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EDUCAÇÃO FÍSICA

INCLUSIVA E
ESPORTES
ADAPTADOS

Ana Paula Maurilia dos Santos


Esportes coletivos
adaptados para deficientes
auditivos (surdos),
visuais e cadeirantes
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Reconhecer os elementos fundamentais da prática e do desenvolvi-


mento das modalidades esportivas coletivas adaptadas.
 Descrever as diferentes modalidades esportivas coletivas adaptadas
para deficientes auditivos, visuais e cadeirantes.
 Explicar as regras básicas que possibilitam a compreensão dos esportes
coletivos adaptados.

Introdução
Neste capítulo, você vai estudar as modalidades esportivas coletivas,
aquelas que precisam de duas ou mais pessoas competindo contra uma
equipe adversária. As modalidades aqui apresentadas são provenientes
dos esportes convencionais, mas com adaptações quanto às regras, ao
funcionamento e às estruturas, de modo a incluir as mais variadas classes
de deficiências. Dentro desse contexto, o goalball se difere, pois é a única
modalidade criada exclusivamente para deficientes visuais — as demais
são adaptações de modalidades preexistentes.
Para possibilitar uma melhor compreensão sobre esse assunto, você
vai verificar os diferentes momentos históricos dos esportes paralímpicos
com foco no alto rendimento. Você também vai estudar a classificação
funcional, as regras básicas e as principais adaptações das diferentes
modalidades coletivas de esportes adaptados.
2 Esportes coletivos adaptados para deficientes auditivos (surdos), visuais e cadeirantes

Modalidades coletivas de esportes adaptados e


os elementos relacionados à competição
O esporte adaptado pode ser considerado um fenômeno abrangente, que
sofre e exerce grande influência da sociedade contemporânea — por isso, o
entendimento sobre os seus elementos se torna tão fundamental, conforme
destacam Silva et al. (2013). Ainda segundo os autores, o esporte adaptado é
a soma de fatores/elementos biológicos, psicológicos, sociais e da modalidade,
além de outros aspectos. Cabe, portanto, aos profissionais de educação física,
de modo geral, saber lidar com as diferentes situações que esse complexo
fenômeno esportivo impõe e, de modo específico, com a imprevisibilidade
das modalidades esportivas competitivas.
A mídia e a literatura atuais elevam a importância dos esportes coletivos
em relação à educação de crianças e jovens, além de os apontarem como
importantes meios de promoção da saúde, socialização e integração de seus
participantes. Assim, tais esportes se tornam de extrema valia às pessoas com
deficiência que lutam pela igualdade de direitos por meio da inclusão social.
Verificam-se diversos benefícios relacionados à prática do esporte pelas pessoas
com deficiência; prova disso é o aumento do número de publicações na área,
que analisam os esportes adaptados a partir das mudanças impactantes que
têm causado na vida dos atletas.
Em uma pesquisa que objetivou analisar a percepção de atletas de goalball
sobre os benefícios da modalidade, foi verificado que 50% dos atletas se
sentiam excluídos antes de iniciar a prática do esporte e que 80% dos atletas
indicaram se sentirem incluídos com a prática do esporte. O envolvimento
com a prática esportiva também se mostrou favorável às relações sociais: no
que tange ao relacionamento com amigos, passou de uma predominância
de relacionamento baixa para alta depois de integrar a modalidade. Além
disso, quanto à autoestima, os atletas avaliados, antes de praticarem goalball,
tinham uma percepção de serem pouco úteis ou inúteis à sociedade, condição
inversamente compreendida depois do início da prática esportiva, conforme
destacam Oliveira et al. (2013).
Outras mudanças estão relacionadas a benefícios terapêuticos e educa-
cionais quanto à reabilitação, à inclusão social, à saúde e ao alto rendimento.
Haiachi et al. (2016), buscando elucidar alguns fatores envolvidos nos esportes
paralímpicos, descrevem essas mudanças a partir de um enfoque histórico-
-conceitual, representando-as pelos cinco momentos históricos importantes
descritos a seguir.
Esportes coletivos adaptados para deficientes auditivos (surdos), visuais e cadeirantes 3

