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UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
VICE-REITORIA DE GRADUAÇÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Fortaleza – CE
Novembro/2022
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Sumário
O esporte paraolímpico...............................................................................................................3
Classificação médica, funcional e órgãos reguladores...............................................................4
História do esporte paralímpico brasileiro..................................................................................8
MODALIDADES.....................................................................................................................13
ATLETISMO:...........................................................................................................................13
BADMINTON..........................................................................................................................14
BASQUETE EM CADEIRA DE RODAS...............................................................................15
BOCHA.....................................................................................................................................17
CANOAGEM...........................................................................................................................18
ESGRIMA EM..........................................................................................................................18
CADEIRA DE RODAS............................................................................................................18
FUTEBOL DE CEGOS............................................................................................................19
FUTEBOL PC...........................................................................................................................20
GOALBALL.............................................................................................................................21
HALTEROFILISMO................................................................................................................22
HIPISMO..................................................................................................................................23
JUDÔ........................................................................................................................................24
NATAÇÃO...............................................................................................................................24
REMO.......................................................................................................................................25
RUGBY EM CR.......................................................................................................................26
TAEKWONDO.........................................................................................................................27
VÔLEI SENTADO...................................................................................................................28
TRIATLO.................................................................................................................................28
TIRO ESPORTIVO..................................................................................................................29
TÊNIS EM CADEIRA DE RODAS.........................................................................................30
TÊNIS DE MESA.....................................................................................................................31
REFERÊNCIAS........................................................................................................................33
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O esporte paraolímpico
Conceito e história
Logo, essa adaptação, que pode ser definida como a capacidade da pessoa estar apta a atender
às demandas exigidas pela vida através de um processo constante, faz-se em dupla via, visto
que não existe para a pessoa com deficiência uma adaptação unilateral. Ela tem que ocorrer da
pessoa com deficiência para com o seu meio e desse ambiente para com o sujeito (Duarte &
Santos, 2003). Nesse sentido, os processos de adaptação das práticas e atividades, na
sociedade contemporânea, visam facilitar a vida de pessoas com deficiência. Por um lado,
favorecem sua inclusão social através de meios apropriados, por outro, possibilitam seu
crescimento pessoal através da oferta de desafios e necessidade de superação.
O esporte adaptado é um exemplo desse processo. Esse termo parece mais adequado do que
"esporte para pessoas com deficiência", pois abrange um leque maior de possibilidades. Pode
ser definido como o fenômeno esportivo modificado ou criado para suprir as necessidades dos
envolvidos (Paciorek, 2004), ou diretamente vinculados às pessoas com deficiência (Winnick,
2004). Pode ser praticado em ambientes integrados, em que as pessoas com deficiência
interagem com não-deficientes, ou em ambientes especiais, nos quais a participação é
reservada a tais indivíduos (Winnick, 2004).
A palavra "paraolímpico" deriva da preposição grega "para", que signfica "ao lado, paralelo" e
da palavra "olímpico", numa referência à ocorrência paralela entre os Jogos Olímpicos e
Paraolímpicos desde 1960. A palavra "paraolímpico" era originalmente uma combinação de
paraplégico e olímpico, entretanto, com a inclusão de outros grupos de pessoas com
deficiência, e a união das associações ao movimento olímpico, ela tomou outra conotação
(Senatore, 2006).
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1888, em Berlim, Alemanha. Porém, somente em 1924 é que foram realizados, em Paris,
França, os primeiros "Jogos do Silêncio", com a participação de 145 atletas de nove países
europeus. Essa foi a primeira competição internacional para pessoas com deficiência
(Senatore, 2006; Winnick, 2004).
Quanto aos Jogos Paraolímpicos, a versão dos Jogos Olímpicos para o esporte adaptado, surge
a partir do final da 2ª· Guerra Mundial. Um espólio perceptível desse marco histórico,
principalmente nos países europeus envolvidos no grande conflito, foi o considerável número
de combatentes que sofreram lesões na coluna vertebral, ficando paraplégicos ou
tetraplégicos. Esta situação influenciou Ludwig Guttmann, neurocirurgião alemão, a iniciar
um trabalho de reabilitação médica e social de veteranos de guerra por meio de praticas
esportivas, no Centro Nacional de Lesionados Medulares de Stoke Mandeville, Inglaterra,
fundado em 1944 pelo próprio cirurgião (Comitê Organizador dos Jogos Parapanamericanos,
2007).
Em 1952, ex-soldados holandeses se uniram para participar dos Jogos de Stoke Mandeville, e
juntamante com os ingleses, fundaram a ISMGF - International Stoke Mandeville Games
Federation - Federação Internacional dos Jogos de Stoke Mandeville, dando início ao
movimento esportivo internacional que viria a ser base para a criação do que hoje é conhecido
como esporte paraolímpico (Senatore, 2006).
Os Jogos Paraolímpicos sempre foram realizados no mesmo ano dos Jogos Olímpicos, porém
nem sempre nos mesmos locais, em períodos próximos (logo em seguida) e utilizando as
mesmas instalações. Isto só vai ocorrer de forma definitiva a partir de 1988, em Seul, Coréia
do Sul. Em Atenas, Grécia, em 2004, celebrou-se a XII Paraolimpíada de verão, com
participação de 3.806 atletas de 136 países (Comitê Paraolímpico Internacional, 2008). Dessa
forma, os Jogos Paraolímpicos, que começaram como um evento com fortes implicações
sociais e fins terapêuticos, tornaram-se o evento esportivo mais importante para as pessoas
com deficiência em âmbito mundial.
- "Les autres" (inclui todos os atletas com alguma deficiência de mobilidade não incluída nos
grupos acima).
