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Via natural: por influência do meio e/ou por coincidência, acontece uma
descoberta individual da modalidade para a qual o talento melhor se adequa.
Via científica: através de métodos de prospeção seletiva de crianças e de jovens
que possibilitem a comprovação de existência de habilidades naturais para um
dado desporto.
Quem selecionar?
Crianças e jovens que apresentam um conjunto de capacidades e qualidades
que permitam admitir uma probabilidade elevada de obter ótimas prestações
desportivas.
Processo de seleção de talentos
É importante ter em conta:
- Um modelo de rendimento superior;
- O grau de maturação do atleta;
- As capacidades bio fisiológicas;
- A influência do meio;
- A influência do genótipo;
- O caráter psicológico;
- O modelo técnico e tático da modalidade.
Etapas seleção desportiva:
Incentivo de talentos: medidas que devem ser tomadas com desportistas jovens e
dotados no sentido de desenvolver aptidões e técnicas especificas numa modalidade.
Treinar um talento:
Avaliar as potencialidades e não apenas os resultados/classificações;
Apesar das aptidões acima da média de um praticante, respeitar as
características do treino de cada etapa de formação;
Estar consciente da insegurança das previsões que são feitas nestas idades;
Evitar expectativas demasiado elevadas e combater essa tendência no
praticantes, pais e dirigentes;
Evitar o elogio fácil e em excesso, face aos resultados em competição;
Manter um relacionamento justo e imparcial com esse praticante, sem
transmitir aos restantes a ideia que existe uma situação distinta e privilegiada
do referido jovem;
Admitir as situações de mudança de escalão, se esta passagem vier em
benefício da progressão do praticante e nunca por outros tipos de interesses;
Possibilitar a inclusão desse praticante em grupos especiais de treino que
melhor respondem às exigências de preparação, que lhe devem ser
proporcionadas (ex: seleções).
Especialização precoce VS Preparação desportiva precoce
Especialização: visa o curto prazo, espremer o miúdo para o rendimento
Preparação: visa o futuro, dar alicerces necessário para o atleta em que modalidade
for tenha sucesso no futuro
A obsessão pelo fascínio da vitória e tudo o que a rodeia tem vindo a provocar
especializações de indivíduos em idades cada vez mais baixas.
“Processo permanente que começa cedo na vida de uma criança e acaba tarde numa
fase avançada na carreia desportiva”
Estimulação e
desenvolvimento para o Estimulação de acordo com
resultado; as necessidades biológicas
VS da criança;
Orientação educativa para o
imediato; Desenvolvimento
Limita a evolução multilateral/global;
progressiva e leva ao Longo prazo.
abandono precoce.
.
Simples: Complexa:
O estímulo é conhecido Para um determinado
e a ele corresponde estímulo é necessário
uma resposta também escolher a resposta de
conhecida. vários possíveis
Ex: partidas de Ex: JDC e desportos de
atletismo combate
Flexibilidade:
É a capacidade que uma articulação possui de executar movimento de
grande amplitude, solicitando, sobretudo, a elasticidade muscular.
Implica a melhoria progressiva e contínua da amplitude dos movimentos de
uma articulação ou grupo de articulações.
Possibilita a prevenção de lesões a nível de várias estruturas, tal como a
qualidade de execução do gesto motor.
Depende de:
- Fatores de mobilidade/estabilidade;
- Idade/sexo;
- Fatores hereditários;
- Treino/tipo de atividade;
- Alterações pós lesão e/ou inatividade (é feita uma imobilização do
barco/perna e a articulação fica rígida então perde-se flexibilidade).
Formas de manifestações da flexibilidade:
Existência de movimento:
Estática: está relacionada com a amplitude de movimento sem
ênfase na velocidade. A capacidade de manter posturas estáticas
que implica, grandes alongamentos de certos músculos.
Dinâmica: está relacionada com a habilidade para realizar gestos ou
movimentos de grande amplitude. E com a habilidade para
conseguir uma determinada amplitude a uma velocidade normal ou
elevada.
