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Primeiros

Socorros
Docentes:
• Prof. João Vieira
• Prof. Jorge Pereira

Discentes:
• Catarina Antunes nº22805
• Débora Bento nº22434
• Maria Costa nº22829
• Ricardo Balbino nº22831
Introdução

O socorrista

Objetivos 1º socorros

Acidentes mais frequentes

Intervenção
É o tratamento inicial e temporário ministrado
a pessoas que sofrem acidentes e/ou vitimas de
doença súbita, com o objetivo de preservar a vida,
Primeiro diminuir a incapacidade e minorar o sofrimento.

socorro o Podem surgir várias situações para o inicio de


1º socorro : proteção de feridas, imobilização de
que é? faturas, controle de hemorragias externas,
desobstrução das vias respiratórias e realização de
SBV.
Qualquer pessoa pode e deve ter formação em
primeiros socorros.
A implementação do 1º socorro não substitui
nem deve atrasar os serviços de emergência médica,
mas sim impedir ações inesperadas, alertar e ajudar
para evitar o agravamento do acidente.
Características de um prestador
de socorro
Ter conhecimentos teóricos e práticos sobre primeiros socorros

RECONHECER os limites das suas competências

NÃO DESISTE

Deter de capacidades de observação e possuir capacidades de planeamento e


execução

Ter ESPÍRITO de liderança, tolerância, iniciativa, improvisação, adaptação e resolução


de problemas
Responsabilidades de um
prestador de socorro
Alertar/contactar ajuda diferenciada/especializada

Avaliar sinais e sintomas da vítima

Controlar a presença terceiros (curiosos)

Preparar a vítima para o transporte/evacuação para serviços diferenciados

Relatar o sucedido (doença súbita ou acidente e o socorro prestado)


Pensos rápidos de vários tamanhos;
Caixa 1º
Socorros Compressas esterilizadas e não esterilizadas;

Ligadura de gaze e elástica;

Fita adesiva para pensos;

Alfinetes de ama;

Tesoura sem pontas e pinça;

Luvas descartáveis;

Termómetro;

Toalhetes ou solução antissética;

Soro fisiológico;

Pequenos sacos de plástico para guardar os materiais usados e o lixo;

Solução para lavagem das mãos (antes e depois da prestação de


cuidados);
Na época em que vivemos o kit de primeiros socorros também deverá
incluir máscaras de proteção.
Pomadas para queimaduras e para picadas de insetos;

Manual de primeiros socorros;

Medicamentos analgésicos ou anti-inflamatórios orais, de venda livre,


como paracetamol/ibuprofeno, em dosagem adequada para os
escalões etários dos membros da família;
Objetivos dos
Primeiros Prevenir Alertar Socorrer
socorros
Cadeia de Sobrevivência
Avaliação do estado da Vítima

Garantir as condições de
segurança

Tentar perceber a
situação, avaliar , e se
Consciente
necessário chamar ajuda
Avaliar o estado de diferenciada.
consciência da vítima
(Está bem, está a ouvir-
me?)
Inconsciente Gritar por ajuda e VOS
O que é o V.O.S ? Técnica: Extensão da cabeça, elevação da
mandíbula

VER Se existe expansão do tórax; Se existe objetos estranhos na


cavidade oral da vitima

OUVIR Barulhos ou ruídos feitos pela vitima

10 SEGUNDOS

SENTIR Respiração da vítima na face do socorrista


Se a vítima
estiver
conciente
Colocar em PLS

https://www.youtube.com/watch?v=Gfm0JWGnTe0
Se a vítima estiver inconciente
• Gritar por ajuda, ligar 112 e iniciar SBV
De forma simples, Tentar acalmar e se
Com clareza, informar Dar indicações
relatar como se for possível pedir
o local exato onde precisas acerca do
sucedeu o acidente informações sobre a
está a vítima estado da vítima
(caso tenha assistido) vítima

Fornecer indicações
Realizar o SBV até a
Ajudar a manter um sobre o sexo e a
ajuda diferenciada
ambiente calmo idade da vítima
chegar
(aproximadamente)
OBSTRUÇÃO DA
VIA ÁEREA
Feridas
• Entende-se por ferida, um ferimento
nos tecidos moles, como a pele, os
nervos, os músculos ou os vasos
sanguíneos.

