, para


tanto, deve ser pautada em diversos princípios constitucionais, sendo
o principal deles o princípio da dignidade da pessoa humana, que
será analisado no transcorrer deste estudo.

5 O PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA[20]

O princípio da dignidade da pessoa humana exerce uma função


ordenadora, confere unidade e consistência ao ordenamento jurídico
brasileiro[21]. Tornou-se o fundamento de todo os sistemas dos
direitos fundamentais[22], de maneira que estes constituem
exigências[23], concretizações e desdobramentos da dignidade da
pessoa e que com base nesta é que devem ser interpretadas.

A despeito de se cogitar uma eventual relativização do direito à


dignidade em termos de sua normatização, a dignidade representa o
valor absoluto de cada ser humano; e, para se tornar viável a
dignidade humana, cabe ao Estado o dever de respeito em não violar
os direitos, a proteção em não permitir que os direitos sejam violados
:
e a promoção em proporcionar condições básicas para o pleno
exercício dos direitos fundamentais.

A renomada autora Maria Berenice Dias[24], estabelece o seguinte


entendimento:

Na medida em que a ordem constitucional elevou a dignidade da


pessoa humana a fundamento da ordem jurídica, houve uma opção
expressa pela pessoa, ligando todos os institutos a realização de sua
personalidade. Tal fenômeno provocou a despatrimonialização e a
personalização dos institutos, de modo a colocar a pessoa humana no
centro protetor do direito.

Percebe-se que o princípio da dignidade da pessoa humana não


representa apenas um limite a atuação do Estado, mas constitui
também um norte para a sua ação positiva. O Estado não tem apenas
o dever de abster-se de praticar atos que atentem contra a dignidade
humana, mas também o dever de promover essa dignidade através de
condutas ativas e positivas.

Observar a dignidade da pessoa humana[25] é agir de forma


respeitosa ao direito do outro de se autodeterminar, de gerir a sua
vida de forma que melhor de couber. Isso porque o ser humano deve
ser visto como um fim em si mesmo e não como meio para a proteção
dos interesses de outrem.

Diante dessas afirmações passaremos a abordar a união homoafetiva.

6 A UNIÃO E O CASAMENTO CIVIL HOMOAFETIVO


:
A união homoafetiva é tida como a união de pessoas do mesmo sexo
que tem o intuito de constituir uma família. Assim, a família
homoafetiva pressupõe a afetividade de seus membros e, claro,
devem ter o direito de ser reconhecida como família[26]. Devemos
entender que o afeto é o que legitima a família homoafetiva, como
qualquer outra entidade familiar a ter seus direitos resguardados pela
ordem jurídica positivada de maneira própria. Em que pese essa
evolução, o que podemos analisar diante da dogmática em relação à
homossexualidade e da família homoafetiva, é que os envolvidos
sofrem com o preconceito histórico judaico e cristão, que sob a
pretensão de aumentar a população humana, principalmente dos
seus crentes, perseguiu tal união. Assim, passaram a tratar a
homossexualidade como uma doença moral, patológica, sexual e não
como uma escolha sexual. Consequentemente, criando todo esse
preconceito que atualmente se busca reverter e trazer o respeito à
dignidade das pessoas[27].

Devemos ressaltar que a Constituição Federal de 1988[28] prevê a


igualdade de direitos entre os cidadãos e, especialmente no artigo
226, que estabelece que a família é a base da sociedade e, por essa
razão, tem especial proteção do Estado.

Desde que a Resolução n. 175/2013[29] do Conselho Nacional de


Justiça entrou em vigor, os cartórios ficaram obrigados a realizarem o
casamento civil, a união estável e até mesmo a converter a união
estável em casamento.

Essa resolução foi um avanço para a sociedade brasileira, pois, com


isso, criou-se a obrigatoriedade para que os casamentos fossem
realizados de maneira justa e dentro das formalidades que a lei exige.
:
Embora não seja lei, a resolução abriu margem para que os
legisladores pudessem tornar, de fato, lei e assegurar aos
homoafetivos os direitos que lhes são resguardados como cidadãos.

