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Animação desportiva

Bloco I

O que é? Consiste num método capaz de transformar uma situação normal numa situação agradável
e lúdica, que fomenta a criatividade e o prazer pela participação.

Como surgiu: surgiu com o objetivo de proporcionar descontração às pessoas e ajudar a superar as
dificuldades criadas pelos problemas do quotidiano, através de atividades práticas de acordo com os
princípios de atuação estabelecidos.

Em que circunstâncias ocorre: surge com grande regularidade associada a programas para
preenchimento dos tempos livres, das férias escolares, integrada no desporto escolar, em programas
de atividade para a população idosa nas autarquias. Por isso, atinge um leque de interesses e
interessados mais vasto do que passar algum tempo com divertimento.

A evolução social à imagem de “vagas” (vaga/modelo/padrão)

I. 1ª vaga: sociedade agrícola (o produtor era o mesmo que o consumidor (do jogo))
§ Comunicação informal (boca a boca);
§ Natureza condiciona estratégias de sobrevivência;
§ O jogo nasce como forma de ocupar os tempos livres;
§ Lógica circular (é jogado onde as pessoas vivem).

II. 2ª vaga: sociedade industrial (refere-se à civilização industrial)


§ Quem organiza e produz os jogos são as pessoas ou estruturas diferentes daquelas
que consomem (espetáculo/espetador);
§ Comunicação formalizada (o que é escrito é o que vale);
§ Lógica linear.

III. 3ª vaga: sociedade pós-industrial


§ Comunicação em rede (todos comunicam com todos);
§ Direito à diferença, à participação nas decisões e ao risco.

Existem 6 princípios na sociedade na sociedade industrial e são um conjunto de regras ou princípios


que percorrem todas as atividades da civilização.
1. Standarterização: traço da sociedade industrial que quer dizer tornar igual tudo o que era
diferente.
2. Especialização: modo como o trabalho está dividido. No desporto, existe a segmentação da
prática desportiva, em que cada um desses segmentos especializado possui funções e
objetivos específicos.
3. Sincronização: criaram-se os calendários, ciclos de trabalho, ect..., tudo sincronizado.
4. Concentração: típico das sociedades industriais, uma sociedade que se caracteriza pela sua
grande concentração.
5. Centralização: nas concentrações é necessário haver centralização e descentralização do
poder, enquanto uns pensam, os outros executam.
6. Maximização: os recursos são escassos, logo devem ser maximizados, logo as estruturas
devem resolver os seus problemas rentabilizando e maximizando os seus recursos.
Concluindo: a revolução industrial foi fundamental para a evolução do conceito do desporto, pois
também se centrou nos mesmo princípios para o seu próprio desenvolvimento.