 Questões terapêuticas e educacionais: nesse momento, têm-se a


preocupação com a inabilidade do movimento corporal da pessoa com
deficiência e a necessidade de transformar as pessoas excluídas em
agentes produtivos da sociedade. Esse fato é comprovado por meio das
escolas para educação de surdos e cegos, o que culminou com a criação
do sistema Braille e da linguagem de sinais e, logo, com a criação dos
primeiros clubes para surdos (1888).
 Reabilitação: o segundo momento se relaciona à reabilitação, na ocasião
em que a prática esportiva tinha como foco amenizar os traumas cau-
sados aos ex-soldados no período de guerra. Nesse contexto, o esporte
surge como uma alternativa complementar ao processo de reabilitação,
por meio de modalidades tanto individuais (golfe, tiro esportivo) quanto
coletivas (basquete em cadeira de rodas). Aumentou-se a sobrevida dos
recém-lesionados com a prática esportiva.
 Inclusão social: diz respeito às manifestações sociais de luta pelos
direitos das pessoas com deficiência, que serviram para conscientizar a
população em relação à melhor participação do deficiente na sociedade.
Segundo Haiachi et al. (2016, documento on-line), “[...] a participação
em programas esportivos passou a ser uma estratégia adotada para
proporcionar melhorias na funcionalidade e no reconhecimento das
suas capacidades e potencialidades”.
 Saúde: surge da preocupação mundial com os aspectos de saúde, sendo
a prática esportiva um instrumento para o combate à inatividade física
e à obesidade. A área médica reconhece o verdadeiro papel do esporte
na melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência. Para
Haiachi et al. (2016, documento on-line), “[...] a deficiência antes focada
na lesão/limitação abre espaço para a funcionalidade, centrando sua
atenção no que o deficiente consegue fazer e nas suas potencialidades”.
Surge a Classificação Internacional de Funcionalidade, aplicada às
diversas áreas da sociedade, inclusive ao esporte.
 Rendimento esportivo: exigência de dedicação, treinamento cons-
tante, além da busca pela excelência para superar seus adversários e
melhorar cada vez mais seus próprios resultados. O alto rendimento
sofre influência direta do desempenho esportivo dos atletas; para tanto,
faz-se necessário, além da exclusiva dedicação ao treinamento, a cons-
tante inovação tecnológica (materiais, equipamentos e estratégias de
treino). De acordo com Haiachi et al. (2016, documento on-line), “[...]
a carreira esportiva dos atletas paralímpicos passa a estar diretamente
relacionada com a obtenção e a manutenção de resultados, o que eleva
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as exigências e o nível técnico deles, ratificando o esporte paralímpico


como de alto rendimento esportivo”.

Haiachi et al. (2016), ao tratarem o esporte paralímpico como possibilidade


de carreira, trazem à tona a questão dos atletas com deficiência que não con-
seguem obter resultados necessários para transformar o esporte em atividade
laboral. Os autores consideram que há inúmeros desafios nesse cenário, cercado
de problemas relacionados à manutenção de políticas de incentivo em todas as
fases da carreira do atleta paralímpico. Um deles é a exigência de o atleta se
manter obtendo resultados expressivos, o que esbarra na estrutura esportiva
deficiente existente no país.
Diante do contexto apresentado e de acordo com os pressupostos dos au-
tores, podemos concluir que, quando o deficiente se identifica com o esporte
e assume a identidade de atleta, o sentimento de incapacidade dá lugar ao
de pertencimento. Não se pode negar o poder de transformação do esporte
adaptado na vida das pessoas com deficiência, conforme destacam Silva et al.
(2013). No entanto, se, por um lado, o esporte se configura como um meio de
socialização, lazer e promoção da saúde e da qualidade de vida, por outro, às
vezes também é utilizado como meio de exclusão, de demonstração de poder,
de consumo, de alienação, de manutenção do status quo e de preconceitos,
conforme apontam Oliveira et al. (2013).
Além do goalball, quais são as outras modalidades esportivas coletivas
das quais os atletas com deficiência visual participam? E os cadeirantes e
deficientes auditivos? A seguir, estão descritas as modalidades coletivas das
quais participam dois atletas ou mais e que fazem parte das paralimpíadas e
das surdolimpíadas.

