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Art. 2º. A ALIANÇA é um organismo de identidade batista e caráter ecumênico, cujo objetivo
é a formação de uma rede de indivíduos e instituições visando à concretização da liberdade
e dos princípios que historicamente identificam o movimento batista. Como tal, a ALIANÇA
é soberana em suas decisões, não estando sujeita a qualquer igreja, instituição ou
autoridade denominacional.
Parágrafo único. Tendo em vista a consecução dos seus objetivos, a ALIANÇA poderá criar
órgãos, departamentos, comissões ou até mesmo outras organizações, regidas por
estatutos próprios que não poderão, todavia, contrariar os termos deste estatuto.
Art. 3º. Levando em consideração a vocação pessoal e comunitária de seus membros para
serem discípulos e discípulas de Jesus Cristo, servos e servas em comunhão com os
demais cristãos no mundo, a ALIANÇA elege como princípios norteadores:
I. a liberdade do indivíduo para ler e interpretar as Escrituras Sagradas;
II. a liberdade da igreja local para, sob a autoridade de Jesus Cristo, organizar sua própria
vida e missão, elegendo homens e mulheres para a sua liderança, conforme seus carismas
e ministérios;
III. a relação ecumênica com todo o corpo de Cristo manifesto nas várias tradições cristãs, a
cooperação e o diálogo inter-religioso;
IV. o estilo de liderança marcado pelo serviço, pela equidade, pela colegialidade e pela
colaboração de todo o povo de Deus, segundo o modelo de Jesus;
V. a educação teológica nas igrejas locais, faculdades e seminários, caracterizada pela
mediação da palavra de Deus e pela investigação acadêmica responsável;
VI. a proclamação das Boas Novas de Jesus Cristo a todos os povos e o chamado de Deus
à fé, à reconciliação, à esperança e à promoção de todas as formas de justiça que
assegurem a dignidade da vida e a integridade da criação;
VII. a liberdade religiosa para todas as pessoas e a separação institucional entre igreja e
estado, rejeitando qualquer tentativa da igreja ou do estado de usarem-se reciprocamente
para os seus próprios interesses.
Art. 4º. Para a realização dos princípios referidos no artigo anterior, a ALIANÇA procurará,
por todos os meios lícitos e compatíveis com a ética cristã:
I. desenvolver uma espiritualidade integral em todas as suas práticas;
II. promover oportunidades de relacionamento dentro e fora da própria ALIANÇA, buscando
a plena reconciliação proporcionada pelo Evangelho de Cristo;
III. celebrar a diversidade da vida e da humanidade em todas as suas formas, respeitando
as diferenças e promovendo o diálogo;
IV. Promover o acolhimento dos feridos, ignorados e marginalizados pela igreja, adotando
uma postura deliberadamente inclusiva e oferecendo a graça e a hospitalidade de Deus a
todas as pessoas;
V. defender a causa dos empobrecidos e proscritos da sociedade;
VI. lutar pela justiça com e para os oprimidos;
VII. empreender todos os esforços necessários para o cuidado do planeta;
VIII. trabalhar incansavelmente em prol dos direitos humanos e da paz com justiça;
IX. honrar a sabedoria e o aprendizado contínuo;
X. zelar pela manutenção da equidade, colegialidade e a diversidade em suas estruturas e
organizações.
Art. 5º. A ALIANÇA é composta por igrejas, movimentos, instituições e indivíduos que
comungam dos mesmos princípios e objetivos referidos neste estatuto, admitidos pela
Diretoria ad referendum da Assembléia Geral.
§ 1º. São considerados membros efetivos aqueles cuja admissão já houver sido
referendada pela Assembléia Geral;
§ 2º. Enquanto a sua admissão não houver sido referendada pela Assembléia Geral, os
membros da ALIANÇA estarão impedidos de exercer os direitos elencados nos incisos I e III
do art. 6º deste estatuto.
§ 4º. Aquele que for, a um só tempo, representante de uma igreja, movimento ou instituição
ligada à ALIANÇA e membro, individualmente, da própria ALIANÇA, participará da
Assembléia Geral ou como membro da ALIANÇA, ou como representante da entidade,
sendo vedada a possibilidade de, acumulando a condição de membro de ambas as
entidades, vir a votar duplamente.
§ 5º. O peso da votação de indivíduos, igrejas, movimentos e instituições será definido em
Regimento Interno da ALIANÇA.
Art. 8º. Havendo justo motivo, a critério da Assembléia Geral, poderá ser promovida a
exclusão ou o desligamento de membro da ALIANÇA, assegurando-se-lhe o contraditório e
a ampla defesa.
§ 2º. Da decisão acerca da exclusão, referida no caput deste artigo, caberá recurso para a
Assembléia Geral Ordinária subsequente, que a reformará ou a ratificará em caráter
definitivo.
§ 3º. O recurso previsto no parágrafo anterior deverá ser interposto pelo interessado, junto à
Diretoria da ALIANÇA, até o prazo de 90 (noventa) dias antes da realização da Assembléia
Geral ordinária subsequente àquela em que se deu a exclusão, sob pena de preclusão.
§ 4º. Enquanto aguarda a nova decisão mencionada no § 2º deste artigo, o membro estará
impedido de exercer os direitos referidos no art. 6º, acima.