Forças que originam a ação:
Ativa: é a máxima amplitude articular que o atleta pode realizar
graças à contração dos músculos agonistas (o músculo principai da
ação).
Passiva: é a máxima amplitude articular que um individuo pode
atingir através de forças exteriores (ajuda de alguém), graças à
capacidade de alongamento ou de relaxamento dos músculos
antagonistas.
Localização corporal:
Geral: é a amplitude normal dos principais sistemas articulares
Especifica: é a amplitude de uma determinada articulação para a
execução de movimentos específicos de uma atividade física.
Flexibilidade Vs Alongamento
É fundamental distinguir a noção de programa de treino de flexibilidade, dos
alongamentos, feitos no aquecimento (preparar o organismo para uma sessão de
treino) ou no final da sessão (retorno à calma).
O treino de flexibilidade é planeado, intencional, regular e tem como objetivo
aumentar a amplitude dos movimentos de uma ou mais articulações de uma forma
progressiva e duradoura.
Fatores condicionantes da flexibilidade:
Idade
Sexo
Nível de treino (principal fator que influencia o treino de flexibilidade)
Fadiga (mais fadiga menos flexibilidade)
Temperatura (no verão mais fácil de trabalhar flexibilidade)
Estados emotivos (stress)
Hora (mais flexibilidade nas primeiras horas do dia, mas não logo após levantar)
Benefícios do treino de flexibilidade:
Maior eficácia/eficiência de certos movimentos devido ao aumento de
amplitude e à melhoria da ativação do par agonista/antagonista.
Maior eficácia/eficiência na produção motora, dado que o músculo apresenta
maior capacidade de acumular energia elástica.
Maior amplitude de trabalho, logo maior capacidade de força e velocidade.
Maior capacidade de produzir alterações rápidas do estado passivo para o
ativo.
Melhor proteção dos elementos contráteis do músculo;
Contribui para diminuir as forças de stress articular;
Reduz o risco de lesões musculo-tendinosas;
Contribui para uma melhor vascularização do músculo;
Princípios do treino de flexibilidade:
Capacidades condicionais:
Falta a resistência!!!!
Características da carga:
Efeito de treino:
- Cargas máximas;
Força máxima
- Cargas inferiores ao máximo
Força de
com repetições máximas (fadiga);
resistência
- Cargas inferiores ao máximo
Força explosiva
com velocidade máxima.
A carga de treino:
No treino da força máxima são as tensões musculares máximas que
provocam os maiores ganhos de força, contudo no âmbito do treino com
jovens e crianças, as cargas com características máximas estão de todo
abolidas pelos danos que podem provocar.
Força máxima:
As idades mais favoráveis para o início do treino da força máxima são:
os 12-14 anos para as raparigas e os 14-15 anos para os rapazes,
embora com bastante prudência (raparigas começam mais cedo porque
a sua maturação é mais cedo)
Este tipo de foça pode ser desenvolvido sem restrições a partir dos 16-
18 anos, para as raparigas e os 18-20 anos para os rapazes.
Força explosiva:
O início do treino da força explosiva tem em sua fase alta de
desenvolvimento entre os 11 e os 14 anos para as raparigas e entre os
11 e os 15 anos para os rapazes.
Força resistente:
O treino da força resistente inicia-se entre os 12 e os 14 anos para os
rapazes.
No entanto este tipo de treino com as devidas precauções, pode iniciar-
se a partir dos 9-10 anos para ambos os casos.
Períodos favoráveis:
Idade pré-escolar:
Não está indicado o treino de força;
Estimular para o movimento é suficiente;
Indicados os exercícios com obstáculos.
Primeira idade escolar (6-10):
Exercícios dinâmicos;
Reforço harmonioso (bilateral) do aparelho de suporte
Formas lúdicas, variadas e motivantes.