 Deficiente visual: goalball, futebol de 5.


 Cadeirantes: basquete em cadeira de rodas, rúgbi em cadeira de rodas,
curling em cadeira de rodas, hóquei no gelo.
 Deficientes auditivos: basquete, futebol, vôlei, vôlei de praia, curling,
hóquei no gelo.

Algumas modalidades individuais, como o paratletismo, também podem


se apresentar de forma coletiva por meio da corrida de revezamento (4 × 100 e
4 × 400 metros), assim como a paranatação. O curling e o hóquei no gelo são
modalidades coletivas de inverno presentes tanto nas paralimpíadas quanto
nas surdolimpíadas. O polo aquático e o handebol são modalidades coletivas
que já fizeram parte das surdolimpíadas.
Esportes coletivos adaptados para deficientes auditivos (surdos), visuais e cadeirantes 5

Com exceção da deficiência auditiva, os atletas são divididos em classes de


acordo com a limitação da deficiência. Isso justifica o fato de os deficientes
auditivos apresentarem um evento próprio, uma vez que não há classifica-
ção funcional, e os esportes disputados por eles são os convencionais, sem
adaptações. Os cadeirantes apresentam modalidades coletivas específicas
(p. ex.: basquete em cadeira de rodas, rúgbi em cadeira de rodas), mas, em
outras modalidades, participam apenas de algumas provas, de acordo com as
limitações funcionais (p. ex.: vôlei sentado). No que tange à deficiência visual,
em função de haver diferentes classificações de acordo com a função visual,
tanto no goalball quanto no futebol de 5 é obrigatória a utilização de vendas,
de modo a tornar a competição mais igualitária.
Um fato que merece ser destacado é que as modalidades presentes nesses
dois tipos de eventos (paralimpíadas e surdolimpíadas) podem variar a cada
edição desses jogos. A vela (Figura 1), por exemplo, uma das modalidades
mais tradicionais das paralimpíadas, na qual tanto os cadeirantes quanto os
deficientes visuais participavam, não fará mais parte dos eventos a partir
das paralimpíadas de Tóquio, em 2020. O Comitê Paralímpico Internacional
(ICP, 2010) justifica a exclusão alegando que a modalidade não apresenta a
disseminação mínima solicitada (ser praticada por 24 países e três regiões).
O mesmo ocorreu para o futebol de 7, modalidade coletiva destinada aos
paralisados cerebrais.
Porém, vale lembrar que não é porque uma modalidade foi excluída que
ela não poderá mais voltar em edições futuras. No caso, nos jogos de Tóquio
de 2020, haverá a estreia do parataekwondo e do parabadminton, modalidades
esportivas individuais praticadas em 32 países e três regiões, conforme a
exigência do ICP para modalidades individuais. No caso do parabadminton,
há categorias “coletivas” para cadeirantes, nas quais eles podem jogar em
duplas, por exemplo.
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Figura 1. Vela não faz mais parte das paralimpíadas.


Fonte: Paralympic Australia (2017, documento on-line).

Outra modalidade a se destacar é a dança esportiva em cadeira de rodas,


que, apesar de ser reconhecida pelo IPC desde 1998, não pertence aos jogos
paralímpicos. No entanto, de acordo com a Confederação Brasileira de Dança
em Cadeira de Rodas (CBDCR, 2019), acredita-se que ela possa se tornar um
esporte paralímpico. Essa modalidade é disputada nas categorias combinado
(em que apenas um dos integrantes do casal usa cadeira de rodas) e dueto (em
que os dois integrantes usam cadeira de rodas).

Acesse o link a seguir e conheça um pouco mais sobre a dança esportiva em cadeira
de rodas.

https://qrgo.page.link/N1rmN
Esportes coletivos adaptados para deficientes auditivos (surdos), visuais e cadeirantes 7