A atividade desportiva e os tempos livres


¨ Após a R.I e a II guerra mundial várias correntes apoiaram uma prática desportiva aberta a
todos. Esta perspetiva surgiu com a diminuição do tempo de trabalho, contribuindo para
tornar a prática desportiva uma opção para a ocupação dos tempos livres. A prática
alargou-se a todas as classes sociais, através de programas destinados a fomentar uma
atividade física e desportiva regulares.
¨ Verificou-se um enorme crescimento do fenómeno desportivo, que levou à criação de
relações dinâmicas com outros campos da sociedade (psicologia ou sociologia).
¨ O espaço de lazer serve para alivar fadigas e procurar tensões agradáveis. O aumento do
tempo livre nasce das lutas sindicais, sendo tempo ganho por trabalhadores.
¨ Segundo Dumazedier, os principais fatores que contribuem para o aumento do tempo livre
são:
- As pessoas saírem + cedo do trabalho;
- Aumento das pausas de trabalho, nomeadamente no fim de semana;
- As férias começarem a ser subsidiadas e, assim o tempo livre passa a ser pago;
- As reformas serem antecipadas, o que permite o aumento do tempo para a vida.
¨ Segundo Eric Dunning (1992), existe um espectro de tempo livre, o qual se constitui por:
1. Rotinas do tempo livre: necessidades biológicas e cuidados com o próprio corpo;
governo da casa e rotinas familiares.
2. Atividades intermediárias de tempo: trabalho particular não profissional,
voluntariado, formação, leitura.
3. Atividades de lazer: atividade pura ou sociável, atividades de lazer onde se inclui
o turismo.
¨ O aumento do tempo livre permitiu às populações realizarem atividades, que lhes
proporcionassem momentos de lazer e recreação.
¨ Nos anos 50/60 verificam-se os seguintes fenómenos:
- Reivindicação de um discurso que enaltece a cultura desportiva na sociedade;
- Reivindicação contra a rotina e stress que enaltece as práticas desportivas atribuindo-lhe a
capacidade de prevenir doenças e contrabalançando a sedentarização do homem na indústria
e com menos deslocações a pé.
¨ Divisão da prática desportiva:
- Setor Federado: práticas desportivas formais, caracterizado por normas ou regulamentos
definidos;
- Práticas Desportivas Não Formais: diferenciam se pela descontinuidade, apesar de se
pressuporem também a práticas regulares;
- Práticas Desportivas Informais: caracterizadas pela autossuficiência e autogestão.
Ou seja, estes 3 segmentos complementam-se, permitindo que os valores e interesses
respetivos à prática desportiva se adaptem à sociedade e a um público-alvo característico de
cada prática.
¨ 1960: movimento de desporto para todos.
¨ 1975: Carta Europeia do Desporto para Todos (ambos os sexos e todas as idades),
defende a existência de diferentes tipos de desportos. Foi oficializada pelo Comité De
Ministros.
¨ 1980: começa o planeamento estratégico baseado nas dinâmicas sociais locais, tentando-se
perceber qual a melhor forma de meter todos os habitantes a praticarem desporto.
¨ 1987: Federação Internacional de Desporto para Todos promove a centralização da prática
desportiva, leva a que haja maior formação dos quadros técnicos para esse mercado de
trabalho e realiza congressos para troca de informação.
O que levou o Estado a equiparar o desporto aos outros direitos?
- Prevenção da doença e por consequência dos gastos;
- Maior prática desportiva implica menor morbilidade;
- Mais saúde maior produção.
Logo, o desporto passou a ser consagrado nas instituições, o que confere ao Estado a obrigação de
criar condições para a prática desportiva. O Estado tem de agir com o objetivo de todos terem direito
ao desporto. A ação do Estado verificou-se na criação de redes de infraestruturas e equipamentos
desportivos.

Bloco II

Tipologias de Animações Desportivas

§ Lúdico;
§ Competição;
§ Formação;
§ Saúde;
§ Social.

Desportivo

Social Sistema Educativo

Económico

Setores desportivos: é um subsistema (desenvolve um sistema autónomo e específico que vai de


encontro às necessidades de um público-alvo específico).
Definição: espaços institucionais e organizacionais a grupos-alvo específicos e que podem organizar
e reproduzir as práticas desportivas.

Critérios para definir um setor desportivo: em todos setores tem de acontecer estes critérios
o Objetivos próprios: orientado para uma determinada ação. Critério orientador de todas as
ações. Ex: objetivo setor militar: condição física dirigida aos militares
o Unidade base: Estrutura organizativa simples, onde todo o subsistema se desenvolve se
constrói, organiza e desenvolve.
o Agentes: RH´S, praticantes e não participantes (ex. dirigentes);
o Populações-alvo especificas: Com motivações e características próprias, pelo modo como
estão no desporto. (ex. Boccia- desporto para deficientes)
o Quadros competitivos: Continuidade e subsistência do setor em causa;

Dentro do sistema temos vários setores, para ser setor tem de ter estes critérios (acima descritos)

Principais setores desportivos:

1) Setor escolar (o + importante em termos de base do sistema desportivo)


Objetivos: ocupação formativa e criativa dos tempos livres e no complemento educativo dos jovens
em idade de situação escolar;
Populações alvo: estudantes e agentes (professores, pais, funcionários, etc.);
Unidade base: escola;
Quadros competitivos: estrutura própria (desporto escolar: atividade complementar as ofertas
desportivas nas escolas, não é obrigatório, mas é uma mais-valia para a escola. Pode ser atividade
interna (pode transforma-se em externa) e atividade externa. Exemplo: basquete 3 para 3 e apura-se
os melhores e vão jogar noutra escola a atividade passa a ser externa).

2) Setor federado
Objetivos: componente competitiva do espetáculo desportivo;
Populações alvo: conjunto de praticantes associados aos clubes que pretendem evoluir nas práticas
desportivas formais;
Unidade base: organizações desportivas (clube);
Quadros competitivos: organizados no âmbito das competências das Federações (controlam a nível
nacional, mas existem as associações a nível regional) respetivas.

