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Colégio de S.

Gonçalo
Dossiê

Índice

Índice....................................................................................................................3

Introdução.............................................................................................................5

1ºPeríodo..............................................................................................................6

O exercício ao longo dos séculos.....................................................................6

Actividades Físicas...........................................................................................9

Actividades físicas desportivas.......................................................................11

As actividades físicas desportivas como meio de convívio e de afirmação


social, cultura e política...................................................................................15

AFD na Estrutura Federada............................................................................16

O Desporto na União Europeia.......................................................................18

Desporto amador e Desporto profissional......................................................24

O praticante profissional de desporto.............................................................28

2º Período...........................................................................................................31

Associativismo Desportivo..............................................................................31

O associativismo e o Desporto Profissional e não Profissional.....................35

As Confederações Desportivas......................................................................37

O Movimento Olímpico....................................................................................40

Organizações Desportivas Internacionais......................................................42

Liga de Clubes................................................................................................43

Sociedades Anónimas Desportivas (SAD).....................................................44

Clubes.............................................................................................................45

3º Período...........................................................................................................49

Os espaços próprios das AFD como condição e como elemento da sua


prática..............................................................................................................49

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Os indicadores de desenvolvimento no âmbito das instalações, em particular


da União Europeia..........................................................................................53

A variedade e diversidade de modos de classificação e tipificação das


instalações e dos equipamentos.....................................................................54

Indicadores de desenvolvimento dos países membros do conselho da


Europa no âmbito das instalações..................................................................57

Idosos..............................................................................................................60

As características e qualidades das áreas que devem integrar os espaços


próprios das actividades físicas desportivas..................................................61

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Introdução

O homem, desde os seus primórdios, foi levado a praticar vários tipos de


exercícios, parado não sobreviveria. Os nossos antepassados, todos os seres
da espécie homo, foram obrigados a correr para caçar ou fugir, a andar para
procura climas e habitações melhores e mesmo praticar várias actividades
socialmente. Assim, a espécie homo, começou a praticar actividade física, mas
involuntariamente, e podemos assim dizer que a actividade física é tão antiga
como o próprio ser humano.

Mais tarde, e já com conhecimentos muito mais evoluídos, o Homem


deixou de necessitar de praticar exercício para caça ou fugas, pois conseguiu
conceber habitações mais protectoras e criar gados, não necessitando assim
de caçar. Estas mudanças poderiam levar ao Homem uma sedentariedade
enorme, mas este continuou a praticar actividades, muitas vezes por culto do
corpo. Esta necessidade foi intensificando-se ao longo dos tempos, até chegar
aos tempos do Império grego, onde surgiu o desporto, como actividade física
que procurava aproximar o físico e o mental do ser. Nessa altura, “nasceu” o
que é hoje o maior evento desportivo, os Jogos Olímpicos.
Esta evolução levou à criação de grupos, para a ajuda nos treinos e
aconselhamentos mútuos. No séc. XVIII nasce o dito “desporto moderno”, mas
foi apenas no séc. XX que o desporto ganhou uma importância primordial à
escala mundial. Criaram-se novos desportos, consequentemente clubes, e
assim o desporto ganha uma dimensão sócio-cultural enormíssima. E,
obviamente, surge o desporto profissional.

O desporto torna-se tão importante que são necessárias novas


organizações para conseguir manter o “brilho” do desporto. Daí surgirem Ligas,
Associações, Federações, Confederações e Comités, isto acontece
nacionalmente e internacionalmente.

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Este dossiê, realizado para avaliação periódica da disciplina de Ciências


da Vida e do Comportamento Humano, contém a matéria leccionada ao longo
do ano lectivo de 2008/09, esta matéria incide primeiramente em noções como
a de Actividade Física ou Desporto. Sendo que foi depois mais abordada a
dimensão do desporto, aprendendo as suas dimensões e a organização do
desporto em associações e federações.

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1ºPeríodo

Lição nº1 12/09/08


Sumário: - Considerações relativas a disciplina.
- Apresentação do programa.
- Critérios de avaliação
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Lição nº2 19/09/08


Sumário: - Definição de grupo, temas de trabalho.
- Exercícios ao longo do século.
- Actividades físicas desportivas.

O exercício ao longo dos séculos

“ O corpo humano foi moldado por milhões de anos de evolução, conforme a


lógica da procura das modificações que capacitou a apresentar movimentos
coordenado, força e velocidade.”

 Procura de alimentos (caçador);


 Clima (deslocar);
 Desenvolvimento industrial e tecnológico – século XIX;
 Organização de tempo e trabalho;
 Mais tempo livre;
 Menos trabalho físico, menos locomoção;
 Adaptação morfológica á inactividade.

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O movimento já não constitui a base da sobrevivência evolução da espécie


Já não precisamos de gastar energia para encontrar a nossa conduta.

Quando as pessoas se tornam mais activas:


 Reduzem o risco de morte prematura por doença;
 Reduzem o risco de terem alguns tipos de cancro e diabetes;
 Conseguem controlar melhor o seu peso;
 Aumentar a sua tolerância ao trabalho;
 Melhoram a sua tonicidade muscular e a sua estrutura óssea;
 Podem melhorar o seu bem-estar psicológico e a sua qualidade
de vida;
 Podem aumentar a sua longevidade.

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Controlo de peso e do bem-estar depende de:


Quantidade da comida a das bebidas que consumimos;
Quantidades de energia que gastamos com a nossa actividade física.

“ As pessoas precisam mexer-se mais e mais frequentemente”

A ocupação dos tempos livres de lazer na prática das AFD

Mais tempo livre A Ed. Física e o


Desporto procuram
Aumento do tempo de ocupar activamente os
inactividade tempos livres, reduzindo
a ociosidade, diminuindo
O trabalho exige menos assim os efeitos
esforço físico nefastos da diminuição
da actividade física

Esta prática possibilita o convívio e o reforço das


relações interpessoais

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Actividades Físicas

São fundamentais para a evolução biopsicológica da criança e do jovem…

Favorecem o desenvolvimento da personalidade

Oportunidade de concretizar o seu desejo de dominar a natureza de se


ultrapassar.

As actividades físicas expressam-se em 3 sectores:


- Prática generaliza
- Prática desportiva integrada
- Desporto de alto nível

Estes 3 sectores, apesar de estreitamente ligados, diferem quanto aos seus


objectivos específicos:

O primeiro visa proporcionar ao maior numero de pessoas, oportunidades para


realizar actividades físicas,
Os outros dois visam o rendimento, a eficácia e a obtenção dos melhores
resultados desportivos.
Todos eles partem de uma mesma realidade:

O corpo humano em movimento

Todos fazem parte do mesmo processo cultural, pedagógico e educativo, no


decorrer do qual se procede
Ao ensino, desenvolvimento, aperfeiçoamento e especialização das técnicas
corporais gerais e aplicadas
Á aquisição de valiosos hábitos motores.

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Ao desenvolvimento e aperfeiçoamento de capacidade físicas como a


velocidade, a resistências, a força, a flexibilidade e a coordenação.
Ao desenvolvimento das funções vitais do organismo tais como a circulação e a
respiração;
Aquisição de conhecimento de carácter higiénico sanitário, anatómico,
fisiológica, assim como moral e estético.