Vale ressaltar que, diferentemente dos deficientes visuais e dos cadeirantes,


não existem classificações ou restrições para os deficientes auditivos poderem
participar dos esportes para surdos. A única exigência é que apresentem perda
auditiva de pelo menos 55 decibéis no melhor ouvido, segundo a Confederação
Brasileira de Deficientes Auditivos (CBDS, [2016]). Reis e Mezzadri (2017)
lecionam que as competições para deficientes auditivos seguem as mesmas
regras dos esportes convencionais, com a substituição das sinalizações au-
ditivas por visuais — o apito pela bandeira vermelha, por exemplo. Ainda
segundo os autores, devido ao fato de os deficientes auditivos não poderem
competir em nenhuma modalidade dos jogos paralímpicos, foram criadas
as surdolimpíadas de verão, que acontecem a cada 4 anos. Trata-se de um
evento organizado pelo International Committee of Sports for the Deaf e
reconhecido pelo Comitê Olímpico Internacional desde 1955, como evento
máximo desportivo internacional para surdos.
A seguir, descreveremos a classificação funcional das principais moda-
lidades coletivas de verão pertencentes aos jogos paralímpicos. De acordo
com os objetivos do capítulo, serão descritas as que permitem a participação
de cadeirantes e deficientes visuais de forma coletiva. Diante do contexto
apresentado, pelo fato de a deficiência auditiva não possuir classificação
funcional, ela não será descrita no tópico a seguir.

A classificação funcional nos esportes coletivos


Nos esportes coletivos, a classificação funcional se difere dos esportes indi-
viduais. Como existem diversos tipos de comprometimentos físicos e visuais
entre os atletas de uma mesma equipe, a ideia é fazer com que essas diferenças
não reflitam em prejuízos ou vantagens para algumas equipes. Nesse sentido,
de forma a tornar a competição igualitária, no caso dos cadeirantes, as equipes
só entram em quadra se não ultrapassarem uma pontuação limite exigida. Tal
limite máximo de pontos é estabelecido por meio da contagem da classe de
cada um dos integrantes que formam uma equipe.
Desse modo, o grande desafio para os treinadores e técnicos é harmonizar
a equipe, de modo a delegar funções para jogadores mais habilidosos (maior
classe funcional) e menos habilidosos (menor classe). Segundo Marques et
al. (2009, documento on-line):

As diferentes formas de deficiência colocam, para os organizadores dos Jogos,


o problema de encontrar um sistema que garanta o princípio de igualdade de
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condições na disputa, levando resultados justos no final das competições.


A solução encontrada foi agrupar os competidores em categorias de acordo
com o comprometimento apresentado. Surgem então os sistemas de classifi-
cação, que têm por objetivo garantir a legitimidade das competições e seus
resultados [...]. Os atletas competem dentro de suas categorias, definidas de
forma específica por modalidade.

As modalidades coletivas se caracterizam pela participação de dois ou mais


atletas que competem contra uma dupla ou equipe adversária. Serão apresen-
tadas a seguir as modalidades coletivas nas quais há o confronto direto entre
os adversários: goalball, futebol de 5, basquete em cadeira de rodas e rúgbi em
cadeira de rodas. Nessas modalidades coletivas, participam exclusivamente
deficientes visuais, no caso do goalball e do futebol de 5, e cadeirantes, no
caso do rúgbi e do basquete em cadeira de rodas. Perceba que tanto no rúgbi
quanto no basquete há a designação “em cadeira de rodas”, uma vez que, em
ambas as modalidades, o uso da cadeira de rodas faz parte das regras. No
vôlei sentado, por exemplo, não há uma classificação funcional que atenda
especificamente cadeirantes, já que a modalidade classifica os deficientes em
amputados e les autres (englobam atletas que possuem alguma deficiência
motora). Alguns atletas das categorias amputados, paralisados cerebrais, com
lesão medular e ou com sequelas de poliomielite (que fazem uso — ou não —
de cadeira de rodas no seu dia a dia) participam somente de alguns eventos
nessa classificação, de acordo com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB,
[201-]). Outro ponto interessante é que existem modalidades individuais, como
o atletismo e a natação, em que existem as provas específicas de revezamento
e, por isso, nelas, competem entre si mais de dois paratletas.

Acesse o link a seguir e confira como funcionam as corridas de revezamento nas


paraolimpíadas.

https://qrgo.page.link/Dqyb9
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Deficiência visual — goalball


Nesta modalidade, os atletas com deficiência visual competem juntos, inde-
pendentemente do seu nível de perda visual e da sua classe (B1, B2 ou B3).
Sendo assim, para que todos possam competir em condições de igualdade, é
obrigatória a utilização de uma venda durante as competições. As categorias
dos atletas com deficiência visual são (CPB, [201-]):

 B1 — cegos totais ou com percepção de luz;


 B2 — com percepção de vultos;
 B3 — possibilidade de definir imagens.