Existem dois tipos de sistemas de classificação, o médico (que verifica o nível mínimo de
deficiência e não leva em conta a capacidade funcional do atleta) e o funcional (que identifica
como o atleta executa as habilidades específicas da modalidade). Tais instrumentos combinam
informações médicas com dados sobre desempenho, a fim de avaliar habilidades específicas
da modalidade esportiva que são necessárias. Esse sistema de classificação pode ser usado em
competições que envolvam uma ou mais deficiências (Paciorek, 2004).
As classes são definidas por modalidades, fazem parte de suas regras específicas e são
determinadas por uma variedade de processos que podem incluir avaliação física, técnica,
médica e observações dentro e fora das competições (Comitê Organizador dos Jogos
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Parapanamericanos, 2007).
Na modalidade natação, por exemplo, tem-se as seguintes classes (Comitê Organizador dos
Jogos Parapanamericanos, 2007):
O surgimento do esporte para pessoas com deficiência, e seu crescimento em todo o mundo,
fez com que gradativamente fossem criadas entidades internacionais, nacionais e regionais
nas diversas áreas de deficiência e também em diferentes modalidades, com a
responsabilidade de melhor administrá-lo. Tanto a organização das disputas no esporte
adaptado, quanto a classificação dos atletas, seguem normas específicas de órgãos
reguladores, que racionalizam e representam o componente burocrático desse universo. A
função desses órgãos é muito semelhante à de uma instituição nacional reguladora de uma
modalidade para não-deficientes, ou seja, supervisionar o desenvolvimento e a condução de
suas disputas e eventos, além de promover a participação de seus membros nos mesmos. Tais
órgãos, que oferecem programas esportivos para pessoas com deficiência, podem ser
classificados como organizações poliesportivas e monoesportivas (Paciorek, 2004).
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Existem inúmeras entidades reguladoras com autonomia parcialmente adquirida, pois em
competições específicas de determinada organização, as mesmas têm independência de
atuação no gerenciamento da modalidade e do evento. Porém, quando se trata dos Jogos
Paraolímpicos, a responsabilidade pela organização e regulação das regras de disputa cabe ao
Comitê Paraolímpico Internacional (IPC), ao qual, nessa situação, as outras entidades se
reportam.
Embora trabalhe de forma associada com o IOC, o IPC ainda não tem a mesma abrangência
internacional e o mesmo acesso a recursos financeiros, assim como todo o esporte
paraolímpico. Do atual quadro de atletas paraolímpicos de alto rendimento brasileiros só um
pequeno número são profissionais do esporte. A maioria depende de auxílios como a "Bolsa-
incentivo" fornecida pelo governo federal e o Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), que
constitui, segundo esse próprio órgão regulador, uma doação aos atletas, não configurando
vínculo empregatício (Comitê Paraolímpico Brasileiro, 2008).
É importante fazer uma ressalva quanto à organização do esporte para surdos, pois essa
deficiência não faz parte dos Jogos Paraolímpicos por opção própria de seus representantes. A
principal competição internacional desses atletas se dá nos Jogos Mundiais para Surdos
(Paciorek, 2004).
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História do esporte paralímpico brasileiro
O primeiro esporte adaptado praticado no Brasil foi o basquete em cadeira de rodas. Enquanto
realizavam tratamento médico nos Estados Unidos, brasileiros com deficiência conheceram a
modalidade e a trouxeram para o país. Em 1958, foi fundado o Clube do Otimismo, no Rio de
Janeiro, por iniciativa de Robson Sampaio de Almeida e pela ação do técnico Aldo Miccolis – dois
Dois anos mais tarde, houve a primeira edição dos Jogos Paralímpicos, em Roma, na Itália. O
Ocidental, em 1972. A primeira medalha paralímpica do país foi conquistada nos Jogos de
“Curtinho”, faturaram a prata na modalidade lawn Bowls, antecedente da bocha que era praticada
na grama.
Com exceção das duas primeiras edições do evento, a competição paralímpica ainda não era
realizada na mesma cidade sede dos Jogos Olímpicos. A partir da edição de Seul, em 1988, a
organização dos eventos assumiu o formato atual, ocorrendo na mesma cidade e em sequência.
O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) foi fundado no dia 9 de fevereiro de 1995, em sua primeira
sede, em Niterói, no Rio de Janeiro. Seu primeiro presidente foi João Batista Carvalho e Silva, que
manteve-se à frente da entidade até 2001. Durante sua gestão, investiu esforços na ampliação
Esporte, Pelé, que acompanhou a delegação brasileira nos Jogos Paralímpicos de Atlanta 1996.
A primeira participação do Brasil sob gestão de seu comitê nacional foi bem-sucedida, e o país
terminou na 37ª colocação, com 21 medalhas, sendo dois ouros, seis pratas e 13 bronzes. Quatro anos
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mais tarde, nos Jogos de Sydney 2000, os brasileiros fecharam sua participação em 24º e conquistaram
adaptado no Brasil. A legislação estabelece o repasse de parte da arrecadação das loterias federais para
estruturais e técnicos.
