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Colegiado Escolar : Es
ABRANCHES, Mônica. Colegiado Escolar: Espaço de Participação da comunidade. São Paulo: Cortez, 2003.
Capitulo 1 a 4 e conclusões.
Resumo:
Capítulo 1 - Democratizando as relações sociais na educação: participação e descentralização.
Os anos 80 são marcados com abertura política, redemocratização das relações sociais e políticas, debates sobre
universalização de direitos, descentralizações, participações e cidadania.
A constituição de 1988 reformula o Estado, distribuindo competências entre os poderes centrais, regionais e locais.
Há uma descentralização do poder, ou seja, uma transferência de autoridade legal e política. A descentralização
governamental desloca do poder federal para outras esferas até mesmo para a sociedade civil, e a participação dos
cidadãos nas decisões políticas passa a ser um fato.
A regionalização consiste na transferência de serviços federais para estados e municípios. A estadualização é a
designação de poderes para os estado e a municipalização, o fortalecimento dos municípios, articulado de varias
forças do município e a sociedade civil. Estes dois últimos aprimoram a descentralização.
A descentralização tem o objetivo de aproximar os cidadãos e instituições publicas,. Implica a existência de
pluralismo, ação compartilhada Estado/sociedade/produção-de-bens/serviços pública. Isso só é possível quando
existe autonomia local emanado na coletividade e não no Estado.
Os problemas da educação passam pelos projetos educacionais e são ligados a crise do Estado.
As soluções passam a ser a participação social nos processos educacionais públicos.
Pacheco, 1995, diz que a crise do ensino público deve-se a atuação do Estado, sistema desarticulado e gigante, sua
estrutura burocrática que transforma rede de ensino em organizações complexas e não solucionam diretamente os
problemas, além disso, falta transparência orçamentária.
Para Cassassus, 1990, esta descentralização debilita focos de poder e fortalece o Estado.
Para Abranches, a participação dos civis para repensar a atuação e induzir mudanças numa nova cultura política
popular estabelece convívio socializando o político. Os conflitos geram trocas de informações e experiências, novos
espaços públicos, aprendizagem política, tomadas de conhecimentos dos problemas políticos governamentais,
políticos, os conflitos entre poder e sociedade civil das demandas comunitárias, forma a identidade coletiva
necessária à participação social e a democracia.
A participação da comunidade, a chamada de administração colegiada na escola pública é vista como:
Para Hannah Arendt, a escola um espaço público, lugar de ação e de liberdade, onde cada indivíduo ganha sentido
na construção de um mundo comum. Deve se refletir, sobre o paradigma,que no mesmo momento, o mundo
moderno, há uma dissolução do espaço público, de uma sociedade despolitizada onde impera o individualismo,
interrupção da comunicação dos indivíduos da formação de opiniões e conflitos, perde-se a liberdade.
A escola deve ser o lugar da visibilidade onde cada um pode ser reconhecido e apreendido, o diálogo deve
possibilitar construir interações políticas.A ação do homem, livres e iguais,produzindo eventos e fatos no espaço
político, de poder falar, tomar iniciativas, provocar reações, a preocupação não com o Eu mas com o mundo.
3- do aprendizado político adquirido na experiência colegiado propicia um aprendizado político onde os indivíduos
entram em contato com a estrutura burocrática do poder público, dinâmicas e estratégias da atuação nas políticas
sociais. A representatividade gera responsabilidade em prol de um grupo. Os pais acabam criando instrumentos para
informar a comunidade para assegurar e conhecer decisões tomadas. O espaço público e a participação nas
questões coletivas imprime um pensar em conjunto em prol do bem estar coletivo. É o reconhecimento da
responsabilidade dos indivíduos pelo mundo.
Resumo:
Ensino fundamental de nove anos: teoria e prática na sala de aula Capa comum – 10 junho 2009
Para além das questões legais e burocráticas de implantação e implementação da Lei nº
11.274/2006, já que caberá ao professor a responsabilidade de “fazer dar certo”, na prática, o
objetivo dos autores da obra é justamente dialogar com esse profissional que vai atuar com os
pequenos; é levantar questões que consideram mais urgentes no que diz respeito,
principalmente, ao desenvolvimento do trabalho do professor com a criança de seis e sete anos,
respeitando exatamente as especificidades de cada idade. Nesse sentido, o primeiro capítulo do
livro discute a entrada da criança de seis anos na escola sob o ponto de vista legal. No capítulo 2,
são apresentados os problemas acerca do direito da criança à infância e à educação e sua
entrada no primeiro ano.