Antes da Resolução os casais precisavam ingressar com uma ação na


justiça para que a união fosse reconhecida, mas por vezes eram
negadas. No primeiro ano que a Resolução entrou em vigor foram
registrados cerca de 3.700 casamentos em todo país.

7 A ADOÇÃO: CONCEITO, EVOLUÇÃO HISTÓRICA E O


ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

A adoção é um dos ramos do Direito das Famílias que possivelmente


mais tenha sofrido alterações no decorrer do tempo, devido as
inúmeras leis que já regeram o tema anteriormente como o Código
Civil de 1916, Lei Federal nº 3.133/157, Lei Federal nº 4.655/1965,
Código de Menores – Lei 6.697/1979, e Estatuto da Criança e do
Adolescente – Lei Federal nº 8.069/1990, o que acabou gerando a
respeito do tema vários segmentos e entendimentos. Não bastando
todos esses regimentos acerca da Adoção, o Código Civil de 2002
tratou de sustentar todos os demais entendimentos, mas não se livrou
de mais um retalho, que foi a Lei Federal nº 12.010/2009, a Lei
Nacional da Adoção ou Nova Lei de Adoção, mostrando mais uma vez
que a Adoção é uma tema longe de ter uma certa segurança legislativa
no Brasil, o que se aguarda que aconteça com essa nova
legislação[30].

Em síntese, o que vemos é que o tema adoção, no que diz respeito a


menores e maiores, foi apresentada com maior solidez no Estatuto da
Criança e do Adolescente encerrando a discussão que existia acerca
:
da dúvida de qual seria o regimento legal apropriado para o tema.
Desde então, todas as adoções, sendo de criança, adolescente e
adultos serão disciplinadas pelo Estatuto.

É importante salientar o conceito do instituto. No saber de Rubens


Limongi França[31]. A adoção é:

Um instituto de proteção à personalidade, em que essa proteção se


leva a efeito através do estabelecimento, entre duas pessoas – o
adotante e o protegido adotado – de um vínculo civil de paternidade
(ou maternidade) e de filiação.

Para Maria Berenice Dias[32], a adoção diz ser um “ato jurídico em


sentido estrito, cuja eficácia está condicionada à chancela judicial. A
adoção cria um vínculo fictício de paternidade-maternidade-filiação
entre pessoas estranhas, análogo ao que resulta da filiação
biológica”.

A nova lei preza que a adoção é uma disposição irrevogável e


excepcional, que só deve ser recorrida quando findo os meios de
manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa
(art. 39, § 1.º, do Estatuto da Criança e do Adolescente[33]). A
mesma norma em seu artigo 25 narra que família natural é a
comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus
descendentes e a família extensa ou ampliada é a que se estende para
além do âmbito pais e filhos ou da unidade do par, composta por
parentes próximos que as crianças/adolescentes conviva e mantenha
vínculos de afetividade e afinidade. Em síntese, o instituto adoção
deve ser visto como uma decisão irrevogáveis tal qual o
reconhecimento de paternidade.
:
Quanto à capacidade para adotar, o artigo 42, do Estatuto da Criança
e do Adolescente[34], disciplina que apenas a pessoa maior de 18
(dezoito) anos poderá adotar, independente de estado civil. Tal
norma foi modificada em cima do que já preceituava o antigo artigo
1618, do Código Civil de 2002[35], e da redução de 21 (vinte e um)
anos para 18 (dezoito) no tocante a maioridade civil. Frisando que é
chamada adoção unilateral a feita por somente uma pessoa.

Abordaremos em seguida sobre a possibilidade da adoção


homoafetiva.

8 A ADOÇÃO HOMOAFETIVA: AVANÇOS E DISCUSSÕES


SOBRE O DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO DO MENOR

A adoção realizada por duas pessoas, anteriormente chamada de


bilateral, passou a ser intitulada como adoção conjunta na redação do
parágrafo 2.º, do artigo 42, do Estatuto da Criança e do
Adolescente[36]. E para a mesma ser realizada é obrigatório que os
adotantes estejam casados civilmente ou em uma união estável,
reafirmada a estabilidade da família em questão. À frente da força do
reconhecimento de novas entidades familiares como casamento e a
união estável homoafetivos, será possível a adoção em tais casos, sem
nenhum tipo de discriminação e impedimento.