Definição:
Consiste em todo o movimento corporal que resulte dispêndio energético. Inclui
actividades da vida diária como as que envolvem movimento do corpo, tais
como caminhar, andar de bicicleta, subir as escadas, fazer os trabalhos de
casa, ir as compras, por outras palavras, as actividades da vida diária.

Actividade Física
VS
Actividade Física Desportiva

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Lição nº 3 26/09/08
Sumário: - Actividade física desportiva aptidão física.
- Noção de exercício.

Actividades físicas desportivas

Definição:
Embora também consiste no movimento do ser humano, as AFD encontram-se
integradas num mundo onde existem as instituições, os regulamentos, as
técnicas, as tácticas, os quadros competitivos, a britagem, o espectáculo, etc.,
que em paralelo contribuem para um melhor conhecimento do ser humano e,
por consequência, para o aperfeiçoamento das suas potencialidades.

Exercício:
Classifica-se em dois tipos:
 De acções isotónicas
 De acções isométricas

Definição:
Consiste na actividade física voluntaria, planeada e estruturada que permite
melhorar a condição física e saúde.

Aptidão física
A aptidão física é em grande parte o resultado dos nossos níveis de actividade
física.

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Definição:
É a capacidade de realizar níveis moderados ou vigorosos de actividade física
sem evidenciar sinais exagerados de fadiga.
Esta capacidade deve ser mantida toda vida. A aptidão significa não ficar
cansado na realização de esforços comuns, conseguimos realizar as
actividades da vida com entusiasmo, suportando esforços físicos exigentes.

Modelo esquemático da relação entre actividade física, aptidão


física e saúde

Actividade Física Aptidão Física / Saúde - Bem estar;


Fisiológica - Trabalho;
- Recreação

Hereditariedade
Estilo de vida
Meio ambiente
Atributos pessoais

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Lição nº4 03/10/08


Sumário: - Noção de desporto e as suas diferentes dimensões nas estruturas
federadas;
- Trabalho de grupo.

Desporto

Definição:
Trata-se de uma actividade física, regulamente, de carácter individual ou
colectivo, cuja finalmente e alcançar o melhor resultado ou vencer lealmente
em competição. Assenta saber a ideia de conforto com um elemento definido:
distancia, tempo, adversário, ou por generalização, contra si próprio.

Na estrutura europeia existem diferentes enquadramentos do desporto

-
Motivaç
ão - Rentabilidade financeira
- Consumismo
Desporto de Lazer - Profissionalismo
- Diversão
- Recreação Desporto Profissional
- Qualidade de vida Desporto escolar
- Actividades livres
- Estilo de vida saudável - Educação
- Desenvolvimento da capacidades sociais
- 1º contacto com regras, técnicas e
competições

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Com mais tempo livre e mais liberto relativamente as necessidades básicas…

O HOMEN encontrou formas mais sofisticado de usar o seu corpo…

Assim o HOMEN, com base em técnicas corporais fundamentais criou outras


actividades, surgindo várias modalidades desportivas.

Dimensões do Desporto

Desporto – Pratica
Desporto – técnica
Desporto – profissão Universo
Desporto – investimento do
Desporto – comércio desporto
Desporto – ciência
Desporto – cultura
Desporto – administração

Formas ou funções de lazer

Descontracção
Divertimento
Desenvolvimento

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As actividades físicas desportivas como meio de convívio e de


afirmação social, cultura e política.

O desporto desempenha uma função SOCIAL E CULTURAL bastante


significativa:
 Constitui uma área de acolhimento de indivíduos capacitados para a
prática desportiva.
 Constitui para um motor e mais amplo conhecimento do ser humano
 Contribui para o desenvolvimento das actividades desportivas
 Demonstra o domínio do homem sobre as coisas que o rodeiam

Traços de identificação do desporto com outras manifestações culturais,


privilegiando a dimensão da construção pelo homem

Universalidade
Espectáculo
Industria

Principio da universalidade

“ O princípio da universalidade consiste na possibilidade de acesso de todas as


pessoas ao desporto”

 Praticantes e não praticantes – esta na vida quotidiana de milhões de


cidadãos em todo mundo.
 Não olha para a: idade, raça, sexo, idioma, religião, classe social, etc.
 Partilha os mesmos valores em todo o mundo – tolerância, espírito de
equipa, força de carácter, etc.

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AFD na Estrutura Federada

 São várias a s modalidades desportivas praticadas em cada país


 Podemos considerar que existem essencialmente, duas formas de
desempenho no desporto
 Lazer (ou de rendimento)
 Competição:
 Amador: os praticantes não exercem a actividade desportiva como
profissão exclusiva no principal.
 Profissional: mais dependente do nível de prestação alcançado pelos
atletas.
 Esta variável por si só evidencia a necessidade de uniformizar em todo país
cada uma das modalidades.

Lazer Rendimento

Sociedade actual
Treino
(- trabalho, +
tempo livre)

Competição
Descansar
Prova
Divertir
Desenvolver

Valorização das Espectáculo


Act. Físicas
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As AFD estão organizadas na estrutura federada de modo a uniformizar cada


modalidade desportiva.
Federações internacionais
Federações nacionais (Liga de Clubes)
Associações regionais
Clubes desportivos

Federações – promovem a divulgação de uma modalidade e organização a


modalidade a nível nacional e internacional.

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Lição nº5 10/10/08


Sumário: - O desporto na união europeia.
- Estrato do relatório apresentado ao conselho Europeu de Helsínquia
em 1990
- O desporto e outras manifestações culturais - traços de aproximação
e de distinção.

Lei de bases do Desporto – artº4º

“O principio da universidade consiste na possibilidade de acesso de todas as


pessoas”

O Desporto na União Europeia

 Mais de metade da população da EU pratica regularmente uma actividade


desportiva;
 Cerca de 700.000 clubes na E.U.
 Quase 2 milhões de educadores, monitores ou voluntários consagram o seu
tempo de trabalho ou de lazer á animação da vida desportiva.

Política integrada de infra-estruturas dos recursos humanos


Atlas Desportivo Nacional

Participação e cooperação internacionais

Abordagem Europeia do Desporto - prática e organização semelhantes


nos Estados membros

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A UE procura oferecer:

 Infra-estruturas de qualidade;
 Espaços desportivos adequados e acessíveis a todos;
 Modernização dos espaços desportivos;
 Satisfazer a população;
 Criar semelhanças desportivas nos países europeus (modalidades,
estruturas).

Estrato do Relatório apresentado ao Conselho Europeu de Helsínquia em


11 e 12 de Dezembro de 1990

Neste relatório é procurado mostrar a importância do desporto na EU e a sua


relação com as populações.