A autora do capítulo 3 indica a necessidade de repensar o espaço e o tempo vivenciado pela
criança no contexto escolar, propondo a articulação entre as áreas do conhecimento. No capítulo
seguinte, é analisada uma proposta didática para o desenvolvimento do trabalho com a criança
de seis anos, deixando claro que os princípios pedagógicos que irão nortear esse primeiro ano,
assim como os demais, devem ser pautados na construção do conhecimento e não na
acumulação de informações; por fim, o capítulo 5 retrata a importância das brincadeiras no
universo da sala de aula, propondo diferentes atividades lúdicas.
Lançado em 1981, este livro é um dos melhores materiais para quem quer iniciar o estudo a
respeito da psicogênese da língua escrita
A investigação acadêmica organizada por Emilia Ferreiro a respeito da alfabetização, iniciada
em 1979, revolucionou o jeito de ensinar as crianças a ler e escrever e fez da autora uma
referência mundial sobre o tema.
O livro Reflexões sobre Alfabetização (104 págs., Ed. Cortez, tel. 11/3864-0111, 15 reais),
lançado em 1981, é um dos melhores materiais concebidos pela educadora argentina para quem
quer iniciar o estudo das pesquisas realizadas por ela a respeito da psicogênese da língua escrita.
Trata-se da síntese das principais contribuições de Emilia para a história e as descobertas sobre a
alfabetização.
Porém é importante que o leitor passeie pelas refl exões propostas no texto com olhos e
pensamento atentos, pois irá deparar-se com saberes infantis sofi sticados e engenhosos, que
surpreendem muito ao mostrar quão originais (e nem um pouco mecânicas) são as construções
cognitivas que os pequenos são capazes de realizar.
O texto instiga o educador e dá subsídios para que ele questione sua prática e revitalize o modo
de compreender o ensino, inaugurando uma maneira inédita de alfabetizar: a autora transfere a
investigação do jeito de ensinar para o que tem de ser aprendido, com foco nas concepções que
as crianças têm sobre o sistema de escrita, e prioriza a análise das produções infantis.
Mergulhar nas informações sobre a pré-história das elaborações infantis a respeito das marcas da
linguagem expressas no mundo que nos rodeia acende uma luz defi nitiva sobre a alfabetização:
diante de construções tão inteligentes, somos convidados a construir uma escola igualmente
inteligente! E, ao sabermos o que as crianças pensam e como pensam, permitimos que sejam
abertos novos caminhos: torna-se um compromisso inadiável entender cada vez mais e melhor
como esses processos funcionam para planejar as aulas de alfabetização.
Trecho do livro
"Temos uma imagem empobrecida da língua escrita: é preciso reintroduzir, quando
consideramos a alfabetização, a escrita como sistema de representação da linguagem. Temos
uma imagem empobrecida da criança que aprende: a reduzimos a um par de olhos, um par de
ouvidos, uma mão que pega um instrumento para marcar e um aparelho fonador que emite sons.
Atrás disso há um sujeito cognoscente, alguém que pensa, que constrói interpretações, que age
sobre o real para fazê-lo seu. Um novo método não resolve os problemas. É preciso reanalisar as
práticas de introdução da língua escrita, tratando de ver os pressupostos subjacentes a elas, e até
que ponto funcionam como fi ltros de transformação seletiva e deformante de qualquer proposta
inovadora. Os testes de prontidão também não são neutros. (...) É sufi ciente apontar que a
'prontidão' que tais testes dizem avaliar é uma noção tão pouco científi ca como a 'inteligência'
que outros pretendem medir."
Por que ler
- Aproxima o leitor da pesquisa que representou uma revolução conceitual na alfabetização,
colocando o foco naquele que aprende.
- Apresenta o percurso pelo qual as crianças elaboram suas próprias idéias sobre o sistema de
escrita.
- Fornece elementos para compreender por que a escola tem formado analfabetos funcionais.
- Expõe exemplos de como se dá o pensamento infantil sobre o sistema de escrita, demonstrando
a originalidade e a provisoriedade dessas concepções.
- Convida o educador à consciência da dimensão política da alfabetização, entendida como
ferramenta de construção de cidadania.