Ao contrário de outras modalidades paralímpicas, o goalball foi desenvol-


vido exclusivamente para pessoas com deficiência visual. Na próxima seção,
você vai conferir as principais regras da modalidade.

Deficiência visual — futebol de 5


Assim como no goalball, os atletas são divididos em três classes e utilizam
vendas nos olhos, para evitar qualquer vantagem. O goleiro não é deficiente
visual, ou seja, enxerga normalmente. Nos jogos paralímpicos, competem
apenas os atletas da classe B1 (CPB, [201-]).

Cadeirantes — basquete em cadeira de rodas


O comprometimento físico-motor é avaliado em uma escala de 1 a 4,5. Quanto
maior a deficiência, menor a classe. Por exemplo, um atleta com lesão na
vértebra torácica apresenta uma classificação menor do que um atleta com
amputação de perna. Quando a equipe entra em quadra, a soma de todas as
classes dos jogadores da equipe não pode ultrapassar 14.
A classificação funcional no basquete em cadeira de rodas é descrita a
seguir, com base em Castellano (2001).

 1 — Jogador que não consegue segurar a bola com ambas as mãos e


não realiza rotação de tronco (entre outros comprometimentos).
 1,5 — Potencial e volume de ação similar à categoria 1,0. Os músculos
abdominais não são funcionais, entre outros comprometimentos. In-
clui jogadores com paraplegia relacionada à lesão medular na região
torácica (T8, T9).
10 Esportes coletivos adaptados para deficientes auditivos (surdos), visuais e cadeirantes

 2,0 — Apresenta flexão do quadril por meio de um ou dois músculos


psoas. Não consegue manter seu equilíbrio na cadeira de rodas quando
se choca frontalmente, entre outros comprometimentos. Inclui jogadores
com paraplegia completa e flácida de TIO a L1 (lombar).
 2,5 — Semelhante ao potencial e volume de ação máximo da classe
2.0. Ao contrário das outras categorias, conseguem (excepcionalmente)
apanhar a bola do chão com as duas mãos.
 3,0 — Jogador com paraplegia relacionada à lesão medular na região
lombar (L2 a L4). Inclui atletas com amputações bilaterais femurais
curtas, entre outras.
 3,5 — Semelhante ao potencial e volume de ação máximos da classe
3.0. Tem uma estabilidade lateral aumentada nos momentos de contato
e de reboles.
 4,0 — Jogador com comprometimento somente a partir da vértebra
lombar (L5) ou abaixo desta ou amputado bilateral ou unilateral.
Pode inclinar-se às laterais ou somente para um lado, sem restrição
de movimentos.
 4.5 — Representado por todos os outros jogadores com deficiência
física/amputação não mencionados nas classes anteriores. Apresenta
“mínima” deficiência. Consegue mover-se em direção a ambos os lados.

Cadeirantes — rúgbi em cadeira de rodas


Os atletas tetraplégicos são classificados em sete classes (0,5 a 3,5), de acordo
com sua mobilidade e resquícios de movimentos. Quanto maior a habilidade
motora, maior a nota. Os atletas com classificações mais altas jogam no ataque,
e os atletas com classificações mais baixas jogam na defesa. A somatória das
classes em quadra não pode ultrapassar oito pontos.
A classificação funcional no rúgbi em cadeira de rodas é descrita a seguir, de
acordo com a International Wheelchair Rugby Federation (HART et al., 2011).