 Relação do desporto com a cultura dos países, acompanhando estes na


sua evolução, mostrando a intemporalidade do fenómeno desportivo;
 Importância do desporto na formação social, criando nos jovens princípios
fundamentais;
 Facilitar a socialização dos jovens entre sociedade, oferecendo-lhes uma
orientação;
 Valorização do desporto no desenvolvimento dos aspectos do homem
(fisicamente, culturalmente e socialmente);
 Envolvidos do desporto necessitam de avultados valores monetários;
 O desporto revela-se importante na relação entre países, regiões e estados;
 Educação promovida pelo desporto, apresentando cuidados com os grupos
sensíveis e promoção de desporto para todos;
 Necessidade de oferecer aos países mais desfavorecidos ligações com
organizações desportivas;
 Encorajar as mulheres a praticar desporto;
 Fomentar a saúde de todos através do desporto;
 Fomentar o combate aos espíritos racistas e xenófobos.
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É patente a dificuldade em fazer uma análise do Desporto em virtude da


enorme quantidade de aspectos a considerar.

O Desporto e outras manifestações culturais – traços de distinção

Considerando a relação entre espectáculo desportivo e outro tipo de


espectáculo podemos descrever algumas diferenças entre estes:

 No cinema ou no teatro, e cena de hoje é igual á de ontem, há um guião,


há papeis e desempenhar que estão previamente definidos;
 No desporto não sabemos o resultado final, não conhecemos o fim da
acção. As regras não predeterminam o resultado. A forma não impede o
conteúdo o jogador ou os atletas “ escrevem” graças aos seus músculos
e a vista de todos, o drama que se desenvolvem;
 No teatro ou no cinema e o drama em representação, no estádio e o
drama em acção. A distancia que separa a ficção da realidade;
 Um espectáculo desportivo nunca é igual a outro, enquanto que no
cinema e no teatro as cenas sucedem-se da mesma maneira e com o
mesmo ritmo;
 Como em todos os espectáculos, existem os protagonistas. No caso do
cinema são os actores, num concerto são os músicos, no circo são os
artistas, no desporto são os atletas;
 O fenómeno desportivo, tal como tantos outros fenómenos culturais,
oferece-nos um autêntico espectáculo, contando com a presença de
milhares/milhões de espectadores, em várias cidades e países;
 Todo o tipo de espectáculos, sejam eles do domínio do desporto, da
música, do cinema, etc., envolvem a imprensa escrita, a rádio, a
televisão e proporcionam momentos de rara beleza e de forte emoção;
 Tal como em qualquer espectáculo desportivo, o espectador é um
consumidor;
 Produzem trocas comerciais no valor de milhões de euros;

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 Provocam a invenção e construção de novos objectos e utensílios, o que


dá origem a uma indústria de materiais e equipamentos desportivos à
escala mundial, gerida por empresas multinacionais.

Lei de base do Desporto

Lei de bases do Desporto (Capítulo IX)


CAPÍTULO IX
Articulação com outros sectores

Artigo 72.º - Desporto e cultura

1- O desporto deve ser associado à cultura, enquanto importante factor de


integração e de expressão das diferentes culturas, ambos funcionando
como elementos correlativos do desenvolvimento humano, devendo
para tal ser adoptadas, designadamente, as seguintes medidas:
a) Promoção de actividades culturais simultaneamente ou por ocasião
de eventos desportivos;
b) Difusão dos valores culturais como prioridade do movimento
desportivo;
c) Promoção da investigação sobre o papel da cultura no desporto;
d) Apoio a programas de desporto que tenham em conta a incidência
cultural.
2- Devem ser planificadas e executadas as tarefas adequadas à
salvaguarda e à difusão do património cultural desportivo, assim como
acções de recolha e estudo na área da museologia, bem como a
promoção de certames, concursos ou competições de natureza cultural
envolvendo jogos tradicionais ou quaisquer modalidades desportivas.

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3- Os jogos tradicionais, como parte integrante do património cultural


específico das diversas regiões do País, são preservados, apoiados e
fomentados pelos departamentos governamentais responsáveis pelas
políticas cultural, educativa, desportiva e de turismo, bem como pelas
instituições de âmbito regional e local, designadamente as Regiões
Autónomas e as autarquias locais.

Artigo 73.º - Desporto e turismo

1- O impacte económico-social do desporto e a diversificação dos


interesses dos turistas e a inerente diversificação da oferta devem
convergir na promoção do turismo desportivo.
2- Deve ser garantida a realização de eventos desportivos com relevância
turística, assegurando que a componente desportiva seja enquadrada
nos esquemas gerais de oferta e procura turística.

Artigo 74.º - Desporto no meio rural


Deve ser promovido o desporto no meio rural, com vista, designadamente, a:
a) Combater o êxodo rural, designadamente através da fixação dos jovens;
b) Aproximar o meio rural do meio urbano;
c) Atrair investimentos para o meio rural, com inerente criação de
empregos;
d) Promover e rentabilizar a oferta do alojamento rural, nomeadamente
através do turismo rural.

Artigo 75.º - Desporto e saúde


1- O desporto contribui para a melhoria da saúde pública, ao fomentar o
desenvolvimento das capacidades físico-motoras do indivíduo e ao
combater o sedentarismo, diminuindo o risco de contracção de doenças.
2- Os membros do Governo responsáveis pelas áreas do desporto e da
saúde devem estabelecer um quadro de parceria estratégica
devidamente organizado, estruturado e sistematizado, que defina os
mecanismos de actuação conjunta e os termos da mútua cooperação
técnica e financeira.
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Artigo 76.º - Desporto e emprego


O Estado e os corpos sociais intermédios públicos e privados que compõem o
sistema desportivo devem desenvolver uma estratégia coordenada em matéria
de criação de empregos, directos ou indirectos, no desporto e através deste.

Artigo 77.º - Desporto e ambiente

1- A prática de actividades físicas e desportivas ao ar livre, em contacto e


no respeito pela natureza, deve ser fomentada.
2- Em função de poderem ter um impacte multifacetado na natureza, as
actividades desportivas e as infra-estruturas desportivas devem ser
adaptadas aos recursos limitados da natureza e conduzidas em
harmonia com o princípio do desenvolvimento sustentável e uma gestão
equilibrada do ambiente, garantindo a conservação da diversidade
biológica, a protecção dos ecossistemas e a gestão dos recursos e dos
resíduos, da saúde, da segurança e da preservação do património
cultural.
3- Para o cumprimento do disposto no número anterior, o Estado e os
corpos sociais intermédios públicos e privados que compõem o sistema
desportivo devem promover programas ou campanhas de sensibilização
da população para que esta tenha uma maior consciência das relações
entre o desporto e o desenvolvimento sustentável e possa aprender a
conhecer e compreender melhor a natureza.

Lei de Bases do Desporto, promulgada pela Presidência da República no


dia 6 de Julho de 2004, publicada com o n.º 30/2004, de 21 de Julho.

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Lição nº6 17/10/08


Sumário: - O desporto na união europeu.
- Conclusão e visualização de um vídeo.

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Lição nº7 24/10/08


Sumário: - Desporto amador e desporto profissional.

Desporto amador e Desporto profissional

O movimento olímpico provocou uma enorme expansão do desporto durante o


séc. XX.

As diversas disciplinas e modalidades organizaram-se em federações


nacionais e internacionais e deram origem as suas próprias competições.