Em 2001, João Batista deu lugar a Vital Severino, que exerceu a função de secretário executivo da
entidade. Durante sua gestão, foi realizada uma reestruturação. Anteriormente, os esportes eram
divididos por tipo de deficiência e os atletas da mesma modalidade só se uniam como uma Seleção em
Jogos Paralímpicos. Com a nova organização a divisão passou a ser por modalidade, por exemplo,
atletismo tornou responsabilidade de uma mesma confederação, mas é praticado por atletas com
diferentes deficiências. Em 2002, também foi realizada a transferência da sede do CPB, que deixou
Na edição seguinte dos Jogos, Atenas 2004, o Brasil subiu no ranking para o 14º lugar, com 33
medalhas, sendo 14 ouros, 12 pratas e sete bronzes. Os Jogos da Grécia foram marcantes, já que esta foi
a primeira vez em que a competição teve transmissão pela televisão para o público brasileiro, por meio
de uma estratégia de comunicação do CPB, que comprou os direitos dos Jogos e repassou ao Grupo
Globo. O grande destaque foi Clodoaldo Silva, nadador que conquistou sete medalhas – seis ouros e
Nos Jogos de Pequim, em 2008, a delegação brasileira mais uma vez avançou no quadro de medalhas,
agora com a nona colocação. Foram 47 conquistas, sendo 16 ouros, 14 pratas e 17 bronzes – marca
No ano seguinte à edição chinesa dos Jogos Paralímpicos, houve nova eleição no CPB, e Andrew
Parsons foi escolhido como o novo dirigente da entidade. Andrew trouxe ao CPB a bagagem de quem
já havia sido secretário-geral do CPB de 2001 a 2009 e, também, presidente do Comitê Paralímpico das
Américas, de 2005 a 2009. Andrew foi reeleito em 2013 e geriu o esporte adaptado brasileiro até 2017.
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O avanço nos Jogos Paralímpicos também foi contínuo. A melhor participação do país em medalhas de
ouro aconteceria em Londres 2012. Liderados pelo nadador Daniel Dias, o Brasil ficou com a sétima
A campanha foi chave no maior objetivo brasileiro neste período: em 2009, além do início da gestão
Andrew Parsons, houve a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Paralímpicos de 2016. O
planejamento do CPB, então, voltou-se todo a representar o Brasil da melhor forma possível na
A oportunidade de sediar os Jogos Paralimpíada ocasionou ainda a construção daquele que se tornaria o
Brasil foi oficializada em janeiro de 2013, em São Paulo. A obra foi orçada em cerca de R$ 260
milhões, fez parte do Plano Brasil Medalhas, do Governo Federal, que investiu R$ 1 bilhão adicional ao
O CT Paralímpico foi inaugurado em maio de 2016 e serviu como sede da aclimatação brasileira para a
Paralimpíada do Rio 2016. O CT conta com instalações esportivas indoor e outdoor para treinamentos,
esgrima, rúgbi e tênis em cadeira de rodas, bocha, natação, futebol de 5 (para cegos), futebol de 7 (para
paralisados cerebrais), goalball, halterofilismo, judô, tênis de mesa, triatlo e vôlei sentado. Além disso,
tem área residencial com alojamentos, refeitório, lavanderia e um setor administrativo com salas,
No Rio 2016, os brasileiros foram os anfitriões. A delegação verde e amarela contou com o maior
número de atletas já enviados para Jogos, 278. Também atingiu o maior número de pódios da história
da nação, ao conquistar 72 medalhas, sendo 14 ouros, 29 pratas e 29 bronzes. O Brasil fechou sua
participação na 8ª colocação.
edições de Jogos de Inverno: dois atletas estiveram em Sochi 2014. Em 2018, em PyeonChang, o time
presidente da entidade. Uma de suas primeiras conquistas foi a ampliação da concessão de uso do CT
Paralímpico, que agora é de cinco anos, renováveis por mais cinco temporadas, em processo de
Ex-jogador de futebol de 5, Mizael Conrado deu prioridade à expansão do cunho social do esporte
paralímpico atrelado ao alto rendimento. Em 2018, foram desenvolvidos projetos como Escola
Paralímpica de Esportes, que oportunizou o primeiro contato de crianças com o esporte adaptado.
Outras iniciativas, como o Camping Escolar Paralímpico, foram colocadas em prática. O Festival Dia
do Atleta Paralímpico, em 22 de setembro de 2018, reuniu mais de sete mil crianças em 48 núcleos,
por todos os estados do país, em ação inédita de expansão do Movimento pelo Brasil.
Neste mesmo ano, o Brasil teve representantes em 12 Campeonatos Mundiais (basquete em cadeira de
rodas, bocha, canoagem, ciclismo pista e estrada, futebol de cegos, hipismo, judô, goalball, remo, tênis
de mesa e vôlei sentado), em que conquistou 20 medalhas. Foram seis de ouro, sete de prata e sete de
bronze. A Seleção Brasileira de futebol de cegos tornou-se pentacampeã mundial e garantiu vaga para
respectivamente. Lauro Chaman conquistou o ouro no Mundial de Ciclismo de Pista, realizado no Rio
de Janeiro. Já a judoca Alana Maldonado sagrou-se campeã mundial em sua categoria. Cátia Oliveira
O ano também foi marcado por participações inéditas. O Brasil fez a sua segunda aparição em edições
de Jogos de Inverno, e contou com o maior efetivo já levado a esta competição, até então, com três
atletas. Cristian Ribera, do esqui cross-country, teve a melhor performance de um brasileiro no evento,
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O calendário esportivo de 2019 contou com campeonatos mundiais de 10 modalidades: atletismo,
badminton, canoagem, ciclismo (pista e estrada), esgrima em cadeira de rodas, futebol de PC,
halterofilismo, natação, taekwondo e tiro esportivo, além dos Jogos Parapan-Americanos de Lima.
No Parapan de Lima, o Brasil conquistou 308 medalhas e ficou no primeiro lugar do quadro geral do
evento. Logo após o Parapan de Lima, os nadadores viajaram para Londres para o Campeonato
Mundial da modalidade. O Brasil deixou a capital britânica com o 11º lugar no quadro de medalhas,
com cinco ouros, seis pratas e seis bronzes, e um total de 17 pódios. Já no Mundial de atletismo, em
subiram ao pódio 39 vezes, com 14 ouros, nove pratas e 16 bronzes. No halterofilismo, na disputa por
equipes, o Brasil conquistou a inédita medalha de prata com Bruno Carra, Mariana D’Andrea e Evânio
São Paulo, e cancelou todas as competições do calendário esportivo até o fim do segundo semestre de
pequeno grupo de atletas do atletismo, natação e tênis de mesa retornaram aos treinos.