3) Setor militar (o desporto no âmbito das forças armadas e das forças de segurança organiza-
se autonomamente)
Objetivos: preparação militar;
Populações alvo: agentes;
Unidade base: unidades militares e militarizadas (forças armadas, policias, bombeiros, guardas e
cruz vermelha);
Quadros competitivos: próprio;

4) Setor de trabalho (INATEL) - 1975


Objetivos: melhoria do bem-estar no trabalho (consequente aumento da produtividade);
Populações alvo: clubes de empresa e associações de trabalhadores;
Unidade base: clubes de empresa e associações de trabalhadores;
Quadros competitivos: próprios; dinâmicas privadas; associativismo livre;

5) Setor universitário
Objetivos: Organização de atividades desportivas dirigidas aos estudantes Universitários (FADU);
Populações alvo: Estudantes e agentes (prof e funcionários, ETC);
Unidade base: Associações de estudantes ou académicas;
Quadros competitivos: Quadro organizativo de atividade próprio;

6) Setor turismo
Objetivos: Organização de AD dirigidas aos cidadãos nacionais ou estrangeiros, que se encontram
em situações de férias, nos respetivos locais de acolhimento;
Populações alvo: Turistas, unidades hoteleiras, etc.;
Unidade base: Estâncias, Centro de férias ou unidades hoteleiras;
Quadros competitivos: Conjunto de atividades a serem oferecidas aos turistas como complemento da
sua estadia.

7) Setor desporto adaptado


Objetivos: Proporcionar a prática desportiva às populações especiais;
Populações alvo: Centro de reabilitações, escolas, etc.;
Unidade base: Organizações específicas;
Quadros competitivos: Específico, com regras e modalidades próprias (ex:Boccia).

8) Setor prisional
Objetivos: Proporcionar a prática desportiva aos reclusos;
Populações alvo: Reclusos;
Unidade base: Estabelecimentos prisionais;
Quadros competitivos: Entre os vários estabelecimentos (com restrições);

9) Setor autárquico (papel supletivo, de suporte ou iniciador de processos de


desenvolvimento do desporto com uma base territorial)
Objetivos: Construção de instalações desportivas e espaços verdes nos loteamentos urbanos, de
escolas e respetivo equipamento desportivo, bem como a realização e promoção de atividades
Populações alvo: Todos os cidadãos munícipes (em especial os mais desfavorecidos e em idade
escolar);
Unidade base: Todos os organismos inseridos no plano desportivo municipal;
Quadros competitivos: Não deve competir com outros setores.
Atribuições:

Objetivo: conceção de oferta desportiva, na sua generalidade, para toda a população (em especial
para os + desfavorecidos e em idade escolar). É por excelência, o espaço de interface entre todos os
outros setores, ou seja, é ao mesmo tempo setor desportivo e as suas organizações fazem parte do
Quadro de Apoio ao Desporto.

Análise dos modelos de gestão autárquicos:


¨ Gestão Direta: serviços municipais

¨ Gestão Indireta: criada pelo município

¨ Gestão Mista: partilha de responsabilidades. Ex: piscinas cobertas - técnicos de entidades


privadas.

¨ Gestão Convencionada: entidade pública ou privada independente

Articulação entre os setores, algumas ligações:


Þ Setor militar + Setor universitário (campeonatos das forças armadas e universitários)
Þ setor federado (recruta todos os setores) + S. escolar (“alimenta-se de todos os setores”)
Þ Setor trabalho + todos os setores
Þ Setor especial + outros setores (em situações especiais de integração)
Bloco III
Aspetos gerais da animação desportiva

o Enquadra-se na intervenção socio desportiva, com o objetivo de promover e fomentar a


participação social e a extensão da atividade como hábito de saúde, de formação e de
diversão.
o No início: Recreação (destinadas a prática desportiva não formal)
o Novas tipologias de prática e novas modalidades: entrou no campo das estratégias
desportivas e políticas (promover a prática desportiva em todas as classes sociais e faixas
etárias, bem como melhorar qualitativamente e quantitativamente a acessibilidade às
atividades e o serviço prestado)
o Surge com grande regularidade associada aos programas para preenchimento dos tempos
livres, das férias escolares, das jornadas de convívio entre turmas ou escolas, do desporto
escolar, no deporto para todos, em programas de exercício para a população idosa nas
autarquias, atingindo um grande número de atividades e de pessoas.