Para competir e alcançar recordes os desportistas tiveram que prepara-se de


forma metódica e científica.

Actividades a tempo inteiras e profissional.

Avançadas tecnologias;
Profissionais competentes

Novos materiais de competição e equipamento mais eficazes.

Melhor metodologia de treino.

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Comités e federações internacionais

Forte oposição

Profissionalização do desporto

Golfe Primeiras modalidades a


Ténis serem profissionalizadas
Automobilismo

Modalidades que mais defenderam o


Natação
espírito amador do desporto
Atletismo

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Lição nº 8 31/10/08
Sumário: - Desporto amador e desporto profissional conclusão.

Impacto da publicidade Elevadas


Direitos de televisão somas
Receitas dos bilhetes de
Produtos derivados dinheiro

O desporto profissional deu origem ao desporto espectáculo e este por sua


vez, ao desporto como sector económico.

O desporto como actividade económica adquire uma importância planetária e


os seus protagonistas convertem-se em heróis e ídolos das massas
populacionais.

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Principais características que diferenciam os desportos profissionais e


amadores:

Desporto profissional Desporto amador

Compensação monetária. Sem compensação monetária.


O atleta/jogador recebe pela sua O atleta/jogador está isento ou paga
prática. para praticar.
O atleta tem obrigações oficiais a O atleta tem também algumas
cumprir (assina um contrato de obrigações oficiais a cumprir, mas não
trabalho). assina contrato de trabalho.
O praticante está abrangido por um O praticante não está abrangido por
Regime Jurídico de contratos de nenhum Regime Jurídico de contratos
trabalho. de trabalho.
Envolve patrocínios avultados. Patrocínios modestos (normalmente
em bens, como por exemplo, fatos de
treino).
Espectáculos desportivos de grande Espectáculos desportivos de dimensão
dimensão e envolvência desportiva, modesta.
social e económica.
Forte envolvimento dos media Media nem sempre presentes
(televisão, rádio, imprensa escrita). (televisão, rádio, imprensa escrita).
A entrada nos recintos desportivos é Normalmente o ingresso nos recintos é
paga. gratuito.
Elevado número de espectadores. Número reduzido de espectadores.
Preparação dos atletas metódica e Metodologias de treino pouco
científica. inovadoras.
Existência de uma equipa de saúde É rara a existência de uma equipa
(médico, enfermeiro, nutricionista, especializada em saúde.
massagista, psicólogo).
Existência de ídolos, com grande É muito rara a existência de ídolos.
impacto na sociedade.
É frequente o recurso ao dopping. É muito raro o recurso ao dopping.
Lesões desportivas frequentes. Lesões desportivas, em princípio,
menos frequentes.
Percurso desportivo não muito longo Percurso desportivo mais longo.
(depende das modalidades).
Envolve elevadas verbas monetárias Não envolve elevadas verbas
(atletas, treinadores, dirigentes, monetárias (atletas, treinadores,
equipa médica). dirigentes, equipa médica).
Instalações sofisticadas. Instalações razoáveis ou más.
Materiais sempre actualizados. Materiais razoáveis ou degradados.
Equipamento sempre actualizado e Equipamentos razoáveis ou
sofisticado. degradados.

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O praticante profissional de desporto

“ (….) Aqueles que exercem a actividade desportiva como profissão exclusiva


ou principal”

Profissionalizado: relações entre o atleta e o atleta e a sociedade desportiva ou


clube e empresa.
Mercantilismo: negócios produzidos pelo fenómeno desporto (contratos de
patrocínio, contrato de propaganda, licenciamento de marcas parceiras, clube e
empresas, etc.).
Mediatização: interface desporto - meios de comunicação social, em especial a
televisão (destacando os contratos de cessão de direitos de imagem dos
espectáculos desportivos), a rádio e a imprensa.

O crescente intuito lucrativo dos eventos desportivos envolve o perigo de se


atribuir aos interesses comerciais uma maior importância, relegando para
segundo plano princípios como fair-play e igualdade de condições competitivas.

Organizadores de espectáculos desportivos

Potencial económico de desporto

Jovens talentos desportivos chegam muito cedo ao desporto de alta


competição.

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Carreira no desporto profissional

Breve duração
Risco de lesões para toda a vida

É por isso fundamental que o desportista profissional prepare o percurso


de vida que ira tomar depois de terminar a sua carreira no desporto.

Lição nº9 07/11/08


Sumário: - Revisões para a ficha de avaliação.

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Lição nº10 14/11/08


Sumario: - Ficha de avaliação.

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Lição nº11 21/11/08


Sumario: - Entrega e correcção da ficha de avaliação.

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Lição nº12 28/22/08


Sumario: - Apresentação de trabalhos.

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Lição nº13 05/12/08


Sumario: - Apresentação de trabalhos.

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Lição nº14 12/12/08


Sumario: - Apresentação de trabalhos.
- Auto-avaliação.

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Ciências da Vida e do Comportamento Humano 32


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2º Período

Lição nº1 9/1/2009


Sumário: - Ausência de aulas devido às más condições climatéricas.

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Lição nº 2 16/1/2009
Sumário: - Diálogo com os alunos.
- O associativismo desportivo: clubes, associações e federações
desportivas.

Associativismo Desportivo

 Associativismo - quando um grupo de pessoas se reúne com um fim


comum.
 Associativismo Desportivo - importante forma de organização social…
meio privilegiado de:
 Satisfação de necessidades lúdicas e recreativas;
 Partilhar a actividade física.

A necessidade de partilhar a prática desportiva em grupo, levou à sua


institucionalização.

Ciências da Vida e do Comportamento Humano 33


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Clubes Desportivos

• Pessoas colectivas de direito privado;


• Que se constituem sob a forma de associação de fim não lucrativo;
• Tendo como objecto fomentar a prática de Actividades desportivas;
• Zela pela ética desportiva;
• Vão de encontro com os interesses dos associados;
• Prestam serviço à comunidade em geral;
• Incentiva o espírito desportivo e ético dos adeptos.

Associações Desportivas

• Apoiam os clubes da sua área geográfica;


• Intervêm ao nível do regulamento, organização e orientação de
competições desportivas na sua região;
• Contribuem para o desenvolvimento da modalidade;
• Fazem formação de técnicos, juízes e dirigentes;
• São o elo de ligação entre os clubes e a respectiva federação e vice-
versa.

Ciências da Vida e do Comportamento Humano 34


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Federações Desportivas

Têm a função de organizar, regulamentar e supervisionar a prática das


actividades físicas desportivas dos respectivos países. Não são de índole
Governamental.

Associativismo Desportivo Associativismo Geral

 Um grupo de pessoas reúne-se com um determinado fim;


 Organização própria e interna;
 Estatutos intrínsecos de cada instituição.

 Praticantes, clubes e associações;


 Uniformizam cada modalidade desportiva em todo o país;
 Têm como deveres:
- Promover a divulgação da sua modalidade;
- Seleccionar os contactos a nível internacional;
- Proporcionar o desenvolvimento técnico e táctico, etc.;
- São responsáveis pelas selecções nacionais e técnicos que
participam em competições internacionais;
- Servem de elo de ligação entre as estruturas inferiores e as
superiores.