Para Hoffmann, o trajeto a ser percorrido, quando praticamos a avaliação, é impulsionado pelo inusitado,
pelo sonho, pelo desejo de superação, pela vontade de chegar ao objetivo/destino que vai sendo traçado,
assim como quando realizou o caminho a Santiago de Compostela, na Espanha. Da mesma forma, avaliar
necessita da conversa uns com os outros, para compartilhar dos sentimentos de conquista, da compreensão
das setas.
Avaliar tem o sentido de avançar, promover (acesso ao nível superior de aprendizagem por meio de uma
educação digna (qualitativa) e de direito de todos os serem humanos. A finalidade da avaliação é promover a
evolução da aprendizagem dos educandos e a promoção da qualidade do trabalho educativo.
A avaliação reflexiva (repensar os princípios de avaliação que regem a escola em conjunto) pode
transformar a realidade avaliada e a escola e sociedade não precisam mudar para esta avaliação.
Avaliação mediadora é um processo interativo, de troca de mensagens e de significados, de confronto que
assumem caráter permanente de mobilização e provocação. O avaliador se compromete.
Mediação da expressão do conhecimento: os conceitos construídos pelos aprendizes acompanham a própria
dinâmica do processo de aprendizagem e estão em constante evolução. O conjunto de instrumentos
analisados favorecerá a uma visão processual e complementar dos conhecimentos expressos pelos alunos.
A predominância da avaliação escolar é tradicional (elitista, classificatória e acelerada)
Para onde vamos:
DE PARA
Avaliação para classificação, seleção, Avaliação a serviço de aprendizagem, da
seriação. formação, da promoção a cidadania.
Atitude reprodutora, alienadora, Mobilização em direção à busca de
normativa. sentido e de significado da ação.
Intenção prognóstica, somática, Intenção de acompanhamento
explicativa e de desempenho. permanente de mediação e intervenção
pedagógica favorável aprendizagem.
Visão centrada no professor e em Visão dialógica, de negociação,
medidas padronizadas de disciplinas referenciada em valores, objetivos e
fragmentadas. discussão interdisciplinar.
Organização homogeneizada, Respeito as individualidades, confiança
classificação e competição. na capacidade de todos, na interação e
socialização.
Regimes seriados - avaliação em etapas e tem a tendência de analisar cada etapa isoladamente.
Regimes não seriados - visam o acompanhamento longitudinal dos alunos, compromisso do corpo docente
que ultrapassa limites de tempo e divisão disciplinares e confia na capacidade de aprendizagem de todas as
crianças e jovens a partir de desafios e oportunidades que levem em conta a suas possibilidades e interesses.
Recuperação - retrocesso
Estudos paralelos - o conhecimento é construído sobe dúvidas e descobertas, retomadas, obstáculos e
avanços.
Conselho de classes
Ainda existe no perfil classificatório e serve para reclamações de professores e alunos. Momentos que
precisam ser repensados e em vez de justificar os resultados alcançados, deveriam buscar alternativas de
superação.
Tempo
Os projetos e planejamento devem ser flexíveis .
A mediação é aproximação, diálogo, acompanhamento do jeito e do modo de ser de cada aluno bem como
sua história pessoal e familiar. Nela o tempo do aluno deve ser respeitado, pois ele é o sujeito protagonista
de sua história e produtor de seu conhecimento.
Os aprendizes estão sempre evoluindo em diferentes ritmos à medida que o professor os provoca a
prosseguir sempre.
A Avaliação pode ser vista com dois enfoques:
de controle com cercamento
de controle com acompanhamento
Quando se acompanha para ajudar no trajeto, é necessário percorrê-lo junto, sentindo-lhes as dificuldades,
apoiando, sugerindo rumos adequados a cada aluno.
Delineando Objetivos: descrever as ações no sentido mais amplo em uma escola onde sua história é
respeitada, bem como os valores e sociais da comunidade onde está inserida e ainda uma profunda
compressão da realidade de suas alunos e professores, suas crenças, histórias e projetos de vida.
Plano epistemológico (etapas e limites do conhecimento humano): os alunos apresentam dificuldade para
solucionar situações de naturezas diferentes, saindo do caráter padronizados, é necessário que haja
um planejamento de atividades em sequência, ações interativas para que as diferentes hipóteses deses alunos
sejam confrontadas com a dos colegas e construam conceitos significativos.