No fim de 2020, o presidente do CPB, Mizael Conrado foi reeleito para a posição para o ciclo 2021-
2025, em Assembleia Geral Ordinária de Eleição realizada no CT Paralímpico, em São Paulo. O ex-
atleta do atletismo Yohansson Nascimento foi eleito vice-presidente e formará a nova diretoria
executiva da entidade.
Os Jogos Paralímpicos de Tóquio foram adiados para 2021. No começo de 2021, o CPB autorizou o
retorno das Seleções Brasileiras ao CT Paralímpico para treinamentos. Por meio de vacinas contra
Covid-19 doadas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI, sigla em inglês), todos os participantes dos
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Jogos Paralímpicos foram vacinados. O CT Paralímpico foi um dos polos de vacinação para atletas,
O Brasil contou com uma delegação de 234 atletas, de 20 modalidades, nos Jogos Paralímpicos de
Tóquio 2020. Na capital japonesa, o país alcançou a 100ª medalha de ouro em Jogos Paralímpicos. Ao
MODALIDADES
ATLETISMO: O atletismo paralímpico é praticado por atletas com deficiência física, visual ou
intelectual.
PISTA: Velocidade: 100m, 200m, 400m, rev. 4x400m e rev. 4x100m/ Meio fundo: 800m, 1.500m/
CAMPO: Lançamento de disco, Lançamento de dardo, Arremesso de peso, Salto em distância, Salto
CLASES NO ATLETISMO
Os competidores são divididos em grupos de acordo com o grau de deficiência constatado pela
classificação funcional. Os que disputam provas de pista e de rua (velocidade, meio-fundo, fundo e
cerebrais (31 a 34 para cadeirantes; 35 a 38 para andantes), T40 a T41 Anões, T42 a T44 Deficiência
nos membros inferiores, T45 a T47 Deficiência nos membros superiores, T51 a T57 Competem em
Já os atletas que fazem provas de campo (arremessos, lançamentos e salto em altura) são identificados
F- Field (campo), F11 a F13 Deficiências visuais, F20 Deficiências intelectuais, F31 a F38 Paralisados
cerebrais (31 a 34 para cadeirantes; 35 a 38 para andantes), F40 a F41 Anões, F41 a F46 amputados ou
deficiência nos membros superiores ou inferiores (F42 a F44 para membros inferiores e F45 a F46 para
membros superiores), F51 a F57 Competem em cadeiras de rodas (sequelas de poliomielite, lesões
medulares).
Para os atletas deficientes visuais, as regras de utilização de atletas-guia e de apoio variam de acordo
com a classe funcional. Nas provas de 5000m, de 10.000m e na maratona, os atletas das classes T11 e
T12 podem ser auxiliados por até dois atletas-guia durante o percurso (a troca é feita durante a disputa).
No caso de pódio, o atleta-guia que terminar a prova recebe medalha. O outro, não. Há, também,
situações específicas em que um guia que não estava inscrito inicialmente em determinada prova tenha
de correr. Neste cenário, ele não recebe medalha, caso suba ao pódio.
ATLETA-GUIA E APOIO- T11 Corre ao lado do atleta-guia e usa o cordão de ligação. No salto em
distância, é auxiliado por um apoio. T12 Atleta-guia e apoio, no salto, são opcionais. T13 Não pode
BADMINTON
O Badminton é o badminton estruturado para pessoas com deficiências físicas e terá a sua estreia nos
Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. Atletas em cadeira de rodas e andantes utilizam uma raquete para
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golpear uma peteca na quadra dos adversários competindo em provas individuais, duplas (masculinas e
Em 1995, foi criada a IBAD (Associação Internacional de Badminton para Deficientes) para gerir a
modalidade. Em 2009, teve o seu nome alterado para PBWF (Federação Mundial de Badminton) e
dois anos depois teve a sua junção integral com a Federação Mundial de Badminton (BWF -
O primeiro Campeonato Mundial foi realizado em 1998, na Holanda. De lá para cá, foram realizadas
11 edições - a partir de 2001 ficou decidido que os eventos seriam realizados nos anos ímpares.
No Brasil, o Badminton foi introduzido em 2006, pelo professor Létisson Samarone Pereira, no Distrito
(2008) e nacionais (2009). Desde 2011, o Brasil participa de todos os campeonatos internacionais da
modalidade.
CLASSES NO BADMINTON: WH1 E WH2 Classes funcionais de cadeiras de rodas, SL3 E SL4
Classes funcionais de pessoas com deficiência nos membros inferiores que andam, SU 5 Classes
funcional de pessoas com deficiência nos membros superiores, SS6 Classes funcionais de baixa
estatura.