A adoção homoafetiva ainda é um tema que levanta muitas


polêmicas. Existiu um entendimento por tempos considerado como
majoritário, no entanto mudado nos últimos anos, que dizia que por
não se tratar de uma entidade familiar, a adoção por um casal
:
homossexual não seria possível. Desta forma, o Tribunal de Justiça
do Rio Grande do Sul[37] vinha compreendendo que existia a
viabilidade dessa forma de adoção, como mostra a seguinte ementa:

Apelação cível. Adoção. Casal formado por duas pessoas do mesmo


sexo. Possibilidade. Reconhecida como entidade familiar, merecedora
da proteção estatal, a união formada por pessoas do mesmo sexo,
com características de duração, publicidade, continuidade e intenção
de construir família, decorrência inafastável é a possibilidade de que
seus componentes possam adotar. Os estudos especializados não
apontam qualquer inconveniente em que crianças sejam adotadas por
casais homossexuais, mais importando a qualidade do vínculo e do
afeto que permeia o meio familiar em que serão inseridas e que as
liga aos seus cuidadores. É hora de abandonar de vez preconceitos e
atitudes hipócritas desprovidas de base científica, adotando-se uma
postura firme defesa da absoluta prioridade que constitucionalmente
é assegurada aos direitos das crianças e dos adolescentes (art. 227 da
Constituição Federal). Caso em que o laudo especializado comprova o
saudável vínculo existente entre as crianças e as adotantes.

Foi admito judicialmente do mesmo modo a adoção a casal


homoafetivo na Comarca de Catanduva, interior de São Paulo, que foi
de forma abrangente noticiada pela imprensa brasileira. E por essas
informações nota-se que foi uma adoção que logrou tanto êxito na
época, que o mesmo casal conseguiu uma segunda adoção.

Como vimos, houve uma significativa evolução quanto ao processo da


adoção homoafetiva, e o Superior Tribunal de Justiça[38] permitiu
esse tipo de adoção, conforme a decisão n. 432 do seu Informativo
que foi publicada e preceitua:
:
Menores. Adoção. União homoafetiva. Cuida-se da possibilidade de
pessoa que mantém união homoafetiva adotar duas crianças (irmãos
biológicos) já perfilhadas por sua companheira. É certo que o art. 1.º
da Lei n.º 12.010/2009 e o art. 43 do ECA deixam claro que todas as
crianças e adolescentes têm a garantia do direito à convivência
familiar e que a adoção fundada em motivos legítimos pode ser
deferida somente quando presentes reais vantagens a eles. Anota-se,
então, ser imprescindível, na adoção, a prevalência dos interesses dos
menores sobre quaisquer outros, até porque se discute o próprio
direito de filiação, como consequências que se estendem por toda
vida. Decorre daí que, também no campo de adoção na união
homoafetiva, a qual, como realidade fenomênica, o Judiciário não
pode desprezar, há que se verificar qual a melhor solução a privilegiar
a proteção aos direitos da criança. Frise-se inexistir aqui expressa
previsão legal a permitir também a inclusão, como adotante, do nome
da companheira de igual sexo nos registros de nascimento das
crianças, o que já é aceito em vários países, tais como a Inglaterra,
País de Gales, Países Baixos, e em algumas províncias da Espanha,
lacuna que não se mostra como óbice à proteção proporcionada pelo
Estado aos direitos dos infantes. Contudo, estudos científicos de
respeitadas instituições (a Academia Americana de Pediatria e as
universidades de Virgínia e Valência) apontam não haver qualquer
inconveniente na adoção por companheiros em união homoafetiva,
pois o que realmente importa é qualidade do vínculo e do afeto
presente no meio familiar que ligam as crianças a seus cuidadores. Na
específica hipótese, há consistente relatório social lavrado por
assistente social favorável à adoção e conclusivo da estabilidade da
família, pois é incontroverso existirem fortes vínculos afetivos entre a
requerente e as crianças. Assim, impõe-se deferir a adoção lastreada
nos estudos científicos que afastam a possibilidade de prejuízo de
:
qualquer natureza às crianças, visto que criadas com amor, quanto
mais verificado cuidar de situação fática consolidada, de dupla
maternidade desde os nascimentos, e se ambas as companheiras são
responsáveis pela criação e educação dos menores, a elas
competindo, solidariamente, a responsabilidade. Mediante o
deferimento da adoção, ficam consolidados os direitos relativos a
alimentos, sucessão, convívio, com a requerente em caso de
separação ou falecimento da companheira e a inclusão dos menores
em convênios de saúde, no ensino básico e superior em razão da
qualificação da requerente, professora universitária. Frisa-se, por
último, que, segundo estatística do CNJ, ao consultar-se o Cadastro
Nacional de Adoção, poucos são os casos de perfiliação de dois
irmãos biológicos, pois há preferência por adotar apenas uma
criança. Assim, por qualquer ângulo que se analise a questão, chega-
se à conclusão de que, na hipótese, a adoção proporciona mais do que
vantagens aos menores.