 0,5 — Consistente instabilidade proximal do ombro; o bíceps não faz


antagonismo na propulsão com a abdução do braço e a rotação interna
do ombro. Relativamente lento na transição/recuperação de uma função
para a próxima, entre outros aspectos.
 1,0 — Tem força de ombro mais equilibrada; passe de peito fraco ou
passe de antebraço, entre outros.
 1,5 — O aumento da força/estabilidade do ombro permite mais eficiência
na saída explosiva, limitada devido à fraqueza do tríceps. Passe de peito
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mais eficaz do que no atleta 1,0. Tem desequilíbrio do punho, o que faz
com que tenha um domínio limitado da bola, entre outros.
 2,0 — Tem papel maior em quadra, como manipulador de bola. Apre-
senta limitações no domínio da bola, devido à falta de função do dedo,
mas pode segurar com firmeza a bola com as palmas das mãos, utili-
zando a flexão de punho.
 2,5 — Pode ter algum controle do tronco, proporcionando maior estabi-
lidade na cadeira; dribla a bola com segurança, mas supina o antebraço
para carregar a bola nas pernas. Tem habilidade de manipular a bola
com uma mão.
 3,0 — O papel em quadra é de um bom manipulador de bola e um pon-
tuador rápido. Forte domínio da bola, com força em todas as posições,
incluindo acima da cabeça, com uma ou duas mãos, entre outros.
 3,5 — Melhor pontuador e condutor de bola. Função de braço ou mão
assimétrica, perceptível nas habilidades com a cadeira e na manipulação
da bola.

No rúgbi, não há divisão por sexo, podendo competir tanto homens quanto
mulheres em uma mesma equipe. Porém, quando há presença de um atleta
do sexo feminino em quadra, mais 0,5 ponto pode ser acrescentado ao limite
de pontos da equipe (8). Por isso, se uma equipe entra em quadra com duas
mulheres, a somatória pode ser 9, em vez de 8 pontos, de acordo com o CPB
([201-]).

A classe de um atleta (expressa por meio de um número) não é transferível de uma


modalidade esportiva à outra. Caso o atleta queira mudar de modalidade, deverá
passar por nova classificação. Além disso, a classificação recebida pelo competidor
pode mudar durante sua carreira, de acordo com alterações em sua deficiência ou nos
parâmetros de avaliação, conforme descreve o IPC, citado por Marques et al. (2009).

Cada modalidade tem códigos, letras, somatório de números e notas indi-


viduais distintas, por isso, a classificação funcional é considerada complexa.
Em particular, no basquete e no rúgbi em cadeiras de rodas, seria impossível
descrever aqui todas as possíveis características de cada ponto na classificação
12 Esportes coletivos adaptados para deficientes auditivos (surdos), visuais e cadeirantes

funcional; por esse motivo, foram descritos apenas os principais comprometi-


mentos e/ou facilidades, sabendo da existência de muitas outras possibilidades.
Vemos que, por trás dessa complexidade, está o objetivo de tornar a compe-
tição o mais justa possível. Como futuro profissional de educação física, é
importante você saber que existem diversas possibilidades de se praticar os
esportes paralímpicos. Ainda, deve-se observar que a classificação funcional,
apesar de ser alvo de crítica em função de uma possível “subjetividade” dos
critérios de avaliação, tem como objetivo fundamental assegurar a coerência
e a imparcialidade para todos os atletas, determinando a elegibilidade para
competir e agrupando os atletas para competição.

Para saber mais sobre esse tema, acesse o link a seguir e leia a matéria Classificação
funcional: a difícil missão de buscar igualdade.

https://qrgo.page.link/yCF9r

A seguir você vai conferir as modificações nas regras quando são realizadas
as adaptações do esporte convencional para o paradesporto, além de conhecer
um pouco mais sobre o goalball — modalidade criada exclusivamente para
deficientes visuais.

Regras gerais: as principais adaptações das


modalidades paralímpicas coletivas
Há indícios de que o esporte adaptado já era praticado por deficientes auditivos
em 1870. Porém, as primeiras evidências do desenvolvimento de práticas
esportivas coletivas para pessoas com deficiência ocorreram durante e após
a Segunda Guerra Mundial, conforme lecionam Marques et al. (2009). Nesse
contexto, as adaptações nas modalidades convencionais surgiram de modo
a facilitar a vida de pessoas com deficiência ou, ainda, suprir as suas neces-
sidades. Confira a seguir as principais regras e adaptações das modalidades
paralímpicas coletivas que surgiram com esse propósito.
Esportes coletivos adaptados para deficientes auditivos (surdos), visuais e cadeirantes 13

Goalball
Confira a seguir algumas informações a respeito do goalball.