• São caracterizadas pela sua


localização, profundidade, extensão,
quantidade de perda de sangue e
tecidos.
Contusões e
nódoas O que são? Intervenção do socorrista

negras •Destruição de alguns capilares


que se localizam na camada •Aplicar gelo envolvido por
abaixo da pele provocando um pano durante 15
uma hemorragia no interior do minutos, hora em hora;
tecido, devido ao embate de •Se houver suspeita de
um objeto e à pressão que este fratura, elevar o local de
impacto causa nos tecidos. contusão e chamar os
serviços de emergência.
Feridas O que são? Intervenção do socorrista

Simples •São feridas superficiais,


•Irrigar a ferida com soro
abrangendo apenas a pele.
fisiológico ou água;
•As hemorragias são ligeiras e •Embeber compressas
de fácil controlo, provocando esterilizadas em soro ou água e
vermelhidão e dor. passar num movimento único em
redor;
•Colocar compressas esterilizadas
sobre a ferida e terminar o penso
com adesivo ou ligadura;
•Elevar o membro e encaminhar a
vítima para o centro de saúde.
O que são? Intervenção do socorrista
Feridas •São profundas, afetando para
complexas além da pele, vasos
sanguíneos, músculos, nervos
•Realizar a compressão local
aplicando compressas e de
e até órgãos e ossos. um penso firmemente
• Presença de hemorragia adaptado para controlar a
moderada a grave e lesões perca de sangue
profundas. •Encaminhar a vitima para o
hospital.
Queimaduras
• Uma queimadura é uma lesão
causada nos tecidos corporais
pelo calor, por produtos
químicos, pela corrente elétrica
ou por um raio.
• De acordo com a profundidade,
as queimaduras de primeiro
grau são as menos graves e as
mais graves as queimaduras de
quarto grau.
• Pele vermelha, zona • Dor intensa, pele com • Sem dor e sem • Sem dor e sem
dolorosa e inchada- bolhas e inchaço- sensibilidade- tempo sensibilidade-
queimadura solar chama, queimadura por de contacto queimadura elétrica
contacto ou escaldão. aumentado
Intervenção do socorrista
• Afastar a vítima da fonte de calor/queimadura, aliviar a dor e prevenir
complicações;
• Colocar luvas e evitar o contacto direto com a zona de queimadura
para não propiciar infeções e agravar a dor;
• Remover acessórios e roupas, se estes não estiverem aderentes à
pele, tentar ter a noção da localização, profundidade e extensão da
queimadura e dos fatores de risco existentes;
• Se for queimadura de primeiro ou segundo grau, colocar a zona
afetada sob irrigação direta de água fria por vários minutos até alívio
da dor.
• No caso de não ser possível, a queimadura deverá ser coberta por
compressas esterilizadas embebidas em soro ou água fria, devendo
ser substituídas quando deixarem de estar frias.
Casos muito graves (Queimaduras muito extensas):
• Não despir, não arrancar a roupa, arrefecer a área, cobrir a zona com
um lençol de queimados, controlar a temperatura da vítima com uma
manta térmica, prevenir o choque, vigiar os sinais vitais (em especial a
respiração, devido ao edema da glote), fornecer ligar 112.
Hemorragia
Quando se verifica uma perda de sangue no sistema circulatório.

Quanto à quantidade/volume das perdas estas podem dividir-se


em:
• Ligeiras- Cessam espontaneamente no espaço de 5 a 10
minutos através dos mecanismos de coagulação.
• Moderadas e/ou graves- Precisam de intervenção ativa e
crucial.