O conteúdo: possuem um caráter de transversalidade. As respostas dos alunos são resultantes de uma
multiplicidade de informações, habilidades, valores e sentimentos. Desta forma, a análise do
desenvolvimento do aluno não pode ser fragmentada. O professor deve estar permanentemente atento às
concepções prévias dos alunos e sua maneira de expressar-se sobre elas para poder organizar questões e
situações-problema possíveis de envolverem os alunos.
A dinâmica no processo avaliativo: O processo avaliativo, em seu aspecto mediador, tem por finalidade
acompanhar, entender e favorecer a contínua progressão do aluno destas etapas: mobilização, experiência
educativa e expressão do conhecimento.
Investigação de concepções prévias
É preciso perceber a diferença entre a análise de "condições" prévias e de "concepções" prévias dos alunos
em processos avaliativos. A análise das concepções prévias é de natureza epistemológica e exige do
professor estudos específicos sobre o tema.
Os conhecimentos prévios apresentam alguns aspectos em comum, tais como:
a) São construções pessoais dos alunos, aprendidas a partir da sua vivência em determinada realidade sócio
cultural;
b) são construções incoerentes do ponto de vista científico, mas lógicas para o aluno que as construiu a partir
de certas predições que deram certo em seu meio;
c) são estáveis e resistentes a mudanças, persistindo apesar das orientações científicas permanecendo como a
resposta dada pelas pessoas mesmo após a sua escolaridade;
d) são, em geral compartilhadas por pessoas diferentes em termos de idade, de país, de origem;
e) nem sempre são verbalizadas pelos alunos, mas aparecem implícitas em suas ações e comentários,
exigindo interferências por parte dos professores para percebê-las;
f) essas construções dizem mais respeito à utilidade (das predições) do que à verdade, não havendo
preocupação em validá-las cientificamente.
Mediando a experiência educava
Mediar a experiência educativa significa acompanhar o aluno em ação-reflexão-ação. Acompanha-se o
aluno em processos simultâneos: de aprender (buscar novas informações), de aprender a aprender (refletir
sobre procedimentos de aprendizagem), de aprender a conviver (interagir com os outros), de aprender a ser
(refletir sobre si próprio enquanto aprendiz).
Otimização de espaços significativos: Consiste em ampliar oportunidades de interação com objetos de
conhecimento, diversificando as atividades e desenvolvendo-as de forma gradativa e complementar.
metodologias: são testes trabalhos e todas as formas de expressão do aluno que permitam acompanhar o seu
processo de aprendizagem. Tarefas avaliativas.
Critérios de correção de tarefa: estes critérios não serão alcançados pelo aluno pelo fato do professor
enunciá-los, mas pela continuidade do trabalho pedagógico. São critérios de correção de tarefas: A coerência
de argumentos, precisão do vocabulário, riqueza de idéias em um texto etc.
Não há critérios previamente definidos pelo professor, mas intenções de investigar as várias possibilidades.
Alguns cuidados na elaboração de tarefas avaliativas
Questões claras sem ambiguidade, dificuldade de leitura no nível adequado ao grupo
Questões dissertativas: não oferecer escolha de itens, evitar expressões como "dê sua opinião", ou "diga o
que pensa".
Questões objetivas: pode ser feita de forma descritiva ou alternativa
Questões de respostas certas e de Lacunas: a finalidade destas questões é a de investigar o conhecimento de
fatos específicos. Não são apropriadas à análise da compreensão do aluno de conhecimento complexos. O
professor deve formulá-las de forma que só possa haver uma resposta correta, deve evitar mutilar as frases a
completar, para que não haja a perda de sentido. Em questões de lacunas, é preferível colocar o espaço em
branco ao final da questão a pô-lo no começo. O professor precisa certificar-se de que o problema
apresentado ao estudante está bem explícito.
Questões Certo-Errado ou Falso Verdadeiro: a construção de uma questão certo-errado exige muita atenção
devido a ambigüidade e aos problemas decorrentes de entendimento causados. aconselha-se ao professor
usá-la com declarações que sejam incondicionalmente falsas ou verdadeiras, evitando o uso de declarações
longas e complicadas, com muitos detalhes. Deve evitar declarações que contenham expressões como:
muitas vezes, geralmente, habitualmente, bem como formulações negativas, confusas e capciosas.
Questões de Escolha Múltipla: é de todas as formas de itens objetivos a mais flexível e significativa em
termos da interpretação do professor porque permite a análise da compreensão do estudante sobre noções
complexas em várias dimensões.