Características da Animação Desportiva:


Þ características do lazer (não lucrativas, voluntárias, recreativas e formativas)
Þ os valores lúdicos (recreação na perspetiva pedagógica)
Þ a inserção e utilização da motricidade humana/ jogos desportivos na animação (educação física e
do desporto)

Princípios básicos da animação desportiva:


o Facilidade compreensão: ser compreendido por todos
o Adaptabilidade: todas as pessoas conseguirem realizar a atividade, se existir uma pessoa
com mais dificuldades adaptar para essa pessoa a conseguir realizar, fomentando a
integração
o Bem-estar participantes: importante para um bom ambiente na atividade, boa-relação,
sentirem se bem e confortáveis. Quando fazemos a atividade devemos pensar que as pessoas
se sintam bem e devemos também pensar numa recompensa, por exemplo uma água...
o Ilusão: conseguimos algo que nos satisfaz imenso
o Segurança: prevenir algum desastre, as pessoas devem sentir se seguras na realização da
atividade. Ver se existem as condições necessárias antes e durante a atividade.
o Cooperação: fomenta o trabalho em equipa
o Boa relação: boa relação com todos os integrantes da atividade. Incute-se essa boa relação
através da simpatia, mostrar interesse em ajudar, integrando-se uns aos outros.
o Simplicidade do material: facilidade de manuseamento do material para cativar as pessoas
e a atividade ser bem-sucedido
o Prazer participação: as pessoas têm de gostar do que vão fazer
o Acessibilidade física: facilitar o acesso à atividade

Animador desportivo:
1. Dinamizador: prepara o evento, organiza-o.
2. Moderador: se houver problemas saber reagir perante a situação, consegue articular quem
está dentro da organização. Ver se esta tudo a correr dentro do previsto. Liga as duas outras
características do animador.
3. Estimulador: estimular a atividade para que corra como previsto

Fatores de organização da Animação Desportiva:

Diagnóstico Programação Execução Avaliação


Através do planeamento e organização pretende-se a rentabilização dos recursos disponíveis com o
objetivo de extrair maior e melhor proveito, tendo como ponto de partida os recursos materiais,
físicos e humanos disponíveis, as necessidades, os desejos e as características da população-alvo,
seguindo um plano de ação que permita gerir tudo e todos de forma a atingir os objetivos delineados.

Diagnóstico:
1. Equipa de animação: a atitude, motivação dos animadores e a definição clara dos objetivos
comuns é um fator que influencia bastante o sucesso das atividades. Mas os conhecimentos
relacionados com a prática desportiva (cargas físicas, segurança, noção dos princípios
básicos de determinados jogos) também são importantes.
2. Participantes: a recolha de informação torna-se difícil devido ao seu cariz pontual. O
género, idade, local onde habita, escalão social e hábitos culturais e desportivos são muito
importantes. Ou seja, uma atividade pode resultar com um grupo e não resultar com outro,
mesmo tendo as mesmas características.
3. Recursos materiais/financeiros/humanos: são imprescindíveis para a execução de uma
atividade e preço associado (independentemente do acesso ao material/instalações)
4. Local: ter a informação de quais as potencialidades, quais as acessibilidades e adequar a
atividade ao local de prática
5. Outros fatores: condições climatéricas, condições de trabalho (forço exigido, desgaste
físico, desgaste psíquico...)
Programação: toda a animação desportiva precisa de um programa organizado e rico no seu
conteúdo, que lhe forneça uma base de atuação vantajosa. Os objetivos têm de estar bem definidos,
de modo que a estratégia seja concreta e objetiva (embora flexível) e que nos indique:
1. Incidência da atividade:
Þ Aspeto desportivo – promover modalidades, treino
Þ Aspeto educativo – contribuir para a educação
Þ Aspeto – resolução de problemas coletivos e sociais
2. Contexto de animação:
Þ Institucional – aula de EF, treino, desporto escolar
Þ Técnico – treino de modalidades específicas
Þ Social – reintegração, jovens desfavorecidos
Þ Espacial – animação de rua, de bairro...
3. Critério pedagógico: centrado num determinado tema
4. Tipologia da animação/animadores:
Þ Profissionais ou voluntários
Þ Função de difusor, monitor ou coordenador
Þ Ação passiva ou interventiva
Execução: para um bom desenvolvimento é fundamental facilitar a explicação das regras,
demonstrar, favorecer o bom desenvolvimento e estimular a iniciativa, evitar protestos e facilitar a
compreensão das regras.
A comunicação entre animador e grupo deve ser direta, objetiva e interativa. Uma boa
comunicação evita confusão e permite que a atividade se desenvolva sem interrupções.
Avaliação: permite diminuir a probabilidade de erros em ações futuras e semelhantes, deve ser
individual e coletiva.