10-12 anos:
Fortalecimento de diversos grupos musculares
Privilegiar o treino em circuito
Possibilidade de utilizar cargas externas e simples:
- Bolas medicinais;
- Anéis de ferro;
- Sacos de areia;
- Etc.
Puberdade:
Inicio do trabalho de força especifica
Controle e atenção sobre as cargas
Deve ser trabalhado essencialmente através de circuitos adaptados à idade
Utilização de pesos e halteres, mas ter sempre em atenção a técnica e
execução
Volume de treino deve situar-se a uma nível médio/baixo e a intensidade deve
ser baixa
Importância do treino de força:
A força é uma capacidade, motora fundamental para a realização do
movimento humano e, muito em particular, das prestações desportivas
O aumento de sedentarismo provoca uma redução cada vez maior da
utilização dessa capacidade
Importância crucial na prevenção de lesões musculares
Importante para a melhoria da performance do atleta
Objetivos para o treino da força:
Aprendizagem dos gestos técnicos
Segurança
Prevenção
Compensação
Desenvolvimento
Aprendizagem dos gestos técnicos:
O atleta só aprende aquilo que faz
Manter a atenção permanente na forma como se realiza o exercício
Melhor técnica, maior progressão, menor risco de lesão:
- Supervisão constante do treinador;
- Escolher o momento ideal para informar das correções
- 1º a essência e posteriormente os detalhes
Evitar a instalação de erros grosseiros
Formação geral:
Etapa de encorajamento de talentos (têm de se divertir, fazer amigos, etc)
Treino motor base (dar aquilo que ele precisa em termos de capacidades
motoras)
Desenvolvimento das capacidades de coordenação
Aprendizagem de habilidades e de combinações motoras simples (ser
competente do ponto de vista físico e motor)
Decorrer numa atmosfera alegre para permitir um maior número de
experiências motoras e psíquicas (se a atmosfera for alegre e essa atmosfera
tem de existir no treino)
Assegurar uma formação polivalente (pois não estamos na especialização)
Respeitar a progressividade das cargas
Aumento da complexidade, velocidade e precisão do movimento
Objetivos do treino dos jovens: deteção das qualidades específicas e das capacidades
de desenvolvimento individual na modalidade desportiva considerada.
Treino de base
Objetivos:
Formação polivalente orientada para uma modalidade;
Métodos e conteúdos de treino polivalentes;
Aquisição de capacidades técnicas fundamentais.
Treino de aperfeiçoamento:
Aperfeiçoamento e evolução das bases até então adquiridas;
Uma maior orientação em direção às exigências específicas da modalidade;
Especificação crescente dos métodos e dos conteúdos de treino;
Criação de condições para o futuro treino de alta performance;
Aumento do volume e intensidade de treino;
Competições “nas pegadas do treino” sem preparação específica para a
competição;
Programação do treino deve estar correlacionada com a idade da performance
máxima para cada modalidade.
Treino de transição:
Passagem do treino dos jovens para o treino de alta performance;
Bases de uma programação eficaz de treino de alto nível;
Decisão para o seguimento do desenvolvimento da performance desportiva;
Procura do aumento de capacidade de carga do organismo;
Periodização múltipla repetindo conteúdos de uma exigência superior;
Aumento das cargas de competição específica;
Clara dinâmica de carga-recuperação;
Primeiras experiências de métodos de treino específico não utilizadas;
Recurso periódico a processos de diagnóstico da performance, análise da
competição, controlo de todas as capacidades, avaliação do treino.
Treino de alto nível:
Conduzir à performance individual máxima;
Alcançar o aumento máximo possível de volume e de intensidade do treino;
Aumentar a especificidade dos métodos e dos conteúdos de treino;
Aperfeiçoar, estabilizar e permitir a utilização variável da técnica desportiva;
Melhorar ou manter a capacidade máxima de tempo possível.
Pré-Requisitos individuais:
-Psicocognitivos;
-Neuromusculares;
-Energético-orgânicos;
-Constitucionais.