 Origem do esporte: criado em 1946 pelo austríaco Hanz Lorezen e o


alemão Sepp Reidle, que tinham como objetivo reabilitar soldados da
Segunda Guerra Mundial.
 Categorias: masculino e feminino. Competem na modalidade apenas
atletas com deficiência visual.
 Dimensões: as mesmas dimensões da quadra de vôlei (9 m × 18 m);
de cada lado da quadra há um gol (rede de 9 m × 1,30 m). A bola mede
76 cm de diâmetro e pesa 1,25 kg.
 Tempo de partida: dois períodos de 12 minutos, com 3 minutos de
intervalo.
 Objetivo do jogo: fazer gol e impedir que gols sejam feitos. Para isso,
o arremesso deve ser rasteiro ou tocar pelo menos uma vez nas áreas
obrigatórias.
 Número de jogadores: três titulares e três reservas. Todos atuam tanto
no ataque quanto na defesa.
 Curiosidades: não pode haver barulho no ginásio, exceto no momento
do gol.
 Outras informações relevantes: a bola tem um guizo em seu interior,
para que os atletas saibam a sua direção; são usadas vendas nos olhos
(Figura 2), de modo a assegurar a igualdade de condições.

Figura 2. Goalball e a obrigatoriedade do uso de vendas.


Fonte: Brasil... (2016, documento on-line).
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Futebol de 5
Confira a seguir algumas informações a respeito do futebol de 5 (Figura 3).

 Origem do esporte: surgiu na Espanha, por volta dá década de 1920.


 Categorias: masculino; exclusivo para cegos ou deficientes visuais.
 Dimensões: quadra de futsal (20 m × 40 m) ou campo de grama sintético
(20 m × 40 m); linhas laterais com bandas, de modo a impedir que a
bola saia do campo.
 Tempo de partida: dois períodos de 25 minutos, com intervalo de 10
minutos.
 Objetivo do jogo: passar a linha do gol com ambas as rodas da cadeira
e a bola nas mãos.
 Número de jogadores: cinco atletas, sendo quatro na linha e um go-
leiro; há também um guia (chamador) que fica posicionado atrás do gol
adversário, para orientar os atletas de sua equipe. É ele quem orienta
os atletas quanto ao seu posicionamento em campo e direcionamento
do chute.
 Curiosidades: o goleiro tem visão total e não pode ter participado de
competições oficiais da Fifa nos últimos cinco anos; não pode haver
barulho no ginásio, exceto no momento do gol.
 Outras informações relevantes: a bola tem guizos internos para que
os atletas consigam localizá-las; se o atleta tocar na venda, é falta (CPB,
[201-]; BRASIL, [2019]).
Esportes coletivos adaptados para deficientes auditivos (surdos), visuais e cadeirantes 15

Figura 3. Futebol de 5.
Fonte: Gozzer (2016, documento on-line).

Basquete em cadeira de rodas


Confira a seguir algumas informações a respeito do basquete em cadeira de
rodas (Figura 4).

 Origem do esporte: praticado inicialmente nos Estados Unidos, em


1945, por ex-soldados feridos na Segunda Guerra Mundial.
 Categorias: feminina e masculina; atletas com deficiências motoras
de membros inferiores (lesão medular, amputação ou com sequelas de
poliomielite).
 Dimensões: o mesmo padrão do basquete olímpico, da quadra (28 m
× 15 m) e da altura da cesta.
 Tempo de partida: quatro quartos de 10 minutos. Pausa-se o relógio
quando a bola sai da quadra e nos pedidos de tempo.
 Objetivo do jogo: quicar, arremessar ou passar a bola a cada dois toques
dados na cadeira, com o objetivo de fazer com que a bola entre na cesta.
 Número de jogadores: cinco atletas por equipe.
 Curiosidades: fez parte de todas as edições dos jogos paralímpicos
(CPB, [201-]; BRASIL, [2019]).
16 Esportes coletivos adaptados para deficientes auditivos (surdos), visuais e cadeirantes

Figura 4. Basquete em cadeira de rodas.


Fonte: Atletas... (2016, documento on-line).