Nos anos seguintes surgiram outras decisões, sobretudo a decisão do


Supremo Tribunal Federal que afirma que a união homoafetiva é
família, entendendo não existir qualquer empecilho para a adoção
por casais homossexuais. Isso foi ratificado pelo próprio Tribunal
que, no mês de março de 2015, conservou decisão que permitiu um
casal homoafetivo a adoção de uma criança, sem preocupação com a
idade da mesma. A Ministra Carmen Lúcia ressaltou o direito
subjetivo de casais homossexuais de formar uma família autônoma,
“entendida esta, no âmbito das duas tipologias de sujeitos jurídicos,
como um núcleo doméstico independente de qualquer outro e
constituído, em regra, com as mesmas notas factuais da
visibilidade, continuidade e durabilidade”[39].
:
O mesmo foi feito pelo Superior Tribunal de Justiça, em julgamento
publicado em seu Informativo n.º 567[40], que admitiu a viabilidade
de pessoa homossexual ser inserida na lista de adoção. De acordo
com a publicação:

A legislação não veda a adoção de crianças por solteiros ou casais


homoafetivos, tampouco impõe, nessas hipóteses, qualquer restrição
etária. Ademais, sendo a união entre pessoas do mesmo sexo
reconhecida como uma unidade familiar, digna de proteção do
Estado, não se vislumbra, no contexto do ‘pluralismo familiar’ (REsp
1.183.378/RS, DJe 1.º.02.2012), pautado nos princípios da igualdade
e da dignidade da pessoa humana, a possibilidade de haver qualquer
distinção de direitos ou exigências legais entre as parcelas
homoafetiva (ou demais minorias) e heteroafetiva da população
brasileira. Além disso, mesmo se se analisar sob o enfoque do menor,
não há, em princípio, restrição de qualquer tipo à adoção de crianças
por pessoas homoafetivas. Isso porque segundo a legislação vigente,
caberá ao prudente arbítrio do magistrado sempre sob a ótica do
melhor interesse do menor, observar todas as circunstâncias
presentes no caso concreto e as perícias e laudos produzidos no
decorrer do processo de adoção. Nesse contexto, o bom desempenho
e bem-estar da criança estão ligados ao aspecto afetivo e ao vínculo
existente na unidade familiar, e não à opção sexual do adotante.

Em contribuição ao questionamento, Roger Raupp Rios[41] nos traz


argumentos científicos que dizem respeito a adoção homoafetiva, que
são convincentes e merecem destaque:

De fato, as pesquisas psicológicas revelam que casais homossexuais


não diferem de casais heterossexuais no que diz respeito a criação de
:
seus filhos, além de rejeitar as hipóteses de confusão de identidade de
gênero, de tendência à homossexualidade e de dificuldade no
desenvolvimento psíquico e nas relações sociais de crianças cuidadas
por casais homossexuais (Patterson, Lesbianand gay parentes
andtheirchildren: Summaryofresearchfindings. In Lesbian and gay
parening: A resource for psychologists. Washngton: American
Psychological Association, 2004; Patterson, Gay fathers. In M. E.
Lamb (Ed.), The role of the father in child development. New York:
John Wiley, 2004; Perrin e Committee on Psychosocial Aspects of
Child and Family Health, Technical Report: Children in second-
parent adoption by same-sex parents. Pediatrics, 2002; Tasker,
Children in lesbian-led families – A review. Clinical Child Psychology
and Psychiatry, 4, 1999).