Questões Combinadas: consiste em vários ítens de escolha múltipla. As instruções devem explicar com toda
a clareza as bases do processo de acasalamento. As premissas e respostas devem ser homogêneas no mesmo
ítem de acasalamento. O professor deve usar listas relativamente curtas de premissas e respostas.
Revisão dos testes e Tarefas
É importante que se possam identificar as questões mal redigidas antes que estas sejam incorporadas ao
instrumento que será entregue ao estudante.
Dossiês, Portfólios, Relatórios de Avaliação
Essas nomenclaturas se referem à organização de uma coletânea de registros sobre aprendizagens do aluno
que favorecem ao professor e aos próprios alunos e às famílias uma visão evolutiva do processo. A
organização de um dossiê / Portfólio significativo para o entendimento de uma concepção mediadora de
avaliação pois o seu significado não é demonstrativo ou ilustrativo de etapas de aprendizagem, mas
elucidativo e depende de uma escolha adequada e da clareza de seus propósitos. Se bem articuladas as
tarefas e as anotações os percursos individuais poderão ser acompanhados sem a rigidez de uma observação
padronizada.
2.(VUNESP/2013) Em uma determinada escola, os alunos são avaliados ao final do ano letivo para que a
equipe docente e a equipe gestora possam “montar” as turmas do ano seguinte, agrupando os alunos de
acordo com seu desempenho. Assim, conseguem organizar turmas com alunos fracos, regulares e com bom
desempenho.
Analisando essa prática, pode-se afirmar corretamente que, segundo Hoffmann (2001), esse é um exemplo
de
a) avaliação mediadora, com a qual se objetiva o desenvolvimento integral do aluno.
b) processo avaliativo construtivo, no qual educadores e educandos mobilizam seus conhecimentos.
c) equívoco na avaliação, pois não constitui uma experiência educativa para os educandos.
d) sondagem diagnóstica imprescindível para o desenvolvimento pleno dos alunos.
e) avaliação em seu sentido dialético, que possibilita a troca de experiências.
3.Na compreensão da avaliação, enquanto relação de diálogo entre professor e aluno, o conhecimento deve
ser entendido, de acordo com Hoffman , como:
a) o domínio pelo professor do saber a ser transmitido.
b) a aquisição pelo aluno do saber transmitido pelo professor.
c) a apropriação do saber pelo aluno e também pelo professor.
d) a ampliação do saber do aluno, a partir da transmissão do professor.
e) os acertos do aluno frente às questões que lhe são propostas pelo professor.
Avaliação mediadora: uma relação na construção do conhecimento. Série Ideias nº 22, SP, FDE
Obs: Este artigo é um resumo que fiz através dos meus estudos sobre o assunto, matéria destinada a quem
está estudando para o concurso público PEB I de Guarulhos, e outros concursos com a seguinte bibliografia:
HOFFMAN, Jussara. Avaliação mediadora: uma relação dialógica na construção do conhecimento. In:
SE/SP/FDE. Revista Ideias, nº 22, pág. 51 a 59.
Primeiramente é necessário entender que a avaliação mediadora proposta por Hoffman não tem nada a ver
com a avaliação tradicional, a avaliação tecnicista que conhecemos atuante até os dias de hoje, é, ainda, muito
comum nas escolas brasileiras utilizarem aquela avaliação pautada em provas e atividades com nota, e essas
avaliações tem normalmente uma nota de corte para o educando ser considerado “capaz”, vamos dizer assim,
se de zero 0 a 10 o mínimo para ser aprovado é 5, se de “A” a “E” o mínimo é “C”, não é nada disso, é
totalmente o contrário, a avaliação mediadora é contra este tipo de avaliação, com provas, classificações,
métricas, ou seja, tudo que a educação comportamentalista tem de avaliação é considerado um erro e
ferramenta opressora. A avaliação mediadora vem com um contra-argumento a esses erros com uma
contraproposta. No ponto de vista da escola conservadora o bom aluno, o bom estudante é aquele que tira
boas notas, o professor transmite o conhecimento, verifica o que foi captado com provas e registra a nota, e
somente isso é o suficiente no sistema de ensino tecnicista ou comportamentalista, é a típica educação
bancária observada por Paulo Freire.
O que a autora pretende com a avaliação mediadora é a reorganização do saber, ter a ação, movimento,
provocação, na tentativa de reciprocidade intelectual entre os elementos da ação educativa, ou seja,
professores e alunos buscando coordenar seus pontos de vista, trocando ideia e as reorganizando. A avaliação
mediadora é composta de acompanhamento reflexivo e dialógico.