Praticado inicialmente por ex-soldados norte-americanos que haviam saído feridos da 2ª Guerra
Mundial, o basquete em cadeira de rodas fez parte de todas as edições já realizadas dos Jogos
Paralímpicos. No Brasil, a modalidade tem forte presença na história do movimento paralímpico, sendo
a primeira a ser praticada no país, a partir de 1958, no Clube do Otimismo, no Rio de Janeiro, por
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As cadeiras de rodas utilizadas por homens e mulheres são adaptadas e padronizadas pelas regras da
Federação Internacional de Basquete em Cadeira de Rodas (IWBF). O jogador deve quicar, arremessar
ou passar a bola a cada dois toques dados na cadeira. As dimensões da quadra e a altura da cesta
seguem o padrão do basquete olímpico. São disputados quatro quartos de 10 minutos cada. No Brasil, a
Apesar da popularidade no país, o Brasil ainda não conquistou medalhas na modalidade em Jogos
Paralímpicos. A estreia da Seleção masculina foi nos Jogos de Heidelberg 1972, e, da feminina, em
Atlanta 1996. As melhores colocações brasileiras na modalidade foram o quinto lugar, no masculino, e
DEFICIÊNCIA: Física/motora
REGRAS: Mesmas do basquete olímpico, com adaptação de que cada jogador deve quicar,
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Na classificação funcional, os atletas são avaliados conforme o comprometimento físico-motor em uma
escala de 1 a 4,5. Quanto maior a deficiência, menor a classe. A soma desses números da equipe em
BOCHA
Praticada por atletas com elevado grau de paralisia cerebral ou deficiências severas, a bocha
paralímpica só apareceu no brasil na década de 1970. a competição consiste em lançar as
bolas coloridas o mais perto possível de uma branca (jack ou bolim). os atletas ficam sentados
em cadeiras de rodas e limitados a um espaço demarcado para fazer os arremessos. é
permitido usar as mãos, os pés e instrumentos de auxílio, e contar com ajudantes (calheiros),
no caso dos atletas com maior comprometimento dos membros.
A modalidade teve um antecessor nos jogos paralímpicos: o lawn bowls, uma espécie de
bocha jogada na grama. e foi justamente no lawn bowls que o brasil conquistou sua primeira
medalha em jogos: róbson sampaio de almeida e luiz carlos “curtinho” foram prata nos jogos
de toronto, no canadá, em 1976. nos jogos paralímpicos rio 2016, o brasil encerrou com duas
medalhas: um ouro nos pares bc3, com antonio leme, evelyn de oliveira e evani soares, e uma
prata nos pares bc4, com eliseu dos santos, dirceu pinto e marcelo dos santos.
bc3: deficiências muito severas. usam instrumento auxiliar, podendo ser ajudados por outra
pessoa.
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CANOAGEM
Podem competir no esporte atletas com deficiência físico-motora dos dois sexos. nos jogos
paralímpicos do rio 2016, que marcou a estreia da modalidade, foram disputadas apenas as
provas de caiaque velocidade 200m. porém, em campeonatos brasileiros, existem também as
provas de 200m da canoa va'a e de velocidade 500m de caiaque e de va'a.
Deficiência: físico-motora
ESGRIMA EM
CADEIRA DE RODAS
Destinada a atletas com deficiência locomotora, a esgrima adaptada surgiu em 1953 e foi
aplicada originalmente pelo médico alemão Ludwig Guttmann, o pai do movimento
paralímpico. A modalidade, uma das mais tradicionais, é disputada desde a primeira edição
dos Jogos Paralímpicos, em Roma 1960.
Praticado por pessoas com amputações, lesão medular ou paralisia cerebral, a esgrima em
cadeira de rodas é um esporte rápido e tenso, onde os atletas devem usar sua inteligência e
raciocínio estratégico para vencer seu adversário, julgando o momento e a quantidade de
ataques assim como de movimentos defensivos.
Em Londres 2012, o gaúcho Jovane Guissone conquistou o primeiro ouro do Brasil em Jogos
Paralímpicos.
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DEFICIÊNCIA: Motora
FUTEBOL DE CEGOS
Junto às linhas laterais, são colocadas bandas que impedem que a bola saia do campo. Cada
time é formado por cinco jogadores – um goleiro e quatro na linha. Diferentemente de um
estádio convencional de futebol, as partidas de futebol de cegos são silenciosas, em locais sem
eco. O jogo é dividido em dois tempos de 15 minutos, com 10 minutos de intervalo.
A bola tem guizos internos para que os atletas consigam localizá-la. A torcida só pode se
manifestar na hora do gol. Os jogadores usam uma venda nos olhos e, se tocá-la, cometerão
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uma falta. Com cinco infrações, o atleta é expulso de campo e pode ser substituído por outro
jogador. Há, ainda, um guia (chamador) que fica atrás do gol adversário para orientar os
atletas so seu time. Ele diz onde os jogadores devem se posicionar em campo e para onde
devem chutar. O técnico e o goleiro também auxiliam em quadra.
A participação do futebol de cegos nos Jogos Paralímpicos aconteceu, pela primeira vez, em
Atenas 2004. Também neste evento, o Brasil foi o campeão, ao superar, nos pênaltis, os
argentinos por 3 a 2. A Seleção Brasileira possui mais três títulos paralímpicos: Pequim 2008,
Londres 2012 e, recentemente, no Rio 2016, quando sagrou-se tetracampeão. Além dos
títulos, a equipe verde e amarela foi a primeira a marcar um gol em Jogos Paralímpicos. O
autor do feito foi o atleta Nilson Silva, falecido em 2012.
DEFICIÊNCIA: Visual
GÊNERO: Masculino
CLASSES FUTEBOL DE CEGOS: Os atletas são divididos em três classes que começam
sempre com a letra B (blind, cego em inglês). Nos Jogos Paralímpicos, porém, competem
apenas os da classe B1.
B1: Cegos totais ou com percepção de luz, mas sem reconhecer o formato de uma mão a
qualquer distância
FUTEBOL PC
Cada time tem sete jogadores (incluindo o goleiro) e cinco reservas. A partida dura 60
minutos, divididos em dois tempos de 30, com um intervalo de 10. Não existe regra para
impedimento e a cobrança lateral pode ser feita com apenas uma das mãos, rolando a bola no
chão.
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DEFICIÊNCIA: Paralisia cerebral
GÊNERO: Masculino
Na regra atual é obrigatório que exista sempre pelo menos um atleta da classe FT1 em campo.