Na hemorragia interna a perda de sangue ocorre no interior do


corpo não sendo visível exteriormente.
Arterial
• Corte de uma artéria
• O sangue sai às golfadas mediantes as batidas cardíacas,
de cor vermelho vivo
• Usar luvas e compressas de alta absorção
• Realizar compressão direta, deitar a vítima, levantar o
membro se for o caso, dar oxigénio a 15L e ativar 112.
• Se não resultar realizar compressão indireta (garrote),
mantendo a compressão direta também.
• Perigo de vida
Venosa
• Corte de uma veia
• O sangue sai uniforme e abundante, de cor vermelho
escuro
• Usar luvas, compressas de alta absorção e gelo
• Realizar compressão direta, deitar a vítima, levantar o
membro se for o caso, dar oxigénio 3 a 6L por minuto e
ativar 112.
• Se não resultar realizar compressão direta usando
também gelo e caso não resulte manter a compressão
direta e realizar compressão indireta (garrote).
• Perigo de vida
Capilar
• Corte de um capilar sanguíneo
• O sangue sai pouco abundante, de cor vermelho vivo
• Usar luvas, compressas e gelo
• Realizar compressão direta.
• Se não resultar realizar compressão direta com gelo.
Hipertermia
Elevação da temperatura corporal acima do intervalo
normal e fisiológico causada pela produção excessiva de
calor ou pela incapacidade de libertar calor.
Em condições normais, a temperatura corporal é
mantida num intervalo de valores entre os 36 e 38
graus.
O socorrista deve:
• Promover o relaxamento da vítima num local arejado;
• Fornecer água ou bebida energética;
• Aplicar toalhas molhadas;
• Massajar e estirar os músculos afetados.
Hipotermia
• < 35 graus e acontece quando o organismo não consegue
compensar o calor que foi perdido para o meio ambiente.
O socorrista deve:
• Levar a vítima para um local seco, quente e abrigado;
• Remover toda a roupa molhada;
• Secar a pele;
• Envolver a vítima numa manta isotérmica;
• Se a vítima estiver consciente, deverá beber água quente ou chá;
• Pedir ajuda através do 112.
Hipoglicemia
• Diminuição acentuada dos níveis de açúcar no sangue,
ocorrendo alteração do estado de consciência. Pode
resultar a partir de uma atividade física intensa.
Intervenção do socorrista:
• Avaliar a vítima, detetando a hipoglicemia;
• Se a pessoa estiver consciente, fornecer açúcar ou bebida
açucarada;
• Aguardar pelo efeito do açúcar.
• Caso a vítima estiver inconsciente, colocá-la em PLS e
contactar o 112.
Hiperglicemia
• Aumento dos níveis de açúcar no sangue,
acima dos valores de referência, sendo
frequente nos doentes com diabetes.

Intervenção do socorrista:
• Realizar a avaliação da vítima;
• Fornecer água;
• Se estiver inconsciente colocar em PLS;
• Ativar os serviços de emergência, vigiando a
vítima.
Hipotensão

• Descida da pressão arterial (<90:50).


• A vítima apresenta tonturas, palidez, fraqueza geral e/ou
dificuldade de visão.
• Colocar a vítima na horizontal, elevar os membros inferiores,
avaliar glicemia e tensão arterial, dar
• açúcar se necessário. Avaliar de novo a glicemia e pressão
arterial passado 5 minutos. Se
• restabelecer aconselhar a vítima a ir rapidamente comer
(hidratos de carbono: pão, etc).
• Se não restabelecer, continuar a dar açúcar e ativar 112.
Hipertensão
• Subida da pressão arterial (>160:95).
• A vítima apresenta tonturas e mal estar.
• Colocar a vítima na horizontal, avaliar glicemia e tensão
arterial. Se a vítima tomar medicação e a tiver consigo,
tomar medicamento SOS.
• Se não tiver medicação consigo, activar 112. Manter a
vítima calma.
Distensão
Lesão muscular, com rutura de fibras musculares.