As cadeiras de rodas utilizadas pelos atletas (tanto homens quanto mulheres) são
adaptadas e padronizadas pelas regras da Federação Internacional de Basquete em
Cadeira de Rodas. Ainda,

[...] é obrigatório obedecer até mesmo ao diâmetro máximo dos pneus e


a altura máxima do assento e do apoio para os pés em relação ao chão.
Se o jogador optar por usar uma almofada no assento, ela não poderá
ter mais de 10cm de espessura, exceto nas classes 3.5, 4.0 e 4.5 (menor
comprometimento). Nesses casos, a espessura máxima é de 5cm. É
permitido usar faixas para prender as pernas juntas ou fixar o atleta
na cadeira. Todas as normas são conferidas pelos árbitros no início da
partida (IWBF apud BRASIL, 2019 p. 01).

Ainda, quanto maior o comprometimento motor do atleta, maior a altura do assento/


encosto da cadeira. Um atleta da classe 4,5, por exemplo, uma vez que apresenta uma
altura de assento elevada, consegue mover-se para ambos os lados.
Esportes coletivos adaptados para deficientes auditivos (surdos), visuais e cadeirantes 17

Rúgbi em cadeira de rodas


Confira a seguir algumas informações a respeito do rúgbi em cadeira de
rodas (Figura 5).

 Origem do esporte: desenvolvido por atletas tetraplégicos, o esporte


nasceu no Canadá, na década de 1970; combina elementos do rúgbi de
sete, basquetebol, futebol americano e hóquei no gelo e é jogado em
uma quadra de basquete.
 Categorias: competem na modalidade atletas tanto do sexo masculino
quanto do feminino, que apresentem tetraplegia ou deficiências com
sequelas similares à tetraplegia; não há divisão por sexo.
 Dimensões: a quadra de jogo possui 15 m de largura por 28 metros de
comprimento, igual à quadra de basquete. A bola apresenta cobertura
macia, semelhante à bola de voleibol.
 Tempo de partida: quatro períodos de 8 minutos. Substituições
ilimitadas.
 Objetivo do jogo: passar a linha do gol com ambas as rodas da cadeira
e a bola nas mãos. A bola pode ser carregada, driblada ou passada,
exceto chutada, em um período máximo de 10 segundos de condução.
 Número de jogadores: quatro atletas em cada equipe, que contam
ainda com oito reservas cada.
 Curiosidades: apesar da limitação dos atletas, como no rúgbi conven-
cional, possui muito contato físico (CPB, [201-]).

Figura 5. Rúgbi em cadeira de rodas.


Fonte: CPB (2019, documento on-line).
18 Esportes coletivos adaptados para deficientes auditivos (surdos), visuais e cadeirantes

Nesta seção, foram apresentadas as regras dos principais esportes coletivos


pertencentes aos jogos paralímpicos. A ideia aqui não foi apresentar um tratado
sobre a regras oficiais das modalidades coletivas, até porque a similaridade
com os esportes convencionais é grande. Porém, é muito importante que o
profissional de educação física compreenda as adaptações que foram criadas
a partir das modalidades convencionais, já que tais mudanças permitem que
atletas com comprometimentos distintos joguem na mesma equipe e compitam
de forma igualitária.

ATLETAS do Fla fazem treino diferente com seleção do basquete paralímpico. Globo
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atletas-do-fla-fazem-treino-diferente-com-selecao-do-basquete-paralimpico.html.
Acesso em: 20 nov. 2019.
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portiva, 2016. Disponível em: https://www.gazetaesportiva.com/paralimpiadas-2016/
brasil-sofre-duas-derrotas-nas-semifinais-do-golbol-e-jogara-por-bronze/. Acesso
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mentos. 2001. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Educação Física, Universidade
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http://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/2372/ct-paralimpico-recebe-campeonato-
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Esportes coletivos adaptados para deficientes auditivos (surdos), visuais e cadeirantes 19

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Leitura recomendada
RANIERI, L. P.; BARREIRA, C. R. A. A superação esportiva vivenciada por atletas com
deficiência visual: análise fenomenológica. Revista Brasileira de Psicologia do Esporte, v.
3, n. 2, p. 46-60, 2010. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_
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20 Esportes coletivos adaptados para deficientes auditivos (surdos), visuais e cadeirantes

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