Caso não seja possível, o time deve jogar com seis ou cinco jogadores. Cada equipe só pode
contar com no máximo um atleta da classe FT3 em campo, durante toda a partida.
GOALBALL
A bola tem um guizo em seu interior para que os jogadores saibam sua direção. O goalball é
um esporte baseado nas percepções tátil e auditiva, por isso não pode haver barulho no
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ginásio durante a partida, exceto no momento entre o gol e o reinício do jogo e nas paradas
oficiais. A bola tem 76 cm de diâmetro e pesa 1,25 kg.
DEFICIÊNCIA: Visual
REGRAS: O jogo é dividido em dois tempos de 12 minutos cada, com três minutos de
intervalo. Todos os jogadores exercem, ao mesmo tempo, as funções de ataque e defesa. Há
um guizo no interior da bola para emitir sons
Nesta modalidade, os atletas deficientes visuais das classes B1, B2 e B3 competem juntos.
Todas as classificações são realizadas por meio da mensuração do melhor olho e da
possibilidade máxima de correção do problema. Todos os atletas, independente do nível de
perda visual, utilizam uma venda durante as competições para que todos possam competir em
condições de igualdade.
B1: Cegos totais ou com percepção de luz, mas sem reconhecer o formato de uma mão a
qualquer distância
HALTEROFILISMO
DEFICIÊNCIA: Atletas com deficiência física nos membros inferiores, baixa estatura e
paralisia cerebral
1: O atleta deve suportar o peso com os braços estendidos (posição inicial) até o comando do
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árbitro
2: Depois, descer a barra até encostá-lo no corpo com uma parada evidente
Os atletas competem em categorias de peso, assim como na versão olímpica. Nos Jogos
Paralímpicos Rio 2016, foram disputadas dez categorias masculinas e dez femininas.
10: Masculina
10: Feminina
HIPISMO
Os cavaleiros são classificados de acordo com a sua deficiência e julgados pela sua
capacidade ou habilidade equestre. O grau de deficiência varia de IA, mais severa, ao IV,
menos severa.
GRAU LI: Cadeitantes ou andantes com boa funcionalidade dos braços. Atletas com
comprometimentos unilateral severevo ou cegos
GRAU LLI: Andantes com comprometimento unilateral, moderado nos quatro membros ou
severo nos braços. Atletas com deficiência visual severa
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GRAU LV: Comprometimento leve em um ou dois membros. Atletas com deficiência visual
moderada
JUDÔ
A modalidade é disputada por atletas com deficiência visual divididos em categorias de
acordo com o peso corporal. Com até cinco minutos de duração, as lutas acontecem sob as
mesmas regras utilizadas pela Federação Internacional de Judô, com pequenas modificações
em relação ao judôconvencional. A principal delas é que o atleta inicia a luta já em contato
com o quimono do oponente. Além disso, a luta é interrompida quando os lutadores perdem
esse contato. Não há punições para quem sai da área de combate. No Brasil, a modalidade é
administrada pela Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV).
O responsável pela primeira medalha de ouro verde e amarela foi o multicampeão Antônio
Tenório, em Atlanta 1996. No total, o judô já rendeu ao Brasil 22 medalhas na história dos
Jogos, sendo quatro ouros (todos conquistados por Tenório), nove pratas e nove bronzes.
DEFICIÊNCIA: Visual
OBJETIVO: O atleta deve derrubar o adversário com as costas voltadas para o chão,
imobilizá-lo no solo por 20 segundos ou forçá-lo a desistir
Além das categorias por peso, os judocas são divididos em duas classes, de acordo com o grau
da deficiência visual.
J1: Cegos totais ou com percepção de luz, mas sem reconhecer o formato de uma mão a
qualquer distância
NATAÇÃO
As adaptações são feitas nas largadas, viradas e chegadas. Os nadadores cegos recebem um
aviso do tapper, por meio de um bastão com ponta de espuma quando estão se aproximando
das bordas. A largada também pode ser feita na água, no caso de atletas de classes mais
baixas, que não conseguem sair do bloco. As baterias são separadas de acordo com o grau e o
tipo de deficiência. No Brasil, a modalidade é administrada pelo Comitê Paralímpico
Brasileiro (CPB).
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No total, o Brasil já conquistou 102 medalhas na natação em Jogos Paralímpicos, sendo 32 de
ouro, 34 de prata e 36 de bronze. É a segunda modalidade que mais medalhas deu ao Brasil
nas Paralimpíadas, atrás apenas do atletismo (142).
PROVAS: 50m
Nomenclaturas na NATAÇÃO
S- Nados livre, costas e borboleta
SB-Nado peito
SM-Nado Medley
Classes na NATAÇÃO: As classes sempre começam com a letra S (swimming). O atleta pode
ter classificações diferentes para o nado peito (SB) e o medley (SM).
REMO
O remo está no programa paralímpico desde os Jogos de Pequim 2008. No Brasil, a
modalidade teve início nos anos 1980, no Rio de Janeiro. A Superintendência de Desportos do
Rio de Janeiro (SUDERJ) iniciou um programa de reabilitação para pessoas com deficiência
física, mental e auditiva utilizando o remo como ferramenta. Porém, somente em 2005, depois
de dois mundiais, a Confederação Brasileira de Remo reativou o departamento de Remo
Adaptável.
Nos Jogos Paralímpicos de Pequim 2008, o Brasil conquistou uma medalha de bronze no
Double Skiff misto, classe TA, com Elton Santana e Josiane Lima.
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GÊNERO: Masculino e feminino
O remo paralímpico consiste na prática do remo por pessoas com deficiência ou limitação
física, visual ou déficit intelectual, que tenham mobilidade mínima de braços. As categorias
da modalidade separam os atletas pelo seu tipo de deficiência física.