Ciências da Vida e do Comportamento Humano 35


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Federações Internacionais

São grupos com competência internacional, constituídos por federações


desportivas nacionais.

Surgiram da necessidade de criar organismos


internacionais para homogeneizar os regulamentos
desportivos de um país para o outro.

Objectivos:
- Homogeneizar os regulamentos para as competições desportivas;
- Organizar e controlar as competições a nível mundial e continental do
seu desporto;
- Criar a lista de recordes mundiais, possibilitando assim aos atletas o
alcance de melhores performances.

Os clubes são a base de toda a estrutura

Movimentam jovens para a prática desportiva

Possibilitam a prática de várias modalidades

São considerados pessoas colectivas de direito privado

Os clubes organizam-se em associações

Regulamentam, promovem, orientam as provas das respectivas modalidades


na sua área geográfica

São os representantes dos clubes nas Federações


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Ciências da Vida e do Comportamento Humano 36


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Lição nº3 23/1/2009


Sumário: - O associativismo e o desporto profissional e não
profissional.
- As confederações desportivas.

O associativismo e o Desporto Profissional e não Profissional

O profissionalismo surge:
 Da necessidade de bater recordes e de ser campeão;
 Da necessidade dos clubes vencerem e se prestigiarem, fazendo-se
representar em competições de TOP Internacional.

O clube necessita:
 Contratar bons técnicos e atletas de elite;
 Ter o apoio humano e material;
 Organizar todos estes meios para garantir a funcionalidade deste
processo.

Todos os atletas, quer amadores quer profissionais, devem respeitar os valores


da ética desportiva. Os atletas profissionais têm uma responsabilidade
acrescida porque têm uma imagem pública e social.
Têm obrigações no desenvolvimento do desporto em geral e na sua
modalidade em particular.

Conforme a modalidade considerada, o conceito de amadorismo tem


significados e implicações diferentes.
(ex: Futebol VS Ginástica Desportiva)

Para além do atleta profissional, todas as outras classes profissionais que


directamente acompanham o desenvolvimento desportivo, têm assento na
Assembleia Geral da Federação.

Ciências da Vida e do Comportamento Humano 37


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 O Desporto Profissional é hoje um fenómeno de grande impacto;


 Carta Olímpica renunciou ao amadorismo;
 Carta Europeia do Desporto consagra o Desporto Profissional como
realidade autónoma;
 Lei de Bases do Desporto define o estatuto do praticante desportivo
profissional.

Sector profissional

Federação

Competições de carácter profissional

Organismo autónomo

Liga

Ciências da Vida e do Comportamento Humano 38


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As Confederações Desportivas.
O movimento olímpico – Os comités e a academia olímpica

Confederações Desportivas – Confederação de Desporto de Portugal (CDP)

De 1943 a 1974 o desporto em Portugal viveu sob a alçada do Estado Novo. A


partir de 1990 com a aprovação da Lei de Bases do Sistema Desportivo, surge
uma nova etapa na evolução e desenvolvimento no sistema desportivo.

A Confederação do Desporto de Portugal


é a Federação de todas as Federações

A Confederação do Desporto de Portugal é uma Organização Não


Governamental (ONG), sem fins lucrativos, que congrega o movimento
desportivo federado, interligando directa ou indirectamente as Federações com
o Estado.
A cúpula do movimento desportivo de raiz associativa – comporta a totalidade
das diferentes dimensões desportivas de Portugal.

Ciências da Vida e do Comportamento Humano 39


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CDP
 Desporto federado alta competição
 Desporto escolar
 Desporto para trabalhadores
 Desporto de recreação
 Desporto não profissional – lazer
 Actividades com expressão olímpica
 Desportos para deficientes
 Desportos de aventura
CDP

Centro de Formação
Dinamizar e realizar programas de formação de recursos
humanos que operem no sistema desportivo

Qualificando

Agentes desportivos

Dirigentes desportivos
Técnicos autárquicos
Agentes locais
Treinadores
Juízes

Ciências da Vida e do Comportamento Humano 40


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CDP

Centro de Edições e Documentação (enquadrar diversos projectos


editoriais:

Estudos temáticos
Ciências e desporto
Actas de seminários e congressos
Manuais práticos
Directórios e anuários

CDP tem como prioridade O Centro de Investigação Cientifica para o


Desporto

72 Federações acoplada ao CDP

Ciências da Vida e do Comportamento Humano 41


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O Movimento Olímpico
Os Comités e a Academia Olímpica

1894

Congresso Internacional de Paris

Pierre de Coubertain

Movimento Olímpico

Comité Olímpico Internacional (COI)

Movimento Olímpico
Em 1894, no congresso Internacional de Paris, Pierre de Coubertain depois de
ter instituído os Jogos, avançou com a criação do Movimento Olímpico.

Dirige-se a todas as idades, condições sociais e a todos os níveis de aptidão


desportiva e engloba todos os desportos e todas as provas.

Escola onde são ensinados os ideais olímpicos.

Objectivos:
 Reunir de quatro em quatro anos os atletas de todo o mundo.
 Os JO consagram uma olimpíada – não é permitida qualquer discriminação
(raciais, politicas, religiosas, etc.)
 JO de Inverno realizam-se no mesmo ano dos JO de verão.
 A missão de organizar uns jogos compete a uma cidade e não a um país.

Ciências da Vida e do Comportamento Humano 42


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Comité Olímpico Internacional (COI)


Objectivos:
 Assegurar a realização dos Jogos Olímpicos de 4 em 4 anos.

Comités Olímpicos Nacionais (CON)


Objectivos:
 Comités olímpicos nacionais representam o internacional,
preparando atletas para participação nos Jogos Olímpicos.

Academia Olímpica Internacional (AOI)


Pierre Coubertain na procura de criar um Centro Cultural com o objectivo de
recriar o ideal olímpico segundo princípios científicos. Adaptar estes princípios
à sociedade moderna, criando a Academia olímpica.
Objectivos:
 Encontrar nos fundamentos históricos o verdadeiro contributo filosófico,
social e politico do ideal olímpico e de o oferecer generosamente ao
Mundo;
 Promover a manutenção e difusão do Espírito Olímpico;
 Estudar e aplicar os princípios sociais e pedagógicos dos Jogos;
 Fundamentar cientificamente o Ideal Olímpico.

Academia Olímpica Portuguesa - 1988


Objectivos:
 Estudar e investigar as manifestações olimpicas, quer na antiguidade,
quer na era moderna;
 Divulgação de princípios olímpicos;
 Estabelecer ligação entre espírito olímpico e autoridades escolares.

Ciências da Vida e do Comportamento Humano 43


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Organizações Desportivas Internacionais

Comité Olímpico Federações Confederações/


Internacional Internacionais Uniões
Continentais

Comité Olímpico Federações

Nacional Nacionais Ligas

Associações

Clubes

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Ciências da Vida e do Comportamento Humano 44


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Lição nº 4 30/1/2009
Sumário: - Trabalho de grupo.
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Lição nº 5 6/2/2009
Sumário: - Liga de clubes.
- Sociedades Anónimas Desportivas – SAD.
- Clubes – organização interna.