Dado que a finalidade da adoção é propiciar ao adotado as melhores


condições de desenvolvimento humano e de realização pessoal,
rejeitar esta possibilidade por casais homossexuais é restringir de
modo injustificado o instituto da adoção. Esta diminuição das
chances de encontrar ambiente familiar positivo viola frontalmente
os deveres de cuidado e de proteção da criança como pretexto para,
em prejuízo dela mesma, fazer prevalecer mais uma das
manifestações do preconceito heterossexista.

Retornando a decisão da Ministra Carmen Lúcia, acima mencionado,


houve o reconhecimento do direito de um casal homoafetivo adotar
uma criança. Foi a primeira vez que o Supremo Tribunal Federal se
posicionou favorável, o acórdão, referente a decisão, foi publicado no
dia 05 de março de 2015, fazendo com que o casal, Toni Reis e David
Harrad, transbordassem de alegria pela vitória dessa grande luta, que
já se prolongava na justiça desde 2005, quando houve o
:
reconhecimento por parte do tribunal. Tal decisão, torna o verdadeiro
sentido da família, real.

9 CONCLUSÃO

A igualdade é um traço marcante introduzido pela Constituição


Federal de 1988, tanto entre homens e mulheres, quanto à filiação,
aliás, obteve-se um avanço com relação as entidades familiares, hoje
já é reconhecida a união estável, a conversão em casamento , pelos
precedentes, o casamento civil e os familiares monoparentais, através
da Resolução n. 175/2013 do Conselho Nacional de Justiça, e com o
julgado da Ministra Carmen Lúcia, abriu precedente para os demais
pais homossexuais adotarem seus filhos.

A homoafetividade é uma realidade cada vez mais presente na


sociedade, pois as demandas envolvendo cidadãos com esta
orientação afetiva tem aumentado consideravelmente, ao passo que
casais homoafetivos, vem buscando assegurar os seus direitos como
qualquer outra pessoa dada como normal em sociedade.

O presente artigo tratou da adoção na família homoafetiva, que se


encontra, infelizmente, anda em constante preconceito junto ao
Poder Legislativo, até porque de acordo com os aspectos históricos,
vimos as mutações inerentes ao tema e fica clara a falta de interesse
do legislativo em disciplinar claramente a adoção ao casal
homoafetivo, diante de uma bancada conservadora e politiqueira,
onde uns visam a obtenção de votos e outros a perca em caso de
aprovação.
:
Assim o Estado, que deveria cumprir o seu papel de assegurar os
direitos e garantir o bem-estar de seus governados acaba por os
deixar vulneráveis, simplesmente por falta de interesse em
sistematizar normas que disciplinem os direitos das minorias.

Entretanto, mesmo com o preconceito inerente, a família


homoafetiva vem reconhecendo direitos, mesmo diante do
preconceituoso Poder Legislativo e da preconceituosa sociedade, a
qual ainda persegue os homoafetivos com até o risco de morte pelos
homofóbicos mais distintos, condutas cada vez mais comum no
cenário atual.

Por consequência da escolha da opção sexual, os casais homoafetivos


enfrentam dificuldades para o deferimento do pedido de adoção e do
reconhecimento dos demais direitos inerentes, tal qual o casamento.

Contudo, tal preconceito vem sendo mitigado, principalmente pela


necessidade de evoluir. O Direito reconhece a todos o direito de
constituir uma família, de dar um lar, carinho, amor, afeto e,
também, de obter herdeiros, resguardar bens e proteger como um
todos os seus cidadãos. Para nossa Constituição Federal todos são
dignos e todas são pessoas com igualdade de direitos e passíveis de
ser hábitos para obter a adoção.