- PR1 (Braços e Ombros): Barco formado por remadores que possuem somente mobilidade de
ombros e braços. Esta categoria está presente apenas nos barcos individuais: PR1 Single Skiff
Masculino (PR1 M1x) e PR1 Single Skiff Feminino (PR1 W1x). Os remadores utilizam
assento fixo e equipamento de proteção obrigatório.
- PR2 (Tronco e Braços): Barco formado por remadores que possuem mobilidade nos troncos
e nos braços. Existe apenas um tipo de barco: PR2 Double Skiff Misto (PR2 Mix2x), sendo
um homem e uma mulher, ambos com assento fixo.
- PR3 (Pernas, Tronco e Braços): Barco formado por remadores que possuem mobilidade nas
pernas, troncos e braços. Existem dois tipos de barcos: PR3 Quatro Com Misto (PR3 Mix4+),
formado por dois homens, duas mulheres e um timoneiro; e PR3 Double Skiff Misto (PR3
Mix2x), formado por um homem e uma mulher.
MISTO: Double Skiff PR2 (PR2 Mix2x), Double Skiff PR3 (PR3 Mix2x) e Quatro Com PR3
(PR3 Mix4+)
RUGBY EM CR
O rugby em cadeira de rodas nasceu na década de 1970, em Winnipeg, no Canadá, e foi
desenvolvido por atletas tetraplégicos. No entanto, a modalidade só foi aparecer nos Jogos
Paralímpicos em Atlanta 1996, como esporte de demonstração. A estreia oficial ocorreu
quatro anos depois, em Sydney 2000, no qual os Estados Unidos conquistaram a medalha de
ouro, deixando a Austrália com a prata e a Nova Zelândia com o bronze.
Competem no esporte tanto homens quanto mulheres (não há divisão de gênero) com
tetraplegia ou deficiências nas quais as sequelas sejam parecidas com a de um tetra. No Brasil,
a modalidade é administrada pela Associação Brasileira de Rugby em Cadeira de Rodas
(ABRC).
Os jogos ocorrem em quadras de 15m de largura por 28m de comprimento e têm 4 períodos
de 8 minutos. O objetivo é passar da linha do gol com as duas rodas da cadeira e a bola nas
mãos. Assim como no rugby convencional, a modalidade para cadeirantes tem muito contato
físico. São quatro atletas em cada equipe, que contam ainda com 8 reservas cada.
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A Seleção verde e amarela fez, no Rio 2016, sua estreia em Jogos Paralímpicos. As equipes
mais fortes do esporte são o Canadá e os Estados Unidos, os primeiros a praticarem e
difundirem a modalidade.
REGRAS: O jogo é dividido em quatro tempos de oito minutos, com três intervalos
Os atletas são divididos em sete classes – 0.5, 1.0, 1.5, 2.0, 2,5, 3.0 e 3.5 -, de acordo com sua
mobilidade e resquícios de movimentos. Quanto maior a motricidade, maior a nota. Os atletas
com classificações mais baixas, jogam na defesa, e, os que possuem classificações mais altas,
formam o ataque.
A somatória das classes em quadra não pode ultrapassar oito pontos. Para cada mulher em
quadra, mais 0.5 pode ser acrescentado ao limite de pontos da equipe (Ex: uma equipe que
entra em quadra com duas mulheres pode somar 9 pontos).
Classificação funcional dividida em sete classes. Quanto maior a motricidade, maior a nota.
TAEKWONDO
As classes esportivas do Taekwondo são definidas pela letra P (poonse - forma) e K (kiorugui
– luta). A modalidade de Poonse é disputada por atletas com deficiência visual – P10,
deficiência intelectual – P20, deficiência física – P30 e baixa estatura – P70. A classe KP60 é
para surdos. A modalidade kiorugui é para deficientes físicos – K 40. A classe que faz parte
do programa paralímpico são as classes K43 e K44, na qual os atletas da classe K43 podem
competir na classe K44.
K43: Atletas com amputação bilateral do cotovelo até a articulação da mão, dismelia bilateral.
K44: atletas com amputação unilateral do cotovelo até a articulação da mão, dismelia
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unilateral, monoplegia, hemiplegia leve e diferença de tamanho nos membros inferiores.
Feminino Masculino
Até 49kg Até 61kg
Até 58kg Até 75kg
Acima de 58kg Acima de 75kg
VÔLEI SENTADO
No vôlei sentado, podem competir homens e mulheres que possuam alguma deficiência física
ou relacionada à locomoção. São 6 jogadores em cadatime, divididos por uma rede de altura
diferente e em uma quadra menor do que na versão olímpica da modalidade. Os sets tem 25
pontos corridos e, o Tie-Break, 15. Ganha a partida a equipe que vencer três sets. A quadra
mede 10m de comprimento por 6m de largura. A altura da rede é de 1,15m no masculino e
1,05m no feminino. É permitido bloqueio de saque, mas os jogadores devem manter o contato
com o solo o tempo todo, exceto em deslocamentos. No Brasil, a modalidade é administrada
pela Confederação Brasileira de Voleibol para Deficientes (CBVD).
A representação verde e amarela estreou na disputa dos Jogos em Pequim 2008, apenas com a
Seleção masculina, que terminou a competição em 6º lugar. Em Londres 2012, o Brasil teve
representantes nos dois gêneros, com as Seleções (masculina e feminina) ficando em quinto
lugar. Entretanto, o melhor resultado brasileiro veio no Rio 2016, com a conquista do bronze
pela Seleção feminina.