Liga de Clubes

Legislação desportiva
Federações unidesportivas

Liga de clubes:
Autonomia administrativa, técnica e financeira. Todos os clubes que disputem
competições profissionais.
Liga – órgão autónomo da federação
para o Desporto Profissional

Competências:
• Organizar e regulamentar as competições profissionais;
• Coordenar e administrar o específico sistema de arbitragem;
• Exercer o poder disciplinar;
• Supervisão das receitas;
• Gestão e fiscalização de contas;
• Registar os contratos de trabalho;
• Promover acções de formação dos agentes desportivos.
(tutela da respectiva Federação)
(Portugal - Andebol, Basquetebol e Futebol)

Ciências da Vida e do Comportamento Humano 45


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Necessidade da criação da liga de clubes


A liga de clubes surge como organismo autónomo, dentro dos estatutos da
Federação, que tem como principal campo de acção a organização,
regulamentação e disciplina nas competições profissionais. Esta surge da
incapacidade da Federação em solucionar, dar respostas a todas as
necessidades da modalidade (clubes, associações, atletas) devido à grande
expansão do mesmo país.

Sociedades Anónimas Desportivas (SAD)

Os clubes sentiram necessidade de se adaptarem aos novos tempos, criando


departamentos especializados, de acordo com as novas necessidades.

Inicialmente com a publicidade e, mais tarde, com as transmissões televisivas,


os clubes são arrastados para a indústria cada vez mais influente e poderosa.

O aparecimento das SADs foi uma imposição legislativa do governo, já que na


verdade todos os negócios desportivos passavam à margem da vida fiscal de
qualquer cidadão contribuinte.

Muitos dos ordenados dos jogadores não eram declarados e


consequentemente não havia qualquer desconto para a segurança social.

Por iniciativa do próprio Governo, regulamentou-se o regime jurídico


para as SADs, tentando deste modo proteger as receitas orçamentais e
exigindo um tipo de disciplina empresarial, de controlo e fiscalização mais
activos.

A Sociedade Desportiva é uma pessoa colectiva do direito privado,


criada por um clube desportivo, ou seja, a equipa rege-se e funciona de
forma autónoma e com total independência.

Ciências da Vida e do Comportamento Humano 46


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Clubes
Organização Interna

Estatutos
Direcção (órgão executivo) – faz a administração do clube.

Conselho fiscal – fiscaliza a direcção e faz o controlo financeiro do clube.

Assembleia-geral – faz a eleição dos titulares dos diferentes órgãos.

Corpo Dirigente

Presidente
Vice-presidente
Directores
- Decidir acerca das propostas apresentadas pelo corpo técnico;
- Financiamento das modalidades;
- Gestão financeira;
- Definição das linhas orientadoras.

Dirigente (presidente) – deve acompanhar as competições, representar o


clube e assegurar as relações com todas as entidades.

Ciências da Vida e do Comportamento Humano 47


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Corpo Técnico

A base de construção de um projecto de prestação de serviços. O corpo


técnico é dirigido por um dirigente técnico que analisa situações, planeia,
comanda, coordena e controla a equipa. O corpo técnico e constituído por:

Treinador - Deve ser um líder, deve trabalhar na preparação e


desenvolvimento daqueles que com ele trabalham, tendo muita das vezes que
enfrentar conflitos e a discordância. Deve coordenar a equipa técnica, definir a
metodologia de ensino e definir conteúdos pedagógicos.
Psicólogo – trabalha directamente com o treinador. Deve fornecer meios aos
atletas para superarem e lidarem com a ansiedade e estabelecer estratégias de
concentração;
Treinador - Adjunto – assegura o cumprimento dos objectivos, colabora com a
restante equipa técnica;
Nutricionista – apoia o treinador na realização de ementas e consulta os
atletas que tenham problemas nessa área.
Fisiologista – apoia directamente o treinador durante o treino.

Corpo Clínico

Médico – deve actuar em qualquer situação urgente. Tem a incumbência de


actuar em termos de exames médicos regulares, prevenção de lesões,
diagnóstico, prescrição de tratamentos ou medicamentos, programar métodos
e meios de recuperação;
Fisioterapeuta – é dependente do médico, deve efectuar todos os tratamentos
planeados e acompanhar e promover a recuperação de atletas;
Enfermeiro – é dependente do médico e efectua todos os tratamentos
inerentes à sua área de intervenção;
Massagista – deve fazer a ligação entre a equipa médica e técnica, deve estar
sempre presente quer no treino quer na competição.

Ciências da Vida e do Comportamento Humano 48


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Clube Desportivo

Sede social – é aquela que os respectivos estatutos fixarem, é o lugar em que


normalmente funciona a administração principal;
Património – são todos os bens que pertencem ao clube: terrenos, sede,
instalações desportivas, meios de transporte;
Instalações Desportivas – também fazem parte do património, muitas vezes
são construídas ao abrigo de protocolos com o poder local ou central. Estas
devem ser bem geridas, de modo a que os seus associados e não só, tirem o
melhor proveito das mesmas.

“Grandes clubes”
“Pequenos clubes”
Clube do Desporto Escolar

Indicadores de caracterização dos Clubes


• Órgãos sociais;
• Actividades desenvolvidas;
• Património/instalações próprias;
• Número de sócios;
• Número de praticantes;
• Recursos financeiros.

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Ciências da Vida e do Comportamento Humano 49


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Lição nº 6 13/2/2009
Sumário: - Trabalho de grupo.
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Lição nº 7 20/2/2009
Sumário: - Revisões para o teste de avaliação.
- Continuação dos trabalhos.

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3º Período

Lição nº 1 17/4/2009
Sumário: - Os recursos materiais: os espaços próprios das AFD
como condição e como elemento da sua prática.
- Diferentes tipos de instalações desportivas.
- Processo de licenciamento.

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Os espaços próprios das AFD como condição e como elemento


da sua prática

As instalações desportivas constituem-se como parte integrante no


desenvolvimento desportivo.

Para tal, terão de responder às necessidades específicas da própria actividade


desportiva.

Recreação não é competição formal e como tal as respectivas instalações


devem diferençar-se.

Ciências da Vida e do Comportamento Humano 51


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Os espaços específicos das actividades físicas como elemento


condicionante de desenvolvimento cultural das populações

As instalações desportivas desempenham um papel fundamental na


contribuição da socialização de uma população:
 Permitem resolver o problema da falta de exercício das actuais
gerações;
 Permitem e estimulam o desenvolvimento do espírito de iniciativa entre
indivíduos;

As actividades surgem para ir ao encontro das necessidades sociais das


populações (José Constantino, 1990):
 Necessidades de manutenção da saúde e higiene física;
 Necessidades de reeducação e de terapia pelo movimento;
 Necessidades de ocupação do tempo livre;
 Necessidades de activação motora e compensação à hipodinâmica e ao
sedentarismo;
 Necessidades de criação artística e de expressão corporal;
 Necessidades de aperfeiçoamento e individual ou colectiva obtenção de
resultados desportivos;
 etc.