O Estatuto da Criança e do Adolescente disponibiliza todas as


habilitações, independente da opção sexual, para que todos consigam
o deferimento da adoção. E vislumbra a grande necessidade da
criança ou o adolescente ter assegurado um lar, uma família que
transbordem em afeto e que possa garantir a sua dignidade.
:
Não devemos esquecer que existem crianças negligenciadas, sem lar e
em muitos casos são abandonados até mesmo por sua família de
origem e acabam por não terem reconhecido qualquer direito,
deixando, portanto, um ser em formação sem qualquer assistência,
sem se resguardar sequer a integridade física ou moral da criança.

Todavia, atualmente as mudanças e a evolução judiciária são muito


relevantes, pois, evidencia que o indivíduo tem a sua
responsabilidade, todos necessitam dar e receber afeto, ser
respeitado, e o cuidar de uma criança agora é para todos, não só para
a mulher, tendo em vista que no mundo contemporâneo cabe ao casal
a assistência aos filhos de maneira como convier.

Ainda assim, existe o preconceito, que enfatiza que o papel do


homem é distinto do permissivo a mulher. No entanto, ambos têm a
mesma responsabilidade com o filho.

Por igual razão, a homoafetividade vem à tona, procurando o Poder


Judiciário com intuito de obter seus direitos igualitários, direito estes
que são adquiridos ao nascer, o direito da dignidade da pessoa
humana, onde o mesmo se encontra disposto no inciso III, do artigo
1º, da Constituição Federal do Brasil de 1988.

Precisamos atuar para que possamos assegurar os direitos e as


garantias fundamentais como a igualdade, pois vivemos em um país
democrático e os Poderes tão pouco estão se importando para com os
cidadãos, pois o preconceito e a hierarquia não deixam flexibilizar os
projetos de lei.
:
A família homoafetiva vem gradativamente ganhando
reconhecimento jurídico e também social, a luta para amenizar o
preconceito ainda persiste, mas aos poucos o casal homoafetivo vem
ganhando a guarita judicial. O direito reconhecido em ser uma
entidade familiar já foi o primeiro passo, o reconhecimento nas
demais disposições familiares já vêm sendo realizada.

Não devemos esquecer o interesse de alguém que está sem família, à


mingua, esquecido em orfanatos, geralmente abandonados, são essas
as pessoas que tem direito a uma vida digna, e, se existem pessoas
interessadas em dar um lar, dar amor, porque reprimir esse desejo? O
Poder Legislativo tem obrigação de tomar providências efetivas para
sanar este problema. Indagar que o homossexualismo é uma
patologia e que isso influencia na vida do adotado é um total absurdo,
até porque a opção sexual é inerente de cada um.

Ademais, não é tão simples adquirir a adoção em nosso ordenamento


jurídico, pois para a caracterização do mesmo existem uma série de
requisitos a serem cumpridos, os quais são avaliados por uma equipe
multidisciplinar, tudo isso para assegurar o bem-estar do adotando, e
apenas com avaliação favorável será concedida ou não a adoção.

Enfim, o que deve ser feito é o Poder Legislativo se debruçar na


hermenêutica e observar os valores principiológicos para a
constituição de leis específicas para tentar solucionar a problemática,
e resguardar os direitos da família homoafetiva, eis que a felicidade
que se busca é subjetiva, ou ainda, se há possibilidade jurídica
baseada nos direitos fundamentais do ser humano, bem como aos
princípios da proteção integral à criança, dignidade da pessoa
humana, da igualdade, do pluralismo e da não-discriminação, o que
:
permite que a sociedade contemporânea tenha uma visão mais crítica
da realidade em que vivemos.

10 REFERÊNCIAS

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[1] Acadêmico de Direito da Faculdade de Ciências Humanas e Exatas


do Sertão do São Francisco.

[2] Graduado em Direito pela Faculdade de Alagoas; Pós-graduado


em Direito Processual Civil pela Universidade do Sul de Santa
:
Catarina; Especialista e Mestre em Psicanálise Aplicada à Educação e
a Saúde pela UNIDERC/ANCHIETA; Mestre em Ciências da
Educação pela Universidad de Desarrollo Sustentable; Advogado;
Professor de Direito.