-Qualidade do movimento;
-Comportamento tático;
-Funções e estrutura orgânica;
-vontade e motivação.
Flexibilidade:
Coordenação;
Aprendizagem técnica;
Treino técnico;
Velocidade;
Força rápida;
Força de resistência;
Resistência.
Técnica
Prática para resolver o mais rápido racionalmente um determinado problema
no movimento;
Sucessão de movimento coordenados, que mantém características moveis, que
podem sofrer modificações de cada personalidade.
Importância da técnica:
Treinabilidade da técnica:
Os atletas mais bem preparados no ponto de vista da coordenação tem mais
facilidade na aprendizagem de gestos técnicos.
É necessário a aprendizagem da técnica desde muito cedo se quisermos obter
performances extraordinárias (mesmo em final de carreira).
Etapas da aprendizagem técnica:
Desenvolvimento polivalente: capacidade de coordenação, enriquecimento do
reportório motor e de experiência motriz, aquisição de habilidades técnicas de
base;
Preparação geral: afinação da correlação entre as técnicas desportivas e a
preparação física geral;
Preparação especifica: domínio da técnica automatizada, otimizada e
individualizada, com uma preparação física especifica.
Fases de aprendizagem da técnica:
Comunicação e conceção: conhecimento do movimento a aprender, conceção
de um plano de ação; com base na capacidade de observação e
conceptualização serve-se da sua pouca experiência motriz e do seu nível
motor de partida.
Coordenação grosseira: 1ªs tentativas de execução com indicações verbais
simples; aprendizagem da estrutura global do movimento deve ser adquirida;
investimento excessivo da força, irregularidade da execução, movimentos
desastrados, falhas de ritmo e insuficiente precisão no movimento.
Coordenação fina: aprendizagem da execução motriz assegurada até ao
detalhe; investimento de força bem calculados, ritmo correto, volume e
amplitude de movimentos corretos; precisão crescente do movimento resulta
de um melhor tratamento de informação verbal.
Aperfeiçoamento e disponibilidade variável: execução nas situações mais
difíceis e inusitadas; automatização parcial da cadeia motriz possibilita uma
maior concentração nos pontos críticos do movimento; o movimento passa a
ser exato, regular e harmonioso.
Idade pré-escolar:
- Aquisição de uma grande quantidade de habilidades motrizes, muito mais do que
técnicas particulares
- Reportório motor é mais o resultado de imitações e experiências do que de reflexões.
1ª idade escolar:
- Capacidade de aprendizagem motora relativamente desenvolvida;
- Procurar aumentar o repertório e a experiência motora;
- Alguma capacidade de realizar performances apreciáveis;
- Crianças empenhadas num início de processo de treino;
- Praticar um treino adaptado, mas logo orientado para a técnica.
2ª idade escolar:
- Idade mais favorável para uma formação técnica geral de base;
- “Idade de ouro” da aprendizagem para treinar movimentos importantes que serão
realmente apreendidos numa fase posterior;
- Aprendizagem por imitação de modelos e não por longas explicações verbais.
Tática:
Geral- regras gerais da ação tática (comp. Of. Def. Trans)
Especifica- própria da modalidade desportiva e necessita de um treino específico
(pontapé de canto).
Baseada na:
- Capacidades cognitivas;
- Capacidades técnicas;
- Capacidades psicofísicas.
Importância da tática:
• Desempenha um papel cuja importância varia de acordo com a modalidade (ex.:
Maratona e Futebol);
• Influência o movimento para que ele seja o mais eficaz possível no momento certo
(ex.: Ginástica...);
• Utilizada para que o compromisso das forças seja adequado e económico (ex.:
Ciclismo);
• Manipula o desenrolar da competição em condições que variam constantemente
(ex.: Futsal, Andebol...);
• Importante para todas as disciplinas, mas mais para as de tomada de decisão (ex.:
Basquetebol, Boxe...);
• Nos desportos cíclicos corresponde a um conhecimento de base geral (ex.: Natação).