A prática desportiva deve ser entendida como uma actividade ao alcance de


todos e não apenas como um privilégio reservado a um grupo de excelência.

A construção dos equipamentos desportivos deve ser planeada em função das


necessidades da sociedade e os níveis de prática da população.

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Instalações desportivas de base recreativas


As que se destinam a actividades desportivas com carácter informal ou sem
sujeição a regras imperativas e permanentes, no âmbito das práticas
recreativas, da manutenção e de lazer activo;

Instalações desportivas de base formativas


As infra-estruturas concebidas e organizadas para a educação desportiva de
base e para as actividades propedêuticas que garantem o acesso a níveis de
actividade desportiva especializada, reunindo as seguintes características de
ordem geral: polivalentes na utilização; elevado grau de adaptação.

Instalações desportivas especializadas


As instalações concebidas e organizadas para actividades desportivas
monodisciplinares, em resultado, designadamente, da sua específica
adaptação para a prática da correspondente modalidade;

Instalações especiais para o espectáculo desportivo


As instalações concebidas e vocacionadas para a realização de manifestações
desportivas integrando a componente espectáculo e em que se conjugam os
factores: expressiva capacidade para receber público; com integração de
condições para os meios de comunicação social e infra-estruturas mediáticas;
prevalência de usos associados a eventos com alto nível de prestação
desportiva; a incorporação de significativos e específicos recursos materiais e
tecnológicos.

É a legislação que define, delimita e orienta a construção e administração dos


espaços específicos das actividades físicas desportivas como factor
determinante da sua utilização, das populações que serve e dos objectivos que
permite atingir.

Ciências da Vida e do Comportamento Humano 53


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Assim, quanto ao licenciamento temos três situações a registar:


 Processo de licenciamento
 Licenciamento da construção
 Licenciamento do funcionamento

Processo de licenciamento:
• Autorização prévia da localização.

Licenciamento da construção:
• Aprovação dos projectos;
• Parecer do Instituto do Desporto de Portugal

Licenciamento do funcionamento:
• Início das actividades;
• Licença de funcionamento;
• Vistoria;
• Alvará da licença de funcionamento;
• Prazo da validade da licença.

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Lição nº 2 24/4/2009
Sumário: - Modos de classificação e tipificação das instalações e
equipamentos desportivos.
- Indicadores de desenvolvimento dos países membros
do Conselho da Europa no âmbito das instalações
desportivas.

Os indicadores de desenvolvimento no âmbito das instalações,


nomeadamente os padronizados pelos diferentes organismos
internacionais, em particular da União Europeia

A diversificação e o incremento dos modos e níveis de prática, têm contribuído


para a transformação dos padrões de serviços oferecidos pelos espaços
desportivos.

Surgem maiores dificuldades por parte dos responsáveis pela promoção,


concepção e condução das instalações desportivas.

Para se ultrapassarem problemas de degradação das instalações e da


qualidade dos serviços desportivos que foram surgindo ao longo destes últimos
tempos.

Surge na Lei de Bases do Sistema Desportivo, o regime de instalações e


funcionamento das instalações desportivas de uso público.

Estes instrumentos normativos possibilitam normas comuns, padronizadas que


levam ao desenvolvimento das mesmas.

Ciências da Vida e do Comportamento Humano 55


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Perante os problemas levantados com a recessão económica sentida em toda


a Europa, o nosso país tenta soluciona-los da seguinte maneira:

• Sensibilizar as populações para desportos de ar livre;


• Programar com menor exigência as tipologias das novas instalações
desportivas;
• Redefinir as concepções de gestão das instalações desportivas.

A variedade e diversidade de modos de classificação e


tipificação das instalações e dos equipamentos

As instalações desportivas podem ser classificada segundo quatro variáveis:


a) Tipo;
b) Sector;
c) Cobertura;
d) Modalidade.

a) TIPO
As instalações desportivas no que se respeita ao tipo, estão subdivididas em
seis tipos diferentes:
A. Grandes jogos;
B. Pequenos jogos;
C. Salas de jogos;
D. Pistas de atletismo;
E. Piscinas;
F. Especiais.

Grandes jogos – áreas desportivas com dimensões iguais ou superiores a 90 x


45 m;

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Pequenos jogos - áreas desportivas com dimensões inferiores a 90 x 45 m;

Salas de Desporto – áreas desportivas cobertas com dimensões inferiores a 28


x 16;

Pistas de Atletismo – áreas desportivas com dimensões entre os 250 e 400m à


corda;

Piscinas – áreas desportivas estruturadas para os diversos tipos de actividades


aquáticas;

Instalações especializadas – áreas desportivas específicas (campos de golfe,


carreiras de tiro, hipódromos, kartódromos e pistas de bowling).

b) SECTOR
No sector, as instalações desportivas estão divididas consoante as dimensões
desportivas, ou seja, tendo em conta dois grandes sectores do desporto:
A. Federado;
B. Recreação/formação.

c) COBERTURA
Este tipo de classificação tem em conta se as instalações desportivas são:
A. Descobertas;
B. Cobertas;

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d) MODALIDADE
A Lei de Bases do Sistema Desportivo também define e classifica as
instalações desportivas de uso público:
A. Recreativas e formativas;
B. Especializadas ou monodisciplinares;
C. Especiais para o espectáculo desportivo.

Os equipamentos desportivos podem ser:


a) Fixos – fazem parte do projecto de construção
b) Móveis – encontram-se armazenados e deslocam-se para a zona de
prática.

As categorias genéricas de sistematização dos espaços

Os espaços desportivos podem dividir-se, de uma forma genérica, em várias


categorias:
a) Espaços naturais/espaços artificiais;
b) Espaços restritos/espaços polivalentes
c) Espaços vocacionados/espaços adaptados;
d) Espaços unitários/espaços complexos;
e) Espaços de competição/espaços de treino;
f) Espaços interiores/espaços exteriores.

Tipologias genéricas predominantemente de interior:


• Pavilhões;
• Ginásios;
• Salas de educação física.

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Tipologias genéricas predominantemente de exterior:


• Estádios;
• Complexos desportivos;
• Centros desportivos;
• Piscinas;
• Quintal desportivo.

Indicadores de desenvolvimento dos países membros do


conselho da Europa no âmbito das instalações

Em muitos países europeus são apresentados indicadores de


desenvolvimento, os seguintes aspectos:
 Área desportiva útil por cada habitante;
 Número de habitantes por instalação;
 Área territorial por instalação – raio de influência;
 Relação entre áreas desportivas úteis descobertas e cobertas.