QUADRA: Mede 10m X 6m. A rede fica a 1,15m do chão no masculino, e a 1,05m no
feminino
REGRAS: Mesmas do vôlei olímpico (melhor de 5 sets). A exceção é que se pode bloquear o
saque
TIME: 6 Jogadores
De acordo com o grau de impacto nas funções na modalidade ocasionado pela sua deficiência,
os atletas são divididos em dois grupos: VS1 e VS2.
TRIATLO
O triatlo vem crescendo desde 1989, ano da disputa do primeiro campeonato mundial da
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modalidade, realizado em Avignon, na França. Recentemente, a modalidade estreou em Jogos
Paralímpicos, marcando presença no Rio 2016. A entidade responsável pelo esporte é a ITU
(União Internacional de Triatlo, na sigla em inglês). No Brasil, a modalidade é administrada
pela Confederação Brasileira de Triatlo (CBTri).
Nas disputas do triatlo, competem homens e mulheres. A prova engloba 750m de natação,
20km de ciclismo e 5km de corrida, e pode ser praticada por pessoas com variados tipos de
deficiência, como cadeirantes, amputados ou cegos.
PTWC; Cadeirantes competem na PTWC. Utilizam handcycle e cadeira de rodas para corrida.
A classe ainda é dividida nas subclasses PTWC1 (deficiências mais severas) e PTWC2
(menos severas).
PTS2, PTS3 PTS4 E PTS5: Atletas com deficiências físico-motoras e paralisia cerebral
andantes competem nestas classes, sendo a PTS2 para deficiências mais severas e PTS5 para
deficiências mais moderadas.
TIRO ESPORTIVO
o tiro esportivo é uma modalidade que exige concentração, técnica e prática. carabinas e
pistolas de ar são utilizadas nos eventos de 10 metros de distância. já nos 25 metros, é uma
pistola de perfuração (pólvora) que toma conta da disputa. carabinas de perfuração e pistolas
são as armas das provas de 50m.
a modalidade estreou nos jogos paralímpicos de 1976, em toronto, apenas com homens nas
disputas. quatro anos depois, em arnhem, na holanda, as mulheres entraram na disputa,
inclusive em provas mistas. em 1984 (stoke mandeville e nova york) e 1988 (seoul), as provas
mistas foram retiradas do programa, voltando apenas em 1992, em barcelona, substituindo a
prova feminina. quatro anos depois, em atlanta, os três tipos de disputas foram fixadas
novamente nos jogos.
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a estreia brasileira ocorreu em 1976. a segunda aparição de brasileiros veio somente em
pequim 2008, após 32 anos fora do evento, com carlos garletti, que também disputou as
paralimpíadas de londres 2012 e do rio 2016. além de garletti, nos jogos do rio o brasil esteve
representado por mais três atletas - alexandre galgani, débora campos e geraldo rosenthal -,
porém, nenhum deles chegou ao pódio.
Distâncias: 10 a 50 metros
a classificação dos atletas é feita de acordo com o equilíbrio, a mobilidade dos membros, a
força muscular e o grau de funcionalidade do tronco. atletas com diferentes tipos de
deficiência podem competir juntos. dependendo da classe, os atletas podem usar um suporte
para a arma. os atletas são divididos em duas classes: sh1 e sh2.
sh1: atiradores de pistola e de carabina que não requerem suporte para a arma
sh2: atiradores de carabina que não possuem habilidade para suportar o peso da arma com os
braços e precisam de suporte para a arma
Deficiência: De locomoção
Regras: Segue quase todas as regras do olímpico. Diferença principal é que a bola pode quicar
duas vezes em quadra
TÊNIS DE MESA
O tênis de mesa começou a ser praticado por pessoas em cadeira de rodas e entrou para o
programa dos jogos paralímpicos de roma 1960. A primeira participação de jogadores em pé
aconteceu em toronto 1976, junto com a estreia do brasil na modalidade.
No tênis de mesa, participam atletas do sexo masculino e feminino com paralisia cerebral,
amputados e cadeirantes. As competições são divididas entre mesatenistas andantes e
cadeirantes, com jogos individuais, em duplas ou por equipes. As partidas consistem em uma
melhor de cinco sets, sendo que cada um deles é disputado até que um dos jogadores atinja 11
pontos. Em caso de empate em 10 a 10, vence quem primeiro abrir dois pontos de vantagem.
Em relação ao tênis de mesa convencional, existem apenas algumas diferenças nas regras,
como na hora do saque para a categoria cadeirante. No brasil, a modalidade é administrada
pela confederação brasileira de tênis de mesa (cbtm).
Até os jogos de pequim 2008, a única conquista brasileira na modalidade havia sido a prata da
dupla welder knaf e luiz algacir. No rio 2016, a seleção brasileira fez a melhor campanha de
sua história, com quatro medalhas. Israel stroh e bruna alexandre faturaram prata e bronze,
respectivamente, nas disputas individuais da competição. Ainda, o brasil levou mais dois
bronzes, nas disputas por equipes.
Deficiência: Físico-motora
Regras: Para andantes, as regras são as mesmas do olímpico. Para os cadeirantes, o saque
difere
Os atletas são divididos em onze classes distintas. Mais uma vez, segue a lógica de que
quanto maior o número da classe, menor é o comprometimento físicomotor do atleta. A
classificação é realizada a partir da mensuração do alcance de movimentos de cada atleta, sua
força muscular, restrições locomotoras, equilíbrio na cadeira de rodas e a habilidade de
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segurar a raquete.
São 11 classes:
Cinco (1, 2, 3, 4 e 5) para cadeirantes
Cinco Para andantes (6, 7, 8, 9 e 10)
Uma (11) para andantes deficientes intelectuais.
REFERÊNCIAS
HTTPS://WWW.CPB.ORG.BR
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