[3] BRASIL. Constituição da Republica Federativa do Brasil


de 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituição/Constituição.ht
m>. Acesso em: 21 nov. 2017.

[4] BRASIL. Lei Federal n.º 8.069, de 13 de julho de 1990. Estatuto


da Criança e do Adolescente. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069Compilado.htm>.
Acesso em: 21 nov. 2017.

[5] BRASIL. Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Código Civil.


Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm>.
Acesso em:21 nov. 2017.

[6] BRASIL. Constituição da Republica Federativa do Brasil


de 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituição/Constituição.ht
m>. Acesso em: 21 nov. 2017.

[7] BRAVO, Maria Celina; Souza, Mário Jorge Uchôa. As entidades


familiares na constituição. Jus Navegandi. Disponível em:
<https://jus.com.br/artigos/2665/as-entidades-familiares-na-
constituição>. Acesso em: 20 mar. 2018.
:
[8] VENOSA, Silvio de Salvo. Direito civil. v. 6. ed. atual. São Paulo:
Atlas S.A, 2014, p. 03.

[9] NOGUEIRA, Mariana Brasil. A família: conceito e evolução


histórica e sua importância. Disponível em:
<http://www.buscalegis.ufsc.br/revistas/files/anexos/18496-18497-
1-PB.pdf>. Acesso em: 01 abr. 2018.

[10] BRAVO, Maria Celina; Souza, Mário Jorge Uchôa. As


entidades familiares na constituição. Jus Navegandi.
Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/2665/as-entidades-
familiares-na-constituição>. Acesso em: 20 mar. 2018.

[11] FOUCAULT, Michel. O vínculo conjugal. In: história da


sexualidade. Rio de Janeiro: Graal, 1985, pp. 86-152.

[12] ZARIAS, Alexandre. A família do direito e a família no


direito: a legitimidade das relações sociais entre a lei e a justiça.
Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo: Editora ANPOCS, v.
25, n. 74, 2010, pp. 61-76.

[13] OLIVEIRA, José Lamartine Correa de; MUNIZ, Francisco José


Ferreira. Curso de direito de família. 4. ed. Curitiba: Juruá,
2002, p. 13.

[14] BRASIL. Constituição da Republica Federativa do Brasil


de 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituição/Constituição.ht
m>. Acesso em: 21 nov. 2017.
:
[15] BRASIL. Lei Federal n.º 8.069, de 13 de julho de 1990. Estatuto
da Criança e do Adolescente. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069Compilado.htm>.
Acesso em: 21 nov. 2016.

[16] BRASIL. Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Código Civil.


Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm>.
Acesso em: 21 nov. 2017.

[17] DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias. 4. ed.


São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007, pp. 52-53.

[18] DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias. 4. ed.


São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007, p. 344.

[19] MATIAS, Erick da Silva; GOMINHO, Leonardo Barreto Ferraz.


Do direito de ser família: homoafetividade em foco. Disponível
em: <https://jus.com.br/artigos/47121/do-direito-de-ser-
familiaahomoafetividade-em-foco>. Acesso em: 21 nov. 2017.

[20] LEMISZ, Ivone Ballao. O princípio da dignidade da pessoa


humana. Disponível em:
<http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/5649/O-principio-da-
dignidade-da-pessoa-humana>. Acesso em: 16 mar. 2018.

[21] BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. 8. ed.


São Paulo: Malheiros, 1999, pp. 136.
:
[22] CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de direito processual
civil. v. 1. 21. ed. Lúmen Júris, 2011, p. 261.

[23] CARVALHO, Kildare Gonçalves. Direito constitucional. 17.


ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2011, p. 174.

[24] DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias. 3.


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[25] BRASIL. Constituição da Republica Federativa do Brasil


de 1988. Disponível em:
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m>. Acesso em: 21 nov. 2017.