Na avaliação mediadora o professor também é avaliado, procura-se reciprocidade entre professor e aluno, e
através dos erros o professor tem a oportunidade de analisar o que está acontecendo de errado, reavaliar-se
sempre. É um processo contínuo e constante de aprendizado, e cada escola tem sua particularidade e cada
educando também, a avaliação mediadora não é um processo finito, ele é diário.
A avalição mediadora é desafiadora, pois requer do professor um acompanhamento diário e individual de cada
aluno, pois cada pessoa tem sua particularidade, seu modo de entender as coisas e suas vivências, e pensar
que o professor deva dar atenção individual aos seus alunos é um grande desafio.
Avalição tradicional e como avaliar
Neste trecho da obra que estamos estudando, a autora faz uma grande crítica a forma como a escola avalia os
alunos, normalmente aos finais dos bimestres, sempre nos finais dos ciclos que o professor vai e dá umas
provas, umas atividades, colhe os resultados (as notas) faz uma média geral e fica assim, sem nem mesmo
tempo para um feedback, o resultado ou a nota é o feedback, a autora diz em sua obra assim:
“Em que medida o professor reflete sobre as tarefas dos seus alunos? Como se dá tal reflexão? Percebe-se
que as tarefas produzidas pelos os alunos são solicitadas apenas ao final dos períodos letivos. Qual significado
desse procedimento? É possível encaminhar o aluno a uma reflexão critica sobre seus posicionamentos, após
concluídos os períodos? Justificam-se trabalhos, provas e relatórios que jamais serão discutidos ou analisados
em conjunto pelo educador e educando?” Hoffman, Revista Ideias, nº 22, pág. 56-57.
Já a avaliação mediadora é totalmente oposta a essa avaliação classificatória, feita através de métricas
ranqueadas e aos finais dos ciclos. A avaliação mediadora é composta por várias atividades, acompanhamento
contínuo do professor para com os educandos, tipo de avaliação individualizada e construída a partir da
compreensão dos fenômenos estudados.
Na avaliação mediadora existe a opção do professor refletir sobre a tarefa do aluno, os erros dele são
considerados oportunidades para uma maior aproximação do professor ao educando, procurar entender porque
o educando responde de tal maneira, e assim ter uma reflexão a respeito da produção de conhecimento do
aluno para encaminhá-lo à superação, ao enriquecimento do saber.
Características de uma avaliação mediadora
A relação entre os grupamentos e a escrita numérica tem sido um problema para as crianças nas
experiências escolares o que tem levado pesquisadores e educadores realizarem esforços, com
experimentos de recursos didáticos diversos, para tornar real a noção de agrupamentos numéricos às
crianças nas series iniciais. A gravidade do problema foi detectada através de entrevistas com
crianças que não eram trabalhadas nos programas que usavam estes recursos.
Elas utilizavam métodos convencionais nas operações de adição e subtração (vai um) sem entenderem os
conceitos de unidades, dezenas e centenas. Mesmo naquelas que pareciam acertar, não
demonstravam entender os
algarismos convencionais na organização de nosso sistema de numeração. (Lerner,D 1992).
As dificuldades foram detectadas e analisadas em crianças de vários países. Chamou a atenção dos
pesquisadores o fato das crianças não entenderem os princípios do sistema numérico. Foi verificado que as
práticas pedagógicas não consideravam os aspectos sociais e históricos vividos pelas crianças, ou seja,
o dia-dia que traziam para escola não era importante quando os alunos chegavam à escola, e mesmo
no decorrer do ano letivo; a preocupação estava centrada apenas na fixação da representação gráfica.
Era necessário compreender o caminho mental que essas crianças percorriam para adquirirem este
conhecimento. Para tornar claro esse fenômeno, iniciaram pela elaboração de situações didáticas. Assim foi
necessário testá-las em aula para descobrir os aspectos relevantes para as crianças no sistema de
numeração, tais como: as ideias elaboradas sobre os números, formulação de problemas e conflitos
existentes.
Foi por meio de entrevistas com as crianças de 5 a 8 anos que se esclareceu o caminho que percorrem, de
forma significativa, na construção de conceito de
número. Através das ideias, justificações e conflitos demonstrados nas respostas foi possível
traçar novas linhas de trabalho didático.