Área desportiva útil por habitante:

Este indicador estabelece a relação entre a área desportiva útil e o número de


habitantes. Dividindo a área desportiva útil em m² pelo número de habitantes
A ( m2 )
.
nº hab

Nível Limites de variação Significado

1 0,00 m² Insuficiente

2 0,01 a 1,99 m² Fraco

3 2,00 a 3,99 m² Razoável

4 4,00 a 7,99 m² Bom

5 ≥5,00 m² Excessivo

Ciências da Vida e do Comportamento Humano 59


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Número de habitantes por instalação


O número de habitantes por instalação estabelece a relação entre o número de
habitantes e o número de instalações desportivas. Constrói-se dividindo o
nº hab
número de habitantes pelo número de instalações desportivas.
nº inst . desp

Área territorial por instalação – área de influência


Estabelece a relação entre a área territorial, em km², e o número de instalações
desportivas, permitindo deste modo, determinar, teoricamente, a área que
serve cada instalação desportiva (área de influência). Este indicador constrói-
se dividindo a área territorial pelo número de instalações desportivas.
A (km ²)
Quanto ao raio de influência, determina-se calculando a raiz
nº inst . desp .
quadrada do quociente obtido entre o valor da área de influência e o Pi
(3,1415) √ ¿)

Relação entre áreas desportivas úteis descoberta e cobertas


A relação entre as áreas desportivas úteis descobertas e cobertas permite
verificar quais são as percentagens de áreas desportivas úteis descobertas e
cobertas relativamente á área útil total.
Campo de golfe
5km x 2km
Ginásio
10m x 6m
Piscina coberta 25m x 12m

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As instalações construídas para a prática das actividades físicas


desportivas:
Características e qualidades genericamente requeridas, consoante os
diferentes tipos de utilizadores (crianças, jovens, adultos e idosos, atletas,
sedentários, deficientes…) e as diferentes formas e possibilidades de
distribuição pelos espaços.

Design

Supervisão
Superfícies

Segurança do espaço

Manutenção

Superfícies de impacte
Devem ter características próprias de absorção do choque produzido pelo
impacte resultante da utilização do equipamento.

Design
Deve estar de acordo com o escalão etário a que se destina, ou seja:
I – os diferentes escalões etários;
II – os diferentes estádios de desenvolvimento;
III – disposição do equipamento.

Ciências da Vida e do Comportamento Humano 61


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Supervisão
É muito importante na prevenção de acidentes e consequentes lesões nos
espaços onde as crianças desenvolvem a sua actividade física.

Manutenção
A manutenção é fundamental na preservação das instalações e dos
equipamentos, seja qual for o escalão etário do utente. A segurança também
passa pela manutenção adequada e eficaz dos espaços/equipamentos.
Para que a manutenção seja regular e periódica, devem ser efectuadas
verificações de rotina que abranjam todo o espaço/equipamentos, assim como
as vedações, caso existam. É muito importante na prevenção de acidentes e
consequentes lesões nos espaços onde as crianças desenvolvem a sua
actividade física.

Idosos

Os idosos têm uma esperança de vida maior.

O estatuto de reformados dá-lhes a possibilidade de pôr em prática alguns dos


seus projectos antigos, nomeadamente á prática da actividade física.

O espaço onde eles desenvolvem a sua actividade deve ir ao encontro das


suas características, pois trata-se de uma população que carece das maiores
atenções.

A acessibilidade á instalação deve prever as normas estabelecidas para as


populações especiais.

No interior da mesma, os espaços onde circulam os idosos devem ser amplos,


garantindo a sua circulação sem perigos, com mobiliário simplificado e de
preferência piso a um único nível e térreo.
Ciências da Vida e do Comportamento Humano 62
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As actividades devem de preferência, ser administradas numa sala própria e


privada que oferece ao idoso uma certa descrição que é por ele apreciada.

Os materiais devem ser leves e de fácil manipulação e apreensão. No que


respeita á iluminação, esta deve ser indirecta e o arejamento da sala deve ser
bom; no entanto, deve-se evitar as correntes de ar.

A temperatura ambiente deve ser agradável e apropriada á estação do ano.

As características e qualidades das áreas que devem integrar


os espaços próprios das actividades físicas desportivas

Assim, quando às características temos:

Áreas de prática – devem ter dimensões prescritas pelas respectivas


federações.
Balneários/vestuários – devem existir em quantidade e dimensionados de
modo a servirem o máximo de utentes para as instalações em questão.
Público – as zonas destinadas ao público devem ser de acesso e circulação
totalmente independente da dos atletas.
Sociais – devem ser locais que permitam o convívio sócio-cultural entre os
utentes.
Comunicação Social – as instalações devem ser providas de locais próprios
para a comunicação social, tais como: lugares reservados à imprensa, cabines
para repórteres, sala de imprensa, plataformas para filmagem, trincheiras de
reportagem, sala de entrevista, cabines telefónicas, sanitários na zona
reservada à comunicação social.

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No que respeita às qualidades, temos as seguintes:

Acessibilidade – a instalação desportiva deve estar inserida num local onde a


rede viária permita um fácil acesso. Deve também garantir o estacionamento
de veículos assim como o seu fácil acesso e escoamento. Deve ainda ser
contemplado um local para aterragem de helicópteros.
Ventilação – deve prever-se a introdução de ar novo nos recintos fechados, de
modo a manter os níveis de conforto para os utentes.
Iluminação – pode ser natural ou artificial. Sempre que possível deve
privilegiar-se a iluminação natural devido aos elevados custos que a iluminação
artificial acarreta. Quando utilizada a iluminação deve estar de acordo com os
requisitos da modalidade.
Temperatura – a temperatura ambiente deverá ser agradável de tal modo que
não ponha em causa a integridade dos atletas e o seu nível de prestação.
Pavimento – deve corresponder às exigências das modalidades.
Dimensionamento – este depende do objectivo e do nível de prática da
instalação, da modalidade, do número máximo de utentes.

Características técnicas, físicas e funcionais dos diferentes tipos de


instalação

As instalações desportivas constituem-se como uma peça chave no


desenvolvimento desportivo.

Neste sentido, antes da elaboração do projecto, é fundamental reflectir-se não


só sobre os objectivos e prioridades, mas também sobre as tendências,
comportamentos e motivações desportivas da população a que se destina a
construção, assegurando sempre as condições mínimas de funcionalidade, de
segurança, higiene e rentabilidade.

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As áreas de jogo
Têm de estar de acordo com as exigências regulamentares definidas nos
regulamentos das federações ou confederações de carácter e de âmbito
nacional e internacional.

As zonas de segurança
Estão de acordo com as características de cada modalidade. Normalmente
existe uma zona livre circundante ao espaço de jogo que deverá reunir
condições para preservar a integridade dos atletas.

A climatização, ventilação e desumidificação


Deve ser contemplada no âmbito da arquitectura desportiva.

Os equipamentos básicos
Cada modalidade exige equipamentos básicos adequados às suas
especificidades.
Se tal não se tiver em atenção, não se está a contribuir para desenvolvimento
da modalidade e, muito menos, a preservar a integridade de quem a pratica.

Sinalização e informação
A instalação desportiva deve estar apetrechada de sinalização e informação,
podendo desta forma, advertir os utentes para os riscos envolvidos na
utilização das áreas mais sensíveis.

A higiene e limpeza
É um dos factores mais importantes para a prestação de um serviço com
qualidade.
Deverá ser focalizada nos períodos de maior afluência, não só nos locais onde
decorre actividade física, mas também e principalmente, nos balneários, pois
trata-se de uma área muito sensível.

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Conclusão

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