Aspetos a ter em conta na organização de eventos desportivos:


¨ Providências preliminares – planeamento, aprovações, autorizações, etc
¨ Preparação teórica – estudo criterioso, pesquisas, estatísticas, etc
¨ Formação de comissões - verificar se todos os elementos da organização conhecem as suas
competências
¨ Elaboração do regulamento e documentos
¨ Fichas de inscrição
¨ Cartazes de divulgação
¨ Definição do quadro de arbitragem (caso seja necessário)
¨ Preparação dos locais de competição – reservar com antecedência, verificar se têm as
instalações e material necessário, etc
¨ Providências junto às entidades a autoridades – policiamento, trânsito, reservas de locais,
convites, etc
¨ Acompanhamento e desenvolvimento do planeamento
¨ Agenda de reuniões

Aspetos básicos para o sucesso na organização de um evento desportivo:


¨ Recursos financeiros – despesas previstas devem ir de acordo com as verbas disponíveis
¨ Fixação dos objetivos a serem atingidos
¨ Natureza da atividade – definir tipo de infraestrutura necessário
¨ Recursos humanos necessários – pessoas competentes e preparadas para as suas funções
¨ Materiais e instalações – Inspecionados antes, durante e após o evento
¨ Períodos a datas para as realizações
¨ Número de inscritos – só aceitar x nº de inscrições que permita a realização do evento nas
melhores condições técnicas e humanas.
¨ Divulgação/motivação – evento bem divulgado é motivante para o público
¨ Avaliação constante – de modo a corrigir os possíveis erros

Fatores que afetam negativamente a organização e desenvolvimento de um evento:


¨ Infraestrutura inadequada (falta vestiários, chover dentro do recinto...)
¨ Nível de organização (não haver avaliação durante o evento para garantir que tudo corre
como planeado)
¨ Emprego/escolha errada de auxiliares
¨ Falta de material específico
¨ Falta de recursos financeiros
¨ Controlo das falhas
¨ Local pouco apropriado
¨ Regulamento mal elaborado (deve esclarecer e não confundir os participantes)
¨ Não cumprimento dos horários
¨ Desinteresse do público
¨ Clima
¨ Segurança

Carta desportiva: existe na legislação, mas muitas vezes não é operacionalizada e isso representa
uma grande falha. Instrumento que permite a examinação da zona, permitindo uma análise científica.
2004: primeira lei relacionada com a carta desportiva (artigo 86- O Atlas Desportivo)
2006: artigo 9 - carta desportiva

Importância da carta desportiva: “radiografia” ao concelho. Feita a nível local


(municípios/autarquias), é mais acessível, cada município tem a sua. A junção dos itens locais faz
conseguir contruir a carta desportiva nacional (mas não existe).

Objetivos fundamentais da carta desportiva:


- Garantir o apoio à racionalização das decisões visando a estruturação e tipificação de rede
integrada dos equipamentos/áreas naturais desportivos do concelho;
- Promover a correção das assimetrias de desenvolvimento, definindo prioridades e fases de
execução e garantindo a distribuição espacial equilibrada das diferentes práticas;
- Sugerir a criação faseada de novas infraestruturas, funcionando em sistema de rede integrada, de
forma a estruturar respostas adequadas às diferentes necessidades de desenvolvimento, visando
colocar progressivamente o concelho a par dos níveis internacionais existentes neste setor da
atividade social;
- Avaliar a condição física e os hábitos desportivos dos habitantes dos concelhos;
- Analisar o grau de participação da população no desenvolvimento desportivo do concelho.
A carta desportiva é constituída obrigatoriamente por estes 6 itens, se não tiver os 6 está incompleta.
1. Instalações desportivas
2. Espaços naturais de recreio e desporto
3. Condição física das pessoas (do concelho)
4. Hábitos desportivos (dos habitantes do concelho)
5. Associativismo desportivo (todas as associações e clubes do concelho)
6. Enquadramento humano, incluindo a identificação da participação em função do género

Instalações desportivas artificiais: indicadores que se podem obter com o levantamento das
instalações desportivas artificiais e fundamentais para o desenvolvimento desportivo

Instalações desportivas artificiais, dois aspetos em ter atenção:


• Caracterização (levantamento: considerar todas as variáveis de análise)
• Indicadores de desenvolvimento desportivo (derivam do levantamento)
Objetivos:
• Definir as carências em instalações desportivas de acordo com a diferente tipologia,
categoria, área ocupada, função e âmbito do serviço prestado;
• Estruturar uma proposta global de rede hierarquizada capaz de facilitar o acesso à prática
das atividades pelos diferentes grupos de cidadãos, sem custos elevados e que garanta
proximidade habitacional;
• Escalonar hierarquicamente as carências de modo a caracterizar cada unidade urbanística e
no seu conjunto a área de cada freguesia, de modo a permitir a definição do que é mais
urgente.

variáveis de
análise

Outras
Tipo Setores Cobertura Modalidade
características

Caracterização das instalações

Quanto ao tipo:
• Grandes jogos – instalações desportivas descobertas que se destinam à prática de futebol,
hóquei em campo, râguebi....
• Pequenos jogos – instalações desportivas descobertas que se destinam à prática de andebol,
basquetebol, patinagem...
• Salas de desporto – instalações desportivas cobertas que se destinam à prática de andebol,
basquetebol, patinagem...
• Pistas de atletismo – instalações desportivas que se destinam à prática de atletismo...
• Piscinas – instalações desportivas retangulares ou com outras configurações, quer sejam
cobertas ou descobertas, que têm como finalidade a prática de natação...
• Especiais – instalações desportivas que não se enquadram nos tipos anteriormente referidos.
Ex: pista ciclismo, cartódromo, campo golfe...

Quanto ao Setor:
• Federado: instalações desportivas onde se podem efetuar competições oficiais
• Receção/formação: são instalações desportivas onde não se podem efetuar competições de
carácter oficial.
Cobertura:
• Coberta – instalações desportivas cobertas
• Descoberta – instalações desportivas descobertas

Modalidade:
• Recreativas/formativas – instalações desportivas que se destinam a atividades desportivas de
caráter informal ou sem sujeição a regras imperativas e permanentes
• Especializadas – instalações concebidas e organizadas para as atividades desportivas
monodisciplinares, tendo em conta a especifica adaptação para a prática correspondente.
• Especiais para espetáculo desportivo – instalações desportivas especiais para o espetáculo e
vocacionadas para a realização de manifestações

Instalações desportivas artificiais:


¨ Indicadores que se podem obter com o levantamento das instalações desportivas artificiais e
fundamentais para o desenvolvimento desportivo
¨ Indicadores de desenvolvimento desportivo:
- Área útil desportiva por habitante
Relação entre a área desportiva útil e o nº de habitantes

Níveis:

- Número de habitantes por equipamento/instalação


Relação entre o nº de habitantes e o nº de instalações desportivas

- Raio de influência
Primeiros calculamos a área territorial por instalação: relação entre a área territorial (do
concelho) e o nº de instalações desportivas.
Raio de influência: é a raiz quadrada entre o quociente da área territorial e pi (3,14) onde
cada instalação apresenta um determinado raio de ação (ex. 500metros)
- Relação entre espaços cobertos e descobertos
Relação entre áreas desportivas úteis cobertas e descobertas: permite verificar quais as % de
áreas desportivas úteis cobertas e descobertas relativamente à área útil total
Nota: o concelho da europa defende uma relação de 10%cobertas e 90% descobertas.

Condição física dos habitantes do concelho


Metodologia - recolher de forma estratificada – amostra (por freguesia, idade e sexo os seguintes
parâmetros: IMC; % massa gorda; massa gorda; massa magra; % água corporal)

Espaços Naturais
Levantamento das condições naturais existentes no concelho e que podem ser utilizadas para a
prática desportiva.

Hábitos Desportivos
Inquéritos engloba questionários e entrevistas.
Metodologia – recolher de forma estratificada – amostra

Associativismo desportivo:
Levantamento dos clubes e associações desportivas e respetivas modalidades desenvolvidas.

Enquadramento humano, incluindo a identificação da participação em função do género


¨ Levantamento de recursos humanos do desporto: praticantes, docentes (licenciados, mas não
estão a tempo inteiro), técnicos (estão lá a tempo inteiro)
¨ Levantamento de recursos humanos relacionados com o desporto: sócios, dirigentes,
empresários, trabalhadores.

Concluindo:
¨ começar a ser elaborada a nível local
¨ formar equipas de trabalho
¨ formar parcerias com os clubes, associações e outros agentes
¨ realizar grelhas próprias para registo dos dados
¨ tempo
¨ entidade municipal como referência
¨ team leader
¨ correto desenvolvimento/aplicação de políticas desportivas

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