Art. 9º. A Assembléia Geral, órgão soberano da ALIANÇA, é constituída dos membros
efetivos (art. 5º, § 1º) em pleno gozo de seus direitos estatutários, a ela competindo:
I. eleger a Diretoria e o Conselho Fiscal;
II. destituir membros da Diretoria e do Conselho Fiscal;
III. deliberar e decidir quanto à exclusão referida no art. 8º e respectivos parágrafos deste
estatuto;
IV. reformar, no todo ou em parte, este estatuto;
V. deliberar e decidir acerca da alienação, aquisição, transferência, oneração ou permuta de
bens patrimoniais, ouvido o Conselho Fiscal;
VI. deliberar e decidir sobre a extinção da ALIANÇA, nos termos do art. 26 deste estatuto;
VII. aprovar as contas, ouvido o Conselho Fiscal;
VIII. aprovar o regimento interno;
IX. apreciar os relatórios da Diretoria e dos demais órgãos, departamentos, comissões e
organizações previstos no art. 2º, parágrafo único;
X. deliberar sobre programas apresentados pela Diretoria ou por qualquer membro da
ALIANÇA;
XI. deliberar e decidir acerca dos casos omissos neste estatuto.
Art. 10. A Assembléia Geral realizar-se-á ordinariamente uma vez a cada dois anos e
extraordinariamente sempre que convocada:
I. pelo Presidente;
II. pela Diretoria;
III. pelo Conselho Fiscal, ou
IV. por requerimento de 1/5 dos seus membros efetivos.
§ 1º. A convocação da Assembléia Geral se fará por meio de edital do qual se dará ampla
publicidade, com antecedência mínima de 90 (noventa) dias.
§ 2º. Salvo quando outro for o prazo fixado neste estatuto, a Assembléia Geral
Extraordinária será convocada com antecedência mínima de 20 (vinte) dias por meio de
edital do qual constará, necessariamente, a matéria a ser apreciada, não se admitindo a
discussão ou a decisão acerca de questão estranha àquela mencionada na convocação.
§ 3º. O quorum para a Assembléia Geral Ordinária será maioria simples dos membros em
primeira convocação ou qualquer número de membros presentes em segunda convocação,
30 (trinta) minutos depois. Para Assembléia Geral Extraordinária, o quorum será de 2/3
(dois terços) dos membros em primeira convocação e 1/3 (um terço) dos membros em
segunda convocação, 30 (trinta) minutos depois.
Art. 11. A Diretoria será eleita pela Assembléia Geral dentre os membros da ALIANÇA para
o mandato de dois anos, vedada mais de uma reeleição consecutiva para qualquer um dos
cargos, e será constituída por:
I. um Presidente;
II. um Vice-Presidente;
III. Primeiro e Segundo Secretários;
IV. Primeiro e Segundo Tesoureiros.
§ 1º. Nos impedimentos ou faltas eventuais, suceder-se-ão na ordem dos incisos deste
artigo.
Art. 19. O Conselho Fiscal será composto por 3 (três) membros e respectivos suplentes,
todos membros da ALIANÇA, eleitos pela Assembléia Geral nos termos do art. 9º, I deste
estatuto.
§ 2º. Em caso de vacância, o mandato será assumido pelo respectivo suplente, até o seu
término.
Art. 21. As atividades dos membros da Diretoria e do Conselho Fiscal não serão
remuneradas, sendo-lhes vedado o recebimento de qualquer gratificação, bonificação ou
vantagem.
CAPÍTULO IV – DO PATRIMÔNIO
Art. 24. Os membros não poderão alegar ou reivindicar direitos sobre o patrimônio da
ALIANÇA.
Art. 25. Em caso de dissolução da ALIANÇA, nos termos do Art. 26. deste estatuto, o
patrimônio remanescente passará ao Conselho Latino-Americano de Igrejas (CLAI),
ressalvados os direitos de terceiros.
Art. 27. A ALIANÇA não concederá avais, fianças e não prestará ou assumirá quaisquer
tipos de garantias e/ou obrigações estranhas às suas finalidades.
Art. 28. Os membros da ALIANÇA não respondem, nem mesmo subsidiariamente, pelas
obrigações e encargos sociais da instituição, nem a ALIANÇA responde, de igual modo,
pelas obrigações assumidas por seus membros.
Art. 29. A ALIANÇA não responderá, nem mesmo subsidiariamente, pelas obrigações
contraídas por outras organizações religiosas ou instituições denominacionais.
Art. 30. O presente estatuto poderá ser reformado a qualquer tempo, pelo voto de 2/3 (dois
terços) dos membros efetivos presentes à Assembléia Geral Extraordinária convocada
unicamente para este fim, com antecedência mínima de 90 (noventa) dias.
Art. 31. Em suas deliberações, a ALIANÇA recorrerá, sempre que cabível, às regras
parlamentares adotadas pela Convenção Batista Brasileira.
§ 2º. Os incisos II e III deste artigo serão aplicados exclusivamente pela Assembléia Geral,
ouvida a Diretoria e assegurando-se ao interessado o direito da ampla defesa e do
contraditório;
§ 4º. Não se aplica o disposto neste artigo aos casos de mera divergência doutrinária,
ideológica ou de opinião.
Art. 34. Este estatuto, visado em conformidade com o art. 1º, § 2º da Lei 8.906/94 pela Dra.
(....) e aprovado pela Assembléia Geral da ALIANÇA em 25/08/2006, entra em vigor na data
de sua aprovação, revogando-se as disposições em contrário.