• A vítima apresenta dor, rigidez muscular, edema,


equimosa tardia.
• Aplicar gelo para diminuir dor e elevar o membro.
• Informar a vítima que este tratamento é temporário e
apenas de urgência, devendo esta providenciar o seu
posterior tratamento.
• Ligar 112 em caso de dor muito forte que não passe.
Entorse
Lesão de ligamentos que apoiam articulações.
• A vítima apresenta dor, edema, equimosa,
perda de mobilidade no local.
• Colocar a vítima em posição confortável,
elevar o local, imobilizar o local, aplicar
gelo para diminuir dor.
• Informar a vítima que este tratamento é
temporário e apenas de urgência, devendo
esta providenciar o seu posterior
tratamento.
• Ligar 112 em caso de dor muito forte que
não passe.
Asma
Doença inflamatória crónica das vias nasais, que ataca o
sistema respiratório, por fatores genéticos ou ambientais.
• Provoca edema da mucosa brônquica, e redução ou
obstrução do fluxo de ar.
• A vítima apresenta hiperprodução de muco nas vias aéreas,
contração da musculatura das vias aéreas, redução do
diâmetro das vias aéreas, tosse, catarro, dificuldade
respiratória, dor ou ardência no peito, chiadeira e cianose.
• Acalmar a vítima, retirar do ambiente em que está, colocar
numa posição cómoda e confortável, dar medicação SOS,
fornecer O2 e ativar 112 se não melhorar.
Angina de Peito
Falta de oxigenação de um órgão ou parte dele, principalmente
do Coração, devido a doença das artérias coronárias ou
espasmo arterial.
• Situação transitória.
• A vítima apresenta dor no peito transitória, a irradiar para o
braço esquerdo, falta de ar, suores frios, pele pálida,
desequilíbrio, debilidade e náuseas.
• Acalmar a vítima, fazê-la evitar esforços, posicioná-la numa
posição confortável, manter a temperatura corporal,
fornecer O2, ativar o 112 e manter vigilância para possível
paragem respiratória
Enfarte
Falta de oxigenação de um órgão ou parte dele, principalmente
do Coração.
• A vítima apresenta dor no peito a irradiar para o braço
esquerdo, falta de ar, suores frios, pele pálida, desequilíbrio,
debilidade e náuseas.
• Acalmar a vítima, fazê-la evitar esforços, posicioná-la numa
posição confortável, manter a temperatura corporal,
fornecer O2, ativar o 112 e manter vigilância para possível
paragem respiratória.
Acidente Vascular Cerebral (AVC)
Perda da função neurológica, devido a entupimento (isquemia)
ou rompimento (hemorragia) de vasos sanguíneos cerebrais.
• A vítima apresenta dor de cabeça intensa, desorientação /
agitação, dificuldade em articular palavras, paralisia de um
lado do corpo, desvio do lábio, assimetria das pupilas,
adormecimento das extremidades, incontinência dos
esfíncteres, náuseas / vómitos e/ou convulsões.
• Acalmar a vítima, verificar os sinais de AVC (pedir para
FALAR, para lhe APERTAR as mãos e para SORRIR), não dar
nada a comer / beber, manter a vítima deitada com a cabeça
levantada a 30º, fornecer O2 e ativar 112.
Epilepsia

Descontrolo do sistema nervoso central.


Composta por 4 fases:
• Aura (refere ter tido alucinação)
• Tónica (perca de consciência e de tónus
muscular),
• Clónica (convulsões)
• Relaxamento muscular (contração-
relaxamento)

A vítima pode apenas passar por algumas delas.


A vítima pode perder subitamente a consciência, ter rigidez muscular,
movimentos descontrolados e convulsivos, dentes cerrados, a respiração
pode cessar, perda do controlo dos esfíncteres, morder a língua, apresentar
espuma na boca e/ou ter breves períodos de apneia, sem parar a
respiração.

• Como proceder: garantir condições de segurança em seu redor, tentar


amparar se a vítima cair, desapertar a roupa da vítima em volta do
pescoço, proteger a nuca da vítima e proteger os movimentos.
• No final do ataque: verificar respiração (iniciar SBV caso não respire),
colocar em PLS, vigiar atentamente, orientar e acalmar a vítima.
Questionar se é o 1º ataque. Se sim, ou se tiver uma repetição no local,
ligar 112. Se não, aconselhar a consultar o médico de família.
Conclusão

Com este trabalho conseguimos concretizar


todos os nossos objetivos propostos, e esperamos
que tenha passado para todos vós a ideia de 1º
socorro e abordagens a uma vitima de acidente.
O 1º socorro deveria ser um dever cívico.
Um pequeno pormenor pode salvar uma vida.

Com pouco podemos conseguir fazer a


diferença de uma vida.
“Verdadeiros heróis não são aqueles que
salvam vidas, mas aqueles que conseguem
salvar vidas arriscando a sua.”

Francimar Carvalho

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