[26] PORTAL MIGALHAS. Direitos homoafetivos: STF reconhece


união homoafetiva. Disponível em:
<http://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI132610,11049-
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[27] BRASIL. Lei Federal n.º 8.069, de 13 de julho de 1990. Estatuto


da Criança e do Adolescente. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069Compilado.htm>.
Acesso em: 21 nov. 2017.

[28] BRASIL. Constituição da Republica Federativa do Brasil


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<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituição/Constituição.ht
m>. Acesso em: 14 nov. 2017.
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[29] BRASIL. Resolução nº 175, de 14 de maio de 2013. Conselho
Nacional de Justiça. Disponível em:
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[30] BRASIL. Lei Federal nº 12.010, de 03 de agosto de 2009. Lei


Nacional da Adoção. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
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[31] FRANÇA. Rubens Limongi. Instituições de direito civil. v. 5.


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[32] DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro. vol.


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[33] BRASIL. Lei Federal n.º 8.069, de 13 de julho de 1990.


Estatuto da Criança e do Adolescente. Disponível em:
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[34] BRASIL. Lei Federal n.º 8.069, de 13 de julho de 1990.


Estatuto da Criança e do Adolescente. Disponível em:
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Acesso em: 21 nov. 2017.

[35] BRASIL. Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Código Civil.


Disponível em:
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[36] BRASIL. Lei Federal n.º 8.069, de 13 de julho de 1990.


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[37] BRASIL. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO


GRANDE DO SUL. Apelação cível 70013801592. 7.ª Câmara
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[38] BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Informativo nº 432.


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[39] BRASIL. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Recurso


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[40] BRASIL. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Informativo


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[41] RIOS, Roger Roupp. Adoção por casais homossexuais:


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2017.

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1 0

Leonardo Gominho
Advogado e Professor Universitário

Possui graduação em Direito pela Faculdade de Alagoas (2007); Pós-Graduado em Direito


Processual Civil pela Universidade do Sul de Santa Catarina (2010); Especialista e Mestre em
Psicanálise Aplicada à Educação e a Saúde pela UNIDERC (2013); Mestre em Ciências da
Educação pela Universidad de Desarrollo Sustentable (2017); Tem experiência na área de
Direito, com ênfase em Direito das Obrigações, das Famílias, das Sucessões, além de dominar
Conciliações e Mediações. Professor da Faculdade de Ciências Humanas e Exatas do Sertão do
São Francisco - FACESF -, desde agosto de 2014.

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Wander Barbosa Advogados
Artigos • há 2 anos

Casal homoafetivo pode adotar?

Uma pergunta que muitos ficam em dúvida é: no Brasil, um casal do mesmo sexo pode
adotar uma criança? A resposta para esta dúvida é: sim, é possível e permitido por lei.
Desde Março de 2015, a adoção…

Leonardo Petró de Oliveira


Artigos • há 5 anos

Os vários "tipos" de família

" Família, família Papai, mamãe, titia" (Família, Titãs) É inegável a importância da família
para a sociedade. É nela que é depositado carinho e compreensão que cada membro dela
necessite. Também é…

Schumacker Andrade
Artigos • há 6 anos

Quais são os direitos de casais homoafetivos?

O STF equiparou os direitos e deveres de casais homoafetivos com os de casais


heterossexuais, incorporando para os homossexuais novos direitos civis. Desta forma, a
união homoafetiva é reconhecida…

Tribunal de Justiça do Paraná


Jurisprudência • há 12 anos

Tribunal de Justiça do Paraná TJ-PR - Apelação Cível: AC XXXXX PR XXXXX-9

APELAÇÃO CÍVEL. HABILITAÇÃO PARA ADOÇÃO. CASAL HOMOAFETIVO. PRELIMINAR DE


ILEGITIMIDADE ATIVA AFASTADA. POSSIBILIDADE DO RECONHECIMENTO DE UNIÕES
HOMOAFETIVAS COMO ENTIDADES FAMILIARES. AUSÊNCIA DE VEDAÇÃO LEGAL.
ATRIBUIÇÃO POR ANALOGIA DE NORMATIVIDADE SEMELHANTE À UNIÃO ESTÁVEL
PREVISTA NA CF/88 E NO CC/02 . …

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